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NEUROPSICOPEDAGOGIA________________________________________________

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS


Prof. Esp. Ana Néres Pessoa Lima Góis

• A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


• PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

• APOIO PSICOPEDAGÓGICO À INCLUSÃO ESCOLAR


• ÉTICA PROFISSIONAL
• AS INCIDÊNCIAS DA INCLUSÃO SOBRE O PSIQUISMO DOS EDUCADORES

• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM

• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS
Prof. Esp. Ana Néres Pessoa Lima Góis

• A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


• PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO À PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Discriminação maus tratos durante séculos. Uns povos exterminavam, outros
protegiam e sustentavam para buscar simpatia dos deuses. (FONSECA, 1997, P 135)

Páginas
1a4
IDADE ANTIGA
Em Esparta crianças portadoras de deficiências físicas ou mentais eram consideradas
subuhumanas, o que legitimava sua eliminação ou abandono (Pessotti, 1984, P 12)

IDADE MÉDIA
Segundo Pessotti (1984): [...]as crianças que nasciam deformadas eram jogadas nos esgotos
da Antiga Roma. As leis romanas não eram favoráveis às pessoas que nasciam com
deficiência. A população encarava o nascimento de pessoas com deficiência como castigo
de Deus. Os supersticiosos viam os deficientes como feiticeiros ou bruxos.

CRISTIANISMO
Segundo Pessotti (1984, p. 4), SOBRE O Cristianismo podemos citar:
[...] a deficiência não é mais visto como castigos de Deus e com essa visão, a pessoa com
deficiência passa a ser aceito como alguém que tem alma e deve ser cuidada com amor.
Cristianismo modifica o status do deficiente que (...) passa de coisa a pessoa.
A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO À PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Discriminação maus tratos durante séculos. Uns povos exterminavam, outros
protegiam e sustentavam para buscar simpatia dos deuses. (FONSECA, 1997, P 135)

IDADE MODERNA
O louco e o idiota já não são criaturas tomadas pelo diabo e dignos de tortura e
fogueiras por sua impiedade ou obscenidade: São doentes ou vítimas de forças
sobre humanas cósmicas, ou não dignos de tratamento e complacência”.(
PESSOTTI,1984: p.15). Portanto, as superstições, a crença em espíritos maus, o
pensamento dos castigos de Deus para justificar as deficiências vão aos poucos
sendo substituídos por uma visão cientifica.

IDADE CONTEMPORÂNEA
Neste século - XVI - que surge os hospitais psiquiátricos para o tratamento das
pessoas portadoras de deficiência mental.
Os movimentos sociais da Revolução Francesa que trouxe modificações para todo o
mundo ocidental. O resultado desse movimento a Declaração Direitos Humanos•
A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO À PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Páginas
1a4

SECULO XX – NO BRASIL
Declaração de Direitos dos Deficientes Mental proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas
em 20 de dezembro de 1971, tendo como objetivo proteger o individuo com deficiência mental. A
deficiência passa então a ser vista segundo Fonseca (1987, p.11)
É fundada Sociedade Pestalozzi em 1926 e em 1954, é a Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais-APAE. O movimento Pestalozziano iniciou no Brasil em 1926 com o objetivo “ prestar
serviços em educação especial e atendimento clínico à comunidade, contribuindo para melhorar a
qualidade de vida do ser humano, promovendo sua integração”(Guarino,2005).
Já na década de 70 por um atendimento à pessoa com deficiência mental organizou-se por meio
de propostas curriculares documentos como CENEESP/MEC, 1979 ,1984, 1986 dando ênfase na classe
comum com apoio de salas e recursos, para essa área de deficiência, observando-se as orientações
organizacionais dos serviços especializados à Política Nacional de Educação Especial. Os serviços
educacionais MEC/SEESPE ao deficiente mental prevalecem mais ou menos com o mesmo enfoque,
percebendo-se a predominância em classes comuns, com e sem apoio de salas de recursos.
A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO À PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Páginas
1a4

SECULO XX – NO BRASIL
No ano de 1989, o governo federal promulga a Lei nº 7.853 de 24 de outubro de 1989, que dispõe
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

MATRÍCULAS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS


NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA.
Para o MEC, que defende a matrícula de alunos com deficiência em salas regulares de ensino e
não em escolas especiais , os números mais recentes mostram a efetivação da política de
Educação Inclusiva.
O desafio da inclusão é que a escola ofereça oportunidades de aprendizagem a todos,
respeitando a diversidade de cada aluno. Como sugere Guimarães (2003: p.44) “Na educação
inclusiva não se espera a pessoa com deficiência se adapte à escola, mas que esta se transforme
de forma a possibilitar a inserção daquela”.
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DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada pela
UNESCO, em Salamanca (Espanha), em junho de 1994, teve, como objeto especifico de discussão, a
atenção educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais.
A Declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais que visão a
inclusão social. Ela é resultado de uma tendência mundial que consolidou a educação inclusiva, e
cuja origem tem sido atribuída dos movimentos de direitos humanos que surgiram a partir das
décadas de 60 a 70.

CONVENÇÃO DA GUATEMALA
Convenção de Guatemala que ocorreu em 1999 tem como princípio a eliminação de todas as
formas de discriminação contra as pessoas com deficiência e reafirmam que todos têm os mesmos
direitos e liberdades. Conforme seu artigo l. a Convenção define deficiência como:
[...] significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a
capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária causada ou agravada pelo ambiente
econômico e social.
A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO À PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
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1a4

DECLARAÇÃO DE MONTREAL
No ano de 2004, em evento realizado pela Organização Mundial de saúde e Organização Pan-
Americana da Saúde e o termo deficiência é consagrado com o documento Declaração de
Montreal sobre pessoa com deficiência Intelectual.

O SÉCULO XXI
O período de 2006 a 2016 foi estabelecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) como a
Década das Américas das Pessoas com Deficiência pelos Direitos e Dignidade das Pessoas com
Deficiência.
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Páginas
1a4

LEGISLAÇÃO NO BRASIL
A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA (1988) prevê, em seu artigo 208: O dever do Estado com a
educação será efetivado mediante a garantia de: [...] III – atendimento educacional especializado
aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

A LDB no artigo 58 define educação especial e a oferta de matricula:


Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais. § 1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. § 2º. O atendimento
educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das
condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino
regular.
§ 3º. A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero
a seis anos, durante a educação infantil (BRASIL, 1996).
OS 4 PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO
Páginas
5a8

1. O PARADIGMA DA EXCLUSÃO — REJEIÇÃO SOCIAL

Durou da antiguidade até o século XIX

Extermínio/ Proteção

Isolamento em locais específicos


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DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO
Páginas
5a8

2. O PARADIGMA DA SEGREGAÇÃO — ASSISTENCIALISMO


A sociedade desenvolveu formas organizadas de lidar com
a deficiência
A partir de 1910 surgiram instituições oficias para internação
de Pessoas com deficiência
Modela social: assistencialismo
Visão Positivista
Consolida a classificação, a deficiência passa a receber
classificação médica, CID.
Deficiência é anomalia da natureza
Reconfiguração das internações asilares
Intervenção sócio científica
Os corpos desviantes precisar estudados para serem tratados e
encaixados nos padrões de normatização.
OS 4 PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO
Páginas
5a8

3. O PARADIGMA DA INTEGRAÇÃO — MODELO MÉDICO DA DEFICIÊNCIA


Décadas 50 a 80 do século XX.
Visão linear de saúde.
Visão que a doença contamina o indivíduo e o tratamento leva
à melhora ou cura da doença.

O problema é exclusivamente da pessoa que precisa ser


“consertada” no problema exclusivo do corpo físico.
Desenvolvimento e o avanço das ciências e suas tecnologias.
Surgimento de instituições especializadas por tipo de deficiência.
Reabilitar (a parte “doente”) para consertar ou curar.
OS 4 PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO
Páginas
5a8

4. PARADIGMA DA INCLUSÃO — MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA

O modelo médico não consegue avançar no tratamento das


pessoas com deficiência.
Movimentos de mudança além da área da saúde
O problema deixa de estar na pessoa com deficiência
Surgem as relações entre a deficiência e as barreiras que estão
na sociedade, e a sociedade é que deve adequar-se às pessoas
– PCDs.
OS 4 PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO
Páginas
5a8

TABELA COMPARATIVA:
MODELO MÉDICO
MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA

INDEPENDÊNCIA
Relação com a habilidade de realizar alguma
atividade sem suporte de outras pessoas, as tarefas
do dia a dia, por exemplo.

AUTONOMIA
Relação com escolha, com a capacidade de
tomar decisões. Escolher onde será a sua próxima
viagem de férias, por exemplo.
OS 4 PARADIGMAS DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: DA EXCLUSÃO À INCLUSÃO
Páginas
5a8

O OBJETIVO É PROMOVER UMA SOCIEDADE EQUITATIVA


Incluir quer dizer fazer parte, inserir, introduzir. Inclusão
é o ato ou efeito de incluir.
Assim, a inclusão social das pessoas com deficiências
significa torná-las participantes, ativas na vida social,
econômica e política, assegurando o respeito aos
seus direitos no âmbito da Sociedade, do Estado e
do Poder Público.

Para isso, precisamos oferecer recursos que permitam


o acesso e empodera-las para que possam
ativamente serem agentes transformadores na
sociedade.
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS
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• APOIO PSICOPEDAGÓGICO À INCLUSÃO ESCOLAR


• ÉTICA PROFISSIONAL
• AS INCIDÊNCIAS DA INCLUSÃO SOBRE O PSIQUISMO DOS EDUCADORES
A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO
• APOIO PSICOPEDAGÓGICO
POLÍTICAS À INCLUSÃO ESCOLAR
PÚBLICAS E A EDUCAÇÃO

A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Páginas
15 e 16

• APOIO PSICOPEDAGÓGICO À INCLUSÃO ESCOLAR

PSICOPEDAGOGIA

É concebida como a área que estuda o ato de


aprender, entendendo-se o ato de aprender
como os sentimentos, as ações, as elaborações do
sujeito durante o seu processo de aprendizagem e
a consciência que ele tem do que realiza.


• APOIO PSICOPEDAGÓGICO À INCLUSÃO ESCOLAR
Páginas
15 e 16

O SURGIMENTO DA PSICOPEDAGOGIA significou o resgate de uma visão global do ser


humano no seu ato de aprender. Constituiu-se assim uma área de estudos voltada
para o processo do aprender humano, na sua totalidade como individualidade de ser
social; na abrangência de ser corpo (sentir/perceber) de ser afetividade (valores,
desejos, interesses, necessidades) de ser pensamento (conceitos, ideias e reflexão).

A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA pode ser EDUCACIONAL ou CLÍNICA.

EDUCACIONAL - quando estuda, analisa e propicia condições para que o aprendiz


organize e elabore dados e informações, utilizando-os em sua vida.

CLÍNICA - quando estuda e analisa bloqueios, para que o aprendiz ultrapasse


dificuldades e problemas de aprendizagem e possa organizar e elaborar dados e
informações, utilizando-os em sua vida.

• APOIO PSICOPEDAGÓGICO À INCLUSÃO ESCOLAR
Páginas
INCLUSÃO: O QUE CABE AO PSICOPEDAGOGO? 15 e 16

Considerando o que foi dito sobre Psicopedagogia e sobre inclusão, pode-se afirmar que a contribuição do psicopedagogo para a
inclusão do aluno no processo educacional e social seria, pois, o de:

• oferecer condições à participação no meio social em que se vive;


• partir do que o aluno dispõe e atender às suas necessidades para aprender pensando elaborando e decidindo;

 AVALIAR POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DO APRENDIZ:


• o que compreende e o que não compreende;
• habilidades e operações nas áreas de conhecimento;
• recursos que propiciam organização e elaboração do ensinado;
• recursos para desenvolver habilidades e operações;

 FUNDAMENTAR E ILUSTRAR A IMPORTÂNCIA DE:


• atender as necessidades e ensinar a partir do que o aluno conhece e tem possibilidades;
• oferecer condições para o aluno elaborar e decidir;
• avaliar continuamente, propiciando ao aluno oportunidades de refazer atividades e compreender o que e onde errou.
 OPOR-SE A:
• pseudo-escolarização;
• ausência de avaliação, que elimina o elaborar, o aprender, o pensar;
• promoção automática, que desrespeita o ser humano e desacredita em seu potencial.
• ÉTICA PROFISSIONAL
Páginas
17 e 18

O PROCESSO DE INCLUSÃO na escola desafia os professores a acolher todos,


independente de suas condições: sensoriais, físicas, ou intelectuais.

Ensinar alunos com DEFICIÊCIA, evidencia a fragilidade da FORMAÇÃO DOCENTE.

Pais e professores procuram soluções para a criança fora do padrão escolar.

Gera a procura de diagnósticos


• ÉTICA PROFISSIONAL E INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Páginas
17 e 18

ÉTICA MEDIANTE O ENSINO INCLUSIVO E A UTILIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO MÉDICO NA


ESCOLA REGULAR
Considerações pejorativas antes do diagnóstico.

DIAGNÓSTICOS
Gerados fora de uma equipe multidisciplinar
Consideração de que alguns PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM são resultados de uma
série de fatores externos:
• falta de estímulo na família;
• afetividade em casa;
• falhas na metodologia pedagógica escolar.
• ÉTICA PROFISSIONAL E INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Páginas
17 e 18

DIAGNÓSTICOS
Casos provocados por fatores externos e reais deficiências e transtornos.

REAÇÕES ANTI-ÉTICAS AOS DIGNÓSTICOS


• Consideradas nas falas dos funcionários e professores no ambiente escolar
• Conduta discriminatória
• Causa algum tipo de constrangimento à criança ou/e à família

Exemplos:
• Chamar pejorativamente de laudados.
• Reclamações na frente da criança que ela atrapalha e que devem ter seus próprios cuidadores.
• Levar aos pais insatisfações geradas pela falta de conhecimento ou incapacidade profissional.
• ÉTICA PROFISSIONAL E INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Páginas
17 e 18

ROTULAÇÕES CAUSAM CONSEQUÊNCIAS, psicológicas, sociais e para o trabalho,


desempenho do próprio professor.

AÇÕES SUGERIDAS:
• Capacitação, estudo, pesquisa.
• Urgência de diagnósticos precisos dando a garantia de que a criança está no
lugar e tem direito ao acompanhamento correto.
• Praticas pedagógicas eficientes para cada caso.
• Auxiliares de acordo com a necessidade do estudante: mobilidade ou adaptação
curricular.
• ÉTICA PROFISSIONAL E INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Páginas
17 e 18

O SER ÉTICO, em uma reflexão filosófica sobre os fundamentos da moral, é por sua vez definida
como conjunto de regras de convívio social. De modo mais tradicional pode-se dizer que ética é
parte do caráter da pessoa, da intenção interior, decorre da distinção do agir correto, que
abrange e influi no modo de vida.

Atuar profissionalmente com ÉTICA, é dar valor a função social da profissão do


professor, mesmo em meio ao multifazer de tarefas diárias docentes e o imediatismo
que move as agendas e planejamentos pedagógicos.
• ÉTICA PROFISSIONAL E INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Páginas
17 e 18

Não existe um modelo de comportamento ético para os diversos desafios que surgem na docência,
não há um tutorial oferecendo o passo a passo nas resoluções de problemas, nem tão pouco uma
solução mágica no trabalho a ser desenvolvido com as crianças, mas, em se tratando da permanência
de crianças com deficiência no espaço escolar regular, se faz necessário a base ética, que possibilitará
estudar e agir da melhor forma possível caso a caso.
Ao falar sobre ética na docência, Paulo Freire esclarece que:
Gostaria, por outro lado, de sublinhar a nós mesmos, professores e professoras, a nossa responsabilidade ética no exercício de nossa
tarefa docente. Sublinhar a esta responsabilidade igualmente àquelas e àqueles que se acham em formação para exercê-la. [...] é
preciso deixar claro que a ética de que falo não é a ética menor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos interesses do
lucro...Falo, pelo contrário, da ética universal do ser humano. [...] É por esta inseparável da prática educativa, não importa se
trabalhamos com criança, jovens ou com adultos, que devemos lutar (FREIRE, 2016, p.17).

Para Freire o comportamento ético do professor deve condizer com o discurso e função social do
educador, são virtudes práticas que se destacam em sala de aula e fora dela, com o interesse único ao
bem e ações de zelo ao semelhante.
• ÉTICA PROFISSIONAL E INCLUSÃO NA ESCOLA REGULAR
Páginas
17 e 18

O que se espera de um profissional da educação é o zelo pelo fazer pedagógico, o que


proponho é a reflexão sobre as atitudes do cotidiano que fazem todo o conceito de
ética ser posto debaixo do tapete em prol do comodismo e egocentrismo,
desencadeando em negligencia e omissão de socorro.

CONCLUSÃO:
Os desafios de um ensino inclusivo que demanda ao docente preparo técnico e
psicológico para atender seus novos desafios e saber combater os possíveis vilões para
um exercício da profissão de forma zelosa e que dê retorno a sociedade.
• AS INCIDÊNCIAS DA INCLUSÃO SOBRE O PSIQUISMO
DOS EDUCADORES
Leitura
Prévia

De acordo com a PRÉ-LEITURA do artigo A VIVÊNCIA DOS PROFESSORES SOBRE O


PROCESSO DE INCLUSÃO UM ESTUDO DA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA HISTÓRIUCO-
CULTURAL, responda:

1. Quais as crenças observadas nos professores participantes do estudo?


2. Na sua concepção, como estas crenças são formadas e o que as torna um
problema a ser resolvido internamente no professor?
3. Que soluções você traria para alguma ou algumas dessas situações?
4. Faça uma reflexão sobre seu trabalho e posicionamento diante da Inclusão escolar
até aqui, e descreva as mudanças de pensamentos e comportamentos em
relação a tudo que você já aprendeu nesta formação e nesta aula.
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS
Prof. Esp. Ana Néres Pessoa Lima Góis

• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM


• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
PÁGINAS
10 A 15

Ao longo de sua existência, o ser humano é/está passível de apresentar patologias que
podem levá-lo a sucessivas hospitalizações e/ou à necessidade de tratamento de
saúde. Uma criança ou um adolescente, nesse contexto, podem, também, passar por
diversas intercorrências ou problemáticas. Nesse momento, orienta-se às instituições de
educação e saúde, a implantação do serviço de classe hospitalar, ou como hoje é
denominado, atendimento educacional em ambiente hospitalar.

Nele, os “alunos” são atendidos nos diversos espaços do hospital: salas de aula, brinquedotecas, leitos,
Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e Centros de Tratamento Intensivo (CTIs), realizando atividades
pedagógico-educacionais que visam a atenuar os prejuízos causados pelas internações sucessivas ou de
longa permanência, que, consequentemente, provocam o afastamento ou o abandono escolar, condição
que na infância a afeta significativamente

(GONÇALVES; VALLE, 1999).


• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
PÁGINAS
PRINCIPAIS APONTAMENTOS 10 A 15

“[...] nesse período, a criança e o adolescente veem seu universo, que antes era composto de família, amigos e
escola, ganhar dois novos componentes: o hospital e a doença.
Diante dessa nova realidade, eles podem entrar em determinado conflito, motivado pelo próprio ambiente em si,
onde deixam de existir como sujeitos, tornando-se pacientes.
Essa percepção, alvo de agressões ao seu próprio corpo, constituirá, naturalmente, um risco igual ou superior ao
da própria doença que as originou.”
Ceccim e Carvalho (1997, p. 27)
• Mudança (brusca) de ambiente
• Ausencia dos pais, paisagens e objetos familiares
• Acentuação do medo de perda e abandono
• Medo do desconhecido
• Regras duras e inmflexiveis no ambiente hospitalar
• Procedimentos intensivos ou desconfortáveis
• Sem acompanhante permanente Munhóz e Ortiz (2006)

“estará presente [...], pois o hospital é para eles, um local diferente, estranho e ameaçador, fazendo com que
surjam fantasias e imagens a seu respeito, persecutórias” (LERNER, 2002, p.15).
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
PRINCIPAIS APONTAMENTOS 17 e 18

“[...] essa condição pode gerar-lhes a sensação de insegurança e estresse, “podendo ocasionar-lhes, traumas, às
vezes profundos, dependendo da intensidade e da estrutura de sua personalidade”. Freitas e Ortiz (2005, p.36)
[...]

Essa percepção construída faz com que essa criança ou o adolescente (re)construam, sob esses moldes, sua
identidade.

A duração da hospitalização pode configurar-se como sendo outro fator determinante da resposta à
problemática desse evento. Assim, quanto maior o período do internação hospitalar, maiores serão os riscos de
surgirem prejuízos ou sequelas nos processos de aprendizagem e desenvolvimento desses sujeitos.

FALTAS ÀS AULAS. Sabe-se que, em geral, essa lacuna contribui para a intensificação de suas dificuldades em
acompanhar os conteúdos escolares, levando-os a uma defasagem no que tange ao ano ou ao ciclo que vinha
cursando antes do adoecimento.

Por vezes, a hospitalização inviabiliza até mesmo sua matrícula ou permanência no ambiente escolar, o que pode
interferir diretamente na percepção de si mesmo, ou seja, em sua autoestima, não propiciando possibilidades de
um maior crescimento em todos os seus aspectos de seu desenvolvimento (FONSECA, 2003).
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
FALTAS ÀS AULAS 17 e 18

Nesse cenário, a elaboração de um currículo, que verdadeiramente invista em intervenções


educacionais mais adequadas, mesmo dentro do hospital, insinua a existência de mundo extra-
hospitalar, composto de um novo modo de qualidade, entrecruzando – a escola – como agência
de processos de aquisição de aprendizagem, desenvolvimento de competência intelectual e
interação entre seus pares, o que os permitirá (res)significar todo o seu processo de adoecimento
e seus consecutivos tratamentos.
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
PÁGINAS
10 A 15

SALA DE AULA
A SALA DE AULA DO HOSPITAL pode, conforme Vasconcellos (2000), subsidiar, paralelamente,
essa compreensão, tendo em vista uma melhor aceitação desse processo, além de proporcionar
atividades pedagógico-educacionais, visando a atenuar expectativas de prejuízos causados pela
hospitalização (VALLE, 1997).

Marchesan et al. (2009, p. 21), ao verificarem tais interferências, concluem que estas podem
ser minimizadas ou de certa forma eliminadas, pois, enquanto a criança ou o adolescente
estudam, reveste-se de UM CARÁTER QUE NÃO É APENAS PEDAGÓGICO: a aula permite a eles
esquecerem, por alguns momentos, sua doença, fazendo com que acreditem na possibilidade de
continuar suas atividades efetivadas anteriormente.
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
17 e 18

A AÇÃO DOCENTE
a ação docente age potencializando o sujeito, na medida em que oferece às crianças e aos
adolescentes, alternativas de intervenções, que vão além da doença, pois, na sala de aula do hospital,
poderão se desvincular das restrições de seu tratamento e seguramente, como antes descrito, o professor
lhe oferecerá subsídios para compreender, aceitar e saber lidar nesse processo (FONSECA, 2003).

A PROPOSTA PEDAGÓGICA
Nessa direção, a PROPOSTA PEDAGÓGICA deve ser trabalhada integralmente, de modo a dispor de um
atendimento que corresponda a seu ciclo vital de desenvolvimento e de aprendizagem, levando-os ao
desejo de cura e/ou à recuperação.

Além do mais, é necessário estimular seu desenvolvimento cognitivo, social e emocional, incentivando
potencialidades, respeitando limitações, por meio de um MODELO CURRICULAR FLEXÍVEL, segundo o ano
escolar, nível de desenvolvimento ou estado psicológico apresentado por aluno.
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
17 e 18

O PROFESSOR
O PROFESSOR no hospital pode ser um contraponto, tornando-se um agente de modificação do estado
de “paciente” para o de “agente”, ao promover a interação deles com outros colegas, o que os pode
levar a desfocar sua atenção da doença para o estudo, ao lúdico e às demais práticas acadêmicas, ou
apenas lhes permitir estar em um local provavelmente mais estimulante ou tranquilizador do que um
quarto de hospital.
Caberá então ao PROFESSOR, desenvolver um programa de atendimento educacional integrado à saúde
dos pacientes e familiares, que vise a assegurar-lhes condições de adquirir conhecimentos e aptidões, via
educação, que lhes permitam e os habilitem ao exercício do autocuidado com relação a sua doença.
Zanotto (2000) relembra, ainda, que o professor nesse processo é aquele que faz um elo entre a
realidade hospitalar e a vida cotidiana do aluno hospitalizado, avaliando, acompanhando e intervindo
em seu processo de aprendizagem, e os auxiliando em uma adaptação mais efetiva e harmônica no
hospital, além de lhes oferecer, quando necessário, subsídios para a elaboração do processo de morrer
(fonseca, 2000).
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
17 e 18

AÇÃO CONJUNTA
Desse modo, Vasconcellos (2000) defende que, para alcançar sucesso nesse processo, é imprescindível
considerar todos os aspectos motivacionais envolvidos no autocuidado, a PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA e o
estabelecimento de vínculos e a coparticipação da EQUIPE MULTIPROFISSIONAL.

Porto (2007) reconhece que essa situação pode levá-los a uma aprendizagem integradora, diretamente
relacionada ao desenvolvimento psicológico, denotando mais possibilidades de interação e adaptação
desse aluno à realidade ao longo de toda a sua vida, contando com múltiplas influências de fatores
ambientais e individuais.
Nessa trajetória, muitas vezes, os alunos não são capazes de expressar, nem de reproduzir o que os faz
temer, desenvolvendo angústias, fazendo surgir depressão, revolta ou desespero, ou ainda, a possibilidade
de regressão no nível de desenvolvimento. Mais uma vez, o professor fará a diferença, observando,
avaliando, incentivando o sentimento de valorização da vida, amor próprio, autoestima, aceitação e
segurança; recuperando esses prazeres e garantindo a construção dos conhecimentos que estariam
acontecendo no ambiente escolar.
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
17 e 18

INFLUÊNCIAS DO ESTADO DE SAÚDE E AO ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO


Appel (2000) compreende também que, dependendo do estágio da doença do aluno, são inúmeros os medicamentos
utilizados e que podem ocasionar sérios problemas de regressão no sistema nervoso central, atingindo a memória,
concentração, atenção, coordenação motora fina, linguagem, inteligência, bem como sua aprendizagem.

Descreve, paralelamente, outras situações, nas quais os tratamentos causam efeitos colaterais distintos, afetando sua
autoimagem, além de limitar movimentos motores , fazendo com que não se sintam aptos a enfrentar a vida em
sociedade.

Nessa condição, mesmo que o atendimento pedagógico-educacional em hospitais não requeira uma formação
específica, esse momento requer profissionais com destreza e discernimento para atuar com planos e programas
abertos, móveis, mutantes, constantemente avaliados, reorientados pela situação especial e individual.

Nesse processo, para ainda se evitarem mais intercorrências, recomenda-se a utilização de métodos de prevenção.
“Uma de tais medidas preventivas é se estabelecer um currículo ou programa mediador de estimulação, exercitando
aspectos mais comprometidos da inteligência e de todo o desenvolvimento do aluno” (FREITAS; ORTIZ, 2005, p. 43),
lembrando de que todos nessa sucessão de suas idades e/ou fases são um ser em curso de metamorfoses, cada um é
único, com seu próprio ritmo e estilo de resposta (WALLON, 2008).
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
PÁGINAS
10 A 15

AINDA SOBRE OS PROFESSORES E A PEDAGOGIA EDUCACIONAL HOSPITALAR


Sob esse ótica, tais profissionais devem transcender os aspectos médicos, pois, sem uma visão abrangente das
relações dos indivíduos com as figuras significativas (família, escola, hospital), o êxito do tratamento pode ficar
comprometido, e que, quando não corretamente identificadas, podem acarretar imediatos e futuros prejuízos
escolar até mesmo àqueles que possuem bom desempenho intelectual (VYGOSTKY, 1997).

Dessa maneira, o autor aposta no abandono de uma pedagogia hospitalar-medicamentosa que vê a


aprendizagem e o desenvolvimento sob uma perspectiva puramente biológica na busca de uma pedagogia
criativamente positiva, por meio de uma educação social.

Nesse processo, para ainda se evitarem mais intercorrências, recomenda-se a utilização de métodos de
prevenção. “Uma de tais medidas preventivas é se estabelecer um currículo ou programa mediador de
estimulação, exercitando aspectos mais comprometidos da inteligência e de todo o desenvolvimento do aluno”
(FREITAS; ORTIZ, 2005, p. 43), lembrando de que todos nessa sucessão de suas idades e/ou fases são um ser em
curso de metamorfoses, cada um é único, com seu próprio ritmo e estilo de resposta (WALLON, 2008).
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
17 e 18

A ALTA HOSPITALAR E O RTETORNO AO AMBIENTE ESCOLAR


No retorno ao ambiente escolar, após a alta, é comum que algumas dessas crianças apresentem dificuldades
de atenção, memória, raciocínio lógico-matemático, hiperatividade, distração, impulsividade, dificuldade para
se concentrar, seguir pautas, distorção na percepção, défice na organização e na sequência de tarefas, bem
como mal de memória para assuntos acadêmicos. A esse respeito, é importante que se realize pesquisa sobre
sua evolução neuropsicológica, pois isso afeta a motivação e o interesse à adaptação e à aprendizagem, além
da integração social com seus pares (APPEL, 2000).
Todavia, algumas vezes, quando a criança ou o adolescente chegarem à escola, ainda trarão alguns efeitos
colaterais do tratamento (e/ou da internação) que, em determinadas situações, é longo e invasivo. Isso faz com
que eles representem uma NOVA POPULAÇÃO dentro da escola que, por suas características, não pertencem
ao tradicional grupo de alunos especiais, constituídos por crianças com algum tipo de deficiência visual, auditiva
ou intelectual. São, geralmente, antigos alunos da escola que, agora, vitimados por uma doença, necessitam de
cuidados especiais, transitórios e distintos de acordo com a fase de tratamento.

Todo e qualquer defeito ou inabilidade poderá se converter no ponto de partida e na força propulsora do
desenvolvimento psíquico, da aprendizagem e da personalidade de todo o indíviduo, pois, conforme esse autor,
se origina de estímulos para a formação da compensação ou da superação.
• SITUAÇÕES DE HOSPITALIZAÇÃO E APRENDIZAGEM
Páginas
17 e 18

A ALTA HOSPITALAR E O RETORNO AO AMBIENTE ESCOLAR


Nos casos em que os tratamentos originam efeitos colaterais provenientes das fortes medicações, como a autoimagem afetada, os
movimentos motores limitados fazem com que o aluno não se sinta apto a enfrentar a sociedade; com isso, os familiares devem
respeitar seu momento e deixá-lo livre para que esse momento chegue de forma tranquila, sem pressões.
Nesse circuito, o professor será, portanto, um "mediador de estímulos, cauteloso, solícito e atento, reinventando formas para desafiar
o aluno hospitalizado, quanto à continuidade dos trabalhos escolares, a vencer a doença e a engendrar projetos na vida
emancipatória" (FREITAS; ORTIZ, 2005, p. 67).

[...] no momento da alta hospitalar, um contato do hospital com a escola antes do retomo da criança as suas atividades
acadêmicas tem sido considerado essencial. Devem ser transmitidas informações específicas do aluno, como diagnóstico, plano de
tratamento e limitação de atividades, entre outras (VALLE, 1997).

É fundamental que a equipe escolar avalie esse retorno, auxiliando o educando nesse processo de reinclusão à vida estudantil e
social, preparando a turma, proporcionando atividades recuperatórias dos conteúdos que não foram desenvolvidos no
atendimento educacional hospitalar e garantindo a receptividade por parte de educadores, colegas e amigos.

Nessa etapa, o professor deve, portanto, ter uma função mediadora entre o aluno e o conteúdo, interagindo por meio de
questionamentos que o levem à reflexão e à apreensão desse objeto de conhecimento. Nessa interlocução, o professor precisa
avaliar sua prática e estar aberto a novos conhecimentos e técnicas que em todo momento irão surgir (AROSA; SCHILKE, 2008),
fazendo com que a doença de seu aluno não interrompa todo o seu processo de desenvolvimento e escolarização.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A EDUCAÇÃO HOSPITALAR
Páginas
17 e 18

COMO SURGIU A EDUCAÇÃO HOSPITALAR?


A história da pedagogia hospitalar teve seu início em 1935, quando Henri Sellier inaugurou a primeira escola
para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris. Esse exemplo foi seguido pela Alemanha e Estados Unidos,
com o objetivo de suprir as dificuldades escolares de crianças com tuberculose (ESTEVES, 2008).

QUANDO SURGIU A EDUCAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL?


A pedagogia hospitalar não é algo novo, no Brasil essa prática educacional iniciou-se no século XX, mais
precisamente em agosto de 1950, com a primeira classe hospitalar que funcionava nas enfermarias pediátricas
do Hospital Municipal Jesus, localizado no Rio de Janeiro (RODRIGUES, 2012).
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A EDUCAÇÃO HOSPITALAR
Páginas
17 e 18

COMO O MEC RECONHECE A CLASSE HOSPITALAR?


No Brasil a classe hospitalar é reconhecida por meio da criação de uma legislação para a criança e
adolescente hospitalizado, através da resolução nº 41 de outubro de 1995, no item 9

QUAL A LEI QUE AMPARA A PEDAGOGIA HOSPITALAR?


Alunos da educação básica que estejam internados por tempo prolongado para tratamento de
saúde — seja no hospital ou em casa — receberão atendimento educacional. É o que garante a Lei
13.716, de 2018

QUEM ORGANIZA A EDUCAÇÃO NOS HOSPITAIS BRASILEIROS?


O Conselho Nacional de Educação (BRASIL, 2001) aponta que o trabalho em Classe Hospitalar deve ser
desenvolvido por pedagogos com habilitação em Educação Especial.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A EDUCAÇÃO HOSPITALAR
Páginas
17 e 18

QUAL A FUNÇÃO DO PEDAGOGO HOSPITALAR?

O pedagogo hospitalar tem papel fundamental dentro da educação pois tem como finalidade acompanhar a
criança ou adolescente no período de ausência escolar, internados em instituições hospitalares. A pedagogia
hospitalar poderá atuar nas unidades de internação ou na ala de recreação do hospital. Esta nova prática
pedagógica ameniza o sofrimento da criança internada no hospital, o paciente se envolve em atividades
pedagógicas planejadas por profissionais voltados a área da educação.

COMO FUNCIONA A CLASSE HOSPITALAR?

As aulas ocorrem de segunda à sexta, no período da manhã. No ambulatório, a rotina do paciente é bastante
similar a uma sala de aula normal. Os alunos têm as aulas ministradas pelo mesmo professor. Porém, assim como
na escola comum, eles estão divididos em diferentes séries
NEUROPSICOPEDAGOGIA________________________________________________
EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS
Prof. Esp. Ana Néres Pessoa Lima Góis

• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO
• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
PÁGINAS
10 A 15

• A deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente,


O QUE É sejam intelectuais, físicas, distúrbios neurológicos, emocionais, linguagem e
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, dificultando sua
autossuficiência.

• As deficiências múltiplas atrasam o desenvolvimento global da criança, dificultando


sua aprendizagem e autonomia.

• Diante desse quadro, a pessoa pode já nascer ou adquirir baixa visão e deficiência
física ou intelectual, cegueira e distúrbios neurológicos, surdez e mobilidade física, entre
outros, de níveis que vão de leve a severo.

• A deficiência múltipla não é o somatório dessas características.


Obs:
No Brasil, segundo dados do IBGE, cerca • De acordo com a Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação
de 14% da população total são pessoas (MEC), o que define deficiência múltipla é o nível de desenvolvimento, as possibilidades
com deficiência.
funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem que determinam as
necessidades educacionais dessas pessoas.

• Um exemplo são as pessoas que têm deficiência mental e física.

• Em termos numéricos, a presença desse tipo de deficiência na população, é menor.


• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
TIPOS DE MÚLTIPLA DEFICIÊNCIA
De acordo com alguns autores, a deficiência múltipla PÁGINAS
pode ser separada pelas seguintes dimensões: 19 A 20

1. FÍSICA E PSÍQUICA:
3. SENSORIAL E FÍSICA:
.

• Associa a deficiência física à deficiência .

intelectual; • Associa a deficiência auditiva à deficiência física;


• Associa a deficiência física à transtornos • A deficiência visual à deficiência física.
mentais.
. 4. FÍSICA, PSÍQUICA E SENSORIAL:
.
2 . SENSORIAL E PSÍQUICA:
. • Traz a deficiência física associada à deficiência
• Engloba a deficiência auditiva associada à visual e à deficiência intelectual;
deficiência intelectual; • A deficiência física associada à deficiência
• A deficiência visual à deficiência intelectual; auditiva e à deficiência intelectual;
• A deficiência auditiva à transtornos mentais; • A deficiência física associada à deficiência
• Perda visual à transtorno mental. auditiva e à deficiência visual.
• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS

CARACTERÍSTICAS GERAIS PÁGINAS


19 A 20

• As características da deficiência dependem do nível de desenvolvimento e de alteração de


cada ordem e a necessidade especial condizente de cada pessoa.
• Algumas características gerais apresentadas são: dificuldade na abstração das rotinas diárias, nos
gestos ou na comunicação; dificuldades no reconhecimento de pessoas do seu cotidiano;
movimentos corporais involuntários; respostas mínimas a estímulos causados por barulhos, toques,
entre outros.
• Dependendo da alteração e desenvolvimento de cada ordem, a pessoa (criança, jovem ou
adulto) acometida por esta deficiência poderá frequentar uma escola regular, desde que sua
necessidade seja respeitada.
• As crianças com múltiplas deficiências, de maneira geral, aprendem mais lentamente e tendem a
esquecer o que não praticam.
• Além disso, possuem dificuldades em generalizar habilidades aprendidas separadamente.
• Elas precisam de instruções organizadas e sistematizadas, e também necessitam de ter alguém
que possa mediar seu contato com o meio que o rodeia.
• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS

CAUSAS

• As causas no pré-natal podem ser: eritroblastose fetal (incompatibilidade de RH), microcefalia,


citomegalovírus, herpes, sífilis, AIDS, toxoplasmose, drogas, álcool, rubéola congênita, e síndromes,
como Charge, Lennox-Gastaut, etc.

• Entre as causas perinatais: prematuridade, falta de oxigênio, medicação ototóxica (podem


danificar a audição), icterícia - período perinatal corresponde ao momento do nascimento ou
imediatamente após.

• As causas pós-natais podem ser: efeitos colaterais de tratamentos (ex: oxigenoterapia,


antibioticoterapia), acidentes, sarampo, caxumba, meningite, etc. Pode ser também acrescentadas
situações ambientais causadoras de múltipla deficiência, como acidentes e traumatismos cranianos,
intoxicação química, irradiações, tumores, entre outros.
• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS

PREVENÇÃO PÁGINAS
19 A 20

Veja o que é possível fazer para prevenir a ocorrência de deficiências:


ANTES DE ENGRAVIDAR:
• Vacinar-se contra a rubéola (pode afetar o bebê em formação);
• Procurar serviço de aconselhamento genético (principalmente quando houver casos de deficiência
ou casamentos consanguíneos na família);
• Fazer exames para detectar doenças, verificar tipo sanguíneo e fator RH.
DURANTE A GRAVIDEZ:
• Consultar um médico obstetra mensalmente;
• Fazer exames de controle;
• Somente tomar medicamentos prescritos pelo médico;
• Fazer controle de diabetes, pressão alta e infecções;
• Evitar cigarro e bebidas alcoólicas;
DEPOIS DO NASCIMENTO:
• Exigir que sejam feitos testes preventivos no bebê e ter cuidados adequados ao bebê,
proporcionando amparo afetivo e ambiente propício para seu desenvolvimento.
• DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS

PREVENÇÃO PÁGINAS
19 A 20

A prevenção da deficiência múltipla se divide em três grupos:


PRIMÁRIA:
• Se associa a programas de combate às doenças (ex: vacinações), a acidentes, ao uso de drogas
e álcool, como também a prevenção de uso de medicamentos inadequados durante a gestação.

SECUNDÁRIA:
• Se refere a ações que revertem os efeitos e a duração das deficiências, como dietas a crianças
que nascem com fenilcetonúria e outras enfermidades, além de tratamentos de saúde e uso de
medicamentos apenas quando prescritos por um médico.

TERCIÁRIA:
• Ocorre por meio de ações que limitam as consequências das deficiências já adquiridas e
melhoram o nível de funcionamento da pessoa.
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO, TAMBÉM CONHECIDO PELA SIGLA AEE, É UM DOS SERVIÇOS
PRESTADOS PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA ATENDER AOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA, COM
TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO E COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO, QUE DEVEM
ESTAR MATRICULADOS EM ESCOLAS COMUNS DO ENSINO REGULAR.

Esse tipo de educação inclusiva faz parte de uma das diretrizes da POLÍ́TICA NACIONAL DE EDUCAÇ̧ÃO ESPECIAL
NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇ̧ÃO INCLUSIVA, prevista na Constituição de 1988, sendo assim, um direito de todo
brasileiro, desde a educação infantil até a educação superior.

Isso acontece por causa da LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO, que prega a inserção escolar de forma universal,
completa e sistemática. Essa determinação nasce, primeiramente, da necessidade de fornecer uma atenção
particular aos estudantes com algum tipo de deficiência.

Mas a importância da AEE também se estende à ATUAÇÃO DOS PROFESSORES. Afinal, muitos profissionais da
educação apresentam dificuldades na maneira de lidar com um estudante com deficiência em sala de aula,
uma vez que não passaram por uma especialização na área.

Entretanto, o que muitos desconhecem é que não é o professor da escola comum que precisa ser ESPECIALISTA
NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM.

Os profissionais, para atuar no Atendimento Educacional Especializado, necessitam de curso que habilitem para a
DOCÊNCIA e ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA e formações especializadas em determinadas
deficiências, como auditiva ou visual.
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

TRABALHO INTEGRADO ENTRE DIVERSOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE EDUCAÇÃO

“Não é um reforço e nem uma sala em separado. O AEE é um serviço desenvolvido por um
profissional especializado que, em parceria com o educador da turma, verifica as barreiras para a
aprendizagem e escolhe ambientes e formas de trabalho adequadas para cada estudante”.

Liliane Garcez, Gerente de Projetos do Instituto Rodrigo Mendes

A IMPORTÂNCIA DO AEE PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA


O maior desafio da Educação Inclusiva está no Atendimento Educacional Especializado, pois essa modalidade
educacional possui muitas responsabilidades, como o ensino de libras, braille, de tecnologias assistivas e
comunicação alternativa.
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS QUE DEVEM EXISTIR NO AEE


“Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis, porém, para as pessoas
com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
Mary Pat Radabaugh, diretora do Suporte Nacional de Pessoas com Deficiência da IBM

O profissional do AEE deve conhecer os fundamentos da tecnologia assistiva e da comunicação alternativa para
melhor exercer seu papel.

MAS O QUE É TECNOLOGIA ASSISTIVA?


Basicamente, é tudo aquilo que é criado para ajudar pessoas com deficiência a terem independência e serem incluídas, seja
proporcionando ou ampliando suas habilidades de se comunicar, ouvir, ver, andar ou tocar.

“Uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com
deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social”.
O Comitê de Ajudas Técnicas do Brasil
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
AS RESPONSABILIDADES DO PROFESSOR QUE ATUA
NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

É claro que cada estudante é único e não existe uma fórmula única para atender a todos de forma genérica. Por isso, é muito
importante que o profissional de educação inclusiva execute um planejamento e que tenha uma organização do Atendimento
Educacional Especializado, considerando as características individuais de cada estudante:

• O professor especialista do AEE deve definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização;
realizar a adaptação curricular, bem como os procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas.
• Trabalhar em equipe, reservando um dia da semana para planejamentos e estudos coletivos com um grupo que envolva um
coordenador pedagógico, um professor regente, um profissional de apoio à inclusão, e de preferência, intérpretes de libras e
instrutores de braille/libras.
• Promover encontros mensais com os pais e/ou responsáveis pelos estudantes para socialização acerca de seu
desenvolvimento e aprendizagem.
• Organizar os recursos pedagógicos e de acessibilidade para os estudantes público-alvo da educação especial.

• Elaborar o plano de desenvolvimento individual a ser executado e registrar o desenvolvimento e dificuldades dos estudantes
atendidos.

• Participar da elaboração do regimento interno da unidade educacional, bem como do Projeto Político-Pedagógico.
• Reconhecer as necessidades de recursos pedagógicos e de tecnologia assistiva que melhor atendem o educando na escola
comum.
• ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

COMO DEVE FUNCIONAR O AEE DENTRO DAS


ESCOLAS?

O AEE pode ser realizado em uma sala de recursos


multifuncionais (SRM) na própria escola ou em
escola próxima, no período do contraturno escolar
para que não seja substitutivo às atividades da
sala de aula comum. Esse atendimento beneficia
tanto o aluno quanto o professor da sala de aula
comum.

O AEE é responsável pelo planejamento e pela


execução de estratégias pedagógicas que
proporcionam uma participação efetiva dos
alunos com necessidades específicas.
• ADAPTAÇÕES AO CURRICULO
PÁGINAS
21 A 25

CURRÍCULO
De acordo com o MEC — Parâmetros Curriculares Nacionais — Estratégias para a Educação de
Alunos com Necessidades Educacionais Especiais “A CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO inclui, portanto,
desde os aspectos básicos que envolvem os fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação
até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula:
relaciona princípios e operacionalização, teoria e prática, planejamento e ação”. Os sistemas
educacionais devem modificar suas atitudes, expectativas e, mais ainda, organizarem- se para
constituir uma real escola para todos, que dê conta das especificidades decorrentes das
necessidades apresentadas pelos alunos.
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRICULO
PÁGINAS
21 A 25

ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO


Consistem no conjunto de modificações ou provisão de recursos técnicos e materiais, adequações
no ambiente, introdução de sistemas alternativos de comunicação que venham facilitar que os
alunos com necessidades educacionais especiais possam desenvolver satisfatoriamente o currículo
regular.

Essas adaptações devem prever:


1. Priorização de objetivos, conteúdos e critérios de avaliação que levem em conta a proposta
educacional e a natureza das necessidades educacionais apresentadas pelos alunos;
2. mudança na temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de avaliação;
3. introdução de conteúdos, objetivos e critérios de avaliação que possibilitem acrescentar
elementos na ação educativa, como por exemplo sistemas alternativos de comunicação,
Sistema Braille, alfabeto dígito-manual.
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRICULO
PÁGINAS
21 A 25

ESCOLA INCLUSIVA

Escola que atende com propriedade a todos os alunos, utilizando-se das adequações ambientais, curriculares,
metodológicas, ao mesmo tempo em que favorece a mudança de atitudes e perspectivas. (Documento Unesco
- 1996)

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Modalidade da educação escolar, entendida como um processo educacional definido por uma proposta
pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para
apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a
garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.
(Resolução n.° 2 de 2001- CNE.)
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRICULO
PÁGINAS
21 A 25

AVALIAÇÃO
Processo permanente e contínuo, faz parte da dinâmica maior, a da prática educativa e a da convivência social
e nos possibilita conhecer a qualidade dos resultados encontrados, o que permite levá-la em conta para a
reorientação imediata da aprendizagem, bem como para o encadeamento de passos subsequentes a ela pois,
uma vez feita a avaliação, é preciso que a mesma tenha consequências.
Rever alguns conceitos remete-nos à reflexão de todas as variáveis do processo educacional e da especificidade
apresentada por alguns alunos, o que reforça a importância de se entender a avaliação sob o ponto de vista da
qualidade dos resultados alcançados, onde a sala de aula torna-se o centro estimulador da aprendizagem e o
“professor tenha oportunidade de reconhecer, reinterpretar e dar um novo sentido à aula”. (Celso Antunes —
Trabalhando habilidades - pg.24).
Concluindo com Manjon: “As respostas às necessidades educacionais especiais devem estar previstas e
respaldadas no projeto político-pedagógico da escola, não por meio de um currículo novo, mas da adaptação
progressiva do regular, buscando garantir que os alunos com necessidades educacionais especiais participem de
uma programação tão normal quanto possível e tão específica quanto suas necessidades requeiram”.
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRICULO
PÁGINAS
21 A 25

EXEMPLOS DE ADAPTAÇÕES CURRICULARES, SEGUNDO A NECESSIDADE EDUCACIONAL


ESPECIAL

Dependendo da natureza da necessidade educacional especial, propõe-se uma


adaptação correspondente no acesso ao currículo.

Procedimento sugerido: utilização de uma situação na forma a mais diversa: poesia,


crônica, fábula, lenda, canção, quadro (pintura), noticia, propaganda, anúncio, um
evento etc.
• ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRICULO
PÁGINAS
21 A 25

A - ADAPTAÇÕES DE ACESSO AO CURRÍCULO B- ATIVIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM

1- AUDITIVA 1- LINGUÍSTICAS
2- FÍSICA SISTEMAS ALTERNATIVOS DE COMUNICAÇÃO 2- LÓGICO-MATEMÁTICAS
3- INTELECTUAL 3- VISO-ESPACIAIS
4- VISUAL 4- MUSICAIS
5- CORPORAL-CINESTÉSICAS
6- INTRAPESSOAL
7- INTERPESSOAL
8- NATURALISTA

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