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Vicky e Oliver já tinham ido para suas casas. Tomei banho e vesti
o maldito terno, baguncei o meu cabelo, porque odiava os fios escuros
alinhados.
Mesmo contra a minha vontade eu subi até o terceiro andar. Ajeitei
o terno tirando qualquer amassado que estivesse visível, porque sei que ele
implicaria com isso.
Segui pelo corredor do último andar, as paredes pareciam estar se
mexendo e querendo me sufocar. Eu sabia que essa angústia não era somente
por esse almoço, mas desde que minha mãe morreu eu evito essa casa, as
vezes que vim aqui nos últimos sete anos davam para ser contadas no dedo.
Puxei o ar com força para o pulmão, encarei a porta de madeira
que devia ter uns quinhentos anos facilmente. Girei a maçaneta dourada e
adentrei no lugar que eu mais odiava.
O hall de entrada ainda tinha o quadro em família pendurado na
parede. Na foto eu tinha dez anos, a última foto com ela, o sorriso no rosto
da minha mãe não chegava aos olhos fundos com olheiras cobertas pela
maquiagem, observando mais de perto pude ver em seu braço direito
hematomas roxos. Meu pai sorria sem mostrar os dentes, com a sua
expressão séria de sempre.
Para quem via aquela foto, a família perfeita que vivenciou uma
tragédia, onde a mãe com uma depressão severa tirou a própria vida. Porém,
para mim que vivenciou de perto, era um grupo que nunca foi uma família,
uma mulher que pensou se casar com um homem bom e viveu um inferno
por dez anos.
Aprendi desde pequeno como me defender, porque muitas vezes
preferia apanhar no lugar dela.
No momento em que tirou sua própria vida, ela só queria que a dor
passasse.
Depois disso eu me mudei para o dormitório do colégio.
Escutei passos se aproximando e meu pai parou ao meu lado.
Estava usando um terno claro e tinha um copo de whisky nas mãos.
— É uma fotografia linda. —Ele observou o quadro.
Aquela foto não era bonita, era uma lembrança de como viver ao
lado dele é horrível.
Quando percebeu que eu não iria responder, continuou falando.
— Os reitores já chegaram, quero apresentá-los a você.
Seguiu para dentro da casa e eu fui atrás dele. Passamos pela sala
bem arrumada até a sala de jantar, com uma mesa de madeira escura e alguns
detalhes desenhados no móvel, com seis cadeiras com estofado vermelho.
Havia dois homens sentados, cada um de um lado da mesa. A
superfície está cheia com comidas variadas.
— Meu filho chegou. — Meu pai anunciou nossa entrada no
cômodo.
Os dois se viraram para nós e se levantaram da cadeira.
— Este é Harry, reitor de Oxford.
Ele me apresentou o de cabelo loiro escuro e olhos claros. O
cumprimentei com um aperto de mão.
— Este é Jack, reitor de Cambridge.
O homem negro abriu um sorriso e me cumprimentou.
— Vieram à cidade especialmente para conhecer o colégio. —
Falou meu pai orgulhoso.
Me sentei em uma das cadeiras ainda sem falar uma palavra,
porque estava odiando cada segundo daquilo.
— Tínhamos que fazer essa visita. A maioria dos nossos alunos
vem daqui. — Jack comentou.
— Está fazendo um ótimo trabalho, George. — Harry elogiou.
— Só tento honrar o legado da minha família. — Os olhos do meu
pai se desviaram para mim.
— Deve estar ansioso para herdar tudo isso. — Jack se virou para
mim.
Olhei para o meu pai que me encarava sem piscar esperando a
minha resposta. Abri o melhor sorriso falso que consegui.
— Você não imagina o quanto.
A ironia ficou evidente na minha voz. Meu pai coçou a garganta
chamando a atenção para ele.
— Venho preparando ele há um tempo já. — Meu pai bebeu o
resto do seu Whisky. — É um bom garoto, vai fazer um ótimo trabalho.
Tinha esquecido em como ele era um belo mentiroso, tive que me
segurar para não rir.
Vamos ver o quanto ele aguenta.
— Uma das coisas que quero fazer quando assumir o colégio é
modernizar o ensino. Às vezes sinto que paramos no tempo.
Minha declaração fez os três pares de olhos virarem para mim.
— O ensino parece perfeito. — Harry franziu o cenho em
confusão.
— Porque você não está na sala de aula. — Retruquei.
As sobrancelhas de Harry se ergueram, provavelmente estava
acostumado a ser bajulado, a última coisa que ele queria era ser afrontado
por um garoto de 17 anos.
Pude sentir os olhos do meu pai me queimando como brasa.
— Acho que é sempre bom estar evoluindo. — Jack disse tomando
um gole de seu vinho.
— Ou até mudando. — Complementei.
— Eu disse que ele tem ótimas ideias. — Eu podia sentir a raiva
na voz do meu pai.
Ele teria que me aturar, foi ele que me quis aqui sendo o filho
perfeito e aumentando o seu ego.
— Não vejo a hora de assumir o cargo. — Segurei o sorriso que
queria abrir em meus lábios. — Quem sabe assim as doações generosas que
alguns pais fazem para manter seus filhos aqui sejam recusadas.
Harry e Jack se entreolharam porque sabiam exatamente o que eu
tinha insinuado. Arrisquei uma olhada para o meu pai, seu rosto estava
vermelho e suas pupilas dilatadas, se estivéssemos sozinhos ele tinha pulado
no meu pescoço. Porém eu não tinha mais dez anos, agora eu sabia bater de
volta.
Se ele quisesse vir para cima de mim eu estaria pronto para
mostrar como se bate de verdade. O garoto que tinha medo até da sua voz
tinha ido embora.
— Traga mais vinho. — Ele gritou para algum empregado fora do
cômodo.
Seu grito repentino assustou os dois reitores.
— O que meu filho está tentando dizer é que nós incentivamos os
pais a doarem para caridade, pois acreditamos em boas ações.
O silêncio se instalou na mesa.
A empregada entrou na sala de jantar com uma garrafa de vinho
nas mãos. A observei, seu uniforme era uma calça justa e uma camisa
branca, seus cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo,
parecia ter um pouco mais da minha idade.
Ela colocou a garrafa ao lado do meu pai e disfarçadamente os
dedos dele acariciaram a mão dela, pude ver a sua expressão de desconforto
ao se afastar.
Meu estômago embrulhou na mesma hora.
Levantei-me da cadeira e os olhares se voltaram para mim. Eu
tinha que sair um momento de lá se não iria surtar.
— Com licença senhores. Já volto.
Apressei os meus passos para sair daquele ambiente o mais rápido
possível, não olhei para o meu pai. Só queria sair dali, me afastar dele.
Segui pelo corredor com papel de parede avermelhado, as portas
dos quartos entraram em minha visão e sem pensar muito abri a terceira
porta.
A cama gigante com lençóis brancos estava no centro do quarto, o
tapete felpudo cinza tomava boa parte do chão, a cômoda de madeira clara
combinando com as mesas de cabeceira. Nada ali foi escolhido por ela, mas
ainda sim a lembrava.
Deve ser porque tenha sido o lugar que ela mais ficou antes de
morrer e foi nessa cama que encontrei seu corpo sem vida. Eu tinha somente
10 anos e vê-la naquele estado, tão frágil e sem forças para lutar pelo próprio
filho. Porém não a culpo, só uma pessoa tem culpa disso.
Ele está ali, rico, esnobe e com o ego maior do mundo. Lembro-
me de que em seu velório ele não teve a capacidade de derramar uma
lágrima.
Levantei o pé para dar um passo à frente, mas a coragem não veio,
uma dor se instalou em meu peito e eu quase pude sentir o cheiro do seu
perfume cítrico. A minha respiração acelerou e apertei as mãos em punhos.
Fico imaginando se ela estivesse viva, seria diferente? Com
certeza não, até a morte era melhor do que viver com alguém como o meu
pai.
— Senhor Willians, não gosta que ninguém venha aqui.
A voz atrás de mim me tirou dos pensamentos.
Olhei sobre o ombro e a empregada que levou o vinho até a mesa
estava me olhando.
— Ele diz para ninguém vim aqui, mas ele nunca diz o motivo.
Não é mesmo?
Fechei a porta do quarto e me virei totalmente para ela. Seus olhos
estavam assustados e ela mexia as mãos nervosamente.
— Só estou fazendo o que fui mandada.
Avancei um passo em sua direção.
— Se eu fosse você corria daqui. — Avisei
Ela engoliu seco.
— Os surtos de raiva irão piorar e da próxima vez ele não jogará o
copo na parede. Será em você.
Seus olhos se arregalaram, porque ela sabia exatamente do que eu
estava falando. O problema de raiva que ele tinha não dava para esconder
por muito tempo, e se ela trabalhava aqui já tinha presenciado um de seus
ataques raivosos.
Passei por ela.
Escutei vindo da sala de jantar risadas e falatórios altos, nada que
eu falei tinha danificado sua imagem, ele sempre conseguiu passar por cima
de tudo e ter o que queria.
Levei as minhas mãos até o nó da gravata e o afrouxei. Em vez de
voltar para o cômodo anterior, segui para a saída, ainda com a respiração
falha.
Minha cabeça precisava de um descanso.
Charlotte
Depois de duas horas na estrada respondendo às perguntas
incansáveis da minha mãe. Ela queria saber cada detalhe da primeira semana
na escola.
Contei tudo a ela, deixando de lado a festa, aquele jogo pervertido
e o fato de eu ter bebido vodca pura. Fiz mais coisas essa semana do que fiz
a minha vida inteira, parecia que aquele ambiente estava me corrompendo.
Estava voltando, era sábado e o tempo estava nublado, o que não
era uma novidade na Inglaterra.
Um pensamento se instalou em minha cabeça, ou melhor, uma
pessoa, Noah. O colégio estaria vazio esses dias, mas ele era filho do dono e
não saía dali, isso parecia triste. Será que ao menos ele tinha uma casa para
ir?
Enviei esses pensamentos para longe, talvez ele merecesse por ter
me obrigado a tocar em um sapo morto.
Assim que minha mãe parou o carro avistei Charlie, me esperando
com um sorriso no rosto. Pulei do carro, sem me importar em pegar a mala
com roupas sujas, corri em sua direção e ele me abraçou com força, agora
sim eu estava em casa.
— Isso tudo era saudades? — Ele brincou quando nos afastamos.
Revirei meus olhos.
— Você também está, por esse motivo estava me esperando aqui.
— Tudo bem, sou culpado. — Charlie levantou as mãos em
rendição — Vim te buscar para irmos ao cinema. Até peguei o carro do meu
pai emprestado.
Virei para trás vendo o Audi prata do seu pai estacionado.
Voltei minha atenção para a minha mãe, que tirava minha mala do
carro.
— Mãe, estou indo ao cinema com Charlie.
Ela se virou para nós dois enquanto arrastava a mala para dentro.
— Tomem cuidado, crianças. Não voltem tarde.
Charlie destrancou o carro e entramos.
— Qual filme vamos ver? — Afivelei o cinto de segurança. — Eu
vi na internet que tem um ótimo de terror.
Virei meus olhos para ele brilhando de empolgação.
— Por que você não pode ser como as outras meninas e gostar de
romance ou comédia? — Ele questionou indignado.
Mostrei a língua para ele.
— Tudo bem se quiser assistir um filme de mulherzinha, mas
estou falando que esse filme que está em cartaz é bom. — Insisti.
Deu partida no carro e seguimos em direção ao cinema.
— Não precisa ser romance, pelo menos uma comédia, dar risada
é sempre bom. — Ele tirou os olhos da estrada e me encarou por alguns
segundos. — A última vez você escolheu o filme.
Tudo bem, eu não tinha mais argumentos.
— Certo você venceu, nada de terror hoje.
Ele comemorou.
Me virei para janela encarando as construções passando
rapidamente. Aqui era diferente de Durham.
Aquela cidade parecia sempre estar coberta por uma névoa.
Apesar de gostar de estar de volta em casa, estava ansiosa para
encarar a segunda semana de aula.
No final acabamos assistindo uma comédia romântica, não vou
reclamar, até que o filme era bom. Claro que não tinha a emoção que o terror
trazia.
Aquela ansiedade de que algo vai acontecer e mesmo quando
acontece você leva um susto, a antecipação é o que faz ser interessante, o
fato de você nunca saber o que te aguarda e ainda sabendo que algo vai
acontecer, você não sabe o que é esse algo.
E depois que você leva o susto parece que foi injetado adrenalina
em seu corpo, o arrepio, o coração acelerado e a respiração ofegante.
Tentei explicar isso uma vez para Charlie, mas ele nem tentou
ouvir, não o culpo, parece pensamento de gente louca. Filmes de terror
foram feitos para criarem medo e nada além disso.
Depois do cinema fomos comer algo. Charlie pediu hambúrguer
com batatas fritas. Minha boca salivou de vontade, porém um alerta
vermelho soou em minha cabeça me lembrando do estado que meu corpo se
encontrava, eu não queria que minhas coxas ficassem maior.
Então lutei contra o que meu corpo queria e pedi uma salada com
frango grelhado.
— Então me conta, como é a escola nova? — Sua pergunta era
carregada de empolgação.
— Muito boa, as aulas são difíceis, mas acho que consigo pegar o
jeito.
Seus olhos desviaram das batatas e me encararam com
curiosidade.
— E as pessoas, já fez amizades?
— As pessoas são meias estranhas. — Dei de ombros. — Mas são
legais, já fiz algumas amizades.
Comi um pouco da minha salada enquanto ele ainda me encarava.
— E quem são essas novas amizades? — Sua pergunta agora era
cautelosa. — Todas são meninas?
Franzi o cenho confusa com a sua pergunta.
— Bom tem a Amélia e a Grace, elas me acolheram e são o mais
próximo de amigas que eu tenho, mesmo Amélia sendo meia esquisita. —
Mexi minha salada com o garfo. — Tem a Vicky, ela divide o quarto comigo
e até agora foi bem legal. Ela anda com o Oliver e o Noah.
Charlie deu uma mordida em seu lanche, mas seus olhos ainda
estavam em mim.
— Oliver e Noah? — Ele questionou depois que engoliu.
— Parece que ela fica com o Oliver e o Noah é filho do diretor. —
Me limitei a dizer a ele somente isso. — Conversei com eles pela primeira
vez em uma festa.
— Uma festa? — Charlie arqueou sua sobrancelha. — Você agora
vai em festas?
— Pensei que pudesse fazer amizades e conhecer mais pessoas. —
Dei de ombros.
— Não sabia que colégios internos podiam ter festas. — Sua
expressão mudou para confusão.
Coloquei um pedaço de frango na boca e só respondi depois de
engoli-lo, estava com medo do que meu melhor amigo iria pensar de mim
depois que eu respondesse, então esse foi o meu jeito de adiar a resposta.
Porém seus olhos me encaravam esperando ansioso para que
falasse.
— Bom, não pode ter, eles são bem rígidos, temos até toque de
recolher.
— Uma festa clandestina? — Seus olhos arregalaram. — Vai me
dizer que bebeu também?
Pressionei meus lábios em uma linha fina e abaixei os olhos. Não
precisei dizer nada para que ele soubesse a resposta, ele me conhecia bem
demais.
— Quem você é? E o que fez com a Charlotte?
Levantei meus olhos vendo sua testa franzida, o julgamento estava
claro em seus olhos.
— Só foi alguns goles por causa de um jogo estupido. — Me
defendi.
— Lembra de quem você é. Sei que estava querendo fazer
amizades, só não deixa de ser você.
Charlie tinha razão, participei daquele jogo porque me senti
desafiada por Noah, aquilo era idiota. Ele era idiota. Não faria mais nada
daquele tipo.
— Eu sei, vou focar somente nos estudos. — Coloquei mais um
pouco de salada na boca.
— Parece que estou querendo te dar um sermão, mas quero o seu
bem. — Ele abriu um sorriso. — É isso que os melhores amigos fazem.
— Sim. — Retribuir seu sorriso.
Eu não conhecia aquelas pessoas direito, o único amigo de verdade
era Charlie e se ele estava me avisando sobre algo, precisava escutá-lo.
— Logo menos começarão as aplicações para faculdade. — A
empolgação voltou em sua voz. — Mal posso esperar para começarmos a
procurar pelos apartamentos.
Íamos para a mesma faculdade e tínhamos planejado morar juntos.
Era um momento mais aguardado por nós dois.
— Vai ser incrível.
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— Uhum. — Confirmou.
Saber que ele se sentia à vontade para falar sobre isso comigo, me
fazia entender que já era tarde demais para fugir, de uma maneira ou outra
estávamos ligados. Para falar a verdade, eu estava cansada de fugir.
Pelo pouco que observei dos dois, parecia que um não suportava a
presença do outro.
— Vocês não se dão bem né?
Meu corpo entrou em alerta. Seu pai tinha matado a sua mãe?
Pensar nisso quase me deixou sem voz, mas me forcei a perguntar, porque
Noah estava disposto a desabafar comigo, portanto eu estaria ali para escutá-
lo.
Uma dor se instalou em meu peito, pensar que uma criança achou
o corpo sem vida de sua mãe na própria casa e saber todos os horrores que
aconteciam com aquela família, tudo por causa de um homem.
Levei minha mão em seu rosto, seus olhos me encararam
novamente, acariciei sua bochecha com o polegar.
— Sinto muito que tudo isso tenha acontecido. Sinto mais por ter
passado por isso sozinho quando ainda era uma criança.
Tirei minha mão de seu rosto e me virei para pegar uma gaze
limpa, a molhei com álcool.
— Está doendo?
— Um pouco.
Sua boca desceu para o meu colo, onde o tecido fino da blusa
deixava à mostra os meus mamilos endurecidos. Ele abaixou a alça fina e
colocou meu peito para fora do tecido, sua língua circulou meu mamilo.
Noah subiu sua boca para a minha e sugou meu lábio inferior.
Levei minhas mãos até a barra da sua camiseta e a puxei para cima com seu
auxílio. Passei minhas unhas pelo seu peito nu e seus dentes agarraram meu
lábio com força, pude sentir o sangue saindo.
— Noah.
Noah rugiu.
Ele puxou com força minha calcinha, senti o elástico ceder, até
brigaria com ele por ter rasgado, mas não estava em condições para aquilo.
Na verdade, era o que menos importava no momento.
Sentir seus dedos abrindo minhas dobras, me deixando totalmente
exposta.
Seu tom era possessivo e por algum motivo isso fez minha
excitação crescer.
Gemi alto.
Noah tinha me feito gozar novamente e parecia que cada vez era
melhor que a anterior.
Ouvi-lo admitir isso fez meu coração acelerar. A ideia de que ele
se incomodava com outro garoto me tocando despertava emoções em mim
que eu não era capaz de entender.
Eu queria mais.
Seus olhos se arregalaram, não esperei ela dizer mais nada, desviei
do seu corpo e segui para a porta, saí da sala e a deixei lá.
Entrei no vagão.
— É a sua mãe?
Voltei uma página do caderno, ele tinha ficado aqui o dia todo,
deve ter desenhado mais coisas.
Ele correu as mãos pelas minhas coxas e o frio já não era mais
uma preocupação. Noah me deixava quente, eu adorava isso.
Sua boca foi até perto da minha orelha, ele suspirou contra minha
pele e falou com a respiração entre cortada.
Gemi em resposta.
Ele estocou tão fundo que meus olhos se reviraram, meu coração
se agitou batendo forte e o frenesi tomou conta do meu corpo.
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Como uma boa cristã quero primeiro agradecer a Deus por ter me dado
forças para escrever esse livro enquanto eu lidava com as últimas provas e
os últimos trabalhos da faculdade.
Quero agradecer a vocês leitores, sou grata por sempre receberem com
carinho as minhas histórias e dedicarem tempo para elas, sem vocês nada
disso seria possível. Obrigada por me ajudarem a realizar meu sonho.
As minhas leitoras betas, que surtaram comigo no Whatzapp enquanto essa
história tomava vida.
A minha família que sempre me apoiou em tudo, principalmente na escrita.
Leitor se sinta a vontade para corre lá no meu direct e me contar o que
achou. E claro não esquece de avaliar o livro na Amazon para continuar me
ajudando.
About The Author
Gizele Araujo
Gizele nasceu e vive em São Paulo, formada em psicologia, sempre tenta
inclui-la em seus livros, começou a escrever fanfics com 13 anos, desde
então não parou mais de escrever. Sua maior paixão são os romances
contemporâneos, também é uma consumidora fiel de dark romance. Ama as
séries Friends e The Vampire Diaries. É louca pelo Justin Bieber desde os
11 anos, fascinada por gatos e plantas.
Books By This Author
Nesse Instante
Sair da zona de conforto é algo extremamente difícil, para a Alice que tem
vivido exclusivamente para fazer os gostos da sua mãe em uma tentativa de
se tornar a filha perfeita, tem reprimido todos os seus sentimentos, sem
conseguir mais expressá-los, os transformando em ansiedade e ataques de
pânico, é algo quase impossível de ser feito.