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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO


E.E.E.F “PROFª MARIDALVA PANTOJA” CÓD.(MEC)15043096

PLANO DE AÇÃO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL


ESPECIALIZADO 2023

Nº PROFESSORA MATRÍCULA TURNO


01 Andreza de Carvalho Gaia 57224825 TARDE
02 Waldilene do Socorro Pereira Lopes 5803462 MANHÃ

Belém - 2023
1- JUSTIFICATIVA:

Para entender o processo de inclusão escolar é preciso resgatar dados sobre a


Educação Especial brasileira, considerando-se que o início da discussão
nacional sobre a educação inclusiva se constituiu no campo da educação
especial. Isso pode ser compreendido pelo fato de que na educação especial
vêm sendo, historicamente, discutidos, nos meios políticos, sociais e
educacionais, os direitos das pessoas com deficiência e buscando-se oferecer
respostas educativas às suas necessidades, embora essas, não tenham sido
originadas na educação e, sim, na saúde. Mesmo assim, a educação especial
tem sido considerada como um subsistema educacional. Em Michels (2005,
p.256), encontra-se esta afirmação: “[...] a Educação Especial tem sido,
historicamente, caracterizada como um subsistema ou um sistema paralelo de
ensino”.
Embora o texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional apresente
marcas de reconhecimento do conhecimento construído pela educação
especial, no decorrer de sua trajetória, tendo dedicado um de seus capítulos à
área, 18 é possível perceber “[...] sua manutenção na condição histórica de
subsistema uma vez que reafirma a ruptura entre a Educação Regular e a
Educação Especial” (MICHELS, 2005, p.256). A análise pode ser feita a partir
do caput do Artigo 58 da LDBEN 9394/96 “Entende-se por Educação Especial,
para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de
necessidades especiais”. (BRASIL, 1996). Há uma tentativa de aproximação na
sua colocação como “modalidade de ensino‟ que deve acontecer, na medida
do possível, na rede regular de ensino, ou seja, no mesmo espaço onde
acontece a educação regular.
No texto da Resolução 02/2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica (BRASIL, 2001) – documento que regulamenta
os princípios estabelecidos na Declaração de Salamanca e aceitos no Brasil,
quando se tornou seu signatário - a educação especial está colocada como
modalidade que permeia todo o sistema educacional brasileiro inserindo-a nos
diferentes níveis da educação escolar: educação básica que abrange a
educação infantil, a educação fundamental e o ensino médio – e educação
superior, bem como na interação com as demais modalidades da educação
escolar, como a educação de jovens e adultos, a educação profissional, a
educação indígena e outras.
O Atendimento Educacional Especializado é um serviço da educação especial que
identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem
as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas(SEESP/MEC ,2008). O ensino oferecido no atendimento educacional
especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode caracterizar-
se como um reforço escolar ou complementação das atividades escolares. São
exemplos práticos de atendimento educacional especializado: o ensino de Língua
Brasileira de Sinais(LIBRAS) e do código BRAILLE, a introdução e formação do
aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva, como a comunicação
alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e
mobilidade, a preparação e disponibilização ao aluno de material pedagógico
acessílvel, entre outros.
O Atendimento Educacional Especializado ocorre nas salas de Recursos
Multifuncionais- SRMF que são espaços físicos localizados nas escolas públicas onde
se realiza o Serviço de Atendimento Educacional Especializado- SAEE.. As SRMF
possuem mobiliário, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e
equipamentos específicos para o atendimento dos alunos que são público alvo da
Educação Especial e que necessitam do SAEE no contraturno. A organização e a
administração deste espaço são de responsabilidade da gestão escolar e do professor
que nele atua.

2- OBJETIVOS:
2.1- OBJETIVO GERAL:

# Realizar ações educativas que atendam aos alunos com Necessidades


Educacionais Especiais desta Instituição de Ensino, com o intuito de
desenvolver as habilidades motoras, sociais, afetiva e cognitivas, minimizando
as dificuldades de aprendizagem, socialização e comunicação, assim como
desenvolver atividades suplementares de cunho intelectual, acadêmica, de
liderança, artes, psicomotricidade e criatividade com os alunos que apresentem
altas habilidades ou superdotação.

2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

# Desenvolver autonomia nas atividades escolares e de vida diária;

# Incentivar o gosto dos alunos pelas atividades escolares;

# Aprimorar a percepção de si mesmo e do outro, como forma de aprender a


conviver e interagir com seus pares;

# Desenvolver atividades que despertem a criatividade dos alunos;

# Estimular a capacidade de comunicação e diálogo;

# Sensibilizar os pais para que reconheçam o potencial dos filhos e


compreendam que o acompanhamento educacional e de outros profissionais é
de suma importância para minimizar dificuldades e desenvolver habilidades;

# Utilizar a escrita de forma funcional para escrever, bilhetes, recados,


expressar seus desejos, opiniões e outros;

# Utilizar jogos de raciocínio lógico para melhor compreender os conteúdos


matemáticos em sala de aula e melhorar sua compreensão de mundo;

# Expressar-se oralmente relatando com sequência lógica fatos e


acontecimentos vivenciados;

# Auxiliar o professor da turma regular na construção de estratégias que


proporcionem a inclusão do aluno com necessidades especiais.

3- AÇÕES PARA A ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO:

# Levantamento do quantitativo dos alunos a serem atendidos no SAEE;

# Reunião com os pais dos alunos especiais;

# Avaliação diagnóstica dos alunos encaminhados pelos professores das


turmas regulares;

# Preenchimento do PDI (Plano de Desenvolvimento Individual do Aluno);

# Organização do horário de atendimento;

# Atendimento dos alunos;

# Encaminhamento de alunos com hipótese de necessidades especiais para


avaliação na área da saúde para obtenção de laudo médico;

# Realizar busca ativa para os alunos infrequentes por meio de ligação,


mensagens de whatsApp e convocatória aos pais/responsáveis.

4 – CRONOGRAMA DE ATENDIMENTO:

4.1- ATENDIMENTO AOS ALUNOS:

# Duas vezes por semana;

# Uma hora para cada aluno ou mais dependendo de cada caso;

# Individual, com envolvimento em atividades coletivas realizadas na escola;

# Em dupla ou grupo quando houver necessidade de desenvolver habilidades


sociais;

# Durante o ano letivo de 2023.

4.2- ATENDIMENTO AOS PROFESSORES:

# Orientar o professor da turma regular sobre qual é o perfil do aluno público


alvo da Educação Especial;

# Informar a função do profissional que atua na Sala de Recurso Multifuncional;

# Será disponibilizado um dia na semana para atendimento aos professores


com a finalidade de orientá-los sobre flexibilização curricular, adaptações de
conteúdos e de estratégias metodológicas que auxiliem no processo de ensino
aprendizagem do aluno incluído.

5 - PÚBLICO ALVO:

# Alunos com deficiência física, mental, transtornos globais do desenvolvimento


e altas habilidades/superdotação.

8 - ADEQUAÇÃO DE MATERIAIS:

Sempre que for necessário ocorrerá a adequação de materiais pedagógicos,


levando-se em consideração as características individuais de cada educando.

9- MATERIAIS E EQUIPAMENTOS QUE PRECISAM SER ADQUIRIDOS:

# Miniaturas variadas: frutas, pessoas, utensílios domésticos, animais, etc;

# Software com atividades pedagógicas;

# Aparelho de som;

# Computador;

# Impressora;

# Plastificadora;

# Kit de material para plastificar;

# Recarga para impressora;

# Papel 40kg, cartolina, EVA, TNT, papel madeira, tesoura sem ponta, papel
A4, pincel para quadro branco, lápis, borracha, entre outros.

10 - PARCERIAS QUE DEVEM OCORRER COM O PROFESSOR DO SAEE,


NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES
EDUCACIONAIS ESPECIAIS:
# Família: na orientação para maior participação na escola, assiduidade dos
alunos, higiene, participação em outros atendimentos.

# Professor da sala de aula regular: na troca de informações a respeito das


atividades a serem preparadas para os alunos, sobre a utilização de jogos e
recursos didáticos diversos.

# Professor de educação física: na troca de informações sobre o uso de jogos


recreativos, dinâmicas e brincadeiras que propiciem a participação e o
desenvolvimento de habilidades necessárias ao educando com necessidades
especiais.

# Corpo técnico: na orientação ao professor de sala de aula, família, alunos e


demais funcionários;

# Alunos da turma: na sensibilização à aceitação e respeito às peculiaridades


do educando com necessidades educacionais especiais, no intuito de
estabelecer uma relação de cooperação durante as atividades propostas.

# Psicólogo: na orientação à família, professores, alunos.

# Direção da escola: Parceria no sentido de viabilizar a aquisição materiais


pedagógicos, promover formação continuada para os professores, providenciar
adaptações físicas, quando necessárias, incentivar os funcionários a colaborar
com o processo de inclusão dos alunos com necessidades especiais.

11 - RESULTADOS ESPERADOS:

# Por se tratar de um plano destinado a educandos com deficiência física,


mental, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, espera-se
que estes desenvolvam habilidades para o crescimento pessoal, social e
educacional. Para tanto os estímulos serão enfatizados nas áreas: sensório
perceptiva, comunicação, motora, cognitiva e das atividades da vida diária.

12 - AVALIAÇÃO:

Será processual, durante o desenvolvimento das atividades, através da


observação e verificação se os objetivos propostos estão sendo alcançados. O
registro individual dos educandos, realizado a cada atendimento, será subsídio
para a percepção de mudanças e do desenvolvimento apresentado. O diálogo
com o professor da turma regular será mais um instrumento para somar às
observações sobre a realidade do educando. Os resultados obtidos serão
analisados e a partir dessa análise, serão também avaliados os recursos e
metodologias utilizadas, assim como, a atuação do professor do SAEE, para
possíveis mudanças de postura e reestruturação das ações, sempre que
necessário.
PROFESSORAS DO SAEE

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