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ALUNA: Débora Cristiane dos Santos

N° da Matrícula: 160337
Polo: Esteio

RELATÓRIO DAS ENTREVISTAS COM A GESTORA, COORDENADOR E PROFESSORA DA ESCOLA EMEB


TRINDADE VILA PEDREIRA ESTEIO – RS

Entrevista com a Gestora Luciane Nahara

1. A diretora é formada em Pedagogia com habilitação em Orientação Escolar e especialização


em Psicomotricidade Relacional.
2. Ela iniciou seu primeiro mandato em 2022 por meio de Processo Eleitoral, já o segundo
mandato (2023) foi por meio de Processo Seletivo.
3. Ela atua como gestora a 1 ano e 5 meses.
4. Segundo a gestora suas atribuições conforme as normas da SME são: Representar a escola;
administrar a escola segundo as PPs da SME; coordenar os projetos pedagógicos; garantir que
a escola ofereça serviços educacionais de qualidade; cumprir a legislação em vigor; entre
outros.
5. Sua rotina é receber os alunos, acompanhar no café, atender a comunidade, atualizar o
sistema: EDUCAWEB Financeiro e prestação de contas.
6. A gestora descreve a escola como uma escola pequena, de turno integral, localizada na Vila
Pedreira, que atende alunos de Pré 1 ao 3° ano. Ela também afirma que a escola é limpa,
organizada, sem pichações ou estruturas danificadas. Segundo a mesma a escola conta com
professores titulares de TIC, Educação Física, música, SRM e monitoras em 3 turmas. É
oferecido refeições: Café da manhã, lanche, almoço e café da tarde. Das 5 salas, 4 são
conectadas. A escola tem uma quadra coberta (que depois das 17h e nos finais de semana é
usada pela comunidade). Junto à escola, tem uma UBS, que atende toda a comunidade.
7. A gestora relata que a comunidade é boa, que nunca tiveram problemas em entrar ou sair da
Vila; segundo ela tudo no que diz respeito a participação na vida escolar dos filhos, deixa um
pouco a desejar. Nos conselhos de classe ou entrega de avaliações normalmente são poucos
que participam. Há famílias que são negligentes quanto a frequência, sendo encaminhados a
Busca Ativa ou Conselho Tutelar.
8. Segundo o relato da gestora, as relações são boas, pois conseguem estabelecer um bom
diálogo e respeito com a comunidade. O grupo de professores e funcionários, sempre que
possível, ajudam com sacolas básicas, roupas, calçados. Isso também auxilia na aproximação
das famílias.
9. Conforme a gestora alguns dos projetos da escola são: Resgate da aprendizagem; Aluno 100%
presença; saídas pedagógicas: Museu da PUC, Disney on Ice, Qualificação de espaços; solário.
10. A gestora relata que seus principais desafios são: Abastecer todos os sistemas a tempo e na
hora, suprir o serviço de SSE, SOE e gerenciar verbas.
11. A gestora recomenda para os licenciandos em Pedagogia: Ouvir, observar, conversar, ter
empatia, não julgar, acolher, continuar estudando.

Entrevista com a Professora Tatiane de Lima

1. A formação da professora é em Licenciatura e Mestrado em História e Licenciatura em


Pedagogia
2. Ela se tornou professora, ainda durante o Ensino Médio, quando optou por uma escola que
oferecesse curso técnico, para que já pudesse ingressar no mercado de trabalho. Dentre as
opções (informática, enfermagem e magistério), ela optou pelo magistério e seguiu na
carreira.
3. Ela atua como professora a 18 anos.
4. Ela atua na Educação Infantil.
5. Segundo a professora, um professor deve planejar e desenvolver atividades que sejam
adequadas à faixa etária das crianças, buscando o seu desenvolvimento em diferentes
aspectos e acompanhando este desenvolvimento. Também deve ser responsável por
proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para que as crianças possam desenvolver sua
autonomia e criatividade e que se sintam à vontade para se expressarem. Estabelecer parceria
com as famílias e colaborar com a equipe da escola também são muito importantes.
6. A sua rotina é dinâmica, apesar de terem momentos pré-estabelecidos que acontecem
diariamente. Ao chegar, ela desperta as crianças que estão descansando da jornada no turno
anterior. Recolhe as camas, cobertas e travesseiros, ajuda na troca de roupas e a amarrar os
calçados, bem como encaminha os alunos para a realização da higiene, onde também os
ajudam. Ao final deste momento, as crianças estão sentadas à mesa, ainda acordando e
interagindo com os colegas. É um momento em que ela conversa com elas e fica sabendo das
novidades. Em seguida, se encaminham para o refeitório onde, com o auxílio da monitora,
servem o lanche para as crianças. Retornam para a sala e neste momento ela conduz uma
roda de conversa, ou cantos, ou a realização de uma leitura de deleite. Seguem para a quadra,
onde as crianças têm recreio. Neste momento, ela cuida e interage com elas. Ao retornar à
sala, realizam uma proposta de volta à calma onde a mesma conduz respirações pausadas. É
chegado o momento da realização das atividades do livro didático: as propostas são lidas e
explicadas, e durante o preenchimento do livro ela passa nas mesas e busca auxiliar
individualmente os alunos, ela também conta com a ajuda da monitora para isto. Ao final das
propostas, as crianças podem brincar nos espaços da sala. A professora retoma com elas as
regras de organização e convivência e interage com elas durante a brincadeira. Quando chega
o horário da despedida, ela ajuda na organização dos materiais e mochilas e se despede das
crianças no portão da escola, entregando-as aos seus familiares.
7. A professora descreve a escola, como uma escola preocupada com o bem-estar das crianças
dentro e fora do espaço da escola e que zela pelo desenvolvimento de suas aprendizagens e
habilidades.
8. Ela descreve a comunidade escolar como uma comunidade carente em diferentes aspectos,
que precisa constantemente ser lembrada da importância da escola e da presença da família
na vida das crianças.
9. A professora busca manter contato com as famílias das crianças da turma através do
whatsapp, em conversas informais no portão da escola, nas comemorações promovidas pela
escola para a comunidade escolar e também através de conversas e reuniões marcadas com
os familiares de algumas crianças. Este contato se dá a partir de uma devolutiva do que as
crianças têm aprendido e desenvolvido no ambiente escolar, e se dá através de conversas,
mensagens e fotos, e também por postagens na página do facebook da escola. Ela também
estabelece a relação com o contexto em que vivem as crianças, estando atenta para suas
carências emocionais e materiais, somando esforços com os diferentes segmentos da escola
e em atendimentos fora dela (com profissionais de outras áreas), buscando amenizar e
objetivando melhores condições para estas crianças estarem na escola.
10. Segundo a professora, o planejamento acontece de modo remoto, uma vez por semana,
quando as crianças são atendidas pelos professores de suporte à docência. O município
adotou o Programa de Alfabetização Alfa e Beto, portanto, algumas atividades a serem
desenvolvidas no livro didático são pré-estabelecidas. O desafio é buscar ampliar os
conhecimentos propostos pelo livro, tornando este aprendizado mais dinâmico. A professora
afirma que a BNCC, o Referencial Curricular Gaúcho, a Base Municipal e o PPP da escola são
documentos que sempre são consultados na realização do seu planejamento.
11. Conforme seus relatos, as crianças são avaliadas individualmente e em relação a elas mesmas,
em sua evolução própria. Semanalmente é feito um pequeno relatório de observação da
turma em relação aos objetivos propostos e como a turma respondeu à eles. Então o
planejamento é realizado a partir da observação feita. Diariamente se fazem observações e
pequenas anotações, também os registros fotográficos auxiliam nesta etapa.
12. Para ela os principais desafios da docência, sem dúvidas, é dar conta de toda a questão
burocrática que tem sido exigida, principalmente no pós pandemia. Segundo a professora, são
diversos relatórios em sistemas para serem preenchidos. Estas demandas tomam muito
tempo, um tempo precioso que poderia estar sendo utilizado para o aprimoramento das aulas
e dos recursos didáticos a serem utilizados. Ela afirma que é preciso bastante organização e
muitas horas fora do horário de trabalho para que tudo esteja em dia. A sobrecarga é grande.
13. As recomendações para os licenciandos de Pedagogia é: “É uma profissão muito gratificante
quando conseguimos ter em mente a diferença que fazemos na vida dos pequenos. Mas é
preciso entender que é uma profissão, e nos desligarmos de uma máxima popular de que
professor trabalha apenas por amor. Amamos o que fazemos, mas somos profissionais de uma
das áreas de maior importância na vida de uma pessoa, estamos sempre nos atualizando e
estudando, temos conhecimento teórico e empírico para conduzirmos o aprendizado das
crianças. Precisamos nos afirmar com maior potência enquanto profissionais, não deixar que
diferentes áreas opinem sobre o que precisamos fazer sem ter conhecimento da causa, e
principalmente, lutar pelos nossos direitos todos os dias.”

Entrevista com Coordenador Anderson Pedroso

1. A formação do Coordenador é Licenciatura em Pedagogia e Especialização em Supervisão,


Orientação e Inspeção Escolar.
2. O mesmo está atuando como coordenador pedagógico temporariamente desde meados de
abril, na escola onde ele também é Vice-Diretor, por não terem ninguém ocupando a vaga
ainda.
3. Ele já atuou dois anos na supervisão escolar de uma escola em Alegrete - RS. E hoje voltou a
atuar cumulativamente com o cargo de Vice - Diretor. Segundo ele, foi uma área que sempre
lhe interessou e o mesmo tem a ambição de ser supervisor escolar de um Instituto Federal.
4. Conforme o coordenador, suas atribuições são: organizar o calendário escolar, planejar as
reuniões pedagógicas da escola, auxiliar os professores em seus planejamentos, observar a
aprendizagem dos alunos e buscar ajudar os alunos em suas dificuldades como também os
professores.
5. Como ele atua também como vice-diretor, sua rotina é orientar os alunos no portão, acalmar
algum que está chorando e depois se dirigir para sua sala para acessar os sistemas Educaweb,
onde os professores realizam os registros das aulas, dos seus planejamentos e da frequência
diária. Vai às salas também ver o andamento das aulas, procurando ajudar os professores no
que for necessário.
6. O coordenador descreve a escola como uma escola acolhedora, com professores parceiros,
crianças que estão ávidas por conhecimento e que tem nela a chance de sobreviverem na
comunidade em que estão inseridos. Segundo ele a escola possui cinco salas de aula,
atendendo do Pré 1 ao 3 º ano, uma sala de AEE, uma biblioteca junto à Sala de Inovação e de
forma integral, em que as crianças ficam nove horas em sala, das 8h às 17h.
7. Ele descreve como uma comunidade carente, que tem na escola a esperança dos filhos serem
pessoas melhores, uma comunidade pobre, que só tem um posto de saúde e a escola como
organizações públicas, que convive com o abandono do poder público, lixo nas ruas, sem
saneamento básico, que cada dia é uma guerra vencida. Assim, a escola é o lugar que oferece
as melhores oportunidades, o conhecimento de mundo para esses cidadãos.
8. Segundo ele, a escola é a base da comunidade, foi construída pela comunidade e avós, pais
são frutos desta escola, ou seja, a escola e a comunidade possuem uma relação estreitada a
33 anos, buscando sempre qualificar os moradores da comunidade, com parcerias, fazendo
os alunos saírem e conhecerem o mundo, além de ofertar o espaço da escola para a
comunidade usar.
9. Ele acompanha os professores na Participação da comunidade, resgate da aprendizagem,
Pesquisa Científica, Mostra de Ideias, Conselho de Classe Participativo, Dança, Musicalização
e a Língua Inglesa, Corporeidade entre outros.
10. Para o coordenador os maiores desafios são: Aliar a gestão administrativa com a gestão
pedagógica, além de ter tempo para realizar todas as tarefas inerentes ao cargo.
11. As recomendações para os licenciandos em Pedagogia são que os novos acadêmicos
acreditem na educação, pois os professores são agentes de transformação e fundamentais
para a construção de cidadãos. E que os mesmos escolham a gestão pedagógica como parte
de sua formação, pois todos os professores devem passar por cargos de gestão.

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