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O LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS

COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE (TDAH)

RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar as contribuições do lúdico no processo de
aprendizagem de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH). A importância do lúdico no desenvolvimento da criança tem sido
demonstrada por inúmeros autores que atestam que o lúdico proporciona muitas
maneiras de levar a criança a aprender de forma motivada e significativa. Tendo
como base uma pesquisa bibliográfica, onde autores como: Piaget e Vygotsky
apresentam estudos importantes sobre esta temática. Proporcionar uma leitura
significativa sobre a utilização dos jogos na educação. Em seu teor é possível fazer
uma breve caminhada histórica sobre a inclusão do jogo no campo educacional,
além de saber sobre algumas contribuições científicas deste recurso imprescindível
no campo da alfabetização, mas principalmente, para crianças com Transtorno do
Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Os resultados evidenciam a
importância de aliar os jogos lúdicos ao processo de ensino de crianças com TDAH,
uma vez que eles irão auxiliar no processo de aprendizagem, possibilitando uma
maior assimilação dos conteúdos abordados.

Palavras - chave: Lúdico. Aprendizagem. Dificuldade de aprendizagem. TDAH

1- INTRODUÇÃO

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Hiperatividade é um transtorno neurológico de alta prevalência em crianças,
diretamente relacionado ao descontrole de funções cerebrais pertinentes à atenção,
ao controle da impulsividade e às atividades físicas ou mentais.
O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é um quadro
caracterizado basicamente por desatenção, hiperatividade e impulsividade. As
crianças com TDAH do tipo desatenção não conseguem prestar atenção a detalhes,
cometem erros por descuido, demonstram grande dificuldade para concentrar-se em
tarefas e/ou jogos e por não conseguirem prestar atenção ao que lhes é dito, dão a
impressão de estarem no “mundo da lua”, além disso, dificilmente conseguem
terminar algo que começam a fazer, não conseguindo também seguir as regras e as
instruções; são desorganizados com materiais e tarefas evitando atividades nas
quais são exigidas em esforço mental maior; costumam perder coisas importantes
facilmente e distraem-se com estímulos que não têm nenhuma relação com o que
está sendo feito.
O Processo de aprendizagem dessas crianças deve ser através de atividades
criativas e lúdicas que lhes propiciem diferentes maneiras de alcançar o aprendizado
da leitura e escrita.
Diante desta problemática, este artigo tem como objetivo compreender como
o lúdico auxilia no processo de aprendizagem de crianças. Para alcançar esta meta,
a fundamentação teórica deste estudo irá abordar, além dos conceitos de
aprendizagem, a utilização do lúdico no processo de aprendizagem de crianças com
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Mostrar que as
práticas pedagógicas auxiliam as crianças no processo de aprendizagem. Portanto é
fundamental promover atividades com jogos, buscando um meio de aprendizagem
prazeroso para a criança, ao mesmo tempo em que facilita o trabalho do educador
(o professor), pois, através dos jogos, pode ser feita facilmente uma investigação do
modo de pensar dos alunos, para ajudá-los a compreender os conteúdos escolares
e superar suas dificuldades.

2- TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH):


DEFINIÇÃO

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O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma
dificuldade de aprendizagem comumente encontrada nas escolas. Sob uma visão
comportamental, é considerada como um distúrbio de desenvolvimento manifestado
por meio de comportamentos considerados inadequados em que a criança não
consegue controlar prejudicando seu nível de atenção e concentração.
É importante ressaltar que as crianças com TDAH têm condições de
aprender, tem potencial para aprender, caso aja condição para tal. Outra definição
com ênfase no comportamento seria a de Topczewski (2002, p.12), que afirma que:

A hiperatividade é um desvio comportamental, caracterizado pela excessiva


mudança de atitudes e de atividades, acarretando pouca consistência em
cada tarefa a ser realizada. Portanto, a criança não consegue se manter
quieto para que possa desenvolver as atividades comuns do seu dia-a-dia.
Este padrão de comportamento se mostra incompatível com a organização
do seu ambiente e com determinadas circunstâncias.

Os principais indicadores do TDAH, na vida da criança, são a falta de


atenção e a agitação extrema, que dificultam a seu desenvolvimento físico, motor,
psicológico e social. A criança com TDAH pode manifestar apenas a hiperatividade
ou a desatenção, sendo que em alguns casos podem manifestar os dois. Uma série
de mudanças na vida deste indivíduo precisa ser feitas como: reestruturação de seu
ambiente, adequação alimentar, eliminar fontes de perigo, entre outras coisas. O
TDAH é um transtorno neurológico que pode ou não ser acompanhado de
comorbidades, ou seja, outros distúrbios associados como: ansiedade generalizada,
transtorno do sono, depressão, distúrbios de linguagem, distúrbios alimentares,
personalidade antissocial, baixo limite para a frustração (não aceita adiamento de
recompensas), impulsividade, emotividade, excesso de atividade e outros distúrbios
de aprendizagem.
De acordo com o DSM (2002), o TDAH caracteriza-se por dois grupos de
sintomas: a desatenção e a hiperatividade/impulsividade. De acordo com o
aparecimento desses sintomas, o TDAH pode ser classificado em três subtipos: o
desatento, o hiperativo-impulsivo e o combinado.

2.1 TDAH tipo desatento

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Este grupo possui como principal característica o predomínio de sintomas de
desatenção. Ocorre quando a criança apresenta pelo menos seis das seguintes
características a seguir, em pelo menos dois ambientes distintos: ter dificuldade de
manter a atenção; distrair-se com facilidade; rapidamente esquecer aquilo que
aprende; ter dificuldade quando é preciso organizar algo; perder com frequência
objetos que são necessários para a realização de alguma atividade; e ter dificuldade
de seguir alguns comandos (CUNHA , 2012).

2.2 TDAH tipo hiperativo impulsivo

Nesse grupo, os sintomas predominantes são os de hiperatividade e


impulsividade. A criança pode apresentar os seguintes comportamentos: mexer as
mãos ou os pés frequentemente; ficar se mexendo na cadeira quando está sentada;
ter dificuldade em se manter sentada por um determinado tempo; não conseguir
esperar a sua vez para realizar algum tipo de atividade; ter uma certa intolerância a
erros, cometidos tanto por ele quanto por outras pessoas; falar de forma excessiva
(CUNHA , 2012).

2.3 TDAH tipo combinado

O TDAH tipo combinado se constitui pela união dos dois outros tipos, e a
criança irá se apresentar como desatenta e hiperativa/ impulsiva.
O processo de diagnóstico do TDAH deve ter como ponto de partida dados
recolhidos com os pais, professores ou pessoas que, de uma maneira geral, têm um
contato direto com as crianças que estão sendo avaliadas. Porém, o diagnóstico
final é feito por uma junta de especialistas, médicos e psicólogos, que possuem um
conhecimento científico mais aprofundado a respeito do assunto. Para o tratamento
desse transtorno, também é necessário um esforço coordenado dessa junta de
profissionais das áreas médicas, de saúde mental e psicólogos em conjunto com os
pais. É feito também o uso de medicamentos, os psicoestimulantes, que têm como
finalidade controlar os sintomas do TDAH (CUNHA, 2012).

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3- A APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TDAH

No contexto escolar, com o passar das décadas, o índice de crianças com


TDAH vem aumentando. Afeta entre 3% e 5% da população de crianças e
adolescentes que são direcionados aos serviços de saúde. Seus sintomas, em
alguns casos, persistem na vida adulta, apresentando acometimentos de formas
mais leves. É um transtorno que tem incidência maior em meninos, que apresentam,
na maioria dos casos, dificuldade de concentração e agitação motora.
O psiquiatra Ênio Roberto de Andrade (2000, p. 30) relata que: “A
hiperatividade só fica evidente no período escolar, quando é necessário aumentar o
nível de concentração para aprender”, em geral onde se observam os primeiros
sintomas é de onde geralmente surgem as primeiras queixas, visto que a criança
com TDAH apresenta um comportamento discrepante do que se espera, sendo,
portanto, a observação no âmbito escolar quase sempre determinante para se
chegar ao diagnóstico de tal transtorno.
No menino, o TDAH se manifesta de forma mais agitada, deixando-o inquieto,
já em meninas, de forma mais distraída, levando-as a ficarem quietas e tímidas,
mas, no aprendizado escolar, a dificuldade de ambos é a mesma, por isso envolver
essas crianças em brincadeiras e jogos educativos estimula a atenção e a
concentração, o que as ajudará de forma significativa.
as crianças diagnosticadas com TDAH têm uma grande dificuldade quando se
fala em comportamento, e por esse fato têm o seu desempenho escolar afetado,
pois o TDAH leva os alunos a terem uma menor produtividade e ainda por menor
tempo quando comparados aos colegas sem TDAH. Já que os alunos
diagnosticados geralmente apresentam dificuldade de se envolver na tarefa, tendem
a retardar o início da tarefa, além de evitarem o treino repetitivo, o que dificulta o
desenvolvimento de habilidades automatizadas como as desenvolvidas pelos seus
pares (VIANA, 2013; VARGAS DORNELES et al., 2014). Ainda de acordo com
Viana (2013), esse tipo de situação acontece devido ao fato de a criança com TDAH
não se dedicar o suficiente para concluir ou até mesmo para terminar uma atividade
que é proposta a ela. Por esse fato, a criança acaba rotulada como rebelde, mal

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educada, indisciplinada e até mesmo preguiçosa. Esse tipo de rótulo é algo negativo
tanto para o professor quanto para a criança, pois esse tipo de situação reduz
progressivamente as possibilidades da criança, as habilidades que já possui e as
que ainda pode desenvolver ficam limitadas, e acaba por ficar referenciada somente
a esse rótulo (FORTESKI et al., 2012).
Em todos os casos de transtornos, é muito importante que o diagnóstico seja
o mais correto e rápido possível, para que se inicie um tratamento eficaz,
prevenindo, assim, dificuldades de aprendizagens persistentes e irreversíveis. O
tratamento deve seguir alguns direcionamentos, dos quais destacamos o
acompanhamento por equipe multiprofissional: especialistas como médicos
neurologistas e pediatras, psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e
psicomotricistas, dentre outros. Também são necessários medicamentos e
orientações aos pais, à escola, aos professores e a todos que fazem parte da vida
das crianças.
O TDAH é um grande desafio para todos que estão envolvidos com essas
crianças: pais, professores e especialistas, devido a seus efeitos nos indivíduos
(Benczik; Casella, 2015).
A família tem papel definitivo na vida de todo ser humano: ela é responsável
por dar o suporte necessário a todo indivíduo. Nos casos de TDAH, os pais e
familiares ficam inseguros e muitas vezes precisam de orientações de profissionais
capacitados para saber como lidar com a rotina das crianças com o transtorno.
Essas orientações podem vir de professores, da escola e de profissionais de saúde.
É importante planejar estratégias que facilitem e adéquem a conduta da
criança de tal modo que a desatenção e a impulsividade/hiperatividade possam
intervir com menor frequência e intensidade. Estratégias inadequadas podem
acarretar o agravamento dos sintomas desse transtorno, já que essas crianças
geralmente apresentam baixa autoestima, sentimento de solidão e isolamento e,
muitas vezes, não compreendem o que acontece nem por que não conseguem
controlar seus impulsos. Nesse sentido, inserir essas crianças em situações de
aprendizagem nas quais a ludicidade se faz presente é um diferencial.
Algumas ações ajudam na rotina dos professores em sala de aula, para
melhor atender aos alunos de TDAH: atividades em pequenos grupos e, quando for
possível, individuais; atividades curtas, aumentando o grau de dificuldade de acordo
com o desenvolvimento do aluno; elogios e parabenização pelos resultados;

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atividades de relaxamento; atividades significativas e prazerosas, como pinturas com
tintas de cores diversas, massa de modelar, jogos e atividades lúdicas. Estes
últimos, além de serem divertidos, desenvolvem a atenção, a concentração, a
oralidade, a imaginação, a coordenação motora fina, limites e regras, desenvolvendo
a percepção de que, nos jogos, pode-se ganhar, parar e perder; como veremos.

4- O LÚDICO E A APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS COM TDAH

O lúdico pode ser considerado tudo aquilo que faz referência a jogo,
brinquedo e brincadeira, e tem o divertimento e o lazer acima de qualquer outra
coisa. Ele tem origem do latim ludos, adjetivo masculino que significa jogo,
brinquedo, ou seja, está relacionado a qualquer atividade que divirta ou distraia a
pessoa que o manipula (CUNHA, 2012).
Ainda de acordo com Cunha (2012), através das atividades lúdicas, as
crianças se divertem e ao mesmo tempo acabam por aprender sobre determinado
assunto. Na maioria das vezes, os brinquedos e brincadeiras auxiliam na construção
do desenvolvimento social, simbólico, estimulam a imaginação, o raciocínio e até a
autoestima da criança.
O lúdico está bem presente na personalidade humana; assim, é uma forma
muito eficaz de o indivíduo se relacionar consigo mesmo e até mesmo com as
pessoas que estão ao seu redor (AMARILHA, 1997).
Antes de tudo, entende-se o ato de brincar como sendo um elemento cultural,
que sempre esteve presente e faz parte da história humana; por isso, ao longo dos
anos esse tipo de atividade sofreu inúmeras modificações, e por consequência as
denominações e conceitos a respeito do brincar também se modificaram (LIMA,
2013).
Existem também alguns elementos lúdicos que estão diretamente ligados ao
ato de brincar, que possuem as seguintes definições: o jogo como sendo uma ação
lúdica estruturada que possui regras explícitas e claras; brincadeira pode ser
considerada uma ação coletiva ou individual que possui regras mutáveis e flexíveis,
e o brinquedo é considerado o objeto suporte da brincadeira, podendo ser
estruturado ou não estruturado.

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O lúdico se apresenta como proposta pedagógica no processo de ensino e
aprendizagem, ajudando no desenvolvimento físico e psicológico, além de
proporcionar motivação para o aluno com TDAH, já que ele apresenta um grau de
baixa autoestima muito elevado. Pensando nas dificuldades e nas limitações de uma
criança hiperativa, buscamos encontrar nas brincadeiras e nos jogos uma maneira
de estimular e ensinar essas crianças de forma satisfatória e prazerosa.
O que uma criança com TDAH não consegue aprender através de
metodologias tradicionais conseguirá facilmente através de atividades lúdicas
diferenciadas, capazes de propiciar a ela a construção do processo de ensino e
aprendizagem.
O processo de aprendizagem das crianças diagnosticadas com TDAH pode
ser facilitado quando o professor promove atividades diversificadas e aulas
interessantes, saindo da rotina e explorando as mais variadas potencialidades da
criança (CUNHA, 2012).
Assim, o jogo é ferramenta criativa, atraente e interativa que tem como
finalidade auxiliar o professor a diminuir os problemas relacionados à desatenção e
ao comportamento social de crianças hiperativas; por consequência disso, há uma
melhora na aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo da criança (CUNHA,
2012). Entretanto, os jogos precisam ser muito bem selecionados, pois precisam ser
adequados de forma a não se tornarem distração ou até mesmo uma desmotivação
para a criança. O brincar deve proporcionar o divertimento e também deve se
trabalhar ao mesmo tempo as suas principais dificuldades, a atenção, a memória,
motivação e concentração (ALVES et al., 2018).
De acordo com Bielawski Stroh (2010), os jogos auxiliam no processo de
ensino e aprendizagem das crianças com TDAH. Os jogos com regras, por exemplo,
desenvolvem na criança habilidades como raciocínio, noção da própria imagem e o
saber agir quando alguma situação não sai de acordo com aquilo que a criança
esperava. A brincadeira de representação, ajuda a criança a perceber com mais
clareza como é o seu jeito de ser; os trabalhos com massinha de modelar e barro
auxiliam na concentração das crianças; as atividades com o corpo trabalham na
criança a noção de espaço tempo, lateralidade e equilíbrio; e a utilização de sucata
permite à criança com TDAH utilizar a sua criatividade na construção dos jogos.
Além dos benefícios acadêmicos, tais estratégias auxiliam na inclusão social dessas
crianças.

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Nos tempos atuais, a tecnologia e as atividades eletrônicas vêm sendo
grandes aliadas no processo educacional: alunos com esse transtorno, devido à sua
dificuldade de concentração, apresentam dificuldades de assimilação em aulas
teóricas, sendo notórias a alegria e a satisfação quando se utilizam atividades
eletrônicas. As instituições que têm uma boa sala de informática, que os alunos
podem utilizar com frequência, são ideais. Alunos com TDAH aprendem com mais
facilidade brincando, jogando e se divertindo. Essa atividade diminui sua agitação e
faz com que eles se concentrem por algum período; embora tudo deva ser usado
com moderação.
Os jogos e as atividades lúdicas são de grande importância para superar as
dificuldades de aprendizagem dos alunos com TDAH. Observa-se que os estudos
existentes ainda não mostram uma “receita de bolo” de como lidar com essas
crianças nem quais as atividades são mais eficazes. Porém, com a evolução de
estudos na área, percebe-se que já se delineia um caminho a percorrer, por meio
dos procedimentos e atividades que têm efeitos eficazes e que estimulam aspectos
importantes nesses alunos, demonstrados em estudos anteriores.
Vista a importância dos jogos e das atividades lúdicas, o professor deve
sempre estimular e incentivá-los, para que os alunos possam desenvolver por meio
deles a fala, a escrita, a coordenação motora, a atenção e a imaginação, valorizando
sempre as expressões de cada um e respeitando a construção do conhecimento
social, físico e cognitivo; estruturando sua inteligência e interação com o meio em
que estão inseridos.

5. METODOLOGIA

Esta pesquisa define-se como bibliográfica que segundo Lakatos e Markoni


(1993, p. 66):
trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já
publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas,
jornais, boletins, monografias, teses, dissertações (...), com o objetivo de
colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o
mesmo.
Neste trabalho procurou analisar textos de alguns estudiosos da área e outros
textos publicados sobre o assunto.

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Portanto, os dados foram coletados por meio de literaturas especializadas que
viabilizaram o levantamento bibliográfico e análise dos dados para possível alcance
dos objetivos deste estudo.
 

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde o início do século XX, o Transtorno do Déficit de Atenção com


Hiperatividade (TDAH) vem sendo estudado na perspectiva de compreender como
se processa a conduta das pessoas que têm esse transtorno em diferentes
situações, lugares e idades, visto que tal perturbação tem seu ápice na primeira
infância, quando a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade se manifestam
com maior frequência e, dependendo do subtipo, poderão apresentar oscilações
cognitivas, de humor e comportamento, podendo trazer grandes frustrações na
adolescência e na fase adulta em virtude da dificuldade de integração e
socialização.
É importante salientar que a hiperatividade não é uma característica exclusiva
do TDAH, pois toda criança apresenta, em algum momento da vida, uma fase de
agitação extrema, que dependerá de sua rotina e vivência.
Com o desenvolver deste trabalho, foi possível perceber a importância da
utilização do lúdico no processo de ensino aprendizagem de crianças com TDAH,
pois através dessa ferramenta pedagógica a assimilação dos conteúdos aplicados é
bem maior.
O professor é considerado uma ferramenta importante no processo de
aprendizagem, pois é ele que irá proporcionar atividades que desenvolvam a
capacidade cognitiva e motora das crianças e dos professores pesquisados, 100%
fazem uso de jogos lúdicos para auxiliar na aprendizagem de seus alunos.
Apesar de vivenciarmos uma prática inclusiva, ainda percebemos que falta
muito para que crianças com hiperatividade sejam integradas ao convívio social,
visto que, mesmo no meio escolar, ainda são rotuladas como indisciplinadas ou mal-
educadas e que o conhecimento dos seus sintomas e de como desenvolver

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atividades que tenham maior eficácia diante das dificuldades ainda está aquém do
esperado.
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