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Semearte Creche e Ensino Fundamental.

Av. Presidente Roosevelt nº 1505 – Barra do Imbuí – Teresópolis –


R.J.

(PL
PLANO DE ENSINO INDIVIDUALIZADOII SAIBA A IMPO

Você já ouviu falar do Plano de Ensino Individualizado (PEI)? Ele é considerado


uma ferramenta que contribui para melhorar o processo de ensino e aprendizagem de
pessoas que possuem algum tipo de limitação ou dificuldades para aprender. Por isso, é
um recurso pedagógico voltado para as necessidades individuais do aluno.

Mas, para o PEI ser efetivo é necessário que seja elaborado de forma colaborativa
com professores, coordenadores pedagógicos, pais e profissionais de educação que
fazem o acompanhamento da criança na escola. O aluno também pode opinar sobre o
processo de aprendizagem.

O professor precisa observar quais as necessidades educacionais do aluno, avaliar


as áreas de conhecimento em que ele tem mais facilidade ou dificuldade para adequar o
espaço físico e o currículo escolar ao estudante. É importante definir o que é primordial
ensinar, ou seja, encontrar os conteúdos e as habilidades necessárias que precisam ser
aprimoradas para cada período do aluno.

A forma de ensinar também é fundamental. O professor e os responsáveis pela


educação da criança precisam focar em formas de ensino acessíveis e as aulas devem ser
claras e objetivas. É importante ter estratégias de ensino, assim como métodos e
materiais adequados para que o aluno possa compreender e melhorar as suas
habilidades. O ambiente escolar também deve ser adaptado e adequado para que o aluno
possa participar. Em outras palavras, o PEI é uma proposta de organização curricular
que direciona a forma pedagógica do professor, para que ele possa desenvolver os
potenciais dos alunos. Para isso, é possível seguir algumas etapas.

– Conhecer o aluno: é importante que o professor e responsáveis pela educação da


criança ou jovem com limitações saibam quais são as habilidades e as necessidades de
cada aluno – sua história, seus gostos pessoais e conhecimentos já adquiridos, além de
saber o que sente mais dificuldade e ainda precisa aprender. É preciso observar e
identificar o desempenho do aluno de acordo com sua comunicação oral, leitura e
escrita, raciocínio lógico-matemático e conhecimentos em informática e tecnologia. O
aluno pode participar ativamente dessa avaliação. É importante saber quais são seus
assuntos prediletos, o que é mais difícil ou mais fácil para ele na escola.

– Criar metas e objetivos: é necessário ter metas de curto, médio e longo prazo e
avaliar a evolução e desenvolvimento da criança. De acordo com o perfil de cada aluno
é importante avaliar o que cada estudante precisa aprender.

– Manter um cronograma: ao traçar metas, é preciso definir como elas serão


cumpridas e qual será o prazo para isso.
– Avaliação: para saber a evolução é necessário avaliar as metas alcançadas com
frequência. Esses objetivos serão usados para determinar se o seu filho mudou, estagnou
ou atingiu um objetivo específico. Dessa forma, o progresso do ensino pode ser avaliado
a cada ano ou até mesmo semestralmente. Sempre que for preciso, os profissionais
devem alterar o programa de ensino e a escola precisa dar suporte e ter uma estrutura
adequada. Os materiais e recursos pedagógicos precisam estar de acordo com as
necessidades específicas de cada criança.

Como o PEI funciona para quem tem autismo?


O PEI pode contribuir para o progresso educacional de uma criança e adolescente
com o Transtorno do Espectro do Autismo. Com o PEI, é possível criar um plano que
ajude a pessoa com TEA a se desenvolver de várias maneiras – tanto as questões
acadêmicas, as sociais quanto as comportamentais. Um PEI que é apropriado para uma
criança com autismo pode não dar certo para outra.

Dessa forma, a criança aprenderá novas habilidades que serão úteis para o dia a
dia e para sua formação acadêmica, como adição ou subtração. Também desenvolverá
habilidades como interagir com os colegas durante as atividades em grupo. E poderá
adquirir novos mecanismos de defesa, como saber pedir ajuda e ter comportamentos
considerados socialmente aceitáveis (deixar de gritar ou ser menos agressivo, por
exemplo). E a criança também aprende a trabalhar suas habilidades motoras como a
escrita.

Com o tempo, e dependendo do grau de autismo, algumas crianças podem assumir


maior responsabilidade e participar mais ativamente no seu plano de ensino e contribuir
para atingir seu potencial educacional. Os pais devem participar ativamente da educação
de seus filhos com TEA e dizer quais são as suas principais preocupações sobre sua
educação, os pontos fortes, necessidades e interesses da criança e deixar claro o que não
funcionou até agora. É importante que a criança receba uma educação apropriada e se
beneficie dela para a vida toda.

Referências:
https://www.autismspeaks.org/sites/default/files/2018-08/IEP%20Guide.pdf

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