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PROFESSORAS:
ADILMARA A. S. ANACLETO
JOSELI ONOFRE PEREIRA
ROLIM DE MOURA-RO
FEVEREIRO/2023
APRESENTAÇÃO
A iniciativa de implantação e organização das Salas de Recursos Multifuncionais nas
escolas comuns da rede pública de ensino atende a necessidade e histórica da educação brasileira
de promover as condições de acesso, participação e aprendizagem dos estudantes público-alvo da
educação especial no ensino regular, complementar ou suplementar à escolarização. A formulação
e implementação de políticas públicas inclusivas, de acesso aos serviços e recursos pedagógicos e
de acessibilidade nas escolas comuns de ensino regular, concorre para a eliminação de barreiras de
acesso, arquitetônica, física, mas principalmente as barreiras atitudinais e no aprendizado,
promovendo assim, o desenvolvimento inclusivo da escola, superando o modelo de escola e
classes especiais.
A organização do sistema educacional orientada nos princípios da educação inclusiva
possibilita amenizar o ciclo da exclusão, desafiar os preconceitos, dar visibilidade às pessoas com
deficiência e oportunizar um desenvolvimento com ampla autonomia.
Nesse norte, os sistemas de ensino asseguram aos estudantes público-alvo da Educação
Especial, a matrícula nas salas comuns e a oferta do Atendimento Educacional Especializado
ofertado nas Salas de Recursos Multifuncionais, previsto no Projeto Político Pedagógico da
escola. No entanto, a educação inclusiva é um direito assegurado na Carta Magna (Constituição
Federal/1988, Artigos 205 e 208) para todos os estudantes e a efetivação desse direito deve ser
assegurada pelas redes de ensino, sem nenhum tipo de distinção.
Para tanto, o Atendimento Educacional Especializado que ocorre na Sala de Recursos
Multifuncional deve estar fundamentado nas habilidades e competências do aluno, considerando
sua condição específica para realizar determinadas tarefas. Nesse sentido, a avaliação torna-se
imprescindível para o professor iniciar o trabalho pedagógico especializado, pois é importante
conhecer o aluno e as suas condições de inserção e participação na escola, na família e na sala de
aula regular. Assim, o professor poderá providenciar os ajustes e as adequações nos diferentes
âmbitos que interferem diretamente no processo de ensino e de aprendizagem do aluno, público-
alvo do Atendimento Educacional Especializado, garantindo-lhe uma educação de qualidade.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (janeiro
de 2008), bem como as legislações vigentes afirmar que a Educação Especial deve funcionar como
uma modalidade de ensino transversal a todos os níveis,, etapas e modalidades aos alunos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, a saber:
Alunos com deficiência – aqueles que têm impedimentos de longo prazo de
natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem ter obstruídos sua participação plena e efetiva na escola
e na sociedade;
Alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento – aqueles que apresentam
um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento
nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
definição alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo, psicose infantil;
Alunos com Altas Habilidades ou Superdotação – aqueles que apresentam um
potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano,
isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e
criatividade.
IDENTIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO
Localização: Sala de Recursos Multifuncionais da Escola;
Período: Fevereiro a Dezembro de 2023
Dias de Atendimentos: Segunda à Sexta-feira;
Horários de Atendimentos: 07:00 às 11:00 – 13:00 às 17:00.
Composição do atendimento: Individual.
Número de alunos atendidos por dia: 3 a 4 alunos
Quantidade de alunos atendidos na SRM: Atualmente atende 17 alunos portadores de
necessidades especiais (com deficiências ou TGD) e 01 aluno com dificuldade de aprendizagem
(dislexia e T.D.A.). Embora essa último aluno não faça parte do público alvo do A.E.E., o mesmo
foi recebido pela escola como aluno Especial e assim, sendo possível seu atendimento, está
matriculado na Sala de Recursos Multifuncionais.
JUSTIFICATIVA
O Ministério da Educação desenvolve a política da Educação Inclusiva que pressupõe a
transformação da Educação Especial e, nesta perspectiva, são implementados diretrizes e ações
que organizam os serviços de Atendimento Educacional Especializado, oferecidos aos alunos com
deficiências visando à complementação de sua formação e não mais a substituição do ensino
regular nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) em turno oposto ao frequentado nas turmas
comuns e possibilita ao professor rever suas práticas a luz de novos referenciais pedagógicos da
inclusão.
A Declaração de Salamanca de 1994, afirma que todas as crianças têm necessidades e
aprendizagens únicas, que têm o direito de ir à escola onde sobrevive, com acesso ao Ensino
Regular, e que os sistemas educacionais devem implementar programas, considerando a
diversidade humana e desenvolvendo uma pedagogia centrada no educando.
Em 1996, os princípios da Educação Inclusiva são reiterados, com a aprovação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Tal documento prevê que as crianças com
Necessidades Educacionais Especiais (NEE) também têm o direito de receber educação na rede
regular de ensino, ou seja, é garantida a todos os alunos a matrícula em escolas e classes comuns,
independentemente de suas diferentes condições físicas, motoras, intelectuais, sensoriais ou
comportamentais.
Assim para garantir o direito à escolarização e efetiva inserção e participação dos alunos
especiais, a Sala de Recursos Multifuncionais da Escola Maria do Carmo de Oliveira Rabelo, foi
implantada e organizada para atender aos alunos com necessidades educacionais especiais, tendo
como foco um novo fazer pedagógico. Portanto é responsabilidade de toda a comunidade escolar e
em especial do profissional do Atendimento Educacional Especializado, garantir o acesso,
permanência e construção do conhecimento e cidadania do educando, zelando para que o mesmo
tenha acessos a recursos pedagógicos e materiais complementares para auxiliar no seu
desenvolvimento e autonomia.
OBJETIVO GERAL
Assegurar aos alunos com necessidades educacionais especiais da Rede Regular de
Ensino da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Maria do Carmo de Oliveira Rabelo,
condições de acesso, participação e permanência na instituição, assegurando seu crescimento
pessoal, social e intelectual. Bem como possibilitar o acesso ao currículo através de adaptações e
flexibilizações necessárias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Atender os alunos público-alvo da educação especial, que apresentam necessidades a
saber: deficiência (intelectual, física, mental ou sensorial), Transtorno Global do
Desenvolvimento, Altas habilidades/Superdotação, bem como outros que porventura
apresentem dificuldades no decorrer de sua vida escolar, tais como dislexia, discalculia,
disortografia, TDAH e outras;
Atender individualmente os alunos com necessidades educacionais especiais para melhorar
seu desempenho na sala de aula,
Priorizar o desenvolvimento cognitivo respeitando sua limitação favorecendo a integração
social e acadêmica;
Articular com gestores e professores, para que o projeto pedagógico da instituição de
ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva;
Orientar as famílias para que deem suporte necessário, envolvendo e participando do
processo educacional;
Informar a comunidade escolar acerca das legislações e normas educacionais vigentes que
asseguram a inclusão educacional;
Focalizar a observação nos seguintes aspectos: sociabilidade, cognição, linguagem (ora,
escrita, viso-espacial), afetividade, motricidade, aptidões, interesses, emocional, social,
habilidades e talentos e outras que se inter-relacionam com o processo educativo;
Viabilizar condições de aprendizagem ao educando;
Acompanhar os procedimentos e dificuldades existentes nos conteúdos propostos;
Buscar junto à escola condições materiais que auxiliem no procedimento pedagógico
levando em consideração a especificidade do aluno;
Preparar material de acordo com as características, limites e capacidades de cada
educando;
Participar de formação continuada propiciada pela escola, Coordenadoria Regional de
Ensino - CRE e Secretaria de Estado de Educação – SEDUC.
Atuar de forma colaborativa com o professor regente da sala comum para a definição de
estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com necessidades educacionais
especiais ao currículo;
Auxiliar os professores na flexibilização e adaptação de atividades que atendam as
especificidades dos alunos;
Promover condições para que ocorra a inclusão dos alunos nas aulas remotas de forma a
manter vínculo com a turma e seus respectivos professores;
Elaborar atividades que favoreçam o desenvolvimento do educando na sua autodisciplina e
autocuidados;
Orientar o educando e família para que possa haver melhor organização e independência
nas realizações das atividades pedagógicas propostas;
Oferecer constante apoio curricular e emocional ao educando para que o mesmo mantenha
vínculo afetivo com a escola;
METODOLOGIA
O atendimento educacional se baseia inicialmente pelo levantamento do contingente de
alunos especiais com ou sem laudo, posteriormente o levantamento dos alunos com dificuldades
de aprendizagens já identificados em anos anteriores e que necessitem de apoio especializado,
sendo esse segundo grupo atendido de acordo com as possibilidades do profissional do AEE.
Todas as atividades ficarão arquivadas na escola por meio de portfólios, bem como fotos
enviadas pelos responsáveis para registro da participação do educando na elaboração de suas
atividades.
ESTRATÉGIAS
Conversar com os alunos e responsáveis via WhatsApp, a fim de manter vínculo do aluno
com a escola mesmo em época de Distanciamento Social;
Elaborar atividades impressas diversificadas e atrativas de forma que o aluno se sinta
incentivado a realiza-las de forma autônoma, se tornando protagonista de seu próprio
aprendizado;
Respeitar o tempo do aluno e também sua necessidade de comunicação para sanar as
dúvidas sempre que necessário;
Demonstrar valorização no fazer do educando, através de incentivos, solicitação de fotos,
reconhecimento junto ao grupo da sala regular;
Dar ao aluno liberdade para que o mesmo expõe seus anseios também pessoais e suas
expectativas diante do momento social que estamos vivendo.
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
Para fins de avaliação e adaptação das atividades no sistema remoto, o relatório das
atividades desenvolvidos junto aos alunos, considerando suas necessidades (acadêmica, social,
emocional e motora), será realizado quinzenalmente. Para fins de registro externos ao SRM (O
relatório ocorrerá conforme solicitação do Setor de Educação Especial da CRE.
RECURSOS MATERIAIS
a) Infraestruturas de informática:
- Computadores equipados;
- Notebook;
- Impressora;
- Softwares educacionais;
b) Infraestrutura de papelaria:
- Cartolina;
- Sulfite sem pauta;
- Papel cartão;
- EVA;
- Color set;
- Tesoura;
- Pincel permanente;
- Lápis de cor;
- Lápis;
- Borracha;
- Caneta esferográfica;
- Apontador;
- Cola branca;
- Régua;
- Caderno;
- Pasta catálogo;
- Fita de adesiva e dupla face;
- Jogos pedagógicos diversas;
- Toner para impressora;
RECURSOS HUMANOS
- Professora da SRM;
- Professores regentes das salas regulares;
- Pais;
- Alunos do AEE;
- Equipe pedagógica, de apoio e administrativa da escola;
- Cuidadores;
- Outros parceiros.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
O objetivo do trabalho pedagógico realizado na SRM através do AEE é propiciar ao
aluno especial flexibilização curricular que ofereça a ele equidade no desenvolvimento dentro do
ambiente escola e também na vida em sociedade, assim sendo, devem ser oferecidas todas as
condições de pleno desenvolvimento para que consigam ter acesso ao currículo da sala de aula
regular em que estão matriculados.
Para tanto, o Atendimento Educacional Especializado que ocorre na Sala de Recursos
Multifuncional deve estar fundamentado nas habilidades e competências do aluno, considerando
sua condição específica para realizar determinadas tarefas.
Dessa forma os conteúdos programáticos devem ser constados no PEI (Plano Educacional
Individualizado) do aluno que constitui-se em um roteiro de avaliação e intervenção pedagógica,
onde a partir de uma avaliação minuciosa e individual deverá acompanhar o desenvolvimento do
aluno dentro de cada área: Coordenação motora, Linguagem, Cognição, Socialização e
autocuidados.
AVALIAÇÃO
Avaliar constantemente todos os elementos constitutivos do processo de aprendizagem
num trabalho compartilhado, envolvendo: professores regentes da sala regular, Professora da SRM
e a família, nos aspectos referentes às suas características funcionais e competências curriculares.
A avaliação do atendimento, também se dará através da participação do educando tanto
nas atividades impressas, na participação das atividades on line e no desempenho em realizar as
atividades de acordo com a potencialidades e capacidades de cada um. Os registro e anotações
serão contínuos e o arquivamento das atividades impressas será em pastas catálogos que ficarão
arquivados na escola.
REFERÊNCIAS