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Ano Letivo 2021/2022

Curso Profissional – Técnico da Ação Educativa Módulo 1 – CBHCJ


Disciplina: Princípios de Distribuição
Ficha Informativa 2 – Privacidade e Integridade Data: ______/_____/______

Nome: N..º: A prof: Liliana Sobral

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA


(Proclamada pela Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas n.º 1386 (XIV), de 20 de novembro de 1959)
https://www.youtube.com/watch?v=2txldr_OVcg - Vídeo sobre os Direitos das Crianças

Princípio 7.º
A criança tem direito à educação, que deve ser gratuita e obrigatória, pelo menos nos graus elementares. Deve
ser-lhe ministrada uma educação que promova a sua cultura e lhe permita, em condições de igualdade de
oportunidades, desenvolver as suas aptidões mentais, o seu sentido de responsabilidade moral e social e
tornar-se um membro útil à sociedade. O interesse superior da criança deve ser o princípio directivo de quem
tem a responsabilidade da sua educação e orientação, responsabilidade essa que cabe, em primeiro lugar, aos
seus pais. A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a actividades recreativas, que
devem ser orientados para os mesmos objectivos da educação; a sociedade e as autoridades públicas deverão
esforçar-se por promover o gozo destes direitos.

Princípio 8.º
A criança deve, em todas as circunstâncias, ser das primeiras a beneficiar de protecção e socorro.

Princípio 10.º
A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa ou de
qualquer outra natureza. Deve ser educada num espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos,
paz e fraternidade universal, e com plena consciência de que deve devotar as suas energias e aptidões ao
serviço dos seus semelhantes.

PRIVACIDADE E INTEGRIDADE

Regras e práticas

Corrigir em particular:
Chamar a criança de canto, olhar nos olhos e
explicar o que fez de errado. Sem se alterar, sem expor.
Parece tão simples mas no calor dos acontecimentos
pode não ser.
Não falar dos seus problemas para os outros
Especialmente se a criança estiver perto. Deve-
se evitar esse tipo de comportamento. A criança vai-se
sentir MUITO exposta e, provavelmente, não saberá lidar com isso.
Não ridicularizá-la pelos seus defeitos na frente dos outros
Falar que a criança não sabe fazer algo direito ou imitá-la é muito errado e vai afetar a sua
autoestima.
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Não comparar o seu comportamento com o de outra criança
Segue o mesmo raciocínio do item anterior. A criança não sabe contar, ou não tem a mesma
velocidade que o colega da escola, ou não pinta/canta/dança tão bem como o irmão…. Devemos lembrar-
nos sempre que: cada um tem as suas próprias habilidades.

Não fazer uso de insultos e difamações


Pais que agridem verbalmente acham que não é agressão. Mas são e ficam pelo resto da vida.
Ao cuidar da saúde emocional das nossas crianças certamente estaremos criando filhos mais amorosos
e preparados para enfrentar a vida.
Cuidar dessa privacidade e integridade da criança na educação quotidiana é fundamental para o
crescimento e para se tornarem adultos seguros.

Comunicação
- A comunicação com as famílias é fundamental na educação e torna-se ainda mais crucial quando se trata
de crianças mais pequenas, em creche e em pré-escolar.

- Como auxiliares, reconhecemos a importância destes (principais) agentes educativos da criança e é


necessário refletir sobre a forma como comunicamos com eles no sentido de proporcionarmos uma
educação contínua e harmoniosa em que todos beneficiam.

- Uma boa comunicação favorece o bem-estar do cliente, que será melhor compreendido e poderá ter suas
necessidades atendidas de forma individualizada, conseguindo assim também, que o auxiliar esteja atento
a diversas situações que possam surgir.

- Além disso, a comunicação facilita em grande escala a atuação do educador em sala, pois conhecendo os
clientes será mais fácil e todos se sentirão mais seguros.

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A equipa gestora de uma instituição, no que toca à comunicação, deve manter especial
atenção a alguns aspetos:
• Orientação dos docentes sobre como transmitir e solicitar informações;
• Definição e formalização de como essa comunicação deve ser efetivada;
• Favorecer o fortalecimento de laços entre pais e escola.
• Não fazer juízos de valor.
• Estar especialmente atento ao comportamento do cliente, quando este se altera, tentando perceber
qual a causa.
• A comunicação oral deve ser clara e adaptada ao público a quem você está se dirigindo. Para isso,
observe a escolha das palavras e o tom de voz utilizado, pois influenciarão na forma como o ouvinte irá
interpretar a sua mensagem.
• Escutar o outro, demonstrando atenção e interesse durante a conversa, não interromper enquanto o
outro estiver a falar, esperar que termine o seu pensamento e raciocínio, para emitir opiniões.
OCORRÊNCIAS E ANOMALIAS NO APOIO À PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
 Os registos de ocorrências são uma ferramenta fundamental no trabalho de uma equipa envolvida
nos cuidados a crianças e jovens.
 Adequadamente implementados em instituições, estes registos proporcionam uma melhor
comunicação e mais eficaz gestão dos cuidados.
 Estes registos não devem ficar guardados, como num livro de ocorrências. Deve ser promovida a
partilha de informações multidisciplinares e, sempre que se justifique, o seguimento de cuidados.

Registar e comunicar uma ocorrência


 As ocorrências, pela sua variabilidade e diversidade, mas também pela informação crítica que
acrescentam à prestação de cuidados, requerem sistemas de registo e tratamento que permitam que
a equipa multidisciplinar conheça, analise as causas e possa atuar em prol da melhoria da qualidade
de vida do utente.
 O registo de uma ocorrência deve ser feito por qualquer profissional, de forma facilitada e a partir de
qualquer lugar. Um acesso simples ajuda a reduzir a perda de informação e a agilizar todo o processo
seguinte.
 Em algumas situações a ocorrência requer a continuidade no acompanhamento da criança ou
mesmo a realização de algumas ações. Por exemplo, se uma criança tem nódoas negras ou algo fora
do normal e que já venha assim de casa é fundamental efetuar imediatamente esse registo e a partir
daí entrar em comunicação com os responsáveis pela criança, para se perceber e tentar resolver a
situação.

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4 Dicas para facilitar a comunicação com as famílias na creche e jardim de infância
Retirado de: https://childdiary.net/pt/dicas-para-facilitar-a-comunicacao-com-as-familias/

A comunicação com as famílias é fundamental na educação e torna-se ainda mais crucial quando se trata de
crianças mais pequenas, em creche e em pré-escolar. Como educadores de infância, reconhecemos a
importância destes (principais) agentes educativos da criança e é necessário reflectir sobre a forma como
comunicamos com eles no sentido de proporcionarmos uma educação contínua e harmoniosa em que todos
beneficiam.
No entanto, muitas vezes a comunicação escola-família nem sempre é fácil. Seja por que motivo for,
educadores e auxiliares de educação encontram muitas vezes algumas barreiras na comunicação com as
famílias. Estas, por sua vez, também exigem saber cada vez mais sobre o dia-a-dia e aprendizagem dos seus
pequenos, tornando todo este processo comunicativo, por vezes, algo mais complexo na perspectiva do
educador.
Assim, são precisas algumas técnicas para facilitar essa comunicação escola-família.
Todos sabemos que a grande maioria dos pais tem uma vida muito ocupada (quem não tem na verdade?), daí
ser essencial saber algumas dicas que podem facilitar a comunicação da escola com a família de forma a
permitir um maior acompanhamento das crianças.

1. Marque encontros presenciais


Por muito que se verifique uma evolução na forma de
comunicar, não há nada que substitua uma reunião
ou encontro presencial.
Assim sendo, comece o ano letivo com uma reunião
bastante informal com todos os pais. Dê-se a
conhecer e de forma descontraída promova um jogo
(o da teia por exemplo) ou uma brincadeira em que todos os pais também se apresentam entre si.
Deve haver encontros presenciais ao longo do ano, pelo menos uma vez por trimestre (normalmente no final
do mesmo). Nestas reuniões, devem ser abordados diversos temas como o desenvolvimento de projetos
futuros, explicação de metodologias de ensino e esclarecimento de algumas dúvidas. Partilhar algumas
fotografias do que foi já realizado e deixar que os pais explorem.
Deve haver a disponibilização de horário de atendimento aos pais de pelo menos uma hora por semana. Com
isto os pais sentem que podem, de forma privada e mais próxima, discutir assuntos que considerem
pertinentes, ajudando ainda a promover uma relação mais próxima entre profissionais e famílias.

2. Promova eventos na escola


Pois bem, outra forma de melhorar a comunicação escola-
família é o desenvolvimento de eventos (como festas
temáticas sobre o magusto, natal, chegada da primavera…).
Contudo, neste campo pode haver excesso, pois ao agendar
eventos em horário laboral colocamos imensa pressão sobre
as famílias que também têm que trabalhar.
Pode-se sempre agendar formações de parentalidade com o
convite de algum especialista, um pediatra por exemplo que
vem falar sobre o desfralde ou sobre prevenção e tratamento
de gripes, em horário pós-laboral.

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Ao trazer os pais para dentro do ambiente escolar para um momento de descontração ou de aprendizagem,
vai permitir que os mesmos desenvolvam laços entre eles, mas também que você os consiga conhecer um
pouco melhor e aceder a eles de forma mais simples e com uma vertente mais descontraída.

3. Aproveite a caderneta
Longe vai o tempo em que a caderneta escolar ou o caderninho vai-vem era apenas utilizada para enviar notas
negativas ou recados aos pais. Aproveite a caderneta ou o caderno vai-vem das crianças para enviar não só as
informações necessárias do dia-a-dia mas também notas divertidas aos pais. Por exemplo que o seu filho
comeu sozinho a sopa toda pela primeira vez ou cole um desenho feito naquele dia!
Se ao final de 2 ou 3 dias não obtiver interação por parte dos pais, poderá sempre aceder a uma solução digital
que lhe permita efectuar esta comunicação de forma privada e bastante actual.

4. Use a tecnologia para aproximar os pais


Vivemos numa época em que o desenvolvimento tecnológico é
enorme e o impacto nas nossas vidas é notório. Principalmente no
que diz respeito à forma como comunicamos uns com os outros.
Existem diversas soluções online que permitem a comunicação
com as famílias. Várias instituições utilizam áreas reservadas nos
sites ou o email. A desvantagem destes métodos é o tempo que
despendem aos profissionais, a falta de personalização da
comunicação e a parca interação por parte dos pais.
Alguns educadores usam ainda as redes sociais e partilham
fotografias e informação no Facebook e WhatsApp. A desvantagem destas ferramentas é o potencial
descumprimento das leis relativas à Proteção de Dados pois.

O mais importante é que ambas, escola e a família, se sintam confortáveis e seguros com as soluções
encontradas e que se comprometam a colaborar no sentido de um processo de educação harmonioso e
contínuo em prol, sempre, da criança!

BOM TRABALHO!
A prof. Liliana Sobral

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