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Dedico este livro a você que encontrou esperanças mesmo na falta
dela, e, assim, conseguiu se desfazer das cicatrizes que lhe
habitavam.
Antes de embarcar na jornada de Aiden Thorne precisa saber
que:
Ele não é um herói, muito menos um vilão, é apenas a
consequência daquilo que o forjaram, um jovem que perdeu seu pai
aos 13 anos, e descobriu tão cedo do que a maldade humana é
capaz de fazer com as pessoas.
Pigarreio.
– Mãe... – minha voz morre assim que ela ergue a cabeça para
me encarar, seus olhos estão vazios, opacos, como se uma
profunda tristeza estivesse acometendo a sua alma. Os cabelos
escuros caem sobre o rosto com o movimento, quebrando a ligação.
– O xerife está aqui.
Sutherland.
Por quê?
Deus, como isso dói. Arde tanto que eu sinto como se alguém
estivesse rasgando o meu peito e estraçalhando o meu coração
com as próprias mãos, partindo-o em inúmeros pedaços, até não
haver mais conserto, até não restar mais nada. Nada além de
sombras e escuridão.
Meu pai.
Morto.
– Quer um pouco? Está muito bom, foi a minha mãe que fez. –
Miles estende o copo na minha direção e eu permaneço imóvel, sem
esboçar qualquer reação. Ele suspira, recolhendo o copo de volta. –
Cara, você precisa reagir.
Acontece que eu não sinto vontade nenhuma de reagir, não
consigo desencadear nenhuma reação. Nada é capaz de me puxar
para fora desse desastre. Nada.
A porta da frente é aberta e o desgraçado do prefeito entra
acompanhado da mulher e da filha. O filho da mãe que matou o meu
pai – o assassino. Ele está usando um terno preto, os cabelos
escuros estão impecáveis e o semblante é impassível, ele não
demonstra nada, nem mesmo arrependimento.
Raiva pura infla o meu peito, uma lágrima solitária rola pela
minha bochecha esquerda. O corpo reagindo, explodindo de alguma
forma, já que eu não posso socar esse homem, não agora, não
ainda.
– Aiden, você precisa se acalmar – Miles se inclina para
sussurrar próximo ao meu ouvido – ele vai vir até aqui te dar os
pêsames e eles não sabem que nós sabemos.
E nem irão saber tão cedo. Não até que eu tenha me vingado
da morte do meu pai. Não até que eu coloque o assassino na
cadeia.
– Eu vou fazer com que ele pague pela morte do meu pai.
Cada um deles.
Miles me puxa, forçando-me a encará-lo.
– Eles são perigosos, Aiden e você não passa de um garoto
idiota de treze anos de idade.
Balanço a cabeça.
Amplio o sorriso.
– Sabe muito bem que não é por isso que estou puta com
você! – contrapõe, um tom de irritação em sua voz.
– Eu tirei uma foto, então enviei pra ele com uma mensagem
informando o rompimento do nosso relacionamento. Depois exclui
todas as nossas fotos juntos e bloqueei o contato dele, quando
começou a me ligar como um louco, não me deixando em paz.
Não foi covardia da minha parte ter rompido o nosso
relacionamento por mensagem, eu só não queria olhar para a cara
do desgraçado! Me doeu muito o que Lennon fez, pois, embora eu
não sinta mais nada por ele além de amizade, ainda assim, o
respeitava e esperava que fosse recíproco.
– Acho que ele não vai deixar isso pra lá, tenho certeza de que
Lennon vai achar outros meios de chegar até você.
Encaro-a, sorrindo.
Emy bufa.
– Claro que deve saber, mas acho que ele não vai ser muito
útil por agora.
Sinto a minha testa franzir.
– Como assim?
– E quem é?
– Você deve se lembrar dele, ele era filho do sócio do meu pai.
– Vasculho a minha mente em busca de algo, mas não consigo
lembrar de nada, então Emy continua: – A mãe é a promotora de
justiça, à senhora Thorne, o pai morreu há uns dez anos, eu acho,
daí ele foi embora.
Arregalo os olhos ao lembrar vagamente da situação.
– Eu não sei, só sei que Miles está surtando com isso e talvez
faça uma festa para comemorar o retorno do amigo.
O prefeito;
O juiz;
O xerife;
– Já foi no Dominators?
Sei que estamos sozinhos, mas, por precaução, olho para os
lados mesmo assim, garantindo que não há ninguém ouvindo a
nossa conversa.
Bufo.
– Tudo certo.
A faculdade é só um instrumento para jogar na cara das
pessoas que tenho uma formação, e claro, ter uma desculpa
plausível quando perguntam o que eu faço, afinal de contas, estudo
ciência da computação para aprender a mexer melhor nos sistemas
do banco quando for assumir o lugar que pertencia ao meu pai.
Madelyn Sutherland.
É ele.
Fico rígida no exato instante em que ela fala o nome dele, não
consigo fazer nada além de me manter imóvel e fingir que é tudo
culpa da vodca e não da presença desse cara que mal chegou na
cidade e já parece me atormentar tanto.
– Pode encher – responde, a voz grave, grossa e... sexy como
o inferno.
Limpo a garganta e me viro, mantendo o quadril escorado
contra o balcão como uma garantia de que as minhas pernas não
irão falhar, mas, se acontecer, não irei de encontro ao chão e passar
vergonha.
Céus!
Aiden é ainda mais arrebatador de perto. Ou é só o fato de que
ele parece misterioso e enigmático e eu, de uma maneira bem
estranha e psicologicamente instável, me sinta atraída por essas
qualidades.
Mesmo que eu esteja usando saltos, Aiden é alguns bons
centímetros mais alto que eu. Ele me encara em silêncio, os olhos
brilham com algo que não consigo descrever, mas parece quente
e... promíscuo.
Deus, estou bêbada!
Aiden ri, o som rouco e gostoso faz com que os meus olhos
voem em sua direção em um piscar como se fosse música para os
meus ouvidos. Ainda sorrindo, ele retira a garrafa de Emy e volta a
beber.
– Faz muito tempo que você foi embora, todos nós mudamos.
– refuto.
Por que tudo o que sai da boca dele parece mentira? Ou, pior
ainda, porque parece que Aiden está zombando de mim e adorando
isso?
Aiden ri.
– Ei, tem certeza de que os seus pais não vão comer o seu
fígado por essa festa? – pergunto, inclinando-me para que ele possa
me ouvir.
A garota em seu colo ergue a cabeça para me encarar, os
olhos brilham em minha direção e ela morde o lábio inferior de
maneira sexy.
– Bem provável – assente Miles, encolhendo os ombros –
Vamos supor que as coisas saíram um pouco de controle.
Madelyn disse que estava indo embora então ela só pode ter
ido para a rua. Que garota inconsequente!
A luz da lua bate contra o seu rosto e ela não poderia estar
mais linda do que nesse momento, aconchegada em meus braços e
confortável onde está. Madelyn não se encolhe ou estremece com a
minha resposta, ela parece não acreditar ou não se importar.
Suspiro.
– Sim, mas a minha escuridão é profunda, Maddie, você não
gostaria de entrar nela.
Ela bufa.
– Vamos, me conte um segredo – muda de assunto, abrindo os
olhos para me encarar.
– Meu Deus, e o que você fez? – Todo o sono que ela parecia
sentir, esvaiu-se do corpo com a minha confissão.
O sinal fica verde e eu coloco o carro em movimento,
mantendo meu rosto fixo na estrada à nossa frente.
Encolho os ombros.
– Eu voltei no lugar e perguntei se podia tirar.
– E conseguiu?
– Está tão irritada com o fato que não consegue nem mesmo
negar a verdade?
Vejo o músculo da sua mandíbula trabalhar pelos dentes
semicerrados.
– Não acredito que você vai mesmo entrar pro time – diz,
empurrando ainda mais a porta.
Ele bufa.
Alguém suspira.
– Sim, ela descobriu tudo sobre o meu caso com a Gretha.
– Porra, não acredito que você deu essa mancada. – Outro
comenta.
– Eu não sabia que ela estava me seguindo, Madelyn nunca
nem mesmo demonstrou estar desconfiada – responde, irritado.
– Ela vai, nós vamos nos casar um dia, devemos ficar juntos.
– Tudo bem, mas saiba que vai encontrar muitas coisas que
podem, ou não, te apavorar – avisa, levantando-se do chão – E eu
digo isso porque talvez você acabe gostando e vire uma
frequentadora, como eu.
A sorte dela é que Miles não é um irmão ciumento, pelo
contrário, ele e Emy são super parceiros e colocam a amizade
acima de tudo.
Me impulsiono para cima com as palmas das mãos,
levantando-me também. Sei que nosso horário de intervalo está
quase acabando e precisamos sair antes que o sinal toque, ou
ficaremos presas nos corredores no meio de tanto tumulto e
chegaremos atrasadas na próxima aula.
– Maddie, seu pai não está falando por mal! – adverte mamãe,
franzindo o rosto em uma careta.
– Estou indo! – falo, girando nos calcanhares e puxando Emy
comigo para fora de casa. Bato a porta com força, deixando claro
que já estou ficando puta com todo esse sermão idiota. – Eu odeio
essas regras ridículas – reclamo.
– Vamos dar uma volta por aí! – diz, dando a nossa conversa
por encerrada.
Percorro o local ao lado de Emy, recebo alguns olhares
sugestivos de alguns garotos da faculdade e tantos outros
depreciativos das garotas. Lennon é jogador de Rugby, o esporte
principal do Alabama, é claro que todo mundo o conhece e que ele é
desejado, por isso tenho certeza de que não faltou comemorações
entre os grupinhos quando o fim do nosso namoro virou fofoca.
– É... pode limpar a mesa, por favor? – fala Emy, sem jeito.
Isso dói!
– E, além do mais, acho que Aiden e Miles estão por lá, já que
eu não os vi aqui – continua, um brilho em seus olhos.
Emy ri.
– É meio que instintivo, você vai ver e vai decidir do que gosta
– explica, enrolando os cabelos nos dedos. – Mas, enfim, ninguém
vai fazer nada com você, nem mesmo tocar, eles só podem fazer
isso com a sua permissão.
– Tudo bem, vamos nos divertir. – Ela abre a porta, mas para
antes de sair do carro. – Não se assuste, talvez você veja Miles
transando com alguém por aí, só ignore e passe reto.
Engulo em seco.
Emy discorda.
– Já sabe que não precisa falar com ele, sem cartão não entra.
– É a irmã dele.
– Qual é o seu?
– Imperatriz – responde e me puxa em direção ao corredor.
Uma luz vermelha permeia o local confundindo a minha visão.
Pessoas percorrem o lugar com olhares afiados em busca de uma
nova conquista. Ao nosso lado direito tem uma sala ampla com uma
cama de dossel ao meio, cordas e algemas caem do teto e
inúmeros equipamentos bem estranhos estão dispostos em cima de
uma mesa de canto. Uma mulher está deitada de bruços no
colchão, as mãos estão amarradas junto com as pernas e ela está
aberta e virada para o público.
Emy ri.
Arquejo.
Oh, merda!
– Perséfone.
Mordo as bochechas para controlar um sorriso, preciso parecer
séria, como se isso fosse uma grande coincidência. Não posso ver o
rosto completo de Aiden, mas tenho certeza de que ele está
arqueando aquela sobrancelha idiota de sempre.
É ele.
Não lanço um último olhar a Aiden, eu simplesmente saio
caminhando em direção ao misterioso, atravesso o corredor,
ignorando alguns olhares e me desfazendo de toques bobos. Paro
de frente para o sujeito, ele me encara com a mesma expressão
entediada de antes.
Fico em silêncio, sem saber o que falar ou como reagir.
Engulo em seco.
Porra!
– Aiden... – Seu nome sai dos meus lábios como uma súplica,
um pedido involuntário para que continue.
Puta merda!
Seria muito mais fácil se o maldito não tivesse mais do que um,
assim me pouparia trabalho e nós poderíamos ir de uma vez para o
bar beber com Emy e Maddie.
Miles fica em silêncio, a respiração voltando ao normal depois
do susto.
Meu pai foi no mercado porque ele sabia que Miles dormiria
àquela noite na nossa casa. Ele foi porque ele era, acima de um
bom homem, um ótimo pai. Só que ele nunca mais retornou.
Miles suspira.
– O xerife.
– O prefeito.
– E quanto a Maddie?
Cerro os dentes com tanta força que o músculo da minha
mandíbula estala. Não quero pensar em Madelyn. Não quero
analisar a nossa situação. Não quero reflexionar sobre como ela vai
ficar, sobre como ela vai reagir.
– Boa sorte, vai levar no mínimo uns dez minutos para que
alguém apareça – murmura Madelyn, cruzando os braços –, tem
muito público para a pouca gente que trabalha, eles estão
sobrecarregados.
– Então por que mesmo que vocês vêm pra cá? – Encaro-a.
– O quê? – pergunto.
Estou prestes a gozar, mas não quero fazer isso agora e nem
na boca dela, eu preciso experimentar de uma vez a boceta
apertada ou eu vou entrar em colapso. Viro o carro bruscamente
para o lado e entro em uma rua deserta. Madelyn continua
mamando, alheia ao que eu estou fazendo. Desligo o veículo e a
puxo para cima.
Linda!
Sem vingança.
Só eu e ela.
Só eu e a filha do inimigo.
Madelyn se contorce.
Solto um gemido.
Desço a mão livre até a bocetinha e massageio o clitóris
inchado e molhada, circulando o nervo redondo. Ela está tão
lubrificada, tão excitada e molhada que meus dedos resvalam pela
pele com facilidade.
Ela ri.
Era muito mais fácil viver assim quando eu era mais nova,
afinal, quando se é criança, as pessoas tendem a ser menos
maliciosas e procuram menos algo para que possam te julgar.
– Sim, o próprio.
Nossa senhora!
– Então fique falando sozinho, eu não quero nem olhar pra sua
cara, quem dirá perder o meu tempo conversando com você!
– Enfie todo esse amor que diz sentir tanto na bunda, eu não
quero mais você! Eu tenho nojo de você! – Me curvo para falar,
ignorando os zumbidos que ele faz por causa da dor. – E saiba que
isso não ficará assim, se tocar em mim de novo, prepare as malas e
suma da cidade. – Cuspo nele.
Faço a volta no corpo estendido e começo a correr sem olhar
para trás. Não espero que ele tenha a chance de se recuperar e
venha atrás de mim, não espero pela ajuda de ninguém. Eu avanço
pela rua e dobro a esquina, mas não perco o ritmo, nem mesmo
quando avisto algumas pessoas, nem quando eu me aproximo de
um bairro mais agitado, nem quando os meus pulmões queimam e
imploram por ar. Eu só continuo correndo e correndo.
Suspiro, resignada.
– Como assim?
Ah, céus!
– Para ser bem sincera, não sei. Diziam que você começou a
criar problemas para a sua mãe, então ela te mandou para morar
com a avó e esfriar a cabeça.
Meu peito se contrai com a raiva e dor que sinto em sua voz e
eu adoraria poder voltar no tempo e abraçar aquele Aiden que, de
alguma forma, se partiu naquele dia.
– Eu sinto muito, Aiden – sussurro, as lágrimas pinicando atrás
dos meus olhos.
– Por quê?
Não sei o que está acontecendo entre nós dois, mas tenho a
certeza de que é especial e... certo.
Madelyn é, com toda a certeza, a garota mais incrível que eu já
conheci. Ela tem um jeito único de ser direta sem ser invasiva,
assim como de se compadecer com a dor dos outros mesmo que
não entenda o que eles estão sentindo.
Eu gosto de Maddie, sinto algo único com ela, mas isso tudo é
maior do que nós dois, é maior do que estamos tendo. Tom
Sutherland tirou de mim o meu melhor amigo, quem eu mais amei
na vida, mas não foi só isso. Ele me tirou de mim mesmo, foi por
causa dele que o antigo Aiden não existe mais. E ele precisa pagar
por isso.
– Cara... – Miles balança a cabeça – só não faça nada com
que vá se arrepender, sei que essa vingança é muito importante,
mas não tinha Maddie no planejamento, e não quero que perca algo
que faz bem para você.
Concordo com um aceno, sem condições de lhe dar uma
resposta verbal.
– Quem será o próximo? – continua, o semblante carregado,
fazendo a mesma pergunta pela segunda vez.
Ignoro-o.
Recolho a minha mochila de uma das pilastras e deixo o
gramado pelo portão dos fundos, evitando os vestiários e todo o
alvoroço que deve estar no local.
– Não estou chateada com Aiden pelo que ele fez, se é isso
que está achando – argumento, na defensiva –, só estou pensando
em tudo, no que estamos tendo, no que eu estou sentindo...
Aiden é perfeito!
Ele é querido, carinhoso, cuidadoso, fode bem pra caramba,
protetor e ainda é gato demais. Uma combinação perfeita do que
pode ser fatal para qualquer coração... e calcinhas.
– Não.
Pigarreio.
Minhas pernas estão tão abertas que torna fácil o acesso até o
meu clitóris inchado. Sinto o líquido quente da minha lubrificação
escorrer pela minha bunda, enquanto eu suspiro, gemendo com o
orgasmo beirando.
Aiden continua pressionando o vibrador e eu solto um grunhido
quando sinto a sensação arrebatadora na boca do estômago, os
espasmos se espalhando pelo corpo inteiro, me deixando arrepiada
e alucinada.
– Em breve não será mais e fico feliz que o meu pau seja o
primeiro a abrir esse cuzinho apertado.
Ele retira uma mão das minhas pernas e a leva até a minha
boceta, tocando no clitóris pegajoso pela lubrificação e inchado pelo
desejo. Com o polegar, Aiden circula o nervo redondo e sensível,
induzindo-me ainda mais ao orgasmo arrebatador.
Sinto o orgasmo.
Ela está lambuzada pra caralho, tão melada que eu nem vou
precisar de lubrificante para fodê-la.
Desço uma mão pelo abdômen liso e massageio o clitóris
inchado, brincando com o nervo sensível e prazeroso. Maddie
estremece debaixo de mim, deleitando-se com as novas investidas,
rendida ao prazer. Com a outra mão, espalho a lubrificação pelo
cuzinho apertado e enfio um dedo no buraco, suspirando,
antecipando o as sensações de ter o meu pau sufocado por ele.
– Você é um pervertido.
Ergo as sobrancelhas.
– É claro, qual é a maior ofensa para um homem do que uma
mulher classificar o seu pau como pequeno? – retruco, contendo um
sorriso. – Existem formas menos dolorosas de ofender um homem,
Madelyn.
– Tipo o que?
Até Madelyn.
NÃO!
Bufo.
Eu não preciso nem tentar negar esse fato, logo que Aiden e
eu fomos vistos juntos, o burburinho sobre um possível romance se
espalhou, o que foi consolidado, já que todas as vezes em que
estamos em público não fazemos questão nenhuma de disfarçar
que tem algo acontecendo.
– Eu vou contar para os meus pais tudo o que ele fez, se ele
acha que vai sair de vítima de toda essa situação, está muito
enganado – ameaço, entredentes.
Esse escândalo vai se espalhar por aí, vai flutuar feito fumaça
ao vento, esgueirando-se em cada canto da cidade, tornando-se,
em breve, o assunto mais falado e mais comentado.
Era isso que Lennon queria, foi por isso que ele veio lutando o
tempo todo. Me prender de volta na gaiola social, na jaula que me
cerca. Assim, a oportunidade de me fazer ceder às suas investidas
se tornaria gradativa, ao seu ver.
Balanço a cabeça.
Durante todo esse tempo, fui taxada por tantas coisas que eu
nem sei enumerar.
Sim, eu poderia tentar isso, mas eu sei que não vai adiantar de
nada, não quando se trata sobre a carreira política do meu pai, não
quando é o nome da nossa família envolvida em algum escândalo.
Não era para doer tanto essa constatação, meu acordo com
Aiden não passou de algo carnal e meramente sexual. Era para ser
leve e divertido para nós dois.
Dou uns passos para trás, uma dor aguda acerta o meu peito,
meu coração comprime tanto que se transforma em nada. Balanço a
cabeça, incrédula, triste, com raiva.
Como ele pôde fazer uma coisa dessas? Como ele pôde
espancar a mulher que espera um filho dele? Como ele pôde bater
em uma mulher?
– Gretha... – balbucio.
Percebo que estou chorando, que tudo isso parece anormal,
fora do comum. Não consigo sentir nada além de ódio puro e
profundo de Lennon, e um pesar enorme por Gretha e pela criança
que ela espera.
– O que foi?
Encolho os ombros.
– Claro que sim, quem seria maluco pra roubar o meu carro? –
retruca, ainda com a atenção no aparelho – Esse filho da puta não
sabe com quem se meteu – grunhi.
– Tem alguma ideia de onde elas possam ter ido com o carro?
– interpelo, mantendo os meus olhos fixos no bando de panacas.
Miles se remexe no banco, inquieto.
– Não faço ideia, nem sabia que elas teriam coragem de fazer
uma coisa dessas para começo de conversa – estala a língua no
céu da boca, inconformado –, o que você acha que elas vão fazer
com o carro?
Ainda não sei bem o que eu vou fazer, nem aonde ir, só sei
que agora que o xerife sabe do furto, nós precisamos dar um jeito
de encontrá-las e abandonar o carro em algum lugar antes que elas
sejam pegas.
Sempre quis saber como seria ter uma irmã mais nova e Emy
está suprindo todas as minhas perguntas. Ela é divertida e insana, o
que deixa Miles em desespero. E isso é muito bom de se assistir.
– Vai com o meu carro de volta para o bar, assim Emy pode
pegar o carro dela – aviso, encarando Miles –, eu vou com Madelyn
para a cidade, vamos abandonar o veículo em um lugar qualquer.
Maddie suspira.
– Não é um abandono – aproxima-se e segura as mãos da
amiga –, sabemos como as coisas funcionam, assim como sabemos
que nada acontecerá comigo, então, por favor, vá com Miles.
Emy pondera por uns segundos, a constatação óbvia dos fatos
apontando em sua face, conforme vai dissolvendo a carranca.
Me levanto, sorrindo.
Madelyn está com os olhos fechados, suor escorre pelas
têmporas e pescoço, as bochechas possuem um tom bonito e os
cabelos estão bagunçados. Ela está linda e relaxada com a
aparência de alguém que acabou de gozar.
– Você me sujou todo, princesinha – murmuro, removendo o
meu casaco e esfregando os meus braços.
Maddie abre os olhos nebulosos, o rosto muda de cor,
envergonhada.
Encolho os ombros.
Perfeita.
Jogo o casaco no carro e puxo-a pela mão. Maddie está
trêmula, o corpo bambo, fraco, recompondo-se da onda de prazer.
Beijo a testa suada, antes de me afastar.
Minha garota.
– Eu vou ficar presa pelo resto da vida para que assim possa
manter as boas aparências de uma família perfeita para os
eleitores? – retruco, sorrindo zombeteiramente.
Não parece bom, nada bom. Ele não ofereceria tal acordo se
não fosse benéfico para ele ou para a política.
– Eu retiro o castigo se você aceitar reatar o relacionamento
com Lennon – avisa, afastando-se para pegar mais whisky –, não
me interessa quais foram as causas do término, só sei que o garoto
está arrependido e sofrendo, ele gosta mesmo de você. Além do
mais, nunca se meteu em problemas ou em escândalos enquanto
estiveram juntos.
Não consigo conter o bufo que separa os meus lábios, a
indignação que transforma o meu rosto em uma carranca.
Ele era bom pelo simples fato de me manter na linha e por isso
recebeu o perdão do meu pai.
– Sim.
– Lennon é um babaca.
Ela me observa, os olhos correndo em direção a todos os
cantos da minha face, analisando cada reação fugaz que expresso.
– O quê?
Aiden entra e fecha o vidro atrás de si, ele limpa as mãos nas
calças.
– Você ficou maluco? – murmuro, encarando-o estupefata.
Não estou com ódio dela, estou com ódio dele. Madelyn é
claramente uma pessoa oprimida, alguém que precisa seguir ordens
que não gosta e não está de acordo, alguém que precisa seguir
padrões.
Fui um tolo.
Sempre pensei que a vida dela fosse perfeita, que Madelyn
fosse a legítima princesinha, a garotinha perfeita do papai, um ícone
na nossa sociedade.
Mas, neste tempo todo, a verdade sempre esteve à frente dos
meus olhos.
Ela é incrível.
– E quais eram?
Madelyn parece ainda mais triste do que estava antes, como
se as opções a magoassem em um patamar estratosférico.
– Aceitar a minha nova realidade que é viver enclausurada
para não me envolver em mais problemas, ou reatar meu
relacionamento com o Lennon, já que ele era um bom namorado,
embora tenha me traído, mentido e engravidado a amante, pois me
mantinha na linha.
Mas Madelyn...
Não vou falar para ela que é uma honra não estar nos padrões
do maldito do pai, pois acho que seria uma grosseria.
– Como?
Eu queria Aiden antes, mas depois de tudo o que ele fez por
mim, eu o quero ainda mais. E não posso acreditar ainda que
estamos oficialmente namorando.
Suspiro, satisfeita.
– Ainda assim eu quero matar você por quase ter entregado de
bandeja ao meu pai o nosso segredinho – refuto, sorrindo.
Aiden beija o topo da minha cabeça.
Eu sei que meu pai encobriu o caso, assim como o xerife fez
questão de manter tudo no anonimato, mas esperava alguma
retaliação dos idiotas ou algum comentário irrelevante.
Aiden confirma.
– Ela foi encaminhada para um abrigo de proteção a mulheres
vítimas de maus-tratos e violência doméstica. Gretha receberá ajuda
médica e psicológica, assim como um auxílio durante o restante da
gestação – avisa Aiden, se escorando contra mim.
Silêncio recai.
– Que bom que deu tudo certo e que ela vai receber a devida
ajuda, fico feliz em ver que conseguimos ajudar uma vítima em
situação de violência doméstica e abuso psicológico de alguma
forma – comenta Emy, suspirando aliviada.
Me sinto igual a ela, fico feliz e satisfeita que Gretha esteja
bem e acolhida. Espero que o bebê encontre uma família que o ame
de verdade e que seja feliz, se ela continuar com a ideia da adoção.
Assim como espero que Lennon apodreça na cadeia por ser um
babaca de merda.
Ela tem razão, como alguém que namorou por muito tempo
um jogador, sei bem como as coisas funcionam nesse patamar.
As torcidas gritam em suas arquibancadas o nome dos times
para quem estão torcendo, mas a rival perde drasticamente em
número de torcedores, já que estão jogando fora de casa. Os
meninos ainda não entraram em campo, e ainda assim isso não
impede o fervoroso que os alunos estão fazendo.
– Esse daí não volta a jogar tão cedo – comenta Emy, a boca
com películas do esmalte que roeu.
O jogo recomeça.
– Até parece que você também se importa com isso, vamos ser
sinceras, estamos aqui por causa dos meninos, não porque
amamos Rugby.
Solto uma risada enfezada, mas me calo quando o apito do juiz
soa.
Mais uma vez a partida se reinicia e o jogo acontece, tornando
o segundo tempo uma fluidez absurda. Ninguém nota os quarenta
minutos, os olhos sempre focados em cada acontecimento, o
coração bombeando com força todas as vezes em que o time
avança, prestes a fazer uma pontuação.
Encolho os ombros.
– Minha mãe precisava de mim.
E o meu também.
Aiden parecia tenso quando retornou do vestiário, de banho
tomado e com roupas limpas, assim como durante todo o percurso
até o Dominators. Ele nem mesmo pareceu notar que eu mudei de
roupa no banco da frente do seu carro.
– Sim, senhor.
Minha boceta pinga, calor se infiltra pelas minhas veias.
– Se ajoelha – ordena.
– Aiden... – choramingo.
Ele passa a boca para o outro, a língua dura rodeando a
aréola, antes de chupar o seio com tanta pressão que um gemido
alto se desprende dos meus lábios.
– Outra calcinha nova, desse jeito vou precisar abrir uma conta
em seu nome em uma loja de lingerie para cobrir os gastos –
murmuro.
Desgraçado!
Preciso me livrar dos dois últimos, mas como fazer isso quando
ainda tem o fator mais importante de todos?
Madelyn.
Eu me apaixonei.
Eu me apaixonei pela filha do assassino do meu pai. Pela filha
do inimigo. E não poderia estar me fodendo menos para isso.
Inferno!
Não consigo respirar, o ar se torna rarefeito, com o coração
descompensado, encaro o computador.
BEBN TDPUU
O computador para de apitar e a tela para de piscar, ficando
pausado na mensagem que eu recebi.
Encaro a assinatura, lendo e relendo as letras, vasculhando
em minha mente uma explicação óbvia para isso.
Me sento na cadeira e puxo uma folha, retiro um lápis e
começo a escrever. Ele assinou em criptograma, um método de
código avançado. Neste método, o código geralmente é feito pela
letra seguinte de cada letra do alfabeto tradicional na direção
padrão.
ADAM SCOTT
Ouço o roçar das roupas dele contra a cadeira e sei que está
inquieto, tão preocupado e sobrecarregado quanto eu.
Dou de ombros.
– Isso é arriscado...
Aceno.
– Pensando no que fazer? Como acha que ela vai ficar quando
descobrir que foi o pai dela que mandou matar o seu e que você só
está aqui por vingança, para acabar com a família dela?
Estou apavorado.
Tento sufocar a angústia crescente, engolindo-a fundo para
que consiga, de alguma forma, me explicar e me redimir, mas a dor
progressiva me sufoca tanto que não consigo nem mesmo mexer a
língua, não consigo fazer nada além de ficar horrorizado, me
transformando em um completo inútil.
Eu quero gritar.
Mas a minha voz já foi gasta.
Eu quero chorar.
Mas as minhas lágrimas secaram.
Era para ser apenas uma corrida rotineira e uma visita
surpresa na casa do namorado. Não isso. Longe desse desastre.
Sem os vislumbres da verdade consternante.
Eu não consigo respirar direito diante de tudo o que acabei de
ouvir.
Dói.
– Foi tudo mentira? – sussurro em um fio de voz.
Aiden acena.
– Eles fizeram parte do esquema.
– Foi você – murmuro, fechando os olhos com força.
Ele pode não me culpar pelas atitudes do meu pai, mas omitiu
a verdade, não confiou suficientemente em mim.
– Eu juro que não queria isso, que só não falei nada porque
não queria te envolver.
Saio da casa sem olhar para trás, correndo para fora como se
ela estivesse pegando fogo e a minha vida dependesse só de mim
para fugir.
Tapo a boca com uma mão, engolindo outro soluço que insiste
em vazar pelos meus lábios trêmulos. Não importa o que eu ache,
não deixa de doer menos.
Maldito hipócrita!
“Eu te amo”, ele disse com tanta convicção, tanto medo, tanta
dor. As palavras dele entoam na minha mente a cada retumbar
rítmico do meu coração.
Dói tanto.
Esfrego os olhos com as pontas dos dedos, antes de parar na
porta da entrada de casa e inspirar uma grande lufada de ar. Preciso
me acalmar, entrar e correr para o meu quarto.
Pensei que ele me protegeria, que o seu jeito se dava para que
pudesse me defender da maldade das pessoas, evitar fofocas e
mentiras espalhadas. Cheguei a pensar que ele me defenderia de
Lennon, que daria a moral com o término do relacionamento a mim,
não ao babaca. Eu ameacei Lennon com isso, ameacei com a
proteção e um amor paterno que nunca existiu.
Não suporto ouvir mais as asneiras que ele fala. Não hoje. Não
quando estou abarrotada de informações e desolada por dentro com
todas elas.
O que ele não sabe, é que não tem como despedaçar quem já
está fragmentado.
As coisas nunca funcionaram direito para mim e Maddie.
Abro a boca e começo a falar tudo o que sei, tudo o que fiz e
quais os planos para o futuro. Conto como descobri que foi o pai
dela quem mandou matar o meu há muitos anos, assim como o já
descobri sobre o grupo nos últimos tempos. Não deixo nada passar,
exprimo a verdade que ela tanto quer.
Madelyn ouve tudo em completo silêncio, o rosto uma máscara
impassível, mostrando que eu tinha razão, a garota doce se foi,
restando uma jovem quebrada pelas atrocidades do pai.
– Eu posso conseguir os celulares – diz, a voz gélida e
completamente calma.
Balanço a cabeça.
– Fala sério, Aiden, eles podem ser o que forem, mas ainda
são minha família, não fariam nada comigo.
Contudo, isso não significa que eu concorde com o que ele fez
ou que eu me abstenha da verdade.
Não farei isso só por Aiden e por Paul Thorne, farei isso por
mim e por tudo o que já precisei aguentar e ouvir. Farei isso pelas
pessoas que foram prejudicadas pelas sentenças do juiz. Pelas
crianças que foram exploradas para que o xerife se sentisse
satisfeito.
Não respondo.
Ele ainda tem esperanças de me salvar. Mas não há
esperanças para quem já sucumbiu.
A porta é aberta.
Entreolho entre meu tio e meu pai, e preciso de toda a minha
força para não desistir desse maldito plano. Sinto que me desfaço, a
raiva se torna dor pura e profunda.
Tio Quinn está ocupando a cadeira de frente para a mesa, os
olhos azuis me encaram com felicidade e os lábios estampam um
sorriso sereno. Os poucos cabelos grisalhos estão penteados para
trás, o terno azul-marinho cai perfeitamente em seu corpo alto.
Meu pai está em minha frente, ele segura a maçaneta,
mantendo a porta aberta. Como eu imaginava, me fuzilando com
raiva.
Eu só quero que tudo isso passe, que acabe antes que termine
comigo de vez.
Engulo em seco.
– Queria falar com o tio Quinn sobre o baile – comento, a voz
rouca não passa de um sussurro.
– Não acredito que nos interrompeu para isso, Madelyn –
retruca o meu pai.
– Ora, Tom, não seja tão duro com a garota, ela está animada
para o evento do ano, deixe-a entrar – objeta tio Quinn, fazendo um
sinal com a mão para que eu me aproxime.
Me aproximo, sorrindo.
– Às ordens, princesinha.
– Claro.
Aguardo.
Como ele pode tratar Aiden assim, como se nunca tivesse feito
nada?
– Pode ser, ele está olhando fixamente para nós, parece que
quer ser identificado – comenta.
– E agora?
– Assim que o seu pai, Quinn e ele sumirem por alguma porta
nós teremos a confirmação – Beija a curva do meu pescoço. – Em
algum momento eles precisarão ter a reunião.
Não gosto de ser excluída das coisas, mas seja lá o que Miles
disse para ele, parece ser importante e lhe deixa feliz, então me
abstenho de fazer mais perguntas, não estamos em um local
apropriado para isso, independentemente.
– Vamos dar uma volta? – pergunta Aiden com a voz animada
demais.
Franzindo o cenho, concordo.
Ah, claro que isso tem dedo do imbecil de Tom Sutherland, ele
quer casar a filha de qualquer forma para mantê-la na linha, assim
poderá controlar o genro e o genro controlará os negócios da
família. O que Tom ainda não sabe é que os seus negócios
acabaram de chegar ao fim e que ele está prestes a ser preso.
– E você é minha!
Ela ri contra o meu rosto, a risada rouca fazendo cócegas.
Porra!
Não é possível que ela esteja envolvida, ou é?
Ele parece calmo, mas sei que está frio e distante, diferente do
homem que esteve ao meu lado durante todo este tempo.
Aiden ri.
Deus!
Sherwood – O Xerife.
Quinn – Ele.
Charlie – O Juiz.
Tom – O Prefeito.
– Juntos.
– Juntos!
– Tenho que falar com a minha mãe, nos vemos mais tarde.
Cumprimento Adam com um aceno ao passar ao seu lado,
enquanto me movo para enfrentar a última batalha desta noite.
Então foi por culpa de Grace, no final das contas, que meu pai
morreu?
Ele disse para Maddie que não era um negócio de família, que
entrou nessa depois de conhecer um mafioso, mas não especificou
quando. E ainda comemorou os últimos anos vividos e aproveitados
através do dinheiro sujo.
Adam solta uma respiração forte pelo nariz.
– Sou o responsável pelo setor de drogas, ouvi falar no nome
de Quinn quando um caminhão foi apreendido na Interstate 20[13]
com destino a Tuscaloosa, pois o condutor deu o nome dele, então
comecei a investigação e descobri que era muito maior do que
apenas tráfico de drogas, que Quinn havia construído uma muralha
ao seu redor, sendo praticamente impossível de chegar até ele.
Quinn me conheceu em uma das inúmeras tentativas frustradas de
conseguir uma prova que fosse contra ele, e quando debochou da
situação e disse que era imbatível, fez com que derrubá-lo se
tornasse uma obsessão para mim, uma meta na minha carreira.
– Vou fazer o que ela quiser, ela é o meu lar – afirmo, sentindo
o que restou do meu coração bater com mais intensidade ao olhar
para ela.
– Seja livre e feliz.
Quero ser para ela o que ela não teve. Quero oferecer a ela, o
amor que não recebeu. Quero ser o lar dela, assim como ela é o
meu.
Ela nega.
– Eu te amo, mãe.
– E eu amo você, Maddie, vamos reunir os cacos, vamos nos
reerguer das cinzas e seremos felizes de novo em algum momento.
Ela está sofrendo, posso perceber pelo tom de voz e pelos
olhos que brilham a cada vez que tenta evitar tocar no nome do
marido. Eu não a culpo por ainda amá-lo, eu mesma ainda o amo
depois de tudo o que fez.
Mas nós temos uma à outra. E eu tenho Aiden.
Confirmo.
– Ainda é um pouco estranho, mas estamos seguindo a vida
da nossa maneira e dentro do nosso fluxo.
– Por quê?
Mas, como Aiden fala, ele é o meu lar e não importa onde eu
esteja, se eu estiver ao lado dele, sei que ficarei bem.
Sorrio.
Assim como prometi deixar todo o ódio para trás para que
pudesse tornar Madelyn completa, fazê-la feliz, prometo que serei
um pai incrível para Anne. Tão incrível quanto Paul Thorne foi para
mim.
FIM.
Ei, você chegou até aqui! Espero que tenha gostado do livro e
que Aiden e Maddie tenham lhe conquistado, arrancando muitos
suspiros, assim como fizeram comigo.
Se não gostou, sinto muito, espero que algum dos meus outros
livros faça mais o seu estilo. Desejo que possamos nos conectar
com algum dos meus trabalhos, no futuro.
Com carinho,
Entre no meu grupo de surto coletivo: Leitores do WhatsApp
Agradeço às minhas leitoras maravilhosas que vibraram
comigo a cada postagem do livro, sempre me dando apoio e
inspiração. Vocês são incríveis, sou muito grata por tê-las na minha
vida! Espero ter suprido suas expectativas com o livro.
Gratidão!
("scrum", "melé"). Além disso, o pilar também tem de levantar os saltadores aquando dos
alinhamentos e lutar pela posse da bola nas formações espontâneas ("rucks").
[6] Que não é engraçado.
[7] O International Bank Account Number é um código-padrão internacional para a
federal foi aprovada pelo Congresso americano em 1994, sob o governo do então
presidente Bill Clinton. A VAWA prevê exames gratuitos para vítimas de abuso sexual,
gratuidade nos processos ou requerimento de ordens de proteção para casos de violência
doméstica, assistência legal, serviços para crianças e adolescentes em situação de
violência familiar e abrigos para mulheres agredidas.
[9] O sniffer é um software que monitora e analisa o tráfego dentro de uma rede.
[10] prompt de comando é um programa que emula o campo de entrada em uma tela de
interface
[11] É o time de Rugby da Universidade de Kennesaw, um instituto que faz parte do
Unidos.