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APOSTILA

Aluno _____________________________
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Introdução

Sejam todos bem vindos ao curso de qualificação em mediação escolar! Este


material e parte integrante do curso e não pode ser vendido separadamente! Nele você
ira encontrar um material de apoio para as aulas! Utilize as folhas em branco para
suas anotações e esclareça sempre as suas duvidas! Neste curso abordaremos assuntos
pertinentes a mediação escolar, a crianças que serão mediadas, a educação,
comunicação entre outros. Nossa proposta e lhes garantir um conhecimento para
entender quais são os seus direitos de deveres para com as escolas, os mediados e os
pais e proporcionar ferramentas praticas para aprenderem a lidar com as mais variadas
situações! Aproveitem este curso! Que os conhecimentos aqui adquiridos façam a
grande diferença para toda a vida!!!

Indice

LEGISLAÇÃO …………………………………………………… 3
MEDIAÇÃO ……………………………………………………… 11
TRANSTORNOS, SÍNDROMES E DIAGNÓSTICOS ………… 21
AUTISMO ......…………………………………………………… 26
ESTRATEGIAS DE AÇÃO ………….......……………………… 31
HABILIDADES SOCIAIS …......................................……… 38
VOCABULÁRIO ………………………………………………… 41
AVALIAÇÃO DO CURSO ........................................................… 42
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LEGISLAÇÃO

A mediação escolar surgiu e foi regularizada com a Lei Brasileira de Inclusão


da pessoa com deficiência ( Lei 13.146) de 06 de Junho de 2015. O ultimo redator
desta lei foi o Senador Romário Farias, o ex jogador da seleção brasileira!

Na leitura de agradecimento pela aprovação da lei, Romário, emocionado,


sitou a seguinte frase : “Hoje, abre-se um novo paradigma no pais” e “A sociedade
através do estatuto ira se adaptar para receber a pessoa com deficiência e não mais a
pessoa com deficiência ira se adaptar a uma sociedade que não esta apta para receber-
lo” Sua frase diz muito e nos ajuda a entender a mudança que se processou em todo o
pais! A Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência ( Lei 13.146), se estende
aos mais variados âmbitos, como profissionais, de cotas, acesso a saúde publica, entre
outros. Para o nosso curso em questão, iremos nos ater apenas a educação! Esta
conquista entretanto, não surgiu apenas com a A Lei Brasileira de Inclusão da pessoa
com deficiência ( Lei 13.146), mas trata-se do resultado de um processo histórico: A
seguir, apresentamos de forma resumida as principais leis, diretrizes e programas
sobre educação especial do Brasil.

A legislação federal

1988

Constituição federal Site externo: o artigo 205 define a educação como um direito de
todos, que garante o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a
qualificação para o trabalho. Estabelece a igualdade de condições de acesso e
permanência na escola como um princípio. Por fim, garante que é dever do Estado
oferecer o atendimento educacional especializado (AEE), preferencialmente na rede
regular de ensino.

1994

Portaria do Ministério da Educação (MEC) nº 1.793 Site externo: recomenda a


inclusão de conteúdos relativos aos aspectos éticos, políticos e educacionais da
normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais nos
currículos de formação de docentes.

1996

Lei nº 9.394 – Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB) Site


externo: define educação especial, assegura o atendimento aos educandos com
necessidades especiais e estabelece critérios de caracterização das instituições
privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação
especial para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público.

1999
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Decreto nº 3.298 Site externo: dispõe sobre a Política nacional para a integração da
pessoa portadora de deficiência. A educação especial é definida como uma
modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino.

Resolução da Câmara de educação básica do Conselho nacional de educação


(CNE/CEB) nº 4: Site externo institui as diretrizes curriculares nacionais para a
educação profissional de nível técnico. Também aborda, no artigo 16, a organização
do sistema nacional de certificação profissional baseado em competências.

2001

Resolução CNE/CEB nº 2 Site externo: institui as diretrizes nacionais para a


educação especial na educação básica. Afirma que os sistemas de ensino devem
matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos
educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para uma educação de qualidade para todos.

Parecer CNE/CP nº 9 Site externo: institui as diretrizes curriculares nacionais para


a formação de professores da educação básica em nível superior. Estabelece que a
educação básica deve ser inclusiva, para atender a uma política de integração dos
estudantes com necessidades educacionais especiais nas classes comuns dos sistemas
de ensino. Isso exige que a formação dos docentes das diferentes etapas inclua
conhecimentos relativos à educação desses alunos.

Parecer CNE/CEB nº 17 Site externo: destaca-se por sua abrangência, indo além da
educação básica, e por se basear em vários documentos sobre educação especial. No
item 4, afirma que a inclusão na rede regular de ensino não consiste apenas na
permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a
ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como de desenvolver o potencial
dessas pessoas.

2002

Lei nº 10.436 Site externo: dispõe sobre a Língua brasileira de sinais (Libras).
Reconhece a língua de sinais como meio legal de comunicação e expressão, bem
como outros recursos de expressão a ela associados.

Portaria MEC nº 2.678 Site externo: aprova o projeto da grafia braille para a língua
portuguesa, recomenda seu uso em todo o território nacional e estabelece diretrizes e
normas para a utilização, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em todas
as modalidades de ensino.

2003

Portaria nº 3.284: Site externo dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de


pessoas portadoras de deficiência, para instruir os processos de autorização e de
reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições.

2004
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Programa universidade para todos (PROUNI): Site externo programa do


Ministério da Educação que concede bolsas de estudo em instituições privadas de
educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a
estudantes. Pessoas com deficiência podem concorrer a bolsas integrais.

2005

Programa de acessibilidade no ensino superior (Programa incluir) Site externo:


propõe ações que garantem o acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições
federais de ensino superior (ifes). O programa tem como principal objetivo fomentar a
criação e a consolidação de núcleos de acessibilidade nessas unidades, os quais
respondem pela organização de ações institucionais que garantam a integração de
pessoas com deficiência à vida acadêmica, eliminando barreiras comportamentais,
pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação.

Decreto nº 5.626 Site externo: regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002,


que dispõe sobre a Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Dispõe sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular; a formação e a
certificação do professor, instrutor, tradutor e intérprete; o ensino de língua portuguesa
como segunda língua para alunos surdos e a organização da educação bilíngue no
ensino regular.

2007

Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) Site externo: recomenda


a acessibilidade arquitetônica dos prédios escolares, a implantação de salas de
recursos multifuncionais e a formação docente para o atendimento educacional
especializado (AEE).

Decreto nº 6.094 Site externo: implementa o Plano de Metas Compromisso Todos


pela Educação, que destaca a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o
atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos para fortalecer a
inclusão educacional nas escolas públicas.

2008

Política nacional de educação especial na perspectiva da educação


inclusiva:documento de grande importância, fundamenta a política nacional
educacional e enfatiza o caráter de processo da inclusão educacional desde o título:
“na perspectiva da”. Ou seja, ele indica o ponto de partida (educação especial) e
assinala o ponto de chegada (educação inclusiva).

Decreto legislativo nº 186 Site externo: aprova o texto da Convenção sobre os


direitos das pessoas com deficiência e de seu protocolo facultativo, assinados em
Nova Iorque, em 30 de março de 2007. O artigo 24 da Convenção aborda a educação
inclusiva.

2009

Decreto executivo nº 6.949 Site externo: promulga a Convenção sobre os direitos


das pessoas com deficiência e seu protocolo facultativo.
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Resolução MEC CNE/CEB nº 4 Site externo: institui as diretrizes operacionais


para o atendimento educacional especializado na educação básica, modalidade
educação especial. Afirma que o AEE deve ser oferecido no turno inverso da
escolarização, prioritariamente nas salas de recursos multifuncionais da própria escola
ou em outra escola de ensino regular.

2011

Plano nacional dos direitos da pessoa com deficiência (Plano viver sem
limite) Site externo: no art. 3º, estabelece a garantia de um sistema educacional
inclusivo como uma das diretrizes. Ele se baseia na Convenção sobre os direitos das
pessoas com deficiência, que recomenda a equiparação de oportunidades. O plano tem
quatro eixos: educação, inclusão social, acessibilidade e atenção à saúde. O eixo
educacional prevê:

• Implantação de salas de recursos multifuncionais, espaços nos quais é realizado o


AEE;
• Programa escola acessível, que destina recursos financeiros para promover
acessibilidade arquitetônica nos prédios escolares e compra de materiais e
equipamentos de tecnologia assistiva;
• Programa caminho da escola, que oferta transporte escolar acessível;
• Programa nacional de acesso ao ensino técnico e emprego (Pronatec), que tem como
objetivo expandir e democratizar a educação profissional e tecnológica no país;
• Programa de acessibilidade no ensino superior (Incluir);
• Educação bilíngue – Formação de professores e tradutores-intérpretes em Língua
Brasileira de Sinais (Libras);
• BPC na escola.

Decreto nº 7.611 Site externo: declara que é dever do Estado garantir um sistema
educacional inclusivo em todos os níveis e em igualdade de oportunidades para alunos
com deficiência; aprendizado ao longo da vida; oferta de apoio necessário, no âmbito
do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação, entre outras
diretrizes.

Nota Técnica MEC/SEESP/GAB nº 06 Site externo: dispõe sobre avaliação de


estudante com deficiência intelectual. Estabelece que cabe ao professor do
atendimento educacional especializado a identificação das especificidades
educacionais de cada estudante de forma articulada com a sala de aula comum. Por
meio de avaliação pedagógica processual, esse profissional deverá definir, avaliar e
organizar as estratégias pedagógicas que contribuam com o desenvolvimento
educacional do estudante, que se dará junto com os demais na sala de aula. É,
portanto, importantíssima a interlocução entre os professores do AEE e da sala de aula
regular.

2012

Decreto nº 7.750 Site externo: regulamenta o Programa um computador por aluno


(PROUCA) e o regime especial de incentivo a computadores para uso educacional
(REICOM). Estabelece que o objetivo é promover a inclusão digital nas escolas das
redes públicas de ensino federal, estadual, distrital, municipal e nas escolas sem fins
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lucrativos de atendimento a pessoas com deficiência, mediante a aquisição e a


utilização de soluções de informática.

2013

Parecer CNE/CEB nº 2 Site externo: responde à consulta sobre a possibilidade de


aplicação de “terminalidade especifica” nos cursos técnicos integrados ao ensino
médio: “O IFES entende que a ‘terminalidade específica’, além de se constituir como
um importante recurso de flexibilização curricular, possibilita à escola o registro e o
reconhecimento de trajetórias escolares que ocorrem de forma especifica e
diferenciada”.

2014

Plano nacional de educação (PNE): define as bases da política educacional


brasileira para os próximos 10 anos. A meta 4, sobre educação especial, causou
polêmica: a redação final aprovada estabelece que a educação para os alunos com
deficiência deve ser oferecida “preferencialmente” no sistema público de ensino. Isso
contraria a Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, a Constituição
federal e o texto votado nas preparatórias, que estabelecem a universalização da
educação básica para todas as pessoas entre 4 e 17 anos em escolas comuns – sem a
atenuante do termo “preferencialmente”.

Portaria interministerial nº 5 Site externo: trata da reorganização da Rede nacional


de certificação profissional (Rede Certific). Recomenda, entre outros itens, respeito às
especificidades dos trabalhadores e das ocupações laborais no processo de concepção
e de desenvolvimento da certificação profissional.

2015

Lei nº 13.146 – Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (LBI): o


capítulo IV aborda o direito à educação, com base na Convenção sobre os direitos das
pessoas com deficiência, que deve ser inclusiva e de qualidade em todos os níveis de
ensino; garantir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por
meio da oferta de serviços e recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras. O
AEE também está contemplado, entre outras medidas.

2016

Lei nº 13.409 Site externo: dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com
deficiência nos cursos técnico de nível médio e superior das instituições federais de
ensino. As pessoas com deficiência serão incluídas no programa de cotas de
instituições federais de educação superior, que já contempla estudantes vindos de
escolas públicas, de baixa renda, negros, pardos e indígenas. O cálculo da cota será
baseado na proporcionalidade em relação à população, segundo o censo 2010 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Referências internacionais

Declarações e relatórios de agências de cooperação internacional são importantes para


fortalecer a educação inclusiva, pois propõem valores e diretrizes que fundamentam a
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elaboração de leis e decretos. A seguir, apresentamos de forma resumida as principais


referências internacionais sobre educação inclusiva.

1994

Declaração de Salamanca (Espanha) Site externo: reafirmou “(…) o nosso


compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e
urgência do providenciamento de educação para as crianças, jovens e adultos com
necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino”.

1999

Convenção da Guatemala Site externo: trouxe o princípio da não discriminação,


que recomenda “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”. Ou seja, é
preciso garantir direitos iguais de participação, de aprendizagem, de trabalho, entre
outros. Nesse sentido, se for necessário oferecer recursos, metodologias ou tratamento
diferenciado visando proporcionar condições adequadas, a indicação é que sejam
mobilizados todos os investimentos que assegurem a equiparação de oportunidades.
Esta não é uma ação discriminatória; ao contrário, ela visa promover o acesso,
fazendo um movimento de inclusão fundamentado no princípio da diversidade, para o
qual a diferença é uma realidade, não um problema. A Convenção vigora no Brasil
desde setembro de 2001, quando foi aprovada pelo Senado com o Decreto legislativo
nº 198 Site externo.

2006

Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência: assegura que pessoas
com deficiência desfrutem os mesmos direitos humanos de qualquer outra pessoa:
elas são capazes de viver suas vidas como cidadãos plenos, que podem dar
contribuições valiosas à sociedade, se tiverem as mesmas oportunidades que os outros
têm. O artigo 24, que aborda a educação, é claro: “Para efetivar esse direito sem
discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados Partes
assegurarão sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o
aprendizado ao longo de toda a vida”.

2015

Objetivos de desenvolvimento sustentável Site externo: dão continuidade aos


Objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM) e valem de 2015 até 2030. São 17
objetivos e 169 metas sobre erradicação da pobreza, segurança alimentar e
agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, entre
outros. O objetivo 4 é assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

• Meta 4.1: até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino
primário e secundário livre, equitativo e de qualidade, que conduza a resultados de
aprendizagem relevantes e eficazes;

• Meta 4.5: até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a


igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os
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mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças


em situação de vulnerabilidade;

• Meta 4.7: construir e melhorar instalações físicas para educação, apropriadas para
crianças e sensíveis às deficiências e ao gênero e que proporcionem ambientes de
aprendizagem seguros, não violentos, inclusivos e eficazes para todos.

Quais os objetivos do estatuto da pessoa com deficiência?


Primeiro precisamos entender que a definição “deficiência” como qualquer
impedimento ao longo prazo, seja de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
O Termo “Portador” de deficiência não e considerado correto, por que a ideia que
você porta ou carrega um fardo tras a ideia de que a qualquer momento poderá deixar
de porta-la.
Os objetivos do Estatuto da pessoa com deficiência - Direitos, oportunidades a
acessibilidade sao 3:
- Direitos - Assegurar os direitos com as pessoas com deficiência ,
- Oportunidades - promoção da equiparação das oportunidades
- Acessibilidade - Garantir o acesso a pessoas com deficiências
Ultimo senso do IBGE 45,6 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência
Deficiência mental - 2,5 milhões
Em relação a educação, a maior divergência entre a Lei e os estabelecimentos
privados de educação foi embecada pela CONFENEN ( Confederação Nacional dos
Estabelecimentos de Ensino ) que entrou com uma ação de inconstitucionalidade
sobre o artigo 28 da lei, que e exatamente onde esta descrita a função do Mediador
Escolar!
O Motivo para que as escolas estejam entrando com uma ação contra este artigo e
que, segundo a lei, as escolas não podem cobrar um valor extra a para os alunos com
deficiências por nenhuma desses recursos! O valor da matricula devera ser o mesmo
para todos os alunos. Esta cobrança e proibida!
A escola precisa disponibilizar este aparato sem a cobrança de qualquer taxa extra.
Por isso, as escolas particulares se mobilizaram por que existe um gasto e elas
alegaram que ficaria muito difícil garantir todas essas mudanças. Ha um pedido a
escolas particulares para poder cobrar esta taxa extra e distribuir este valor entre todos
os alunos através de um reajuste da mensalidade.
As escolas, apos 2016 nao podem se negar a receber uma pessoa com qualquer tipo de
deficiencia !
A ideia e que as escolas deverão colocar em suas agendas, definitivamente a palavra
inclusão ! E ela não passa apenas pelas mudanças estruturais como a acessibilidade,
mas muito mais de caráter pedagógico.
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Para isso, desde 2016, foi exigido as escolas desenvolverem um novo aparato e
desenvolver ferramentas para receber esse novo aluno! Para tanto , as escolas, deverão
passar a oferecer:
- Profissionais de apoio; (mediadores escolares)
- Salas de recurso;
- Material adaptado;
- Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras)
- Adoção do sistema Braile (1824 em paris por Louis Braile)

Mudanças na prática pedagógica da educação infantil

Os novos marcos legais, políticos e pedagógicos da educação infantil, a mudança da


concepção de deficiência, a consolidação do direito da pessoa com deficiência à
educação e a redefinição da educação especial, em consonância com os preceitos
da educação inclusiva, constituíram-se nos principais fatores que impulsionaram
importantes transformações nas práticas pedagógicas. Considerando que a educação
infantil é a porta de entrada da educação básica, seu desenvolvimento inclusivo
tornou-a o alicerce dos sistemas de ensino para todas e todos.

Conforme a resolução n° 04/2009 Site externo do CNE, as creches e pré-escolas


passaram a prever o atendimento das especificidades educacionais das crianças com
deficiência em seus projeto político-pedagógicos (PPPs), planejando e desenvolvendo
as atividades próprias da educação infantil de forma a favorecer a interação entre as
crianças com e sem deficiência nos diferentes ambientes (berçário, solário, parquinho,
sala de recreação, refeitório, entre outros), proporcionando a plena participação de
todos. De acordo com a lei n° 13.005/2014 Site externo, a articulação entre as áreas
da educação infantil e da educação especial é condição indispensável para assegurar o
atendimento das especificidades das crianças com deficiência na creche e na pré-
escola.

Nesse contexto educativo, por intermédio das brincadeiras multissensoriais, as


crianças são instigadas a redescobrirem o mundo, assim como, são introduzidas
estratégias de desenvolvimento da comunicação. Na perspectiva inclusiva, valoriza-se
tanto a comunicação oral, quanto a sinalizada e demais formas alternativas de
expressão, levando as crianças a compartilharem meios diversificados de interação.

A transformação dos sistemas educacionais em sistemas educacionais inclusivos


inicia-se, portanto, pela garantia de pleno acesso às crianças com deficiência à
educação infantil, com a efetivação das medidas necessárias à consecução da meta de
inclusão plena.
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MEDIAÇÃO

A “mediação escolar” é uma nova prática e, portanto, ainda não conta com
bibliografia que ajude a definir seus parâmetros e objetivos norteadores. O conceito
de mediação vem sendo construído a partir da experiência, de reflexões e discussões
do grupo de trabalho EMI. Dessa forma, temos delineado certos valores e modos de
funcionar do mediador, que acreditamos potencializar um modo de inclusão que
aposta na diversidade e na singularidade de cada sujeito.

O mediador escolar surge, nas escolas particulares do Rio de Janeiro, devido ao


crescimento das chamadas “crianças em situação de inclusão”. Com isso, as escolas se
veem às voltas com uma nova demanda: Como incluir esses “novos” alunos? No
processo de construção dessa resposta, o “mediador” aparece como um possível
instrumento, mas logo se torna imprescindível nas salas de aula cariocas e o número
de profissionais exercendo essa prática cresce rapidamente.

A necessidade do mediador escolar é, normalmente, apontada pela escola como


condição para que o “aluno em situação de inclusão” possa frequentar o espaço
escolar. Este aluno é apresentado como uma criança/adolescente com algum
transtorno, deficiência ou sintoma que dificulta a sua experiência escolar, se
comparada aos parâmetros ditos “normais”. A escola entende que as demandas desse
aluno vão para além das possibilidades dela, e por isso leva aos pais a necessidade de
um profissional que acompanhe a criança/ adolescente na escola. A família, na
maioria das vezes, fica responsável por arcar financeiramente com esse profissional.

O primeiro e mais fundamental objetivo do mediador é ajudar o aluno a criar suas


próprias ferramentas para usufruir do espaço escolar de forma independente, tornando
sua vida escolar mais potente e autônoma. Uma vez que esse objetivo seja atingido,
acreditamos que o mediador deixa de se fazer necessário e o aluno pode continuar seu
aprendizado junto com professores e amigos.

Hoje nas escolas, cabe ao mediador, junto com o(s) professor(es), a adaptação do
material que será usado pelo aluno para um formato que seja acessível; a adaptação de
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tarefas feitas em sala de aula e de testes e provas; a saída desses alunos de sala de aula
para realizar alguma atividade que não possa ser realizada na sala junto aos outros
colegas; atuar, muitas vezes, como tradutor da língua da escola; estar sempre
conversando com coordenadores e professores sobre os melhores caminhos para esse
aluno, de forma a consolidar uma parceria mediador-escola; entre outros.

Nesse contexto, o mediador atua como uma ponte entre a criança/adolescente e suas
relações – professores, colegas, coordenação e o próprio aprender. O principal valor
que norteia este trabalho é a autonomia, portanto, busca-se encurtar essa ponte cada
vez mais, ocupando assim, um lugar de passagem e devolvendo à escola e ao
professor o papel de gerir e garantir uma vivência escolar completa e de qualidade
para aquele aluno.

“(…) a inclusão não se dá incluindo os corpos das crianças nas classes regulares. A
inclusão se dá quando se devolve ao coletivo aquilo que foi individualizado no corpo
do sujeito”. (MARCONDES, 2004, p.2)

Partindo desse norte, cabe ao mediador, em parceria com a escola, garantir que esse
aluno aprenda, participe das atividades de sala de aula e seja acolhido pelos colegas e
professores, perpetuando a ideia de que para incluir é preciso mover o coletivo. Esse
processo demanda trabalho, como mudanças na logística da escola, no tempo e no
espaço, no currículo e acima de tudo nas relações. É isso que temos levado para
nossas práticas dentro das instituições. Temos experienciado o fortalecimento dessas
crianças ditas de inclusão, enfatizando a importância desse olhar mais próximo
direcionado para as potencialidades, que muitas vezes ficam escondidas atrás de
diagnósticos e funcionamentos que não se encaixam no formato da escola.

Das atribuicoes dos mediadores estão :

 Atuar no ambiente escolar, dentro da sala e demais dependências da escola,e


também nos passeios extras (fora da escola) que ocorrerem dentro do horário da
mediação.

 Ser assíduo e pontual, respeitando os horários, as regras e normas da


instituição escolar onde faz a mediação.
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 Ser discreto e profissional evitando envolver-se em assuntos que não dizem


respeito ao trabalho de mediação.

 Lembrar sempre que o que ocorre no ambiente escolar deve ser compartilhado
e discutido apenas com os profissionais envolvidos, equipe pedagógica e terapeutas
responsáveis pela orientação.

 Solicitar apoio e supervisão da equipe responsável sempre que sentir


necessidade, evitando passar problemas e dificuldades pertinentes à mediação aos
responsáveis.

 Avisar com antecedência, sempre que possível, caso precise faltar para que a
equipe terapêutica possa decidir junto à escola e aos responsáveis qual o
procedimento indicado.

 Vestir-se adequadamente, utilizando sempre roupas que possibilitem uma fácil


movimentação; evitar usar saias, shorts, blusas decotadas, sandálias, sapatos com
salto, relógio, anéis, brincos grandes, colares, pulseiras e unhas grandes que possam
vir a machucar a criança.

 Estabelecer um contato diário com o responsável (família), caso necessário


utilizar uma agenda ou um caderno “leva e trás”, para que ambos possam trocar
informações sobre o dia a dia da criança.

 Entregar os registros semanais e mensais pontualmente, participando das


supervisões, grupos de estudo e treinamentos com as terapeutas responsáveis.

 Conversar com o professor explicando, sempre que necessário, os porquês dos


procedimentos e intervenções realizados no ambiente escolar.

 Entrar em contato com os terapeutas responsáveis caso perceba a necessidade


de uma reunião extra com o professor ou equipe pedagógica.

 Manter sempre a atenção da criança voltada para as ordens e informações


dadas pelo professor.

 Orientar o grupo de colegas da sala a não valorizar ou mesmo ignorar as


estereotipias e outros comportamentos inadequados.

 Atuar no momento da entrada ou saída escolar, direcionando a criança ao


grupo e ensinando-a como se comportar naquele momento, estimulando o
cumprimento da rotina e das ordens dadas pela professora.
 Durante o recreio mediar à relação da criança com os seus colegas nas
brincadeiras e situações sociais.

 Dirigir-se com a criança ao banheiro, caso haja necessidade, auxiliando-a em


seus hábitos de higiene promovendo assim maior independência e autonomia. Caso
exista na escola um profissional específico para auxiliar os alunos nesse momento, o
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mediador estará apenas por perto, intervindo caso ocorra algum conflito ou
dificuldade entre eles.

 Manter-se sempre junto ao grupo e ao professor de sala, cumprindo, dentro do


possível, toda a rotina e as atividades pedagógicas.

 Atuar em parceria com o professor dentro de sala de aula.

O mediador tambem devera trabalhar os mais diversos aspectos, como os sociais,


linguagem, atividades e os conteudos pedagogicos ;

COMPORTAMENTOS SOCIAIS :

- Mediar às situações sociais ensinando a criança como participar, compartilhar e


interagir no grupo.

- Minimizar a tendência da criança ao isolamento social, facilitando sua interação.

- Ensinar a criança a abordar o outro na tentativa de interação, estimulando o contato


visual e a utilização dos cumprimentos usuais.

- Desviar a atenção da criança das manias, rituais e atividades repetitivas e


estereotipadas.

- Intervir adequadamente nas reações comportamentais drásticas diante de mudanças


na rotina ou no ambiente escolar.

- Ensinar a criança a olhar para o grupo e a observar o comportamento das outras


crianças estimulando a imitação. O mediador pode direcionar o olhar da criança
apenas falando ao seu ouvido ou mesmo virando seu rosto e corpo delicadamente para
onde estão os outros.

- Observar detalhadamente cada situação, com o objetivo de prevenir comportamentos


inadequados, antecipando verbalmente ou através de informações visuais o que vai
acontecer.

- Minimizar e intervir em situações que causam desconforto sensorial, explicando o


ocorrido.

- Ensinar a criança a se acalmar, e, caso necessário, levá-la a um ambiente mais


tranqüilo.

- Usar histórias ou representações para explicar soluções e possibilidades de ações em


situações sociais específicas.

- Estimular a empatia, o vínculo e o prazer no convívio social.


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- Encorajar a criança a solicitar ajuda do professor ou dos próprios colegas.

- Evitar o acesso aos objetos ou materiais que fazem parte dos interesses restritos da
criança e que a afastam do grupo ou das atividades propostas.

- Aproveitar, dentro do possível, os interesses restritos da criança tornando-os uma


fonte motivadora de contato social.
- Tornar a vida da criança previsível através da estruturação de rotinas, reduzindo o
imprevisível que muitas vezes geram birras e/ou comportamentos inadequados.

- Organizar, sempre que necessário, a seqüência das atividades diárias através de


informações visuais (cartões com fotos, desenhos ou imagens) para reduzir o nível de
ansiedade da criança.

- Ensinar noção de tempo, utilizando um relógio, um calendário de fácil compreensão


ou a através da própria organização da rotina.

- Sempre que possível, ensinar a criança a se colocar no lugar do outro, refletindo


também sobre o pensamento e os sentimentos das pessoas.

- Estimular a criança, após uma situação de conflito, a refletir como o seu


comportamento ou atitude atingiu o grupo, um colega ou professor especificamente,
orientando-a a pedir desculpas, caso haja necessidade.

- Estimular a criança a refletir sempre sobre estratégias alternativas para resolver


determinada situação.

- Ensinar as habilidades sociais de como se apresentar, como pedir algo e como se


expressar em determinadas situações sociais.

- Oferecer o reforço positivo (verbal ou gestual) sempre que a criança apresentar um


comportamento correto e adequado.

- Ignorar, corrigir ou redirecionar um comportamento incorreto ou inadequado.


Sempre que necessário dizer para a criança o que se espera dela em cada situação.

- Auxiliar a criança no desenvolvimento de sua autonomia, iniciativa e compreensão


daquilo que está fazendo ou do que precisa fazer.

COMUNICACAO / LINGUAGEM

- Estimular o apontar e o olhar para o que o outro aponta ou fala.

- Estimular a imitação dos movimentos, sons e atividades.

- Estimular o “triangular do olhar”, ou seja, olhar para a pessoa e para o objeto de que
se fala, alternadamente.
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- Traduzir, caso necessário, as informações auditivas (ordens verbais) em informações


visuais, apontando ou mostrando figuras ou objetos relacionados com que foi dito.

- Partir as informações auditivas em pequenas informações.

- Em mudança de rotina ou situações novas utilizar fotos e explicações para ajudar a


criança entender melhor o que irá acontecer.

- Ajudar a criança a modificar em seu discurso o uso da terceira para a primeira


pessoa.

- Organizar o discurso da criança de acordo com o contexto.

- Direcionar a atenção da criança para quem fala ou para as atividades que estão sendo
realizadas.

- Ensinar a perceber a linguagem corporal e as expressões faciais.

- Utilizar recursos visuais para ensinar a perceber as emoções.

- Ensinar marcadores para iniciar ou terminar uma conversação.

- Fazer a criança perceber como seus comentários podem ser mal interpretados pelo
outro.

- Explicar metáforas e expressões idiomáticas de acordo com o contexto.

- Ensinar como modular seu discurso de acordo com ritmo, intensidade e tom.

- Fazer com que a criança perceba quando seu discurso se torna pedante.

- Facilitar a conversação aproveitando assuntos que fazem parte dos interesses


restritos da criança.

- Explicar para os colegas e professores que, por vezes, o tempo de resposta,


aprendizagem ou de ação da criança é diferente, mas que todos podem ajudar com
paciência e persistência.

ATIVIDADES / BRINCADEIRAS

- Estimular o interesse por brinquedos ensinando à criança a brincar de forma


funcional e adequada.

- Brincar falando o que está fazendo e o que pretende fazer.


17

- Estimular os jogos do tipo “faz-de-conta”.

- Estimular o brincar fazendo inicialmente, se possível, a mesma coisa que a criança


estiver fazendo e aos poucos direcionando ao grupo.

- Ensinar a criança a ser flexível, aceitando novas situações e brincadeiras.

- Estimular a participação de jogos competitivos, ensinando-a a ganhar e perder nas


diferentes situações de disputa.

- Explicar aos colegas que muitas vezes aquela criança quer brincar, mas que não sabe
como fazer.

- Aproveitar as crianças que tem maior vínculo afetivo de sua turma para estimular a
interação, sempre com a participação do mediador.

TAREFAS / CONTEUDOS PEDAGOGICOS

- Solicitar, logo no início do ano letivo, o calendário escolar e o planejamento


pedagógico.

- Conhecer o projeto pedagógico e a metodologia da escola em questão.

- Pedir ao professor o planejamento semanal das atividades e conteúdos pedagógicos,


para que o mediador possa adaptá-los às necessidades e possibilidades da criança.

- Dentro do possível, preparar com antecedência os recursos pedagógicos que se


fizerem necessários para uma melhor compreensão por parte da criança, do que será
trabalhado em sala de aula.

- Ajudá-lo a ter iniciativa solicitando ajuda do professor quando não estiver


entendendo um determinado exercício ou explicação.

- Ser capaz de improvisar um recurso para um conteúdo ou tarefa que estiver além da
possibilidade de compreensão daquela criança.

- Discutir com a equipe pedagógica e terapêutica responsável a necessidade de


adaptação dos conteúdos pedagógicos.

- Buscar sempre estimular a criança diante das atividades pedagógicas fazendo-a se


sentir motivada para a aprendizagem.

- Quando necessário, adaptar provas em relação ao conteúdo, formatação ou


quantidade de exercícios, com a participação da equipe terapêutica e pedagógica.

- Auxiliar nos exercícios e provas quando necessário.


18

Programa de Educação Individual

“O PEI é considerado uma proposta de organização curricular que


norteia a mediação pedagógica do professor, assim como desenvolve
os potenciais ainda não consolidados do aluno. O registro ou
mapeamento do que o sujeito já alcançou e o que ainda necessita
alcançar é fundamental para que se possa pensar o que vai ser feito
para que ele atinja os objetivos traçados.”

Basicamente a construção do PEI consiste em 4 etapas:

1. Conhecer o Aluno: Traçar um perfil com suas habilidade e necessidades.


Conhecer sua história, seus gostos, seus conhecimentos já adquiridos e o que
ele precisa aprender.
2. Estabelecer Metas: Nesta etapa, você deve definir as metas de curto, médio e
longo prazo. Avaliar o que a criança deve aprender em cada espaço de tempo a
partir do seu perfil. Lembrando que os objetivos podem ser bem diferentes dos
objetivos do restante da turma! Uma crianca com TEA por exemplo, pode ter
como objetivo primordial a socializacao, e ainda assim atrelado ao mesmo
assunto que esta sendo discutido com toda a turma! Discutir quais sao as
capacidades ou
3. como e quando elas serão executadas.
4. Avaliação: Você precisa realizar o Registro Avaliativo do aluno organizando
os procedimentos e avaliando as metas alcançadas.
No estudo da Débora Pereira, são levantados alguns pontos relevantes que devem ser
contemplados na elaboração de um Plano Educacional Individualizado (PEI):

 O nível de desempenho atual do aluno, ou seja, as habilidades que ele possui.


Essas habilidades podem ser levantadas com o preenchimento do Inventário;
 A elaboração das metas anuais que devem ser mensuráveis, ou seja, delimitar
um tempo para sua realização. Há metas a curto ou longo prazo de modo a
facilitar a sua realização, lembrando que os planos precisam ser avaliados em
torno de três vezes ao ano ou de acordo com a necessidade dos participantes;
 O modo como o aluno será avaliado, pois é necessário construir um processo
avaliativo significativo de acordo com o progresso da criança. Assim a
avaliação está em consonância com os objetivos alcançados e a produção da
criança durante a realização das atividades;
 Deve ser delimitado o período para a realização de relatórios periódicos com
os avanços do aluno em sala, lembrando de considerar sempre o alcance das
metas propostas e seus prazos;
 É importante considerar durante a elaboração do Plano Educacional
Individualizado os serviços especializados e complementares, ou seja, os
19

profissionais que acompanham a criança fora da sala de aula também podem


oferecer sugestões e ideais;
 Quando for necessário pode haver modificações no programa e a escola
precisa se estruturar a fim de obter todo o suporte para essas possíveis
alterações;
 É necessário adaptar os materiais e recursos pedagógicos necessários de
acordo com as necessidades específicas de cada criança, de modo a
proporcionar uma avaliação do nível de desempenho acadêmico e funcional do
aluno.

Após saber o que deve ser considerado na elaboração do Plano Educacional


Individualizado: Qual o próximo passo?
O preenchimento de um inventário de habilidades escolares, ou seja, o professor
necessita observar e identificar o desempenho do aluno de acordo com quatro
categorias: comunicação oral, leitura e escrita, raciocínio lógico- matemático e
informática. Por meio do preenchimento dessa ficha o professor consegue avaliar
quais as habilidades o aluno já possui, como também identificar suas necessidades a
serem contempladas. Lembrando que é necessário realizar seu preenchimento, assim
torna-se possível a construção do Plano Educacional Individualizado.

Após apresentar o Inventário de habilidades é necessário relembrar sobre o aluno


citado no post anterior, pois o PEI será construído baseado em suas necessidades
específicas. O aluno tinha 5 anos e estava matriculado em uma escola regular no nível
IV da Educação Infantil. Foi diagnosticado com autismo aos 4 anos por uma
Neuropediatra, ele não se comunicava verbalmente e utilizava poucos gestos com
intenção comunicativa. Além da ausência de oralidade outros aspectos estavam
presentes como: pouca interação com o outro, presença de estereotipias e
comportamento bastante inflexível.

É importante lembrar que a construção do Plano Educacional Individualizado por


meio de estratégias de ensino específicas foi pautado no plano educacional comum da
turma. Com isso, foram utilizadas as estratégias gerais para atingir metas específicas,
como também auxiliar na produção de materiais de modo a colaborar com a
aprendizagem da criança citada.

Desse modo, todos os conteúdos delimitados para serem trabalhados com a turma
devem ser inclusos no PEI, como também foram elencados os mesmos objetivos.
Você deve estar se perguntando: Mas qual a diferença? A partir dos objetivos gerais
alguns são selecionados para focar na intervenção, no caso do aluno citado os focos
foram a escrita, matemática e o lanche.

Baseado no Plano Educacional Individualizado da Escola Alexandre Bacchi e por


meio da observação da rotina escolar foram selecionadas pelas professoras as
seguintes unidades básicas para serem trabalhadas com o aluno:
20

 As habilidades acadêmicas: são aquelas pré-estabelecidas pelos Referenciais


Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RNCEI), a saber: escrita,
matemática e linguagem oral.
 Habilidades de Vida Diária: trabalho voltado para alimentação, como o
lanche por exemplo, pois foi observado que o aluno ainda fazia uso da
mamadeira e tinha dificuldade em solicitar seu lanche para as professoras.
 A inteligência do aluno: é a habilidade de compreender o conteúdo oferecido
pelo professor.
 As metas e objetivos traçados: a partir do nível de conhecimento do aluno,
bem como a habilidade de se apropriar dos conteúdos esperados para sua
idade, elaborou-se o PEI com metas e objetivos prioritários baseado nos
objetivos gerais da classe.
 Metodologia e Recursos Didáticos: é uma gama de possibilidades para
otimizar a aprendizagem do aluno com autismo, por exemplo: recursos
pedagógicos, naturais, tecnológicos entre outros.
 Avaliação: o processo avaliativo é feito por intermédio dos registros
considerados significativos por parte dos professores, no momento da
realização das atividades propostas.

Lembrando que as metas e objetivos são traçados de acordo com as habilidades do


aluno, por isso a importância do preenchimento do Inventário de habilidades sugerido.
A escolha da metodologia de ensino e os recursos pedagógicos precisam estar
adaptados de modo que o aluno possa participar das atividades junto com seus pares.
Durante avaliação é importante considerar os objetivos atingidos e os momentos mais
produtivos durante a realização das atividades. Quando a criança adquire um novo
conhecimento o professor a conduz para novos desafios, pois isso impede de insistir
em uma habilidade já aprendida.

A partir das unidades básicas citadas anteriormente os professores elaboraram o PEI.


Eu compartilhei com você o modelo construído no link anterior. Nele você encontra
as tabelas com as metas e objetivos prioritários, as estratégias de ensino e
aprendizagem utilizadas e o registro avaliativo no Plano Educacional Individualizado.

Vale ressaltar que esse modelo serve para oferecer um norte para os professores,
contudo não podemos esquecer que cada aluno possui necessidades e habilidades
específicas e a partir delas que o Plano Educacional Individualizado é construído
individualmente.
21

TRANSTORNOS, SÍNDROMES E
DIAGNÓSTICOS

Este capitulo servira de apoio as aulas! Iremos apenas descrever as diferentes


patologias e suas principais caracteristicas! As estrategias para lidar com elas estarao
descritas na quinta parte, juntamente com as aulas presenciais!

O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade)

Trata-e uma condição que apresenta 3 sintomas:

Desatenção ou Distração ;
Hiperatividade
Impulsividade
E tem 3 sub-tipos:
Predominantemente Desatento
Predominantemente Hiperativo
Combinado Desatento + Hiperativo – O mais comum

SINTOMAS

(1) seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6
meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:

Desatenção:

a) frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido


em atividades escolares, de trabalho ou outras

b) com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades


lúdicas

c) com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra


d) com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas
domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou
incapacidade de compreender instruções)

e) com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades

f) com frequência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam


esforço mental constante (como tarefas
Impulsividade:
22

frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido


completadas

b) com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez

c) frequentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo,


intromete-se em conversas ou brincadeiras)
B.Alguns sintomas de hiperatividade/impulsividade ou desatenção que causaram
prejuízo estavam presentes
antes dos 7 anos de idade.

C. Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos
(por exemplo, na escola [ou trabalho] e em casa).

D. Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no


funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno
invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são
melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo, transtorno do humor,
transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo ou um transtorno da personalidade).

Diagnóstico atraves de :

-Questionários padronizados: escola e pais.


-Avaliação Pediátrica
-Avaliação Neurológica ou psiquiátrica
-Avaliação oftalmológica ou auditiva
- Avaliação Neuropsicológica
Tratamento:

-Medicamentoso

-Terapia individual e familiar (TCC)

-Intervenção pedagógica e psicopedagógica

Transtorno de ansiedade de separação e transtorno de ansiedade generalizada

O transtorno de ansiedade de separação pode ocorrer precocemente, já a partir dos 5


anos de idade. As crianças menores apresentam preocupações irreais exageradas sobre
perigos que possam ameaçar seus pais ou pessoas próximas. Por isso, a separação
gera ansiedade.
A maioria dessas crianças recusa-se a ir à escola.
Crianças maiores ou adolescentes que desenvolvem transtorno de ansiedade de
separação apresentam menos sintomas
23

Existem três caraterísticas chave:

- Medos excessivos e persistentes ou preocupações antes e no momento da separação;


- Sintomas comportamentais e somáticos antes, durante e depois da separação;
- Evitação persistente ou tentativas de escapar da situação de separação.

Nas crianças, os sintomas comportamentais incluem:

– O choro;
– Agarrar-se aos pais;
– Queixas sobre a separação e;
– Chamar pelos pais depois de terem partido.

Os sintomas físicos (são semelhantes aos de um ataque de pânico ou transtorno de


somatização):

– Dores de cabeça;
– Dor abdominal;
– Desmaios;
– Vertigens e tonturas;
– Dificuldades em dormir;
– Pesadelos;
– Náuseas e vómitos;
– Cãibras e dores musculares;
– Palpitações e dor torácica.

Diagnostico

Os critérios de diagnóstico para transtorno de ansiedade de separação incluem:

– Presença de pelo menos 3 dos 8 sintomas de ansiedade possíveis que aparecem


durante as situações de separação. Exemplo de separação de casa ou de entes
próximos importantes, medo de se perder ou medo de um possível dano acontecer aos
entes próximos; relutância ou recusa em ir à escola, ou ficar sozinho ou ficar sem
algum ente próximo, etc.;

– Sintomas devem estar presentes durante as últimas quatro semanas e devem


começar antes dos 18 anos de idade;

– Sintomas causam pelo menos prejuízo moderado e não são melhor explicados por
outro transtorno psiquiátrico.

Esquizofrenia infantil

A esquizofrenia é uma condição crônica que requer tratamento ao longo da vida.


Identificar e iniciar o tratamento para a esquizofrenia na infância o mais cedo possível
pode melhorar significativamente o resultado a longo prazo do seu filho.
24

As primeiras indicações de esquizofrenia na infância podem incluir problemas de


desenvolvimento, tais como:
• Atrasos na linguagem;
• Rastreamento tardio ou invulgar;
• Caminhada tardia;
• Outros comportamentos motores anormais – por exemplo, balanço ou batimento do
braço.

Sintomas em adolescentes
Os sintomas da esquizofrenia em adolescentes são semelhantes aos dos adultos, mas a
condição pode ser mais difícil de reconhecer nessa faixa etária. Isso pode ser em parte
porque alguns dos primeiros sintomas da esquizofrenia em adolescentes são comuns
para o desenvolvimento típico durante a adolescência, tais como:
• Isolamento social, ou seja, isolar-se de amigos e familiares;
• Queda no desempenho escolar;
• Problemas para dormir;
• Irritabilidade ou humor deprimido;
• Falta de motivação;
• Comportamento estranho;
• Uso de drogas ou álcool.

Em comparação com os sintomas da esquizofrenia em adultos, os adolescentes podem


apresentar:
• Menor probabilidade de ter delírios (crenças irreais);
• Maior propensão a alucinações visuais.

Ficar alerta com os seguintes comportamentos:


• Tiver atrasos de desenvolvimento em comparação com outros irmãos ou colegas;
• Parar de realizar atividades diárias, como tomar banho ou vestir-se;
• Não quiser mais se socializar;
• Estiver apresentando um baixo desempenho acadêmico;
• Apresentar estranhos rituais alimentares;
• Demonstrar excessiva suspeita dos outros;
• Mostrar uma falta de emoção ou mostra emoções inadequadas para a situação;
• Apresentar ideias e medos estranhos;
• Confundir sonhos ou programas da televisão para a realidade;
• Apresentar ideias, comportamento ou fala estranhos;
• Tiver comportamento violento ou agressivo ou agitação.

O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)

O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é um dos distúrbios mais comuns na


infância. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos
Mentais 5.ª edição (DSM-5), o TOD é uma condição que afeta diretamente o aspecto
comportamental onde a criança ou o adolescente apresenta um quadro de
irritabilidade, padrões persistentes de comportamentos negativistas, desobedientes e
desafiadores.
Os sintomas normalmente surgem antes dos 8 anos de idade e é mais comum em
meninos do que meninas. Ainda não se conhece uma causa específica para o
25

desenvolvimento do TOD, mas é provável que exista uma associação entre fatores
genéticos e ambientais.
Sintomas :
Irritabilidade
Desobediência
Desafia regras
Agressão verbal
Apresentam surtos de raiva
Apresentam tendência vingativa

O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, onde inclui terapia


comportamental, medicação e um bom suporte escolar. Muitas vezes os indivíduos
com TOD evoluem para um quadro de depressão e/ou Transtorno de conduta, por isso
é muito importante ficar atento aos sintomas e buscar tratamento médico.
O TOD deve ser acompanhado pelo neurologista ou pelo psiquiatra infantil. Esses
profissionais estão preparados para perceber os sintomas e indicar o melhor
tratamento. Além disso, poderão investigar se a criança ou adolescente apresenta
outros transtornos associados como por exemplo TDAH, Transtorno de ansiedade,
Transtorno de aprendizagem ou Transtorno de linguagem.
A intervenção precoce é essencial e ajuda a prevenir a progressão do transtorno para
quadros mais graves. Por isso, é sempre importante buscar ajuda profissional!
26

AUTISMO
Trata-se da maior demanda em relacao a mediacao escolar! Por isso havera uma aula
Fatores genéticos 5 á 10% ;
Eventos antes e durante a gravidez (doenças);
Infecções virais, toxinas, drogas e medicamentos tomados durante a gravidez;
Exposições a metais pesados ou materiais tôxicos;
Sistema deficiente de neuronios espelhos no cerebro;
São responsaveis pela empatia, imitação, mentalização e aprendizagem de linguagem

Dificuldade em entender aspectos não verbais da comunicação (entonação da voz, gestos,


expressão facial e etc);

Sua dificuldade de interagir é um sério obstáculo para aprender e conviver com os outros ;

GRAUS DE AUTISMO

Pela capacidade de comunicação;


Pelos comportamentos repetitivos e aberrantes;
Pelo déficit intelectual;
27

Modelos de tratamento do autimos:

MODELO PADOVAN

Fonoaudiologia Padovan - Reorganização Neurofuncional


Desenvolvido por Beatriz Padovan
Baseia-se em exercícios corporais, derivados da Reorganização Neurológica, preconizada por
Rudolf Steiner e complementados pela própria Beatriz Padovan;

Como funciona?
A Organização Neurológica é um processo dinâmico e complexo, mas natural,
Promove a maturação do Sistema Nervoso Central, para adquirir todas as suas capacidades,
incluindo a locomoção, a linguagem e o pensamento.
É o próprio Desenvolvimento, consiste nas fases do desenvolvimento natural do Ser Humano
(rolar, rastejar, engatinhar, etc.), tornando o indivíduo apto a dominar seu corpo no espaço,
A Reorganização Neurológica consiste na recapitulação daquelas fases do desenvolvimento
natural do Ser Humano, que, dessa forma, vai preencher eventuais falhas da Organização
Neurológica original.

Exercícios específicos que recapitulam o processo do ANDAR, desde os seus movimentos


mais primitivos até o indivíduo alcançar a postura ereta, dominando o espaço com ritmo e
equilíbrio.
Trabalhando a maturação do andar, atingimos consequentemente o FALAR, que também é
trabalhado com exercícios para a reeducação das Funções Reflexo-Vegetativas Orais,
(respiração, sucção, mastigação e deglutição).
Ajudando a melhor expressar seus sentimentos e emoções - equilíbrio psico-emocional -
trabalhamos o PENSAR, (atenção, memória, discriminação, análise-síntese) e processos do
desenvolvimento da fala,(fluência e ritmo) e da leitura e escrita.

MÉTODO TEACCH
Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children
”Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a
Comunicação”
Prática psicopedagógica a partir da observação dos comportamentos das crianças autistas em
diferentes situações e frente a diferentes estímulos;
A divisão Teacch foi fundada em 1972 na Universidade da Carolina do Norte, EUA, pelo Dr.
Eric Schopler et al. do departamento de psiquiatria dessa Universidade;
União da terapia comportamental com a psicolingüística

Muitos dos seus distúrbios de comportamento podem ser modificados à medida que ele
consegue expressar-se e entender o que se espera dele;
Autistas respondem melhor a situações dirigidas que às livres;
Respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos;

Metodo TEACCH
(Comportamental)

Indicar, especifica e definir operacionalmente os comportamentos-alvo a serem trabalhados;


Desenvolver categorias de repertórios que permitem avaliar aspectos da interação e
organização do comportamento;
Desenvolvimento individual em seus diferentes níveis .
28

Exige a manipulação do ambiente do autista;


Trabalho para que comportamentos indesejaveis desapareçam;
Condutas adequadas recebam reforço positivo.

A imagem visual é geradora de comunicação;


A linguagem, baseia-se na interiorização das experiências;
A linguagem não-verbal vai dando significados às ações e aos objetos, consolidando a
linguagem interior.
0 corpo vai incorporando significados através da "ação no mundo"
A linguagem, é o resultado da transformação da informação sensorial e motora em símbolos
integrados significativamente.
São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos

Estimulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais);


Estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para
buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa .
Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo
terapeuta .
Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta
adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática

MÉTODO ABA
Analise Comportamental Aplicada
(applied behavior analysis)

Nos anos 60, começou-se a se trabalhar com a análise do comportamento em crianças autistas
e com outras desordens do desenvolvimento.
Uma grande variedade de técnicas de ABA tem sido desenvolvida para construir o
aprendizado em crianças autistas de todas as idades ;
O uso dos princípios e técnicas da ABA ajudam pessoas com autismo terem uma vida mais
feliz e produtiva
ABA reconhecido como seguro e efetivo no tratamento do autismo.
ajudam as famílias a lidar com muitos comportamentos difíceis que podem acompanhar o
autismo;

Desenvolve:

O ensino das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a
melhor qualidade de vida possível.
Comportamentos sociais;
Contato visual e comunicação funcional;
Comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além
de atividades da vida diária como higiene pessoal.
A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, auto-lesões, agressões
verbais, e fugas

Estrategias
Aprendizagem sem erro - Repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade
sem erro;
Uso de conseqüências favoráveis ou positivas (reforçadoras).
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O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos


passos:
1- avaliação inicial,
2- definição de objetivos a serem alcançados,
3- elaboração de programas/procedimentos,
4- ensino intensivo,
5- avaliação do progresso.

MÉTODO PECS (Picture Exchange Communication System (PECS), em português,


Sistema de Comunicação por Troca de Figuras

Desenvolvido em 1985 como um pacote de treinamento aumentativo/alternativo único;


Ensina crianças e adultos com autismo e problemas correlatos de comunicação a começarem
a se comunicar.
O manual fornece todas as informações necessárias para a implementação efetiva do PECS,
guiando os leitores por seis fases de treinamento;
Oferece exemplos, dicas úteis, e modelos para elaboração de um relatório de dados e
progresso.

Fase I - Ensina os alunos a iniciarem a comunicação desde o início por meio da troca de uma
figura por um item muito desejado.

Fase II - Ensina os alunos a serem comunicadores persistentes - ativamente irem à busca de


suas figuras e irem até alguém e fazerem uma solicitação.

Fase III - Ensina os alunos a discriminar figuras e selecionar uma figura que represente um
objeto que eles querem.

Fase IV - Ensina os alunos a usarem uma estrutura na frase para fazer uma solicitação na
forma de “Eu quero”.

Fase V - Ensina os alunos a responderem a pergunta “O que você quer?”

Fase VI - Ensina os alunos a comentarem sobre coisas no ambiente deles, tanto


espontaneamente como em resposta a uma pergunta.

Expandindo o vocabulário - Ensina os alunos a utilizarem atributos, como cores, formas e


tamanhos, dentro das solicitações deles.

MÉTODO FLOORTIME
(tempo no chão)

Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan;


A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro dos 6 marcos básicos para a plenitude do
desenvolvimento emocional e intelectual do indivíduo;
No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos
comandos que a própria criança lidera.
A intervenção é chamada Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir
com a criança no seu nível e olho no olho.
6 degraus da escada do desenvolvimento emocional
1 - Noção do próprio eu e interesse no mundo;
2 - intimidade ou um amor especial para a relação humana;
30

3 - A comunicação em duas vias (interação);


4- A comunicação complexa;
5 - as idéias emocionais;
6 - Pensamento emocional.
No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a criança goste ou se interesse e segue aos
comandos que a própria criança lidera.
a “floortime” tem como meta ajudar a criança autista se tornar mais alerta, ter mais iniciativa,
se tornar mais flexível, tolerar frustração, planejar e executar seqüências, se comunicar
usando o seu corpo, gestos, linguagem de sinais e verbalização.
O mais importante é despertar na criança o prazer de aprender.
Uma hora de diversão, risos, brincadeira e reconheça as oportunidades do dia a dia para
solucionar problemas e conseguir suportar mudanças.

PROGRAMA S0N-RISE (ir ate o mundo do autista)


“A participação espontânea da criança em interações dinâmicas, envolventes e estimulantes é
fator chave para o tratamento e recuperação do autismo.”
Tecnica que valoria a relação entre pessoas;
É um estilo de se interagir, uma maneira de se relacionar com uma criança que inspira a
participação espontânea em relacionamentos sociais;
Os pais aprendem a interagir de forma prazerosa, divertida e entusiasmada com a criança,
encorajando então altos níveis de desenvolvimento social, emocional e cognitivo;
Crianças aprendem melhor através de experiências interativas e emocionalmente;
Criado pelocasal Barry e Samahria Kaufman no início dos anos 70.

A partir de seu filho Raun, diagnosticado com autismo severo e um QI abaixo de 40.
há cerca de 30 anos, que eles desenvolveram o Programa Son-Rise.
Raun se recuperou de seu autismo após 3 anos e meio de trabalho intensivo com seus pais.
Cursou uma universidade altamente conceituada

Centrado na pessoa com autismo.


Profunda compreensão da pessoa, de como ela se comporta, interage e se comunica, assim
como de seus interesses.
Busca fazer a ponte entre o mundo convencional e o mundo desta pessoa em especial.
Promover segurança e aceitação para motivar sua receptividade a interação que o adulto
venha a fazer
Inspirar o autista a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com
outras pessoas, tornando-se aberta, receptiva e motivada para aprender novas habilidades e
informações.
Dirigido pelos pais na residência da criança ou adulto com autismo.
As sessões individuais com poucas distrações visuais e auditivas, contendo brinquedos e
materiais motivadores como instrumento de facilitação para a interação e aprendizagem.
Ênfase na diversão. Seguir os interesses da criança com atividades divertidas e motivadoras
nas quais a criança esteja empolgada para participar.
Aprendem no contato visual “olho no olho”, as habilidades de linguagem e de conversação, o
brincar, a imaginação, a criatividade, as sutilezas do relacionamento humano.
31

ESTRATEGIAS DE AÇÃO
Neste capitulo, iremos abordar as estrategias para lidar com os mediados das mais variadas
formas de comportamento! Entretanto, devemos ter em mente alguns principios basicos se
quisermos mudar seus comportamentos, sao eles os seguintes :

- O que reforçamos, se repete.


- O que o torna neutro e dessensibilizado
- Punição (promover mudança)
- Recompensa – Reforçar o comportamento
- Evitar ordens detalhadas, vagas ou repetidas;
- Evitar expectativas muito altas
- Tenha palavra!
- Foco no comportamento

A parceria entre diversos profissionais (alguns essenciais e, outros, opcionais e escolhidos por
cada família) é a base da intervenção.

Sem essa parceria, dificilmente as metas serão atingidas, afinal, sabemos que um
procedimento aplicado somente em um contexto e por algumas pessoas que lidam com a
criança não mudará o comportamento alvo de vez,

ESTRATÉGIAS

ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO:

Desenvolvi estratégias para mediadores com o intuito de prestar-lhes o máximo de


orientações capazes de minimizar os efeitos da dificuldade em manter a atenção e
concentração :

- Como o mediado com TDAH tem a facilidade de distrair-se, mantê-lo próximo ao professor.
Sua carteira deve estar preferencialmente longe da janela ou corredor para evitar distrações;

- Colocá-lo ao lado de alunos mais quietos que costumam se concentrar e prestar atenção às
aulas;

- O Aluno tem dificuldade em organizar-se. Sugerimos que o mediador estabeleça uma rotina
de aula e agenda. Tente manter o aluno em um meio organizado, com normas e regras
claramente definidas;

- Sempre que necessário, faça a participação do mediado mais ativa durante a aula como
ajudando-o, fornecendo exemplos para as explicações ou colocando-o para atuar nas aulas
auxiliando o, ate mesmo o professor, se for possivel com as exposições;
32

- Se possível, ofereça intervalo entre as tarefas;

- Quando o Mediado tive dificuldade para se organizar. Separe um tempo para que o aluno
organize a sua carteira, pegando apenas o material necessário à próxima tarefa;

- Aproxime-se do aluno quando estiver fornecendo explicações ou apresentando a lição;

- Sugerimos ao professor que realize uma rápida revisão do assunto anteriormente abordado
antes de iniciar um novo assunto;

- Ao invés de apresentar a lição de uma só vez, proponha exercícios a cada passo dado. Assim
reforça o aprendizado e torna as aulas menos entediante.

- Caso seja necessário um teste ou exercício, se for possível, só entregue a segunda folha
quando a primeira estiver concluída.

- O mediado hiperativo, necessita de estruturação. Ele precisa estruturar o ambiente externo,


já que não pode se estruturar internamente por si mesmo. Sugerimos ao professor e orientador
que faça listas. Ele irá se beneficiar enormemente se houver uma tabela ou lista para consultar
quando se perder no que estiver fazendo. Ele necessita de algo para fazê-lo lembrar das
coisas. De previsões e repetições, diretrizes e limites. E acima de tudo, de organização;

- Estabeleça regras. Tenha-as por escrito e fáceis de serem lidas. O mediado se sentirá seguro
sabendo o que é esperado dele.

- Tente ajudá-lo a fazer a própria programação para depois da aula, esforçando-se para evitar
um dos maiores problemas encontrados que é o adiamento de uma ação;

– Monitore o seu progresso . O mediado irá se se beneficiar com o frequente retorno do seu
resultado. Possibilita a ele saber o que é esperado e se está atingindo as suas metas, e pode ser
muito encorajador.

– Divida as grandes tarefas em tarefas menores. Como ja foi dito antes, previlegie a qualidade
ao invés da quantidade.

- Use resumos. Ensine resumido. Ensine sem profundidade. O mediado pode ter dificuldade
em resumir o conteúdo, mas, uma vez aprendido, pode ajudar muito a estruturar e moldar o
que está sendo ensinado, do jeito que é ensinado. Isto vai ajudar a dar ao mediado, o
sentimento de domínio durante o processo de aprendizagem, que é o que ele precisa.

– Acostume-se a dar retorno, o que vai ajudá-lo a se tornar auto-observador. O Aluno tem
dificuldades com a autoanálise. Ele, normalmente, não tem idéia de como tem se comportado.
Tente informá-lo de modo construtivo. Faça perguntas como: Você sabe o que fez? Faça
perguntas que promovam a auto-observação.

– Mostre as expectativas explicitamente. Deixe-o ciente do que é esperado dele sempre.

– Experimente um caderno “escola – casa – escola” para voces dois. Pode ser através de uma
agenda. Isto pode contribuir, realmente, para a comunicação pais – mediador - professores e
evitar reuniões de crises. Isto ajuda ainda, o frequente retorno de informação que o mediado
precisa.
33

ESCOLA:

Cada escola possui sua metodologia de ensino. Cabera ao mediador propor, algumas
estratégias para mantê-lo interessado por mais tempo, ja que alunos com esta característica
costumam perder a atenção e a se entediar com facilidade. Vou oferecer algumas sugestões
como começar a aula com algum tipo de motivação (uso de quiz ou perguntas que devem ser
respondidas ao final após a transmissão do conteúdo e que, em caso de acerto, pode ser dada
uma nota que se somará à média final), associar o assunto da aula a alguma situação do
contexto que interessa ao aluno ou que tenha uma aplicação prática, utilizar–se de estímulos
audiovisuais ou sensoriais, os quais têm grande poder de memorização, ser mais emocional na
transmissão da aula, menos cópia e menos texto.

Em relação aos meios de avaliação,o mediador pode sugerir ao professor variar e


enriquecer as formas de averiguar se este aluno absorveu ou não a matéria aplicando não
somente as clássicas provas objetivas, mas também trabalhos, pesquisas de campo,
apresentações em sala, participação em discussões, etc. As provas devem ser enxutas,
objetivas, curtas, sem pegadinhas. Quando o aluno se distrai e se perde nos detalhes, é
importante ao final da prova que seja dado um tempo complementar para que reveja as
questões em busca de possíveis lapsos ou distrações e dada à oportunidade de corrigir ou
refazer a questão.

Nosso mediado pode ser favorecidos com o mediador lendo as provas antes de iniciá-
las, pois podem compreender melhor as questões ouvindo-as.

No apoio organizacional, o mediador pode ajudar criando uma rotina preestabelecida


com o aluno o qual deve seguir repetidamente e diariamente. Esta espécie de roteiro serve
para ser um lembrete diário.

Para o roteiro diário, pode-se escrever assim, passo a passo:

1. fazer as tarefas de hoje;


2. selecionar dúvidas para levar ao professor;
3. verificar maiores dificuldades;
4. estudar para as provas mais próximas;
5. organizar o material para o dia seguinte; etc.

Assim, ao chegar em casa, este roteiro servirá de apoio para lembrar e criar uma forma de
resolver sem se perder. Neste quesito, a família tem papel fundamental ao ajudar a concretizar
este processo e sentar com o aluno para fazer suas tarefas, tirando suas dúvidas e motivando a
terminá-las. A escola estimulará, assim, o engajamento dos seus cuidadores no cuidado em
preservar o gosto de seu filho pelos estudos.

COMPORTAMENTO DESAFIADOR

Para aqueles mediados que apresentam um comportamento opositor e desafiador. Com o


objetivo de desencorajá-lo, sugiro a adoção da técnica comportamental “Manejo de
Contingências”.
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Tal técnica consiste na premissa de que : os comportamentos adequados devem ser reforçados
enquanto que os indesejáveis, ignorados. Comportamentos que geram resultados são
reforçados, enquanto aqueles que não geram reação vão sendo extintos.

ESTRATÉGIAS E AÇÕES A SEREM TOMADAS:

O mediador deverá ter ou uma “conversa” com o seu mediado a fim de expor as
regras da Escola! Assim como um jogo, uma cidade ou país possuem leis e regras, a escola,
para o bom funcionamento, também possui as suas regras! O mediado precisa estar ciente
delas desde o inicio.
Para começar, escolheremos alguns aspectos para facilitar a adesão do aluno no
programa. O excesso de regras, logo no inicio poderá confundi-lo e desmotivá-lo!

As regras tem como objetivo a autorregulação. O aluno sempre deverá saber as razões pelas
quais esta sendo reforçado ou punido.

1) As Regras deverão ser Curtas e afirmativas:

3) A Linguagem deverá ser clara o suficiente para que se torne evidente o cumprimento ou
não da regra:

4) As consequências da realização ou não da regra devem ser facilmente aplicáveis. As regras


deverão ser justas e racionais. Sempre que uma regra for desobedecida, O aluno deverá ter
ciência de qual regra foi descumprida e logo em seguida repetir o comportamento da forma
ensinada!

PUNIÇÃO / CONSEQUENCIA

A punição, se for necessária, deve ser emitida logo depois da resposta inadequada, sendo
precedida por um sinal de alerta (O sinal de alerta é a oportunidade que o aluno terá de
recuperar o bem estar , monitorar seu comportamento e evitar o castigo).

IMPORTANTE: O comportamento do meediador durante o processo de punição não deve ser


agressivo. Pelo contrário, devem permanecer tranquilos e serenos. O objetivo em estabelecer
as regras é passar a responsabilidade ao aluno que transgrediu a regra e não gerar animosidade
entre aluno e professor. É o aluno que escolheu sofrer as consequências por que não seguiu as
regras. Assim evitaremos a sensação de que esta sendo “perseguido”pelo professor.

RECOMPENSA

As recompensas funcionam como um reforçador do bom comportamento! Por isso, é


importante que, sempre que o mediado tenha um comportamento adequado, seja
recompensado com um reforço (atenção , elogios, sorriso ...).

O Reforço deve ser oferecido logo após a emissão do comportamento desejável.


Inicialmente iremos reforçar toda resposta adequada e gradativamente aumentar a frequência
do comportamento antes de reforçá-lo.
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Reforçar qualquer progresso em direção a resposta esperada.

IMPORTANTE: lembre-se que o que deve ser reforçado é o comportamento, e não o


mediado. Ou seja, deve-se descrever o que esta certo ou errado e não julgá-lo!

COMUNICAÇÃO MEDIADOR / ALUNO

Ja foi sinalizado a importância de que a comunicação seja clara e objetiva a fim de evitar
futuros desentendimentos. Para reforçar , mencionaremos a seguir aquelas ordens que não
devem ser dadas porque estimulam a desobediência:

Ordens à distância
Falar com o mediado quando ele esta no fundo da sala ou distante, em nada vai cooperar para
que ela se ligue no que está sendo esperado dela. Esteja do lado do Aluno

Ordens complexas
Se o mediado já tem dificuldade em fixar na memória de curto prazo as atividades a fazer, a
solicitação de várias tarefas seguidas só servirá para tornar sua realização menos provável.

Ordens acompanhadas de muitas explicações


Muitos mediadores, preocupados em não soarem autoritários para seus mediados, estendem-
se em argumentações sobre as necessidades das ordens que estão fazendo. Como o aluno com
TDA/H apresenta um deficit da sustentação da atenção, ou dito de outra forma, sua atenção
tem curta duração, é bastante provável que ao final da explanação do professor, ele já não se
lembre da maior parte do que foi dito.

Ordens vagas
Pedir que se comporte “como um bom aluno” na sala de aula não deixa muito claro o que se
espera e o que não se espera que ele faça.

Ordens sob a forma de pergunta


Se um mediador pergunta a um mediado “Você pode fazer o dever agora?”, evidentemente
está deixando margem para que ele diga não.

Ordens em tom de ameaça ou com irritação


Já antevendo a batalha que vai ser formada após uma solicitação, muitas vezes os mediadores
já saem no ataque e ordenam como se a recusa já tivesse sido feita. Isso predispõe o aluno a
reagir no mesmo tom uma vez que o clima de animosidade já está instalado.
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EXPECTATIVAS – Criar expectativas maiores do que ele pode suportar ou estabelecer


objetivos sem consultá-lo ira apenas aumentar seu nível de frustração, desmotivando-o. O
aluno precisa ter plena consciência das coisas que os irritam e estar ciente do que esperam
dela.

PROCURAR SOLUÇÕES - Muitas vezes, na hora de punir, pensamos em aliviarmos nossa


raiva. O importante neste caso e esfriar a cabeça e pensar como eu poderia mostrar ao aluno
que sua atitude foi inaceitável e o que eu poderia fazer para que ela aprenda e não repita
novamente?

HÁBITOS DE MUDANÇA -Se o seu aluno exibir constantemente um comportamento para


chamar a atenção, tente ignorar os comportamentos impróprios.

- Se o mesmo falha em descobrir o objetivo da aula ou da atividade, tente aumentar o


imediatismo dos prêmios e das consequências.

- Caso responda intempestivamente ou interrompe os outros tente admitir as respostas


corretas somente quando o aluno erguer a mão e for autorizado a falar.

- Se o seu aluno necessitar de reforço, tente enviar relatórios diários ou semanais para os seus
pais.

- Se o seu aluno necessitar de ajuda por tempo prolongado para melhorar o comportamento,
tente estabelecer um contrato de comportamento. As vezes um acordo mútuo professor/ aluno
tem o poder de resolver pequenos e constantes inconvenientes.

ORGANIZAÇÃO / PLANEJAMENTO - Se o seu mediado tiver problemas em se lembrar


dos trabalhos de casa, tente providenciar um livro de tarefas para o aluno; supervisione a
anotação das obrigações.
- Se o seu aluno tem dificuldade em manter a atenção por longos períodos de tempo tente
fazer curtas pausas entre os trabalhos.

SOCIALIZAÇÃO - Quando o aluno não estiver trabalhando bem com os outros, tente
encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado.
- Quando perceber baixa autoconfiança, tente elogiar o comportamento e o trabalho
positivos; dar ao aluno a oportunidade de agir em papel de liderança.

- Se o aluno parecer solitário e distante, tente encorajar as interações sociais com os colegas
de classe; tente planejar atividades de grupo sob a direção do professor.

- Toda vez que o aluno ficar enraivecido facilmente, tente encorajar o estudante a sair de
situações que provocam a raiva.

CRIATIVIDADE E FLEXIBILIDADE POR PARTE DO MEDIADOR.

Aqui, pedimos tanto a escola quanto ao pais, professores e educadores que sejamos
criativos. Nosso foco não deve ser apenas em punir o comportamento inadequado ou
recompensar o bom comportamento, mas também em focar nos seus hábitos. Precisamos ter
ciência de que nosso objetivo enquanto educadores esta na mudança do comportamento e na
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promoção de sua autonomia e ajustamento, não apenas como aluno, mas também como
indivíduo.

Se o aluno tem revelado esta atitude por um tempo, então é provável que a sua
atenção está muito voltada para as coisas que ela não está a fazendo bem.

A chave é começar a mudar seu foco para o comportamento que desejamos para o
aluno e não o comportamento que não queremos perpetuar.

E é aqui que pedirei para apelarmos à criatividade, pois esperamos que tanto pais
quanto educadores tenham entendido a nossa proposta. É evidente que no decorrer do ano
letivo, surgirão algumas questões que não foram previstas aqui, entretanto, solicito o bom
senso e a coerência de todos os envolvidos.
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HABILIDADES SOCIAIS
As pessoas socialmente hábeis tendem a apresentar relações pessoais e profissionais
mais produtivas, satisfatórias e duradouras, além de bem-estar físico e mental e bom
funcionamento psicológico (Del Prette e Del Prette, 2004).

“Existem poucos transtornos psicológicos nos quais as habilidades sociais não


estejam, em maior ou menor grau, implicado” ( Caballo, 2008)
“Habilidades sociais são classes de comportamento necessários para que um individuo
seja socialmente competente, isto e, que consiga obter um desempenho satisfatório
rico em um conjunto de comportamentos apropriados para obter tal desempenho."

O treinamento em habilidades sociais consiste em :


Aprender teoricamente as habilidades sociais básicas;
Identificar os padrões de comportamento que precisam melhorar (e quais pontos são
problemáticos);
Trabalhar a leitura dos ambientes por meio de observação;
Praticar ensaios comportamentais;
CARACTERISTICAS:
1 – Não é uma característica da pessoa, mas de seu comportamento;
2 – Não é universal, varia de acordo com a situação ou com a pessoa.
3 – O contexto cultural e outras variáveis situacionais devem ser observados;
4 – É um padrão de resposta aprendido e pode ser alterado.
Os estudos sobre os efeitos negativos da baixa competência social mostram que ela
pode construir : (a) sintoma de transtornos psicológicos; (b) parte dos efeitos de de
vários transtornos; (c) sinais de alerta para eventuais problemas em ciclos posteriores
do desenvolvimento.
Comunicação Verbal
Sensibilidade Perceptiva ou CNV;
Assertividade
Capacidade Empática;
Autoapresentação Positiva.
Capacidade Reforçadora.
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“Quando duas ou mais pessoas se encontram e trocam algum tipo de


informação.Tornar comum uma mensagem ou informação. (Chiavenato, 2000)

"Comunicação verbal oral e a mais comum e refere-se a emissão de palavras e sons


que usamos para nos comunicar".
omente sobre o local ou a ocasião.
Faça perguntas abertas. Perguntas fechadas: "Você gosta de livros?", "Você já foi à
universidade?", "Sua estação favorita é a primavera?", "Estou atrapalhando?" e "Você
vem sempre aqui?"
Questões abertas: "Que tipo de livros você gosta?", "O que você estudou aqui nesta
Universidade?", "Qual é a sua estação favorita? Por quê? ","O que está fazendo
agora?", e "Onde fica o bar mais interessante daqui?"
aiba combinar observações gerais com perguntas abertas. "Eu amei a sua fantasia.
Quais são os seus filmes de ficção científica favoritos?”
Não tenha medo de pausas. Elas podem ser usadas para alterar tópicos, reenergizar a
conversa ou mesmo para tomar um fôlego curto. Apenas siga naturalmente para o
próximo assunto;
Busque afinidades – Procure coisas que vocês tem em comum;
Use a auto-revelação – Revele algo sobre você, sua opinião ou sentimento durante a
conversa
COMUNICACAO NAO VERBAL
Capacidade de decodificar o significado de comportamentos não verbais como gestos,
posturas, expressões faciais, movimentos dos olhos, paralinguagem, etc.
É também a capacidade de transmitir mensagens não verbais de acordo com os
objetivos sociais.
É responsável pela primeira impressão de uma pessoa. Ray Birdwhistell concluiu que
55% da mensagem é transmitida via linguagem corporal, 38% pela voz e apenas 7%
pelas palavras.
É inevitável e recebida inconscientemente.
Favorece a expressão de intenções e emoções.
EXERCITANDO A EMPATIA
Seja sensível em relação as mudanças verificadas no outro;
Não julgue, desafie o preconceito;
Descubra pontos em comum;
Experimente a vida de outra pessoa;
Use falas não avaliativas;
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Escute abertamente;
Repare significados e sentimentos que o outro não percebe, sem, contudo, revelá-los;
Observe e valide os sentimentos do outro;

Agressivo – Direto, incisivo, tom de voz alto. Muitas vezes faz ameaças! Volume alto
e a velocidade da fala é rápida.Na maioria das vezes consegue o que quer, mas a um
custo alto. Sua atitude gera ressentimento e frustração.
Passivo – Facil de lidar, cede e faz tudo que os outros querem. Se importa pouco com
si mesmo.
Assertivo - Defende as suas convicções sem ofender nem se submeter a outras
pessoas. (Salter, Conditioned reflex therapy 1949) (Joseph Wolpe, 1958) e (Wolpe e
lazarus, 1966)
Palavra de origem latina que significa: afirmare, tornar firme, declarar com firmeza!

É a habilidade de expressar ideias, opiniões, necessidades e sentimentos a pessoa


certa, na hora certa e da forma correta, com honestidade, afirmando seus direitos sem
violar o direito dos outros. (Lange & jakubowiski, 1976)
Fazer pedidos, sem justificar/pretextos;
Pedir mudança de comportamento;
Recusar pedidos, sem justificar/pretextos;
Dizer não;
Expressar amor, agrado e afeto;
Expressar incômodo, desagrado e desgosto de modo justificado;
Fazer críticas; Receber críticas.
Disco Rachado ou Quebrado;
Acordo Viavel;
Registrando;
sentença de três partes;
Sanduíche (elogio, crítica, elogio);
Cheeseburguer (elogio, crítica, pedido de mudança, elogio);
DESC (descrever o comportamento incômodo, expressar sentimentos e pensamentos,
especificar a mudança de comportamento, assinalar as consequências positivas da
mudança de comportamento);
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VOCABULÁRIO:
ALUCINAÇÕES: Envolvem ver ou ouvir coisas que não existem. No entanto, para a
pessoa com esquizofrenia, as alucinações têm toda a força e o impacto de uma
experiência normal. Alucinações podem afetar qualquer dos sentidos, mas ouvir vozes
é a alucinação mais comum.
DEFICIÊNCIA - Qualquer impedimento ao longo prazo, seja de natureza fisica,
mental, intelctual ou sensorial
CID 10 ou CID 11 - Classificação Estatística Internacional de Doenças
COORDENAÇÃO MOTORA FINA - Coordenação motora é a capacidade de
sincronizar os movimentos usando cérebro, músculos e articulações. ... Já a fina dá a
capacidade de usar os pequenos músculos em movimentos delicados, como escrever,
pintar, desenhar, recortar, encaixar, montar e desmontar, abotoar e desabotoar.

DELIRIOS- São falsas crenças que não são baseadas na realidade. Por exemplo, você
acha que está sendo prejudicado ou perseguido; que certos gestos ou comentários são
dirigidos a você; que você tem habilidade ou fama excepcional; que outra pessoa está
apaixonada por você; ou que uma grande catástrofe está prestes a ocorrer. Delírios
ocorrem na maioria das pessoas com esquizofrenia.

PENSAMENTO DESORGANIZADO: O pensamento desorganizado é percebido


através da fala desorganizada. A comunicação eficaz pode ser prejudicada, e as
respostas às perguntas podem ser parcialmente ou completamente não relacionadas.
SALA DE RECURSOS - Sala de recursos é um ambiente pedagógico, localizado em
escolas do ensino regular, dotado É objetivo do atendimento educacional
especializado prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino
regular aos alunos, orientando os sistemas de ensino para garantir a transversalidade
das ações da educação especial no ensino regular e o desenvolvimento de recursos
didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e
aprendizagem. 17 de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos
para a oferta do atendimento educacional especializado por professor especializado,
com vistas a atender alunos matriculados na rede regular pública de ensino e que
apresentam deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação.
TEA - Transtorno do Espectro do Autismo
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NOSSO LEMA E MELHORAR SEMPRE! POR ISSO QUEREMOS OUVIR SEUS


ELOGIOS, CRITICAS E SUGESTOES !!

Apos o preenchimento, por favor, destaque estas ultimas folhas, preencha e entregue !
Muito obgrigado !!!! Essas respostas sao muito importante para nos !
Aluno _______________________________________________(nao e obrigatorio)

Marque : P (Pessimo) R (Ruim) M (Mediano) B (Bom) E (Excelente)

AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
1 Os objetivos do curso foram colocados claramente no inicio
2 Os objetivos do curso foram alcançados
3 O conteúdo apresentado esta relacionado com os objetivos colocados
4 Foi apresentado um planejamento do curso
5 O conteúdo proposto foi cumprido
6 Foi colocada alguma necessidade de pré-requisitos
7 As técnicas utilizadas durante as aulas ajudaram no entendimento dos conteúdos
8 As atividades de aula e fora de aula foram consistentes
9 Os métodos de avaliação conseguiram detectar se houve aprendizado
10 Os métodos de avaliação são consistentes com os objetivos propostos
11 Os métodos de avaliação são consistentes com os conteúdos apresentados
12 Houve realimentação após as avaliações para corrigir erros
13 O material de apoio era de fácil acesso
14 O material de apoio era de boa qualidade

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR - ARTUR H S GOMES


1 A relação professor aluno era boa e favorecia o processo de ensino-aprendizagem
2 O professor era acessível fora da aula
3 O professor demonstra domínio do conteúdo da disciplina
4 O professor era claro e objetivo em suas explicações
5 O professor criou um ambiente de discussão, participação durante as aulas
6 O professor utilizava bem o tempo em sala de aula
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AVALIAÇÃO DO PROFESSOR - THAIS ENTRIEL


1 A relação professor aluno era boa e favorecia o processo de ensino-aprendizagem
2 O professor era acessível fora da aula
3 O professor demonstra domínio do conteúdo da disciplina
4 O professor era claro e objetivo em suas explicações
5 O professor criou um ambiente de discussão, participação durante as aulas
6 O professor utilizava bem o tempo em sala de aula

AVALIAÇÃO DO PROFESSOR - TERESA DA SILVA GOMES


1 A relação professor aluno era boa e favorecia o processo de ensino-aprendizagem
2 O professor era acessível fora da aula
3 O professor demonstra domínio do conteúdo da disciplina
4 O professor era claro e objetivo em suas explicações
5 O professor criou um ambiente de discussão, participação durante as aulas
6 O professor utilizava bem o tempo em sala de aula

AUTO-AVALIAÇÃO DO ALUNO
1 Você participou de mais de 70% das aulas
2 Você se dedicou a disciplina mais de 3 horas por semana fora da sala de aula
3 Você participou intensamente dos trabalhos em classe e fora de classe
4 Você detectou a falta de algum pré-requisito nesta disciplina
5 Você detectou alguma dificuldade durante o andamento da disciplina
6 Suas expectativas da disciplina foram atendidas

AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS E DA INSTITUIÇÃO


1 A infraestrutura das salas de aula e de estudo é adequada
2 A infraestrutura do meterial é boa (apostila, ebook, acervo, atendimento, etc)
3 O curso de esta dentro das suas expectativas
4 O atendimento de apoio (secretaria e etc) é bom?
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OBSERVAÇÕES, CRÍTICAS, COMENTÁRIOS E SUGESTÕES.

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