Você está na página 1de 2

Caroline F. S.

Miranda - Psicopedagoga Clínica


CBO 2394-25

Como escolher uma escola para a sua criança com necessidades


especiais?
Listamos abaixo 5 questionamentos que podem ajudar no momento de escolher uma instituição de ensino regular para a
sua criança com dificuldade de aprendizagem:

Ponto 1: como a escola se posiciona em relação a receber a criança ou adolescente com necessidades
especiais?

1º: o que pode fazer uma escola se destacar frente às demais? O respeito
pela criança ou adolescente, o desejo genuíno em auxiliar no
desenvolvimento daquele aluno, a flexibilidade para trabalhar as adaptações
que se fizerem necessárias no ambiente escolar e a capacidade de articular
um trabalho em conjunto, dentro da própria escola (com a diretoria e
coordenação pedagógica, professores, mediadores e profissionais do
atendimento especializado) e fora da escola (com pais e com os outros
profissionais que auxiliam a criança) são aspectos importantes. A
possibilidade de envolver os demais alunos da classe e seus pais no projeto
de inclusão também é um ponto a ser considerado (por exemplo, poderão
ser realizadas conversas com os coleguinhas e com seus pais sobre formas de colaborar e conviver com o aluno na sala de
aula e nas dependências da escola). Ou seja, você pode não encontrar entre as escolas da sua cidade uma instituição que já
esteja totalmente preparada para receber a sua criança ou adolescente com necessidades especiais, mas esteja atento ao
posicionamento demonstrado pela escola e por sua equipe. Há pais que chegam a inscrever professores e educadores em
cursos para que eles aprofundem seus conhecimentos sobre a necessidade de seus filhos, demonstrando um grande
esforço e empenho no processo de inclusão dos seus filhos.

Ponto 2: a escola encontrará meios que possibilitem manter um diálogo constante com a família e com os
profissionais que auxiliam a criança ou adolescente fora da instituição de ensino?

Se você já tem em mente algumas escolas que parecem adequadas à sua criança ou adolescente, cabe então averiguar se
os profissionais dessa escola estão motivados para uma comunicação constante com vocês pais e com os outros
profissionais que acompanham a pessoa com necessidades especiais. Qual a importância
dessa comunicação? Antes de tudo, a comunicação possibilita a troca de informações que
podem ser cruciais para o cotidiano do aluno na escola. Quais são as sensibilidades do
aluno? Quais são os interesses e motivações desse aluno? Como auxiliar o aluno diante de
uma sobrecarga sensorial? Quais tratamentos o aluno vem fazendo e quais aspectos têm
sido trabalhados nesses tratamentos? Ou seja, para que aquela criança ou adolescente possa
se adaptar à escola, será necessário que a escola atente-se às suas necessidades individuais.
O fato de a escola ou de o professor já ter tido uma experiência prévia com outro aluno
com aquela necessidade especial não garante o sucesso na inclusão de um novo aluno, pois os sintomas podem se
manifestar de formas diferentes entre as pessoas com diagnóstico. Logo, se houver uma troca constante de informações,
maiores as chances de a inclusão do aluno alcançar mais sucesso. Essa troca de informações pode ainda assumir um papel
vital ao fortalecer o vínculo de confiança entre a escola e os pais. E como promover esse diálogo? Através de reuniões
periódicas na escola e também do contato mais diário por meio de anotações detalhadas e cuidadosas na agenda do aluno,
em ambos os sentidos – tanto os pais e profissionais podem comunicar à escola alterações e fatos observados no dia a dia,
como a escola também pode explicitar comportamentos e acontecimentos desenrolados em seus turnos. A comunicação
pode ajudar todas as pessoas que auxiliam a criança a se antecipar e estar mais bem preparados para eventuais momentos,
como também pode ajudar a alcançar e reforçar a aquisição de habilidades e sua generalização para os distintos
ambientes. Ou seja, a comunicação é um aspecto vital e é bastante importante conversar com a escola sobre maneiras de
propiciar a troca constante de informações.

Rua Três de dezembro, nº 33,8º and. conj. 81 - Centro, São Paulo/SP Tel.: +55 011 9 9730-4049 / 2589-7296/ 3106-4040
e-mail: reestruture@yahoo.com.br site: http://reestruture.ucoz.com.br/ fanpage: https://www.facebook.com/Reestruture.Psicopedagogia
Caroline F. S. Miranda - Psicopedagoga Clínica
CBO 2394-25
Ponto 3: a escola tem a intenção de promover a interação entre o professor regente, o professor
auxiliar/mediador e o profissional do atendimento especial da criança com necessidades especiais?

É papel do professor auxiliar/mediador intermediar a relação do aluno com necessidades especias com o professor
regente e com a classe e, devido à importância que essa intermediação assume, recomendamos que seja averiguado e
discutido com a escola como a interação entre professor auxiliar/mediador e o professor regente ocorrerá. Nas escolas que
oferecem um atendimento especializado no contra turno, as estratégias de ensino desenvolvidas pelos profissionais do
atendimento especial também devem estar alinhadas às necessidades identificadas em sala de aula regular e aos desafios
atuais do aluno. Você poderá procurar saber como a coordenação pedagógica da escola planeja estruturar a relação de sua
própria equipe, e como será a integração do mediador com os profissionais da escola.

Ponto 4: a escola considera proporcionar adaptações físicas na classe para a criança ou adolescente com
necessidades especiais?

Um projeto de inclusão deve levar em conta tanto o esforço do aluno em se adaptar à escola, bem como da escola em se
adaptar ao aluno. No caso das pessoas com necessidades especiais, as adaptações podem incluir aspectos físicos do
ambiente escolar, assim como aspectos ligados à metodologia de ensino. Quanto aos aspectos físicos do ambiente escolar,
conhecer as características do aluno e tentar minimizar os estímulos sensoriais que podem afetar a sua permanência na
escola são os primeiros passos para uma inclusão bem sucedida. Antes de tudo, porém, é necessário conversar com a
escola e antecipar possíveis mudanças, que podem ser implementadas conforme os sinais que a criança ou adolescente
mostrar no período de adaptação à escola. Estas mudanças podem englobar a posição do aluno na sala (mais próximo do
quadro e da professora regente, ou num local mais calmo e silencioso da classe, conforme as suas necessidades), o
modelo de mesa e carteira (que poderão ficar mais confortáveis com inclinações
diferentes ou com acessórios como almofadas), o uso de quadros de rotinas e de
outros instrumentos de apoio visual, a criação de um espaço ninho (onde a criança
possa se retirar quando precisar equilibrar-se sensorialmente), etc. Os pais poderão
compartilhar adaptações que já são feitas em casa e pensar junto da escola em como
implementá-las na classe.

Ponto 5: a escola está disposta a oferecer um plano pedagógico


individualizado para a criança ou adolescente com necessidades
especiais?

A adaptação da escola não se limita aos aspectos físicos. Muitas vezes é preciso encontrar formas diferentes de atrair a
atenção e propiciar engajamento nas tarefas em classe. Pode ser necessário também adaptar o método de ensino,
personalizando para aquele aluno a exposição aos conteúdos que estão sendo trabalhados pela turma. Os interesses e
as motivações do aluno podem ser habilmente utilizados para impulsionar a sua participação em atividades acadêmicas.
Logo, deve-se investigar se escola está disposta a oferecer um plano de ensino personalizado para o aluno com
necessidades especiais.

No blog Lagarta Vira Pulpa escrito por Andréa, há uma relação com indicação de escolas em vários estados do Brasil.

Rua Três de dezembro, nº 33,8º and. conj. 81 - Centro, São Paulo/SP Tel.: +55 011 9 9730-4049 / 2589-7296/ 3106-4040
e-mail: reestruture@yahoo.com.br site: http://reestruture.ucoz.com.br/ fanpage: https://www.facebook.com/Reestruture.Psicopedagogia

Você também pode gostar