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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

E APRENDIZAGEM

O Ambiente Escolar
O Planejamento
Adaptação Curricular
Avaliação do Deficiente Intelectual
A Convenção da Guatemala define a Deficiência
Intelectual como “uma restrição física”, mental ou
sensorial, de natureza permanente ou transitória, que
limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades
essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo
ambiente econômico e social.
Algumas teorias acreditavam que as crianças com
deficiência eram apenas receptoras passivas que
repetiam as informações repassadas pelo professor.

As teorias atuais demonstram que toda pessoa, seja ela


com ou sem deficiência intelectual, DEVE
ENVOLVER-SE ATIVAMENTE no seu processo de
aprendizagem.
Segundo Mantoan (1998) as pessoas com deficiência
intelectual necessitam de competência intelectual,
desenvolvida a partir de iniciativas que estimulem suas
capacidades e autonomia.

Para Vygotsky (2003), os métodos de ensino para


crianças com deficiência deveriam ser os mesmos
aplicados aos demais alunos, apenas o ritmo de
aprendizagem destas crianças é mais lento.
É por meio de uma aprendizagem significativa que a
criança constrói sua autonomia intelectual e social.

O agente desafiador dessa etapa é o professor, é ele


quem vai possibilitar e dar instrumentos para que ela
demonstre e desenvolva suas habilidades.
É necessário que o professor seja mediador, que
promova estímulos concretos que levem o aluno a
refletir, a desenvolver-se, que entenda que cada aluno
tem o seu ritmo.
 Quanto maior for o processo de mediação, mas eficaz
será a aprendizagem
O professor não deve trabalhar em cima das
limitações, mas sim nas possibilidades, para que
possam juntos, aluno e professor, superá-las.
O trabalho educativo voltado para o desenvolvimento
integral fundamenta-se na capacidade e nas
possibilidades de avanço da criança.
O ensino deve ser voltado a desafios, provocando
constantemente as funções psicológicas, superando dia
a dia as limitações que a deficiência e a própria
sociedade impõem.
O AMBIENTE ESCOLAR

Quando recebemos um aluno com deficiência em


nossa escola, a adaptação deve partir do próprio
ambiente, e não do aluno, a escola deve adaptar-se
para receber e incluir este em todos os espaços.
A escola, seja pública ou privada, deve atender a todas
as crianças, sejam elas com ou sem deficiência, mas
para que este atendimento seja efetivo, a escola tem
que assumir um compromisso com a acessibilidade,
com a capacitação de profissionais, com flexibilização
e adaptação de currículo.
Toda escola deve desenvolver e regular os
procedimentos para a identificação de necessidades
educacionais presentes no seu alunado, com o objetivo
de se garantir a todos o conhecimento e o
desenvolvimento de suas potencialidades.

É responsabilidade da escola, garantir que as


necessidades educacionais de seus alunos sejam
identificadas e atendidas.
As adaptações da escola devem ser arquitetônicas e
curriculares, e devem ter o mesmo objetivo, garantir a
inclusão de todos.
A prática pedagógica inclusiva deve estar voltada a
reflexão, de como está o meu trabalho, como os alunos
estão se desenvolvendo, como organizar o ambiente
escolar para melhor receber e o que devo adaptar.

Para que a inclusão aconteça o ambiente escolar


precisa ser adaptado para o sujeito com deficiência e
não o contrário.
O PLANEJAMENTO

Qual estratégia de ensino pode contribuir com o


processo de ensino e aprendizagem dos alunos com
deficiência intelectual?
A equipe pedagógica e o professor devem levar em
consideração que a construção do conhecimento
precisa ter um caminho estruturado por
procedimentos pedagógicos estipulados por toda
equipe.
É necessário planejar várias estratégias de ensino, pois
devemos respeitar o ritmo de aprendizagem de cada
aluno e os caminhos que o mesmo utiliza para chegar
ao conhecimento.
Quando o professor planeja as atividades, tem que já
prever várias estratégias, pois o planejamento tem que
ter sentido para os alunos, eles devem saber o que
estão realizando e para que servem as atividades
Diferentes estratégias de ensino levam o aluno a uma
maior interação e participação nas atividades
propostas.
Não existem receitas prontas, métodos ideias que
devem ser seguidos, mas sim professores dispostos a
refletir sobre sua prática, a fim de avaliar quais
estratégias de ensino e quais atividades vão auxiliar na
aprendizagem de cada aluno.
Algumas estratégias que podem auxiliar
o professor:
Utilização de jogos educativos adaptados.
Despertar o interesse pelo conteúdo por meio de histórias.
Oferecer oportunidade do aluno aplicar e expressar suas
vivências.
Trabalhar em cima das experiências diárias dos alunos.
Levar em consideração os conhecimentos que os alunos já
possuem
Trabalhar a interdisciplinaridade, atrelando sempre uma
disciplina à outra.
Trabalhos de campo.
ADAPTAÇÃO CURRICULAR
O currículo é um elo entre a teoria e a prática, entre o
planejamento e a ação.

Dessa forma, o currículo é uma peça central e


fundamental quando trabalhando com alunos com
necessidades especiais, pois ele nos fornece a
possibilidade de adaptação
As adaptações curriculares são ações e modificações de
competência do professor, podendo ser realizadas nas
ações diárias em sala de aula, estas não exigem
autorização, nem dependem de qualquer outra
instância, apenas do professor.

Essas adaptações podem ocorrer nos objetivos de


ensino, no conteúdo ensinado, no método de ensino,
no processo de avaliação.
Cabe ao professor conhecer seu aluno com deficiência,
identificar os conhecimentos que o mesmo já possui,
para assim saber quais são as necessidades, quais
recursos didáticos especiais vai ser preciso usar para
auxiliá-lo no processo de ensino aprendizagem.
AVALIAÇÃ DO DEFICIENTE INTELECTUAL
Importante salientar, que o processo de avaliação
poderá ser alvo de exclusão ou inclusão, pois está
relacionado à autoestima do aluno. Se haverá
realmente a aceitação e socialização desses alunos
dependerá da compreensão de todos os envolvidos:
alunos, professores, pais e colaboradores.
 Não se trata de simplesmente inserir o aluno no
espaço, mas de fazê-lo sentir-se parte desse ambiente
educativo, reconhecendo-se capaz de aprender.
As diretrizes nacionais para a educação especial na
Educação Básica, na Resolução CNE/CP nº. 02/2001,
salientam a importância da avaliação como forma de
contribuir para a percepção das necessidades de cada
aluno.
O papel da escola frente ao processo avaliativo deve ser
de fortalecer a autonomia e autoestima do aluno,
orientando e motivando a novos desafios.
O professor deve se comprometer a estimular as
potencialidades de seu aluno, estudando a melhor
forma de chegar até ele, procurando contribuir para
desenvolver sua autoconfiança e consequentemente
favorecer a aprendizagem.
Avaliar não é classificar, mas observar, acompanhar e
interagir, enfocando no desenvolvimento do aluno e
não apenas no conteúdo.
A seguir alguns instrumentos de avaliação os quais são
meios do professor perceber e acompanhar o
desenvolvimento do aluno, como também do próprio
educando envolver-se como atuante de seu processo de
conhecimento:
- Inventário de atitudes (Neste formulário o professor fará um
inventário das atitudes do aluno durante um determinado
projeto ou atividade, para posterior análise).
- Ficha de auto avaliação (Neste formulário consta um
questionário o qual será respondido pelo próprio aluno
oralmente, e o professor apenas transcreverá)
- Plano de registro (Neste formulário o próprio aluno registrará
as suas dificuldades, os seus avanços em uma determinada
disciplina, atividade ou projeto, o professor apenas transcreverá)
- Testes e atividades selecionadas pelos alunos
Assembléia.
Algumas orientações para que a avaliação
seja significativa:
O professor deve compartilhar os objetivos dos
trabalhos com a turma e observar o aluno sob vários
aspectos, temperamento, expectativas, experiências de
vida, identificando necessidades e não "problemas” de
aprendizagem.
Os alunos devem avaliar a si próprios e aos colegas,
analisando os próprios progressos, sentindo-se
motivados a avançar e encarando limitações como algo
a ser superado, não punido.
LEMBRE-SE PROFESSOR:
Você é a peça fundamental para que a aprendizagem
aconteça. Mas, precisa de apoio eficiente , de parceria,
de união.
Um professor sozinho pode muito, mas quando um
grupo de professores, psicopedagogos e especialistas se
unem em função de um mesmo objetivo, sem dúvida
esta conquista será maior, por este motivo a inclusão não
acontece apenas em uma instância, mas sim em todas
elas, todas em favor de um mesmo objetivo, levar o
conhecimento, a educação, a todas as pessoas, esse é o
nosso papel enquanto educadores.

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