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FICHA TÉCNICA
SUMÁRIO
SINOPSE
NOTA DA AUTORA
ALERTA DE GATILHOS
PLAYLIST
EPÍGRAFE
DEDICATÓRIA
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPITULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
EPÍLOGO
AVALIAÇÃO
AGRADECIMENTOS
SOBRE A AUTORA
LEIA TAMBÉM
SINOPSE
“As provocações em sala de aula nunca foram tão quentes antes.”
Christian Lancellotti é conhecido pelos corredores da faculdade
por sua beleza arrebatadora e por seu temperamento ranzinza e
hostil com todos que lhe rodeavam.
Lecionando há poucos anos ele tem somente uma regra: Não se
envolver com suas alunas assanhadas.
Tudo ia bem, até ela chegar.
Ellie Carter é uma patricinha rica e mimada acostumada a ter tudo
o que quer em suas mãos e ao ser rejeitada pelo seu novo professor
jura a si mesma que irá conquistá-lo.
Uma aposta irá surgir e seus corações não podem estar em jogo,
mas até onde vai a razão quando o desejo é mais forte que a moral?
NOTA DA AUTORA
Sejam bem-vindos ao AmberVerso!
Eu nunca sei bem como começar as notas, mas como
sempre dizem comece pelo começo, hahaha, muito original, né?
Primeiramente gostaria de lhe agradecer por estar dando
uma chance ao meu novo bebê que de novo não tem nada! Hahaha.
A história de Christian e Ellie nasceu em meados de 2018 lá
no wattpad e foi o primeiro enredo que criei, desde então escrevi
muitas versões dessa mesma história e fiquei frustrada pois nunca
conseguia chegar ao fim, engavetei esse livro por vários anos até
que no início desse semestre eles voltaram a perturbar minha
cabeça e fui OBRIGADA a escrevê-los.
Hoje eu entendo que a Amberly do passado não estava
pronta para contar a história deles que é tão única e complexa, mas
deixo de antemão que a Amberly aqui do presente tá mais do que
preparada viu?
Segundamente quero adverti-los de que eles não são fáceis!
Christian e Ellie são muito intensos, insanos, imperfeitos,
contraditórios e meu Deus, posso passar horas aqui dizendo o quão
complexos eles são, mas aviso a vocês que o que há de mais lindo
neles é a capacidade de amar em meio ao caos.
Preparem os panos para o final, pois vão precisar!
E em terceiro lugar quero alertá-los de que este é o primeiro
livro de uma série de casais independentes, então quaisquer “furos”
entre secundários serão posteriormente aprofundados em seus
respectivos livros!
Desejo-lhe uma boa leitura e para surtos diretamente com a
autora procurem o User @amberlybertucci nas redes sociais.
ALERTA DE GATILHOS
Esse livro é proibido para menores de dezoito anos e
pode conter assuntos sensíveis como: anorexia, bullying, luto,
palavras de baixo calão, possessividade e sexo explícito.
Caso não se sinta confortável com algum dos temas citados,
preserve sua saúde mental acima de tudo.
PLAYLIST
Ouça a playlist do livro “Rejeitada Pelo Professor” no Spotify pelo
QR Code do seu aplicativo de música ou então clique aqui.
EPÍGRAFE
Se amar você for crime, qual será a minha sentença?
Ycaro Loureiro
DEDICATÓRIA
Para as boas garotas que cansaram de seguir as
regras convencionais e decidiram viver seus desejos
mais obscuros.
PRÓLOGO
Estou tão afim de você
Que eu mal posso respirar
E tudo que eu quero fazer
É me jogar com tudo
Into you, Ariana Grande
Ao pisar no salão de festas da universidade de Nova Iorque
sinto os olhares se voltarem para mim conforme ando até o bar, os
homens me observam com lascívia, e as mulheres com a mesma
aversão de sempre.
Eu até as posso entender, meu look de hoje causaria inveja
até mesmo em uma estilista.
— Um coquetel de morango, por favor. — Peço ao barman
enquanto faço uma pequena vistoria no local.
— Um minuto srta.
— Sabe me informar se já houve as apresentações?
— O reitor a fez há poucos minutos, foi a mesma ladainha
de sempre. — Gesticulou com as mãos antes de me entregar o
copo.
— Entendo, obrigada. — Levantei o copo em comprimento
antes de bebericar o líquido adocicado.
Apertei os olhos com certo tédio ao observar Levi, o filho de
um velho amigo de papai andar em minha direção, ele abriu um
pequeno sorriso de lado que arrancou suspiros delirantes de
algumas garotas que estavam próximas a ele, estiquei a coluna e
forcei um sorriso.
— Querida Ellie, que prazer lhe encontrar aqui — estendeu
a mão esperando que eu lhe entregasse a minha, balancei a cabeça
e a estendi para ele. Levi curvou o corpo e depositou um beijo
cativante em meu dorso.
O idiota era mesmo um galanteador de mão cheia.
— Levi, sempre tão encantador. — Alfinetei.
O jovem era um pequeno tormento em minha vida e
aproveitava-se da aproximação entre nossas famílias para me
perseguir nos eventos, ele parecia um verdadeiro chiclete em meus
saltos, só não o tratava pior, pois papai havia me advertido a ser
gentil, e dessa vez não consegui persuadi-lo ao contrário.
Não que, Levi fosse um homem feio ou desinteressante,
pelo contrário, ele era um homem galante, suas palavras doces
eram como melodia nos ouvidos de qualquer mulher, e sua
aparência um verdadeiro colírio para os olhos, se ele não fosse tão
bem aceito por papai eu poderia até me interessar por ele, mas o
fato de tudo ser tão óbvio e esperado o tornava desinteressante
para mim.
Papai aguardava o dia em que fôssemos engatar um
relacionamento, assim como seus pais; em nossos encontros eles
sempre procuravam nos aproximar, e tentavam nos deixar a sós o
máximo possível, aquilo me causava certa repulsa.
Se um dia fosse ter um relacionamento iria querer algo
inesperado e arrebatador.
Cansada de aturar suas investidas resolvi pôr um ponto final
naquela situação, mesmo que papai quisesse me esganar depois,
eu daria um jeito.
Eu sempre dava.
— Levi, não me leve a mal, você é até bonitinho — o olhei
de cima a baixo parando meus olhos em suas coxas por mais tempo
que o necessário — bem bonitinho, tenho certeza de que tem várias
garotas aos seus pés, mas preciso deixar claro que não sou uma
dela, você não enche os meus olhos. Eu não teria um
relacionamento com você nem que fosse por obrigação.
Seus olhos que sempre me olharam com tanta paixão se
tornaram gélidos, como nunca foram antes para mim, e ali eu tive a
certeza de que havia quebrado o seu coração.
Era melhor assim.
— Você... — ergueu o dedo em riste, a expressão dura
carregava seu rosto, Levi balançou a cabeça como se não valesse a
pena concluir a frase — Não irei mais perder meu tempo com você,
não passa de uma garota arrogante e mimada.
Revirei os olhos.
— Fico feliz somente em não ter mais o prazer de sua
companhia. — Beberiquei o coquetel de morango assistindo-o se
afastar.
Eu era dada como egoísta e mimada, deveriam culpar meu
pai por isso já que ele sempre fez todas as minhas vontades, ou
deveriam reclamar com seus próprios pais por não terem lhes
mimado o suficiente.
Invejosos.
Bato uma foto do coquetel e posto nos storys.
A noite estava entediante, embora tudo parecesse como
sempre foi, sentia como se faltasse algo.
Virei o copo.
— Pode preparar mais um?
— Um uísque duplo, por favor — escuto a voz baixa e rouca
soar ao meu lado.
Endireito a coluna, sentindo meus pelos se erriçarem.
Viro meu rosto lentamente em direção a voz, não querendo
parecer ansiosa para vê-lo, contudo é impossível fingir costume
quando meus olhos encontram seu rosto.
Dizem que você sabe o momento exato em que se sente
atraído por alguém. Eu posso confirmar que é verdade
Embora houvesse homens bonitos cirandando pela
confraternização, nenhum deles era como ele.
Não era apenas bonito, ele era... fascinante.
Sua pele era levemente bronzeada, os cabelos de um
castanho escuro tinham fios desalinhados como se alguém os
tivesse bagunçado de propósito, o cavanhaque era cheio e elegante
e imaginei qual seria a sensação de senti-lo se arrastar no meio de
minhas pernas.
Seus lábios não eram carnudos, pelo ao contrário eram
pequenos e delicados, e pareciam deliciosos de se beijar, e os seus
olhos? Eram de um azul claro que brilhavam cheios de malicia e
más intenções.
E eu adorei.
Um terno cinza escuro vestia seu corpo, a camisa branca
tinha os três primeiros botões abertos e a visão de seu peitoral
musculoso e com um monte de pelos me fez delirar.
Molhei os lábios.
O vi esticar um sorriso de lado ao ver que o analisava sem
pudor. Retribui o sorriso.
— Nunca a vi por aqui antes — ponderou, descendo os
olhos na fenda de meu vestido. — Me lembraria de você. — Jogou o
flerte antes de dar um gole em seu copo.
— Nunca o vi por aqui também.
— Está sempre presente nessas confraternizações?
— Mais do que gostaria, são entediantes.
— Sou suspeito de falar, mas entediante — desceu seus
olhos em meu decote mais uma vez, segurei o ar — definitivamente
não define essa festa, como você se chama ?
— Por enquanto, sou só uma garota sozinha no bar, e você?
— cruzei as pernas expondo ainda mais minha pele nua, a fenda do
meu vestido começava no limite da minha calcinha, se existisse
uma, é claro.
Seus olhos devoraram minha pele nua, e então ele sorriu, os
cantos dos lábios inclinados levemente para o lado.
O sorriso de um cafajeste.
— Essa noite? Só um cara em um bar também.
Bebemos e conversamos pelas horas seguintes, o
desconhecido era um homem encantador, a conversa com ele era
agradável e nunca faltava assunto, suas colocações eram tão sutis
e inteligentes que eu ficava sem palavras, dificilmente encontrava
homens que me fascinassem e me seduzissem na mesma medida.
Ou eram bonitos ou tinham conteúdo, ele estava sendo minha
exceção à regra.
Àquela altura da noite a diretoria da faculdade já havia ido
embora e só restavam os alunos e convidados, grande parte
embriagados. A música estava mais alta e meus ouvidos
começavam a doer, porém começou a tocar Into you, da Ariana
Grande.
— Eu adoro essa música. — Me levantei empolgada e em
seguida segurei no balcão pela tontura que me atingiu. Forcei minha
vista até que conseguisse enxergar com nitidez.
— Peço desculpas, mas eu não levo o menor jeito para a
dança. — O desconhecido falou assim que percebeu que eu iria
para a pista.
— Oh, querido, não se preocupe, vou dançar especialmente
para você esta noite — raspei minhas unhas no contorno da sua
mandíbula e desci para o pescoço, parando em seu peito nu, o leve
grunhindo que saiu de seus lábios me deu satisfação — e não terá
graça se não puder me ver.
Lhe mandei um beijo no ar e virei as costas indo para o
salão, várias pessoas dançavam ao meu redor, algumas
acompanhadas e outras não, fiquei em um ponto onde soube que
ele me veria e erguendo os braços deixei me levar pelo ritmo da
música, mexia meu corpo conforme a batida, fechei os olhos e sorri
largamente apreciando a sensação de leveza, desci minhas mãos
por entre meus seios e barriga, imaginando suas mãos me tocando
ali, quando abri os olhos ele me observava ainda sentado, a ponta
dos seus dedos estavam brancos de tanto apertar o copo, sinalizei
um “vem aqui” com o dedo indicador e abri meu sorriso mais
pervertido.
Virei de costas outra vez e comecei a descer meus quadris
no ritmo da música até o chão, provocando-o, joguei os cabelos
loiros para o lado.
Senti o calor de seu corpo por detrás do meu segundos
depois, o suor começava a escorrer por minha nuca e apesar do
local ser climatizado, estava quente.
— Pensei que havia dito que iria dançar especialmente para
mim — apertou minha cintura, seus lábios próximos ao meu ouvido,
a voz mais rouca — não tenho essa sensação quando um bando de
moleques está comendo você com os olhos.
Não respondi.
Joguei minha cabeça em seu peito, ele era bem mais alto
que eu, devia ter uns 2 metros de altura, pois minha cabeça batia
alguns centímetros abaixo de seu queixo, e eu com meus 1,74 de
altura era considerada alta.
Seu corpo começou a se mover junto ao meu, suas mãos se
moviam com possessão, mas respeitando meus limites, pus minhas
mãos por cima das deles e as movi para mais baixo, onde a fenda
começava em meu vestido.
— Ah menina, você está brincando com fogo. — Deslizou os
dedos em minha pele nua, quase delirei sentido a aspereza de seus
dedos
Aquele homem silenciosamente prometia trazer os céus até
mim.
— E quem lhe disse que não desejo me queimar? — passei
minhas mãos em seu pescoço, raspando as unhas em sua pele.
Outra música começou a tocar.
O desconhecido trouxe meu corpo para mais perto do seu,
esfreguei-me nele sem pudor algum, estava extasiada com tantas
sensações, desejo cru corria por minhas veias, a necessidade de tê-
lo para mim, decidida a dar um fim aquela enrolação, me virei para
ele, suas mãos pararam no limite da minha bunda.
O salão estava iluminado apenas por globos de luz
vermelhos, o que tornava tudo mais excitante.
— Então, senhor, sou só um cara no bar, qual é o seu
nome? Preciso saber, você sabe... — fiquei na ponta dos pés para
alcançar seu ouvido — para quando for gemer seu nome. —
Sussurrei.
Seu corpo ficou rígido e um grunhido escapou de sua
garganta, senti suas mãos afundarem em minhas nádegas e ele as
apertou com força, trazendo meu corpo para mais perto de si.
— Quando eu comer você, não lhe sobrará fôlego, muito
menos consciência para lembrar meu nome. — Vociferou e uniu
ainda mais nossos corpos.
A resposta veio direto em meu clitóris.
Arfei.
— Estou ansiando por isso, senhor.
Sem dizer mais nada ele me conduziu para fora do salão de
festas, paramos apenas para pegar minha bolsa.
As batidas do meu coração aceleravam a cada passo que
dávamos, delirando em expectativa.
— Vamos no meu carro.
—Uma BMW, tão típico — disse em tom de desdém ao vê-lo
parar em frente ao modelo mais recente.
Suas mãos me prensaram contra o carro, de costas para
ele. A respiração pesada batia em minha nuca, agitando meus
hormônios. Senti seu pau duro e grosso contra a base da minha
coluna, prova de que ele estava tão excitado quanto eu.
— Você adora provocar, menina.
Empinei minha bunda, rebolando em sua ereção.
Gemi em satisfação.
Ele é grande, aí, aí.
— Só quando sei que serei muito bem recompensada.
Meu corpo queimava de desejo por onde seus dedos
passavam, arquei as costas ao sentir seu toque em minha pele nua.
Sedenta por mais.
— Eu poderia fodê-la agora mesmo contra esse carro. —
disse com a voz carregada de desejo em meu ouvido, gemi baixo.
— E qualquer um veria o quanto está sedenta a noite inteira
querendo dar essa boceta para mim.
— É mesmo...? — minha voz falhou, e gemi novamente ao
sentir seus dedos tocarem a parte interna da minha coxa, se
movendo com lentidão, em clara tortura. — Acho que está
enrolando demais.
Ia prosseguir quando seus dedos tocaram minha boceta
encharcada.
— Sem calcinha? Você é uma caixinha de surpresa. — Seu
dedo circulou meu clitóris, arqueei as costas e me esfreguei mais
contra ele — Está escorrendo de tanto tesão, logo vai ser minha
porra entre suas pernas. — Riu maliciosamente enquanto seus
dedos começaram a massagear minha boceta.
Meu ventre pulsava.
O ar ficava mais sufocante a cada instante, eu me contorcia
de prazer em seus braços, sem me importar que alguém poderia
nos ver facilmente.
Estava louca de tesão.
Os minutos se passaram, o desconhecido me masturbava
enquanto proferia as palavras mais baixas em meus ouvidos, e
aquilo me excitava ainda mais.
— Ah... Por favor...Ah... — gemi enlouquecida com o prazer
contido em meu ventre. — Eu preciso...
— Agora pode gozar, menina. Goze para mim.
E sem que ele pudesse repetir as palavras gozei delirante
em seus dedos, assisti ele levar meu gozo aos lábios e chupar como
se fosse a coisa mais gostosa que já havia posto na boca.
— Deliciosa, vou ficar viciado em sua boceta.
— Se continuar me fazendo gozar assim, ficarei viciada em
você.
O puxei pela gravata, levando-o até o capô da BMW. Ouvi o
riso rouco ressoar em meus ouvidos.
— Quero beijá-lo, enquanto você me fode aqui em cima. —
Apontei para o metal frio, quando virei me deparei com seus olhos
brilhantes, cheios de malícia.
— Você é uma putinha muito gananciosa — Arrumou uma
mecha solta do meu cabelo. — Mas também muito deliciosa. — Fiz
um biquinho, e ele o mordeu em seguida.
Passei minhas pernas ao redor de sua cintura, e ele me pôs
sentada sobre o carro, a fricção gostosa de nossos sexos fez com
que gemêssemos juntos.
O aperto em minha cintura ficou mais suave, seu toque se
tornou delicado e mais gentil, era como se estabelecêssemos uma
conexão.
O leve roçar dos seus lábios aos meus, sua respiração
quente batia em meu rosto, apertei meus braços ao seu redor,
sentia como se meu coração batesse em todas as partes do meu
corpo, pulsando, mais do que sedenta pelo seu toque, eu estava
desesperada por ele.
Arfei deliciada com tantas sensações. Estava sendo tocada
por um homem que sabia exatamente o que fazia.
Ofegante, passei a língua pelos lábios secos. Ele inclinou a
cabeça e encostou sua boca na minha. Fiquei hipnotizada com a
firmeza e a maciez de seus lábios, e com a pressão suave que eles
exerciam.
Suspirei, e sua língua entrou na minha boca, sentindo meu
gosto em longas e deliciosas lambidas. Seu beijo era confiante e
habilidoso, com a quantidade ideal de agressividade para me deixar
morrendo de tesão. Como se isso fosse possível.
Minhas mãos foram logo para os seus cabelos. Puxei as
mechas macias, usando-as para direcionar sua boca para a minha.
Ele gemeu, tornando o beijo ainda mais profundo, atacando minha
língua com movimentos lascivos.
— Preciso...ter... você... —murmurei ofegante.
—Eu vou comer você, e a deixarei arruinada para qualquer
homem.
— Não seja tão egoísta, o que é bom deve ser
compartilhado — ri com escárnio, e seu aperto se tornou bruto
novamente.
Gemi.
Provocá-lo me deixava inebriada.
— Abra as pernas para mim, menina — fiz como ele pediu,
embolando o vestido até a cintura com seu olhar atento — agora,
abra essa boceta gostosa. Isso. Deliciosa.
Fiz como ele pediu sem nenhuma vergonha, o seu olhar
desceu pela minha cintura nua, seus olhos refletiam fascínio e
desejo.
Seu pau chega quase no umbigo, enorme, grosso, cheio de
veias e a cabeça avermelhada estava toda melada. Lambi os lábios
desejando chupá-lo.
Ele encostou a cabeça de seu pau entre meus lábios do
meu sexo, como se estivesse me fodendo, me contorci deliciada.
Flexionando os quadris, ele entrou em mim, expirando o ar
junto comigo em uma sincronia marcante.
Apertei minhas unhas em seus ombros ainda por cima da
blusa.
Suas estocadas começaram lentas e preguiçosas, meu
corpo se acostumando ao seu tamanho.
Ele era grande, delicioso
— Gosta assim...?
Neguei em meio a um gemido abafado.
Eu estava adorando
Apertando-me mais forte, ele começou a me foder com
força, espalmei o capô, sentindo-o ficar liso pelo suor de minhas
mãos. O ar parecia faltar em meus pulmões.
Suor escorria por suas têmporas, os olhos vidrados nos
meus.
— Oh, meu deus... — delirei.
Uma onda de prazer percorreu meu corpo ao sentir as
estocadas violentas e ferozes, intensificando-se a cada investida do
corpo dele contra o meu.
Era bem assim que eu queria você. Bem assim.
Joguei a cabeça para trás extasiada, mas logo sua mão
puxou-me para si.
— Olhe para mim, veja quem está fodendo você.
Ele soltou um palavrão baixo e posicionou uma das mãos
sob o meu quadril, levantando minha bunda na direção das suas
estocadas para fazer com que seu pau entrasse mais fundo e
chegasse ao lugar que ansiava por ele.
— Oh, sim... sim... — puxei seus cabelos, trazendo seus
lábios para os meus. — Continue assim...
— Ainda consegue pensar em meu nome, menina?
Finquei meus saltos em sua bunda, trazendo-o para mais
perto.
Sua boca estava entreaberta, o desconhecido delirava
assim como eu.
— Faça... — uma estocada — o seu... — outra estocada —
melhor...
Me remexi de encontro ao seu quadril, nossos sexos se
chocando em uma fricção deliciosa, seus dedos desceram para o
meu clitóris e ele começou a massageá-lo
O céu com certeza parecia muito mais próximo agora.
Um orgasmo se formou em meu baixo-ventre, todo o meu
corpo se enrijeceu e se contorceu junto ao dele.
— Isso, agora pode gozar, goze minha linda menina.
O jato quente escorreu pelas minhas pernas quando ele saiu
de dentro de mim. Apertei as pernas me deliciando com a sensação.
— Abra as pernas e puxe o vestido novamente. — pediu
alguns minutos depois.
Eu estava sentada no capô do carro, com o vestido já
arrumado no corpo. Observei ele se abaixar, ficando aos meus pés.
— O que você vai... — me calei ao vê-lo embolar o vestido
até meus joelhos e abrir minhas pernas para limpar seu gozo com
um lenço branco.
Ora, ora, um cavalheiro.
— Apesar de me sentir bem em saber que minha porra está
escorrendo em suas pernas, — abriu um sorriso debochado. —
como eu disse que ficaria, — revirei os olhos por sua presunção. —
Não pode ir jantar assim.
Senti meu estômago roncar no mesmo instante, estava
faminta.
— Pode me lembrar quando fez o convite? — coloquei a
mão na cintura. — A sensação de tê-lo aos meus pés é muito
satisfatória, mas estou começando a me sentir exposta demais.
Ele ergueu o rosto
— Se quer saber, a visão daqui é espetacular, o paraíso
para um homem como eu. — Senti minhas bochechas esquentarem.
Vocês transaram em um estacionamento público! Em cima
de um capô, é sério que está com vergonha agora?
— E nós iremos jantar. — Sua voz saiu convicta. — E
depois você será minha sobremesa, irei me banquetear do seu
corpo a noite inteira. — Sorri.
— Sendo assim, eu adorarei ir. Espero deixar sua cama
satisfeita.
— Nenhuma mulher saí da minha cama com reclamações,
menina.
Aceitei sua mão estendida para mim, e ele me conduziu
para dentro do carro.
O jantar havia sido tão bom como as últimas horas ao seu
lado, comemos o especial do restaurante e bebemos vinho, senti
que meu estômago não aguentava mais tantas misturas alcoólicas,
entretanto disfarcei comendo um aperitivo.
Continuamos a noite sem revelar nossos nomes, e eu gostei
do jogo que estávamos fazendo, tornava tudo misterioso e excitante,
somente pedi que me confirmasse que não estivesse em nenhum
relacionamento, pois eu poderia fazer muitas coisas inadequadas,
mas ficar com homens comprometidos não era uma delas.
Ele reservou o melhor quarto de hotel para passarmos a
noite, não sei quantas vezes transamos, mas quando gozamos
juntos pela última vez os tons de azul no céu já estavam clareando,
exausta, só consegui me aninhar mais ao corpo dele e adormecer
em seus braços.
Quando fui embora, horas mais tarde o sorriso em meus
lábios era majestoso, ele realmente cumpriu sua promessa de se
banquetear do meu corpo e me deixar satisfeita, o desconhecido
sem dúvidas foi o melhor homem com quem já transei.
CAPÍTULO 1
Eu fiquei tipo, por que você está
tão obcecado por mim?
Obsessed, Mariah Carey
Viro meu corpo em frente ao espelho e respiro fundo
observando se engordei nos últimos dias. Solto o ar algumas vezes
verificando a altura da minha barriga, que estava um pouco mais
inchada que o normal. Meu rosto também estava mais redondo, faço
uma nota mental de marcar uma sessão de massagem modeladora
com minha esteticista o mais rápido possível.
Rodopio vendo a minissaia plissada balançar em volta das
minhas coxas, uma blusa de manga longa e gola alta em tricô, por
cima o blazer oversized branco desce até meus joelhos, nos pés
uso um Louboutin modelo Kate na cor preta que finaliza meu look
Old Money para o primeiro dia de aula na faculdade.
Balanço a cabeça sentindo minha franja se espalhar em
meu rosto, ela desce até a altura de meu queixo o que disfarça
bastante o tamanho das minhas bochechas, prendo os fios loiros
com um laço branco no topo da cabeça; meus cabelos descem em
camadas até o final da lombar com graciosidade.
Odiava excesso de maquiagem, principalmente tão cedo,
por isso optei por passar nos somente um hidratante facial, um
pouco de blush e um batom rosado nos lábios.
Dei uma piscadela para o espelho ao ver o resultado;
passava a imagem perfeita de boa moça para o primeiro dia de aula,
precisava sondar o território.
Pego minha bolsa e saio do quarto em direção a cozinha
torcendo para que o senhor Arthur Carter, vulgo meu pai, ainda não
tenha saído para trabalhar pois tínhamos o costume de ir ao
primeiro dia de aula juntos todos os anos.
O tintilar dos meus saltos era o único som que podia se
ouvir na mansão naquela manhã, em geral tudo era muito
silencioso, com o tempo aprendi a apreciar a falta de barulho, mas
lembro-me que enquanto criança eu sentia arrepios, na época papai
contratou uma babá para me fazer companhia durante todo o
tempo.
Assim que cheguei ao final da escada senti o cheiro suave
de café, meu aroma favorito no desjejum desde nossas recentes
férias no Brasil, me apaixonei tanto pela culinária de lá que mantive
várias receitas em meu dia a dia.
— Bom dia, papai – o abracei tirando sua atenção da
matéria que lia em seu telefone.
— Olá, querida, animada para o primeiro dia de aula? —
Encheu uma xícara de café para mim.
— Um pouco — sorri puxando a cadeira ao seu lado —
estou feliz que Victoria resolveu fazer o mesmo curso que eu, assim
não ficarei vagando pela universidade sozinha — meus olhos
brilhavam com a menção.
— Tenho certeza de que vocês serão as melhores
advogadas de Nova Iorque, querida. — Mordi os lábios tentando
conter o sorriso sem sucesso.
Papai sempre me apoiou em tudo o que quis fazer, e com a
escolha de curso não foi diferente, embora eu pensasse que ele
fosse surtar, afinal, por sorte ou azar, sou a única herdeira do
Império dos Carter, e como ele também é filho único não existem
primos para disputar o cargo comigo;
A cadeira de CEO sempre foi minha.
Não vou mentir que a sensação de poder é inebriante,
imagino as letras douradas com meu nome no último andar do
arranha-céu com mais frequência do que gostaria de admitir,
entretanto meus caprichos são anulados ao lembrar que milhares de
vidas estarão sob minha responsabilidade.
Infelizmente nem tudo são flores na vida de herdeira e meu
sonho de liberdade profissional tinha prazo de validade, papai
deixou que eu fizesse o curso que desejasse como uma realização
pessoal — apesar de eu saber que a formação em direito me
ajudaria muito — e após disso me preparasse para assumir o
legado da família.
E a escolha do curso até veio a calhar, pois me ajudaria
muitos nas transações.
Observei a cadeira vazia ao lado de papai com um finco na
testa.
Arthur só havia se casado uma única vez, com a minha
mãe, ele costumava dizer que foi amor à primeira vista e que o
tempo que eles haviam tido juntos nunca seria o suficiente, porém
que se ele tivesse que escolher entre os anos que viveram juntos a
nunca os ter, ele seria um viúvo eternamente apaixonado.
Não consigo me lembrar de meus pais brigando seriamente
durante minha infância, provavelmente porque isso nunca
aconteceu, mamãe odiava discussões desnecessárias, ela era o tipo
de pessoa que vivia alegre e feliz o tempo inteiro, poucas coisas
afetavam seu bom humor.
Minha mãe era a luz de nossas vidas.
Desde sua morte há quase cinco anos, nós desmoronamos,
papai perdeu aquele brilho nos olhos, gostava de pensar que ele
poderia encontrar alguém que lhe fizesse feliz algum dia, embora
nunca houvesse o visto se envolver com ninguém, imaginava que
ele tivesse casos, afinal ainda era um homem jovem e muito bonito,
mas creio que nenhum chegou a ser importante ao ponto de se
tornar um relacionamento, sempre que conversávamos a respeito
ele desviava do assunto ressaltando que eu era o suficiente, ele
dedicava sua vida exclusivamente a mim, me mimou de todas as
formas que poderia a fim de suprir a falta que mamãe fazia em
minha vida, embora soubéssemos que nada poderia neutralizar
totalmente a dor.
Eu havia me tornado uma jovem reclusa, com pesadelos
durante a noite, fobia a dias chuvosos e carros em alta velocidade,
eu sentia que papai se culpava sempre que eu tinha crises, lembro-
me que um dia quando estava bêbado ele confessou que preferia
ter morrido no lugar de mamãe, desde então tenho me esforçado
para que ele não sinta culpa pelos traumas que adquiri.
Suspirei.
— Obrigada por me deixar fazer minhas próprias escolhas.
— Quero que você faça aquilo que lhe faz feliz, só esteja
ciente de que um dia não muito distante terá que assumir nosso
legado — frisou os lábios ao ver minha careta.
— Tudo bem, vamos deixar esse problema para minha eu
do futuro. — Ergui as mãos em clara redenção.
— Será melhor. — O som da risada grave preencheu meus
ouvidos, o acompanhei.
Eu amava que, apesar de papai deixar claro minhas
responsabilidades ele me entendia e não forçava a barra, meu pai
era meu herói, meu mundo, e eu sabia que também era o seu.
— Você quer panquecas com mel? — Minha boca salivou
com a menção.
— Com toda certeza. — Ele sorriu e meu coração se
aqueceu de amor.
Aqueles simples momentos que tínhamos era a definição de
felicidade.
...
DIA 2
DIA 4
DIA 6
Penteei meus cabelos com os dedos para frente antes de
bater na porta levemente e esperar ainda do lado de fora.
Eu estava atrasada em exatos 20 minutos, assim como na
primeira vez em que o vi dentro da faculdade.
Alguns segundos se passaram até que a porta fosse aberta
e a visão do corpo alto e musculoso do meu professor entrasse em
meu campo de visão, o sequei de baixo acima, sem me importar em
ser pega no flagra.
Tudo fazia parte do plano.
E era mais do que delicioso vê-lo furioso com as minhas
provocações.
— Está atrasada, srta. Carter.
Mudei o peso da perna e bati os pés no chão
freneticamente, com o intuito de fazê-lo olhar para baixo e tivesse
um vislumbre da meia calça preta em contraste com a minissaia
vermelha em meu corpo.
— Desculpe professor, — pisquei devagar, abrindo um
sorriso discreto para ele, que a essa altura me secava como eu
havia planejado — perdi a noção da hora tentando escolher uma
roupa para lhe impressionar.
— O que? — voltou o olhar para meu rosto franzindo o
cenho, então balançou a cabeça e abriu mais a porta para que eu
entrasse — Entre, e que o atraso não se repita mais.
— É claro — passei por ele devagar, no processo mexi os
cabelos para que meu perfume chegasse nele — me diga, eu
consegui professor? — perguntei virando para ele, estávamos a
centímetros de distância um do outro e uma pequena plateia de 30
pessoas nos observava.
— Conseguiu o que?
— Lhe impressionar — falei baixo dando ombros — sabe, a
peça que mais me deu trabalho de escolher foi a cinta liga — ele
pareceu se engasgar e eu quis sorrir vitoriosa — não sabia qual cor
lhe agradaria, mas apostei na preta. — Lhe dei uma piscadela.
— Vá se sentar. — O tom de voz saiu firme, seu rosto
estava endurecido, e se eu pudesse apostar não duvidaria que outra
coisa estivesse também.
Olhei de soslaio para a sua pélvis, ou melhor, para o seu
pau, dava para observar uma leve protuberância na calça escura,
mas era pouco pois era ela folgada e disfarçava bem, porque eu
sabia que debaixo daquelas roupas ali havia um grande tesouro.
— Mas ainda não terminei... — fiz minha melhor cara de
desentendida.
— Agora, srta. Carter, ou lhe mandarei para a sala do
diretor.
— Aposto que ele amaria encontrar o meio das minhas
pernas.
— Sentada.
— Se fosse no senhor, eu sentaria sorrindo. — Retruquei
em um sussurro deixando-o para trás.
DIA 8
10 dias.
Foi o tempo necessário para que o professor começasse a
perder a cabeça com todas as minhas provocações em sala de aula,
e hoje, ao décimo primeiro dia desde o início da aposta com Alexia
eu daria meu golpe final.
Havia passado a noite em claro perdida em pensamentos,
sabia que tinha um pouco de loucura no que eu estava me propondo
a fazer, mas aquilo era mais forte do que o meu senso, do que
minha própria razão.
Me sentia em êxtase com a adrenalina que corria em
minhas veias, a sensação de estar prestes a fazer algo tão
deliciosamente errado e proibido era quase a mesma coisa que eu
sentia quando entrava em uma loja, só que melhor, muito melhor.
Suspirei.
Precisava ser bastante cautelosa com minhas ações para
conquistar o professor. Não poderia correr o risco de papai descobrir
meus planos ou tudo iria por água abaixo.
Mesmo que eu não planejasse ter mais do que caso com
ele, papai não aceitaria de bom grado que sua princesinha estivesse
dormindo com um homem mais velho, e menos ainda ele sendo
meu professor.
Eu tinha certeza de que ele acabaria com a carreira e a
reputação do professor em um piscar de olhos.
— Chegamos, srta. Carter. — Pisquei aturdida saindo do
transe ao ouvir a voz de Liam, meu novo motorista e segurança
particular, ele estava parado na porta do carro.
— Obrigada — peguei minha bolsa no outro assento
aceitando sua mão para sair do carro logo em seguida — Li? — o
chamei pelo seu apelido.
— Sim, srta. — desviou os olhos das minhas pernas, a
cinta-liga aparecendo pelo meu movimento brusco.
Suas bochechas coraram levemente ao ver que eu havia o
pegado no flagra.
— Me chame pelo meu apelido, somos amigos, hum?
— Mas agora eu trabalho para a srta.
— E será muito, muito ruim — ergui o dedo sorrindo em uma
ameaça inocente — se por acaso você me perder de vista né? — fiz
um bico — Papai ficaria furioso, e seu pai chateadíssimo...
— Você não...
— Está vendo? É fácil perder a formalidade comigo — ri
alto, chamando a atenção de alguns alunos que estavam parados
na entrada do prédio.
Apertei os olhos vendo o corpo alto e musculoso aparecer
em meu campo de visão.
Era a oportunidade perfeita.
— Somos amigos de infância — toquei o peito de Liam
suavemente, atenta aos olhos azuis que acompanhavam meus
movimentos com atenção atrás dele — aja como tal certo? —
inclinei o tronco para frente depositando um beijo em sua bochecha
sem muita dificuldade pelos saltos de 15 centímetros.
Liam era alto. Tão alto como ele.
E bonito, muito bonito. Talvez tanto quanto, meu professor.
— Certo, Lili. — Murmurou o apelido a contragosto e dei um
tapinha em seu ombro.
Atrás dele, o professor virava as costas bufando, eu quase
podia ver a fumaça saindo por suas narinas. Sem saber, Liam havia
se tornado o elemento perfeito para o meu plano.
É aquele velho ditado: Onde há fumaça, há fogo.
E se há ciúmes, há sentimento.
— Me busque às 16h, Li.
— Estarei aqui.
A minissaia que eu vestia estava um pouco mais apertada
que o normal o que fez meus passos serem mais curtos que o
habitual, fiz questão de usar uma meia 7/8 junto com a cinta-liga
branca, meu jogo de sedução teria seu golpe final aplicado hoje.
Estalei a língua na boca ansiosa, sabia que pela minha
grade de horários não teria aula com ele hoje, mas isso não me
impediria de esbarrar sem querer com ele nos corredores.
Estrategicamente caminhei em direção a turma do quarto
ano, onde ele daria aula nesse primeiro horário, curiosamente hoje
pela manhã papai havia me pedido para entregar um convite para
Levi White, e confesso que de todos os anos em que fui obrigada a
suportá-lo essa seria a primeira vez em que eu estava
genuinamente feliz em ter que vê-lo.
Não foi difícil encontrá-lo, junto ao time de basquete, Levi e
Thomas eram o centro das atenções por onde passavam, rodeados
de garotas bonitas que suspiravam apaixonadas por eles e seus
amigos.
Eles eram uma delicinha, devo admitir.
O sonho de consumo adolescente, mas eu já estava
sentando em homens mais velhos há tempo suficiente para ter a
certeza de que um homem experiente barrava qualquer playboy da
universidade, mesmo que eles fossem um pecado em forma de
homem.
Me aproximei do grupo devagar enquanto enrolava uma
mecha loira com o indicador, faltavam poucos minutos para o
horário bater e Christian chegar na sala, eu precisava enrolar a
conversa pelo máximo de tempo possível.
— Estava pensando quando seria agraciado com essa visão
novamente, Ellie Carter em pessoa na minha frente — Thomas, o
quarterback do time foi o primeiro a me ver chegando, seu tom de
voz baixo e rouco me trouxe um leve arrepio na nuca. — E devo
dizer que está mais linda do que nunca, baby. — E lá estava ele, o
sorriso sexy destruidor de calcinhas, os dentes perfeitamente
alinhados, os lábios vermelhinhos.
Thomas havia esquentado a minha cama durante o ensino
médio, confesso que na época fiz isso só para provocar Alexia, mas
no final acabamos nos tornamos bons amigos.
— Suas fãs querem me assassinar nesse momento —
gracejei desviando os olhos para as garotas que me encaravam
com ódio ao vê-lo se aproximar de mim.
— Nenhuma delas é você.
— Parece que continua arrasando os corações com esse
papo furado — alfinetei, e ele pôs a mão no peito dramaticamente.
— Assim você me ofende, baby. — Gargalhei pela sua
atuação, as pequenas covinhas aparecendo em seu rosto.
Senti meus pés saírem do chão quando seus braços
grandes e cheios de músculos passaram ao redor da minha cintura,
Thomas me rodopiou no ar como sempre fazíamos no colegial. Ri
alto, aproveitando-me do momento espalmei minhas mãos em suas
costas largas.
— Tirando uma casquinha? — sussurrou em meu ouvido.
— Sempre. — Admiti sentindo suas mãos descerem pela
lateral do meu corpo para arrumar minha saia conforme me
colocava no chão novamente.
— Posso saber o que está acontecendo aqui? — estaquei
ao ouvir a voz do professor Lancellotti em minhas costas, as batidas
do meu coração acelerando mais a cada segundo — E porque suas
mãos estão na saia da srta. Carter, sr. Lee?
Mordi as bochechas tentando controlar o desejo de sorrir.
Eu estava rindo na cara do perigo.
E tinha certeza de que a recompensa viria em breve,
esperava que o professor gostasse de sexo bruto, pois não havia
reconciliação mais gostosa do que na cama.
Ouvi a risada baixa de Thomas antes de me virar
lentamente para o professor, foquei nos rostos tensos dos garotos
atrás dele, já as garotas riam baixo, provavelmente imaginando a
bronca que iriamos levar. Levi balançava a cabeça em negação
quando apertei os olhos em sua direção em um pedido silencioso de
socorro que não veio.
— Estou aguardando suas explicações, ou se preferirem
poderemos chamar o reitor — engoli em seco quando meus olhos
encontraram os seus, meu coração batendo em ritmo acelerado, tão
forte que podia sentir as batidas latentes em todo o meu corpo.
— Só um reencontro entre amigos, prof. — falei com o tom
de voz suave, embora minhas palavras insinuassem segundas
intenções.
— Reencontro de amigos? — repetiu as palavras com
incredulidade, assenti com um pequeno sorriso enquanto o finco em
sua testa crescia de acordo que me media de cima a baixo, e então
de baixo acima — o modo que seus amigos lhe tocam é bem
pessoal, srta. Carter.
— Era algo que fazíamos no colegial, Dr. Lancellotti, Ellie
não teve culpa pelo meu comportamento — Thomas se pronunciou
enquanto se posicionava atrás de mim, pude ver as faíscas de ódio
nos olhos do professor ao acompanhar o toque do quarterback em
meus ombros.
Aquela situação estava sendo uma tortura deliciosa.
— Não tenho tanta certeza sobre isso, sr. Lee, as atitudes
da srta. Carter não tem sido condizente com a imagem que nossa
instituição passa. — Falou olhando diretamente para mim, os lábios
frisados em linha reta, o tom de voz seco e hostil, ergui o queixo
enquanto dava um passo para frente.
— Sabe, — falei baixo, tendo a certeza de que somente eu,
Thomas e ele ouviam as minhas palavras — eu poderia dizer
exatamente o mesmo sobre o senhor.
Sua mandíbula se tencionou.
— Após a aula quero vê-la em minha sala, Carter.
Virou as costas para entrar na sala, respirei fundo sentindo a
fragrância forte inundar minhas narinas antes de respondê-lo.
— Será um prazer.
Alguns segundos se passaram quando eu finalmente pude
soltar o ar que prendia, abri um sorriso malicioso.
Minha vontade era dar pulinhos no meio daquele corredor.
Christian havia saído dali possesso de raiva e nosso
encontro mais tarde renderia bastante.
— Isso foi... — Thomas começou a dizer, mas se calou ao
ver minha expressão — puta merda, baby — arregalou os olhos — o
Dr. Lancellotti está comendo você! Sabia que sua beleza levantava
até o pau de um padre, mas esse daí é osso duro de roer.
— Shih, cala a boca! — pedi rangendo os dentes, olhei para
os lados e nossa pequena plateia já havia ido embora, restando
apenas Levi, que era o motivo de eu estar ali. — Depois
conversamos, Thomas — ele assentiu entendendo que eu precisava
de um momento a sós com seu amigo, depositou um beijo em
minha testa antes de entrar na sala.
A expressão de Levi estava indecifrável, o semblante calmo
e sereno como se nada do que houvesse acontecido ali tivesse o
abalado. Seus braços estavam cruzados sob o peito, ele vestia um
suéter da cor azul bebê, as mangas longas estavam dobradas até o
antebraço, um relógio grande e dourado — com certeza de ouro —
brilhava em seu pulso.
Um exemplo perfeito de cidadão de carteirinha.
— Você deu um show e tanto. — Quebrou o silêncio e
começou a andar até mim, estendeu seu braço para que eu o
pegasse.
Quem não nos conhecesse falaria que erámos namorados
ou algo do tipo, mas a verdade é que Levi era um cavalheiro, a
essência londrina corria por suas veias desde que eu o conhecia.
— Sempre dou o meu melhor. — Soltei uma risada baixa —
Posso contar com sua discrição sobre o que viu e ouviu? — pedi
com cautela, apesar de nos conhecermos a vida inteira ele ainda
era uma incógnita para mim.
— Nunca faria nada para prejudicá-la, Ellie.
Suspirei.
Não sabia se isso era verdade pois eu havia quebrado seu
coração na última vez que nos vimos.
Abri e fechei a boca algumas vezes antes de parar e virar
para ele.
— Levi, sobre aquela noite, eu...
— Não irei falar nada para seu pai — ergui as sobrancelhas
— nem para ninguém, lhe dou minha palavra, — assenti aliviada —
só espero que saiba no que está se metendo.
Continuamos andando.
— Não é nada sério, é só... — comecei a me justificar.
— Outro capricho seu? — questionou divertido.
Franzi o rosto genuinamente confusa.
— Ele é meu professor e jamais irá passar disso — firmei as
palavras — não tenho a intenção de ter um relacionamento a longo
prazo, muito menos filhos e casamento, você sabe bem.
— Eu sei sim.
— É só diversão. — concluí sentindo a frase amargar em
minha boca. — Antes que eu me esqueça, fui até sua sala para lhe
entregar isso — tirei o convite de dentro da bolsa — papai não pode
lhe entregar pessoalmente, pois teve uma viagem de emergência.
— Obrigado, estarei lá. — Balançou o convite dar cor creme
sorrindo.
Quando ele foi embora após me deixar na porta da sala
meus pensamentos estavam desalinhados e confusos.
...
...
Tédio.
Um leilão nunca foi tão entediante antes.
Olhei para os lados antes de virar a taça de champanhe de
uma vez, ouvi a risada baixa de Victoria em minha frente.
— Essa música tá chata.
Murmurou com desdém, ao lado dela Levi revirou os olhos e
logo começou o velho discurso de como as músicas clássicas
tinham uma essência única e blá blá blá.
Eu não suportava música clássica desde que me entendia
por gente.
Meus ouvidos sangravam toda vez que era obrigada a ir aos
concertos com papai, sempre por convite da família de Levi, é claro.
— Você não tem que paquerar alguma jovem por aí? Chame
alguma garota para dançar e declare seu amor pela música
clássica.
Vic explodiu na risada chamando atenção de algumas
pessoas para nossa mesa, de longe observei nossos pais
conversando com mais alguns empresários.
Esses eventos eram somente uma fachada para fechar
negócios milionários, principalmente os ilícitos.
Felizmente nossas famílias não se envolviam com nada
disso.
Voltei meu olhar para a mesa, Levi me encarava com um
sorriso debochado no rosto, as maçãs do rosto levemente
avermelhadas. Ergui uma sobrancelha.
— E perder a cara que você vai fazer ao ver nosso
convidado? Jamais, querida Ellie.
A acidez de sua voz me deixou em alerta, principalmente
pela reação que Victoria teve ao olhar para trás.
— Ah, meu deus... — murmurou deixando a boca
semiaberta, os olhos arregalados e a expressão de choque
dominavam seu rosto.
Virei a cabeça para trás para ver o que tanto eles falavam, e
se meu queixo pudesse cair ele teria ido ao chão com o que vi.
O professor Lancellotti estava parado de lado perto de uma
mesa há poucos metros de nós, o terno giz cinza tinha o caimento
perfeito em seu corpo, os músculos que minhas mãos já haviam
tocado por algumas vezes estavam mais evidentes com a rigidez da
roupa que ele vestia.
Lindo.
Magnifico.
Era impossível olhar para ele e não ficar hipnotizada com a
sua beleza.
Olhei para seu rosto, seus olhos estavam fixos em mim
como se eu fosse a sua presa.
Senti as batidas em meu peito ficaram mais rápidas e
irregulares, assim como todas as vezes em que eu o via.
O que ele estava fazendo ali?
Christian virou o corpo para andar em nossa direção, e se
meu coração estivesse naquele jogo ele estaria quebrado nesse
momento.
Uma morena estonteante apareceu em seu lado, ela pôs a
mão em seu peito e alisou o tecido com um sorriso nos lábios
vermelhos, ele por sua vez segurava sua cintura com firmeza.
Minha boca ficou seca.
Estiquei minha coluna e fiz o que sabia fazer de melhor
quando os dois chegaram em nossa mesa:
Eu fingi um sorriso.
Meus olhos só enxergavam o vermelho enquanto a raiva me
consumia, minha vontade era de esfolá-lo vivo quando seus olhos
se pousaram sob os meus com certo receio, mas mantive o
controle, não poderia dar um show ali.
Sorri ácida.
A vingança era um prato que se comia frio, e eu comeria no
momento certo.
CAPÍTULO 11
Eu chamei sua atenção?
Parece que você perdeu a respiração, huh
Quando eu circulo pela sala, você é uma coruja, você
vai revirar sua cabeça.
Looking At Me, Sabrina Carpenter
— Professor, que surpresa encontrá-lo aqui! — Levi foi o
primeiro a se levantar para cumprimentá-los, e embora os olhos de
Christian e sua acompanhante permanecessem em mim ele o
respondeu e apertou sua mão brevemente.
— Foi uma surpresa vir...
Desviei meu olhar do seu e fitei sua acompanhante.
Ela era linda.
Seu corpo era alto e curvilíneo, a pele era bastante pálida,
os cabelos escuros longos e ondulados disfarçavam o decote
exorbitante, seus olhos eram de um castanho claro e me fitavam
com um espanto inesperado.
Percebendo que eu era a única que ainda não havia
cumprimentado nossos “convidados” afastei a cadeira para trás sem
delicadeza alguma e me levantei lentamente.
Queria os olhos de todos em mim.
Christian teria que ver cada homem daquele salão me
comer com os olhos sem poder fazer nada.
O vestido feito de tule translucido tinha as mangas plissadas
e uma fenda que abria em toda minha perna esquerda, em todo o
tecido podia-se ver os mais de 13 tipos de cristais usados para que
o vestido tivesse o efeito que eu vestia diamantes.
Minha pele estava toda exposta a quem tivesse vontade de
ver, amanhã os tabloides explodiriam com comentários sobre a
minha roupa ser reveladora e principalmente, por estar quase nua,
pois meus seios eram cobertos somente pelas minúsculos cristais, e
uma calcinha cavada cobria minhas partes intimas.
A sandália de salto finos espiral reluzia em minhas pernas
por causa dos diamantes cravejados.
— Uau — ouvi a acompanhante do professor falar.
— São lindos, né? — como se quisesse mostrar meus
sapatos a ela estiquei minha perna esquerda expondo ainda mais
minha pele nua.
Ainda não havia olhado para o professor, mas o grunhido
baixo me deu a devida satisfação.
— Lindos, belissimo! — exclamou parecendo fascinada, o
sotaque italiano em sua voz era forte.
Um sorriso gentil brilhava em seus lábios vermelhos, foi
impossível não sorrir de volta.
E dessa vez não foi nenhum fingimento.
Eu havia gostado dela.
— Srta. Carter
Movi minha cabeça em direção ao homem que havia me
deixado possessa de raiva segundos atrás com um sorriso quase
diabólico ao ver sua expressão.
Fúria.
Ciúme.
Fome.
Desejo.
Estiquei os lábios sentindo-me vingada, principalmente ao
notar as cabeças viradas em minha direção.
Ele parecia observar também já que seu pescoço ficava
cada vez mais vermelho, os punhos fechados como se quisesse
bater em todos os homens daquele salão por me olharem com tanta
cobiça.
Eu estava enganada, a vingança não era um prato que se
comia frio, pelo contrário, ela era quente, muito quente mesmo.
— Christian, que surpresa maravilhosa — dei um passo
para frente e o abracei sem colar nossos corpos para não chamar
muita atenção, depositei um beijo em cada lado de sua bochecha,
como se ele fosse uma criança que precisava de atenção.
— Que porra de roupa é essa? — esbravejou baixo em meu
ouvido, dei uma risadinha e me afastei dele, avistei papai vindo logo
atrás dele.
— Se comporte, meu pai está vindo.
— Estou curioso a respeito da sua roupa, Srta. Carter, ela é
um tanto... reveladora. — Me olhou dos pés à cabeça como se
avaliasse.
— Pare com isso, mio caro! — sua acompanhante deu um
tapa em seu peito.
Risadas ecoaram atrás de nós.
Levi e Victoria se divertiam as nossas custas.
— Já gostei de você — pisquei para ela fazendo graça.
Mantenha seus amigos pertos e seus inimigos mais perto
ainda.
— Também gostei de tu caro.
— Ellie Carter — ela olhou para Christian quando pronunciei
meu nome, o sorriso em seu rosto se tornou tímido, a vi engolir em
seco e tentar disfarçar suas feições.
Ela sabia de algo.
— Carter das empresas de energia elétrica? — anuí.
— Se cortarem sua luz pode me ligar — lhe dei uma
piscadela.
— Pode deixar — riu baixo — Sou Abbie Lancellotti.
— Lancellotti?
Ela era parente de Christian?
Ou... não, meu deus...
Será que ele havia mentido para mim naquela noite sobre
ser solteiro?
Busquei os olhos dele com aflição, confusão estampada em
meu rosto.
Se ele tiver mentido para mim desta forma...
O professor parecia se divertir com a situação, o rastro de
um sorriso se formava no rosto que era sempre tão carrancudo.
Ergui uma sobrancelha.
— Christian è mio fratello.
Ouvi sua risada baixa ao meu lado.
— Vocês são irmãos?
Comecei a olhar para os dois sem parar buscando
semelhanças, de fato havia o suficientes para imaginar tal coisa.
Talvez se eu não estivesse planejando a morte dele
segundo atrás tivesse prestado mais atenção aos detalhes.
— Christian! Que bom revê-lo, meu amigo. — Papai falou
trazendo meu amante para um abraço apertado.
Amigo?
Aquela noite piorava mais a cada segundo, e temia que
aquilo fosse só o começo.
...
...
...
...
...
...
...
O dia havia sido muito cansativo para que eu saísse
transando que nem uma louca, mas era aquele ditado:
Pediu agora aguenta.
E eu aguentei.
Mais três rounds seguidos em várias posições contra o vidro
do parapeito, da mesa de jantar e até mesmo no porcelanato,
Christian me macetou até que eu quisesse desmaiar por não
aguentar mais as estocadas duras em meu ventre.
Meu corpo inteiro doía, e minha boceta estava destruída.
Satisfeita, mas ainda assim completamente destroçada.
O professor havia acabado comigo.
— Sua irmã vai me odiar quando descobrir que fodemos
com o vestido dela. — Falei rindo ao observar o sêmen que escorria
no tule.
Estávamos nos arrumando para ir para casa. No caso eu
para a minha e Christian para a dele.
— Ele é seu.
— O que? Mas você não o comprou para ela? — ele negou
rapidamente.
— Você disse que o queria para a sua coleção. — Deu
ombros.
— Christian, eu falei isso ao meu pai, em momento algum
imaginei que...
Não queria que ele gastasse dinheiro comigo, eu estava
acostumada ao luxo e tudo o que o dinheiro podia comprar, mas o
fato dele querer me dar aquilo fez com que eu me sentisse...
comprada.
E eu estava odiando essa sensação.
— É um presente, não aceito devolução. — Me interrompeu
arrogante.
— Obrigada? — ironizei.
— Seja mais grata, amore mio, só quis mimá-la da forma
que merece. — Desfez o nó da gravata e a guardou no bolso.
— Com 25 milhões de dólares?
— O valor não importa, — suspirou como se estivesse farto,
para ele poderia ser uma conversa fútil, mas para mim não era —
você o queria e eu lhe dei, simples assim.
— Posso comprar meus próprios artigos de luxo, Dr.
Lancellotti.
Cruzei os braços.
— Eu sei, mas isso nunca vai me impedir de dá-los a você
— deu um passo a minha frente — Não quero que se sinta usada,
Ellie — passou o polegar em meus lábios — Lhe foder coberta de
diamantes foi para o meu bel prazer e luxúria.
Mordi o lábio.
— Sendo assim, será um prazer ser seu troféu, professor.
— Pare de me chamar assim.
— Por quê? — perguntei com uma falsa inocência — Você é
meu professor.
— Porque isso me lembra o quão errado é tê-la para mim.
— Passou a mão nos cabelos e respirou fundo.
Arqueei uma sobrancelha.
— Engraçado, é exatamente por isso que estou em seus
braços, professor.
Engatei meus braços em seu pescoço e beijei sua boca com
carinho. Meu corpo estava lá, mas minha mente estava recheada de
perguntas:
CAPÍTULO 15
Porque mesmo que eu não devesse querer
Eu preciso tê-lo
Eu deveria ser mais sábia e perceber
Eu tenho um problema a menos sem você
Problem, Ariana Grande
DIA 14
...
— Srta. Carter?
Pisquei atômica voltado minha atenção para a voz que me
chamava. Christian.
— Sim?
— O trabalho da aula passada, a srta. não me entregou. —
Assenti e ele continuou — traga-o para mim em minha sala no
intervalo.
— OK. — Minha voz não passou de um sussurro.
Seus olhos continuaram focados em mim por um tempo até
que ele continuou a explicação e eu voltei a me perder dentro da
minha cabeça.
A aula passou por um borrão e eu me senti uma péssima
aluna quando notei que eu não havia nem mesmo feito anotações
sobre o assunto.
Tudo estava confuso naquela semana e eu sabia que não
era somente por Christian, tinha uma dor muito mais profunda
envolta daquilo.
Uma ferida que eu não gostava de remexer porque sempre
me fazia cair.
O aniversário de mamãe.
Bati na porta de madeira duas vezes até que ouvi um “entre”
baixo que me fez avançar.
Passei meus olhos pelo escritório fazendo uma vistoria geral
e lembranças da última vez que estive ali bombardearam a minha
mente.
— Ellie? Sente-se.
O professor estava sentado, o notebook estava aberto em
cima da mesa, ao seu lado uma pilha de papéis brancos e no outro
lado um livro aberto, apertei os olhos reconhecendo a marcação que
fiz no post-it e sorri discretamente.
Em silêncio me sentei, abri a bolsa e retirei a pasta com o
trabalho impresso de dentro, o erguendo para ele em seguida.
— O trabalho de ontem, obrigada por recebê-lo com atraso.
Ele pegou a pasta, mas nem sequer a abriu, só empilhou
acima dos outros em sua mesa.
— Amore mio, você está bem? — entendi que ali, ele não
estava como meu professor e sim como... um amigo? Um amante?
Nem eu sabia dizer, mas me sentia tão frágil e impotente naquele
momento que não procurei respostas.
Eu só queria ficar sozinha me afundando na dor do luto.
— Sim — abaixei os olhos pela mentira, puxei a bolsa para
meu ombro novamente e me levantei da cadeira sem conseguir
encará-lo — eu preciso ir...
— Aconteceu alguma coisa? — ele se levantou e andou até
mim — Você não respondeu minhas mensagens, não veio a aula
ontem... fiquei preocupado. — Segurou meu queixo e o ergueu com
delicadeza.
Meus olhos arderam.
— Não aconteceu nada, eu só preciso de uns dias para
voltar a ser eu mesma — ou a farsa que eu finjo ser.
— Já passamos dessa fase naquele terraço, Ellie.
— Eu sei.
Eu não sabia.
Não sabia de nada.
— Você não me fez uma única provocação em sala hoje,
não teve respostas afiadas, olhares indiscretos e nem está usando
uma daquelas minissaias que me deixam louco a cada vez que a
olho.
Sorri com sua confissão.
— Não gostou da minha calça? — olhei para minhas pernas
cobertas com a pantalona preta.
Ao erguer o rosto para ele alguns fios de cabelo cobriram
meus olhos, os dedos de Christian se moveram com rapidez
colocando-os suavemente atrás de minha orelha.
— Se vestisse um saco de batatas ainda assim continuaria
linda — as íris azuis brilharam me encarando — mas as minissaias
são minha perdição.
— Posso fazer um desfile exclusivo para você — brinquei
espalmando minha mão em seu ombro.
— Eu adoraria ser sua única plateia.
Amassei o tecido da lapada entre meus dedos por alguns
instantes antes de dizer.
— Amanhã seria o aniversário da minha mãe.
Abri um sorriso amarelo sentindo minha garganta fechar e
meus olhos voltarem a arder pelas lágrimas que eu lutava para não
derramar.
Seu olhar se tornou triste e compreensivo para mim, meu
corpo foi envolvido em abraço quente e apertado e eu me permitir
quebrar na frente dele pela segunda vez e chorei como a pobre
garotinha órfã que eu era e ele somente me segurou mais forte.
— Vai fazer 5 anos e eu ainda não me acostumei com a
sensação. — Confessei sem olhá-lo, a voz engasgada de tanto
choro — as pessoas dizem que o tempo cura, mas ainda dói — meu
lábio inferior tremeu.
— Sempre vai doer, amore mio — suspirou afagando meus
cabelos — não importa quanto tempo passe, você vai continuar
chorando como se fosse o primeiro dia — sua voz continha certa
melancolia e eu ergui o rosto para olhá-lo — mas você não precisar
passar por isso sozinha, hm?
Assenti.
— Você já perdeu alguém?
— Já.
— Seus pais...? — questionei com certa hesitação.
— Não — respondeu curto, um tempo se passou até que ele
completasse — perdi minha mulher.
Franzi o cenho.
— Você já foi casado?
Ele assentiu.
— Há muitos anos, eu fui casado sim. — Dava pra sentir a
dor em sua afirmação.
— Você a amava muito né?
— Eu a amei com tudo que há em mim — admitiu — e
quando ela morreu parte minha foi junto.
— Eu... — engoli em seco, ao mesmo tempo que me sentia
incomodada sentia compaixão, não imaginava como era amar tanto
alguém e perdê-lo para a morte — eu sinto muito, Christian.
— Você faz eu sentir a parte em mim que morreu viva outra
vez, Ellie — disse segurando meu rosto com as duas mãos, os
polegares limpavam as lágrimas que ainda desciam em minhas
bochechas.
Pisquei, assimilando o peso das suas palavras.
Não sabia o que lhe responder, mas eu entendia
completamente a sensação, pois desde que Christian havia entrado
em minha vida o mundo havia se tornado mais bonito, mais
emocionante, e mais colorido.
— Eu...— umedeci os lábios com certa vergonha de admitir
— sinto que o mundo pode ser cor de rosa ao seu lado.
Sua boca se curvou em um sorriso, e em meio a tantas
dores eu me senti em casa, me senti verdadeiramente em paz e
segura.
— “Sabe do que eu gosto em você, Ellie Carter? Você é
todas as cores em uma só, e com muito brilho.” [5]— Sorri
largamente ouvindo a citação direta de um dos meus livros favoritos.
CAPÍTULO 17
Quando você disse seu último adeus
Eu morri um pouco por dentro
Eu deito e choro durante a noite inteira
Sozinho, sem você ao meu lado
All I Want, Kodaline
DIA 17
Mary-Anne Carter
Viva para sempre em nossos corações
Mãe e esposa
DIA 24
...
DIA 26
...
1.
Leve ela para jantar no dia em que se
conheceram.
2.
Tire cinco pontos da média dela quando
se reencontrarem na sala de aula.
3.
Faça um acordo de sexo sem
compromisso com ela e depois a foda no escritório.
4.
Compre um vestido de literalmente
milhões para ela.
5.
Faça ela lhe pagar um boquete na
biblioteca com seus amigos a poucos metros de
distância.
6.
Recite seu poema favorito para ela.
7.
Beije ela durante os intervalos da aula.
8.
Leve ela para comer hot-dog de rua.
9.
Leve ela para um passeio inesquecível.
Mordi a bochecha com força para não sorrir igual uma idiota.
Como esse homem enorme podia estar sendo tão fofo
assim? Melhor, como esse homem TÃO rabugento conseguia ser
esse amorzinho comigo?
Meu eu adolescente estava em surto, mas fingi uma
plenitude inexistente ao encará-lo.
Tentei, pelo menos.
Funcionou por uns dois segundos, antes de eu ver o sorriso
lindo que ele exibia especialmente para mim.
Lindo.
Lindo.
Lindo demais.
— Por que só tem nove itens? — perguntei desviando os
olhos dele e observando o bloco de notas no celular.
— Porque ainda estou descobrindo do que você gosta. —
Se tivesse como o chão se abrir para eu enfiar minha cara nele
naquele momento de tanta vergonha, eu sem dúvidas teria feito.
— Ah.
Ah? É sério que você mandou essa Ellie?
Minhas bochechas deveriam estar vermelhas de tanta
vergonha.
Eu sentia um calorzinho esquentar minha pele.
— Não precisa ficar com vergonha, eu sei que amou. —
falou como um cochicho em meu ouvido.
Meus pelos se arrepiaram.
— Faz parte do manual me deixar assim? — ele assentiu se
afastando de mim — Fica um pouco difícil seguir aquela regra
quando age assim. — Ergui uma sobrancelha.
— É a intenção.
No que eu havia me metido hein?
CAPÍTULO 21
Eu sinto algo tão certo
Fazendo a coisa errada
E eu sinto algo tão errado
Fazendo a coisa certa
...
Tudo o que me mata
Faz eu me sentir vivo
Counting Stars, One Republic
2 horas.
Era o tempo exato desde que eu havia posto meus pés
dentro do carro de Christian.
Eu honestamente não conseguia me lembrar da última vez
que passei tanto tempo dentro de um carro em movimento depois
do acidente sem ter uma crise de pânico.
Batuco meus dedos na porta do carro sentindo a angústia
crescer em meu âmago ao passo que sinto o vento bater mais forte
em minha pele conforme Christian acelera o carro na estrada vazia.
Finco as unhas na palma das mãos e repito em voz baixa o
mantra que a psicóloga havia me recomendado em uma de nossas
sessões.
Não há nada que possa me derrubar. Eu sou forte.
Não há nada que possa me derrubar. Eu sou forte.
Não há nada que possa me derrubar. Eu sou forte.
— Está tudo bem, amore mio? — a voz de Christian inunda
meus ouvidos, interrompendo a medição.
Sinto a sua mão tocar minha coxa desnuda e acariciar a
pele por algum tempo, desvio meu olhar da estrada para olhá-lo,
quando o faço automaticamente o pânico cresce em meu peito.
Christian dirigi com somente uma das mãos no volante,
arregalo os olhos sentindo meu coração palpitar forte ao projetar a
cena do acidente em minha mente pela velocidade que estamos.
— Ponha as duas mãos no volante, por favor, por favor... —
peço com a voz trêmula, em completo choque.
Lágrimas se formando em meus olhos enquanto revivo a
maldita cena de cinco anos atrás.
Finco as unhas com força sentindo a pele se rasgar em
minha mão.
Não percebo quando Christian para no acostamento até que
ouço a porta do carro se abrir e sinto duas mãos grandes fazendo
carinho em meus joelhos.
— Shih, está tudo bem. Eu parei o carro, Ellie, pode abrir os
olhos. — Sinto os dedos deslizarem em meu cabelo com carinho.
Respiro fundo sentindo o tremor em todo meu corpo.
— Eu... Eu...
— Não vou permitir que nada de ruim aconteça com você,
está segura comigo, amore mio, está segura.
Desdobro as pernas e rodeio meus braços em seu pescoço,
fungo, engolindo o choro entalado em minha garganta.
Odiava estar tão vulnerável em sua frente.
Odiava demostrar minha fraqueza a ele.
Odiava ser fraca pelos traumas.
— Vai ficar tudo bem...
E embora eu soubesse que não ficaria, eu acreditei nele
com tudo que havia dentro de mim.
Porque quando eu estava com ele de alguma forma os
monstros iam embora.
E porque eu sabia que enquanto ele estivesse ali, ao meu
lado, eu sentia que poderia superar tudo e que o topo do mundo era
meu, e de mais ninguém.
Pelo menos enquanto ele não souber a verdade.
Uma verdade que não tinha mais tanto sentido.
Christian alisa minhas costas enquanto repouso em seu
peito, agarro seu braço com força deixando o choro passar em seus
braços. Um beijo suave é depositado em meus cabelos.
— Me desculpe por fazê-lo parar, estava tão rápido... —
sussurro baixo, deixando que ele me proteja em seus braços.
Seu abraço se torna mais forte.
— Não sabia que tinha medo, perdão amore mio, perdão...
— afasto meu rosto de seu peito para olhá-lo.
Seu polegar enxuga o rastro de lágrimas em minha pele.
— Não é sua culpa... — digo olhando em seus olhos.
— Mesmo assim me perdoe.
Abro um sorriso ao encará-lo.
Levo minha mão ao seu rosto e dedilho o limite da barba em
seu rosto, contorno os lábios finos ao mesmo tempo em que o vejo
sorrir em minhas mãos.
— Se eu contasse para alguém que o temido Dr. Lancellotti
— engrosso a voz ao falar seu título e ele ri baixo — me trata assim
ninguém acreditaria. — Aperto seu nariz mordendo o lábio enquanto
sorrio.
— Você não se atreveria... — pende a cabeça para o lado.
— Não me tente. — Gracejo.
— Se lhe deixa feliz, saiba que é a única garota que eu trato
assim, tirando minha irmã, é claro. — Beija minha testa e se afasta.
— Está me dizendo que desperto seu melhor lado,
professor? — alfineto enquanto ele rodeia o carro, voltando para o
seu lugar ao volante.
— Você consegue despertar meu lado mais selvagem e
primitivo ao mesmo tempo em que me sinto o último romântico da
face da terra.
Reprimo o sorriso e destravo o cinto de segurança.
Em um movimento rápido passo minhas pernas envolta do
corpo de Christian, o pegando de surpresa.
O vestido que já é curto, sobe mais alguns centímetros por
minhas pernas estarem abertas. Olhando para baixo vejo o tecido
fino da calcinha branca aparecer.
Eu estava confusa, então meus lábios pronunciaram as
palavras que estavam em minha mente, mas que meu coração
renegavam por inteiro.
— Não pode esquecer que não pode se apaixonar por mim
— sussurro em seu ouvido, indo de encontro aos meus próprios
sentimentos, seu corpo tenciona embaixo de mim e eu beijo sua
boca sem lhe dar a chance de me dar uma resposta.
Enquanto tenho seus lábios nos meus a sensação que
tenho é de que estou no paraíso, e por mais errado que seja o que
estamos fazendo, Christian e eu somos certos um para o outro.
Uma loucura.
Éramos uma loucura completa.
— É impossível esquecer com você repetindo isso a cada
segundo. — Murmura contra meus lábios, as mãos descendo para
minhas coxas.
— Talvez porque você já pareça um homem apaixonado —
retruco, minhas mãos bagunçando seus cabelos.
— E se eu estiver, o que você faria? — desceu sua boca em
meu pescoço.
Fechei os olhos deliciada com as sensações.
— Talvez eu decidisse perder o juízo com você. —
Confessei beijando-o com ardência.
Se era pra cair, cairíamos juntos.
CAPÍTULO 22
Ela tem aquele ar de garota rica de Los Angeles
Ela dirige bem o carro antigo do seu pai
Sexo violento no chão do quarto
Entrando no chuveiro, ela implora por mais
Champagne e Sunshine, Plvtinum
Christian me trouxe para velejar.
Não sei explicar a sensação que senti em meu peito desde
que avistei o barco enorme ancorado nas docas.
Mas eu me estava feliz, me sentia viva e muito empolgada
com a ideia de passar o final de semana velejando, sentindo a brisa
fria em meu rosto e olhando para as estrelas no meio do nada
durante a noite.
Eu amava fazer isso desde sempre.
Victoria e eu sempre fugíamos para o meio do mar quando
queríamos esfriar a cabeça de tantos problemas mesquinhos da alta
sociedade. Chegava a ser patético tudo o que acontecia em nosso
meio.
Olhei para a cama cheia de biquínis coloridos.
Não sabia qual escolher.
Observando agora, eu me sentia um pouco exagerada,
havia trazido exatos 12 peças de cores e modelos diferentes, para o
caso de a dúvida existir, eu era muito indecisa mesmo.
Azul. Amarelo. Branco. Rosa. Vermelho. Verde.
Batuquei a ponta da unha no dente.
— Algum problema?
Quase dei um pulo para trás ao ouvir a voz do professor
atrás de mim.
— Você me assustou. — Acusei vendo o entrar na suíte.
— Você estava distraída — Retrucou desabotoando a
camisa branca enquanto me encarava.
Desci os olhos pelo corpo dele.
Esse homem havia sido desenhado por Deus.
Não era normal um cara ser tão gato assim.
OK, eu conhecia homens bonitos, mas... Christian tinha algo
que nenhum deles tinha e isso me fascinava.
Talvez minha obsessão tivesse nascido disso.
O tecido branco deslizou pelos braços cheios de músculos,
e eu prendi a respiração, me permitindo apreciar aquele momento
tão íntimo e gostoso.
— Porque você está... — minha voz falhou e eu tossi
levemente, ouvindo o chiado baixo a minha frente.
O desgraçado sabia que eu havia ficado desconcertada por
causa dele.
Christian jogou a camisa desleixadamente em cima da
cama, olhei para as peças amontoadas e minha vontade foi de jogar
tudo no chão para começarmos a transar igual dois coelhos.
Havia sido por pouco que não tínhamos feito isso durante o
caminho para cá e sinceramente eu já me sentia subindo as
paredes.
Conti o gemido em meus lábios ao correr meus olhos pelo
abdômen definido do professor, a calça baixa exibia a entrada em
forma de V dos músculos, o monte de pelos enroladinhos iam do
peitoral até a entrada de seu p...
— Se quiser terminar de falar, mantenha os olhos aqui em
cima, amore mio. — falou com um sorriso provocador.
Revirei os olhos.
Pega no flagra, mais uma vez.
— Por que está tirando a roupa? — perguntei pegando o
biquíni vermelho da cama.
Se ele queria brincar, nesse jogo dois poderiam jogar.
E eu não perdia.
Nunca. Nunca
— Só estou trocan....
Ele se calou ao me ver descendo a vestido tubinho pelas
pernas, ficando vestida somente com uma calcinha vermelha
minúscula no corpo.
Senti os bicos dos meus seios ficarem rígidos somente com
o olhar devorador que ele me deu.
— Pode amarrar para mim? — pedi com a voz suave
erguendo a peça superior do biquíni em frente ao seu rosto.
Abri um sorriso vendo-o engolir em seco.
Ele estava sem palavras e com uma perfeita cara de idiota.
Minha diabinha interior se sentia satisfeita.
— Claro, vire-se.
Virei lentamente, fazendo questão de jogar a parte de baixo
na poltrona somente para que ele tivesse um deslumbre do que viria
por aí.
Me mantive o mais ereta possível, enquanto ele encaixava a
peça em meios seios, quase gemi com o toque do tecido em meu
corpo, pois estava com os seios sensíveis.
Os dedos frios deslizarem em minhas costelas fazendo
meus pelos se eriçarem com o toque gostoso, arfei baixo quando
ele juntou os dois fios para amarrar a peça com força, o atrito
grosseiro em minha pele me fez arquear levemente.
— Gosta de me provocar? — mordi o lábio, sentindo seu
corpo se aproximar do meu junto ao calor crescente no meio das
minhas pernas.
— Gosta de ser provocado, professor? — retruquei
encostando de vez meu corpo no seu, foi impossível conter o
gemido ao sentir o volume duro em minhas costas.
Ele abaixou a cabeça, mantendo-a próxima de meu ouvido.
— Por você? Sim — fechei os olhos com a voz sedutora
enchendo minha mente. —E tenho certeza de que sua boceta deve
estar pingando agora, hm? Gosta de ser provocada tanto quanto eu.
Me contorço contra ele quando suas mãos descem em
meus quadris e o apertam com força, eu gemo em um misto de dor
e prazer.
Sinto a língua quente em meu pescoço, deslizando em
minha pele e me deixando em chamas.
— Toque e veja você mesmo. — Alfineto sentindo minha
carne pulsar.
Apertei as pernas no instante em que seus braços viraram
meu corpo de frente e meus pés foram erguidos do chão, senti
minhas costas baterem contra a parede.
— Christian... — gemo baixo.
— Me diga uma coisa, você vai ser um boa menina e me
deixar comer essa boceta? — sussurra em meu ouvido enquanto
suas mãos desamaram o biquini e jogasse a peça no chão.
— Você vai me comer direito? — a resposta veio no aperto
que ele deu em meio seio direito seguido de um beliscão no bico.
Gemi alto como uma vadia com a dor que logo foi sendo
substituída pelo prazer quando ele começou a massagear a carne
sensível.
— Sua boceta não ficou dolorida o suficiente da última vez?
— Ficou.
— Ótimo, então sem reclamações.
Dito isso ele juntou meus seios com as duas mãos e
começou a chupá-los com afinco, entreabri os lábios enquanto
sentia meu interior se revirar, o calor explodindo em meu corpo por
inteiro.
— Christian...
Ele grunhe, se afastando de mim alguns centímetros e
adentra minha calcinha com uma das mãos. Sinto minha carne
latejar contra sua palma. Arreganho mais as pernas, lhe dando
passagem para fazer o que quiser comigo, estou sedenta por ele.
Christian tem os olhos fixos em minha boceta, a luxúria
parece dominar nossos corpos.
Gemo quando seus dedos tocam minha entrada, o professor
os esfrega contra minha carne sensível, me fazendo delirar ao
mesmo tempo em que ele introduz dois dedos dentro de mim sem
aviso.
Trago seu peito para perto de mim e mordo seu ombro para
conter o gemido que sai de minha garganta.
— Sua boceta pulsando em meus dedos é a sensação do
paraíso — ofego ouvindo-o sussurra para mim.
Minha boceta lateja mais com suas palavras e ele sabe pois
sinto o sorriso se alargar contra meu rosto.
— É melhor quando estou no seu pau — afasto meu rosto
de seu ombro e encaro-o.
As íris azuis brilham na luz baixa da suíte, levo minhas mãos
ao seu pescoço, aranhando sua pele no processo, gemidos baixos
saem dos lábios de Christian.
— Sem dúvidas — responde com a mandíbula cerrada
enquanto meu peito sobe e desce freneticamente.
Meus mamilos doem com o balanço e minha boceta pulsa
forte em seus dedos, fecho os olhos entreabrindo os lábios sentindo
meu ventre dar espasmos.
— Será que você aguenta mais um dedo como a boa
putinha que é? — gemo em resposta e logo sinto o adicionar outro
dedo em minha entrada.
Suspiro, prendendo a respiração.
Me sinto preenchida, minha pele parece rasgar em sua mão.
Finco minhas unhas em seus ombros gemendo alto quando
ele movimenta os dedos longos dentro de mim.
O ritmo não é tão rápido nem tão lento, mas me enlouquece
a cada investida, os sons de nossos gemidos misturados com o
barulho de seus dedos entrando e saindo de minha boceta me faz
delirar e encharcar mais a cada segundo.
— Ahh, céus...
— O céu está aqui embaixo agora, minha putinha.
Mordo o lábio, sentindo meu corpo tremer ao som de suas
palavras.
Céus, como eu amava quando ele me chamava assim.
Nossos olhos estão fixos um no outro, e eu adoro a conexão
que sentimos nesses momentos, gotículas de suor escorrem da
testa de meu professor, aproximo meu rosto dele e as lambo,
sentindo o gosto salgado em minha língua.
E então uma batida na porta.
Meu corpo endurece, mas Christian continua fazendo os
movimentos de vai e vem, e tenho que me controlar muito para não
gemer alto e o morder quando ele parece introduzir outro dedo
dentro de mim, me tirando o ar.
— Senhor? — uma voz pergunta do lado de fora.
Arregalo os olhos assustada.
— Depois — Christian diz, intensificando o atrito em meu
clitóris, me contorço em seus braços sentindo mais prazer pela
situação extremamente constrangedora.
— O senhor vai precisar de mais alguém no barco?
— Ah... — um tapa é estalado em minha carne no instante
em que gemo.
— Somente do capitão — ele grunhe ao dizer, sua veia
saltitando no pescoço ao passo em que volto a lamber sua pele
suada, rebolo em seus dedos.
— Sim, senhor. — O homem responde e parece se afastar.
— Queria que ele a ouvisse gemer enquanto a fodo? —
pergunta puxando meu cabelo para trás, minhas costas doem pela
posição, mas eu sorrio para ele.
Amava quando éramos selvagens.
— Queria. — Admito e um rosnado sai de seus lábios, outro
tapa é estalado em minha boceta, minha pele arde, pequenas
lágrimas se formam no canto de meus olhos — Quero que todos
saibam a quem pertenço, professor. — Concluo.
Meu ventre se revira, fecho os olhos ao sentir o orgasmos
latente
— Então grite alto — ele diz, um sorriso possessivo
nascendo em seu rosto e o movimento de seus dedos acelera em
minha carne, gemo desesperadamente — mostre a todos que você
é minha mulher.
— Sim... sim... — rebolo em sua mão.
Meu corpo treme por inteiro quando o orgasmo me atinge
com tudo, sinto minhas forças se esvaírem quando Christian me
solta e abre mais minhas pernas, cruzando-as em cima da mesa.
Gemo entorpecida quando a língua quente toca minha carne
sensível e dolorida, o professor suga todo o gozo da minha entrada,
sinto sua língua dura se mover entre meus lábios, ele chupa meus
clitóris e eu quase choro pela dor que me atinge.
— Deliciosa, amore mio, sempre deliciosa. — diz engolindo
minha boceta com sua boca.
— Não sinto minhas pernas — choramingo em meio aos
gemidos sentindo meus joelhos falharem quando ele chupa minha
carne com força, minha boceta se contrai, outro orgasmos se
formando dentro de mim.
Jogo a cabeça para trás, mordendo o lábio com força, meu
peito sobe e desce com velocidade, minha boceta pisca contra sua
boca, e as palavras já são desconexas quando as estrelas parecem
brilhar em minha mente e o segundo orgasmos me atinge.
Meu corpo parece gelatina quando Christian me toma em
seus braços e me deita na cama.
— Descanse, quando acordar estaremos em alto mar. E o
biquini verde destaca seus olhos.
Sinto o lençol cobrir meu corpo quase nu e um beijo ser
depositado em minha testa, sorrio enquanto o cansaço vence meu
corpo me sentindo no lugar perfeito para mim.
CAPÍTULO 23
Diga que você se lembrará de mim
Usando um belo vestido
Olhando para o pôr do Sol, querido
Lábios vermelhos e bochechas rosadas
Diga que você me verá de novo
Mesmo que seja apenas em seus
Sonhos mais selvagens, ah, ah, aah
Wildest Dreams, Taylor Swift
Quando acordei Christian não estava mais no quarto, mas
encontrei uma bandeja com um copo de água e várias frutinhas em
cima do balcão, — é, aquele balcão — minhas bochechas coraram
ao lembrar dos minutos antes de eu capotar e meu coração ficou
parecendo uma manteiga derretida pelo gesto fofo.
Bebi o copo de água, pois minha garganta estava seca e fui
tomar um banho, o cheiro de sexo parecia estar impregnado em
minha pele, e algo me alertava que ele não sairia dali durante esse
final de semana.
Christian parecia viciado em mim assim como eu era nele, e
eu amava essa peculiaridade que tínhamos.
Era meio louco pensar que dias atrás eu jamais imaginaria
que estaria vivendo tudo isso, se alguém me falasse eu
provavelmente diria que a pessoa estava pirada da cabaça, mas
não, aqui estava eu em alto mar para passar o final de semana
inteiro velejando com o meu professor de direito.
Os tabloides entrariam em colapso se ao menos sonhassem
com uma história dessa.
Eu sentia que aos poucos Christian e eu deixávamos de ser
uma incógnita um para o outro, e o acordo que havíamos
estabelecidos tinham suas regras sendo burladas a cada instante.
No dia que pisei em nova Iorque eu havia abandonado
muitas coisas, e uma delas foi deixar de ser a garota bobinha, cheia
de sonhos e iludida com o mundo que eu pintava de rosa, criei uma
personalidade fria e manipuladora para poder viver no covil de
cobras que era a alta sociedade, pois as vezes é necessário ser
assim para poder sobreviver.
Algumas pessoas me julgavam pelo meu jeito de ser e tudo
bem, eu realmente tinha um caráter duvidoso, o que me irritava era
que nenhuma delas fazia ideia do que havia me tornado assim, dos
traumas que sofri, do bullying e dessa merda toda.
Eu havia cansado de me explicar, por que a verdade é que a
maioria não se importa com o que você sofre ou não, eles só
querem saber da sua vida para fofocar, se você está por cima todos
estão com você, mas se você tem problemas você é deixado para
trás.
É como uma frase que ouvi: “evite decepção, seja você o
filho da puta”
Eu havia aprendido isso duramente e estava indo bem na
tarefa de fingir algo que eu não era, somente um traço da minha
personalidade tóxica, até Christian entrar em minha vida.
Desde o primeiro dia tudo foi muito intenso entre nós dois,
quando nos reencontramos tudo se tornou mais excitante ainda pelo
perigoso que corríamos, estar com ele era sentir a adrenalina pura
em minhas veias, melhor do que isso, era ir de encontro a tudo o
que a sociedade tradicional acreditava, os costumes antigos e essas
merdas todas que eu estava cansada de ouvir.
Christian me fazia querer voltar a ser aquela garotinha que
sonhava com um príncipe encantado acordada, que a amava
incondicionalmente sem se importar com a sua aparência, que a
achava linda sem um pingo de maquiagem e que moveria os céus e
a terra somente para estar ao seu lado.
Meu professor me fazia querer viver o amor que tanto
admirei nos livros de romance que li.
E tudo poderia ser bonito assim se eu não tivesse aceitado
aquela maldita aposta com Alexia, me sentia tola, não duvidava da
minha capacidade de fazê-lo se apaixonar por mim, sabia que
estávamos engatinhando para isso, mas eu não contava em me
apaixonar por ele, e essa aposta podia colocar tudo a perder,
porque se Christian soubesse... se ele ao menos imaginasse tudo
estaria perdido.
Fechei os olhos com força.
Eu era uma idiota mesmo.
Havia apostado que ele se apaixonaria por mim e agora eu
estava apaixonada e correndo o risco de ter o coração partido se ele
descobrisse meu segredo.
Mas eu tinha um plano, iria deixar passar os 30 dias que
combinei com Alexia, ter certeza dos sentimentos do professor e
prova-los a Alexia, vencendo assim nossa aposta, depois disso
contaria tudo para ele.
Até lá ele teria que estar apaixonado o suficiente para me
perdoar, pois eu não aceitava perder Christian e nem a aposta.
Pego o biquini verde — lembrando-me do que ele me disse
antes de eu apagar — e o visto, de fato a cor destacava tanto meus
olhos como minha pele pálida.
Viro de lado observando os arroxeados que Christian deixou
em minha pele no decorrer dos últimos dias, sabia que o ego dele
ficaria satisfeito ao me ver desfilar com as marcas que ele havia
feito em mim, por isso não vesti nada por cima da peça.
Saí da suíte com um pote cheio de uvas que estava na
bandeja, procurei por Christian somente com os olhos, mas não o
avistei, e como o barco era bem grande nem quis me dar ao
trabalho de ficar andando, sabia ele logo me encontraria.
Conectei meu celular na caixa de som e coloquei uma
música da minha cantora favorita para tocar.
O dia estava lindo, o céu dissipado de nuvens num mix de
tons azuis, vermelho e alaranjado, o vento batia forte em meu corpo,
e o mar estava calmo embora tivesse lindas ondas por onde
passávamos.
Perdi a noção do tempo que fiquei somente observando a
paisagem natural até que minha música favorita começou a tocar.
— Eu fico fora até tarde, não tenho nada na minha cabeça,
— gesticulo com o indicador apontando para minha cabeça
enquanto cantarolo com o som estourando no barco — é isso que
as pessoas dizem, hum, hum, é isso que as pessoas dizem, hum,
hum.. — Paro de cantar e começo a dançar ao ritmo da batida.
— Quem é essa cantora? Música boa... — dou um pulo
assustada ao ser pega em flagrante em meio a uma dança que com
certeza era constrangedora.
— Christian, como você pode não conhecer a melhor e
maior cantora do mundo? — pergunto abismada dando pausa na
música no mesmo instante.
Ele franze o cenho parecendo ligeiramente confuso.
— Não faço ideia de quem seja. — Deu ombros pegando
outra uva — Bota no play de novo.
— Deixa minhas frutinhas! — ralhei — OK, aprouve a mim
lhe converter a loirinha.
— Me converter do que? E a única loirinha que me interessa
é você.
— Que fofo, mas você precisar ser um swiftie, Christian, e
deve ter orgulho de poder fazer parte dessa era. — falei pegando-o
pela mão e o levando até uma das espreguiçadeiras para
sentarmos.
— O que é ser um swiftie? — abri um sorriso que com
certeza não coube em meu rosto com sua pergunta.
Quando chegamos nas espreguiçadeiras o empurrei até que
caísse sentado em uma e fui para o seu colo, dei uma leve
reboladinha em cima de seu pau só voltei a comer minhas uvas
quando ele bateu em minha coxa em repreensão.
— Um swiftie é muito mais do que apenas um fã da loirinha,
ele respira e venera sua musa, não somente suas músicas, mas sua
história e personalidade.
— Ela é seu ídolo né? — me interrompeu.
— Foi difícil de perceber? — rimos juntos — mas sim, eu
venero essa mulher desde que era uma criancinha, infernizei a vida
de papai para poder conhecê-la.
— Não faz muito tempo né — tossiu tentando disfarçar a
frase, bati em seu peito com força — Aí, agressiva.
— E você é tão velho que nem consegue acompanhar as
atualidades. — Retruquei ácida. — Aliás, você deveria ser o mais
agradecido por eu gostar de um pau velho.
— A única coisa que quero acompanhar é você, amore mio,
e que história é essa de pau velho, Ellie? — apertou o braço ao
redor do meu corpo — Se me lembro bem, meu pau velho a satisfez
muito nos últimos dias.
— E minha boceta cheirando a leite também satisfez seu
pau velho, estamos quites, docinho — pisquei graciosa — Agora
para de ser fofo, tô tentando brigar com você, Christian. — falei
cruzando os braços em cima do peito e fazendo um bico birrento
que não durou nem três segundos.
— Pode voltar seu discurso sobre ser um swiftie vai, você
tem a missão de me convencer a gostar dela.
Bati pequenas palminhas e levantei empolgada.
— OK. OK. Vamos começar do começo, o nome da cantora
é Taylor Alison Swift e ela nasceu na Pensilvânia... — comecei meu
discurso tradicional, contei sobre sua infância, família, suas
composições, como ela estourou nas plataformas, os haters, os ex-
namorados, é claro, e expliquei a eras de cada álbum.
— Uau. — Foi o que ele disse quando eu terminei de falar.
— Ela é incrível né? Você é obrigado a ouvir as músicas
dela a partir de hoje ou então está tudo acabado entre nós. — falei
voltando a comer minhas uvas.
— O que?
— Está nas suas mãos.
— Taylor Swift vai ser minha nova religião — levantou a mão
como se fizesse um juramento enquanto falava.
— Então estou oficialmente entrando na era reputation. —
Abri os braços sentindo o vento forte bater em meu corpo.
— O que ela significa mesmo? — coçou a barba.
— A era reputation é para as pessoas vingativas, que amam
intensamente, fazem loucuras insanas, e são tipo “eu odeio todos,
menos você”, o drama as perseguem e o paixão as enlouquecem.
— Gesticulei com as mãos
— Acho que estou nessa era desde o dia em que pus meus
olhos em você. — Confessou olhando dentro dos meus olhos.
E eu sorri, como a boa idiota que era porque amava quando
ele falava como um homem romântico e apaixonado.
— Essa uma das coisas mais românticas que você já me
disse. — Entrelacei meus dedos em frente ao corpo quando ele se
levantou e andou até mim.
— Eu sei, e é verdade — separou minhas mãos e levou a
direita em direção a sua boca — Acho que o “odeio todos, menos
você” se aplica perfeitamente a mim.
Sorri.
— Ele deve ter sido feita inspirada em nós — dedilhei seu
peito nu e seus braços passaram envolta da minha cintura me
erguendo do chão.
— Talvez essa “era reputation” toda seja, afinal.
— Se isso for verdade, — falei baixo contra seu rosto —
estaria admitindo estar apaixonado por mim.
Meu coração batia acelerado dentro do peito, sentia até meu
dedinho do pé gelado esperando sua confirmação.
— Pensei que isso já estivesse claro, amore mio.
As íris azuis brilhavam, mas dessa vez não parecia ser
somente pela claridade, os olhos dele pareciam brilhar de paixão
para mim.
— Sabe o que isso significa? — sussurrei em seu ouvido.
— O que?
— Que quebramos o acordo.
Ele sorriu.
Sim, ele sorriu, com direito a dentes a mostra.
Foi impossível não esticar meus lábios em um sorriso maior
ainda.
— Eu nunca tive a intenção de segui-lo.
— Nem eu.
E com o sol se pondo no horizonte fizemos nossas juras de
paixão enquanto nos beijávamos loucamente.
CAPÍTULO 24
Então abra os olhos e veja
O modo como nossos horizontes se encontram
E todas as luzes vão te guiar
Pela noite comigo
E eu sei que essas cicatrizes irão sangrar
Mas os nossos corações acreditam
Todas as estrelas vão nos guiar para casa
All Of The Stars, Ed Sheeran
O céu está negro acima de nós e posso ver muitas estrelas
no céu por estarmos no meio do mar e longe das luzes da cidade.
É um lindo espetáculo.
— Elas parecem muito mais brilhantes daqui. — Digo para
Christian, que está deitado na espreguiçadeira ao meu lado.
— E são, o alto uso da energia elétrica ofusca o brilho delas
na cidade, mas como estamos a muitos quilômetros de lá e no meio
do mar, podemos vê-las como elas são.
— Acho que funciona assim para muitas coisas, né? —
questiono virando meu corpo de lado, para olhá-lo.
Me surpreendo ao notar que ele já está assim, e seu olhar
demonstra tanto carinho e paixão que fico desconcertada.
— Você consegue ficar ainda mais linda aqui, iluminada pela
lua e pelas estrelas.
Sorrio sem graça, apertando o manto em meu corpo, ao
sentir o vento gélido tocar minha pele.
— Acho lindo como suas bochechas coram a cada vez que
a elogio. — Ele diz, seus lábios esticados num sorriso tímido.
— Não estou acostumada a receber elogios.
Não sinceros, pelo menos. Completo em pensamento.
— Do que depender de mim, você estará sempre com as
bochechas vermelhas, — ele se senta, desço meus olhos pelos
gominhos em sua barriga e mordo o lábio, aquele homem era tão
lindo — porque nunca vou cansar de dizer o quanto é linda.
Meu coração palpita.
— Somos um casal invejável então, pois você, apesar da
idade — brinco, recebendo um olhar zangado dele — ainda é um
homem muito bonito.
— Casal é? — arqueia uma sobrancelha, se levantando e
vindo até mim — gostei disso, amore mio.
— Deita aqui do meu lado — peço, me afastando para que
ele tome meu lugar.
— Você não consegue desgrudar de mim. — Ele brinca,
enquanto faz o que eu pedi, jogo meu corpo em cima do seu, pela
espreguiçadeira ser pequena para nós dois.
— Foi você quem se levantou, eu só aproveitei, docinho. —
Digo, dando entonação no apelido, aperto meus braços em seu
corpo quente e macio.
Eu amava a sensação que era estar nos braços de
Christian, me sentia tão acolhida ali.
— Odeio esse apelido. — Murmura parecendo chateado, rio
baixinho.
— Ele combina perfeitamente com você. — Ergo a cabeça
para olhá-lo, seu semblante está tão tranquilo que queria poder
fotografá-lo para eternizar esse momento raro, e que geralmente só
acontece quando estamos juntos.
— Você combina perfeitamente comigo.
— Para de me galantear. — Bato em seu peito sem usar
força.
— Eu gosto de lhe galantear, Ellie Carter. — Afirma,
passando o braço envolta das minhas costas.
Estávamos em uma posição relativamente estranha,
Christian deitado de peito para cima, eu com metade do corpo em
cima dele, minha perna direta estava no meio das suas pernas,
minha cabeça um pouco abaixo do seu queixo, meu braço direito
está descansando em seu peito e o braço esquerdo dele aperta
minha cintura.
Permanecemos em silêncio, e do jeito que eu estava podia
ouvir as batidas do coração de Christian, calmas e constantes,
batuco meu dedo em seu peito no mesmo ritmo que seu coração
está batendo.
— Christian? — chamo-o sem olhá-lo.
— Oi, amore mio.
— Você sabia que quando duas pessoas apaixonadas se
olham fixamente nos olhos por três minutos, elas passam a ter a
mesma frequência cardíaca?
— Podemos testar se é verdade, o que acha?
— Seria legal. — Respondo enrolando os cabelos em seu
peito.
Fecho os olhos apreciando o silencio confortável do
momento, algo que é um pouco estranho para mim. Minha mente
viaja para as infinitas possibilidades que tenho em minhas mãos.
— Christian?
— Oi.
— Eu gosto muito de você, sabia?
— Pensei que estivesse apaixonada por mim, Ellie. — Ele
graceja, sua mão acariciando meu ombro.
— Você está doido para me ouvir dizer outra vez né? —
ergo minha cabeça para olhá-lo, apoio minha mão ao lado de seu
corpo.
— É a frase mais linda que já ouvi — confessa olhando me
fixamente.
— Christian Lancellotti, eu estou apaixonada por você —
digo sem desviar os olhos dos seus, vejo quando o sorriso alcança
seus olhos e ele me puxa para si.
— Eu jamais vou me cansar de ouvi-la dizer isso.
Ele diz, beijando meus lábios repetidas vezes.
Me sinto tão bem.
— Jamais vou me cansar de dizer — admito — Meu Deus,
estamos sendo tão bregas — gargalho afastando meu rosto do seu.
O sentimento de felicidade parece irradiar todo o meu ser,
principalmente ao ver seus olhos tão brilhantes para mim e seu
sorriso tão sincero em seu rosto.
— O amor é brega, e é lindo.
— Se você estiver comigo, eu aceito ser brega para sempre.
— Então estamos combinados.
Dito isso, Christian toma meus lábios para si e me beija
apaixonadamente durante o resto da noite.
DIA 27
DIA 28
...
DIA 31
...
...
We're in heaven
Que estamos no paraíso
Tropes:
Romance de escritório
Pai adotivo
Recomeço
[1]
Uma faixa usada na cabeça
[2]
Série da Barbie
[3]
Trecho do livro: O morro dos ventos uivantes.
[4]
Já estou louco por você em italiano.
[5]
Frase adaptada do livro “Por lugares incríveis”
[6]
Soneto de fidelidade, Vinicius de Moraes
[7]
Trecho da música: Look What Made Me Do, Taylor Swift