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6 principais desafios da alfabetização enfrentados

por estudantes e famíliasTempo de leitura estimado: 6 min.


1 de março de 2021
GESTÃO ESCOLAR

Aprender a ler e a escrever é um grande passo, além de ser um dos


processos educacionais mais importantes. Apesar disso, existem
desafios da alfabetização para estudantes e famílias que precisam ser
considerados para que a escola consiga ajudar a tornar essa etapa
mais tranquila e estimulante.

Nesse sentido, a alfabetização não se refere apenas à compreensão e


reprodução das palavras, pois envolve também a aquisição de um
conjunto de habilidades motoras e cognitivas. Com isso, a criança
aprende a interpretar informações e a se apropriar da linguagem
escrita para a comunicação, o que impacta em seu desenvolvimento.

Por esse motivo, adaptações como ensino remoto e incorporação de


tecnologias na educação precisam ser realizadas com muito cuidado e
diálogo. Assim, conhecer as dificuldades enfrentadas pelas famílias e
os estudantes é um ótimo caminho para refletir e encontrar soluções.
Neste post, mostraremos 6 desafios da alfabetização. Boa leitura!

1. Acompanhamento das aulas


Cada criança tem o seu próprio tempo, e os educadores estão cientes
disso. Porém, nem sempre é possível atender a essas necessidades
específicas com uma turma com mais alunos e demandas diferentes.
Assim, a parceria com a família é fundamental para conhecer
melhor as dificuldades e orientar sobre práticas que podem ajudar.

Em muitos casos, as dúvidas das crianças são desafiadoras para os


familiares, que nem sempre conhecem as melhores maneiras de
orientar didaticamente. Por isso, é importante que exista uma parceria
com a escola, que pode promover espaços para diálogo e
apresentação dessas necessidades para encontrar as estratégias
mais adequadas.

2. Uso das tecnologias


Atualmente, a escola enfrenta o desafio de educar na era digital, em
que as crianças já têm acesso a aparelhos tecnológicos desde muito
cedo. Nesse contexto, é interessante encontrar caminhos que
atendam às características da nova geração e, sempre que possível,
conciliar o uso de ferramentas tecnológicas.

Em casa, muitas vezes pode ser difícil encontrar os melhores recursos


ou estabelecer o equilíbrio entre o uso desses equipamentos e os
estudos com lápis e papel. A dica para ajudar com esse desafio
é incorporar atividades que possam ser feitas pelo celular, como
reconhecimento do alfabeto, pequenas leituras, uso de músicas
educativas ou aplicativos infantis.

3. Educação inclusiva
Como destacamos, os estudantes têm ritmos próprios e isso já é um
desafio para a educação. Por outro lado, existem também os alunos
com necessidades especiais, que precisam de uma atenção ainda
mais específica. Nem todas as escolas estão preparadas para essa
demanda e é um cuidado importante para que as singularidades
sejam respeitadas.

Portanto, abrir espaço para o público recebido apresentar as suas


necessidades e se organizar para que possa supri-las da melhor
forma são demonstrações de respeito. Além disso, a inclusão faz parte
da Lei n. 8.069, popularmente conhecida como Estatuto da Criança e
do Adolescente.

Para esse objetivo, é relevante que a escola reveja a sua estrutura.


A capacitação dos profissionais também é um aspecto
fundamental da educação inclusiva, especialmente na
alfabetização.

4. Inclusão dos estudos na rotina doméstica


A família da criança pode ter muitos afazeres e dificuldade de incluir
os estudos na rotina. Durante o período de alfabetização, todos em
casa precisam passar por uma mudança, afinal, o acompanhamento
das atividades escolares passa a fazer parte das ocupações.

Para tornar essa adaptação mais tranquila, é bom que a escola


seja flexível em relação aos prazos, tenha bons canais de
comunicação para solucionar dúvidas e passe as orientações de
maneira clara. É preciso considerar que nem sempre existe um adulto
disponível para acompanhar as tarefas e é importante ter estratégias
para incluir essas crianças também.

É possível que o empecilho esteja na organização do tempo ou na


condução dos estudos. Para evitar que isso aconteça, a instituição
pode realizar workshops que ajudem a otimizar a aprendizagem
em casa. Há grandes chances de que a família aprecie as instruções
e o cuidado.

5. Frustração diante das dificuldades


Para algumas crianças, as dificuldades enfrentadas durante o
processo de aprendizagem podem ser desconfortáveis e frustrantes.
Existem muitos fatores relacionados a essa postura, como questões
emocionais e biológicas. Em alguns casos, a família também
apresenta um desejo de ver resultados rápidos, que acaba
sobrecarregando a criança.

A recomendação para conhecer melhor os alunos é fazer


uma avaliação inicial que ajude a observar as dificuldades
específicas e só depois partir para as práticas educativas.
Professores e gestores podem pensar em conjunto nas
melhores metodologias que ajudem a desenvolver as habilidades
necessárias.
Além disso, é interessante buscar outras atividades que sejam
prazerosas para as crianças, como pintura, atividades físicas,
colagens, linguagem oral. É sempre bom mostrar que existem muitas
inteligências e que o processo de aprendizagem em si já é algo muito
positivo. São caminhos que podem ajudar a superar a frustração e
fazer com que os resultados surjam naturalmente.

6. Aproximação entre a escola e a família


Como vimos, a aproximação entre a escola e a família é essencial,
especialmente nos primeiros anos de ensino, em que a criança
necessita de apoio e incentivo. Quando existe essa relação de
parceria, os desafios da alfabetização podem ser superados com
mais facilidade, pois há o suporte necessário para que as habilidades
se desenvolvam plenamente.

Similarmente, fica mais fácil identificar quando houver algum


comportamento incomum que possa interferir na aprendizagem. Com
uma boa comunicação, é possível encontrar alternativas para superar
as dificuldades.

Dessa forma, é importante que os adultos demonstrem sintonia nas


ações. Com isso, o estudante se sente mais seguro para fazer as suas
descobertas. A escola tem um papel central nessa ponte, com a
promoção do diálogo e a realização de atividades que envolvam a
família.

Em suma, os desafios da alfabetização fazem parte desse processo e


é preciso o espírito colaborativo para lidar melhor com os
impasses. Assim, é possível garantir uma experiência escolar
estimulante, que contribua para a formação integral dos estudantes,
além de trazer mais tranquilidade e satisfação para a família. São
cuidados importantes para a construção dessa base fundamental dos
conhecimentos.

Além do desenvolvimento intelectual, o aprendizado socioemocional


também faz parte da educação escolar. Conheça mais sobre
a alfabetização emocional.

Escola da Inteligência – Educação Socioemocional – Augusto Cury

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