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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

THIÉLLI DE SOUZA ROCHA

20631008

6º Período - Noturno

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO


ENSINO FUNDAMENTAL B

Campinas - SP
2022
CURSO DE PEDAGOGIA

THIÉLLI DE SOUZA ROCHA

20631008

Relatório final de Estágio Curricular


Supervisionado para a Disciplina de
Didática do Ensino Fundamental B sob
a orientação da Profa. Dra. Magali
Aparecida de Oliveira Arnais.

Campinas – SP
2022
1. INTRODUÇÃO

O estudo realizado na disciplina de Didática do Ensino Fundamental B,


no curso de graduação em Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas; tem por objetivo associar a teoria aprendida sob a luz da
interdisciplinaridade, competências socioemocionais, as aprendizagens dos
documentos estudados que foram às PCNS E BNCC com a prática vivida na
instituição escolhida.

Através do estudo compreender a rotina escolar, e como se dá o


processo de ensino e aprendizagem das crianças e a realização da
organização dos professores em sala de aula, tanto nos conteúdos abordados
em sala de aula, a organização da sala e o comportamento das crianças nessa
etapa do ensino fundamental.

Os estudos sobre as crianças da faixa etária do Ensino Fundamental I


nos 4° e 5° anos mostram a necessidade de olhar para a criança tanto para um
olhar pedagógico quanto estar atentos as necessidades emocionais, físicas e
sociais das crianças, assim como observar o desenvolvimento das
aprendizagens em sala de aula.

A forma como o conteúdo é ensinado faz muita diferença na


aprendizagem da criança. Introduzir o assunto através do que o aluno já
conhece, dá uma perspectiva mais interessante ao tema. A pedagogia
histórico-critica quando aplicada em sala surte efeitos positivos na construção
da aprendizagem.

A sala de atuação possui diversos perfis de aprendizagens, alguns na


sondagem apresentaram ser pré-silábico sem valor sonoro, enquanto outros
estão alfabetizados, a porcentagem aproximada desses perfis é de 40% que
não estão nos níveis corretos para o 5° ano e 60% estão adequados ou
próximos do nível esperado para essa faixa da educação.

Desenvolver a teoria aprendida na disciplina na prática do estágio,


constituir um momento de reflexão teórico-prática e de transformação da
realidade escolar e da didática em sala de aula, até para abranger toda a sala
mesmo em níveis diferentes de aprendizagens.

Participar dos desafios reais em sala de aula, com toda dinâmica,


sentimentos dos alunos, rotina dos professores e estrutura física e social da
própria escola é um grande desafio, ainda mais atuando no último ano do
Ensino Fundamental I, dos anos iniciais em que os alunos estão em fase de
transição tanto biológicas, emocionais e irão para a segunda etapa do Ensino
Fundamental, que terão que mudar de escola inclusive.
Diante a compreensão da importância do estágio, que irá preparar a
estudando para o mercado de trabalho, de forma que seja construída uma
base sólida durante o processo de formação para lidar com os desafios da
docência, visto não só como instrumento obrigatório para formação, mas para a
construção de uma formação qualificada e completa.

1.1 Descrição da unidade escolar e da turma estagiada

A escola de atuação foi uma instituição de rede pública estadual E. E.


MARIA ROSA CAROLINO DOS SANTOS, localizada no bairro Euclides
Miranda e que atende famílias com situações socioeconômicas variadas. Mas
de modo geral, famílias com cenário de vulnerabilidade. Atende alunos do 1°
ao 5° anos do Ensino Fundamental I.

A escola possui diversas práticas que aproximam os pais da escola,


como projetos de atividades que precisam da colaboração dos pais, para coleta
de materiais ou execução com os alunos. Uma das estratégias foi manter os
grupos e contato via WhatsApp criados durante a pandemia com os pais. E
isto, para fortalecer e facilitar o contato com a família, constantemente envia
comunicados de atenção sobre a importância da participação ativa na vida dos
alunos, mas ainda apresenta dificuldade na participação de pais e
responsáveis na vida escolar das crianças.

A escola organiza horários de entrada e saída que se divide em dois


períodos, das 7h às 12:30h e das 13h às 17:45h, os recreios são divididos por
anos então possui dois sinais de recreio.

E faz o calendário anual com todas as datas comemorativas, eventos e


feriados. Rotina escolas e de aulas tanto com as professoras titulares, quanto
de disciplinas específicas.

A sala atende cerca de 35 crianças, e a sala possui 35 alunos


matriculados. A escola organiza a rotina com horário de entrada, saída, recreio,
distribuição das aulas de Educação física, Artes e Inglês. Que são disciplinas
que não são aplicadas pela professora titular.

A sala de atuação foi o 5° ano D, com a professora Luzitânia Silva de


Oliveira Florentino, diretora Marta Marcilene Gonçalves Ramos.
2. AÇÃO E REFLEXÃO SOBRE A OBSERVAÇÃO
A rotina da professora possui diversas atividades dentro e fora de sala
de aula, como a realização do caderno de ATPC – Atividade de Trabalho
Pedagógico Coletivo no Estado de São Paulo, no contexto das políticas de
formação continuada da SEE/SP.

Este documento foi criado com o objetivo de ser um espaço que


permitisse aos professores discutir as questões pedagógicas, seu cotidiano e
suas demandas, se apropriando de conhecimentos necessários. O documento
é preenchido semanalmente e incluem orientações gerais, BNCC e questões
para serem respondidas pelos professores e são acompanhados pela
coordenação.

Há uma exigência pela parte do livro didático, que deve ser aplicado
com regularidade para as crianças, e atividades extras como a produção de
livros de parlenda, receitas, fantoche e outras que são orientadas pela
coordenação da escola. Limitando assim, o professor de aplicar de forma livre
os conteúdos que serão ensinados.

A leitura está presente diariamente na rotina das crianças, a professora


costuma fazer constantes perguntas sobre o que está acontecendo na história
promovendo a interação e fixação do texto lido, após essas leituras há também
o incentivo da reescrita e da realização dos exercícios sobre o texto.

Muitos alunos ainda possuem dificuldades de leitura e interpretação de


texto, e mesmo estando já no 5º as crianças não escrevem no nível esperado
pela faixa etária e nível de ensino que estão.

Em dias alternados da semana, ocorrendo uma vez por semana as


crianças trocam de sala para o dia D, que é uma prática da escola devido a
mistura de níveis de aprendizagem na escrita. Isto ocorre em todas as séries,
o dia D consiste na troca de sala, onde eles ficam em salas diferentes para que
façam atividades práticas e teóricas com crianças dos mesmos níveis de
hipótese de escrita.

A prática não é bem aceita pelos alunos, e eles costumar faltar neste dia
pois não querem trocar de sala e professor, a escola não costuma trabalhar a
importância deste dia, mas ao mesmo tempo defende a mistura de níveis de
aprendizagens mesmo em situação discrepantes.

Desta forma a escola adotou alternar os dias da semana para que os


alunos fossem pegos de surpresa e não faltassem no dia D, a escola realiza
este processo com a intenção das crianças evoluírem nas hipóteses de
alfabetização.
A professora titular possuí na turma todas as hipóteses, pré-silábicas,
garatuja, com e sem valor sonoro, silábico-alfabético e alfabético.

Algumas crianças apresentam muito problemas com a leitura de


palavras, e separação de silabas, atividades do livro didático, atividades
complementares e devido a variação de níveis a sala não evolui no mesmo
ritmo.

Conforme conversado com a professora, foi relatado que a questão foi


passada para a gestão, mas, a equipe gestora defendeu a composição híbrida
de níveis de aprendizado mesmo em níveis muitos diferentes e altos números
de alunos em cada grupo de hipóteses.

Os alunos são unidos e conversam entre si em alguns momentos do dia,


mas possuem os próprios grupos, estes grupos costumam ser compostos pelos
alunos dos mesmos níveis de aprendizagens.

Provavelmente esses alunos ao decorrer do ano letivo se aproximaram


por terem semelhanças e até mesmo por serem colocados juntos pela própria
professora, fazendo assim com que criassem vínculos e assim foram
construindo grupos.

A professora costuma aplicar muitos exercícios de fixação de conteúdos


já vistos desde os primeiros anos do Ensino Fundamental, como por exemplo,
contas de multiplicação, subtração, divisão e adição.

Além disto, os alunos que estão em níveis de aprendizagem abaixo do


esperado, em horário de aula saem da sala de aula para terem reforço, prática
que costuma ser adotada fora do horário de aula. A justificativa da organização
é que aos sábados ou fora do período, as famílias não costumam mandar os
alunos, e que desta forma eles conseguem desenvolver um pouco melhor, já
que não vão para a escola fora do horário de aula.

O espaço amplo da escola com grande vegetação permite que os


professores façam aulas ao ar livre e explorem a escola, os alunos
demonstram grande interesse por aulas fora da sala de costume. Um ponto
positivo neste sentido, é que a coordenação pedagógica permite que os
professores atuem da forma que acharem melhor.
3. AÇÃO E REFLEXÃO SOBRE A ATUAÇÃO REALIZADA
A intervenção foi desenvolvida sob a perspectiva da pedagogia histórico-
crítica de Saviani (1999), que permite logo no início da atuação a participação
ativa dos alunos através da conversa e interação sobre o tema abordado.

Para Saviani (1999), a proposta da pedagogia, assim como o objetivo da


escola, deve ter uma dimensão da prática social de onde está inserida.
Estabelecer uma relação entre a comunidade e a escola é fundamental, uma
vez que assim estamos tornando o ambiente de ensino uma extensão da
sociedade. Sendo assim, a proposta do autor apresenta cinco etapas: a)
prática social inicial; b) problematização; c) instrumentalização; d) catarse;3 e)
o retorno à prática social.

A questão inicial do que as crianças sabem ou imaginam sobre o


assunto/tema a ser tratado posteriormente chama atenção das crianças
positivamente, que interage e se posiciona frente ao assunto tratado.

Mas nota-se que há uma pressão por medo de não responde


corretamente as hipóteses sobre o tema, e quando é informado aos alunos que
não existe resposta errada e que ali era ao momento de arriscar, imaginar e
falar o que eles pensavam as crianças se desprendiam do medo de errar e
passavam a interagir mais, cada uma do seu modo.

E isto faz com que as crianças se interessem mais pelo assunto, e isso
se dá provavelmente porque não foram desmotivadas logo de cara no início do
assunto dando a sensação de insuficiência quando o professor não houve o
conceito correto sobre o assunto.

Descontruindo então a imagem negativa que os alunos tem da


oralidade, e se desprendendo da timidez de tentar e interagir com o professor.

Esta vivência afirma a necessidade, já estudada por diversos teóricos e


apresentadas durante todo o decorrer da graduação que a criança precisa ser
ouvida, que produz conhecimentos, necessidade de interagir e que é capaz de
criar e desenvolver aprendizagens.

Saviani (2008) apresenta a pedagogia histórico-crítica como


possibilidade de superação das pedagogias crítico-reprodutivistas: Teoria do
sistema de ensino como violência simbólica, Teoria da escola como aparelho
ideológico do Estado e Teoria da escola dualista.

Diferente dos estágios anteriores não foi apresentado um tema para os


alunos e questionado o que se sabe sobre dado assunto. A intervenção desta
vez consiste em primeiro saber quais os desejos de aprendizagens de cada um
dos alunos.
Através deste questionamento, foi dito oralmente e escrito na lousa os
alunos receberam uma folha para que sozinhos sem a influência de nenhum
colega ou do professor anotassem o que gostariam de aprender, sobre
qualquer área ou qualquer assunto.

Após a coleta das folhas com os desejos de aprendizagem foi realizada


a separação dos temas, para que fossem separados bibliografias, sites, textos
para que cada aluno pesquisasse sobre o próprio desejo de aprendizagem.

Trabalhando assim, a autonomia do aluno e diferentes temas


direcionados pela pessoa orientadora do projeto que teve o papel de mediador
facilitador de aprendizagem, que ativamente colabora para que o aluno chegue
aos objetivos.

Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é encontrada diversas


habilidades que se aplicam a este exercício de pesquisa. O que é importante
no planejamento da intervenção conter as orientações da BNCC, que é um
documento norteador de aprendizagens para os professores.

Exemplos de habilidades que podem ser trabalhadas neste exercício de


pesquisa:

• (EF35LP02) Selecionar livros da biblioteca e/ou do cantinho de


leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura
individual, justificando a escolha e compartilhando com os colegas
sua opinião, após a leitura.
• (EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e
gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância nominal e
verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de
interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso direto,
quando for o caso.
• (EF03LP24) Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de
observações e de pesquisas em fontes de informações, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
• (EF03LP25) Planejar e produzir textos para apresentar resultados de
observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, quando
pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas simples, considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
• (EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas
por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando
esclarecimentos sempre que necessário.

As habilidades acima foram todas retiradas da área de linguagens,


língua portuguesa, mas pensando na interdisciplinaridade é possível aplicar
inúmeras habilidade de diferentes áreas da BNCC, ainda mais que todos as
áreas foram levantadas nos desejos de aprendizagens pelas crianças.

Mas para trabalhar a interdisciplinaridade não é necessário levantar um


tema de cada área, um único conteúdo pode abranger outras áreas se
orientado pelo professor.

Segue abaixo a tabela de temas que surgiram através da pergunta,


“qual o meu desejo de aprendizagem” que foi feita para o aluno:

Primeira coluna representa a temática e ao lado direito a quantidade de


alunos, no caso de mais que um escolher o mesmo interesse.

DIVISÃO COM MAIS DE 3 5


NÚMEROS NA CHAVE
ARTES 2
VETERINÁRIA 3
LÍNGUA PORTUGUESA 3
CIÊNCIAS 2
DIGITAL 1
COMPUTADOR 2
FALAR INGLÊS 4
ATRIZ DE NOVELA MEXICANA 1
LER 2
FUTEBOL 4
VÔLEI 3
PROFESSOR 1
TER A LETRA BONITA 1
YOUTUBER 1
TECNOLOGIA 2
DESENHAR 1
MÉDICO 1
INFORMÁTICA 1
DESIGNER DE INTERIORES 1
ARQUITETO 1
DANÇARINO 1
ROBÓTICA 1
TÉCNICO GAMER 1
COZINHAR 1

Na aula posterior os alunos foram orientados a antes de pesquisar nas


fontes selecionadas o próprio tema, responder o que ele mesmo achava que
era determinado assunto, de modo pessoal e sem nenhuma pressão de certo e
errado, apenas o que ele pensava que fosse.

O objetivo de tal questionamento é de comparação de conceitos iniciais


e após levantamento teórico, para que os alunos compreendam a importância
do ato de pesquisar antes de afirmar qualquer consideração pessoal do que se
acha sobre determinado conteúdo.
Após responder a questão inicial, os alunos foram pesquisar nas fontes
direcionadas e registraram o que encontraram, considerando a faixa etária e a
necessidade que as crianças tem de opinar e falar, não foi desconsiderado
nenhuma opinião pessoal sobre o tema.

No final de dois dias de pesquisa, pois o tempo de estágio foram 2 horas


por dia, eles fizeram a socialização de tudo que aprenderam com os temas
para os colegas e na prática inicial, aquilo que já sabiam ou que achavam
antes de pesquisarem.

Todas as aulas foram ministradas com música que os próprios alunos


escolhiam ao decorrer do dia, o que fez com que o ambiente ficasse mais
calmo e a sala que sempre foi muito agitada e com conversas paralelas se
acalmasse para focar na pesquisa dos temas.

Esta etapa da intervenção teve a duração de 3 dias, totalizando 6 horas


de intervenção, desde o momento da pesquisa dos desejos de aprendizagem
até a finalização do projeto com a socialização.

Conclui-se que esta etapa da intervenção foi bem aceita pelos alunos, e
trabalhos além da autonomia deles a autoconfiança, o desejo de aprender e a
oralidade, assim como proporcionou contato com outros colegas que não
costumavam trabalhar juntos, já que alguns temas foram divididos em duplas
ou trios escolhidos pela estagiária.

A segunda parte da intervenção foi realizado o estudo do meio, o local


de estudo foi a própria escola. Estrategicamente para incentivar além da
valorização do espaço escolar como um todo, as compreensões dos temas que
são trabalhados na escola no cotidiano dos alunos.

Sendo por exemplo, a importância da leitura para a localização


geográfica do indivíduo, isto é, a escola possui diversas placas de
identificações e se o aluno não souber ler tais textos, poderá se perder na
escola e assim acontece em outros locais do cotidiano, como o centro da
cidade que pode ser visitado com os pais, supermercados, rodoviárias e outros
locais que os alunos frequentam.

A história da escola, e a importância em saber a história do local que


frequentam os alunos, com a análise da história do local que o aluno fizer
poderá fazer por exemplo melhores escolhas de onde frequentar, faculdade ou
trabalho que forem escolher na vida adulta.

O objetivo do trabalho é associar os conhecimentos do cotidiano com as


práticas e conteúdos aprendidos em sala de aula, valorizando assim a imagem
da escola.
Para o estudo do meio foi confeccionado um caderno com folha de
sulfite A4 cortada ao meio e grampeado para que o aluno fizesse os registros
após a observação das paradas.

Os locais explorados da escola foram, pátio, quadra, área externa,


cozinha, secretaria, estacionamento, entrada, banheiros, área de brincadeiras
(amarelinha e bancos), biblioteca, sala de informática e sala de aula.

O registro ocorreu de forma individual para que os alunos fizessem uma


análise singular e atribuíssem sozinhos, sem a presença do olhar de outro
aluno as associações entre o conteúdo da escola com o cotidiano.

Para que esta prática seja além de reflexiva, que seja significativa
pessoais, para que assim o trabalho seja melhor desenvolvido e fixado pelos
alunos.

Os alunos foram depois de conhecerem o espaço e fazerem os registros


pessoais divididos em grupos de 5 a 6 alunos, desta forma foi possível que
todos os alunos contribuíssem com seu olhar próprio para a construção do
trabalho.

O que ocorre muito nesta faixa etária é de um aluno apoiar-se em outro,


anulando assim suas próprias perspectivas sobre os temas apoiados, inclusive
se comparam muito com o aluno que costuma ser melhor elogiado ou que
responde frequentemente as perguntas feitas pelo professor.

Este aluno se torna um espelho para os demais, que sempre espera


pela interação deste individuo para responder algo semelhante. Trabalhar a
individualidade nesta faixa etária é tão importante quanto os trabalhos em
grupo, para que os alunos não se anulem e construam opinião própria e ponto
de vista crítico.

Então, a pós a divisão dos grupos que foram distribuídos também sem
ordem de afinidade foram incentivados a montarem um trabalho escrito com as
anotações e percepções dos alunos e a sala fez um cartaz com balões sobre a
importância da escola para o dia a dia.

Os grupos tiveram um espaço para socialização do que foi construído,


as aulas foram ministradas com música, exceto nos momentos de estudo do
meio.

Conclui-se que nesta etapa de intervenção, que foi proposto aos alunos
o estudo do meio na própria escola trabalhou as compreensões pessoais,
perspectiva de letramento e alfabetização, consciência e valorização do espaço
escolar e ponto de vista crítico dos alunos.
A segunda parte do projeto foi bem aceita pelos alunos e pela
professora titular, que disse pretender utilizar o projeto com outras salas. Os
alunos sentiram-se independentes, houve muitos momentos em que notou-se
que o alunos estava de fato refletindo e desenvolvendo o ato de pensar a
proposta.

Os resultados foram satisfatórios e o maior desafio foi abranges todos os


alunos no projeto, já que a sala muitas vezes na fase de observação fica
dispersa por serem de níveis muitos diferentes de aprendizagem. Neste caso a
sala desenvolveu o projeto no mesmo ritmo e todos entenderam o conteúdo.

Vale ressaltar que a socialização dessa vez foi melhor aceita, e o


número de alunos envergonhados para falar diminuiu. Possivelmente, com a
frequência das apresentações os alunos perderam o receio em falar em público
para os outros colegas, isto também pode ter sido melhorado com o incentivo
do aluno para falar sem a pressão de certo e errado.

Duração do plano foram de 6 horas, totalizando 3 dias de estágio.


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A constituição prevê muitos documentos norteadores e que


estabelecem um padrão nacional nas instituições de ensino do país para com o
ambiente escolar, como a Lei Nº 9394, que estabelece as Diretrizes e Bases
Nacionais de 1996 (LDB), Plano nacional de Educação de 2014 (PNE),
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil e as
orientações das Secretarias municipais de cada estado.
Mas a lei que garante esses direitos, não significa os padrões de
qualidade na educação das instituições, e tão pouco a garantia de um ensino
eficaz. Principalmente na rede pública de ensino, que atende a maior parcela
da sociedade.
A rotina escolar do professor pedagogo, é diferente na prática dentro
da sala de aula, pois conta com os desafios reais do cotidiano escolar e muitas
vezes enfrenta contratempos, imprevistos e falta até mesmo de estrutura na
docência.
Após ter o planejamento pronto para a aplicação em grupo, é preciso
ainda avaliar cada aluno individualmente e analisar seu respectivo progresso,
não pode ignorar as características particulares de aprendizagens de cada
indivíduo.
Este olhar para a singularidade auxilia o trabalho do professor, que
conseguirá considerando as características de cada um de seus alunos atingir
metas e objetivos ao desenvolver aprendizagens.
É sempre bom lembrar que um plano de aula tem que ser flexível para
atender situações diversas e outras necessidades que se fizerem presentes em
sala de aula, assim como por exemplo, o contexto da sala em questão do
estágio que conta com inúmeros níveis de aprendizagens.
A implementação do estágio na formação constitui como um campo de
conhecimento. Os cursos acadêmicos possuem uma carga de teoria que
precisam ser aplicadas, mas o conhecimento adquirido na prática permite que
o estudante aplique e aprimore a teoria aprendida durante a graduação.
Com a análise da prática, levantamento teórico e o estágio que
proporcionou acompanhar todo o processo prático em sala de aula, e
possibilitou a aplicação da teoria na prática escolar, em diferentes cenários e
organizações dentro das instituições escolares conclui-se que a prática exigida
pelo curso é de suma importância e contribui diretamente com o
desenvolvimento integral do aluno.
Compreender a vontade própria do aluno, trabalhar a autonomia,
entender a importância das competências socioemocionais é fundamental para
o bom trabalho do professor que pretende atuar em sala.
Além disto compreender as próprias dificuldades de ensino e explorá-
las, para que consiga trabalhar com os alunos todos os conteúdos necessários,
mas para isso é necessário desconstruir opiniões pessoas e deixa-las fora da
sala de aula.
Além de abrir espaço para que os alunos exponham suas próprias
opiniões e gostos, dando opções e mediando o processo de aprendizagem
sendo então um facilitador.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular.

Referências Bibliográficas – Arte, Educação, Estética...01. ADORNO,


Theodor. ... ______, Parâmetros Curriculares Nacionais- Arte:
Ensino Médio. Brasília:.

THIESEN, Juares da Silva. A interdisciplinaridade A interdisciplinaridade


como um movimento articulador no processo ensino-como um
movimento articulador no processo ensino-
aprendizagem. aprendizagem. Revista Brasileira de Educação v. 13
Revista Brasileira de Educação v. 13
n. 39 set./dez. 2008.n. 39 set./dez. 2008.

Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n39/10.pdfhttps://www.scielo.br/pdf/rb
edu/v13n39/10.pdf

AZENDA, Ivani. O que é interdisciplinaridade. Ed.


Cortez, 2008.Cortez, 2008.
https://filosoficabiblioteca.files.wordpress.com/2013/1/fazenda-org-o-que-
c3a9-interdisciplinaridade.pdf1/fazenda-org-o-que-c3a9-
interdisciplinaridade.pdf

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