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EDUCAÇÃO ESPECIAL – 2023

ORIENTAÇÕES GERAIS
ORIENTAÇÕES GERAIS
Administração/administrativo
HORÁRIO DE PROFESSOR DE 40 HORAS
 7:15 às 11:15 no turno matutino
 12:45 às 16:45 no turno vespertino
 Obs: O intervalo será a oportunidade de interação do estudante com os
professores regente de classe.

HORÁRIO DE PLANEJAMENTO DO PROFESSOR


Cada instituição se organizará da melhor maneira possível para assegurar o direito
do profissional. Devido as particularidades da modalidade cabe a utilização de banco de
horas.

ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR PARA SECRETÁRIO OU QUEM


REALIZA AS MATRÍCULAS
A Educação Especial, seguirá os mesmos critérios estabelecidos na
PORTARIA/SEMED N° 133/2022 e suas alterações, tendo a necessidade de identificar no
sistema a deficiência no ato da matrícula.

Tipos de deficiência

 Deficiência Física são complicações que levam à limitação da mobilidade e da


coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus;

 Deficiência Intelectual é a dificuldade de raciocínio e compreensão que leva a um


quadro de inteligência e conjunto de habilidades gerais abaixo da média;

 TEA – Transtorno do espectro autista é uma síndrome comportamental que afeta


a capacidade de comunicação, socialização e de comportamento;

 Deficiência Auditiva é a perda parcial ou total da audição;

 Deficiência Visual é a perda parcial ou total da visão;

 Altas habilidades ou Superdotação é caracterizada pelo desenvolvimento de


uma habilidade significativamente superior à da média da população em alguma das
áreas do conhecimento;
 Deficiências Múltiplas são umas associações entre diferentes deficiências, com
possibilidades bastante amplas de combinações. Ex: deficiência intelectual e física.

 Atenção! Pessoas com “transtornos funcionais específicos”, tais como Transtorno


de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), discalculia, disgrafia, dislexia, bem
como pessoas com “dificuldade de aprendizagem”, NÃO devem ser declaradas ao
Censo Escolar como tendo deficiência.
 Atenção! No Censo Escolar, deve ser declarado o tipo de deficiência, e não a
origem dela, caberá à escola declarar ao Censo Escolar a deficiência
correspondente a cada caso.
 O termo transtorno global do desenvolvimento (TGD) foi recentemente substituído
por transtorno do espectro autista (TEA) na coleta de dados do Censo Escolar, em
consonância com as alterações nas normativas legais nacionais (Lei n°
12764/2012) e internacionais (DSM V).
AS ATRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES
AS ATRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Professor MAPA – Educação Infantil – DA (Deficiência Auditiva)


Professor MAPA – Educação Infantil – DI (Deficiência Intelectual)
Professor MAPA – Ensino Fundamental - DA (Deficiência Auditiva)
Professor MAPA – Ensino Fundamental – DI (Deficiência Intelectual)
Professor MAPA – Ensino Fundamental – DV (Deficiência Visual)

- Participar da elaboração da proposta pedagógica da escola;


- Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica da escola;
- Zelar pela aprendizagem dos alunos;
- Participar, integralmente, dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
- Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos;
- Estabelecer e implementar estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
- Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
- Incumbir-se das demais tarefas indispensáveis ao atingimento dos fins educacionais da
escola e ao processo de ensino-aprendizagem. (Fonte Edital N 1/2014)
- Como também as atribuições definidas nas diretrizes do Estado 2023 e Município.

TRABALHO COLABORATIVO

Para atuar numa perspectiva colaborativa é necessário estreitar o relacionamento


entre professores compreendendo que esse processo não é hierárquico e tem sentido de
cooperação e deve ser precedido de diálogos nos planejamentos, conselho de classe
sobre os estudantes atendidos com a mediação pedagógica. Essa é uma estratégia que
possibilita o compartilhamento de saberes entre profissionais e contribui para os
processos de aprendizagem dos estudantes público-alvo da educação especial. Nesse
contexto, entende-se por trabalho colaborativo a atuação em parceria do professor de
ensino comum e o professor de educação especial em sala de aula dividindo as
responsabilidades no planejamento, no desenvolvimento das atividades e avaliação da
ação. A ideia é de que o ensino colaborativo seja uma forma de possibilitar aos
professores pensar em novas/outras práticas educativas. Destaca-se a necessidade de a
escola possibilitar não só a atuação conjunta em sala de aula comum como também um
planejamento conjunto ou mediado/articulado pelo pedagogo para o alinhamento das
ações e intervenções.

Termo de Dispensa do Trabalho Colaborativo


É uma declaração onde os responsáveis pelo estudante solicitam a dispensa do
serviço de Atendimento Educacional Especializado, no turno da Escola, oferecido na
classe regular no turno da escola com o professor da educação especial em trabalho
colaborativo.

ATRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES REGENTES DA


SALA DE AULA COMUM

● Ter conhecimento sobre a matrícula de estudantes público-alvo da educação Especial


nas turmas em que atua, para elaborar, com o apoio do professor especializado em
educação especial, o planejamento e as adequações curriculares necessárias ao
atendimento às demandas específicas desses estudantes;
● Disponibilizar cópia do planejamento para professor especializado em educação
especial;
● Planejar e organizar atividades, atendendo às especificidades dos estudantes, contando
com o apoio do professor especializado em educação especial;
● Participar das assessorias pedagógicas realizadas pelo professor especializado em
educação especial;
● Desenvolver, de forma colaborativa entre os professores do AEE e demais profissionais
de apoio, a oferta de metodologias, estratégias e procedimentos diferenciados de ensino,
adequados às especificidades de cada estudante;
● Fornecer, em articulação com os professores do AEE, as condições de acessibilidade
para a aplicação dos instrumentos de avaliação;
● Propor avaliações que consideram os limites e as potencialidades dos estudantes em
determinadas áreas do saber ou do fazer, com vistas a contribuir para o crescimento e a
autonomia desses estudantes.
PROFESSORES REGENTES DE SALA COMUM – REGIME CRECHE

Todas atividades e propostas se darão de acordo com o Currículo do Espírito


Santo. Na Educação infantil, a avaliação se dará por meio de “documentação específica
que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os
processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil.”
Os documentos seguirão os modelos orientados pelo Setor Pedagógico da
Educação Infantil, previamente alinhados com o Setor Pedagógico da Educação Especial,
atendendo as especificidades de cada criança.
ENSINO FUNDAMENTAL I e II
AVALIAÇÃO:
Aspectos importantes que devem ser considerados no processo de avaliação
inclusiva:
De acordo com o Artigo 59 da LDB:
“Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com
necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específicos, para atender às suas necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem
atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental,
em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em
menor tempo o programa escolar para os superdotados;”

A educação escolar é uma instância que trabalha com o desenvolvimento do


estudante, estando atenta às habilidades cognitivas sem deixar de considerar
significativamente a formação das convicções. Junto com o desenvolvimento das
habilidades cognitivas, dão-se também, a formação de múltiplas convicções, assim como
de habilidades motoras. A escola não poderá descuidar dessas convicções e habilidades.
Cabe trabalhar para o desenvolvimento das habilidades cognitivas do estudante em
articulação com todas as habilidades, hábitos e convicções do viver. Habilidades como
analisar, explorar, compreender, sintetizar, extrapolar, julgar, escolher, decidir etc...
Os avaliados têm o direito de ter suas características conhecidas, entendendo-se
que suas deficiências e limitações não são atributos imutáveis, numa visão fatalista e
determinística. “Este raciocínio se estende, também, às potencialidades identificadas que
podem ser enquadradas e conformadas a padrões mínimos de desempenho”. (Delou,
2002, Apud Delou 2001).
A avaliação inclusiva deve estar atrelada à atenção diversificada, mediante a
adaptação do currículo às diferenças características e necessidades educativas de cada
estudante, levando em consideração as especificidades, nunca padronizar o processo,
sempre observando a idade mental e cronológica.
 Considerar tanto o conhecimento prévio e o nível atual de desenvolvimento do
estudante;
 Trabalhar ponderar não as deficiências, mas sim, as possibilidades de cada um;
 Adaptar o currículo e o planejamento organizando de forma a atender o estudante;
 considerar que todos aprendem ao seu tempo a ao modo, de diversas e distintas
formas.

Aprovação e reprovação
Há um equívoco entre os professores de que se o estudante apresentar laudo
informando a deficiência o mesmo deverá ser aprovado, pois a criança estaria amparada
pelo mesmo.
É preciso ficar claro que o laudo informa uma condição e não a habilita a passar de
ano. Da mesma forma que um professor não medicará ninguém, e nem prescreverá
tratamentos, ao médico, por sua vez, não cabe responder pela aprendizagem pedagógica
do estudante. Portanto qualquer laudo emitido pelo mesmo ou qualquer outro profissional
da área da saúde com este objetivo não tem efeito.
Cabe ao professor, acompanhado de outros registros, tais como: avaliações,
sondagens, entrevistas e observações, traçar trabalho pedagógico condizente com as
necessidades do aluno e então verificar se o mesmo está apto ou não a ser aprovado.
Se a avaliação é processual, ou seja, do percurso, então é correto afirmar que para
cada etapa deste percurso o estudante terá um tempo e ritmo próprio, o qual não se
enquadrará nos tempos pré-definidos (trimestres e ano/série). Assim é totalmente possível
que no final do ano letivo o estudante tenha atingido as metas de apenas uma parte dos
objetivos propostos para ele, e que portanto deverá dar continuidade na sua caminhada
para alcançar o restante. Isso poderá ser feito tanto na atual série onde se encontra,
quanto na próxima série, porque sempre caminhará em relação a ele próprio e nunca em
relação a série onde está matriculado.
Quando adotamos esta perspectiva às metas do estudante, constatamos que,
mesmo que seja auferida nota para mensurar esses progressos, esta nota refletirá a
qualidade dos resultados alcançados e nunca a quantidade de conteúdos trabalhados.
Caso este estudante esteja em um modelo de progressão continuada o mesmo
caminhará de um ano/série para outro conforme determinado neste modelo educativo.
Para os estudantes com deficiência que são aprovados baseados na aferição de
notas, é possível sim a reprovação caso não tenha atingido as metas estipuladas para
ele. O fato é que qualitativamente falando o estudante sempre progredirá e atingirá
alguma meta, no entanto, no método quantitativo para avaliá-lo, então o mesmo poderá
ser reprovado. Mesmo assim esta reprovação deverá ser analisada profundamente e
sejam pesados todos os dados, pois acima de tudo é necessário que haja o bom senso
da escola, dos profissionais envolvidos bem como o conselho de escola.
Terminalidade
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394\96, Inciso II do Artigo 59,
Resolução CNE\CEB 02\01, Artigo 16 e Parecer do Conselho Nacional de Educação
17\01, é prevista a terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências. Esta
prevê viabilizar ao estudante com grave deficiência intelectual ou múltipla, que não
apresentar resultados de escolarização previstos no Inciso I do Artigo 32 da LDB,
terminalidade específica do ensino fundamental, por meio da certificação de conclusão de
escolaridade, com histórico escolar que apresente, de forma descritiva, as competências
desenvolvidas pelo estudante, bem como o encaminhamento devido para a educação de
jovens e adultos e para a educação profissional.

Atenção!
É de responsabilidade do professor da classe comum a elaboração de avaliação
diferenciada e individualizada, de acordo com as particularidades e necessidades do
estudante. Ao professor especialista cabe a atuação em parceria com o professor de
ensino comum, em sala de aula, dividindo as responsabilidades no planejamento, no
desenvolvimento das atividades e avaliação da ação.

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PELA APRENDIZAGEM


Para os estudantes da modalidade o programa acontecerá a partir da realização e
análise do diagnóstico e verificação da necessidade:
 No mesmo turno: a escola deverá pensar um espaço que melhor atenda a
especificidade do estudante para a realização de uma proposta individualizada;
 No contraturno: o programa não será ofertado.
DOCUMENTOS DA MODALIDADE
ORIENTAÇÕES QUANTO AOS DOCUMENTOS DA MODALIDADE
EDUCAÇÃO ESPECIAL

1 - Avaliação Diagnóstica Inicial


É um instrumento trimestral capaz de reconhecer as condições de aprendizagem
do estudante e a sua relação com a aprendizagem dos conteúdos curriculares. Os
procedimentos selecionados devem permitir uma análise do desempenho pedagógico,
oferecendo subsídios tanto para o planejamento quanto para a aplicação de novas
estratégias de ensino, que oportunizem aos estudantes alcançar os objetivos propostos
para aprendizagem nos diferentes componentes curriculares.

2 - Plano de Ensino Individualizado (PEI)


É um documento trimestral elaborado pelo professor, a partir da avaliação
diagnóstica do estudante, considerando as potencialidades e fragilidades como: função
cognitiva e metacognitiva, função motora e psicomotora, função interpessoal afetivo. A
partir desses registros de caráter individual são realizadas as adaptações e flexibilizações
curriculares , proporcionando condições necessárias para que se efetive a aprendizagem.
A LDB nº 9394/96 no seu artigo 59, atribui aos sistemas de ensino o dever de
assegurar aos educandos com necessidades especiais, currículos, métodos, técnicas,
recursos e organização específicos para atender às suas necessidades no âmbito do
projeto pedagógico (currículo escolar), no currículo desenvolvido na sala de aula e no
nível individual.

3 – Plano mediador individualizado


É um registro da mediação que contribui com as atividades e trabalhos de adaptação
individualizada. As adaptações curriculares são realizadas seguindo a proposta do
professor da turma. Para tanto, é necessário dialogar com o pedagogo e o professor
regente de classe para que as ações sejam coerentes e uniformes. O trabalho
colaborativo favorece o estabelecimento de metas realista no que se refere ao
desenvolvimento, como também possibilita avaliar o estudante de acordo com suas
próprias conquistas. Então, dessa forma o que deve conter nesses registros:
Estudante:
Componente curricular:
Conteúdo:
Atividade desenvolvida:
Recursos:
Intervenção pedagógica:
Observações da mediação:

4- Diário de Bordo
É um registro das ações diárias e todos os detalhes relevantes que elas
desencadearam: o comportamento do estudante diante delas, suas formas de interação,
identificando e registrando as habilidades e dificuldades surgidas, a forma como
comunicam suas percepções, ofertando a possibilidade de reflexões acerca da
intencionalidade de cada atividade proposta.
Além de tudo, o diário de bordo é uma excelente fonte de pesquisa para auxiliar em
avaliações, reuniões de pais, e pareceres porque oferta uma espécie de “retrospectiva” de
ações e atividades, enriquecidas dos registros de seus impactos nos estudantes
individualmente. Vale ressaltar a importância de registrar mudanças de rotina, reações e
comportamentos expressados pelo estudante.

5- Relatórios Trimestrais
Descrever, com coerência entre vivência e a escrita, o desenvolvimento do
estudante durante cada trimestre. Um apanhado fidedigno aos pontos de fragilidade e os
pontos fortalecidos, dando ênfase ao processo de aprendizagem e as práticas
pedagógicas.

6- Parecer Final

“O parecer é, sobretudo a imagem de um trabalho. Ao relatarmos um processo


efetivamente vivido, naturalmente encontraremos as representações que lhe dêem
verdadeiro sentido”. (Jussara Hoffmann, 1998.)

Consiste num relatório que descreve o desempenho do educando durante o ano


letivo. No registro, deve conter as habilidades adquiridas, assim como os pontos que
ainda devem ser trabalhados. Estes servirão de base para o próximo ano letivo, dando
sequência no processo de aprendizagem.

Como produzir o Parecer Final?

Introdução: Como o estudante iniciou o ano (processo de adaptação);

Desenvolvimento: O que foi feito ao longo do ano e atividades mais significativas que
interviram no desempenho do estudante.

Conclusão: Como o estudante está após o trabalho desenvolvido ao longo do processo.


Realize a mesma atividade do início do ano para diagnóstico, e anexe-as, de modo a
demonstrar se houve ou não progresso, ilustrando o real desempenho do estudante.
(comparar a evolução diante das atividades);

Considerações quanto ao estudante:


Informações essenciais que interferem diretamente no processo de aprendizado
considerando a capacidade abstrativa, nível /etapa curricular e a idade mental e
cronológica que se encontra;

Considerações Finais:
Sinalizar habilidades e competências consolidadas pelo estudante, dentro dos campos de
experiências e componentes curriculares trabalhados, para a continuidade do processo de
construção e experiências passadas que influenciam as aprendizagens futuras.

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