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Secretaria Municipal de Assistência Social-SEMAS

Centro de Referência de Assistência Social - CRAS

ISRAELANDIA -2023

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1. IDENTIFICAÇÃO:
PREFEITURA MUINICIPAL DE ISRAELANDIA
Secretaria Municipal de Assistência Social
Centro de Referência de Assistência Social – CRAS
Programa: SCFV

Projeto: Conscientização sobre a Gravidez na Adolescência: Uma responsabilidade para


além da família

Duração: Ação continuada


Público Alvo: Adolescentes e Jovens 12/ 18 anos.

TÉCNICAS DEREFERÊNCIA:
Assistente Social
Psicóloga
Orientadora Social/PAIF
Orientadores sociais - SCFV

Secretária Municipal de Assistência Social


Thais Alves de Oliveira Pereira

Coordenadora do CRAS
Natalia de Moura Ormandes Ribeiro

Apoio:
Prefeitura Municipal de Israelândia
Secretaria Municipal de Assistência Social
Secretaria Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Saúde
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente– CMDCA
Conselho Tutelar

1. Justificativa

1
A gravidez é um acontecimento marcante na vida das famílias e, em particular, da
mulher. Quando ela ocorre ainda na adolescência, pode resultar em maior nível de
vulnerabilidade ou riscos sociais para as mães e também para os filhos, particularmente, os
recém-nascidos, pois, nesta etapa, a criança é particularmente vulnerável e dependente de
cuidados dos adultos. A adolescência, por si só, constitui fase de autoafirmação, de
transformações físicas, psicológicas e sociais. Nesse tocante, uma gravidez acarreta, para a
adolescente e futura mãe, além das transformações físicas e emocionais inerentes à
gravidez, a responsabilidade por outra vida, o que requer maturidade biológica, psicológica
e socioeconômica para prover suas próprias necessidades e as do filho/a.
Em muitos casos, o pai também é um adolescente. Disso decorre a dependência de
ambos da família e a ausência de preparo, afetiva e economicamente, para a maternagem e
paternagem. Nesses casos, tanto a maternidade quanto a paternidade podem ter
consequências desafiadoras para os adolescentes e para a criança que vai nascer. Torna-se,
portanto, indispensável abrir um espaço preventivo e de cuidado para todos os envolvidos.
A Lei nº 13.798 institui a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na
Adolescência. Foi sancionada em 2019, sendo acrescida ao Estatuto da Criança e do
Adolescente. Tal período foi definido devido à proximidade da comemoração do carnaval
para a adoção de comportamentos moderados e preventivos durante esse período e tem
como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas para a
redução da gravidez na adolescência.
As primeiras ações foram realizadas pela primeira vez em 2020, e trouxe o tema
“Tudo tem seu tempo – Adolescência primeiro, gravidez depois” com destaque para as
consequências da gravidez não intencional e a necessidade de ampliação do diálogo sobre
esse assunto.
Portanto, a principal iniciativa de prevenção da gravidez na adolescência são ações
informativas/orientativas. Conversar sobre como acontece a gravidez e contracepção é
extremamente produtivo, assim como estimular o autoconhecimento, os mitos e tabus que
rondam o tema. 
Assim buscamos parcerias nas escolas, saúde, órgãos de direitos, e comunidades em
geral levando informações através de rodas de conversas, Palestras, divulgação na rede
social, visita domiciliar e outros meios, enfatizando que a gravidez nessa fase da vida, traz
riscos de vida para a gestante e para o bebê.

2. Apresentação
A gravidez na adolescência apresenta diferentes repercussões na vida dos
adolescentes e para a compreensão desta problemática existente no município é preciso
considerar o contexto social, a história de vida, entre outros fatores determinantes. Sendo

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assim, buscamos pontuar ações voltadas tanto para a prevenção da gravidez precoce como
também para a atenção às adolescentes grávidas e os que já são pais ou mães.
A Prevenção da gravidez na adolescência: uma responsabilidade para além da
família
A prevenção da gravidez nessa etapa da vida deve envolver ações e intervenções
promovidas no âmbito familiar do adolescente e jovem, considerando ainda a perspectiva
dos seus territórios de vivência e as ofertas existentes em torno da oferta dos serviços.
Em razão da fase da vida desses indivíduos, a escola torna-se um espaço estratégico
para a promoção de ações de informação e prevenção, pois é onde as/os adolescentes
passam boa parte do tempo.
Assim, buscaremos trazer informação de cunho preventivo para a comunidade
escolar, SCFV e sociedade no geral, sobre as consequências de uma gravidez indesejada,
tendo em vista que, a mesma afeta diretamente o desempenho educacional/social e
familiar, já que essas adolescentes se afastam das atividades cotidianas devidos aos
cuidados necessários antes e depois dessa fase, o que implicam em desafios para
compreender este mundo repleto de subjetividade e contradições.
As ações terão início no mês de fevereiro sendo desenvolvido pelos orientadores
sociais, sob supervisão das técnicas de Referência do CRAS, e com os técnicos do CRAS e
profissionais de saúde nas escolas em forma de palestra.

3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
 Desenvolver ações estratégicas direcionadas ao público, alertando tanto as meninas
quantos os meninos sobre os impactos de uma gestação precoce, como também alertar para
os riscos de doenças sexualmente transmissíveis.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Sensibilizar a comunidade em especial aos adolescentes sobre as consequências da
gravidez na adolescência e a importância dos métodos preventivos.

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 Desenvolver nos adolescentes a capacidade de decifrar a realidade e construir proposta
de trabalhos criativas e capazes de preservar e efetivar direitos.
 Promover no adolescente um comportamento responsável no que se refere ao sexo
seguro, à prevenção de uma gravidez indesejada, o adiamento da idade do início da
atividade sexual.
 Apresentar um espaço que permita a discussão do problema do adolescente.
 Proporcionar aos adolescentes um espaço de debate e esclarecimento de dúvidas.
 Analisar os riscos que uma gravidez indesejada pode gerar na vida de um adolescente.

4. METAR A ATINGIR
 Com essa ação, tenta-se ampliar os conhecimentos inerentes ao tema em questão de
maior quantidade possível de adolescentes, para tanto, pretende-se sensibilizar e
envolver 80% do público.

Sugestões de ações no âmbito do PAIF:


 Oficinas com famílias e/ou com adolescentes sobre a temática, privilegiando uma
abordagem de escuta, acolhida, diálogo aberto sem julgamento e preconceito, difusão de
informações sobre a gravidez na adolescência, as transformações emocionais, corporais,
nos projetos profissionais, educacionais, na reorganização das rotinas, nas
responsabilidades com os cuidados e manutenção dos filhos, os impactos na dinâmica
familiar, entre outros aspectos.

Ações comunitárias: encontros, painéis, rodas de conversas, campanhas socioeducativas,


entre outros eventos coletivos, de modo a ampliar a difusão de informações sobre a
temática para famílias, adolescentes, jovens, adultos, lideranças comunitárias e
institucionais do território.
Essas ações podem e devem incluir atividades intersetoriais, em especial com as
áreas de saúde, educação, esporte, tendo em vista a disseminar informações e medidas de
prevenção.

Orientações particularizadas, para famílias, adolescentes e jovens que desejarem ou


tenham dificuldades de adesão as ações coletivas. Nos casos de adolescentes e jovens

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grávidas recomenda-se promover para além de ações preventivas, ações de atendimento no
sentido da garantia e difusão de direitos e cuidados inerentes a gestante e a criança.

No Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos:


 Roda de conversações e fazeres, nos grupos de adolescentes, que exploram, entre
outros, a temática da gravidez na adolescência, de maneira lúdica, reflexiva e sem
julgamentos de valor, abrindo espaço para que eles compartilhem entre si experiências,
esclareçam dúvidas e obtenham informações confiáveis, em um ambiente protegido e
inclusivo.

5. METODOLOGIA
 Apresentação da proposta do projeto a comunidade em geral.
 Roda de conversação com o público alvo abordando o tema (divisão do público de 9 a
11 anos, 12 a 14 anos, e 15 a 17 anos.
 Conversação concepções sobre adolescência: Trazendo discussões sobre sexualidade.

6. RECURSOS:
6.1. Humanos:
 Equipe técnica de Referência do CRAS
 Membros do CMDCA;
 Equipe da Saúde;
 Equipe da Educação (comunidade escolar)

6.2. Materiais de expediente


 Papel Chamex
 Equipamento de som
 Folder/material informativo
 Computador
 Impressora
 Material informativo
6.3. Materiais a serem adquiridos:
Nº ITENS (DESCRIÇÃO) QUANT. VALOR UNITARIO VALOR TOTAL

5
01 Banner informativo 01 170,00 170,00
1,30x1,60
02 Folder informativo 150 1,80 267,00
03 Balão rosa escuro metálico 01 pct 12,00 12,00
nº 09 Pic-pic
04 Balão azul claro nº 5 pic- 01 pct 10,00 10,00
pic
05 Balão azul claro nº 4 pic- 01 pct 10,00 10,00
pic
06 Balão rosa claro nº 4 pic- 01pct 10,00 10,00
pic
07 Balão rosa claro nº 7 pic- 01 pct 10,00 10,00
pic
08 Balão rosa claro nº 16 pic- 01pct 10,00 10,00
pic
09 Quitandas sortidas para o 500,00 130,00 650,00
lanche do evento (cento) (05 cento) (valor unitário
do cento)
10 Refrigerantes 20 garrafas 10,00 200,00
de 2Lt
11 Squeeze dobrável plástico 130 5,99 779,00
com capacidade de 450ml,
contem tampa de proteção
para bico e acompanha
mosquetão

6.4 Fonte de recursos


Fontes:
° 129
° 100
BL – PSB -Proteção Social Básica

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7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Elaboração da proposta de Intervenção
Janeiro Apresentação ao CMAS.

Fevereiro Finalização da parte escrita do projeto


E cronograma
Fevereiro 2023 Execução do projeto:
Semana de orientação e prevenção da gravidez
na adolescência. DIA D com palestra no Colégio
Estadual do Município e no SCFV.

Ações Responsáveis Cronograma


Apresentando temas como: Assistentes Social 2ª semana de fevereiro
sexualidade, gravidez na Psicólogas
adolescência, disseminando Coordenadora de CRAS
informações sobre métodos Equipe de saúde
preventivos
Métodos contraceptivos.
Divulgação da campanha rede Toda equipe
social, volante, rádio local.

8. AVALIAÇÃO
 Por meio de participação do público alvo.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A gravidez na adolescência constitui-se um grave problema que não se caracteriza
somente na área de saúde, como também na sociedade. E, desta forma, equipe técnica, em
conjunto com a equipe Educacional, e de Saúde devem atuar na prevenção, bem como na
redução do índice de gravidez na adolescência uma vez que conhecem bem sua população
e seus anseios e apresentam uma relação de confiança com os moradores o que facilita a
troca de informações e as orientações.

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O trabalho socioeducativo e humanizado oferecido pelos profissionais sobre
sexualidade da área de Assistência Social e Saúde, são imprescindíveis e, podem
influenciar na diminuição da proporção de gravidez na adolescência em uma população.
No entanto conclui-se que, ações educativas de cunho preventivo sobre riscos e
prejuízos de uma gravidez precoce, são oportunas como medidas de promoção social.

Projeto aprovado pelo Conselho Municipal de Assistência Social- CMAS


Resolução de nº_______/2023.

______________________________________________
Assistente Social
Celeste Vieira da Silva

______________________________________________
Thais Alves de Oliveira Pereira
Secretária Municipal de Assistência Social-SEMAS

_____________________________________________
Natalia de Moura Ormandes Ribeiro
Coordenadora do CRAS.

REFERENCIAS:
BRASIL, 1990 – ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente

MOREIRA, T. M. M. et al. Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da


gravidez. São Paulo, v. 42, n. 2, p. 312-320, novembro de 2022.

8
______LEI Nº 13.798, DE 3 DE JANEIRO DE 2019, disponível em:
https://www.in.gov.br/materia//asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/57877332/do1-
2019-01-04-lei-n-13-798-de-3-de-janeiro-de-2019-57877241

_______GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA. DISPONIVEL EM. ACESSO EM 27 DE


DEZEMBRO DE 2022.

Diário Oficial da União


Publicado em: 04/01/2019 | Edição: 3 | Seção: 1 | Página: 3
Órgão: Atos do Poder Legislativo

9
LEI Nº 13.798, DE 3 DE JANEIRO DE 2019

Acrescenta art. 8º-A à Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do


Adolescente), para instituir a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na
Adolescência.

O  P R E S I D E N T E  D A  R E P Ú B L I C A
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente),


passa a vigorar acrescida do seguinte art. 8º-A:

"Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência,


a ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de
disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a
redução da incidência da gravidez na adolescência.

Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto nocaputdeste artigo ficarão a


cargo do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão
dirigidas prioritariamente ao público adolescente."

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 3 de janeiro de 2019; 198º da Independência e 131º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO


Luiz Henrique Mandetta
Damares Regina Alves

CARTA AOS GESTORES SOBRE A CAMPANHA DE PREVENÇÃO


Prezado (a) Gestor (a),
 
Ao cumprimenta-lo cordialmente, vimos compartilhar alteração realizada no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dada pela Lei nº 13.798/2019, que deve

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contribuir com o fortalecimento das ações da Proteção Social Básica (PSB) voltadas para
as famílias, em especial para aquelas com membros na adolescência.
A referida lei acrescentou artigo ao ECA que institui a Semana Nacional de
Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser realizada, anualmente, na semana que
começa no dia 1º dia de fevereiro.
O objetivo é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que
contribuam para a redução da incidência de gravidez na adolescência. Este converge
inteiramente com os objetivos dos serviços e ações da PSB, considerando a perspectiva
PREVENTIVA de situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social e atuação
PROATIVA no território.
A gravidez é, comumente, um acontecimento marcante na vida das famílias,
particularmente da mulher.  Na adolescência, fase por si só de autoafirmação e de
transformações físicas, psicológicas e sociais, sob determinadas condições como:
desinformação, pobreza, falta de apoio de redes familiares e comunitárias, a gravidez na
adolescência pode levar ao abandono da escola, à fragilização ou – no limite - ao
rompimento de vínculos familiares.
Nesse sentido, recomendamos que os serviços da Proteção Social, PAIF e Serviço
de Convivência e Fortalecimento possam agregar a temática “adolescência e gravidez” em
suas programações: oficinas, ações comunitárias, encontros, painéis, rodas de conversas,
campanhas, orientações particularizadas, entre outras. Recomenda-se ainda, a realização de
ações e articulações intersetoriais, em especial com as áreas de cultura, esporte, saúde e
educação tendo em vista a disseminar informações e medidas de prevenção.

Sem mais, reiteramos nossos cumprimentos.

Departamento de Proteção Social Básica

Secretaria Nacional de Assistência Social

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