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O que é o Plano Educacional Individualizado (PEI)?

O Plano Educacional Individualizado (PEI) é um instrumento de planejamento


e acompanhamento do processo de aprendizagem e desenvolvimento de
estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas
habilidades/superdotação, cuja referência é a trajetória individual de cada um.
O modelo mais comum, adotado por escolas e redes de ensino no Brasil e em
outros países, baseia-se em seis áreas de habilidades: acadêmicas, da vida
diária, motoras/atividade física, sociais, recreação/lazer e
pré-profissionais/profissionais. Quando aplicado numa perspectiva inclusiva,
pode-se tornar uma importante ferramenta de apoio ao trabalho em sala de
aula, principalmente na avaliação de estudantes público-alvo da educação
especial. 

PEI - PLANO EDUCACIONAL


INDIVIDUALIZADO
 
No site carlaulliane.com, a profissional explica a importância do PEI

O que é  Plano Educacional Individualizado (PEI)?

O PEI é considerado uma ferramenta para otimizar o processo de


ensino-aprendizagem de alunos com deficiência , ele é um recurso
pedagógico com foco individualizado no aluno . É importante
destacar que essa ferramenta é construída de forma colaborativa juntamente
com a professora da sala regular, sala de recursos, a
coordenadora pedagógica, os pais e os profissionais  que
acompanham a criança se a escola e a família julgarem necessário. A presença do
aluno é viável caso ele possa opinar sobre si e seu processo de aprendizagem.
Segundo autores como Pletsch e Glat existem 3 níveis para a elaboração do
PEI.
No nível I o professor necessita observar quais são as necessidades
educacionais do aluno;
no nível II são avaliadas as áreas de conhecimento em que o aluno apresenta
mais facilidade e dificuldade para proporcionar as adequações físicas e
curriculares necessárias; e por fim,
no nível III  ocorre a intervenção propriamente dita, levando em consideração
os objetivos elaborados no PEI, como também a reavaliação do aluno.

Como o PEI se torna um recurso de acesso ao Currículo Regular?


Os autores Gleckel e Koretz afirmam ser necessário responder a quatro
questões básicas:

O que ensinar?
É necessário elencar prioridades, ou seja, buscar os conteúdos e habilidades
no currículo geral que são mais importantes para a criança. Isto é possível
analisando quais as necessidades pedagógicas do aluno naquele momento.

Como ensinar?
Proporcionar formas de instrução mais acessíveis ao aluno, de modo que o
professor passe o conteúdo de maneira clara e objetiva. Além de buscar quais
estratégias, métodos e materiais devem ser utilizados para melhor
compreensão do aluno, com o objetivo de ajudá-lo a construir habilidades que
ainda não foram aprendidas.
 
Em que condições?
É importante reorganizar o contexto físico do ambiente para melhor
participação do aluno. Promover atividades para serem realizadas em grupo ou
isoladamente, aumentar o tempo de realização e adequar o espaço físico e a
forma de instrução para otimizar o aprendizado da criança.

Por que ensinar?


Para ensinar um aluno com deficiência é preciso abrir mão do imediatismo e
compreender que os resultados aparecem, porém de forma mais lenta e sutil. É
imprescindível que o planejamento e as estratégias sejam elaborados de forma
colaborativa de modo a alcançar os objetivos propostos pela escola, família e
profissionais". 
O PEI (Plano de Educação Individualizada) de um aluno é essencial na
Educação Inclusiva.
Ele deve ser planejado para permitir que o aluno receba os benefícios
educacionais em ambientes menos restritivos.
Também orienta, orquestra e documenta instruções especialmente projetadas
para cada aluno com uma deficiência com base em suas necessidades
acadêmicas, sociais e comportamentais exclusivas.
É primordial que se observem a realização acadêmica do indivíduo e o seu
desempenho funcional.
Para tanto é preciso coletar todas as informações sobre o estudante com
detalhamento suficiente para que todos que ainda não conhecem o aluno(a)
possam entender o seu comportamento e suas necessidades no ambiente
escolar.
No documento, portanto deve ser considerado:
 A deficiência do aluno e como isso afeta envolvimento e progresso no
currículo geral de educação;
 Informações de avaliação e instruções de necessidades;
 Preferências do aluno;
 Vida independente e participação em comunidade;
 Necessidades de ensino exclusivas do aluno.

No caso do estudante no TEA (Transtorno do Espectro Autista) deve-se


incluir uma descrição das habilidades já relacionadas e mais as
seguintes:
 Comunicação;
 Linguagem;
 Social;
 Interação entre pares;
 Recreação;
 Comportamentos interferentes;
 Comportamento adaptativo;
 Hábitos de trabalho, incluindo a atenção, distração e organização.
A equipe que gera o PEI deve incluir os pais na criação de metas para o
estudante.
O staff de profissionais envolvidos no tratamento, orientados geralmente por
um psicólogo comportamental (no caso de autismo) e psicopedagogo
identificarão os objetivos relevantes, as habilidades e as áreas de necessidade
para o aluno(a).
O documento deve abordar todas as áreas de necessidade do estudante e
servir de orientação para os anos seguintes, objetivando a continuidade e
aprimoramento do trabalho realizado com a criança.
Os objetivos descritos pela equipe devem ligar-se às metas educacionais e
aquisição de conhecimento e habilidades que apoiem a autonomia, respeito às
regras sociais e integração comunitária.
O que deve ser considerado:
 Se é realizável em um ano;
 É projetado para atender às necessidades do aluno considerando suas
dificuldades para permitir que ele(a) seja envolvido e faça progressos no
currículo de educação geral;
 É projetado para atender a cada um dos outros alunos com necessidades
educacionais que resultam da sua deficiência.
Observe-se que, os objetivos devem ser expressos de forma positiva e
deve ser mensurável.
Os dados devem ser coletados para determinar a aquisição e para análise na
tomada de decisões programáticas.
Há sete componentes básicos que devem ser considerados em um Plano de
Educação Individualizada mensurável, eles respondem às perguntas: quem, o
que, como, onde, quando, com e qual.

 Quem – o nome do aluno (João);


 O que – habilidade específica ou comportamento será alcançado? (Usar
comunicação aumentativa);
 Como – Em que nível ou de que maneira a habilidade será alcançada?
(Para pedir comida e bebida);
 Onde – Onde a habilidade será alcançada? Considere a configuração em
qual a habilidade deve ser dominada. A habilidade está sendo ensinada em
um ambiente individual e independente ou habilidade ser dominada em
todas as configurações? (Em todas as configurações);
 Quando – quando a habilidade será alcançada? (até o final do primeiro
trimestre);
 Com – Com que nível de sucesso? (pelo menos 10 vezes durante o dia);
 Qual – medida será usada para medir o progresso (planilhas ou lista de
verificação, com observação do professor (a));
Então:
Até o final do primeiro trimestre, a João irá usar comunicação aumentativa para
solicitar comida e bebida em todas as configurações pelo menos 10 vezes por
dia medido por uma planilha com registro e observação de professores.
O progresso de um aluno em cada meta anual deve ser medido e regularmente
reportado ao aluno pais e profissionais envolvidos.

A equipe do PEI escolhe a maneira mais adequada de medir o progresso.


Um modo comum utilizado pelas escolas é a geração de relatórios de
progresso, que são fornecidos na mesma época em que os boletins escolares
são entregues.
O objetivo do Plano de Educação Individualizada é oferecer uma educação
abrangente e apropriada, com o envolvimento de muitos participantes.
Uma perspectiva mais aberta permite a responsabilidade compartilhada em
educar as crianças com deficiência entre todos os profissionais envolvidos e
ainda reforçará a cooperação dos membros da equipe.
O PEI é um documento que oferece um planejamento dinâmico que com
execução bem-sucedida colaborará imensamente para a inclusão escolar e
para o desenvolvimento da criança com deficiência na escola.

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