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Cultura Documentos
Componente curricular
6
O
-
ano
CLAUDIA BERGAMINI
ELENICE RODRIGUES SOUZA E SILVA
FLÁVIA CRISTINA BANDECA BIAZETTO
GABRIELA MARIA LISBOA PINHEIRO
RENAN LUIS SALERMO
Manual do
Professor
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa
Componente curricular
6
O
-
Claudia Bergamini ano
Bacharela em Letras – Português e Linguística (FFLCH-USP).
Licenciada em Português e Linguística (FE-USP). Mestra em Letras –
Filologia e Língua Portuguesa (FFLCH-USP). Professora de Língua
Portuguesa na Educação Básica da rede particular de São Paulo-SP.
Manual do
Professor
São Paulo • 1a edição • 2022
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa I
Coordenação editorial Selma Corrêa Segue a trilha - 6o ano
(Ensino Fundamental – Anos Finais)
Secretaria editorial Michele Vasconcelos (coordenação),
© Claudia Bergamini, Elenice Rodrigues
Stephani Reis Souza e Silva, Flávia Bandeca Biazetto,
Edição Diana Brito, Eduardo Passos, Michele Gabriela Lisboa Pinheiro, Renan Luis Salermo,
Vasconcelos (Manual do Professor), Monika 2022
Kratzer, Vanessa Rodrigues
Assistência editorial Bruna Nascimento, Daniel Carvalho (Manual © Para esta edição:
do Professor), Bruna Marques (Manual do Palavras Projetos Editoriais Ltda.
Professor) Todos os direitos reservados
Edição de texto Beto Furquim, Christina Binato, Donalia M.
Jakimiu Fernandes, Fabiana Marsaro Pavan, Todas as imagens e os textos citados neste
Giovana Casagrande, Luana Satiko Hirata, livro têm o fim exclusivo de contribuir com
Thaís Nascimento Pettinari a aprendizagem dos estudantes. Foram
tomadas todas as ações necessárias para
Revisão Simone Garcia (coordenação), Sheila obter a autorização de uso e publicação, bem
Folgueral (assistência), Ana Paula Felippe, como para fazer a correta citação dos devidos
Débora de Oliveira, Elis Beletti, Flávia créditos. Porém, caso alguma alteração seja
Gonçalves, Gloria Cunha, Olivia Zambone, necessária, colocamo-nos prontamente à
Renata Brabo, Santiago Produções Editoriais, disposição.
Tatiana Martins, Vera Rodrigues
Projeto gráfico Simone Scaglione, Walmir dos Santos Todos os direitos reservados:
Edição de arte Simone Scaglione
Assistência de arte Cláudia Carminati, Denis Domingues, Teresa
Lucinda Ferreira de Andrade São Paulo • 1a edição • 2022
Diagramação Estudo Gráfico Design
Capa Walmir Santos, Simone Scaglione, Cirlene Contato e correspondência
Alexandrino (projeto gráfico); fotos: Jose Rua Padre Bento Dias Pacheco, 62, Pinheiros
Miguel Sanchez; Rachel Torres/Alamy/ CEP 05427-070 São Paulo – SP
Fotoarena palavraseducacao.com.br
Cartografia Allmaps Tel.: +55 11 2362-5109
Ilustrações Paula Radi, Pedro Hamdan, Pedro Nogueira
Em respeito ao meio ambiente, as folhas
Pesquisa iconográfica e Tempo Composto deste livro foram produzidas com fibras
licenciamento de textos Monica de Souza (coordenação), Andréia obtidas de árvores de florestas plantadas,
Miranda, Bárbara Pinardi, Daniela Ribeiro, com origem certificada.
Maria Favoretto, Victoria Lopes
Livro Digital Coordenação Booknando
Edição de arte Márcia Romero
Diagramação Cláudia Carminati, Teresa Lucinda Ferreira
de Andrade
Descrição de imagens Bruna Nascimento, Gustavo Nazário,
Priscila Bunduki
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
IV Língua Portuguesa
Estrutura e organização da coleção
Esta coleção é formada por quatro volumes, cada um composto de oito Unidades que
foram elaboradas tendo em vista os meses que compõem cada ano letivo dos anos finais do
Ensino Fundamental. As Unidades se organizam em torno dos campos de atuação previstos
na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – campo artístico-literário, das práticas de estu-
do e pesquisa, jornalístico-midiático e de atuação na vida pública – e dos eixos correspon-
dentes às práticas de linguagem: leitura/escuta, oralidade, produção e análise linguística/
semiótica. Elas estão estruturadas da seguinte maneira:
Seção 1 – Estudo
e pesquisa
Leitura 1 – Gênero 1
Conceitos da língua
A linguagem na prática
Planejamento e
produção
Publicação
Retomar e avançar
Fechamento da Unidade
Projeto
Língua Portuguesa V
A seguir, descrevemos as seções e boxes das Unidades.
Abertura da unidade
Está organizada em quatro páginas, divididas em duas duplas.
UNIDADE
Para que serve a
em
p orâ n e o
A primeira dupla de páginas tem como objetivo instigar re-
Tr
Te m o nt
ans
6
Educação
aC
ve rs a
Ambiental
l
educação ambiental?
flexões e ativar conhecimentos prévios dos estudantes sobre o
tema da Unidade. Ela contém o título – geralmente uma pergunta –,
Você já deve ter ouvido falar que a biodiversi-
Alexsandro Almeida/Instituto Cerrado
pelos estudantes ao final dela. Para que isso ocorra com êxito, eles
tável entre os seres humanos e a natureza é possível?
226 227
terão acesso a textos e discussões, ao longo das seções, que lhes
darão repertório e criticidade.
Caminhos
Os objetivos de aprendizagem desta Unidade são:
estudar um poema de Manoel de Barros;
identificar marcas linguísticas que compõem
Marcos Amend/
Pulsar Imagens
conhecer alguns recursos estéticos de um poema criações, como a grandeza de uma paisagem papel sulfite A4;
combinada com a sutileza de borboletas às
visual; margens de um rio. Rio Cristalino, em Alta dispositivo digital de fotografia;
Floresta (MT), 2019.
criar um poema visual; impressora;
poema visual;
por que esse estudo é importante para a vida real dos estudantes.
Painel que intitula a 34a Bienal
analisar um cartaz; Internacional de Arte de São Paulo,
com verso do poeta Thiago de Mello.
analisar um cartum; São Paulo (SP), 2021. Joan Brossa. Poema Objeto, 1967.
76 77
1 Estudo e pesquisa
Observe as imagens a seguir:
16 17
Nesta seção você vai fazer a apreciação de dois poemas, um clássico e outro
contemporâneo, e vai conhecer, conversar e refletir sobre o estilo de determinados
textos literários. Vai, também, ler o fragmento de uma narrativa autobiográfica e
explorar como esse gênero registra as lembranças de seu autor.
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
de atuação privilegiado na Unidade.
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Na linguagem poética pode predominar a expressão de sentimen- Alguém que veio ao mundo pra me ver
tos e o trabalho ar tístico com a linguagem, bem como o registro E que nunca na vida me encontrou!
22 23
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VI Língua Portuguesa
Para tornar a leitura significativa para os estudantes, fizemos uma curadoria que dialogou
com a cultura juvenil, fazendo pontes com repertórios canonizados e reconhecidos socialmen-
te. Além disso, priorizamos atividades que permitem a fruição e a troca intersubjetiva entre os
estudantes, aqui considerados membros de uma comunidade leitora.
O objetivo é ampliar os conhecimentos dos estudantes acerca dos usos que, em textos que
relacionados à língua portuguesa, como o uso de alguns tipos de pronomes, os
verbos irregulares e a presença de homônimos e parônimos em nosso idioma.
Alguns desses assuntos – pronomes e verbos –, por serem muito extensos, você
já os estudou ao longo deste volume ou em outros anos escolares, e seguirá es‑
tudando nos anos seguintes.
circulam nos diferentes campos de atuação, são responsáveis pela produção de efeitos de
Conceitos da língua
Pronomes
Você se lembra da função dos pronomes em nossa língua? Observe as palavras
em destaque no trecho da fala da atleta Vitória Reis, que usa sua experiência de
sentido, pela coesão, pela coerência e pela progressão temática. Procurou-se, também, pos-
vida para ajudar pessoas com transtornos alimentares.
Jacob Lund/Shutterstock
[...]
sibilitar aos estudantes conhecer os conceitos apresentados nas gramáticas normativas, para
“Cada1 dia que acordo e olho
para minhas2 medalhas e troféus,
eles me motivam e me inspiram”,
diz a jovem, que ainda completa
lembrando-se de quando não parecia
suficiente receber uma medalha em
corrida: “Hoje eu recebo uma medalha
Atleta treinando
corrida.
265
“PEME’en Jevy”. Composição: Kunumi MC e DJ Meio Kilo. CD Todo dia é dia de índio, Beatbox
As redes sociais geralmente são espaços utilizados versos elaborados de modo a construir o ritmo próprio
Para esta última etapa, você
para o compartilhamento dos gostos e preferências dos do rap;
precisará de dispositivos
66 67
Fechamento da unidade
Fechamento da Unidade
Retomar e avançar
Retomar e avançar
Nesta Unidade, você ampliou seu conhecimento sobre recursos para ler e estudar usando tomada
de notas à margem dos textos, apreciou poemas, fragmentos de biografia romanceada e de auto-
biografia. Também explorou a formação de palavras e fez composição de biografia de um colega.
Agora, em duplas, faça uma revisão do que foi visto.
Na subseção Retomar e avançar, os estudantes sintetizam os principais conceitos
vistos ao longo da Unidade e refletem sobre quais deles significaram um avanço em seu
1. Organize seu aprendizado por meio de um quadro de conteúdo. Copie-o no caderno ou em
uma folha maior, para facilitar a consulta em outro momento.
a) Quanto à forma, o que você já sabe sobre soneto, haicai e poesia concreta? MODELO
b) Além da rima, quais outros dois recursos sonoros você conheceu nesta
MODELO
unidade? Conceitue-os.
processo de aprendizagem e quais precisam ser retomados antes que possam dar con-
c) Qual é a característica de um texto subjetivo? MODELO
tinuidade aos estudos. A intenção é que assumam uma postura de protagonistas de sua
MODELO
aprendizagem por meio de uma autoavaliação. Nessa etapa, eles retomam a pergunta
que forma os trabalhos desta Unidade ajudam na elaboração da resposta MODELO
a esse questionamento?
2. Com base em suas respostas, faça uma lista dos assuntos que ainda não estão claros para você.
Não escreva
Projeto Documentário: etapa 1 neste livro
feita na abertura e avaliam se seu conhecimento foi ampliado e aprofundado depois das
Use seu
caderno
De que modo meu percurso escolar colabora com o meu projeto de vida?
53
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Planejamento e produção
1. Para começar, escolham o tema que vocês querem fotografar. É importante
fazer um recorte sobre o tema antes de começar o registro fotográfico.
Vocês poderão escolher a escola, o bairro, o mobiliário da escola etc.
Cada volume oferece uma sugestão de projeto anual, que será realizado em eta-
pas. As etapas acontecem no fim de cada Unidade, em que se propõe uma produção
2. O grupo deverá fotografar o contexto escolar ou local (escola, bairro ou
paisagem). Atenção: como vocês estão fotografando para uma publicação,
evitem retratar pessoas sem a prévia autorização.
3. Com os membros do seu grupo, explore os espaços da escola, como o
pátio, as salas de aula, banheiros, o refeitório, a biblioteca, entre outros,
e registre imagens que mostrem como é a vida em sua escola ou comu-
textual que dialoga com a Unidade e, ao mesmo tempo, com o projeto. A produção em
nidade.
4. Após os registros, vocês deverão editar as imagens.
5. Durante a edição, aproveitem para explorar as frases e os efeitos visuais
que foram estudados anteriormente com o lambe-lambe. Como essa é
uma seção de curiosidades artísticas, explorem esse conceito e façam
Revisão e avaliação
Após a produção das imagens e das legendas, revisem esse material. Revejam
as imagens, analisando os efeitos visuais que vocês aplicaram. Vejam se as
de composição de gêneros multissemióticos de maior complexidade. O encerramento
escolhas foram as melhores e se vocês trabalharam a par tir da estética do
Publicação
Após a revisão, arquivem esses materiais no portfólio do projeto. Essas produções
serão utilizadas no projeto anual.
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Retomando
Ao longo do ano, você produziu diferentes materiais que geraram a publicação
do e-zine de seu grupo. Nesse percurso, vocês vivenciaram a produção editorial
independente, respondendo à pergunta do projeto: Como se faz um e-zine?
Na primeira Unidade, vocês elaboraram um comentário de um gibi eletrônico,
dando sugestões de leitura para o público do e-zine. Nas etapas seguintes, res‑
gataram a origem do e-zine e produziram uma seção de descobertas artísticas
com fotos inspiradas em lambe‑lambe; desenvolveram uma notícia, divulgando as
Síntese
Ainda no fechamento da Unidade é proposta uma nova produção textual que, além
Não escreva
Com base nessa retomada, considere estes questionamentos. neste livro
Use seu
1. Conforme as etapas do projeto foram se desenvolvendo, você foi compreen- caderno
dendo melhor a produção de um e-zine? As produções foram se tornando
mais fáceis de serem realizadas?
2. Agora que você já conhece a situação comu- ni-
cativa de um e-zine, você considera que a
de dialogar com a Unidade quanto ao tema e ao gênero, também está de acordo com o
organização textual estimula uma cultura
de fãs? Como você justifica a relação?
3. Responda às questões, resgatando as ca-
racterísticas do e-zine.
a) Identifique os recursos digi‑
O trabalho em grupo
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Boxes temáticos
Ao longo das Unidades, há boxes que tratam de temas relacionados aos conteúdos principais e auxiliam no
desenvolvimento da sequência de trabalho.
ciclovias que fazem parte desse plano.
O Plano de Mobilidade tem como diretriz priorizar de modo efetivo o transporte cicloviário
de Juiz de Fora.
[...]
Está prevista a instalação de 8 (oito) bicicletários na Área Central, em locais a serem defini-
A
Secretaria de Transportes e Trânsito – SETTRA
B
Secretaria de Transportes e Trânsito – SETTRA
Nosso mundo
Nós vai versus a gente fomos: hipercorreção
É comum, no dia a dia, ouvir “A gente vamos” ou mesmo “Nós vai”. Esse emprego é considerado
um desvio normativo e não deve ser usado em situações formais de comunicação.
Mas você já pensou na lógica linguística por trás desse desvio?
Vamos analisar.
1. Leia este quadrinho Teo e o Mini Mundo.
Caetano Cury/Acervo do Cartunista
226
em seu cotidiano.
deles, em seu contexto de uso, confere um efeito de sentido ao texto.
Agora observe esta correspondência:
No caso de nós, temos eu + você e a conjugação ocorre com o verbo na 1a pessoa do plural.
No caso de a gente, também temos eu + você, mas a conjugação ocorre com o verbo na
3a pessoa do singular.
Ora, se ambas as formas identificam um eu + você, é comum que o falante faça confusão ao bus-
car seguir a norma-padrão. Por isso, “Nós (eu + você) se entende (nesse caso, conjugado com a 3a
pessoa do singular)” ou “A gente (eu + você) se entendemos (conjugado com a 1a pessoa do plural)”.
Trata-se de uma tentativa de se corrigir, chamada hipercorreção.
A norma-padrão é um registro que requer estudo e convívio com pessoas que a usem e no dia a
Deixar fluir dia é comum que não seja seguida de forma tão precisa. Discuta com os colegas esse assunto, res-
pondendo às questões.
Arte no lixo 2. Há preconceito quando alguém não usa a norma gramatical, mesmo em situações in‑
Observe com atenção uma cena do documentário Lixo extraordinário, do artista visual Vik Muniz, formais? Explique e, caso tenha vivenciado isso, divida com a turma.
lançado em 2011.
3. Explique a compreensão que se deve ter nos casos de desvio da norma‑padrão.
© Muniz, Vik/ AUTVIS, Brasil, 2022
Vik Muniz e o
documentário 70
Para realizar o
documentário Lixo
extraordinário,
dirigido por Lucy
Walker, João Jardim
e Karen Harley
Vik Muniz esteve
com catadores de
lixo que ocupam
um grande
aterro sanitário
localizado no Jardim
Vik Muniz. Marat (Sebastião), da série Pictures of Garbage, 2008. Instalação artística
em Jardim Gramacho, Rio de Janeiro.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Marlon Thor
Kiriku e a feiticeira
– Bom dia, meu tio! Eu sou Kiriku, seu sobrinho. Eu vim ajudar a combater Karaba, a feiticeira.
O tio não quer acreditar que aquele pequenino é seu sobrinho e não aceita que um bebê o ajude. Então,
Kiriku volta para a aldeia. O tio fica satisfeito.
[...]
Kiriku vai enfim conhecer as respostas a todas as questões que o atormentam:
[...]
– Vovô, por que Karaba devora os homens?
– É uma lenda. Ela nunca comeu um homem.
– Vovô, por que Karaba é malvada?
– Porque fizeram mal a ela. Ela sofre todo dia por causa de um espinho envenenado que alguns homens
enfiaram na sua coluna vertebral. É esse espinho que dá poderes de feiticeira a ela.
– Eu arrancarei o espinho das costas de Karaba ou morrerei.
OCELOT, M. Kiriku e a feiticeira. Tradução: Regis L. A. Rosa. Rio de Janeiro: Viajante do Tempo, 2016. p. 5, 7 e 34.
Não escreva
“A criança vai aprender a investir com o exemplo dos pais”, diz neste livro
Rejane Tamoto Use seu
caderno
O modo verbal diz respeito à forma como o verbo é enunciado e à maneira como
nos posicionamos no mundo. Por exemplo, podemos usar o verbo para dar a ideia de
certeza, dúvida, ordem ou sugestão. Com ele, igualmente, podemos indicar o que já
aconteceu no passado, o que acontece no presente e o que ainda poderá acontecer
presente e ao futuro.
Claret
De volta ao Brasil, seguiu
carreira no jornalismo, deixou africanos falantes de língua portuguesa:
Reprodução/Martin
a profissão para se dedicar à Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,
Thomas SAMSON/AFP
Ao contar uma história, seja oralmente, seja por escrito, exis-
2. Durante as discussões, façam anotações de falas suas e dos colegas que tem alguns elementos que estruturam seu enredo. Você já apren-
Cinegrafista:
considerem marcantes para inserir no documentário, pois isso facilitará o profissional deu que o enredo contém uma situação inicial, um conflito, do
processo de decupagem a ser feito na etapa de revisão e avaliação. que opera as
câmeras nas qual a história começa a ganhar uma tensão; um clímax, que é
O cinegrafista do grupo deve estar em constante diálogo com o cenogra- filmagens.
o ponto de maior tensão da história; e o desfecho, que é a fi-
fista, para decidirem os planos e ângulos de cena e as formas de movimen- Cenografista:
profissional nalização da história. Outros elementos que ajudam a estruturar
tação da câmera, para captação das imagens da discussão. Pensem no efeito que cuida da
que desejam causar no expectador e escolham também a concepção de o enredo são os personagens; o tempo em que a narrativa se
objetividade ou subjetividade da câmera. cenários. desenrola; o espaço, que é todo o ambiente onde a história se
Dessa vez, o sonoplasta deve estar mais atento tam- passa; o narrador, seja um personagem da história, ou apenas
bém à forma de captação do som das falas, buscando Ana Maria Machado. um observador dela, que pode ser um importante modificador do
minimizar ruídos ambientes e garantir um resultado enredo; e a linguagem da história.
audível das discussões.
a) No trecho, o poeta associa o tempo a um rio. Ex-
120
plique essa associação.
b) Segundo o poeta, você estaria na estação do ano
Smokovski/Shutterstock
mocidade, fecunda e ardente.”. Que experiên-
cias escolares você considera que tenham sido
representativas do verão que você vive?
c) Você concorda com o poeta quando ele diz que
o inverno é tristonho? Considere a época em que
16. Ao terminar a leitura e o estudo do texto, você considera que a abordagem ar-
gumentativa e as estratégias de persuasão usadas pelo articulista foram efica-
zes? Você se sente provocado em relação à opinião por ele exposta? Explique.
ARTIGO 2
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de [domingo.
ARTIGO 3
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
146
2 Leitura de textos
Durante a entrevista, lembre-se da importância de estar
atento a práticas de gêneros orais. Outro ponto de atenção Prepare-se
consiste em ler as questões antes e definir um membro do Organize a gravação. Garanta Carta aberta
grupo que será o responsável por fazê-las ao entrevistado. que seu aparelho esteja A carta aberta tem o objetivo de defender um ponto de vista, uma opinião. Para isso, em seu
desenvolvimento, reivindica-se um direito ou questionam-se algumas atitudes de ordem pública que
Se o entrevistado não souber responder a uma pergunta, funcionando adequadamente,
com fios e bateria em ordem. geram problemas sociais. Visando a mudanças, a carta aberta usa argumentos que ajudam na defesa do
pule para a próxima questão. ponto de vista. Assim, além de ter características de uma carta pessoal (remetente, destinatário, assunto),
Sua estrutura contém cabeçalho com data e saudação (vocativo e pronome de tratamento adequado ao
encerramento, agradecendo a
Nesta seção, seguiremos nosso percurso estudando dois tipos destinatário), apresentação, desenvolvimento e conclusão.
Agora que vocês já gravaram a entrevista, é hora do que disponibilidade do entrevistado.
Organize-se de texto importantes na divulgação do conhecimento científico. chamamos de revisão.
Nesta seção, usaremos Observaremos de que maneira eles se estruturam, a linguagem Para começar, ouçam o áudio que foi gravado e avaliem o resultado da entrevista. Planejamento e produção
dicionário impresso ou on-line. e a função deles.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa IX
Ícones: Os pequenos símbolos aplicados ao longo da Unidade têm o objetivo de chamar a aten-
ção do estudante e do professor para algum aspecto ou função didática própria daquele mo-
mento de estudo. São estes os ícones usados nesta coleção, com seus respectivos significados:
Atividade oral
Atividade em grupo
Atividade em dupla
Atividade para casa
Atividade ou Tema Interdisciplinar
Selos – Trazem alguma informação escrita junto a eles. Nesta coleção, há dois tipos de selos.
Não escreva Este selo foi aplicado principalmente junto às atividades e serve para lem-
neste livro
Use seu
brar aos estudantes que este livro poderá ser utilizado posteriormente por ou-
caderno tro estudante e que, por isso, não se deve escrever nele.
Tr
Tr
Tr
Tr
Tr
Te m o nt
Te m o nt
Te m o nt
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Te m o nt
Te m o nt
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ans
Educação
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Ciência e
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Tecnologia
p orâ n e o p orâ n e o p orâ n e o p orâ n e o p orâ n e o p orâ n e o p orâ n e o
em em em em em em em
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Te m o nt
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Educação para
Te m o nt
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Te m o nt
ans
ans
ans
ans
ans
ans
aC
aC
aC
aC
aC
aC
Multiculturalismo
Alimentar e Familiar e para o em Direitos Criança e do
ve rs a
ve rs a
ve rs a
ve rs a
ve rs a
ve rs a
Respeito e
ve rs a
nas Matrizes
Adolescente Valorização do Históricas
Nutricional Social Trânsito Humanos Idoso e Culturais
l
l
l
Brasileiras
Destacamos que, por se tratar de temas para abordagem transversal junto ao conteúdo,
não houve a intenção de que todos os TCTs fossem abordados sistematicamente na cole-
ção. Privilegiamos, sim, as relações contextualizadas entre os conteúdos e os TCTs. Por essa
razão, a presença ou a ausência de determinado selo na coleção não deve ser considerada
determinante para a abordagem do TCT.
Para o estudante, a lista de ícones e selos, com seus significados, está aplicada na seção
Conheça seu livro (página 7).
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X Língua Portuguesa
Livro digital interativo: novas possibilidades
Esta coleção dispõe de acesso a seus conteúdos em versão digital, tanto dos livros destinados
aos estudantes como aos professores. Na prática, esses livros digitais podem ser abertos e lidos com
computadores, tablets ou smartphones e reúnem o mesmo conteúdo da versão impressa, com acrés-
cimo de recursos de interatividade, como hiperlinks ligando o sumário a cada parte do livro, objetos
digitais que ampliam a abordagem do tema, infográficos animados e rolamento contínuo das páginas.
Ainda que apresentem rolamento contínuo, os volumes digitais trazem um número referencial
para a paginação do impresso, de forma a garantir ao professor e ao estudante uma comunicação
ágil com as versões tradicionais. Nos livros digitais, foram incluídos carrosséis de imagens e infográ-
ficos interativos.
O carrossel pode ser definido como uma galeria de imagens que amplia a abordagem do tema
trabalhado, com possibilidade de aprofundar os conteúdos com a leitura das cenas, do contexto em
que foram produzidas, assim como interpretações em relação a sua composição.
O infográfico interativo apresenta o conteúdo representado no livro impresso associando múltiplas
linguagens. Em outras palavras, o infográfico inserido nas páginas do impresso recebe tratamento e
ampliações possíveis graças ao formato digital, tais como imagens e textos complementares. Esses
recursos se apresentam no livro digital como hipertextos, que podem ser compreendidos com base no
que Pierre Lévy conceitua no livro Cibercultura, como “uma matriz de textos potenciais realizados na
interação com o usuário”.
O livro digital interativo se justifica pela necessidade de atender à incursão tecnológica atual, mar-
cada por transformações, o que torna as relações sociais dos estudantes bem mais complexas. Com
esse recurso, é ofertado ao estudante reconhecer, interagir, analisar e interpretar essas linguagens – fa-
miliarizar-se ainda mais com essas novas formas de expressão, de organizações cognitivas de análise
e compreensão.
A seguir, uma lista dos conteúdos interativos desta coleção:
Conteúdo interativo
Volume 6 Volume 7
Unidade Página Tipo Tema/título Unidade Página Tipo Tema/título
Carrossel de Carrossel de Olhares de Monet sobre a
1 22 Consumo consciente 1 17
imagens imagens Catedral de Rouen, França
Carrossel de Carrossel de
2 52 Storyboard 4 117 Frutas no Brasil
imagens imagens
Carrossel de Bienal Internacional de Arte Infográfico Dez dicas para o atleta
3 76 6 204
imagens de São Paulo interativo iniciante
Infográfico Carrossel de
3 95 Enredo/sequência narrativa 7 222 Arte urbana
interativo imagens
Carrossel de Carrossel de Novas modalidades olím-
6 215 Mulheres na Ciência 8 280
imagens imagens picas
Volume 8 Volume 9
Unidade Página Tipo Tema/título Unidade Página Tipo Tema/título
Carrossel de Carrossel de
1 27 Paródia em imagens 1 19 Cultura imaterial
imagens imagens
Carrossel de Carrossel de
3 97 Arte de lixo 2 78 Clube de leitura
imagens imagens
Carrossel de Infográfico
4 133 História dos v ideogames 5 191 Mapa mental
imagens interativo
Infográfico Carrossel de
6 218 Refugiados no Brasil 6 236 Biodiversidade
interativo imagens
Carrossel de Carrossel de Conquistas importantes de
8 283 Produção de um logotipo 7 281
imagens imagens atletas negros
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa XI
Proposta teórico-metodológica
Aspectos gerais
Esta coleção foi pensada de modo a conciliar as diretrizes normativas da Base Nacional Co-
mum Curricular (BNCC) com as teorias consolidadas que sustentam o ensino da Língua Portu-
guesa nos anos finais do Ensino Fundamental.
Entre tais teorias, destaca-se a teoria dos gêneros, proposta por Bakhtin (2003) e abor-
dada, nesta coleção, na perspectiva dos multiletramentos, conforme Rojo e Moura (2012).
Essa perspectiva subsidiou a escolha dos textos a serem apresentados aos estudantes, os quais
propiciam o desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas a recursos multis-
semióticos, como as habilidades EF67LP08, EF67LP13, EF67LP29, EF69LP05, EF69LP17,
EF69LP33, EF69LP37, EF69LP38, EF69LP47, EF69LP48, EF89LP07, EF89LP34 e EF07LP02,
as competências gerais 4 e 5 da Educação Básica, as competências específicas 3 e 6 de Lingua-
gens e as competências específicas 3 e 10 de Língua Portuguesa.
A adaptação das teorias enunciativo-discursivas para o trabalho em sequências didáticas
na sala de aula, com gêneros orais e escritos, apresentada por Schneuwly e Dolz (2004)
orientou o desenvolvimento das propostas de produção textual das Unidades (seção 4), com
vistas, por exemplo, ao desenvolvimento das habilidades EF69LP06, EF69LP07, EF69LP08,
EF69LP12, EF69LP22, EF69LP35, EF69LP36, EF69LP41, EF69LP50 e EF69LP51, da com-
petência geral 4 da Educação Básica, das competências específicas 3 e 4 de Linguagens e da
competência específica 3 de Língua Portuguesa.
O desenvolvimento das habilidades EF69LP11, EF69LP12, EF69LP19, EF69LP24,
EF69LP52, EF69LP53, EF69LP54 e EF69LP55, da competência geral 4 da Educação Básica,
da competência específica 3 de Linguagens e da competência específica 3 de Língua Portugue-
sa, que se relacionam à oralidade, apoiou-se nos artigos organizados por Jubran et al. (2019)
e por Leite (2020) e é trabalhado de forma mais sistematizada nas seções 1, de leitura, e 4, de
produção textual, em que propostas orais se alternam com propostas escritas.
Em relação à leitura, pautamo-nos nas reflexões propostas por: Solé (1998), sobre o de-
senvolvimento da leitura e da compreensão leitora, que envolve a preparação para a leitura, o
processo de leitura propriamente dito e as compreensões globais e específicas; Petit (1999),
sobre o universo juvenil a partir do qual se dá o interesse pela leitura na atualidade; e Carva-
lho (2018), sobre estratégias de ensino e avaliação de leitura. As atividades da seção dedica-
da à leitura, embasadas por essas reflexões, buscam desenvolver, entre outras, as habilidades
EF69LP01, EF69LP02, EF69LP20, EF69LP29, EF69LP33, EF69LP42, EF69LP44, EF69LP46,
EF69LP47 e EF69LP49 e as competências específicas 1, 2, 3, 7, 8 e 9 de Língua Portuguesa.
Preocupamo-nos em apresentar ao longo de toda a coleção atividades para o desenvolvi-
mento gradativo das habilidades de argumentação dos estudantes, relacionadas às habilidades
EF69LP01, EF69LP11, EF69LP13, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP18, EF69LP19, EF69LP21,
EF69LP25, EF69LP45 e EF07LP14, à competência geral 7 da Educação Básica e à competência
específica 6 de Língua Portuguesa. Essas atividades foram construídas à luz das teorias de Koch
e Elias (2017) e de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014), que propõem uma estrutura para a
construção do argumento e do contra-argumento, bem como a escolha das estratégias argumen-
tativas para persuadir o interlocutor.
Em relação à análise linguística/semiótica, presente sobretudo nas atividades da seção 3,
o embasamento teórico se dá nos preceitos da linguística textual elucidados por Koch (2002;
2009; 2015) e Neves (2014), que subsidiam o desenvolvimento das habilidades EF69LP27,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Partindo desses conceitos, adotamos a concepção de língua bakhtiniana: a língua como pro-
duto da interação verbal, portanto viva e constituída por meio do discurso. Para Bakhtin (2003),
a atividade verbal se organiza fora do indivíduo: ela é organizada pela atividade mental no mo-
mento da interação.
Foi com base nessas premissas que elaboramos esta coleção didática: com base em nossas
práticas docentes e das vivências com os estudantes, na busca por apresentar propostas que
estreitem o diálogo com a comunidade escolar e considerem a linguagem como parte ativa e es-
tratégica da participação social, construída nos textos orais e escritos a partir das interações nos
campos de atuação. Adotamos, portanto, uma perspectiva discursiva de gênero, tal como pro-
posto por Bakhtin (2003), que define gêneros como tipos de enunciado relativamente estáveis,
os quais cumprem uma função comunicativa em um momento histórico e social.
Seguindo essa definição, compreendemos que os gêneros apresentam um dinamismo, mo-
dificando-se de acordo com o momento histórico e a situação social em que são produzidos.
Eles são peças fundamentais para organizar a vida em sociedade, visto que as interações ocor-
rem por meio dos gêneros que circulam nos diferentes campos de atuação. Segundo Bronckart
(1999, p. 103), “a apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de
inserção prática nas atividades comunicativas humanas”. Essa ideia reforça a decisão – que abor-
daremos mais adiante – de organizar a coleção por campos de atuação, em busca de favorecer
interações diversas promovidas por gêneros diferentes tanto da oralidade quanto da escrita,
mostrando que ambas as modalidades estão presentes em todos os campos de atuação.
Para o trabalho com os gêneros, destacamos nas Unidades, tanto nas atividades de leitura
quanto nas de produção textual, os três aspectos apontados por Bakhtin (2003): composição,
tema e estilo. Em uma apropriação progressiva desses aspectos, os estudantes devem iden-
tificar e analisar suas relações nas seções 2 e 3 de cada Unidade (respectivamente, Leitura
de textos e Análise e reflexão sobre linguagens), para fazer a proposta da seção 4 (Pro-
dução textual).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa XV
A opção por organizar as Unidades desta coleção por campos de atuação tem também a fun-
ção de promover um trabalho consistente e gradual com os gêneros. Ao longo dos quatro volu-
mes, são apresentados aos estudantes os diversos gêneros que circulam em cada campo, já que
é das interações enunciativo-discursivas vividas em cada um deles que emergem as situações
que requerem o domínio de certas habilidades linguísticas orais e escritas.
Com base no campo de atuação central de cada Unidade, propusemos diversas situações
que favorecem a observação e o estudo da materialidade linguística e da linguagem, mesclando
práticas consagradas pela escola com as vivências sociais dos estudantes dentro das culturas
juvenis. Destacamos que a materialidade linguística é justamente o texto construído linguistica-
mente para materializar o discurso, tal como proposto por Possenti (2012).
Nesse contexto, o texto, em sua dimensão enunciativo-discursiva, se configura como a unidade
de trabalho dentro dos campos de atuação, de forma a poder “relacionar os textos a seus contex-
tos de produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em ativida-
des de leitura, escuta e produção de textos em várias mídias e semioses” (BRASIL, 2018, p. 67).
Em cada volume, os quatro campos de atuação propostos na BNCC – artístico-literário, das
práticas de estudo e pesquisa, jornalístico-midiático e de atuação na vida pública – estrutu-
ram duas Unidades em sequência, para contemplar os múltiplos gêneros mobilizados nessas esferas.
[...] esses campos [...] criam condições para uma formação para a atuação em atividades do dia a dia, no es-
paço familiar e escolar, uma formação que contempla a produção do conhecimento e a pesquisa; o exercício da
cidadania, que envolve, por exemplo, a condição de se inteirar dos fatos do mundo e opinar sobre eles, de poder
propor pautas de discussão e soluções de problemas, como forma de vislumbrar formas de atuação na vida
pública; uma formação estética, vinculada à experiência de leitura e escrita do texto literário e à compreensão
e produção de textos artísticos multissemióticos (BRASIL, 2018, p. 84).
Destaca-se, então, a variedade dos gêneros apresentados aos estudantes em cada uma das
Unidades e, tal como a proposta de Bakhtin (2003, p. 262) de que “cada campo de utilização
da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, os quais se denominam gê-
neros do discurso”, entendemos que os gêneros não são exclusivos de determinados campos
de atuação, embora possam ser mais frequentes em um deles.
Com essa escolha, além de estarmos de acordo com o que preconiza a BNCC, nos pautamos
na observação do uso da língua em diferentes contextos para o estudo da teoria dos gêneros
proposta por Bakhtin:
[...] a riqueza e a diversidade dos gêneros do discurso são infinitas porque são inesgotáveis as possibili-
dades da multiforme atividade humana e porque em cada campo dessa atividade é integral o repertório de
gêneros do discurso, que cresce e se diferencia à medida que se desenvolve e se complexifica em determinado
campo (BAKHTIN, 2003, p. 262).
Portanto, estruturar as Unidades desta coleção de Língua Portuguesa nos campos de atuação
demarca nosso posicionamento didático de “possibilitar a compreensão de que os textos circulam
dinamicamente na prática escolar e na vida social, contribuindo para a necessária articulação dos sa-
beres sobre a língua e as outras linguagens, nos tempos e espaços escolares” (BRASIL, 2018, p. 85).
MEIO AMBIENTE
Educação Ambiental
Educação para o Consumo
ECONOMIA
Paula Radi
CIÊNCIA E TECNOLOGIA Trabalho
Ciência e Tecnologia Educação Financeira
Educação Fiscal
Temas
Contemporâneos
Transversais
na BNCC
MULTICULTURALISMO
SAÚDE
Diversidade Cultural
Saúde
Educação para Valorização
CIDADANIA Educação Alimentar
do Multiculturalismo nas
E CIVISMO e Nutricional
Matrizes Históricas e
Culturais Brasileiras Vida Familiar e Social
Educação para o Trânsito
Educação em Direitos Humanos
Direitos da Criança e do Adolescente
Processo de Envelhecimento,
Respeito e Valorização
do Idoso
Destacamos que a escolha dos TCTs como eixo organizador de cada Unidade, ao lado
dos campos de atuação, tem também uma finalidade didático-metodológica, mas não se
efetiva nas atividades apenas o tema principal: outros assuntos perpassam o tema em foco,
constituindo-se como mesclas, hibridizações e derivações dele.
Tendo isso em vista, a proposta da BNCC é que esse aparato de assuntos transversais abor-
dados em sala de aula proporcione o desenvolvimento cidadão do estudante por meio de práticas
que permitam a ele compreender a sociedade em que vive e seus direitos e deveres em relação
à coletividade e ao meio ambiente. O desenvolvimento gradativo dessa consciência permitirá
que esse adolescente atue de maneira autônoma e consciente, em prol de uma sociedade mais
justa, democrática e inclusiva.
Na prática, a abordagem dos TCTs ocorre por meio da pergunta disparadora que abre a Uni-
dade, a qual é retomada no fechamento, a fim de que seja elaborada uma resposta para ela ou
haja a ampliação da reflexão sobre o assunto proposto. Os temas abordados são destacados por
selos nas páginas de abertura da Unidade e estão assim distribuídos ao longo da coleção:
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UNIDADE
Valorização do Idoso
Educação para o
3 Diversidade Cultural Educação Financeira Ciência e Tecnologia
Consumo
Educação para Valoriza-
ção do Multiculturalismo Educação Alimentar e Educação em Direitos
4 Ciência e Tecnologia
nas Matrizes Históricas Nutricional Humanos
e Culturais Brasileiras
Processo de Envelhe-
5 Saúde Educação Ambiental cimento, Respeito e Educação Fiscal
Valorização do Idoso
Saúde Educação em Direitos
UNIDADE
É preciso chamar a atenção para o fato de que os TCTs não são restritos ao componente
curricular de Língua Portuguesa, mas, por sua importância e abrangência, atravessam todos os
componentes curriculares, evidenciando, assim, sua complexidade, integrando saberes e indi-
cando diferentes maneiras de atuar diante das problemáticas que expõem. Acreditamos que é
dessa forma que esses temas poderão extrapolar uma abordagem meramente escolar para ga-
nhar sentido na vida dos estudantes.
O quadro a seguir mostra a distribuição das competências gerais de acordo com o projeto.
As competências socioemocionais
A discussão sobre a saúde física e mental dos estudantes já estava presente nos Parâme-
tros Curriculares Nacionais (PCN) e em seus Temas Transversais. Pautados pela definição de
saúde elaborada pela Organização Mundial de Saúde em 1948 (“Saúde é o estado de com-
pleto bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”), os PCN pro-
punham a conscientização quanto ao direito à saúde e apontavam a necessidade de educar
para a saúde de maneira explícita e sistemática, como forma de contribuir para a formação
de cidadãos capazes de atuar em favor da melhoria da saúde tanto em âmbito pessoal como
coletivo. Dando continuidade a esse processo educacional, a BNCC retoma o tema em uma
das competências gerais da Educação Básica:
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas
(BRASIL, 2018, p. 10).
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Tr
Te m o nt
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Vida
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Familiar e Saúde
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Social
Rick Wilking/REUTERS/Fotoarena
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1. Você já ouviu falar em saúde emocional? Que temas supõe que esse assunto envolva?
174 175
XX Língua Portuguesa
Relacionam-se com as habilidades de ouvir com empatia, falar clara e objetivamente, cooperar com os
demais, resistir à pressão social inadequada (ao bullying, por exemplo), solucionar conflitos de modo cons-
trutivo e respeitoso, bem como auxiliar o outro quando for o caso (BRASIL, [2019?]).
Desse modo, não se trata de habilidades que espontaneamente vão ser desenvolvidas à
medida que os estudantes realizam as atividades propostas na coleção, mas de um tipo de
habilidade que precisa ser trabalhado na escola de forma consciente e explícita.
As situações coletivas vivenciadas no ambiente escolar são oportunidades para esse
trabalho; no entanto, sua regulação deve ser construída juntamente com os estudantes, de
modo que todos pratiquem as regras estabelecidas.
É importante propor situações em que os estudantes observem que, em uma vivência
de grupo, eles não são responsáveis apenas pelo próprio comportamento, mas também pelo
comportamento do grupo, com vistas ao bem comum, conforme deixa claro a competência
geral 9 da Educação Básica:
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e pro-
movendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos
de qualquer natureza.
Essa corresponsabilização passa pela escuta atenta do outro, em um movimento que ga-
rante a autorregulação, de modo que os estudantes aprendam a opinar, a ouvir a opinião dos
colegas e a refletir sobre ela, chegando, com o grupo, a um consenso.
Cohen e Lotan (2017, p. 40) afirmam que os estudantes “raramente aprendem novos com-
portamentos ou convicções sobre como devem se comportar apenas por meio de palestras ou
de discussões”. As autoras afirmam que, para a internalização desses comportamentos, é neces-
sário ensinar as regras e habilidades por meio de jogos, exercícios e habilidades construtoras:
[...] um quebra-cabeça não podia ser satisfatoriamente resolvido até que os membros do grupo se
tornassem conscientes dos problemas vivenciados pelos demais e desejassem abrir mão de suas peças
do quebra-cabeça para alcançar o objetivo do grupo. Cada membro recebe um envelope contendo peças do
círculo. A tarefa do grupo é a de formar círculos de igual tamanho. A tarefa não é concluída até que cada indi-
víduo tenha diante de si um círculo perfeito de mesmo tamanho em relação àquele formado pelos outros no
grupo. Existem limitações específicas na interação: não é permitido que os alunos falem. Os membros não
podem pedir ou pegar as peças das outras pessoas. Eles podem apenas dar aos colegas do grupo as peças
de que eles podem precisar. [...] O desafio se encontra no fato de que a troca de peças ocorre entre os mem-
bros antes que o objetivo seja alcançado. Para todas, exceto para a versão mais fácil, alguns dos envelopes
fornecidos a cada grupo contêm peças que produzirão um círculo sem necessidade de trocas. Entretanto, se
a pessoa que recebe tal envelope não quiser quebrar seu círculo completo e compartilhar com os outros, o
grupo não será capaz de completar a tarefa. O que frequentemente acontece é que um dos membros mais
competitivos rapidamente termina uma forma completa e então de modo impaciente espera que os outros re-
solvam os seus problemas, olhando em volta da sala indiferente aos esforços dos outros membros do grupo –
inconsciente de que ele é a causa do insucesso da equipe (COHEN; LOTAN, 2017, p. 42).
As autoras ressaltam que as discussões sobre a vivência, que elas sugerem fazer após a
montagem do quebra-cabeça, devem contemplar os pontos de sucesso e fracasso da coope-
ração. Com base nelas, o professor pode ajudar os estudantes a perceberem as necessidades
dos outros e a refletirem sobre o ato de compartilhar, não doutrinando para uma resposta espe-
rada, mas possibilitando que cheguem a conclusões levando em conta as próprias perguntas.
As atividades para trabalhar a cooperação, nesta coleção, são variadas. Entre outras, há
as discussões coletivas – em especial no boxe Nosso mundo, mas também em outros bo-
xes e seções – e as tarefas em grupo, particularmente na seção de produção textual e nos
encaminhamentos do projeto anual. Por isso, realizar atividades de preparação para a coo-
peração, como a anteriormente mencionada, e criar coletivamente regras para o trabalho em
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Para uma efetiva participação, com escuta atenta como caminho de construção da em-
patia, Morris (1977, p. 63) apud Cohen e Lotan (2017, p. 50) propõe “comportamentos
cooperativos de solução de problemas”:
1. Informe suas próprias ideias.
2. Escute os outros; dê a cada um a chance de falar.
3. Peça aos outros suas ideias.
4. Forneça argumentos para validar suas ideias e discuta muitas ideias diferentes.
Em meio ao trabalho, como momento de regulação do coletivo, o autor sugere que seja feita uma inter-
venção a partir das seguintes perguntas:
1. Todos estão falando?
2. Vocês estão ouvindo uns aos outros?
3. Vocês estão fazendo perguntas? O que você poderia perguntar para descobrir as ideias de alguém?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
A habilidade de escuta atenta está diretamente ligada à empatia. Rosenberg (2006) ex-
plica que é possível praticar a empatia por meio da comunicação não violenta, que pressu-
põe quatro premissas:
As ações concretas que estamos observando e que afetam nosso bem-estar;
Como nos sentimos em relação ao que estamos observando;
As necessidades, valores, desejos etc. que estão gerando nossos sentimentos;
As ações concretas que pedimos para enriquecer nossa vida (ROSENBERG, 2006, p. 588).
Assim, buscar a conexão com os estudantes para compreendê-los, escutar suas neces-
sidades, ajudá-los a refletir sobre seus próprios valores e ações, ajudá-los a desenvolver
diálogos pautados na honestidade de sentimentos e emoções em relação a si e ao outro vi-
sando à resolução pacífica de conflitos é um caminho para o desenvolvimento da empatia,
é possibilitar que eles ajam também dessa forma em corresponsabilidade na sala de aula.
E a escuta atenta, entre professor e estudantes e entre os estudantes, é o ponto de partida
para essa possibilidade.
Combate ao bullying
As ações que promovem cooperação, empatia e comunicação não violenta têm papel
importante no combate ao bullying. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar
(PeNSE) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –
que entrevistou quase 188 mil estudantes, com idade entre 13 e 17 anos, em 4 361
escolas de 1 288 municípios de todo o país – apontam que 23% dos estudantes dizem
ter sofrido bullying entre os 30 dias que antecederam a pesquisa e afirmam como causa
a aparência do corpo (16,5%), do rosto (11,6%) e a cor ou raça (4,6%). (A matéria de
Mariana Tokarnia para a Agência Brasil a respeito dos resultados da pesquisa pode ser lida
em livro.page/60V6MPG36LP; acesso em: 16 ago. 2022).
Diante desse contexto, as atividades relacionadas à promoção da saúde mental dos es-
tudantes e ao combate ao bullying devem ser recorrentes na escola. Nesta coleção, a Unida-
de 6 do volume 7, por exemplo, é destinada ao desenvolvimento do Tema Contemporâneo
Transversal Saúde, com foco no desenvolvimento da saúde emocional. Organizada dentro do
campo de atuação das práticas de estudo e pesquisa, essa Unidade oferece aos estudantes
a oportunidade de protagonizar investigações sobre o assunto em seu entorno e de partici-
par de ações práticas para promover a saúde emocional na escola.
Sugerimos que as ações de cooperação, desenvolvimento da empatia e combate ao
bullying permeiem todas as atividades e discussões em sala de aula, para que se consolidem
como formativas de valores e se tornem orgânicas na prática dos estudantes.
e complexa.
sobre a saúde emocional em sua escola. Mãos à obra!
Infográfico
Infográficos traduzem informações complexas em esquemas e representações
visuais para tornar a informação mais acessível. É possível criar infográficos com
O trabalho progressivo com a argumentação tem início nos primeiros anos do Ensi-
ilustrações, gráficos, números, textos, desde que façam sentido em relação ao pro-
pósito da informação que será veiculada.
Montagem sobre foto de StockSmartStart/Shutterstock
2
e beba bastante água.
Faça ativida-
des ao ar livre.
7 Crie um
cronograma
Se possível, de exercícios,
chame os semanal ou
amigos. mensal.
A atividade física
proporciona bem-estar
4 5
físico, mental e
emocional. O infográfico Tente ter um horário 10
anos finais do Ensino Fundamental, são várias as habilidades que sustentam o traba-
Durma a quantidade
relaciona textos e fixo para treinar. Ajuda a de horas necessárias
manter a disciplina.
imagens para conseguir para descansar seu
comunicação mais Além dos exercícios aeróbicos corpo e sua mente.
(corrida, ciclismo etc.) inclua Somente assim exer-
eficiente de incentivo ao cícios físicos surtem
levantamento de pesos. Seus
exercício. músculos agradecem! efeito.
lho com as competências citadas. Elencamos algumas de diferentes eixos para que a
204
compreensão da progressão fique evidente e para exemplificar como isso está concretizado
nesta coleção:
(EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e argumentos
em textos argumentativos (carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha crítica
etc.), manifestando concordância ou discordância.
(EF69LP14) Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos professores,
tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos relativos ao objeto de discussão para
análise mais minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam
analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma.
(EF69LP15) Apresentar argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os tur-
nos de fala, na participação em discussões sobre temas controversos e/ou polêmicos.
(EF89LP04) Identificar e avaliar teses/opiniões/posicionamentos explícitos e implícitos,
argumentos e contra-argumentos em textos argumentativos do campo (carta de leitor,
comentário, artigo de opinião, resenha crítica etc.), posicionando-se frente à questão con-
troversa de forma sustentada.
(EF09LP03) Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção dado,
assumindo posição diante de tema polêmico, argumentando de acordo com a estrutura
própria desse tipo de texto e utilizando diferentes tipos de argumentos – de autoridade,
comprovação, exemplificação princípio etc.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
centrais da leitura, com o objetivo de construir um esquema visual de leitura. Por fim,
Bilstock/Shutterstock
Tal trabalho pode ser utilizado como uma metodologia de estudo em diferentes
Uma única viagem, três anos, um mar, um 1817 e assim iniciaram uma fantástica viagem
oceano, um país com dimensões continentais, em terras brasilis.
florestas soberbas e densas, árvores e flores [...]
desconhecidas para a ciência, montanhas e pai- Das muitas publicações que resultaram des-
sagens espetaculares, mulas, canoas, rios, cor- sas expedições pelo Brasil e Alto Amazonas en-
redeiras, lagoas e cachoeiras, animais exóticos tre 1817 e 1820, destaca-se a Flora Brasiliensis,
140
Não escreva
neste livro
Use seu
Releia os poemas “Com licença poética” e “De Adélias e prados”.
1. É possível dizer que os poemas expressam um universo intimista. O que in-
dica que eles fazem uma análise do eu lírico que se expressa em cada um?
gêneros nas Unidades, mas, considerando a tênue fronteira entre eles – visto que a de-
caderno
2. Releia o verso: “uma paz que é tua”. Você concorda com a afirmação de
um determinado campo estão também referenciados a outros, existindo trânsito entre esses campos.
Práticas de leitura e produção escrita ou oral do campo jornalístico-midiático se conectam com as de
28
atuação na vida pública. Uma reportagem científica transita tanto pelo campo jornalístico-midiático
quanto pelo campo de divulgação científica; uma resenha crítica pode pertencer tanto ao campo
jornalístico quanto ao literário ou de investigação. [...] É preciso considerar, então, que os campos se inter-
seccionam de diferentes maneiras (BRASIL, 2018, p. 85).
Dispomos, a seguir, os objetos de conhecimento que orientam as propostas de ativida-
des e estudos da seção Leitura de textos:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
A língua (e sua gramática) não pode ser descrita nem explicada como um sistema autônomo (Givón,
1995), imune a uma relação com fatores externos de avaliação: embora o sistema linguístico exiba algum
grau de arbitrariedade, ele se ativa motivado por fatores externos (e de mais de um tipo).
As formas e os processos da língua (a gramática) são meios para um fim, não um fim em si mesmos
Correlato: (Halliday, 1994): na atividade bem-sucedida, os fins são os correlatos das motivações (NEVES, 2012, p. 51).
que apresenta
correlação. Sendo assim, algumas abordagens desses fenômenos linguísticos são propostas não
No contexto,
os fins serem exatamente sistematizadas em destaque na seção 3, mas também nas atividades de análise
correlatos das
motivações pode dos textos lidos, na seção de leitura, tal como proposto pela BNCC, por meio de “procedi-
ser compreendido
como a existência
mentos e estratégias (meta) cognitivas de análise e avaliação consciente, durante os pro-
de uma relação cessos de leitura e de produção de textos, das materialidades dos textos, responsáveis por
entre a finalidade
de uso de seus efeitos de sentido [...]” (BRASIL, 2018, p. 80).
determinada forma
linguística e a Prezamos, também, por proporcionar ao estudante propostas de aprofundamento sobre
motivação de seu o sistema de escrita, ora partindo dos textos lidos, ora propondo outras situações enuncia-
uso.
tivas para análise.
Dispomos, a seguir, os objetos do conhecimento que orientam as propostas de atividades
e estudos da seção 3 – Análise e reflexão sobre as linguagens. Ressaltamos que alguns
desses objetos são também encontrados nas outras seções, considerando que esse eixo de
Língua Portuguesa perpassa a compreensão leitora e é mobilizado na produção textual.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Vale observar que, no que se refere à análise e à reflexão sobre a língua, especifica-
mente, muitos desses objetos de conhecimento abrangem explicitamente conteúdos pre-
ceituados pela BNCC, tais como variação linguística e figuras de linguagem, e que foram
contemplados em destaque como objetos de estudo nas seções – não exclusivamente nesta
seção 3 – e em outros estudos dos textos, de forma transversal.
A seção 4 – Produção textual apresenta propostas com diversas finalidades e propó-
sitos enunciativos, convergentes com os estudos de todas as seções anteriormente traba-
lhadas na Unidade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Publicação
Após fazer uma revisão e, se necessário, reescrever o que julgou que necessita
ser melhorado, digite o texto e escolha duas redes sociais para publicação. Nesta
etapa, você pode fazer parceria com a direção da escola, pois caso tenham pági-
nas nas redes, os textos podem ser publicados pela própria escola.
conhecimentos prévios e a adequação aos novos projetos enunciativos.
Para chamar a atenção dos leitores, crie um parágrafo de chamada convidando-
Além disso, conforme pressuposto pela BNCC, essas propostas são ofertadas ora
-os a ler, comentar e compartilhar seu texto, promovendo assim um debate on-line.
Selecione uma imagem para acompanhar o texto da chamada, que pode ser da
internet (dê os créditos a quem a criou) ou produzida por você. Verifique se essa
imagem não propaga estereótipos ou preconceitos contra os idosos.
194
como produção individual, ora em dupla, ora coletivamente, abrangendo textos orais, es-
critos e multissemióticos.
Produção textual
4 E, para proporcionar essa multiplicidade de propostas, apresentamos a alternância
História em quadrinhos
No início desta Unidade, você explorou a re-
lação entre arte e realidade, percebendo como
certas manifestações artísticas foram inspiradas
Organize-se
de produções orais e escritas entre as Unidades, com vistas a garantir ocorrências
Para produzir sua história em quadrinhos,
Múltiplas leituras
Você sabia que existem gibitecas digitais? Há uma série de iniciativas que disponibilizam gibis e
outros formatos de quadrinhos para serem explorados on-line. Em duplas, leiam um exemplar para ob-
servar as características desse formato.
Essas práticas de produção textual oral e escrita contemplam objetos de conheci-
mento que se inter-relacionam ao uso e à reflexão sobre as linguagens.
1. Em sites de busca da internet, pesquisem a página da POCCON Em casa, Gibiteca Digi-
tal (livro.page/8V7U135L). Nela, escolham uma história em quadrinhos e façam a leitu-
ra. Exemplo: As aventuras de Kubbo ou Fractal, de Yuri Amaral, e Maré Alta, de Flávia
Borges.
2. Em roda de conversa, compartilhe a experiência de leitura com os colegas, comentando
a relação entre texto e imagem, isto é, contando como o ilustrador organizou as ima-
35
Produção textual
Oralidade
O papel do professor
As reflexões sobre a ação docente na escola do século XXI são muitas e englobam as
ideias de mediação, assimilação das tecnologias ligadas à prática educativa, sintonia com as
culturas juvenis, entre outras. Ao pensar no papel do professor dos anos finais do Ensino Fun-
damental, consideramos importante, no entanto, delimitar os valores e princípios que acre-
ditamos reger a educação e nos quais pautamos o desenvolvimento das propostas didáticas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
A ideia, aparentemente, é bem simples: unir pessoas que possam falar sobre leituras e
ouvi-las. Por trás dessa iniciativa, há mudanças de paradigmas: o deslocamento de uma re-
cepção individual de uma obra para o âmbito coletivo, acarretando uma negociação a res-
peito dos sentidos que a leitura suscitou a cada um dos membros da comunidade; as trocas
subjetivas e o compartilhamento de sensações e vivências leitoras.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
leitura como:
a reflexiva (crônica) e a narrativa (romance). Qual delas atende mais a seu
tação da esquete. Durante esses ensaios, fique atentos aos itens:
perfil de leitor? Justifique.
Intensidade vocal: o volume de sua fala deve ser audível a todos do espaço onde a es-
quete será apresentada. 6. Uma das acepções para o substantivo “revolução” é:
Entonação: treine o modo de dizer cada palavra, buscando a ênfase pedida na rubrica
76 77
nicativo (KOCH, 2010, p. 11).
Diante da complexidade dos processos de leitura e da necessidade de mobilização de di-
ferentes conhecimentos, buscamos estruturar o trabalho com leitura por meio de práticas de
antecipação e inferência de informações, criação de hipóteses e checagem. Segundo Koch,
a construção de sentido de um texto ocorre, principalmente, nas atividades de inferência.
Para o desenvolvimento dessas atividades, é de suma importância que os leitores/estu-
dantes mobilizem conhecimentos de diferentes ordens, a saber: linguístico, de mundo e in-
teracional. Tendo isso em vista, buscamos não só na seção 2, mas também na 3, mobilizar
esses conhecimentos e promover momentos em que os estudantes façam inferências e as
justifiquem valendo-se de seus conhecimentos prévios.
Um exemplo é a atividade com a interpretação do poema “Com licença poética”, de Adé-
lia Prado, desenvolvido na Unidade 1 do volume 8. A atividade inicial convoca os estudantes
a associar, por meio de inferência, a imagem poética dos primeiros versos aos conhecimen-
tos de mundo deles sobre contos de fadas para, em seguida, levá-los a compreender a tra-
jetória do eu lírico. Outro exemplo de trabalho com inferência, agora em âmbito multimodal,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
sar, refletir e ampliar a compreensão que já possuem sobre os usos da língua. A seção As leituras desta Unidade proporcionarão a você ter contato com diferentes
formas de inter textualidade, além de conhecer um pouco mais sobre poetas
da língua por tuguesa de diferentes nacionalidades: do Brasil, a poeta Adélia
Prado e, de Angola, Ondjaki.
de análise linguística tem como fio condutor uma reflexão por meio da qual os estu- Leitura 1
Poemas autobiográficos
Você lerá o poema “Com licença poética”, publicado na primeira obra de Adé-
contextos de uso.
Com licença poética
Pedro Hamdan
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
20
Possenti (1996) e Soares (1993). Compreendemos que, para as camadas menos fa-
vorecidas da população, a escola é o espaço prioritário de contato com a norma-padrão, e
não apresentá-la ou sistematizá-la seria uma maneira de excluir muitos estudantes. Dentro dessa
perspectiva, podemos citar:
Um ensino da língua materna comprometido com a luta contra as desigualdades sociais e econômicas
reconhece, no quadro dessas relações entre a escola e a sociedade, o direito que têm as camadas popula-
res de apropriar-se do dialeto de prestígio, e fixa-se com o objetivo de levar os alunos pertencentes a essas
camadas a dominá-lo, não para que se adaptem às exigências de uma sociedade que divide e discrimina,
mas para que adquiram um instrumento fundamental para a participação política e a luta contra as desi-
gualdades sociais.
Um ensino de língua materna que pretenda caminhar na direção desse objetivo tem de partir da
compreensão das condições sociais e econômicas que explicam o prestígio atribuído a uma variedade
linguística em detrimento de outras, tem de levar o aluno a perceber o lugar que ocupa o seu dialeto na
estrutura de relações sociais, econômicas e linguísticas, e a compreender as razões por que esse dialeto é
socialmente estigmatizado; tem de apresentar as razões para levar o aluno a aprender um dialeto que não
é o do seu grupo social e propor-lhe um bidialetismo não para sua adaptação, mas para a transformação de
suas condições de marginalidade (SOARES, 1993, p. 78).
Assim, a coleção, ao longo dos volumes, sistematiza a gramática normativa e problematiza
seus usos em diferentes contextos. Para exemplificar esse trabalho, citamos a progressão ela-
borada sobre o tópico regência. No volume 8, Unidade 1, há a sistematização dos conceitos
de regência verbal e nominal e a apresentação de algumas regras básicas. Já no volume 9, o
foco é identificar como as regras de regência aparecem no cotidiano dos falantes.
tão presentes no trabalho desenvolvido com o eixo da produção textual. Muito mais Conceitos da língua
Nas diferentes situações em que produzimos textos, sejam orais, sejam escri-
tos, podem surgir dúvidas em relação a que preposição deve ser usada naque-
Regência verbal
papel dos gêneros textuais como ferramentas de interação social. Isso significa que,
aleksander hunta/Shutterstock
Jan Dix/Shutterstock
caderno
c) No texto I, qual é o sentido da postura corporal do personagem do meme?
um conjunto de regras gramaticais e construir frases dentro de um formato estanque: Qual efeito a postura corporal provoca no meme?
d) No texto II, o que podemos inferir da cara do cachorro ao relacionarmos
com o texto verbal?
30
Essa diferenciação traz uma reflexão importante acerca da artificialidade da escrita no es-
paço escolar, onde as práticas de produção textual, muitas vezes, são substituídas por uma es-
crita sem propósito comunicativo claro e destinada a um único interlocutor: o professor. Dessa
forma, nesta coleção, procuramos propor situações, para a produção textual, que se aproxi-
mam das práticas sociais de interação verbal autênticas.
O objetivo é que os estudantes possam ter contato com letramentos múltiplos, utilizar com
fluidez os mecanismos linguísticos nas diferentes situações e esferas comunicativas e, também,
compreender a importância de valorizar práticas plurais, significativas e diversas culturalmente.
Para alcançar esse objetivo pedagógico, é necessário explicitar inicialmente para os jovens
escritores algumas questões que envolvem o contexto de produção:
o gênero textual a ser produzido;
o objetivo da produção textual;
o meio de divulgação e circulação;
o perfil dos interlocutores.
Diante de nossa proposta de incitar o estudante à reflexão de práticas sociais, é neces-
sária uma metodologia de ensino que permita conciliar os objetivos de reflexão comunica-
cional, de uso da língua e de composição. Para isso, optamos por seguir uma sequência
didática que é construída ao longo das seções 2, 3 e 4, estruturada da seguinte maneira:
Etapa 1 – O estudo do gênero se inicia na seção 2, com a leitura de um texto pertencen-
te ao gênero que será produzido na Unidade. Por meio de um trabalho de análise textual e
comparação entre gêneros de uma mesma esfera de circulação, espera-se que os estudan-
tes atinjam os seguintes objetivos:
recordar as experiências com o gênero e expor conhecimentos prévios;
identificar as principais características do gênero no que diz respeito ao conteúdo temático,
à forma composicional e ao estilo;
comparar gêneros da mesma esfera de circulação;
examinar contextos de produção e de circulação dos gêneros estudados.
Etapa 2 – Na seção 3, o foco é a reflexão acerca dos recursos linguísticos que podem ser
utilizados na produção. Para isso, foram selecionados diferentes gêneros textuais, com o in-
tuito de ampliar as práticas de letramento e a compreensão de que um mesmo recurso pode
suscitar sentidos diferentes de acordo com o objetivo comunicativo e o contexto de produção.
Etapa 3 – Na seção 4, os estudantes são apresentados à proposta de produção textual
propriamente dita. Nessa etapa, eles devem:
buscar e articular informações para compor a alimentação temática, seguindo as diretrizes;
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
O eixo da oralidade
É inquestionável o papel da oralidade, não só nas práticas sociais, mas também nos pro-
cessos de ensino e aprendizagem. Apesar disso e das orientações dos PCN (1997) para
que a oralidade, sobretudo os gêneros orais formais, fosse foco de estudo ao longo de toda
a escolarização, sabemos que maior ênfase a essa modalidade tem espaço nos anos iniciais
do Ensino Fundamental, embora venha crescendo gradativamente a partir da abordagem de
ensino através de habilidades, proposta pela BNCC.
Para contemplar as orientações da BNCC em relação ao trabalho com as habilidades de
oralidade, partimos da definição de Marcuschi:
A oralidade seria uma prática social que se apresenta sob variadas formas ou gêneros textuais que vão
desde o mais informal ao mais formal e no mais variado contexto de uso (MARCUSCHI, 1997, p. 126).
Marcuschi demonstra que não há diferença de hierarquia entre oralidade e escrita; estas
são modalidades igualmente complexas que estudantes devem analisar e estudar para que
possam usá-las de maneira eficiente em diferentes contextos. Para um trabalho adequado
com a oralidade, o autor sugere uma base teórica interacionista.
dade de forma crescente, há algumas diferenças na estrutura dos quatro projetos. Chegamos ao fim desta Unidade! Agora é importante lembrar de tudo que es-
tudamos. Você consegue, em tópicos, indicar os assuntos abordados ao longo das
seções? Faça um quadro de duas colunas em seu caderno, seguindo o modelo,
de forma que complete as colunas com os tópicos estudados e seus conteúdos
correspondentes, descrevendo-os de forma resumida.
A apresentação do projeto aos estudantes ocorre por meio de uma questão orientado- Não escreva
neste livro
Use seu
caderno
Conceito
Palavra-chave
Explicação
MODELO
Verbete MODELO
ra que recebe mais elementos e abrangências em sua composição a cada ano. No volume Gráfico
Sinônimos
Concordância nominal
MODELO
MODELO
MODELO
1. Você estudou muitos conteúdos nesta Unidade. Qual deles achou mais comple-
xo? O que exatamente você acredita que ainda não fixou sobre esse conteúdo?
2. Qual dos assuntos você acredita que poderá aproveitar em outros momen-
186
Autoavaliação
No final do livro, há um momento de autoavaliação dos estudantes quanto à par-
ticipação no projeto no qual eles podem avaliar o processo e o envolvimento com os
Agora, faça uma autoavaliação, analisando o seu envolvimento no projeto e a
sua postura de cooperação e a participação na equipe. Este é um bom momento
para avaliar como tem sido o seu trabalho em grupo e quais são as habilidades
que você ainda pode desenvolver.
1. Reproduza este quadro no caderno e registre a sua posição.
sociais junto das competências cognitivas. Com base nesse material, os professores
Aceito argumentos dos colegas, pensando
MODELO MODELO MODELO
no melhor andamento do projeto.
MODELO
MODELO
MODELO
MODELO
MODELO
poderão desdobrar esses processos em suas aulas em diferentes momentos, incorpo-
rando em sua prática o valor dessas competências.
Sei lidar com desafios e com mudanças ines-
MODELO MODELO MODELO
peradas no projeto.
306
vimento Econômico (OECD).
O documento Fostering and measuring skills: improving cognitive and non-cognitive skills
to promote lifetime success (KAUTZ et al., 2014) dessa entidade enfatiza o investimento que
famílias, escolas e a sociedade como um todo devem dedicar ao desenvolvimento de habi-
lidades socioemocionais, uma vez que se trata de um processo dinâmico. Segundo o docu-
mento, os primeiros anos são essenciais para solidificar as bases das habilidades, cognitivas
e não cognitivas, considerando que as habilidades não cognitivas são aquelas com maior
maleabilidade, mesmo na adolescência ou na vida adulta. [...]
Abertura ao novo: curiosidade para aprender, imaginação criativa e interesse artístico.
Consciência ou autogestão: determinação, organização, foco, persistência e responsabilidade.
Extroversão ou engajamento com os outros: iniciativa social, assertividade e entusiasmo.
Amabilidade: empatia, respeito e confiança.
Estabilidade ou resiliência emocional: autoconfiança, tolerância ao estresse e à frustração.
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XL Língua Portuguesa
Abertura ao novo
Estabilidade ou resiliência
Consciência ou autogestão
emocional
Extroversão ou engajamento
Amabilidade
com os outros
Destacamos que os projetos dos quatro volumes apresentam conteúdos de diversas na-
turezas – conceituais, atitudinais, factuais e procedimentais –, com abordagem apropriada
para a idade, realizada por meio de questões contemporâneas que promovem a reflexão e
se inserem no mundo físico, social, cultural e digital dos jovens estudantes, envolvendo-os
nas aprendizagens.
A consolidação desses conteúdos é de extrema importância ao longo dos anos finais
do Ensino Fundamental, pois prepara os estudantes para a etapa seguinte, o Ensino Médio,
quando vivenciarão uma formação que amplia e aprofunda esses conteúdos de forma con-
textualizada para o segmento.
Estudo de recepção (de obras de arte e de produtos da Unidade 2 Unidade 1 Unidade 2 Unidade 6
indústria cultural) Unidade 4 Unidade 2 Unidade 7 Unidade 7
Unidade 8
Observação, tomada de nota e construção de relatórios Unidade 2 Unidade 5 Unidade 3 Unidade 1
Unidade 7 Unidade 7 Unidade 5 Unidade 4
Unidade 5
Unidade 6
Unidade 7
Entrevistas Unidade 1 Unidade 3
Análise de mídias sociais (análise das métricas das mídias Unidade 2 Unidade 5
e sensibilização para análise de discurso multimodal) Unidade 4
5. Leia a frase presente em várias postagens da internet e faça o que se pede. Não escreva
neste livro
Diálogo com outras disciplinas
Montagem sobre fotos: David Vilensky/Shutterstock/tngqwh/Shutterstock
Use seu
caderno
215
questões e aos problemas sociais contemporâneos (BRASIL, 2002, p. 21).
O termo interdisciplinaridade é comumente associado às relações entre os componentes
curriculares e/ou as áreas de conhecimento. No entanto, Japiassu (1976) explica que tais rela-
ções ocorrem de forma mais ou menos complexa, o que levou à criação de novos termos para
designar conceitos “vizinhos” do conceito de interdisciplinaridade. Veja na tabela a seguir:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Essas definições do autor são as bases para o início das reflexões sobre interdisciplina-
ridade porque impulsionaram os estudos sobre o tema no Brasil.
Na coleção, a prática da interdisciplinaridade é proposta no boxe Diálogos com [compo-
nente curricular], cujo objetivo é proporcionar um diálogo, propiciado por relações temáti-
cas e/ou conceituais, entre componentes curriculares dos anos finais do Ensino Fundamental.
Para alcançar esse objetivo, a coleção propõe diferentes atividades que incentivam os
estudantes a buscar o conhecimento de forma ativa e integrada, no encontro com outras
áreas, podendo, então, reconhecer que o conhecimento não é segmentado, como eles veem
na escola, entre os diferentes componentes curriculares.
O quadro abaixo mostra as atividades sugeridas no boxe Diálogos com [componente
curricular] nos quatro volumes da coleção, bem como os componentes curriculares envolvidos.
VOLUME
6o ano 7o ano 8o ano 9o ano
Ciências Humanas: Arte: Realizar uma Arte: Produzir Arte: Analisar a intertex-
Discutir ética, liberdade leitura dramatizada de ciberpoema tualidade entre obras
1
de expressão e discurso texto teatral
de ódio
Geografia e Mate- Arte: Realizar pesquisas Ciências: Compreender Ciências: Compreender
mática: Ler gráficos e apresentações sobre o funcionamento de o que é bioética
2
demográficos e calcular grafite uma câmera fotográfica
porcentagens
Geografia: Discutir Matemática: Esclarecer Matemática: Investigar Matemática: Compre-
UNIDADE
variações linguísticas dúvidas sobre finanças porcentagens e elaborar ender o que é e como
3
um gráfico com resulta- funciona um algoritmo
dos da pesquisa
História: Pesquisar mi- Ciências da Natureza: Ciências: Produzir Geografia: Identificar
tos e lendas regionais Criar anúncio sobre reportagem científica fatos geopolíticos no
4 frutas típicas da região texto
e suas propriedades
nutricionais
Ciências: Discutir intoxi- Geografia: Ler mapas e Matemática: Pro- Geografia: Pesquisar
cação alimentar produzir uma audiodes- duzir gráficos sobre a oferta de serviços
5
crição para deficientes envelhecimento estatais
visuais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
UNIDADE
História: Produzir linha Geografia: Analisar Matemática: Tabular da- História: Discutir as
7 do tempo sobre o ECA mapas, de acordo com dos de um questionário várias versões de um
um plano diretor fato histórico
História: Realizar leitura Educação Física: Ela- História: Debater o Matemática: Ler gráfico
direcionada de fragmen- borar regulamento sobre movimento estudantil no sobre jovens no merca-
8
tos do Projeto Político competições esportivas Brasil do de trabalho
Pedagógico
texto literário, são convidados a discutir as diferentes formas de registro de um fato histó-
dignidade e seus valores religiosos e culturais. [...]
Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa constituir-se-ão em políticas
públicas destinadas a reparar as distorções e desigualdades sociais e demais práti-
cas discriminatórias adotadas, nas esferas pública e privada, durante o processo de
formação social do País. [...]
TÍTULO II
rico, isto é, as diferentes versões do fato. Para valorizar a presença negra no movimento
Dos Direitos Fundamentais
CAPÍTULO I
Do Direito à Saúde
Art. 6o O direito à saúde da população negra será garantido pelo poder público
mediante políticas universais, sociais e econômicas destinadas à redução do risco
abolicionista brasileiro, eles devem pesquisar biografias de pessoas negras que lutaram
de doenças e de outros agravos.
§ 1o O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde (SUS) para promo-
ção, proteção e recuperação da saúde da população negra será de responsabilidade
dos órgãos e instituições públicas federais, estaduais, distritais e municipais, da
administração direta e indireta. [...]
contra a escravidão.
Blacqbook/Shutterstock
É válido mencionar que a opção por organizar as Unidades por Temas Contemporâ-
Garotos brincando em um rio. As leis somente são eficazes se somam-se em defesa da população.
neos Transversais permite que o estudo de temas interdisciplinares seja trazido para a
realidade dos estudantes e se baseie nas questões e demandas reais de sua comunidade.
O direito à educação, ao cuidado, ao atendimento em saúde e ao lazer que é previsto no Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) deve aliar-se ao Estatuto da Igualdade Racial para garantir às
crianças não brancas seus plenos direitos como cidadãs.
283
Multiletramentos
Na área de Linguagens e, especificamente, no componente Língua Portuguesa, o desafio de
trabalhar com gêneros do universo digital, que se caracteriza pelas constantes mudanças e trans-
formações, é enfrentado por meio de uma imersão nessa realidade, de maneira sistematizada,
através de propostas elaboradas com base nas teorias desenvolvidas pelo Grupo de Nova Londres
(GNL) desde 1994. O GNL é composto de dez pesquisadores de diferentes áreas relacionadas à
educação linguística que, em seus estudos, investigam o impacto das mudanças do mundo contem-
porâneo e suas implicações nos processos de ensino e aprendizagem, consolidando uma proposta
metodológica que denominaram Pedagogia dos Multiletramentos.
No Brasil, diversos linguistas estudam o envolvimento da Pedagogia dos Multiletramentos
nas práticas escolares. Em Língua Portuguesa, o pressuposto para o desenvolvimento de um
indivíduo multiletrado é que ele tenha acesso às múltiplas linguagens e semioses por meio da
oferta de leitura e produção de textos multimodais. A professora Roxane Rojo, do Departa-
mento de Linguística Aplicada da Universidade Estadual de Campinas, define o contexto dos
textos multimodais e sua implicação no ensino e na aprendizagem de Língua Portuguesa:
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Nesta coleção, é ampla a oferta de textos multimodais e de propostas que se amparam na Pe-
dagogia dos Multiletramentos, o que se justifica pela compreensão de que esse aparato contribui
para que os estudantes desenvolvam as habilidades necessárias para a leitura de textos contempo-
râneos e permite que eles se insiram efetivamente na sociedade multicultural. Como explica Rojo:
Trabalhar com Multiletramentos pode ou não envolver (normalmente envolverá) o uso de novas tecno-
logias de comunicação e de informação (“novos letramentos”), mas caracteriza-se como um trabalho que
parte das culturas de referência do alunado (popular, local, de massa) e de gêneros, mídias e linguagens por
eles conhecidos, para buscar um enfoque crítico, pluralista, ético e democrático – que envolva agência – de
textos/discursos que ampliem o repertório cultural, na direção de outros letramentos [...] (ROJO, 2012, p. 8).
De forma geral, os textos multimodais são de interesse dos estudantes, portanto têm po-
tencial para envolvê-los nas atividades propostas. Como sugerido por Rojo, buscamos partir
das culturas juvenil, popular, de massa, digital, que permitem maior aproximação e interação
com os estudantes. Não deixamos de lado as culturas acadêmicas, eruditas, entre outras, às
quais entendemos ser papel primordial da escola promover o acesso amplo e democrático.
Desenvolvimento da criatividade
Ao propor o desenvolvimento de atividades que envolvam a criatividade, buscamos nos
pautar nas teorias de multiletramento, apresentadas anteriormente, nas quais os leitores
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Pensamento computacional
Para a exploração do pensamento computacional, partimos do pensamento de Jeannete
Wings, professora de Ciência da Computação e chefe do Departamento de Ciência da Com-
putação na Universidade de Carnegie Mellon, Pittsburgh, PA:
Uma forma que humanos, não computadores, pensam. Pensamento computacional é uma forma para
seres humanos resolverem problemas; não é tentar fazer com que seres humanos pensem como compu-
tadores. Computadores são tediosos e enfadonhos; humanos são espertos e imaginativos. Nós humanos
tornamos a computação empolgante. Equipados com aparelhos computacionais, usamos nossa inteligência
para resolver problemas que não ousaríamos sequer tentar antes da era da computação e construir sistemas
com funcionalidades limitadas apenas pela nossa imaginação (Wings, 2016, p. 4).
Segundo a autora, o pensamento computacional vai muito além de limitar-se a uma lingua-
gem de programação. Trata-se de uma maneira de pensar útil para resolver problemas de forma
eficaz e com auxílio da tecnologia. O pensamento computacional se organiza em quatro etapas:
1. decomposição: dividir o problema em partes menores, mais fáceis de resolver;
2. padrões: reconhecer padrões e regularidades que auxiliem na resolução do problema;
3. abstração: identificar o que é central na resolução do problema e o que não interfere de
forma significativa nas decisões;
4. algoritmo: sistematização e passo a passo para resolver o problema.
Buscamos desenvolver essas etapas de maneira progressiva e constante. Ou seja, elas
aparecem em toda a coleção, levando em conta a especificidade das habilidades trabalha-
das, e vão ganhando complexidade a cada volume.
Como exemplo, podemos citar o trabalho com textos multimodais, presente de maneira
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Avaliação diagnóstica
Ao iniciar o ano letivo, é importante proceder a uma atividade diagnóstica para investigar
e mapear as aprendizagens dos estudantes e verificar necessidades coletivas e individuais.
A atividade diagnóstica tem como objetivo a avaliação dos parâmetros de aprendizagem
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Nível
Habilidade Critério Em desenvolvimento
Básico Proficiente Avançado
inicial
EF69LP11 Identificar e analisar posi- Não identifica Identifica posicio- Identifica Identifica posiciona-
cionamentos defendidos posicionamentos namentos, mas posicionamentos mentos e consegue
e refutados na escuta de e/ou: não consegue se e: se posicionar com
interações polêmicas em Não consegue se posi- posicionar Consegue se defesa ou refuta-
entrevistas, discussões e de- cionar na discussão ou: posicionar ção desses outros
bates (televisivo, em sala de Não identifica posicionamentos
aula, em redes sociais etc.), posicionamentos,
entre outros, e se posicionar mas consegue se
frente a eles. posicionar
Avaliação formativa
As atividades para avaliação formativa são realizadas ao longo do processo de aprendiza-
gem. Destacaremos alguns pontos das Unidades que podem estruturar os processos avaliativos:
A seção Comparação entre textos possibilita, por meio de questões variadas e de pe-
quenas produções textuais, verificar a compreensão dos estudantes acerca dos gêneros
discursivos estudados nas seções de leitura.
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Avaliação somativa
Esse tipo de avaliação é feito, normalmente, como conclusão de um trabalho, com o objetivo de
verificar de quais habilidades e competências os estudantes se apropriaram e em que medida. Aqui,
podemos destacar o trabalho proposto com o Projeto anual, que permite trabalhar as habilidades e
competências selecionadas em cada Unidade de maneira integrada, prática e com diferentes possibi-
lidades de uso das linguagens. Assim, o produto de cada etapa pode compor uma espécie de port-
fólio que permitirá avaliar não só o produto final, mas também o processo de execução.
Cabe ainda destacar o boxe Deixar fluir, que tem como objetivo explorar práticas de lingua-
gens diversas por meio de pequenas produções. Por seu caráter múltiplo, tanto pelos resultados
esperados das produções quanto pelas propostas, pode ser um bom instrumento avaliativo, pois
permite aos estudantes se expressarem para além do verbal, de acordo com as habilidades sele-
cionadas para o trabalho proposto, em qualquer momento das etapas de aprendizagem.
L Língua Portuguesa
Na BNCC, as habilidades socioemocionais são sugeridas nas competências gerais da Edu-
cação Básica, nas específicas de Linguagens e nas específicas de Língua Portuguesa, a saber:
Competência 6. Valorizar a diversidade de Competência 3. Utilizar diferentes lingua- Competência 2. Apropriar-se da linguagem
saberes e vivências culturais e apropriar-se gens – verbal (oral ou visual-motora, como escrita, reconhecendo-a como forma de in-
de conhecimentos e experiências que lhe Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e teração nos diferentes campos de atuação
possibilitem entender as relações próprias digital –, para se expressar e partilhar infor- da vida social e utilizando-a para ampliar
do mundo do trabalho e fazer escolhas ali- mações, experiências, ideias e sentimentos suas possibilidades de participar da cultura
nhadas ao exercício da cidadania e ao seu em diferentes contextos e produzir sentidos letrada, de construir conhecimentos (inclu-
projeto de vida, com liberdade, autonomia, que levem ao diálogo, à resolução de confli- sive escolares) e de se envolver com maior
consciência crítica e responsabilidade. tos e à cooperação. autonomia e protagonismo na vida social.
Valores: Valores: Valores:
• Cidadania • Partilhar sentimentos • Autonomia
• Liberdade • Diálogo • Protagonismo na vida social
• Autonomia • Resolução de conflitos
• Consciência crítica • Cooperação
• Responsabilidade
Competência 8. Conhecer-se, apreciar-se Competência 4. Utilizar diferentes lingua- Competência 3. Ler, escutar e produzir
e cuidar de sua saúde física e emocional, gens para defender pontos de vista que textos orais, escritos e multissemióticos
compreendendo-se na diversidade humana respeitem o outro e promovam os direitos que circulam em diferentes campos de
e reconhecendo suas emoções e as dos ou- humanos, a consciência socioambiental e o atuação e mídias, com compreensão, au-
tros, com autocrítica e capacidade para lidar consumo responsável em âmbito local, regio- tonomia, fluência e criticidade, de modo a
com elas. nal e global, atuando criticamente frente a se expressar e partilhar informações, expe-
Valores: questões do mundo contemporâneo. riências, ideias e sentimentos, e continuar
• Conhecimento de si Valor: aprendendo.
• Cuidado com a saúde física e emocional • Respeito ao outro Valores:
• Autocrítica • Autonomia, fluência e criticidade na
• Reconhecimento de emoções partilha de informações
Competência 9. Exercitar a empatia, o diá Competência 5. Desenvolver o senso es- Competência 4. Compreender o fenômeno
logo, a resolução de conflitos e a coopera- tético para reconhecer, fruir e respeitar as da variação linguística, demonstrando atitu-
ção, fazendo-se respeitar e promovendo o diversas manifestações artísticas e culturais, de respeitosa diante de variedades linguís-
respeito ao outro e aos direitos humanos, das locais às mundiais, inclusive aquelas ticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
com acolhimento e valorização da diversida- pertencentes ao patrimônio cultural da hu- Valores:
de de indivíduos e de grupos sociais, seus manidade, bem como participar de práticas • Respeito às variedades linguísticas
saberes, identidades, culturas e potencialida- diversificadas, individuais e coletivas, da pro- • Rejeição ao preconceito linguístico
des, sem preconceitos de qualquer natureza. dução artístico-cultural, com respeito à di-
Valores: versidade de saberes, identidades e culturas.
• Empatia Valores:
• Diálogo • Respeito a manifestações artísticas
• Resolução de conflitos • Respeito à diversidade de saberes, identi-
• Cooperação dades e culturas
Competência 10. Agir pessoal e coletiva- Competência 6. Compreender e utilizar tec- Competência 6. Analisar informações,
mente com autonomia, responsabilidade, nologias digitais de informação e comunica- argumentos e opiniões manifestados em
flexibilidade, resiliência e determinação, to- ção de forma crítica, significativa, reflexiva e interações sociais e nos meios de comuni-
mando decisões com base em princípios éti- ética nas diversas práticas sociais (incluindo cação, posicionando-se ética e criticamen-
cos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e as escolares), para se comunicar por meio te em relação a conteúdos discriminatórios
solidários. das diferentes linguagens e mídias, produzir que ferem direitos humanos e ambientais.
Valores: conhecimentos, resolver problemas e desen- Valor:
• Flexibilidade volver projetos autorais e coletivos. • Posicionamento ético
• Resiliência Valor:
• Ética no uso da tecnologia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa LI
Cada um desses valores pode se tornar um critério de investigação. A escolha dos critérios
de diagnóstico deve ser realizada em consonância com o projeto político-pedagógico da escola.
Em relação às possibilidades de abordagem avaliativa, veja a seguir um exemplo de quadro
de abordagem de avaliação apresentado por Russell e Airasian (2014, p. 186):
Avaliação de
Prova objetiva Prova dissertativa Questão oral
desempenho
Propósito Avaliar uma amos- Avaliar habilidades Avaliar conheci- Avaliar a habilida-
tragem do co- de raciocínio e/ou mentos durante a de de traduzir o
nhecimento com domínio de como um instrução conhecimento e a
máxima eficiência e corpo de conheci- compreensão em
confiabilidade mento é estruturado ações
Resposta do Ler, avaliar, Organizar, compor Resposta oral Planejar, construir
aluno selecionar e dar uma resposta
original
Principal Eficiência – pode Pode avaliar resul- Une avaliação e Fornece evidências
vantagem aplicar muitas ques- tados cognitivos instrução ricas de habilidades
tões por unidade de complexos de desempenho
tempo da prova
Influência Ênfase excessiva na Encoraja o pen- Estimula participa- Enfatiza o uso
sobre a recordação encora- samento e o ção na instrução, de habilidade e
aprendizagem ja a memorização; desenvolvimento fornece feedback conhecimento à
pode encorajar de habilidades de imediato ao profes- disposição em
habilidades de racio- escrita sor sobre a efetivi- contextos-problema
cínio se construídas dade do ensino relevantes
adequadamente
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Matrizes de referência de Língua
Portuguesa e Matemática do Saeb. Brasília, DF: Inep, 2020. Disponível em: livro.page/61V6MPG84LP. Acesso em: 16 ago. 2022.
Nas seções indicadas, os tópicos são trabalhados tanto por meio de questões abertas, em
que os estudantes podem expor e/ou justificar seu raciocínio, permitindo ao professor com-
preender em que patamar dos processos de leitura sua turma se encontra, quanto por questões
de múltipla escolha, seguindo o formato do Saeb. A opção por trabalhar estes tópicos desde o
início dos anos finais do Ensino Fundamental se justifica, pois acreditamos em uma educação
progressiva e em espiral, sendo essa uma estratégia pedagógica que implica que assuntos sejam
retomados, em complexidade crescente, durante o período escolar.
Planejamento
Planejar é um ato recorrente nas atividades humanas, pois permite que, intencionalmente,
se atinjam metas e objetivos. O planejamento educacional segue a mesma linha: trata-se de um
caminho para atingir objetivos com êxito, como também refletir e modificar processos para oti-
mizá-los. Esses processos envolvem: meios, estratégias e recursos disponíveis; prazos deter-
minados e etapas definidas, com base nos resultados das avaliações (PADILHA, 2001). Tendo
isso em vista, elaboramos a seção Caminhos, na qual tais questões estão indicadas para melhor
desenvolvimento de seu trabalho. Nessa seção, procuramos responder às questões básicas que
norteiam um planejamento educacional: O que será aprendido? Como? Por quê? Para quê?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Semestral
1o semestre 2o semestre
Unidades 1-2-3-4 5-6-7-8
Ainda sobre a noção de planejamento, devemos esclarecer que ele tem dois importantes
papéis: representa para o professor uma oportunidade de exercer seu lado investigativo, verifi-
cando que objetivos de aprendizagem foram atingidos e que ferramentas facilitaram (ou não)
o atingimento das metas desejadas; seu foco são os estudantes e as ações que eles devem
efetuar para se desenvolverem plenamente.
Podemos notar que o planejamento promove uma aprendizagem consciente e intencional ar-
quitetada pelo educador, por isso reforçamos que organizamos, na seção Caminhos, sugestões
de planejamento para serem desenvolvidas em um mês, mas que podem e devem ser revistas à
medida que são diagnosticadas outras necessidades, de acordo com sua realidade escolar.
Sendo assim, diante da necessidade de replanejamento, as seguintes etapas devem ser
contempladas:
elaboração: definição dos objetivos e de estratégias de aprendizagem;
desenvolvimento: ações dos estudantes para atingir as metas e as expectativas de aprendizagem;
reflexão/avaliação: a ser realizada de forma sistemática e constante pelo professor, com a
finalidade de verificar quais objetivos e expectativas foram contemplados e quais precisam
de replanejamento;
habilidades e competências: verificação da abordagem para o desenvolvimento em pro-
gressão das habilidades em foco;
redimensionamento das práticas: ação do professor que permite não só verificar os obje-
tivos alcançados, mas avaliar outras habilidades desenvolvidas que não foram previstas no
planejamento inicial.
Língua Portuguesa LV
Atualmente, a educação básica enfrenta desafios em relação à evasão escolar agravada
pelo cenário pandêmico da Covid-19, em que o ensino remoto não se configurou como ampla
realidade no Brasil, bem como às defasagens de aprendizagem gerados por esse contexto.
Diversas estratégias didáticas podem ser mobilizadas como possibilidades de aborda-
gem para mitigar defasagens e para lidar com as turmas em momentos desiguais de apren-
dizagem. Citamos algumas, a seguir:
Aplicação de atividade diagnóstica: é importante mapear os saberes dos estudantes antes
de propor estratégias de mitigação das defasagens. Sobre estratégias de avaliação diagnóstica,
consultar item Avaliação deste manual. De todo modo, é importante mapear as habilidades que
se configuram como pré-requisitos do trabalho do ano, para, então, elaborar a atividade diag-
nóstica e verificar o alcance real das aprendizagens dos estudantes.
Oficinas temáticas extraclasse: em horários oportunos fora da sala de aula, algumas oficinas
sobre temas específicos, anteriormente diagnosticados como defasagens da turma, podem ser
organizadas e oferecidas aos estudantes. Engajar os estudantes mais avançados na elaboração
dessas oficinas pode ser uma estratégia eficiente para o envolvimento da turma nessas propostas.
Monitoria de estudantes em sala: a partir também do diagnóstico dos momentos de apren-
dizagem de cada estudante, podem ser organizados rodízios de monitores, de modo que os
estudantes possam, em duplas, apoiar-se nas aprendizagens defasadas. Dessa forma, um estu-
dante auxilia o outro em sua aprendizagem.
Plantão de dúvidas: de acordo com a disponibilidade docente, pode ser proposto um mo-
mento de plantão de dúvidas orientado para determinados assuntos, na sala, de modo que
estudantes com aprendizagens mais avançadas, e professores, possam tirar dúvidas dos
estudantes que precisem de auxílio para seu desenvolvimento.
Grupos temáticos de estudos: com base na metodologia da sala de aula invertida, em que
os estudantes pesquisam temas antes de iniciar a atividade, podem ser organizados grupos
de estudo temáticos em que, orientados pelo professor, os estudantes pesquisem os temas
e, posteriormente, realizem atividades relacionadas a eles.
Na tentativa de mitigar os efeitos dessas defasagens, diversas políticas públicas têm sido
propostas nos âmbitos municipais e estaduais, além de materiais elaborados por organiza-
ções da sociedade civil, fundações e institutos culturais que se dedicam ao estudo e à pes-
quisa na área educacional. Destacamos, a seguir, algumas dessas iniciativas:
Mapas de aprendizagens focais da BNCC: elaborado pelo Instituto Reúna, tem como
objetivo mapear os principais conhecimentos e habilidades que possibilitam a progressão dos
estudantes em cada ano do Ensino Fundamental. Disponível em: livro.page/62V6MPG89LP.
Acesso em: 20 ago. 2022.
Plataforma de apoio à aprendizagem: iniciativa do Conselho Nacional de Secretários de
Educação (Consed) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio
do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de
Fora (CAEd/UFJF), do Instituto Reúna, da Fundação Lemann, da Fundação Itaú Social, da
Fundação Roberto Marinho, do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Instituto Ayr-
ton Senna, tem como foco propor diversas ferramentas e atividades para apoiar o professor
nas propostas de apoio e recuperação das defasagens dos estudantes. Disponível em: livro.
page/63V6MPG90LP. Acesso em: 20 ago. 2022.
Plataforma Aprendendo Sempre: idealizada pela união de mais de 20 organizações so-
ciais, a plataforma apresenta recursos de aprendizagem, atividades e outros projetos que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
O planejamento didático
Para se ter uma avaliação ampla dos resultados do planejamento, é necessário considerar
conteúdos para além do conceitual, que são os conteúdos procedimental, factual e atitudinal.
Em nosso planejamento bimestral, buscamos contemplar essas quatro naturezas de conhe-
cimento focalizando na seção 1 o procedimental; nas seções 2, 3 e 4 o conceitual e o factual;
e no desenvolvimento do projeto e nos boxes fixos o atitudinal. Assim, disponibilizamos di-
ferentes recursos para a realização de sua avalição, sempre considerando a diversidade nos
processos de ensino e aprendizagem.
Propomos a elaboração de um plano de ensino adaptado da proposta dos pedagogos es-
tadunidenses Wiggins e McTighe (2019), que apresentam a ideia de planejamento reverso
como uma alternativa para profissionais e educadores que queiram utilizar essa ferramenta como
guia para relacionar aprendizagens, e não como instrumento meramente burocrático.
Segundo esses autores, a ideia central no planejamento reverso é que, antes de delimitar
um compêndio de conteúdos, se tenha claro que aprendizagens se pretende que o estudante
desenvolva e que habilidades e competências estarão em foco, para, somente então, realizar
o planejamento da ação pedagógica.
Assim, o objetivo do planejamento que propomos é engajar os estudantes na investigação
que, conforme se espera, promoverá o desenvolvimento de tais habilidades e competências –
o que, na coleção, ocorre já na pergunta que abre a Unidade, passa pelas propostas de ati-
vidades que conduzem os estudantes nos estudos e pesquisas e termina no fechamento da
Unidade, em que eles refletem sobre suas aprendizagens.
Chamamos a atenção, no entanto, para o fato de que esse modelo de planejamento é ape-
nas um entre tantos outros possíveis e consolidados. Ele foi nossa escolha porque quisemos
apresentar uma possibilidade de método que dialogue com a aprendizagem a partir de habili-
dades e competências – que são as aprendizagens desejadas. De todo modo, reconhecemos
que qualquer método de planejamento em cuja aplicação se tenha clareza em relação aos re-
sultados de aprendizagem desejados será efetivo.
A seguir apresentamos uma sugestão de planejamento adaptada de Wiggins e McTighe (2019):
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LX Língua Portuguesa
Etapa 4 – Possibilidades de trabalho interdisciplinar
Unidade 1:
Na Unidade 1, é possível convidar o professor de História para uma aula, ou propor um trabalho conjunto, a respeito
da história da imprensa. É possível formular e expor, em painel da escola (para que outras turmas possam ver), uma
linha do tempo com os marcos mais importantes da história da imprensa, destacando que ela sempre influenciou
a forma de pensar das sociedades.
Unidade 2:
Com o professor de Artes, é possível marcar uma roda de conversa para que um obra de arte (um quadro, uma
pintura, uma canção) possa ser avaliada esteticamente, de forma que os estudantes sejam estimulados a oferecer
argumentos consistentes, como aqueles desenvolvidos nas seções 1 e 2.
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Unidade 4:
Verifique a possibilidade de o professor de Artes auxiliar os grupos nos ensaios e na apresentação de suas fanfics
teatrais.
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Unidade 6:
É possível pedir aos estudantes que convidem professores de História ou Geografia a explorarem com o grupo
alguma inovação tecnológica que pode ter servido para apoiar os estudos em suas respectivas áreas de conheci-
mento, de forma a mostrar que todas as áreas de estudo e pesquisa são beneficiadas com a tecnologia.
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Unidade 8:
Proponha aos estudantes que tomem nota de uma aula de outra matéria, a ser escolhida de forma coletiva entre
a turma e informada ao outro professor. Posteriormente, em aula previamente combinada, pode ser realizado um
compartilhamento oral das anotações individuais, para verificar quais informações apareceram de forma mais fre-
quente nas anotações. Eles devem seguir o que aprenderam na seção 1.
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Na Unidade 4, os estudantes são convidados a conhecer com mais profundidade as frutas típicas da região onde
vivem, por meio de uma pesquisa orientada em diálogo com Ciências da Natureza. A atividade está orientada para
a produção de um anúncio publicitário com slogan sobre essas frutas, portanto, é uma oportunidade de retomada e
aplicação das figuras de linguagem, bem como dos conhecimentos estilísticos, gráficos e textuais sobre o gênero.
Sugerimos o apoio do professor de Ciências para a parte botânica da atividade, para que os estudantes possam ter
interlocução para indicação de fontes de pesquisa, experimentos e outras descobertas ligadas à Botânica que pos-
sam emergir desse trabalho. Por exemplo, o estudo dos nomes científicos das partes da fruta pode ser inspirador
da criatividade dos estudantes para a elaboração dos anúncios.
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Unidade 8:
Os registros escritos deste mês de trabalho podem
ser avaliados como nota de participação, a partir do
estabelecimento coletivo de critérios para avaliação
desses registros, com base nos estudos propostos na
seção 1.
O uso dos pronomes, por estar diretamente ligado
à coesão textual, pode ser avaliado na atividade de
produção textual da seção 4, por meio da atribuição
de pontos ou conceitos ao seu uso. A partir do pedido
de uso desses pronomes com determinado sentido
previamente orientado, os estudantes pontuam quando
o empregam de forma adequada no texto.
A produção textual do podcast com regulamento es-
portivo pode receber também pontuação ou conceitua-
ção a partir de critérios previamente estabelecidos, ou
utilizando como critério de avaliação os itens propos-
tos em revisão e avaliação da seção 4. O foco dessa
avaliação é a oralidade.
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Na Unidade 8, o diálogo é com a área de Educação Física, e os estudantes são orientados a produzir um regulamento
para competições esportivas que estejam acontecendo na escola. Para essa abordagem, é importante um diálogo
prévio com a área mencionada, para estabelecer diretrizes que viabilizem o registro das regras, o que pode ser reali-
zado na aula de Educação Física. Caso não haja um campeonato em andamento, ele pode ser organizado interclasses.
Como uma linguagem do corpo, a Educação Física tem interlocução direta com a linguagem oral e escrita, então, essa
abordagem interdisciplinar pode também evidenciar essa ligação aos estudantes por meio da prática dos diálogos
entre os jogos e mesmo do registro das expressões corporais, para verificar progressos.
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Na Unidade 2, proponha que, junto do professor de Ciências, seja explorado o boxe Diálogos que aparece na Unidade
2, sobre a diferença entre a fotografia analógica e a digital. Nessa atividade, impulsione os estudantes a comentarem
sobre a importância da imaginação para a criação de descobertas científicas. A partir dessa atividade, convide o pro-
fessor de Ciências para entrar no diálogo e mostrar as intersecções entre a imaginação e o avanço científico.
Sugestão de aprofundamento: Para delimitar teoricamente os dois trabalhos, sugerimos que seja usada a meto-
dologia STEAM que integra Arte, Ciência e Tecnologia, com propósito de construir uma educação ativa.
Sugestão de leitura: BACICH, Lilian; HOLANDA, Leandro. STEAM em sala de aula: A aprendizagem baseada em
projetos integrando conhecimentos na Educação Básica. Porto Alegre: Penso, 2020.
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Na Unidade 4, os estudantes poderão fazer um desdobramento dessa primeira pesquisa e produzir uma repor-
tagem científica, como orienta o boxe Diálogos. Nessa proposta, os estudantes deverão acessar páginas de
divulgação científica em vídeo, escolher um tema e produzir uma reportagem de divulgação científica. Junte-se ao
professor de Ciências e proponha que os estudantes possam experimentar o exercício de divulgação de pesquisa
nesse formato.
Sugestão de aprofundamento: Para delimitar teoricamente esse trabalho do segundo bimestre, sugerimos que
sejam usadas práticas e dispositivos tecnológicos que estejam envolvidos com pesquisas quantitativas (Unidade 3)
e materiais sobre divulgação de conhecimento.
Sugestão de material: Typeform pode ser uma ferramenta de pesquisa (Unidade 3). Disponível em: livro.page/
69V6MPG136LP. Acesso em: 28 jul. 2022.
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XC Língua Portuguesa
Habilidades
Unidade 5: EF08LP01, EF08LP03, EF08LP04, Unidade 6: EF08LP02, EF08LP10, EF08LP11,
EF08LP08, EF08LP14, EF69LP01, EF69LP03, EF08LP13, EF69LP02, EF69LP03, EF69LP04,
EF69LP05, EF69LP07, EF69LP08, EF69LP11, EF69LP06, EF69LP07, EF69LP09, EF69LP10,
EF69LP13, EF69LP15, EF69LP16, EF69LP17, EF69LP12, EF69LP14, EF69LP15, EF69LP17,
EF69LP18, EF69LP32, EF89LP02, EF89LP03, EF69LP18, EF69LP19, EF69LP55, EF69LP56,
EF89LP04, EF89LP05, EF89LP06, EF89LP10, EF89LP06, EF89LP07, EF89LP11, EF89LP14,
EF89LP12, EF89LP14, EF89LP16, EF89LP22 e EF89LP15, EF89LP16 e EF89LP27.
EF89LP27.
Etapa 1 – Organização geral
Tema Contemporâneo Transversal (TCT)
Unidade 3: Processo de Envelhecimento, Respeito e Unidade 4: Educação em Direitos Humanos
Valorização do Idoso
Pergunta orientadora
Unidade 5: Como combater o etarismo? Unidade 6: É possível minimizar o sofrimento de
refugiados?
Tempo didático Tempo didático
Unidade 3 destinado ao traba- Unidade 4 destinado ao traba-
lho da seção lho da seção
Seção 1 3 aulas Seção 1 3 aulas
Preparando-se para argumentar Leitura de imagens
Objetos de conhecimento Objetos de conhecimento
Leitura de postagens de redes sociais Identificação dos elementos da visualidade
Debate em grupos Leitura de imagens.
Orientação argumentativa
Seção 2 9 aulas Seção 2 9 aulas
Editorial Fotorreportagem
Artigo de opinião Propaganda pública na TV
Objetos de conhecimento Objetos de conhecimento
Adesão às práticas de leitura Adesão às práticas de leitura
Procedimentos de apoio à compreensão Procedimentos de apoio à compreensão
Reconstrução das condições de produção e circulação Reconstrução da textualidade e compreensão dos
e adequação do texto à construção composicional e ao efeitos de sentido provocados pelos usos de recur-
estilo de gênero sos linguísticos e multissemióticos em campanhas
Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do publicitárias
texto Estratégia de leitura de textos de fotorreportagens e de
Localizar os efeitos de sentido do artigo de opinião propagandas de TV
Estratégia de leitura de textos de editorial
Seção 3 9 aulas Seção 3 9 aulas
Vozes verbais Adjunto adverbial
Agente da passiva Período composto por
Voz passiva: analítica e coordenação − oração
sintética coordenada assindética e sin-
Transformação de vozes ver- dética (aditivas, adversativas e
bais: ativa e passiva alternativas)
Verbos abundantes: particípio Conjunções coordenativas −
regular e particípio irregular coesão
Modalizadores argumentativos
Coesão sequencial
Objetos de conhecimento Objetos de conhecimento
Leitura e análise linguística Leitura e análise linguística
Identificação dos elementos linguísticos Identificação dos elementos linguísticos
Seção 4 5 aulas Seção 4 6 aulas
Artigo de opinião Propaganda em vídeo
Objetos de conhecimento Objetos de conhecimento
Consideração das condições de produção Estratégias de produção: planejamento, textualização,
Estratégias de produção: planejamento, textualização e revisão e edição de textos publicitários
revisão/edição
Projeto podcast 2 aulas Projeto podcast 1 aula
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Após tabular os dados, na Unidade 6, abra uma discussão sobre os dados e o retrato social. Para isso, o boxe Diá-
logos, da Unidade 6, servirá de base para esse momento do projeto. Nesta etapa, convide o professor de Geografia
e discuta os dados sobre os refugiados, provocando os estudantes a pensar na importância desses números para
as decisões geopolíticas e de políticas públicas.
Esse trabalho interdisciplinar oferecerá ao estudante uma compreensão do texto jornalístico em sua profundidade
e detalhamento.
Sugestão de aprofundamento: Para delimitar teoricamente o trabalho, sugerimos que seja usado referencial
teórico em diálogo com a Geografia e os dados como representação da realidade social.
Sugestão de leitura: GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Editora Atlas, 2019.
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Unidade 2
Boxe Diálogos com Ciências: Apresentar e discutir o conceito de bioética. Para isso, há um texto e questões
que podem auxiliar a compreender tal conceito. Esse primeiro momento seria uma discussão inicial, a qual pode
ser aprofundada com debates regrados de casos noticiados, por exemplo, decisões locais durante a pandemia da
covid-19, ou outros casos que façam sentido para realidade local. A curadoria de temas e as pesquisas para de-
senvolver o debate podem ser desenvolvidas em conjunto com o professor de Biologia.
Bibliografia complementar:
DINIZ, Débora; GUILHEM, Dirce. O que é bioética. Brasiliense: São Paulo, 2002.
JUNQUEIRA, Cilene Rennó. Bioética: conceito, fundamentação e princípios. [S.l.], [s.d.]. Disponível em: livro.page/
70V6MPG146LP. Acesso em: 25 jul. 2022.
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Unidade 4:
Boxe Diálogos com Geografia: A proposta é que os estudantes se envolvam em um jogo de perguntas e respostas
sobre questões geopolíticas, presentes na leitura da seção. As questões podem ser ampliadas com a colaboração
do professor de Geografia, o qual pode ajudar a fazer uma curadoria de temas e fontes de pesquisa para a elabo-
ração de questões pertinentes a essa etapa do ciclo educacional.
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C Língua Portuguesa
Seção 2 8 aulas Seção 2 7 aulas
Objetos do conhecimento Objetos do conhecimento
Construção composicional Curadoria de informação
Elementos paralinguísticos e cinésicos Produção de textos
Apresentações orais Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
Reconstrução das condições de produção e recepção Oralidade
dos textos e adequação do texto à construção compo- Procedimentos de apoio à compreensão
sicional e ao estilo de gênero Tomada de nota
Relação entre os textos Análise linguística/semiótica
Textualização Textualização
Modalização Progressão temática
Progressão temática Textualização
Marcas linguísticas Modalização
Intertextualidade
Construção composicional e estilo
Gêneros de divulgação científica
Seção 3 8 aulas Seção 3 7 aulas
Objetos do conhecimento Objetos do conhecimento
Morfossintaxe Morfossintaxe
Léxico – morfologia Coesão
Coesão Léxico – morfologia
Seção 4 4 Aulas Seção 4 6 aulas
Objetos do conhecimento Objetos do conhecimento
Apresentação oral Apreciação e réplica
Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição Estratégias de escrita: textualização, revisão e edição
Textualização Curadoria de informações
Progressão temática
Modalização
Projeto Documentário 4 aulas Projeto Documentário 4 aulas
Objetos do conhecimento Objetos do conhecimento
Reconstrução das condições de produção e recepção Reconstrução das condições de produção e recepção
dos textos e adequação do texto à construção compo- dos textos e adequação do texto à construção compo-
sicional e ao estilo de gênero sicional e ao estilo de gênero
Etapa 2 – Avaliação
Avaliação Outras evidências possíveis de avaliação da
Diagnóstica: seção 1 aprendizagem
Produção de um mapa mental Na Unidade 5, os boxes Múltiplas leituras e Diálogos
Formativa: Seções 2 e 3: Comparação entre textos e com Geografia permitem uma avaliação parcial sobre
Linguagem na prática o gênero seminário e sobre técnicas de pesquisa, res-
Avaliação Somativa: Seção 4 pectivamente. Avaliar estas etapas é fundamental para
Produção textual o bom desempenho dos estudantes na produção final
Autoavaliação do seminário.
Etapa 3 – Plano de trabalho
Unidade 5
Na seção 1, retome os procedimentos estudados para produção de fluxograma, já estudados anteriormente. É
possível que os estudantes tenham dúvidas quanto às diferenças entre fluxograma e mapa mental. Pontue que o
primeiro busca sintetizar as ideias de um texto, seguindo um fluxo de organização. Já o segundo, se vale demais
recursos e linguagens e não fica preso ao fluxo. Já na seção 2, os estudos propostos promovem reflexões acerca da
reconstrução das condições de produção e recepção dos textos e adequação do texto à construção composicional
e ao estilo de gênero para, posteriormente, ser sintetizado nas relações entre os textos. Para atingir a este objetivo,
é possível solicitar que os estudantes façam registros parciais em seus cadernos, ao logo das atividades. Para tentar
garantir que isso ocorra, pare as atividades sugeridas no livro e peça que façam um registro direcionado. Ex.: Agora,
vamos registrar o que entendemos sobre ensaio. Peça que redijam um parágrafo síntese. Na seção 3, os boxes
ideias e conceitos podem ser ampliados por meio de pesquisas. Selecione um texto do próprio livro didático e
peça que os estudantes identifiquem os recursos coesivos estudados em outro corpus de estudo. Por fim, antes de
inicial a produção textual do gênero seminário, identifique os conhecimentos prévios dos estudantes sobre recursos
cinestésicos em apresentações orais.
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Língua Portuguesa CI
Unidade 6
Antes da seção 1, retome a importância dos recursos gráficos como elementos sintetizadores de ideia. Ao final da
produção do mapa conceitual, faça uma comparação entre os resultados e as relações estabelecidas pelas diferen-
tes produções e enfatize que em textos como infográficos, mapas mentais ou conceituais não há um único modelo.
Na seção 2, solicite um mapa conceitual sobre características de textos orais, estudados anteriormente. Relembre a
importância do corpo, da voz e reforce o quanto os textos orais são planejados. Na seção 3, retome oralmente os
conceitos de oração principal e oração subordinada para desenvolver habilidades referentes à morfossintaxe. Já o
trabalho com coesão pode ser aprofundado na seção 4, solicite que os estudantes grifem em seus próprios textos
os recursos utilizados que promovem a coesão. Na seção 4, caso a turma seja numerosa, crie grupos de avaliação
entre pares para a produção textual. Apresente a tabela de autoavaliação e peça para cada integrante do grupo
ler a produção do colega, tendo em vista os itens da tabela e, ao final, produzirem um comentário respeitoso dos
pontos positivos e aqueles que devem melhorar.
Etapa 4 – Possibilidades de trabalho interdisciplinar
Unidade 5:
A proposta de analisar dados de bem estar social e tributação de diferentes países pode ser desenvolvida juntamen-
te com o professor de Geografia, que pode ampliar e contestar os dados apresentando outros índices. Sobre este
ponto, é interessante apresentar o papel dos índices e como eles são medidos. Este boxe terá um desdobramento
na produção textual, portanto, é fundamental que as pesquisas sugeridas sejam acompanhadas e problematizadas
no que se refere a qualidade de dados e informações coletadas.
Unidade 6:
A proposta é discutir a importância do paisagismo urbano para o meio ambiente. Para isso, foi selecionado um
texto para ser ponto de partida da discussão. Para ampliar este trabalho de maneira interdisciplinar, planeje com o
professor de Biologia um dia de observação dos arredores da escola e registros em um caderno de campo das es-
pécies observadas. A construção de um caderno de campo é importante como uma etapa de registro de pesquisa
que pode ser ampliada em diálogo com o professor de Ciências.
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Unidade 8:
Boxe Diálogos com Matemática: Propõe a interpretação da leitura de gráficos, por meio de estratégias. Para
ampliar este trabalho, é interessante fazer uma curadoria de outros gráficos e propor uma leitura comparada, com
o objetivo de identificar as especificidades de cada formato de gráfico e sua eficiência para apresentar dados aos
leitores. Juntamente com o professor de Matemática, essa leitura pode ser aprofundada, despertando a criticidade
dos estudantes para variáveis presentes ou que se podem inferir dos dados.
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Língua Portuguesa CV
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos
e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando
criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.
5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e cultu-
rais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como
participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e culturas.
6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, refle-
xiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes
linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.
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CX Língua Portuguesa
por exemplo), gráfico- espacial (distribuição da mancha de pausas e prolongamentos, o tom e o timbre vocais, bem
gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto verbal. como eventuais recursos de gestualidade e pantomima que
(EF69LP49) Mostrar-se interessado e envolvido pela lei- convenham ao gênero poético e à situação de compartilha-
tura de livros de literatura e por outras produções cultu- mento em questão.
rais do campo e receptivo a textos que rompam com seu (EF69LP54) Analisar os efeitos de sentido decorrentes da
universo de expectativas, que representem um desafio em interação entre os elementos linguísticos e os recursos pa-
relação às suas possibilidades atuais e suas experiências ralinguísticos e cinésicos, como as variações no ritmo, as
anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, modulações no tom de voz, as pausas, as manipulações do
em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas estrato sonoro da linguagem, obtidos por meio da estro-
orientações dadas pelo professor. fação, das rimas e de figuras de linguagem como as alite-
(EF69LP50) Elaborar texto teatral, a partir da adaptação de rações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, a
romances, contos, mitos, narrativas de enigma e de aventura, postura corporal e a gestualidade, na declamação de poe-
novelas, biografias romanceadas, crônicas, dentre outros, indi- mas, apresentações musicais e teatrais, tanto em gêneros
cando as rubricas para caracterização do cenário, do espaço, em prosa quanto nos gêneros poéticos, os efeitos de sen-
do tempo; explicitando a caracterização física e psicológica tido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais
dos personagens e dos seus modos de ação; reconfigurando como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hi-
a inserção do discurso direto e dos tipos de narrador; explici- pérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos
tando as marcas de variação linguística (dialetos, registros e de sentido decorrentes do emprego de palavras e expres-
jargões) e retextualizando o tratamento da temática. sões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjeti-
vas, orações subordinadas adjetivas etc.), que funcionam
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de plane-
como modificadores, percebendo sua função na caracteri-
jamento, textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em
zação dos espaços, tempos, personagens e ações próprios
vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos
de cada gênero narrativo.
textos pretendidos e as configurações da situação de produ-
ção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação (EF69LP55) Reconhecer as variedades da língua falada,
do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário. (EF69LP56) Fazer uso consciente e reflexivo de regras
(EF69LP52) Representar cenas ou textos dramáticos, con- e normas da norma-padrão em situações de fala e escrita
siderando, na caracterização dos personagens, os aspectos nas quais ela deve ser usada.
linguísticos e paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, (EF67LP01) Analisar a estrutura e funcionamento dos hi-
pausas e hesitações, entonação e expressividade, variedades perlinks em textos noticiosos publicados na Web e vislum-
e registros linguísticos), os gestos e os deslocamentos no brar possibilidades de uma escrita hipertextual.
espaço cênico, o figurino e a maquiagem e elaborando as (EF67LP02) Explorar o espaço reservado ao leitor nos
rubricas indicadas pelo autor por meio do cenário, da trilha jornais, revistas, impressos e on-line, sites noticiosos etc.,
sonora e da exploração dos modos de interpretação. destacando notícias, fotorreportagens, entrevistas, charges,
(EF69LP53) Ler em voz alta textos literários diversos – como assuntos, temas, debates em foco, posicionando-se de ma-
contos de amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas neira ética e respeitosa frente a esses textos e opiniões a
líricas, humorísticas, críticas; bem como leituras orais capitu- eles relacionadas, e publicar notícias, notas jornalísticas, fo-
ladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de torreportagem de interesse geral nesses espaços do leitor.
maior extensão, como romances, narrativas de enigma, nar- (EF67LP03) Comparar informações sobre um mesmo fato
rativas de aventura, literatura infantojuvenil, – contar/recontar divulgadas em diferentes veículos e mídias, analisando e
histórias tanto da tradição oral (causos, contos de esperteza, avaliando a confiabilidade.
contos de animais, contos de amor, contos de encantamento, (EF67LP04) Distinguir, em segmentos descontínuos de tex-
piadas, dentre outros) quanto da tradição literária escrita, ex- tos, fato da opinião enunciada em relação a esse mesmo fato.
pressando a compreensão e interpretação do texto por meio
(EF67LP05) Identificar e avaliar teses/opiniões/posiciona-
de uma leitura ou fala expressiva e fluente, que respeite o
mentos explícitos e argumentos em textos argumentativos
ritmo, as pausas, as hesitações, a entonação indicados tanto
(carta de leitor, comentário, artigo de opinião, resenha críti-
pela pontuação quanto por outros recursos gráfico-editoriais,
ca etc.), manifestando concordância ou discordância.
como negritos, itálicos, caixa-alta, ilustrações etc., gravando
essa leitura ou esse conto/reconto, seja para análise poste- (EF67LP06) Identificar os efeitos de sentido provocados
rior, seja para produção de audiobooks de textos literários pela seleção lexical, topicalização de elementos e seleção
diversos ou de podcasts de leituras dramáticas com ou sem e hierarquização de informações, uso de 3a pessoa etc.
efeitos especiais e ler e/ou declamar poemas diversos, tanto (EF67LP07) Identificar o uso de recursos persuasivos
de forma livre quanto de forma fixa (como quadras, sone- em textos argumentativos diversos (como a elaboração do
tos, liras, haicais etc.), empregando os recursos linguísticos, título, escolhas lexicais, construções metafóricas, a explici-
paralinguísticos e cinésicos necessários aos efeitos de sen- tação ou a ocultação de fontes de informação) e perceber
tido pretendidos, como o ritmo e a entonação, o emprego seus efeitos de sentido.
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ABDALA JUNIOR, Benjamin. Introdução à análise de despertar a reflexão para fenômenos linguísticos
da narrativa. São Paulo: Scipione, 1995. reais e atividades epilinguísticas, que permitem a
O autor analisa a composição do texto narrativo com inferência intuitiva dos padrões para a construção
base no estabelecimento de categorias, tais como das normas.
tensão narrativa, projeções da história no discurso BAKHTIN, Mikhail. Os gêneros do discurso. In: BA-
narrativo, pessoa e personagem, espaço e ambiente KHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Pau-
e tempos da narrativa. lo: Martins Fontes, 2003.
ABE, Stephanie K. Conheça a história e a impor- A origem da teoria dos gêneros do discurso é apre-
tância do Estatuto da Criança e do Adolescente. sentada pelo filósofo russo como adendo do livro Es-
Cenpec, 1 jul. 2020. Disponível em: livro.page/ tética da criação verbal, em 1979, e se disseminou
76V6MPG185LP. Acesso em: 25 ago. 2022 entre os linguistas, fundamentando a abordagem de
Nessa série comemorativa dos 30 anos do ECA, ensino de produção textual.
publicada em 2020, são apresentados dados que BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portugue-
comprovam a importância desse estatuto para a ga- sa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
rantia dos direitos das crianças e dos adolescentes Um dos mais renomados gramaticistas brasileiros,
no Brasil. Bechara expõe nessa gramática a abordagem das
ALCALDE, Emerson (org.). Negritude. São Paulo: regras à luz da teoria funcionalista, ou seja, do uso
Autonomia Literária, 2019. (Coleção Slam). que os falantes fazem da língua.
Dez autores de poesia para slam, de diversos locais BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral
do Brasil, publicam seus poemas sobre a temática do II. Campinas, SP: Pontes, 1989.
racismo, a partir de suas vivências. Um dos precursores dos estudos linguísticos na pers-
ARAÚJO, Ulisses F. Autogestão na sala de aula: as pectiva enunciativa, o francês Émile Benveniste apre-
assembleias escolares. São Paulo: Summus, 2015. senta, nessa obra, reflexões sobre o papel do ser
No processo de construção de uma escola demo- humano na linguagem, problematizando a linguística
crática, as assembleias escolares são instrumentos em sua vertente formalista.
que permitem a participação dos estudantes e fa- BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de
zem valer sua voz. Esse livro aborda o processo e ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1985.
os procedimentos de funcionamento de fóruns e as- O livro abarca uma série de estratégias práticas
sembleias escolares. para planejar o ensino-aprendizagem, organizar
AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss. São aprendizagens, incentivar a participação da turma
Paulo: Publifolha, 2014. e melhorar a comunicação em sala de aula, desen-
Essa gramática enfatiza o funcionamento da língua volver atitudes científicas nos estudantes e avaliar
em suas diferentes formas de realização, destacando as aprendizagens.
a variação e as mudanças como elementos constitu- BRANDÃO, Helena N. (org.). Gêneros do discurso
tivos do fenômeno linguístico. na escola. São Paulo: Cortez, 2011.
BACICH, Lilian; GAROFALO, Débora. Um olhar para Diversos autores contextualizam os gêneros conto
a aprendizagem socioemocional no STEAM. In: BA- popular, mito indígena, romance de cordel, textos
CICH, Lilian; HOLANDA, Leandro (org.). STEAM em políticos e de divulgação científica e, por meio de
sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2020. p. 177. exemplos, os analisam quanto a construção compo-
STEAM é a abreviação de Science, Technology, Engi- sicional, estilo e repertório.
neering, Art and Mathematics. Trata-se de uma abor- BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
dagem que integra essas áreas de conhecimento Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Matrizes de refe-
para propor uma aprendizagem que valorize o pen- rência de língua portuguesa e matemática do Saeb:
samento crítico, a criatividade, a colaboração e a documento de referência do ano de 2001. Brasília,
comunicação. DF: Inep, 2020.
BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do portu- O documento apresenta os descritores de Língua
guês brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012. Portuguesa e Matemática que orientam a prova do
A obra se propõe a analisar a gramática por meio Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
dos usos do português brasileiro, com o objetivo (Saeb).
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6
O
-
Claudia Bergamini ano
Bacharela em Letras – Português e Linguística (FFLCH-USP).
Licenciada em Português e Linguística (FE-USP). Mestra em Letras –
Filologia e Língua Portuguesa (FFLCH-USP). Professora de Língua
Portuguesa na Educação Básica da rede particular de São Paulo-SP.
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Língua Portuguesa 1
Coordenação editorial Selma Corrêa Segue a trilha - 6o ano
(Ensino Fundamental – Anos Finais)
Secretaria editorial Michele Vasconcelos (coordenação),
© Claudia Bergamini, Elenice Rodrigues
Stephani Reis Souza e Silva, Flávia Bandeca Biazetto,
Edição Diana Brito, Eduardo Passos, Michele Gabriela Lisboa Pinheiro, Renan Luis Salermo,
Vasconcelos (Manual do Professor), Monika 2022
Kratzer, Vanessa Rodrigues
Assistência editorial Bruna Nascimento, Daniel Carvalho (Manual © Para esta edição:
do Professor), Bruna Marques (Manual do Palavras Projetos Editoriais Ltda.
Professor) Todos os direitos reservados
Edição de texto Beto Furquim, Christina Binato, Donalia M.
Jakimiu Fernandes, Fabiana Marsaro Pavan, Todas as imagens e os textos citados neste
Giovana Casagrande, Luana Satiko Hirata, livro têm o fim exclusivo de contribuir com
Thaís Nascimento Pettinari a aprendizagem dos estudantes. Foram
tomadas todas as ações necessárias para
Revisão Simone Garcia (coordenação), Sheila obter a autorização de uso e publicação, bem
Folgueral (assistência), Ana Paula Felippe, como para fazer a correta citação dos devidos
Débora de Oliveira, Elis Beletti, Flávia créditos. Porém, caso alguma alteração seja
Gonçalves, Gloria Cunha, Olivia Zambone, necessária, colocamo-nos prontamente à
Renata Brabo, Santiago Produções disposição.
Editoriais, Tatiana Martins, Vera Rodrigues
Projeto gráfico Simone Scaglione, Walmir dos Santos Todos os direitos reservados:
Edição de arte Simone Scaglione
Assistência de arte Cláudia Carminati, Denis Domingues, Teresa
Lucinda Ferreira de Andrade São Paulo • 1a edição • 2022
Diagramação Estudo Gráfico Design
Capa Walmir Santos, Simone Scaglione, Cirlene Contato e correspondência
Alexandrino (projeto gráfico); fotos: Jose Rua Padre Bento Dias Pacheco, 62, Pinheiros
Miguel Sanchez; Rachel Torres/Alamy/ CEP 05427-070 São Paulo – SP
Fotoarena palavraseducacao.com.br
Cartografia Allmaps Tel.: +55 11 2362-5109
Ilustrações Paula Radi, Pedro Hamdan, Pedro Nogueira
Em respeito ao meio ambiente, as folhas
Pesquisa iconográfica e Tempo Composto deste livro foram produzidas com fibras
licenciamento de textos Monica de Souza (coordenação), Andréia obtidas de árvores de florestas plantadas,
Miranda, Bárbara Pinardi, Daniela Ribeiro, com origem certificada.
Maria Favoretto, Victoria Lopes
Livro Digital Coordenação Booknando
Edição de arte Márcia Romero
Diagramação Cláudia Carminati, Teresa Lucinda Ferreira
de Andrade
Descrição de imagens Bruna Nascimento, Gustavo Nazário,
Priscila Bunduki
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2 Língua Portuguesa
Apresentação
Cara estudante,
Caro estudante,
Essa coleção de Língua Portuguesa foi elaborada para você, que gosta de
aprender e de se divertir, que dá atenção a tudo o que é novo e se interessa por
descobertas e invenções. As vivências do dia a dia provocam novas aprendizagens
e permitem ampliar o olhar sobre o mundo para enxergar de outra maneira o que
você já conhece e é habitual.
Estudar Língua Portuguesa vai ajudar você a compreender que há muitas e
múltiplas maneiras de ler, interpretar, ver e compreender o mundo. Com essa cole-
ção, desejamos que você mantenha e amplie sua curiosidade durante os estudos,
esteja ciente de sua importância como cidadã ou cidadão e perceba o quanto o
conhecimento está presente em sua vida, muito além do que acontece na escola.
Os livros da coleção propõem reflexões sobre situações do cotidiano e mos-
tram que a Língua Portuguesa se combina a diversos outros campos de conhe-
cimento. Isso vai ajudar você a construir a realidade a seu redor, interferindo nos
acontecimentos, agindo para garantir direitos, analisando e resolvendo problemas,
planejando soluções e criando o mundo que você deseja.
Para aproveitar este livro, participe das dinâmicas propostas, ajude e respeite
os colegas e as colegas, tire dúvidas com o professor ou a professora e cuide bem
de seu material!
Bons estudos!
As autoras, o autor e toda a equipe dessa coleção.
Fernando Favoretto/Criar Imagem
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Língua Portuguesa 3
Conheça seu livro
Para começar, saiba quais são os objetivos coragem para não desistir diante das dificulda-
e as propostas de estudo de Língua Portuguesa des. Aprender a estudar depende também de
nesta coleção e conheça a organização e a es- você se sentir estimulado a novas descobertas
trutura deste livro. e às redescobertas. Assim é que se aprende a
consultar outros livros no papel ou na tela, inter-
OBJETIVOS E PROPOSTAS pretar textos e ações, compreender conceitos,
A conquista de uma vida digna e tranquila pesquisar a fonte das ideias e comunicar, para as
passa, necessariamente, pelos bancos de uma outras pessoas, o conhecimento que você cons-
escola. Em um mundo cada dia mais tecnológi- truiu e como construiu.
co, o ambiente escolar favorece que se aprenda Como o caminho do aprendizado é coleti-
o que é preciso para, por exemplo, participar vo e múltiplo, percorrido junto aos colegas e
dos fenômenos sociais que impactam nosso aos professores, pois eles também aprendem
modo de vida, escolher uma profissão e partici- e ensinam o tempo todo. Este livro tem a pre-
par do mundo do trabalho, para, enfim, construir tensão de ser um guia para quem está percor-
o futuro como desejamos que ele aconteça! rendo esse caminho da aprendizagem. Use e
Este livro foi pensado para auxiliar você a aproveite!
percorrer – bem! – esse caminho da aprendiza-
Como participar da sociedade ativamente?
gem. Acompanhe algumas das escolhas feitas
O direito à vida constitui a base da cidadania.
para a elaboração desta coleção e conheça nos-
Entre tantas outras atitudes, isso quer dizer que to-
sas propostas e objetivos.
dos devemos proteger as crianças e os idosos, res-
O que aprender? peitar a diversidade cultural, preservar a natureza,
A Base Nacional Comum Curri- combater o racismo, o machismo e a homofobia.
Pedro Hamdan
cular, a BNCC, é o documen- É uma obrigação da escola ensinar aos estudantes
to nacional que determina esse processo de cuidar das outras pessoas, de si
o conjunto de conheci- próprio e do mundo que nos cerca. Essas propos-
mentos, habilidades e tas estão expressas nos Temas Contemporâneos
competências que todo Transversais (TCTs), outro documento que guia a
brasileiro deve desen- educação no Brasil e que foi muito importante para
volver na escola. Este a elaboração deste livro. p orâ n e
livro foi elaborado de em
o
Tr
Te m o nt
Vida
ans
acordo com esse do-
aC
Familiar e
ve rs a
UNIDADE
Como posso agir Social
p orâ n e o
Tr
Te m o nt
Vida
ans
8
aC
Familiar e
ve rs a
para melhorar minha
l
Social
l
desenvolvimento de comunidade?
possível, pergunte a seu competências relacionadas
professor qual a habili- ao uso das tecnologias.
dade ou a competência está em desenvolvimento
naquele momento do estudo. Viver em sociedade implica compreender os direitos e os deveres de cada cidadão.
Cada um de nós pode modificar a própria realidade, sendo um agente transformador. Para
isso, é importante conhecer leis e normas não só para reivindicar melhorias, mas também
para dialogar, de maneira convincente, com autoridades ou com colegas, também enga-
jados em provocar mudanças ao nosso redor. Mas como fazer isso? Para convencer nos-
Como estudar?
verbais. Nas interações sociais, aprendemos a convencer, escutar, respeitar e, sobretudo,
conviver. Observe a imagem e reflita sobre a manifestação:
Estudar é uma prática que também preci- 1. Qual é o tema da manifestação? Ele é relevante para a
prática da cidadania? Explique.
petovarga/Shutterstock
2. Quais os recursos não verbais utilizados para convenci-
Estudantes, pais mento?
e professores
256 257
go, que depende não só de disciplina, mas de Nas aberturas das unidades, foram aplicados selos que
curiosidade, de certo “espírito investigativo”, de indicam o TCT relacionado ao conteúdo que será visto.
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4 Língua Portuguesa
Como conhecer e dominar o mundo digital? Caminhos
Toda a tecnologia que a humanidade tem cons- Na seção Caminhos, após a Abertura, você
truído nos anos recentes veio para ficar e precisamos é apresentado a alguns aspectos importantes da
aprender a utilizá-la. Estamos falando de internet, Unidade: os objetivos principais, os procedimen-
robótica, aplicativos, inteligência artificial etc. É ne- tos que serão colocados em prática, os recursos
cessário, então, desenvolver habilidades para tirar ou instrumentos a serem utilizados, a finalidade
o melhor proveito de todos esses instrumentos, ou a importância de se estudar tal conteúdo.
tornando-se um letrado digital, e exercitar o cha-
mado pensamento computacional: selecionar, se- Caminhos
Irene Abdou/Alamy/Fotoarena
Nesta Unidade, você vai pôr em
prática alguns procedimentos:
realizar uma discussão sobre a
Digital Arts/Shutterstock
contre e selecione,
transmissão da cultura e dos ensi-
namentos de uma comunidade; nossa forma de ver o mundo.
reconhecer a estrutura de um texto
teatral;
produzir textos teatrais;
ao longo des-
estabelecer práticas para desenvol-
ver o hábito de ler. Vamos
conhecer
personagens
LightField Studios/Shutterstock
do mundo
da fantasia.
te livro, as ferra-
Vamos criar
hábitos de
leitura!
ans
6
Ciência e
aC
ve rs a
Tecnologia
descobertas científicas?
188 189
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Língua Portuguesa 5
Boxes
Curta-metragem é a
torna-se motivo para disputas linguísticas. Você já ouviu, por exemplo, a discussão sobre
os termos “biscoito” ou “bolacha”? Sabe que há pessoas preocupadas em encontrar um
termo “correto” para designar o alimento? Observe o mapa a seguir, que apresenta os
resultados de uma enquete realizada por uma revista de divulgação científica voltada
para o público jovem.
relação entre os
classificação que recebem os Um país dividido: como se fala em cada estado do país
conteúdos da
Allmaps
50° O
Unidade com
20 minutos de duração. OCEANO outras disciplinas.
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICO
Trópico de Capricórnio
Ideias & conceitos a) Você considera essa discussão relevante? Em sua opinião, há somente um termo correto
para designar o alimento?
b) Que atitude você acha que se deve ter ao interagir com alguém que usa um vocabulário
diferente do seu?
97
Organize-se!
Prepare-se! Organize-se
Lembre-se! Nosso mundo
Apresenta dicas Nesta seção, usaremos dis- Relaciona
Nosso mundo
Saúde e alimentação na escola
e caneta.
comida
seus estudos.
saudável no
refeitório da
assunto relevante.
a) Durante a discussão, lembre-se de:
introduzir opiniões dizendo “eu acho”, “para mim”, “eu acredito”;
discordar da opinião de um colega dizendo educadamente “eu não
concordo”, “eu concordo em parte”, “eu não estou de acordo”;
respeitar os colegas e não interrompê-los durante suas falas;
elaborar ao menos três argumentos para defender sua posição;
fundamentar sua opinião com exemplos e dados.
b) Crie uma síntese escrita do que foi discutido e compartilhe com os colegas.
273
Deixar fluir
Deixar fluir
O cordel e a xilogravura Mostra a relação
Eduardo Knapp/Folhapress
do conteúdo
estudado com
Para saber mais diferentes
Traz indicações de leituras, filmes e músicas, entre
O artista Fernando Vilela
imprimindo uma xilogravura em
seu ateliê no bairro da Lapa,
linguagens
outros, para você conhecer mais sobre o tema em Parecida com o carimbo, a xilogravura é uma técnica de impressão bastante antiga,
em que o artista esculpe na madeira o desenho ou o texto que vai ser reproduzido.
Essa madeira esculpida chama-se matriz, e é sobre ela que a tinta é espalhada para
se imprimirem as cópias. artísticas.
estudo.
Quando ainda não existiam as tecnologias de reprodução de imagens como as
que estão disponíveis hoje, as ilustrações de livros eram sempre feitas com alguma
técnica de gravura. A xilogravura, por depender de materiais mais acessíveis, acabou
se popularizando, principalmente entre os poetas de cordel.
Com o tempo, as ilustrações de cordel acabaram adquirindo um estilo próprio e,
mesmo quando são produzidas por meio de outras técnicas, seguem algumas carac-
terísticas, como linhas grossas, cores sólidas e traços mais simples, já que o desenho
todo precisa ser esculpido na madeira antes de ser transferido para o papel.
Outra característica das xilogravuras é que o desenho é traçado em negativo na
matriz, pois, durante a impressão, são as partes não esculpidas da madeira que en-
tram em contato com a tinta. Por isso, em geral, as linhas que contornam os dese-
expressão do 83
texto lido.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
6 Língua Portuguesa
Múltiplas leituras
7. Escolha a afirmação que você considerar mais adequada, de acordo com o que
Ícones e selos
Amplia o ponto de
Não escreva
Texto é um conjunto organizado de elementos orais ou escritos usados para compor uma mensagem. Já cem ícones e selos para indicar alguma prática ou
assunto estudado, discurso é a reunião de textos visuais, orais ou escritos (ou a mistura deles) em que está presente uma
visão de mundo, um ponto de vista particular sobre algo.
visões sobre o
Palau/Shutterstock
58% não compram de empresas que
fazem testes em animais.
65% não compram de empresas
associadas ao trabalho escravo.
Atividade oral em grupo
Fonte: TRUCHETTI, Aline. Como o consumo consciente pode
afetar a saúde do seu negócio. Netzee, 5 nov. 2019. Disponível
em: livro.page/5V6U118L. Acesso em: 13 fev. 2022.
Você estudou também como as pes- Reúna-se com o grupo e recuperem a apresentação oral feita na seção Pro-
quisas sobre os outros planetas têm dução textual. Com base nessa apresentação e a partir dos comentários que o
despertado a curiosidade das pessoas, professor fez, vocês deverão gravar um vídeo de divulgação científica.
que ficam sabendo das novidades do Produzam um vídeo considerando as escolhas que deram certo e que foram
Prática de Intertextualidade
tema pelas reportagens e pelos artigos Apresentações orais, quanto mais praticadas, maior a desenvoltura reconhecidas durante a apresentação. Vocês também podem usar estratégias dos
de divulgação científica. dos participantes. outros grupos que deram certo e ajudaram na compreensão do conteúdo.
Agora, faça uma revisão da sua aprendizagem, considerando as suas impressões e o seu per- Durante essa produção, pesquisem formatos de vídeos de divulgação científi-
curso de conhecimento. Vamos lá? ca. Observem as características e sigam a orientação para a produção do material.
1. Quais foram as suas descobertas sobre as formas de divulgação científica nesta Unidade?
Revisão e avaliação
2. Com o propósito de resgatar o seu conhecimento e organizar o que você aprendeu, recons- Assistam à apresentação que foi gravada, convide seus colegas para assistirem
trua em seu caderno o quadro a seguir e preencha-o com os conteúdos estudados.
222 223
Tr
Tr
Te m o nt
Te m o nt
Te m o nt
ans
ans
Envelhecimento,
aC
aC
aC
para o Saúde
ve rs a
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Respeito e
l
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Educação para
Te m o nt
Te m o nt
Te m o nt
ans
ans
ans
Valorização do
Diversidade Ciência e
aC
aC
aC
Multiculturalismo
São atividades que permitem a você relembrar
ve rs a
ve rs a
ve rs a
nas Matrizes
Históricas Cultural Tecnologia
e Culturais
Brasileiras
Vida
ans
aC
Familiar e
ve rs a
Projeto Social
l
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 7
Sumário
Danielala/Shutterstock
3 Análise e reflexão sobre
linguagens .................................... 31
Conceitos da língua .................................... 31
Frase, oração e período ............................... 31
Termos essenciais da oração e
concordância verbal ...................................... 34
A pontuação e o período composto ........... 35
A linguagem na prática .............................. 36
3 Análise e reflexão sobre
Acervo do Programa Cuca Ambiental
linguagens .................................... 61
Conceitos da língua .................................... 61
Aspas ............................................................. 61
Acentuação gráfica ....................................... 62
Diálogos com Geografia e
Matemática ............................................ 65
Estrutura das palavras e
processo de formação de palavras:
sufixos de negação ....................................... 66
A linguagem na prática .............................. 68
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
8 Língua Portuguesa
Existe arte com palavras, O que é
3 imagens e objetos? ..............74 4 multiculturalismo? ............. 110
Caminhos ........................................... 76 Caminhos ......................................... 112
1 Estudo e pesquisa ........................ 78 1 Estudo e pesquisa ...................... 114
Leitura da linguagem poética ................... 78 A leitura como um hábito ........................114
A linguagem poética e a Práticas de leitura .....................................115
diversidade cultural .................................... 80
2 Leitura de textos ........................ 117
DeepGreen/Shutterstock
4 Produção textual:
Poema visual............................... 105
Fechamento de Unidade ................. 108
Retomar e avançar ................................... 108
Projeto Telejornal: etapa 3 –
Agenda cultural ........................................ 108
Marlon Thor
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Língua Portuguesa 9
A ciência colabora Onde estão as
5 com nossa saúde? .............. 154 6 descobertas científicas? .....188
Caminhos ......................................... 156 Caminhos ......................................... 190
1 Estudo e pesquisa ...................... 158 1 Estudo e pesquisa ...................... 192
Intoxicação alimentar................................158 Inovação e tecnologia ..............................192
Anotar palavras-chave para Palavras-chave e temas ............................192
a produção de resumos ...........................159
2 Leitura de textos ........................ 195
Starover Sibiriak/Shutterstock
Diálogo com Ciências.......................... 195
Leitura 1 – Reportagem científica:
conhecendo uma forma de
divulgar a ciência, .....................................197
Múltiplas leituras ................................ 200
Leitura 2 – Artigo de
divulgação científica .................................201
Comparação entre textos.........................203
2 Leitura de textos ........................ 162 Deixar fluir .......................................... 204
Leitura 1 – Verbete...................................162 3 Análise e reflexão sobre
Nosso mundo ...................................... 164 linguagens .................................. 205
Múltiplas leituras ................................ 165 Conceitos da língua ..................................205
Múltiplas leituras ................................ 168 A linguagem em textos informativos ........ 205
Leitura 2 – Gráficos ..................................168 Nosso mundo ...................................... 208
Comparação entre textos.........................172 Os efeitos de sentido do
modo subjuntivo ......................................... 208
3 Análise e reflexão sobre Referências e retomadas textuais .............. 212
linguagens .................................. 173 Emprego de sc, xc, ç, ss ............................. 214
Conceitos da língua ..................................173 A linguagem na prática ............................215
Concordância nominal ................................ 173
Sinônimos .................................................... 175 4 Produção textual:
Modos verbais: efeitos de sentido Apresentação oral de
do modo indicativo ..................................... 177 divulgação científica ................... 220
A linguagem na prática ............................180
Fechamento da Unidade ................. 222
Deixar fluir .......................................... 182
Retomar e avançar ................................... 222
4 Produção textual: Gráfico ........... 184 Projeto Telejornal: etapa 6 –
Diálogos com Ciências ........................ 185 Vídeo de divulgação científica ................. 223
Fechamento da Unidade ................. 186
Alex Mit/Shutterstock
Retomar e avançar ................................... 186
Projeto Telejornal: etapa 5 –
Roteiro para explicação de gráfico .......... 187
10
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
10 Língua Portuguesa
Que ações garantem Como posso agir para
7 nossos direitos? .................224 8 melhorar minha
comunidade? .....................256
Caminhos ......................................... 226
Caminhos ......................................... 258
1 Estudo e pesquisa ...................... 228
Cidadãos de direitos e deveres ..............228 1 Estudo e pesquisa ...................... 260
Hierarquização ...........................................228 Escutar e tomar notas ao
mesmo tempo? E agora? .........................260
Reprodução/GRUPO JCPM/IFAN
11
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 11
CONTEÚDOS E OBJETIVOS DA
UNIDADE
Notícias podem mudar
1
UNIDADE 1
12
1
Consulte a descrição completa das competências e habilidades na BNCC (BRASIL. Mi
nistério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: livro.
page/32V6U112LP. Acesso em: 27 jun. 2022.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
12 Língua Portuguesa
p orâ n e o
em
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Tr
Te m o nt
Educação
ans
aC
para o
ve rs a
Consumo
A abertura tem o propósito de intro-
l
duzir algumas discussões que serão im-
portantes ao longo da Unidade: a relação
entre o consumo e a degradação do meio
ambiente; o impacto que as informações
têm sobre os nossos hábitos, modos de
vida e as formas como buscamos e con-
sumimos informação. A abertura também
estabelece uma importante relação entre
imagem e texto, explorando a conexão
entre eles. Ressalte aos estudantes a im-
Hoje em dia, recebemos notícias o tempo todo, de maneiras muito portância de se observar as imagens que
distintas e por diversos meios, como televisão, rádio, internet, redes so- acompanham os textos escritos e, no caso
ciais, entre outros. A cada avanço tecnológico surgem novas maneiras de desta Unidade, as informações que pas-
recebê-las. Antes da internet, por exemplo, para ler notícias acessávamos sarão a ler. As imagens não apenas ilus-
jornais, revistas, TV e rádio. Com o advento do mundo digital, temos à tram um texto, elas ajudam a explicá-lo e
mão smartphones, computadores, tablets, enfim, aparelhos que nos fa-
a chamar a atenção do leitor, que pode ser
vorecem a leitura de notícias publicadas no mundo inteiro.
até mais impactado por elas do que pelas
Um aspecto das notícias que merece destaque é o impacto de al-
informações lidas.
gumas delas em nosso comportamento ou opinião sobre diferentes
assuntos. Para refletir sobre isso, considere as perguntas a seguir e
converse com a turma. CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Em uma roda de conversa, comente so-
bre a função social do gênero notícia. Per-
1. A imagem que você acabou de ver representa a relação impactante mita que os estudantes comentem como
entre nosso planeta e o excesso de notícias e informações. costumam se informar sobre diferentes as-
a) Que elementos visuais compõem a imagem? suntos e que relatem como se relacionam
b) Como se estabelece na imagem a relação de sentido entre esses com as informações coletadas. Ao longo
elementos visuais? da conversa, explore o tema do consumo,
2. Saber, por exemplo, que o consumo desenfreado de produtos in- instigue-os a refletir sobre a maneira como
dustrializados prejudica a saúde e o meio ambiente faz você mudar consomem informações ou outros produ-
seus hábitos? tos que impactam diretamente a vida pes-
3. Notícias sobre o aumento da poluição nos mares levam você a re- soal dos estudantes, sua comunidade ou
fletir sobre o descarte inadequado de embalagens de plásticos ou o meio ambiente.
outros materiais não reutilizáveis?
4. As notícias que você costuma ler modificam seu estilo de vida ou
sua maneira de interpretar o mundo? Por quê?
5. Em sua opinião, qual é a importância das notícias? Você busca in-
formação sobre a maneira como consumimos ideias e produtos nos
dias de hoje?
13
ATIVIDADES: RESPOSTAS E planeta e descarte de plástico ou produ 5. Resposta pessoal. Estimule os estudantes
ORIENTAÇÕES tos industrializados, entre saúde e consu a refletirem sobre a importância das notí
1. a) A imagem do planeta ao lado de uma mo de produtos livres de agrotóxicos. cias para a formação de opinião e para a
série de imagens em supostas telas de TV, 3. Para apoiar a discussão, apresente ima ampliação de repertório sobre diferentes
celulares ou computadores. gens de lixo encontrado no mar ou de contextos e acontecimentos.
1. b) O planeta está à esquerda, recebendo materiais que causaram a morte de ani
massivamente imagens que supostamen mais marinhos.
te indicam informações, representações 4. Resposta pessoal. Estimule os estudantes
ou notícias. a pensarem de que maneira eles conso
2. Apoie os estudantes na discussão sobre mem notícias e se buscam pensar na rea
consumo consciente. Comente, por exem lidade local, em caso de notícias sobre
plo, a relação entre poluição crescente no meio ambiente, por exemplo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 13
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Caminhos
A seção Caminhos tem como finalida-
Emilija Miljkovic/Shutterstock
de preparar o estudante para o estudo da
Nesta Unidade, você vai pôr em práti-
Unidade, a fim de que ele possa ter mais ca alguns procedimentos: ler e escrever
consciência do caminho que será percorri- notícias; produzir conteúdo para um tele-
do e, com isso, ter uma relação ativa com a jornal; comparar informações em textos
construção de seus conhecimentos. Dessa de diferentes gêneros do campo jorna-
forma, sugerimos que esta seção seja lida lístico-midiático; realizar entrevista; e ler Sacolas plásticas usadas para
e discutida de forma coletiva, para que se- carregar compras de mercado.
um infográfico.
jam levantadas eventuais dúvidas, curio- Tarefas propostas para o estudante ao longo da Unidade:
sidades e impressões acerca do que será procurar em casa notícias sobre meio ambiente;
trabalhado. Solicite que os estudantes se comparar manchetes de diferentes notícias;
voluntariem para ler em voz alta os boxes
conhecer em grupo conteúdos de hiperlinks em notícias;
e, após a leitura de cada um, peça que a
discutir em grupo como se manifesta o discurso de ódio em comentários de leitor;
turma faça um comentário sobre os tex-
tos. Aproveite esse momento para explicar analisar e discutir em grupo memes ou cartazes de campanha a favor do consumo
que estudar o gênero notícia, além de nos consciente;
informar em relação a temas relevantes e produzir em dupla uma notícia sobre hábitos de consumo na pandemia;
ajudar a entender aspectos gramaticais da produzir em dupla a locução da notícia produzida.
nossa língua, contribui para uma forma-
ção humana crítica, ética e reflexiva, pois Alf Ribeiro/Shutterstock
14
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
14 Língua Portuguesa
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Andrey_Popov/Shutterstock
Avançando pelos boxes da seção
aminhos, fale sobre as atividades e os
C
recursos necessários para que seja possível
realizá-las. Além de caderno e caneta, o
Para esta Unidade, você vai precisar de uso do celular com câmera será importan-
alguns recursos: te, sobretudo para a produção em dupla de
caderno e caneta para a realização uma notícia e a locução do texto produzido
da entrevista; para essa atividade. No momento determi-
celular com câmera para a gravação nado, busque uma forma de estabelecer
da notícia. as duplas sem constranger estudantes que
não tenham o aparelho e/ou que o tenham
de diferentes marcas e modelos. Caso haja
Jornalista revê anotações dificuldades para a captação do áudio por
antes de entrar no ar. conta de quaisquer obstáculos, confira se
a escola oferece tablets, câmeras fotográ-
ficas, gravadores de áudio ou, ainda, um
laboratório de informática. Converse com
os estudantes sobre formas adequadas
Gorodenkoff/Shutterstock
de abordar pessoas para uma entrevista
e sobre a necessidade de autorização de
uso de imagem, voz e texto de quem é
entrevistado. A partir dessa atividade, se
possível, converse também com os respon-
sáveis dos estudantes, tanto para fortalecer
os laços entre escola e comunidade escolar
como para que eles compreendam a im-
portância da utilização das tecnologias de
forma crítica para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conheci-
A finalidade de estudar o gênero notícia mentos e exercer autoria.
é saber mais sobre a função social desse gê-
Mulher lê notícia
nero e como ele nos ajuda a ser mais atentos pelo smartphone.
e críticos em relação a temas relevantes em
nossa sociedade.
Estudar como se estrutura nossa língua, es-
pecialmente os termos essenciais da oração
e a concordância verbal, pode colaborar para
que você saiba ler e interpretar textos, além
de escrevê-los mais conscientemente.
15
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 15
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
16 Língua Portuguesa
Leia as manchetes a seguir.
Manchete I, publicada no jornal Folha de S.Paulo: ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Rido/Shutterstock
manchetes em tamanhos maiores e, por
vezes, cores diversas na página.
ATIVIDADE: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÃO
1. As alternativas a) e d) são falsas. A man
chete I não comunica de forma clara a
aprovação do projeto, pois a construção
"quer proibir" demonstra que se trata
apenas de uma intenção. Já a manchete
II trata da aprovação do projeto na Câ
mara de SP como um fato que já ocor
reu, portanto, algo definido.
Uma opção mais sustentável é o consumidor levar
sua própria sacola para carregar as mercadorias.
17
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
PEROBELLI, Roberto; CORREIA, Bianca da Silva. A pressuposição em manchete e a
leitura crítica em foco. Revista Gatilho, v. 20, n.1, 2021. Disponível em: livro.page/
1V6U117LP. Acesso em: 31 jan. 2022.
O artigo em questão apresenta um problema em relação à manchete. Segundo os
autores, embora não haja consenso, já que muitos pesquisadores ainda classificam a
manchete somente como parte do gênero notícia, é possível classificá-la como gênero
textual definido, dadas as características estáveis de sua estrutura discursiva.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 17
2. Agora leia a notícia publicada em um site de notícias e faça o que se pede.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E Estabelecimentos comerciais, como bares, hotéis e
LunaKate/Shutterstock
ORIENTAÇÕES restaurantes, de São Paulo estão proibidos de fornecer
2. a) Sugestão de resposta: copos, pratos, talheres e outros utensílios feitos de plás-
tico descartável. A determinação é de lei municipal que
Copos, pratos, talheres e outros entrou em vigor no último dia 1o.
utensílios feitos de plástico descar- Quem descumprir pode ficar sujeito a multas que
tável serão proibidos por nova lei variam de R$ 1.000 a R$ 8 mil, e o estabelecimento pode
municipal em São Paulo. até ser fechado, caso seja reincidente pela sexta vez.
Lei municipal aprovada proíbe uso A partir de agora, esses talheres e demais objetos
utilizados nas refeições devem ser feitos de materiais
de copos, pratos, talheres e outros biodegradáveis, compostáveis ou reutilizáveis.
utensílios feitos de plástico descar- Utensílios feitos A lei que estabelece a proibição foi sancionada em 13 de janeiro de 2020. Ou seja,
tável em bares, hotéis e restauran- de plástico os estabelecimentos comerciais tiveram um ano para se adequarem a essa norma.
descartável estão
tes em São Paulo. proibidos em O objetivo da implementação da norma foi incentivar a reciclagem de materiais
2. b) Espera-se que o estudante perceba estabelecimentos
comerciais de
e impulsionar a transição para uma economia circular.
que a ordem intensifica o sentido que se São Paulo. MAZENOTTI, Priscilla. Copos, pratos e talheres de plástico estão proibidos em São Paulo.
deseja ressaltar na frase, nesse caso, na Agência Brasil, 3 jan. 2021. Disponível em: livro.page/3V6U114L. Acesso em: 22 fev. 2022.
manchete.
a) Leia o primeiro parágrafo da notícia e elabore duas manchetes, conforme
3. a) Em “quer proibir”, da manchete I, Não escreva
as indicações a seguir.
neste livro
tem-se a impressão de que o projeto Use seu A manchete deve começar pela indicação do que será proibido pela
tem a intenção de proibir, mas que ainda caderno
lei a ser aprovada.
é somente uma intenção, não um fato. Já A manchete deve começar pela palavra “lei”.
na manchete II, o verbo “aprova” é mais b) Leia as duas manchetes que você elaborou e reflita: a ordem das informações
assertivo, indicando que já é um projeto altera a maneira como o leitor recebe ou interpreta a mensagem?
aprovado pelo poder público.
3. b) A manchete II, pois o verbo “aprova”,
modo indicativo e tempo presente, in
dica uma ação ocorrida efetivamente e A manchete resume o que virá no texto que a acompanha, por isso deve ser sintética e objetiva.
não somente um desejo, uma intenção. Pode ou não conter verbo. Em textos informativos, em geral, são usados tempos verbais simples,
4. a) Permita que os estudantes elaborem preferencialmente no indicativo, para evitar dúvida ou imprecisão na mensagem. Podem também estar
acompanhados da linha fina ou olho: frase curta, mas maior que a manchete, que expande um pouco
hipóteses para responder à questão. Ex mais as informações da notícia.
plore o fato de que em outras ocasiões
já se tentou instituir a proibição, mas que
não deu certo. Assim, o autor da man
3. Com base nas suas escolhas, responda.
chete pode ter considerado a possibilida
de de novamente a lei não se realizar na a) Qual é a diferença de sentido nas flexões verbais quer proibir e aprova?
prática. O autor pode, ainda, considerar b) Qual das manchetes indica um fato ocorrido efetivamente? Explique.
que há fases para a efetiva implementa 4. Agora, elabore hipóteses para as questões a seguir.
ção da lei, por isso ele apresentou o fato a) Por que o autor de uma das manchetes foi menos assertivo ao noticiar o fato?
somente como possibilidade. b) Qual das duas manchetes lhe parece mais confiável? Justifique.
4. b) Espera-se que os estudantes comen 5. Quanto ao procedimento de leitura das manchetes, comente o que se pode
tem o caráter mais preciso da manchete aprender na comparação entre os textos.
II, com o uso do verbo aprovar, o que dá
tom mais confiável à notícia. 18
5. Espera-se que os estudantes comentem
que a comparação colabora para a per
cepção de nuances de sentido de pala
vras e estruturas linguísticas distintas. INFERÊNCIA E ARGUMENTAÇÃO
Na atividade 4, os estudantes precisarão levantar hipóteses, além de analisar,
HABILIDADES DA BNCC comparar e relacionar as duas manchetes. Dessa forma, a inferência é um ponto
As atividades de leitura das duas de destaque, uma vez que eles farão deduções observando o contexto semântico
manchetes desenvolvem as habilidades e linguístico das notícias, bem como os sentidos que não se encontram nelas de
EF67LP06 e EF69LP17, já que traba- forma explícita. Esse exercício de leitura contribui para outra habilidade também
lham a análise de textos jornalísticos, de trabalhada na atividade: a argumentação, já que eles precisarão elaborar algumas
modo a pensar a ordenação dos eventos, proposições para mostrar, de forma convincente, que a segunda manchete apresenta
as escolhas lexicais, a parcialidade e a mais confiabilidade por conta dos recursos linguísticos que dispõe (por exemplo: o
imparcialidade, identificando, assim, os verbo “aprovar” no presente do indicativo demonstrando mais certeza do fato se
efeitos de sentido provocados pela cons- comparado à construção de “quer proibir”, ou ainda o uso de “Câmara de SP” e “1o
trução, seleção e hierarquização das infor- turno” trazendo mais detalhes que “Projeto de Lei”, que deixa, na primeira manchete,
mações presentes nos títulos. a informação um tanto vaga se comparada com a segunda.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
18 Língua Portuguesa
Leitura de textos
2 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ulia
cipal de São Paulo quer proibir a venda e distribuição
So
de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais
lovieva/Shutter
na capital paulista.
Aprovado em primeira votação, o texto ainda vai ser
stoc
19
LEITURA COMPLEMENTAR
Na Leitura 1 desta seção, fala-se a respeito da hierarquia de informações da notícia ao apresentar ao estudante o conceito de lide.
A seguir, apresenta-se um esquema, a partir de proposta de Van Dijk (1986, p. 168), que mostra a hierarquia completa do que uma
notícia pode trazer:
Discurso da notícia
Sumário ou Resumo Relato noticioso
Paula Radi
Língua Portuguesa 19
ATIVIDADES: RESPOSTAS E A mudança, porém, foi envolta em polêmicas. A Apas (Associação Paulista
ORIENTAÇÕES de Supermercados) e três redes de supermercados (Carrefour, Pão de Açúcar
e Sonda) entraram com recurso no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e
1. Embora o projeto tenha sido aprovado
conseguiram liminar que barrou a exigência de distribuir os itens nas lojas.
em primeira votação, só terá validade
se for aprovado na segunda. Por isso, o A cobrança pelas sacolas passou a valer em setembro de 2012, após decisão da
projeto ainda está no plano da intenção Câmara Reservada ao Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Estado de São
de seu autor. Paulo, que isentou os estabelecimentos de fornecer os sacos gratuitamente e
fixou um valor por unidade.
2. a) Projeto de lei quer proibir a venda e
a distribuição de sacolas plásticas em De acordo com Felipe Seffrin, coordenador de comunicação do Instituto Akatu,
as atuais sacolas plásticas têm apenas 51% de sua composição de material bio-
estabelecimentos comerciais na capital
degradável, e os outros 49% vêm de derivados do petróleo. “O uso indiscriminado
paulista.
causa impacto na crise climática”, diz.
2. b) Onde tramita o projeto: na Câma
Outro dado fornecido pelo instituto é que um terço de todo lixo doméstico é
ra Municipal de São Paulo. Onde será
formado por embalagens que foram usadas uma única vez. “Não é apenas re-
aplicado o regulamento: em estabeleci duzir os sacos plásticos que vai salvar o planeta, mas a medida tem um papel
mentos comerciais na capital paulista. importante em repensar nossa relação com as embalagens”, diz Seffrin.
Quando a lei, se aprovada, entrará em
vigor: segundo semestre de 2022. O vereador Trípoli diz que a mudança de comportamento deve ser inspirada por
gerações anteriores que usavam sacolas de lona ou de tecido para carregar as
compras. “São Paulo gera 7 toneladas diárias de resíduos, e muita gente acha
que a reciclagem vai resolver tudo, mas apenas 2% do plástico é reaproveitado
em todo país”, diz.
Não escreva 1. Relacione a informação da linha fina ao sentido da manchete. Depois, co-
neste livro
mente o sentido provocado pelo tempo composto quer proibir do título.
Use seu
caderno
2. Leia o primeiro parágrafo da notícia e identifique:
20
HABILIDADES DA BNCC
As habilidades aqui trabalhadas (EF69LP03 e EF69LP17) visam a compreensão do
sentido geral do texto, as escolhas lexicais e os seus efeitos de sentido, a hierarquização
de informações e as sequências expositivas, o funcionamento de hiperlinks e a percep-
ção de que não é possível uma neutralidade absoluta, mesmo em textos informativos. A
abordagem desses temas é feita de modo que o estudante possa chegar, por meio das
próprias questões, a tais conhecimentos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
20 Língua Portuguesa
3. De acordo com as respostas anteriores, pode-se dizer que Não escreva
a notícia traz em seu primeiro parágrafo o chamado lide, neste livro ATIVIDADES: RESPOSTAS E
as principais informações sobre o fato. Use seu
caderno
ORIENTAÇÕES
Elabore uma hipótese: Por que os textos do gênero notícia 3. Espera-se que os estudantes comentem
apresentam as principais informações no parágrafo inicial? o caráter informativo da notícia e per
4. Pesquise em sites de jornais diários de seu estado duas cebam que esses textos pretendem ser
notícias sobre meio ambiente. Depois, anote no caderno as objetivos e claros, apoiando o leitor a
Gênero refere-se à maneira
informações que caracterizam o lide: o quê, quem, onde, ter as informações principais de maneira
como textos ou discursos
quando, como, por quê. breve.
são organizados com o
Conforme orientações do professor, compartilhe com os propósito de comunicar
colegas as informações coletadas. 4. Oriente os estudantes a compartilharem
algo. Essa comunicação
deve também considerar
com colegas as informações coletadas.
Lembre-se a situação comunicativa, Para antecipar eventuais dúvidas que
os interlocutores e o possam surgir durante a realização da
Anote no caderno o nome do jornal, o dia da publicação da suporte usado para o
notícia e o nome do autor, caso haja esse registro.
atividade, escolha uma notícia, de pre
compartilhamento da
ferência de sua região, e destaque junto
mensagem (jornal impresso,
blog na internet etc.). com os estudantes as informações que
5. Releia o último parágrafo da notícia da página 18 e com- caracterizam o lide.
Os gêneros apresentam
pare-o com a sua versão alterada.
características definidas pelo 5. a) Espera-se que os estudantes notem
conteúdo da mensagem, pelo
estilo do texto e por ter uma
que a palavra “ainda” reforça os diver
O objetivo da implementação da norma foi incentivar a re- sos benefícios da lei, já que, além de
estrutura característica.
ciclagem de materiais e impulsionar a transição para uma
Lide é o termo usado para incentivar a reciclagem, a lei ainda im
economia circular.
se referir às informações pulsiona a transição para a economia
mais importantes da notícia –
circular.
o quê, quem, onde, quando,
O objetivo da implementação da norma foi incentivar a re- como, por quê – presentes 5. b) Espera-se que o estudante note a
ciclagem de materiais e ainda impulsionar a transição para geralmente no primeiro intensificação do sentido, o que sugere
uma economia circular. parágrafo do texto. que o autor defende a proposta da lei.
5. c) Há uma intencionalidade no uso do
a) Comente a alteração de sentido que o acréscimo da palavra ainda provocou. termo, já que, ao usar “ainda”, reforça
b) Você considera que o uso da palavra ainda afeta a impressão do leitor -se um sentido positivo da lei, indicando
sobre a maneira como os projetos tramitam na Câmara dos Vereadores? certa parcialidade do autor.
c) Pode-se dizer que há uma intencionalidade comunicativa no uso do ter- 6. A palavra “única” intensifica o aspecto
mo ainda? Justifique sua resposta.
negativo de se usar a embalagem
6. Releia o trecho a seguir. plástica uma vez só.
21
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 21
Não escreva 7. Escolha a afirmação que você considerar mais adequada, de acordo com o que
ATIVIDADES: RESPOSTAS E neste livro respondeu nas duas últimas atividades, e elabore uma justificativa para sua escolha.
ORIENTAÇÕES Use seu
caderno I. As palavras selecionadas para compor um texto ou discurso revelam, em
7. Espera-se que os estudantes percebam maior ou menor grau, a opinião ou o ponto de vista do autor.
que a seleção lexical é um importante II. As palavras que compõem o texto não interferem em seu sentido geral.
recurso para a construção de ideias e
pontos de vista, já que indiciam sentidos
que nem sempre estão explícitos nos Texto é um conjunto organizado de elementos orais ou escritos usados para compor uma mensagem. Já
textos. discurso é a reunião de textos visuais, orais ou escritos (ou a mistura deles) em que está presente uma
visão de mundo, um ponto de vista particular sobre algo.
MÚLTIPLAS LEITURAS:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
1. a) Ao saber desses números, as indús
Múltiplas leituras
trias passam a produzir conforme as 1. Leia o infográfico a seguir sobre mudanças em hábitos de consumo e responda.
demandas dos consumidores.
1. b) O que mais impactou o comporta
CONTEÚDO INTERATIVO
Em roda de conversa, discuta com os
estudantes as práticas de consumo cons-
Palau/Shutterstock
ciente que eles já adotam. Caso não haja
adesão a nenhuma delas, converse sobre
ações possíveis dentro da comunidade es- 58% não compram de empresas que 65% não compram de empresas
fazem testes em animais. associadas ao trabalho escravo.
colar ou na família. Você pode organizar
um mural para que eles compartilhem as Fonte: TRUCHETTI, Aline. Como o consumo consciente pode
ações escolhidas. afetar a saúde do seu negócio. Netzee, 5 nov. 2019. Disponível
em: livro.page/5V6U118L. Acesso em: 13 fev. 2022.
22
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
22 Língua Portuguesa
O uso de hiperlinks
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Você já pensou em todos os aspectos que envolvem a produção de uma notí-
cia? Para fazê-la, o autor deve coletar dados e informações e organizá-los em um A análise de manchetes, exercitada nes-
texto oral ou escrito. Leia a notícia a seguir e responda ao que se pede para com- ta seção, merece ser aprofundada. Para
preender mais sobre as informações coletadas e para entender o recurso digital isso, propõe-se a seguinte atividade de
que o autor da notícia utilizou. pesquisa e reflexão:
1. Peça para os estudantes citarem exem-
plos de degradação do meio ambien-
São Tomé de Paripe receberá campanha “O mar não está para plástico” te a partir de hábitos de consumo.
Exemplos: a compra excessiva de de-
A campanha visa sensibilizar os diversos atores que frequentam as praias, seja para lazer, terminados produtos, como roupas, e
prática esportiva ou atividade comercial, sobre a responsabilidade individual e coletiva com o
o desperdício de alimentos, de água e
correto descarte do lixo produzido.
de energia. Anote no quadro algumas
14/09/2021 15h50 sugestões.
Por: Bahia Jornal Fonte: Secom Bahia (Luana Marinho)
2. Divida a turma em grupos de quatro
integrantes e peça para que cada gru-
po pesquise e anote manchetes de
notícias a respeito destes temas (cada
grupo deve trabalhar com um tema di-
ferente).
3. Em aula previamente marcada, peça
para que os grupos apresentem suas
manchetes e comentem o que seus au-
Reprodução/Redemar
Para marcar o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, será realizada neste sábado (18), às
8h, em São Tomé de Paripe, a ação de coleta de lixo da campanha “O mar não está para plástico”,
idealizada pela ONG Rede Viva Mar Vivo e que tem o apoio da Secretaria do Meio Ambiente do
Estado (Sema).
Em frente ao Cerimonial Villa do Mar, ponto de encontro da campanha, serão montados toldos
com infraestrutura para suporte aos voluntários, com água e equipamentos para a coleta (luvas,
coletes e baldes). Serão seguidos todos os protocolos de saúde, limpeza, higiene e segurança para
prevenção ao novo coronavírus. Os participantes devem levar garrafa ou caneca para beber água.
23
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 23
ATIVIDADES: RESPOSTAS E Os guardiões da praia, como são chamados os voluntários cadastrados para a campanha,
ORIENTAÇÕES participaram de uma capacitação no dia 11 de setembro. Os interessados em se voluntariar para
a ação devem se inscrever, preenchendo o formulário on-line ou indo diretamente ao local.
1. “A campanha visa sensibilizar os diver
A campanha visa sensibilizar os diversos atores que frequentam as praias, seja para lazer,
sos atores que frequentam as praias, seja prática esportiva ou atividade comercial, sobre a responsabilidade individual e coletiva com o
para lazer, prática esportiva ou atividade correto descarte do lixo produzido. Uma das principais preocupações é o microlixo, pois mesmo
comercial, sobre a responsabilidade indi com a coleta dos resíduos sólidos efetuada pelo poder público, fragmentos de plástico e lixos
vidual e coletiva com o correto descarte difíceis de serem coletados, como bituca de cigarro, palitos de picolé e sacolas plásticas, vão
direto para os oceanos, causando um imenso dano ao ecossistema marinho.
do lixo produzido. Uma das principais
A ação tem parceria da Marinha do Brasil, Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resi-
preocupações é o microlixo, pois, mes
liência (Secis), Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (ACEB) e Mahalo.
mo com a coleta dos resíduos sólidos
efetuada pelo poder público, fragmentos MARINHO, Luana. São Tomé de Paripe receberá campanha
“O mar não está para plástico”. Bahia Jornal, 14 set. 2021.
de plástico e lixos difíceis de serem co Disponível em: livro.page/6V6U120L. Acesso em: 22 fev. 2022.
letados, como bituca de cigarro, palitos
de picolé e sacolas plásticas, vão direto
para os oceanos, causando um imenso 1. Localize no texto a passagem em que se pode saber sobre o objetivo da Não escreva
campanha “O mar não está para plástico”. neste livro
dano ao ecossistema marinho”. Use seu
2. Como são chamados os voluntários? Por que recebem esse nome? caderno
2. São chamados “guardiões da praia” e
recebem esse nome porque protegem 3. Por que o microlixo é uma das maiores preocupações dos organizadores?
a praia e o ambiente marinho. 4. Releia o trecho e responda: Por que o termo formulário on-line está destacado?
3. O microlixo é uma das maiores preocu
pações, pois, mesmo com a coleta dos Os guardiões da praia, como são chamados os voluntários cadastrados para
a campanha, participaram de uma capacitação no dia 11 de setembro. Os in-
resíduos sólidos efetuada pelo poder
teressados em se voluntariar para a ação devem se inscrever, preenchendo o
público, fragmentos de plástico e lixos formulário on-line ou indo diretamente ao local.
difíceis de serem coletados, como bituca
de cigarro, palitos de picolé e sacolas 5. Essa notícia apresenta um hiperlink.
plásticas, vão direto para os oceanos, a) Você sabe o que são hiperlinks?
causando um imenso dano ao ecossis b) Para que servem os hiperlinks?
tema marinho. c) Como se caracteriza sua estrutura nos meios digitais?
4. Para indicar que se pode clicar sobre o d) Você tem o hábito de acessar hiperlinks em leitura de textos digitais?
termo e abrir o formulário. 6. Leia os títulos dos textos que se abrem nos hiperlinks a seguir e analise
5. a) Hiperlinks são um destaque em tex como eles contribuem com a leitura.
tos em meios digitais que, ao clicar ou I. proibir a venda e distribuição de sacolas plásticas [...].
passar o cursor sobre eles, levam-nos a
outros textos. Explore os conhecimentos
prévios dos estudantes sobre a manei Chega de sacolinha: veja dicas para reduzir o consumo
ra como os textos são organizados em de plástico
meios digitais. Discuta a maneira como Mudança de cultura tem de passar por governos, empresas e consumidores
as plataformas digitais estabelecem re
GAMA, Mara. Chega de sacolinha: veja dicas para reduzir o
lação entre textos. consumo de plástico. Folha de S.Paulo, 11 ago. 2019. Disponível
5. b) Para trazer outras informações rele em: livro.page/7V6U121L. Acesso em: 22 fev. 2022.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
24 Língua Portuguesa
II. segunda capital brasileira a extinguir a distribuição das sacolas plásticas e exigir versões
biodegradáveis [...]. ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
6. Destaque a importância dos hiperlinks,
SP será 2a capital a banir sacola plástica pois eles possibilitam o acesso rápido
Câmara proíbe uso de embalagem que polui água e causa enchentes; medida de informações complementares ao tex
entra em vigor em 1o de janeiro to que está sendo lido. Ajude os estu
Projeto segue para a sanção do prefeito, que disse ser favorável à medida; multa dantes a perceberem as relações e as
prevista vai de R$ 50 a R$ 50 mi complementariedades que as manchetes
SCIARRETTA, Toni. SP será 2a capital a banir sacola
abertas pelos hiperlinks acrescentam à
plástica. Folha de S.Paulo, 18 maio 2011. Disponível em: notícia lida.
livro.page/8V6U121L. Acesso em: 22 fev. 2022.
25
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 25
NOSSO MUNDO: ORIENTAÇÕES Nosso mundo
A atividade desenvolvida no boxe abor- Agora é a sua vez de refletir sobre a maneira como consome notícias ou produtos. No caso das
da uma circunstância importante pela qual notícias, podemos ser ativos e críticos ou passivos, isto é, podemos lê-las ou ouvi-las sem mesmo pa-
todos os países passaram: a pandemia do rar para pensar em seu conteúdo, na relação que há entre as informações contidas no texto e a nossa
vida ou a vida de nosso grupo social.
novo coronavírus e suas consequências
No que se refere ao consumo de bens ou produtos, muitas vezes não nos damos conta de que,
para o meio ambiente. A atividade visa no ato de consumir, podemos impactar nossa saúde ou o meio ambiente. Entretanto, há outra possi-
trabalhar questões de nossa realidade, pro- bilidade, já que podemos avaliar o impacto que certos produtos podem promover em nosso corpo ou
mover a reflexão e incentivar os estudantes no meio em que vivemos.
a buscar soluções para os problemas, par- Leia a notícia a seguir.
tindo de suas próprias experiências e de
maneira que seja possível uma mudança
positiva e substancial no mundo.
Mais de 120 bilhões de máscaras são descartadas por mês nos
oceanos
29/12/2020 às 19:36
Stely Nikolova/Shutterstock
Máscara facial
encontrada em
mar da Espanha.
26
HABILIDADE DA BNCC
Esse boxe se relaciona com a habilidade EF69LP13, uma vez que estimula os estu-
dantes a refletirem sobre um tema de interesse e relevância social.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
26 Língua Portuguesa
e 65 bilhões de luvas plásticas por mês. Como se a quantidade não fosse alarmante o NOSSO MUNDO:
suficiente, o tempo de decomposição desses materiais ainda é indeterminado. RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
Vale lembrar que, além das luvas e máscaras, são descartados nos mares 8 1. Uma grande quantidade de máscaras,
milhões de toneladas de plástico por ano, segundo a organização WWF. Considerando
este aumento, a estimativa é de que até 2050 haja mais lixo do que peixes.
luvas plásticas e materiais hospitalares
O problema do descarte irregular de material plástico nas águas é muito maior
foram parar no oceano.
do que tartarugas morrendo engasgadas com canudinhos. Segundo ambas as 2. Há o risco de a vida marinha se tornar
organizações, a maior preocupação são os fragmentos de microplásticos encontrados escassa. Isso pode provocar falta de
nos sistemas digestivos de animais. Isso é um primeiro passo para que o plástico
alimento.
entre de vez na cadeia alimentar — sim, isso inclui a alimentação humana.
Muitos materiais são de uso hospitalar, então cabe às autoridades a 3. Fazer o descarte adequado do lixo e
responsabilidade de descarte correto. Vale lembrar que a poluição marinha é um usar máscaras de pano.
problema de todos os países. Os objetos viajam nas correntes oceânicas, ou seja,
nenhum estado tem o poder de resolver o problema sozinho. Do ponto de vista de
4. Organize grupos de até cinco estudan
pessoa física, a alternativa é optar pelo uso de máscaras de pano — parece pouco, tes e peça para eles discutirem o tema e
mas uma máscara descartável que deixa de ser usada é um lixo a menos para poluir cumprir a tarefa em tempo previamente
os oceanos. combinado. Em seguida, em uma roda
FADDUL, Juliana. Mais de 120 bilhões de máscaras são descartadas de conversa, permita que eles compar
por mês nos oceanos. CNN Brasil, 29 dez. 2020. Disponível em: tilhem as propostas e registrem-nas em
livro.page/11V6U123L. Acesso em: 13 fev. 2022.
cartazes para, depois, apresentarem à
comunidade escolar.
1. Segundo a notícia, qual impacto a pandemia do coronavírus causou nos 5. Espera-se que os estudantes comen
Não escreva
oceanos? neste livro
tem que houve reflexão, troca de ideias
Use seu
2. Qual é a consequência disso para a vida no planeta Terra? caderno e proposição de solução para o tema
3. Que ações podem ser adotadas para evitar que a situação se agrave? apresentado na notícia. Por isso, a pos
4. Em grupos, listem cinco ações que vocês podem adotar na comunidade escolar para
tura dos leitores foi ativa.
combater a poluição do mar e do ar.
5. Para finalizar, considerando a discussão com os colegas sobre ações para o combate à
poluição do mar e do ar, avalie sua postura diante da leitura da notícia. Ao lê-la, você
pensou em seu comportamento ou no comportamento de sua comunidade para o pro-
blema apresentado? Escreva no caderno a conclusão a que chegou.
Leitura 2
Comentário de leitor
Geralmente, jornais e revistas, impressos ou digitais, disponibilizam um espa-
ço em que o leitor pode manifestar suas opiniões. Isso também ocorre em sites
de notícias, blogs ou redes sociais, já que há clara intenção dos produtores de
conteúdo de estabelecer comunicação com o seu público. Afinal, vivemos em uma
sociedade democrática, cujo traço predominante é o direito à participação cidadã.
Entretanto, esses comentários devem ser escritos de maneira respeitosa, clara e
objetiva para que não se tornem discursos sem sentido ou mesmo que expressem
ideias contrárias ao objetivo desejado.
27
COMPETÊNCIAS DA BNCC
As propostas das atividades 4 e 5 favorecem a reflexão, a discussão e a expressão de
argumentos e valores acerca de problemas relativos aos direitos humanos e à preservação
do meio ambiente, situações presentes em nossa realidade. Portanto, se relacionam com
as competências específicas de Língua Portuguesa 6 e 7.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 27
Não escreva 1. Leia o texto que acompanha a seção de cartas ou comentários de leitores
ATIVIDADES: RESPOSTAS E neste livro do jornal Folha de S.Paulo. É importante destacar que esse texto foi pu-
ORIENTAÇÕES Use seu
caderno
blicado junto aos comentários ou cartas de leitores que você lerá a seguir.
1. a) Espera-se que os estudantes perce Depois, em roda de conversa, façam as atividades a seguir.
bam que os comentários dos leitores po
dem expressar opiniões contrárias à linha Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade
é do autor da mensagem.
editorial do jornal, além de manifestar
COMENTÁRIOS para: Projeto de lei [...]. Folha de S.Paulo, 10 jan. 2022.
ideias polêmicas ou comprometedoras. Disponível em: livro.page/12V6U124L. Acesso em: 13 fev. 2022.
2. a) Texto II: “alguns países, como EUA, 2. Leia as cartas de leitor relacionadas à notícia “Projeto de lei quer proibir
venda e distribuição de sacolas plásticas em SP”.
têm tratamento do lixo, chegando até
mesmo a gerar tipos de adubos, e não
I. Leitor: A.B. 10 jan. 2022 às 15h04
fazem esses lixões a céu aberto”.
De novo esta novela? Os nobres vereadores e deputados deveriam propor
2. b) Texto I: “deveriam propor maior rigor maior rigor nos lixões espalhados pela cidade e estado de SP. Deveriam se
nos lixões espalhados pela cidade e es preocupar em dotar verba para construções de usinas de compostagem;
tado de SP. Deveriam se preocupar em deveriam se preocupar em fazer valer a lei de resíduos sólidos.
dotar verba para construções de usinas
de compostagem; deveriam se preo
II. Leitor: G.S. 10 jan. 2022 às 9h02
cupar em fazer valer a lei de resíduos
Esse vereador está corretíssimo, um dos grandes problemas da
sólidos”.
humanidade é a água potável e o lixo que fatalmente acaba indo para a
2. c) Texto III: “O plástico pagando a conta natureza. Alguns países, como EUA, têm tratamento do lixo, chegando
da ignorância do povo...”. até mesmo a gerar tipos de adubos, e não fazem esses lixões a céu aberto
como aqui. O que acontece aqui é que simplesmente transferem os
problemas de lugares e nada se faz, observem o Tietê, que há muitos anos
se fala em despoluir e nada foi feito até agora, tem que se conservar a
natureza para o futuro.
28
COMPETÊNCIA DA BNCC
As questões 1 e 2 promovem a interpretação de pontos de vistas distintos acerca dos
chamados lixões, nos quais também é possível observar gradações em relação à expressão
de respeito a opiniões divergentes. Já a questão 5, proposta mais adiante, promove o
exercício de produzir comentários que também devem levar em consideração o respeito
ao próximo. Dessa forma, se relacionam com a competência específica de Linguagens 4.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
28 Língua Portuguesa
3. Qual dos três comentários manifesta ironia em relação aos argumentos em Ironia:
defesa do projeto noticiado? Justifique sua resposta. expressão ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Esse trecho indica que seu autor confia no fato noticiado?
usada para
transmitir uma
ORIENTAÇÕES
4. Que efeito emotivo provoca em você e seus colegas o trecho em que não se
mensagem
contrária ao
3. O trecho III manifesta ironia ao dizer que
usam argumentos, somente ironia? que se diz para o plástico vai pagar a conta que seria do
a obtenção de
dose de humor, povo mesmo, já que ele paga sacolas
5. Em duplas, escrevam um comentário de leitor em resposta à mesma notícia
lida nesta Unidade. Sigam as instruções a seguir.
em maior ou
menor grau.
plásticas, impostos etc. O uso da ironia
indica que o autor parece manifestar
Sejam breves, pois não há muito espaço nas seções destinadas à carta do leitor.
Não escreva
descaso em relação ao fato noticiado.
Usem linguagem formal. neste livro
Evitem ironia, gírias ou vocabulário inadequado ao contexto. Use seu
4. Espera-se que os estudantes cheguem à
Usem argumentos para apoiar suas opiniões.
caderno conclusão de que o comentário estimula
descrédito e desconfiança, que ele não
agrega valor para a discussão sobre o
tema.
Linguagem formal refere-se à variante mais próxima da norma-padrão. A
norma-padrão é a variante ensinada na escola. 5. Em dia e hora previamente combinados,
Linguagem informal é aquela em que o sujeito se expressa de maneira peça que as duplas leiam para os cole
coloquial, sem a preocupação com a norma-padrão da língua.
gas a notícia disparadora para a escrita
Norma-padrão é um conjunto de normas da gramática que tem como base estudos
em diversos campos da linguagem. Essas normas foram definidas por pesquisadores e os comentários. Explore oralmente
da língua que consideram os aspectos históricos, o uso e a busca de uma o tipo de argumentos ou exemplos ci
padronização para que todos se entendam durante a comunicação. tados, a adequação da linguagem e a
pertinência da mensagem. Para apoiar
a produção dos estudantes, peça que
Diálogos com Ciências Humanas façam também uma pesquisa de comen
No Dia da Liberdade de Expressão, 28 de setembro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lem- tários de leitor em que se pode notar
brou a data, em 2021, com a postagem a seguir em uma rede social. A publicação abordou questões tom adequado ao contexto de produção.
como liberdade de expressão e discurso de ódio. Depois, mencione como esses comentá
rios menos adequados desestimulam a
Reprodução/Instagram/Cnj_oficial
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 29
DIÁLOGOS COM DIREITO: Em roda de conversa, discuta com os colegas de grupo as perguntas
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES a seguir.
Não escreva
neste livro 1. De acordo com a postagem do Conselho Nacional de Justiça, qual é o
A discussão sobre discurso de ódio Use seu limite entre liberdade de expressão e discurso de ódio?
pode suscitar opiniões contundentes. caderno
Oriente os estudantes a realizarem uma 2. Você já leu algum comentário na internet que considerou ofensivo a si
ou a outra pessoa? Em caso positivo, como se sentiu?
discussão que respeite os colegas e seus
turnos de fala, e que opiniões divergen- 3. Converse com os colegas sobre a atitude que devemos ter ao estabele-
cer comunicação com outras pessoas em espaço público.
tes possam ser debatidas de forma cor-
a) Que palavras ou expressões podem revelar atitude ética e educada?
dial. Ajude-os a perceber que discursos
b) Que atitudes cordiais são adequadas para o bom convívio social?
de ódio, em geral, estão ligados a valores
sociais, religiosos, políticos – assuntos que
devem, de saída, gerar uma postura mode- Comparação entre textos
rada, já que são delicados e passam por
questões subjetivas.
GaudiLab/Shutterstock
1. O discurso não pode afetar os outros,
não pode promover ou manifestar dis
criminação, hostilidade e violência.
2. Permita aos estudantes contar expe
riências pessoais ou de pessoas de seu
grupo. Acolha os que relatarem expe
riências negativas e os ajude a pensar
em como se deve agir nesses casos.
3. a) Bom dia, boa tarde, obrigado(a), com Jornalistas
licença, por favor etc. discutem conteúdo
para produção de
3. b) No transporte público, oferecer as artigo em redação
de jornal.
sento para idosos, gestantes ou pessoas
com dificuldades de mobilidade. Dar pas Nesta Unidade, ao ler notícias e comentários de leitores, você pôde perceber
sagem a pessoas com alguma urgência que textos desses gêneros manifestam, em maior ou menor grau, a opinião de
em diferentes situações, oferecer a mão seus autores. Considerando a parcialidade ou imparcialidade dos textos dos gê-
para cumprimento, entre outros. neros citados, responda:
1. Você acha possível a um profissional da área de comunicação escrever um
COMPARAÇÃO ENTRE TEXTOS: texto completamente imparcial?
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES 2. Em que medida a escolha das palavras e a ordem das informações interfe-
1. Espera-se que os estudantes perce rem na maneira como algo é comunicado?
bam que a imparcialidade total é algo 3. Em qual dos dois gêneros, notícia e comentário de leitor, há mais liberda-
difícil de se atingir, visto que a visão de para a manifestação de opinião de seu autor? Justifique sua resposta.
do autor sobre o tema perpassa a pró 4. Considerando o que estudou até aqui, comente o que acredita ser impor-
pria produção. tante ter em um comentário de leitor.
2. Por meio do sentido das palavras utili 5. De que maneira podemos perceber que o autor de um comentário de leitor
zadas e da maneira como hierarquiza respeitou seu interlocutor, isto é, outros leitores?
as informações, o autor transmite seu
ponto de vista sobre o tema. 30
3. No comentário de leitor é permitido
expressar livremente uma opinião. Já
na notícia, o autor deve ficar atento ao COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA perceberem que escolhas linguísticas são
objetivo comunicativo, que é transmitir a BNCC importantes para a preservação do respeito
informação. e da cordialidade. Uma única palavra pode
Os chamados “discursos de ódio” têm
4. Espera-se que os estudantes percebam levar todo o texto a ser interpretado como
sido muito debatidos pela sociedade, e
que é importante que o comentário se discurso de ódio.
promovem um bom entendimento da im-
refira a trechos da notícia e que comente portância da competência específica de Além da competência mencionada,
assuntos pertinentes ao tema discutido Língua Portuguesa 5. Entretanto, chame as atividades dessa página evidenciam
no texto a que se refere. a atenção para o fato de que qualquer as habilidades EF69LP13, EF67LP02,
5. Pode-se perceber respeito ao interlocu debate precisa ter como parâmetro o res- EF69LP01, EF67LP05 e EF67LP06.
tor quando o autor do comentário usa peito ao próximo. Ajude os estudantes a
linguagem adequada, ou seja, usa pala
vras e termos respeitosos, além do uso
de argumentos adequados, tendo como
foco o que é discutido no tema central
do texto publicado.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
30 Língua Portuguesa
Análise e reflexão
sobre linguagens 3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Texto 2
31
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 31
Texto 3
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. a) Espera-se que os estudantes perce
Professional/Shutterstock
Jovens mudam hábitos sobre
bam que, no caso I, não há verbo, no consumo e buscam compartilhar bens
caso II, há um verbo e, no III, três verbos. BOLZANI, Isabela. Jovens mudam hábitos
sobre consumo e buscam compartilhar bens.
1. b) Espera-se que os estudantes che Amazonas Atual, 16 ago. 2021. Disponível em
guem à resposta de que frase é uma Não escreva
livro.page/16V6U128L. Acesso em: 14 fev. 2022.
32
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
As atividades 1 e 2 dessa seção proporcionam o desenvolvimento de noções de
pensamento computacional ao trabalhar com a decomposição de enunciados para que
se chegue a um modelo de estrutura da língua.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
32 Língua Portuguesa
c) Os enunciados são formados por blocos que se organizam em torno de Não escreva
neste livro
um substantivo e de um verbo.
Use seu
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
d) As palavras organizadoras do enunciado nunca precisam de outras para com- caderno
pletar seu sentido.
ARAÚJO, Annyelle de Santana. As no-
e) As palavras organizadoras de enunciados podem ou não precisar de outras para completar
ções de enunciado para Bakhtin, Fou-
seu sentido. cault e Pêcheux. Linguagem: Estudos e
Pesquisas, Goiânia, v. 18, n. 1, 2014.
Em síntese: Disponível em: livro.page/3V6U133LP.
1. Há enunciados ou frases que contêm um ou mais verbos. A frase que contém um verbo é Acesso em: 6 maio 2022.
chamada de oração. Se houver uma frase com dois ou mais verbos conjugados, teremos duas
O artigo tem por objetivo apre-
ou mais orações.
sentar as noções de enunciados para
2. Uma frase que seja formada por uma oração também é chamada de período. Um período Mikhail Bakhtin, Michel Pêcheux e
com uma única frase é chamado de período simples. Um período com duas ou mais frases é Michel Foucault, destacando os pontos
chamado de período composto.
de aproximação e de distanciamento
3. As orações são compostas de partes organizadas por substantivos ou verbos. A parte cuja entre eles, e a relevância de cada um
palavra principal, isto é, o núcleo, é um substantivo é chamada de sintagma nominal. Aquela para a área de Análise do Discurso.
que tem como núcleo um verbo é chamada de sintagma verbal. Para isso, foi realizado um levantamen-
Exemplos: to bibliográfico de cada autor, a fim de
recolher as concepções de enunciado
uma oração adotadas por eles.
Período simples
Período composto
Eu gosto de períodos longos,/ pois entendo o encadeamento das ideias/ e reflito sobre os
pensamentos do autor.
Oração e período
No nível da estrutura, isto é, no nível sintático, uma oração é estruturada em torno
de um verbo. O período é composto de uma ou mais orações. Quando um período
é formado por uma única oração, é um período simples, e quando ele é formado
por duas ou mais orações é um período composto.
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Língua Portuguesa 33
Termos essenciais da oração e concordância verbal Não escreva
ATIVIDADES: RESPOSTAS E aponta os impactos da pandemia na rotina dos adolescentes brasileiros o Ministro da Educação.
ORIENTAÇÕES 2. Leia a manchete a seguir e responda.
1. a) O verbo “apontar” deve ficar no plu
Pandemia afetou a América Latina de forma desigual
ral: “Os cientistas apontam os impactos “PANDEMIA afetou a América Latina de forma desigual”. Fiocruz 13 maio 2021.
da pandemia na rotina dos adolescentes Disponível em: livro.page/17V6U130L. Acesso em: 14 fev. 2022.
Ink Drop/Shutterstock
1. b) Os cientistas. de forma desigual?
b) Substitua o termo “pandemia”
1. c) O Ministro da Educação. por “as doenças” e explique as
2. a) A pandemia foi o que afetou a Amé mudanças realizadas.
rica Latina de forma desigual. c) Você se preocupa, na produção
de textos orais ou escritos, em
2. b) “As doenças afetaram a América combinar os verbos, em sua fle-
Latina de forma desigual.” Foi preciso xão de número, com os termos
passar o verbo para o plural, pois o ter a que se ligam?
mo que concorda com ele está no plural América Latina é a denominação comum dada ao conjunto de países da
também. América do Sul (em destaque na imagem) e América Central, exceto Belize,
Jamaica, Guiana e Suriname. Faz parte também o México, na América do Norte.
2. c) Resposta pessoal. Aproveite a oportu
nidade para explorar o conteúdo de con
cordância verbal. Comente a regra geral Concordância verbal
Regra geral: o verbo deve concordar com o substantivo a que se refere em número
e destaque que esse conteúdo deve ser
– singular e plural – e pessoa: 1a, 2a ou 3a.
conhecido e visitado sempre que for pre
ciso fazer autocorreção. 3. Até aqui já se pode notar que há uma relação direta entre o sintagma nominal e o sintagma
verbal, isto é, eles estão interligados. Para compreendê-los, copie o quadro no caderno e
preencha-o com as informações retiradas das frases estudadas nas atividades 1 e 2.
O ser de quem se diz algo Aquilo que se diz a respeito do ser citado
MODELO aponta os impactos da pandemia na rotina dos adolescentes brasileiros.
Os cientistas MODELO
O Ministro da Educação MODELO
MODELO afetou a América Latina de forma desigual.
As doenças MODELO
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34 Língua Portuguesa
Ao preencher o quadro, você pode perceber mais claramente
a relação entre os termos. Eles se combinam para estabelecer ATIVIDADES: RESPOSTAS E
uma relação de sentido. Os termos essenciais da oração são O sujeito e o predicado ORIENTAÇÕES
chamados de sujeito e predicado. são os termos essenciais da 1. a) “Revisar e trocar as descargas” se
oração.
Para reconhecer o sujeito, pode-se perguntar ao verbo “quem?”
Sujeito: o ser sobre o qual se
trata de um período composto.
ou “o quê?”. Dessa maneira, descobrimos sobre quem ou o que diz algo. Aquele que combina 1. b) Há três períodos simples: “Individua
se declara algo. Para identificar o predicado, é preciso verificar o em número com o verbo. lizar hidrômetros”; “Reaproveitar água
que se fala sobre o sujeito. Exemplo: Predicado: o que se diz
da chuva” e “Trocar os aquecedores
Quem aponta os impactos da pandemia na rotina dos ado- sobre o sujeito.
centrais”.
lescentes brasileiros? Pesquisa da Fiocruz – sujeito.
1. c) A forma infinitiva do verbo intensifi
O que se declara sobre a Pesquisa da Fiocruz? Que ela aponta os impactos
ca o tom imperativo do texto, indicando
da pandemia na rotina dos adolescentes brasileiros – predicado.
que é um comando a ser seguido pelo
A pontuação e o período composto leitor.
Já vimos que o período composto reúne mais de uma oração. Nesses casos,
1. d) “Revisar, trocar as descargas, indivi
as orações podem se combinar de maneiras muito diferentes. Vejamos agora so- dualizar hidrômetros, reaproveitar água
mente uma das possibilidades. da chuva e trocar os aquecedores cen
trais.” Regra: em período composto por
1. Leia o cartaz e faça o que se pede.
coordenação, usa-se vírgula para separar
a) Identifique um período composto. Não escreva
as orações independentes e o conectivo
Reprodução/Banca dos Síndicos
neste livro
b) Quantos períodos simples há no cartaz?
Use seu “e” antes da última oração. Apoie os es
c) Comente o uso dos verbos no infinitivo. caderno
Como essa forma verbal contribui para in- tudantes na formulação da regra. Ouça as
tensificar o tom argumentativo do cartaz? sugestões e depois faça com eles a reda
d) Reúna as orações em um único período ção final da regra para garantir que todos
composto, usando vírgulas e o conectivo e. tenham o registro adequado para estudo.
Depois, formule uma regra para a pontua-
ção do período composto por orações in-
1. e) Espera-se que os estudantes perce
dependentes. bam que o objetivo é reforçar a mensa
e) O cartaz associa orações curtas e inde- gem e convencer as pessoas a agirem
pendentes a figuras. Em que medida essa de maneira a economizar água.
combinação reforça o objetivo comunica-
tivo do cartaz?
35
HABILIDADES DA BNCC
As atividades desta página mobilizam as habilidades EF69LP04 e EF69LP17, uma
vez que lidam com a análise dos efeitos de sentido de um texto publicitário, buscando
identificar como o tempo verbal e a estrutura oracional curta fortalecem a persuasão no
cartaz. Além dessas habilidades que enfatizam o trabalho com gênero textual, as ativida-
des em questão abrangem as habilidades EF06LP07 e EF67LP33, ligadas a questões de
língua, já que tratam de períodos compostos por coordenação e da pontuação adequada
de textos.
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Língua Portuguesa 35
2. Leia a imagem e responda às questões.
Liniers/Fotoarena
A LINGUAGEM NA PRÁTICA:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
1. a) O personagem é o gato. Se achar
conveniente, informe aos estudantes
que o recurso de atribuir características
humanas a animais ou objetos é chama LINIERS. Macanudo. Trad. Claudio R. Martini. São Paulo: Zarabatana Books, 2014. n. 7, p. 28.
do de “personificação”. O tema figuras a) Identifique um personagem que tenha característica humana, mas que não
de linguagem será estudado em outra é humano.
Unidade deste volume. b) Ao olhar para o céu, esse personagem estabelece uma relação de igualdade
entre elementos distintos. Explique essa relação de igualdade.
1. b) O gato vê na nuvem a própria ima
gem, a imagem da nuvem lhe parece
36
igual a sua própria imagem. Se achar
conveniente, informe aos estudantes
que o recurso de usar uma palavra ou
expressão em lugar de outra, conside HABILIDADES DA BNCC
rando entre elas um ponto de seme Analisar a imagem e a tirinha propicia o desenvolvimento da habilidade EF69LP05,
lhança (estabelecido mentalmente), é já que os estudantes precisarão inferir e justificar os efeitos de humor em dois textos
chamado de “metáfora”. multissemióticos. No caso da tirinha, por citar a figura de linguagem “personificação”, é
trabalhada também a habilidade EF67LP38. Além disso, a atividade 2. e), por tratar de
pontuação, ajuda a desenvolver a habilidade EF67LP33.
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36 Língua Portuguesa
c) O segundo quadrinho não apresenta texto verbal. Como você interpretaria Não escreva
a troca de olhares entre os dois personagens? Que tipo de mensagem é neste livro A LINGUAGEM NA PRÁTICA:
trocada? Use seu
caderno
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
d) Comente o sentido da palavra insuportável no texto. Há ironia no uso des- 1. c) Resposta pessoal. É possível que a
se termo? garotinha tenha realmente percebido a
e) Você gosta do tom poético da tirinha? Como se pode perceber lirismo na obra? semelhança entre a nuvem e o gato, e
f) O primeiro quadrinho apresenta texto curto e conciso. Classifique o período
Devaneio:
relativo a
seu olhar tenha sido uma confirmação
presente na imagem. devanear. dessa percepção. Já o gato olhava para
Devanear:
g) Em que medida a frase curta reforça a impressão de devaneio e imagina- imaginar, a garotinha esperando sua resposta.
ção? Você já devaneou ao olhar nuvens no céu? sonhar, divagar.
1. d) Ao usar o termo, ela sugere que
2. Leia o lide de uma notícia sobre jovens cientistas do Nordeste brasileiro. ele está vaidoso, sentindo-se especial.
Há ironia, pois ela acha que ele estará
exagerado.
1. e) Resposta pessoal. Espera-se que os
Cuca Ambiental aproxima jovens de Fortaleza da natureza estudantes percebam que há expres
Fortaleza – CE. Voltado para ações de educação, inclusão e temas socioam- são de beleza e afeto. As imagens e os
bientais, o Programa Cuca Ambiental, da Rede Cuca, iniciativa da Prefei- textos são imaginativos e estimulam o
tura Municipal de Fortaleza (PMF), já beneficia 115 jovens de forma direta leitor a criar imagens para o contexto
e indireta. O programa objetiva promover a conservação do meio ambiente e
estimular a participação dos jovens em temas ambientais. O Projeto trabalha
narrativo. Explore com os estudantes o
a Educação Ambiental como um direito e melhoria para a qualidade de vida. objetivo comunicativo da notícia e da ti
[...] rinha. Comente que a primeira pretende
comunicar, informar, por isso a lingua
Acervo do Programa Cuca Ambiental
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Língua Portuguesa 37
Não escreva c) Quantas orações há no título? Justifique sua resposta.
A LINGUAGEM NA PRÁTICA: neste livro
d) É período simples ou composto?
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES Use seu
caderno e) Quem já beneficia 115 jovens de forma direta e indireta?
2. c) Uma oração, pois só há um verbo, f) Conforme o que você aprendeu nesta Unidade, como a expressão Cuca
“aproxima”. Ambiental, da manchete, pode ser classificada, de acordo com os estudos
sobre o funcionamento da língua?
2. d) Período simples. g) Qual é o predicado do último período do lide?
2. e) O Programa Cuca Ambiental. 3. Leia a legenda da foto publicada em reportagem de jornal diário e faça o
2. f) A expressão pode ser classificada que se pede.
como sujeito.
Kaspars Grinvalds/Shutterstock
2. g) O predicado é “a Educação Ambien
tal como um direito e melhoria para a
qualidade de vida”.
3. a) Explore com os estudantes a maneira
como consomem cultura. O que assis
tem? Quanto tempo se dedicam a essa
experiência? Que critérios usam para Plataformas de
streaming contribuem
escolher filmes ou séries? Caso não as para o fortalecimento
sistam, por que não o fazem? Procure do hábito de
maratonar séries.
ressaltar que essa prática deve estar em
equilíbrio com as demais tarefas que to SOUZA, Roberta. O que estimula o hábito de maratonar séries?: “Já
passei 14h seguidas assistindo episódios”. Diário do Nordeste, 31 jan. 2022.
dos devemos cumprir. Disponível em: livro.page/21V6U134L. Acesso em: 4 fev. 2022.
3. b) O sujeito da oração é “Plataformas de
a) Você assiste a séries? Em caso positivo, de qual mais gostou?
streaming”. b) Qual é o sujeito da oração?
3. c) Porque o sujeito está no plural. c) Por que o verbo contribuem está no plural?
3. d) Plataforma de streaming contribui d) Passe o verbo para o singular e faça as modificações necessárias.
para o fortalecimento do hábito de ma 4. O meme a seguir pretende levar o leitor a pensar sobre hábitos de consumo.
ratonar séries. Releia-o e reflita sobre os elementos que o compõem.
38
HABILIDADES DA BNCC
As atividades 2 e 3 envolvem a classificação de períodos simples e compostos e o
emprego adequado de regras de concordâncias nominal e verbal. Portanto, dialogam com
as habilidades EF06LP06 e EF06LP09.
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38 Língua Portuguesa
a) Por meio da imagem, pode-se inferir a relação que se estabelece entre os per- Não escreva
sonagens. O que se pode imaginar sobre a relação entre eles? neste livro A LINGUAGEM NA PRÁTICA:
b) As expressões ainda bem e né revelam uma certeza do emissor da mensa-
Use seu
caderno
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
gem. Qual é essa certeza? 4. a) Segundo a imagem, há uma relação
c) A expressão do jovem sentado parece contrariar essa certeza. Que marcas revelam isso? terna e amorosa entre os dois. Tem-se
d) Considere que o interlocutor seja você. Como responderia a essa pergunta? a impressão de que são familiares, pos
5. Em duplas, comparem as duas imagens abaixo e identifiquem semelhanças e diferenças, sivelmente mãe e filho.
conforme:
4. b) De que o interlocutor usa sacolas
a) o assunto; b) o objetivo comunicativo.
para separar lixo para reciclagem.
Cartaz de 4. c) No primeiro quadro, a expressão dele
Reprodução/ASBRAN
A campanha de
conscientização parece tensa. No segundo quadro, o
sobre o consumo
de açúcar, da
efeito de zoom confere mais tensão ao
Associação olhar do rapaz.
Brasileira de
Nutrição (Asbran). 4. d) Resposta pessoal. Converse com os
estudantes sobre a intenção comunicati
va do meme. Ele problematiza a questão
do descarte de resíduos e busca provo
car o leitor a pensar em seus hábitos de
consumo.
5. a) As duas imagens abordam os malefí
CAMPANHA da Asbran alerta sobre consumo de cios do consumo de açúcar.
açúcar. Asbran, 31 out. 2014. Disponível em: livro.
5. b) O cartaz pretende sensibilizar o leitor
Reprodução/Editora L&PM
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Língua Portuguesa 39
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Prepare-se
Não se esqueçam de levar caderno e caneta para anotar as respostas dos
entrevistados. Você e o colega devem combinar a ordem das perguntas e quem fará
cada uma delas. Dessa maneira, os dois perguntam e anotam, de maneira alternada.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
40 Língua Portuguesa
7. Escrevam uma linha fina ampliando um pouco mais as informações do título,
de modo a despertar o interesse pela leitura do texto. PRÁTICA DE PESQUISA
8. No canto esquerdo da margem, após a linha fina, coloquem seus nomes A atividade proposta nesta seção
completos (autores do texto) e a data de publicação do texto. possibilita que os estudantes desen-
9. Escrevam um primeiro parágrafo com as principais informações coletadas, volvam noções de prática de pesquisa,
ou seja, o lide da notícia. Escolham em que ordem as informações da tabela nesse caso, a coleta de dados a partir
do lide devem aparecer. de entrevistas. Se julgar pertinente,
10. Escrevam mais dois parágrafos que contenham algumas informações extras converse com os estudantes sobre as
e um pequeno trecho de entrevista para exemplificar o que foi dito sobre o características desse método de coleta
tema (não esqueçam o uso das aspas, caso vocês reproduzam literalmente de dados. Oriente-os sobre as etapas de
a fala de algum participante). execução, por exemplo, elaboração do
11. A linguagem utilizada deve ser objetiva e adequada do ponto de vista or- roteiro de perguntas, contato com os
tográfico, gramatical e de pontuação. Aproveitem o que estudaram na Se- entrevistados, registro dos dados cole-
ção 3 e construam frases bem estruturadas, coerentes entre si, e evitem que tados e apresentação dos resultados.
sejam grandes demais.
12. Evitem inserir opiniões pessoais. Elas aparecem apenas nos trechos das fa-
las de pessoas entrevistadas.
13. Vocês poderão usar uma ou duas expressões regionais que diferenciem o
falar de sua comunidade em relação a outras.
14. Selecionem uma imagem (fotografia ou ilustração) para a notícia. A imagem
deve vir acompanhada de uma legenda explicativa.
Revisão e avaliação
1. Realizado o rascunho, façam uma autoavaliação do texto, observando se to-
dos os tópicos mencionados anteriormente foram bem realizados.
2. Em seguida, passem o texto a limpo e troquem com outras duplas, para que
os textos passem por uma segunda revisão. Você e o colega também devem
verificar se, no texto recebido, todos os itens mencionados na etapa anterior
foram bem executados.
3. A correção pode conter: reformulações, cortes, acréscimos, correções orto-
gráficas, gramaticais e de pontuação.
4. Após a apreciação e a avaliação da revisão feita pelos colegas (vocês podem
concordar ou não com a revisão realizada por eles), passem o texto a limpo
novamente (ou digitem-no) e entreguem ao professor.
Publicação
Os textos devem ser publicados em mídia que circule na comunidade escolar:
jornal, site ou rede social da escola, blog da turma etc.
Combine com o professor a divulgação da notícia. Afinal, todos ficarão curio-
sos para saber como a pandemia impactou os hábitos das famílias da comunidade
da escola.
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Língua Portuguesa 41
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Fechamento da Unidade
O Fechamento tem o objetivo de re-
tomar os principais conceitos vistos na
Unidade, já que eles são importantes para
a progressão da aprendizagem. Aproveite Retomar e avançar
Não escreva
neste livro
para recuperar também o tema estudado
Nesta Unidade, você leu notícias e pôde verificar como os leitores estabelecem Use seu
e os objetos de conhecimento apresenta- caderno
relação de sentido com esses textos e como essa resposta pode ser realizada de
dos. Caso algum ponto permaneça pouco
maneira ativa e ética por meio dos comentários de leitores.
compreendido pelos estudantes, recomen- Para auxiliar o estudo, foram trabalhados alguns recursos linguísticos que caracterizam a lin-
da-se a elaboração de atividades extras guagem utilizada nesses textos.
ou a própria retomada das atividades Agora, em duplas, façam uma revisão do que foi visto para seguirem adiante.
realizadas.
1. De que você gostou mais de estudar? O que você já sabia? E o que foi novidade?
Aproveite este momento para comentar
2. Organize seu aprendizado preenchendo um quadro de conteúdos. Copie o modelo no seu
a proposta de Projeto Anual. Mencione as
caderno ou em uma folha maior, para facilitar a consulta em outro momento.
principais informações, que são do inte-
resse dos estudantes, apresentadas neste a) Quais são as características do gênero no-
MODELO
Manual, relativas ao projeto. tícia e do comentário do leitor?
b) Como se caracteriza a linguagem da notícia
RETOMAR E AVANÇAR: e do comentário do leitor?
MODELO
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
c) Quais são as características de fato e opi-
1. Alguns estudantes podem dizer que já MODELO
nião em notícias e em comentários do leitor?
conheciam notícia e comentário de lei
d) O que entendi sobre os termos essenciais
tor. Mesmo assim, tente fazê-los lembrar MODELO
da oração e a concordância verbal?
de algum detalhe ou alguma informação
e) O que entendi sobre os procedimentos para
que ainda não conheciam ou peça que a elaboração de uma notícia?
MODELO
ressaltem algo que tenha chamado mais
a atenção. 3. Como o lide pode confirmar a confiabilidade de uma notícia?
2. A sugestão de desenhar o quadro numa 4. Converse com o colega so-
stockfour/Shutterstock
folha maior é para tornar familiar aos bre o que você teve facilida-
estudantes métodos de estudo. A elabo de e o que restou de dúvidas
ração de tabelas simples contribui para ao procurar responder as ati-
vidades desta seção. Peça a
a produção posterior de mapas mentais.
ajuda dele para responder o
2. a) A notícia apresenta o lide e, depois, que falta e ajude-o também Ainda tenho uma
dúvida sobre o
nos parágrafos seguintes, desenvolve o com as dúvidas dele. gênero notícia.
texto. O comentário do leitor deve regis
trar informações, impressões ou mesmo
opinião sobre o conteúdo do texto lido.
2. b) A notícia deve ter linguagem clara e
Aproveite esse momento para
direta, estar de acordo com a norma-pa trocar ideias com seus colegas e
sanar dúvidas.
drão, ser escrita em 3a pessoa e manter
a imparcialidade. Já o comentário do lei
tor pode ter linguagem coloquial e ser 42
escrito em 1a pessoa.
2. c) O registro dos fatos está pautado
na checagem de informações, realizada 2. e) Espera-se que os estudantes percebam que a notícia possui uma estrutura bem de
por meio de entrevistas, investigação ou finida, ainda que apresente variações de acordo com o suporte em que é publicada. Em
pesquisa. Já a opinião baseia-se em re resumo, compreender os processos de elaboração desse gênero é entender que a escrita
pertório de informações ou valores do da manchete, do lide e do corpo textual é feita a partir de uma linguagem mais objetiva,
leitor. cuja principal intenção é informar.
2. d) Espera-se que os estudantes tenham 3. As informações oferecidas pelo lide podem ser confirmadas em outras fontes de
compreendido que os termos essenciais informação.
da oração são sujeito e predicado. A re 4. Ao final de Retomar e avançar, verifique se os estudantes tiveram suas dúvidas solu
gra geral da concordância verbal se re cionadas com os colegas. Recupere conceitos que ainda permaneçam incompreendidos.
fere à combinação em número e pessoa
entre o verbo e o termo a que se liga,
isto é, ao sujeito.
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42 Língua Portuguesa
Projeto Telejornal: etapa 1 PROJETO TELEJORNAL: ETAPA 1
Oriente os estudantes a pedirem que os
A locução de notícias pais escrevam uma permissão no caderno
para a publicação da imagem em vídeo
Você já assistiu a telejornais? Percebe como os locutores usam o tom de voz? Como eles se
dos estudantes. Arquive as autorizações
comportam ao ler o título das notícias? Para encerrar esta Unidade, você e sua dupla deverão adap-
tar a notícia escrita para uma notícia de telejornal.
na secretaria da escola e compartilhe as
autorizações com o coordenador e com
Planejamento e produção o diretor.
Para a realização do trabalho, sigam as etapas a seguir. Prepare-se Para a promoção de aprendizagem co-
1. Leiam a notícia em voz alta e ensaiem a leitura. Vocês podem
laborativa, essa atividade pode ser execu-
No dia da gravação,
dividir o texto e cada um lê uma parte, assim como ocorre em tada por algum integrante do grupo que
lembrem-se de carregar
grande parte dos telejornais. a bateria do celular, de tenha conhecimento ou facilidade no uso
2. Evitem risos. O locutor do telejornal deve manter a seriedade. organizar o espaço para de computador e aplicativos. Estimule os
3. Leiam o texto diversas vezes para colegas ou para um adulto e a gravação, garantindo estudantes a compartilharem com os co-
peçam que avaliem se algo precisa ser alterado, antes de gravar que a luminosidade legas os aplicativos que eles conhecem ou
a locução. e o cenário sejam
auxilie-os a pesquisar em sites de busca
adequados e que não
4. Em dia e hora previamente combinados, gravem a notícia em um
haja ruídos externos que por aplicativos gratuitos para gravação e
celular ou computador. atrapalhem a audição edição de vídeos.
das falas.
Revisão e avaliação
HABILIDADES DA BNCC
1. Avaliem se a leitura ficou clara, bem audível, sem pausas ou hesitações.
A primeira etapa do projeto desenvolve
2. Observem também se não apareceram ruídos externos, como barulho de pessoas, automó- a habilidade EF69LP10, já que os estu-
veis, animais etc.
dantes produzirão, em dupla, uma notícia
3. Se necessário, realizem novamente a gravação. para um telejornal, tendo como orientação
Publicação uma notícia antes escrita. Esse movimento
de adaptação envolve, por conseguinte, a
1. Conforme orientação do professor, publiquem o trabalho em site ou rede social da escola,
ou blog da turma. compreensão do contexto de produção e
domínio desse gênero pertencente à es-
2. Essa etapa de trabalho irá compor, posteriormente, o pro-
jeto anual de criação de um telejornal.
fera jornalística. Além disso, esse traba-
lho requer estratégias de planejamento e
elaboração do texto oral em vídeo, além
Reprodução/Editora Moderna
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Língua Portuguesa 43
CONTEÚDOS E OBJETIVOS DA
UNIDADE
O que é ser feliz
2
UNIDADE 2
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44 Língua Portuguesa
p orâ n e o
em
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Tr
Te m o nt
Processo de
ans
Envelhecimento,
aC
ve rs a
Respeito e
Valorização do
Idoso
A abertura da Unidade apresenta uma
l
sequência da rotina de pensamento ver–
sentir–refletir. As rotinas de pensamento
Quando você ouve a palavra idoso, que imagem vem à cabeça? são sequências simples, de três ou quatro
Segundo pesquisas recentes, quase um quinto da população brasileira é composta de passos, que estruturam o pensamento do
pessoas com 60 anos ou mais, ou seja, dos aproximadamente 210 milhões de habitantes
estudante, a fim de desenvolver a com-
do país, quase 38 milhões são oficialmente idosos. Esse dado revela que, com o avanço da
tecnologia e com melhores condições de saúde e bem-estar, as pessoas estão vivendo mais
preensão. São estratégias potentes para
tempo e com mais qualidade. motivar a curiosidade, interesse e para
A velhice é a fase mais longa da vida, iniciando aos 60 anos (de acordo com docu-
resgatar conhecimentos prévios, por isso,
mentos reguladores oficiais) e sem previsão de quando acaba. E é por isso que podemos geralmente, são aplicadas na introdução
encontrar idosos com estilos de vida muito diversos, dependendo de seus hábitos desde de um tema. Elas ativam ações específicas
a infância. O que se sabe hoje é que alimentação saudável, prática regular de atividades de pensamento que, ao serem realizadas
físicas e mentais e manutenção do convívio social podem ajudar a desfrutar a velhice de com frequência, estimulam padrões que
um jeito agradável. se expandem para diferentes contextos.
Quantos anos tem a pessoa mais velha que você conhece? E até quantos anos você Os benefícios pedagógicos atingidos com
gostaria de viver? Você já se imaginou na velhice? essas rotinas são o desenvolvimento das
capacidades cognitivas de descrever, inter-
Perfect Wave/Shutterstock
1. Observe com atenção a imagem. Que situação ela retrata? Cite elementos da imagem pretar e refletir.
que comprovam sua hipótese.
2. Que sensações a fotografia provoca em você? CONHECIMENTOS PRÉVIOS
3. Escreva uma breve narrativa sob o ponto de vista de um dos personagens retratados: Nesta Unidade, alguns conteúdos já vi-
Seria você no futuro? Seria seu avô ou avó? Por que seu personagem desejou participar sitados pelos estudantes nos Anos Finais
dessa atividade? do Ensino Fundamental I serão recupera-
dos para que possam ser aprofundados e
dar sequência aos estudos. Dessa forma,
atividades diagnósticas podem ser apli-
cadas para recuperar tais conhecimentos
e verificar se precisam ser aprofundados
para o bom andamento dos trabalhos. Su-
gerimos, também, uma abordagem inicial
em relação ao tema transversal tratado
na Unidade. Para isso, faça uma roda de
conversa e convide os estudantes a com-
partilharem opiniões e experiências em
relação ao que eles pensam sobre o tema
Respeito e valorização do idoso. Pergun-
te a eles se consideram um tema impor-
A prática de esportes é uma ótima maneira
de se manter saudável e motivado em tante de ser discutido em sala de aula e
qualquer idade, inclusive na velhice. se acreditam que abordar conteúdos de
relevância social em disciplinas escolares é
importante. A intenção é propiciar o deba-
45
te para que eles percebam como os conhe-
cimentos apreendidos existem para serem
aplicados na vida cotidiana e como nossa
ATIVIDADES: RESPOSTAS E 3. Peça que escrevam uma pequena nar- vida envolve uma infinidade de situações
ORIENTAÇÕES rativa livre no caderno e compartilhem que devem ser regidas por valores éticos.
1. Espera-se que os estudantes observem com os colegas. No momento de troca,
que a imagem mostra idosos praticando incentive-os a comentar sobre as pesso-
surfe, o que é confirmado pela dispo- as idosas do convívio deles e apresente
sição das pessoas em uma praia, com outros exemplos que os ajudem a desfa-
trajes apropriados para o esporte e pran- zer estereótipos.
chas de surfe.
2. Deixe os estudantes à vontade para ex-
pressarem oralmente os sentimentos que
a fotografia evoca neles. Esses momentos
de leitura, análise e reflexão lhes permitirão
criar uma pequena narrativa com um dos
personagens do retrato como protagonista.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 45
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Caminhos
A Seção Caminhos tem como proposta
preparar os estudantes para conteúdos e
atividades que serão trabalhados ao lon- Há relacionamentos que
go da Unidade. Dessa forma, sugerimos iniciam na juventude
e podem durar a vida
que essa Seção seja lida e discutida de toda; mas há também
forma coletiva, para que eles tenham mais relacionamentos que já
começam na velhice.
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consciência do caminho a ser percorrido
e, assim, possam construir uma relação
ativa no processo de ensino e aprendi-
zagem. Converse com eles, no início e
durante os estudos desta Unidade, sobre
a importância de exercitar a empatia, o
diálogo e o respeito com base nos pro- Os principais objetivos de aprendizagem para esta Unidade são:
cessos de envelhecimento – isso propor- conversar, expor suas ideias e ouvir conhecer as regras de acentuação;
cionará mais espaço para a abertura, o as dos colegas sobre o processo de reconhecer as estruturas das palavras em
acolhimento e a valorização da diversi- envelhecimento; língua portuguesa;
dade de indivíduos e de grupos sociais. ouvir podcasts de resenha e de entrevista; identificar a formação de palavras com
Além disso, sobretudo nos momentos de ler resenhas; prefixos indicativos de negação;
atividades voltadas para a apropriação reconhecer palavras-chave; produzir uma entrevista para um podcast.
da linguagem escrita, b usqueformas de
mostrar aos estudantes de que modo tais
atividades contribuem para exercitar uma
boa argumentação com base em fatos,
dados e informações confiáveis e como Para que esses objetivos sejam atingidos,
DC Studio/Shutterstock
isso contribui para formular, negociar e você praticará alguns procedimentos:
defender ideias e pontos de vista. fará atividades individuais, em duplas
e em grupos, debatendo questões
relevantes relacionadas ao convívio em
espaços coletivos;
vai analisar a transcrição de um
podcast com uma apreciação de
animação, compreendendo a finalidade
comunicativa desse texto oral e suas O desenvolvimento de animações
é um trabalho minucioso que
características; busca comunicar ideias.
lerá uma resenha, publicada em sites especializados;
terá contato com o gênero entrevista;
vai ter oportunidade de estudar algumas convenções da língua escrita, como pontuação e
acentos gráficos;
e, ao final desta Unidade, produzirá uma entrevista para ser veiculada em um podcast.
46
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
46 Língua Portuguesa
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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Para esta Unidade, você vai preci-
sar de alguns recursos:
Com relação aos recursos necessários,
dicionário impresso ou on-line;
será importante o uso de aparelhos que
dispositivo digital com acesso à tenham gravador de áudio e que acessem
internet; a internet, principalmente para a realiza-
gravadores de áudio (pode ser o ção de atividades que trabalham podcast e
aparelho de telefone celular). entrevista. Embora muitas pessoas utilizem
celular diariamente, recurso indicado para
o trabalho em questão, tenha cuidado para
que nenhum estudante fique constrangido
por não conseguir realizar a atividade por
causa de alguma dificuldade tecnológica
ou por não possuir determinado aparelho.
Se possível, converse também com os res-
As relações entre pessoas de gerações
ponsáveis dos estudantes, para que eles
diferentes contribuem para o crescimento estejam cientes da possibilidade do uso
pessoal e da humanidade.
do celular dentro da rotina de estudos, de
modo que compreendam a importância da
utilização das tecnologias de forma crítica
para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos e
exercer autoria. Por fim, é possível ampliar
os conteúdos e realizar projetos escola-
res baseados nessas propostas, como um
podcast mensal na escola, uma imprensa
estudantil, um jornal ou uma rádio escolar
O conteúdo desta Unida- com entrevistas e outras atividades.
de tem, sobretudo, a finali-
dade de ajudá-lo a expressar
opiniões e impressões sobre
produtos culturais usando
bons argumentos, de modo
a incentivar outras pessoas a
stockfour/Shutterstock
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Língua Portuguesa 47
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
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48 Língua Portuguesa
Analisando as atuações
• Identifique se as atuações funcionaram bem ou não: Você acreditou nos personagens? Isso não
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
é a mesma coisa que gostar dos personagens, mas acreditar que eles eram reais. [...]
Analisando os elementos Em roda de conversa, faça uma leitura
• Examine o cenário e o ambiente: O cenário se encaixa na cena? As ações do ambiente distraem acompanhada do guia. Ao longo da ativi-
ou roubam sua atenção da cena principal? O ambiente é crível ou fantasioso demais? dade, explore o sentido das palavras e das
• Analise o figurino e os objetos de cena: O que os personagens estão vestindo? De que maneira o expressões e garanta que todos os estu-
figurino compõe o clima da cena? [...] dantes se apropriem do conteúdo do texto.
• Os figurinos são adequados? Ou são muito chamativos? (Use esse item apenas quando neces-
sário, como em um drama de época, por exemplo.)
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
• Observe como a música se encaixa: Ela rouba a atenção ou é bem suave na cena? De que ma-
neira a música ajuda na evolução da história? ORIENTAÇÕES
Analisando as técnicas de filmagem 1. Destacar as palavras-chave não é uma
• [...] Examine o ritmo e a organização: O filme flui bem ou é muito instável? Muito rápido? Muito atividade simples. Para auxiliar os estu-
lento? O filme segue alguma ordem ou é confuso? [...] dantes, proponha que as palavras-cha-
• Comece com a introdução: Fale sobre o histórico do filme, sobre as expectativas, sobre os atores ve do primeiro item sejam escolhidas
e cineastas envolvidos, etc.
coletivamente.
• Inclua um breve, porém útil, resumo da trama: só tome cuidado para não contar o final. Não
conte partes importantes e não dê muitos detalhes. 2. Neste momento, é importante valorizar
• Discorra sobre as diferentes partes destacadas [...]. o que os estudantes julgam interessante
• Tente ligar sua conclusão com sua introdução: O filme atingiu as expectativas? Qual é a sua saber do filme. Talvez, descobrir se os
opinião geral? Use sua opinião baseada em uma boa análise e fatos. atores passaram por alguma mudança
Obviamente, trata-se da sua crítica, portanto deixe claro seu ponto
de vista, intelectualmente falando. Você pode dar uma nota, em
corporal seja interessante para uma tur-
uma escala de 1 a 10. Deixe tudo bem claro.
Cada tipo de leitura pede ma e não para outra.
um procedimento específico.
[...]
Estudar para uma avaliação 3. Estabeleça uma maneira para que todos
Nem é tão difícil assim, não é mesmo? Comece a fazer esse ou preparar um seminário possam participar, por exemplo, levan-
exercício de análise de filmes que em pouco tempo você verá o ci- são situações que demandam tando a mão e estipulando uma ordem
nema com outros olhos. leituras diferentes daquelas
Até mais!
para as falas. É muito importante, nesta
feitas para se distrair ou
buscar uma palavra no
atividade, orientar os estudantes a res-
PIGNATARI, Carolina. 5 passos para analisar um filme. Canal do ensino: guia de
educação, [S.l.]; [20--]. Disponível em: livro.page/1V6U249L. dicionário, não é mesmo? peitarem os turnos de fala de cada um.
Acesso em: 3 fev. 2022. Na leitura de estudo, por
exemplo, é sempre útil
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA
destacar os termos e as
1. Em trio, destaquem as palavras-chave de cada item que, se-
ideias centrais de cada BNCC
gundo o texto, precisa ser observado para se fazer uma boa
análise de filme. parágrafo. Essa é uma As atividades desta página ajudam
maneira de garantir que o
a desenvolver a Competência geral 4
2. Releiam as palavras-chave selecionadas. Com base nelas, conteúdo será apreendido.
elaborem um guia próprio de apreciação, isto é, um planeja- Chamamos de palavras-chave
e a Competência específica de Lingua-
mento daquilo que precisa ser observado com mais atenção aquelas que representam a gens 5, já que levam o estudante a usar
enquanto assistem a um filme. Se preferirem, vocês podem ideia central de determinado da linguagem para expressar e partilhar
acrescentar pontos ou desconsiderar outros, dependendo texto. Elas também servem experiências e a desenvolver um senso
do gênero de filme a que vão assistir. de referência para pesquisa.
estético com base na conversa sobre fil-
Quando se conhece as palavras-
3. Em roda de conversa, compartilhem o guia e, depois, publiquem- -chave de um assunto, fica mais mes. De igual modo, a roda de conversa
-no em redes sociais ou no site da escola. Para aprimorar o traba- simples fazer buscas precisas e propicia que os estudantes respeitem os
lho, conversem sobre filmes a que já tenham assistido e gostado eficientes. turnos de fala, o que envolve a habilidade
e façam uma lista de cinco deles para sugerir aos leitores.
EF67LP23.
49
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
VIVA: a vida é uma festa. Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina. EUA: Walt Disney Pic-
tures, 2018. (95 min.)
A animação conta a história de Miguel, um garoto cujo sonho é se tornar um músico
de sucesso, mas sua família não aprova sua escolha. Com a ajuda de Héctor, parte em
uma jornada que desvendará a história de sua família, que baniu a música por gerações.
A história, que se desenrola no México, explora a cultura e os valores mexicanos, dando
destaque positivo à valorização da diversidade.
MINHAS tardes com Margueritte. Direção: Jean Becker. França: 2010. (82 min.)
História de uma amizade que surge quando Germaine se senta ao lado de Margueritte
em um banco de praça e descobre sua paixão pela literatura. Margueritte, que tem 95
anos, revela a Germaine que está perdendo a visão. Ele percebe que poderá ajudá-la
nessa nova fase de sua vida. O filme destaca os valores da amizade e da solidariedade.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 49
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. Oriente uma leitura mais detalhada do
cartaz, tanto dos textos verbais quanto
dos não verbais. A dedução de que se
trata de um cartaz de filme pode ser
feita com base na informação “Breve nos
cinemas”, na indicação da tecnologia 1. O que o cartaz divulga? Que elementos comprovam a sua hipótese?
3D ou pelos nomes dos estúdios que o Não escreva
neste livro 2. Você conhece essa história? Converse com a turma sobre o que sabe a respeito dela.
produziram. Use seu
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50 Língua Portuguesa
Leitura 1 PODCAST: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
Podcast 1 a 4. Esses questionamentos podem ser
Antes de iniciarmos, converse com os colegas sobre as questões a seguir. trabalhados usando uma estratégia
de aprendizagem ativa conhecida
1. Você sabe o que é podcast? como “conversa de papel”. Cada
2. Você ou alguém do seu convívio costuma ouvir programas de rádio?
pergunta deve ser escrita em uma
folha de cartolina. Em turmas gran-
3. Para você, qual é a principal diferença entre podcast e um programa de rádio? des, deve-se usar mais de uma
cartolina com a mesma pergunta.
4. Você gostaria de indicar algum podcast aos colegas?
Essas folhas são distribuídas em di-
ferentes locais da sala de aula, e os
O texto a seguir é a transcrição de um episódio de podcast sobre o filme Up: Altas aventuras. estudantes devem se organizar em
UP: ALTAS AVENTURAS
grupos, de acordo com o número de
cartolinas. Eles devem circular pela
Começa agora mais uma edição da série "Pauta Musical – Especial Cinema: Um passeio pela magia sala para responder às questões
da música no universo sonoro cinematográfico". propostas nos cartazes. É importan-
Depois de muito sonhar em viajar pelo mundo, um velhinho embarca em uma incrível aventura e te que todos respondam às quatro
acidentalmente leva com ele um menino. Essa é a história de Carl Fredricksen e de seu improvável amigo questões. Instrua-os a usar um sinal
Russell, um jovem escoteiro. previamente combinado para indicar
Após uma vida ao lado de sua esposa Ellen, o viúvo Carl resolve realizar a empreitada dos sonhos do se a resposta que dariam é igual à
casal em mudar dos Estados Unidos para o paraíso das cachoeiras, em meio às montanhas da Venezuela. de algum colega. A vantagem dessa
Up: Altas Aventuras é um longa de animação da Pixar, de 2009, dirigido por Pete Docter e Bob Peterson, estratégia é ouvir todos os estudan-
que narra uma história delicada e profunda, construída pelos detalhes. O universo sonoro do filme é funda- tes e não apenas aqueles que são
mental nesta construção, contando com uma trilha sonora ganhadora de diversos prêmios, tais como Oscar
mais ativos nos momentos coletivos.
e Globo de Ouro de melhor trilha original, Grammy de melhor compilação de trilha sonora para mídia visual
Estipule um tempo de 3 a 5 minu-
e de melhor composição instrumental pela canção "Married Life".
tos para a realização da atividade.
A trilha assinada por Michael Giac-
Danielala/Shutterstock
Por fim, as cartolinas são afixadas
chino exerce um papel fundamental para
o contexto narrativo, dando tons que vão
no mural da sala. Esses questiona-
de melodias poéticas até passagens som-
mentos serão retomados conforme
brias e de mais ação. Dentro da constru- os estudos forem avançando. Fique
ção sonora do filme, a música "Married atento para verificar quando eles po-
Life" é utilizada como tema principal dem potencializar a conversa desta
e transita entre a leveza e a melancolia Unidade. Ao final da aula, retome as
construídas pelo piano de Giacchino, con- respostas e verifique se os estudan-
forme se desenvolve a sequência fílmica tes querem acrescentar, oralmente,
e reaparecendo em algumas variações. novas informações.
Podcast e rádio, apesar de suas semelhanças, têm modelos de
[...] consumo e transmissão distintos.
Se possível, antes de fazer a leitura
Up: Altas aventuras. Produção: Musicabile e Laboratório de Áudio da Faculdade de Comunicação da UnB. da transcrição, apresente o áudio do
Direção: Elton Bruno Pinheiro. Apresentação: Ana Lucia Andrade. (Áudio, 15 min).
Disponível em: livro.page/2V6U251L. Acesso em: 2 maio 2022. episódio:
Podcast sobre o filme Up: Altas
1. Como se chama o criador de Up: Altas aventuras?
Aventuras. Locução de Gabriel
2. Um dos diretores criou outros filmes para crianças. Pesquise as outras produções do diretor. Melo. 6 out. 2021. Disponível em:
3. Quem é o autor da trilha sonora? livro.page/4V6U251LP. Acesso
em: 25 abr. 2022.
51 ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. O longa de animação é da Pixar (um es-
túdio de animação por computador) e foi
dirigido por Pete Docter e Bob Peterson.
2. Bob Peterson é o responsável pela criação
de filmes como Toy Story, Monstros S.A.,
Procurando Nemo, Os incríveis, Ratatouille,
entre outros.
3. Michael Giacchino.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 51
Não escreva 4. Leia esta explicação.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E neste livro
Storyboard é como se chama a sequência de desenhos usada para planejar uma
ORIENTAÇÕES Use seu
caderno animação ou a gravação de um filme.
4. a) Espera-se que os estudantes citem
Tutatamafilm/Shutterstock
o fato de a casa voar com os balões
presos nela.
4. b) Nesta atividade, ressalte que o im-
portante é representar, nos desenhos, a
cena do filme, independentemente das
habilidades de cada estudante em criar
ilustrações. Combine quantos quadros Artista
trabalhando na
deve ter o storyboard. Convide-os a finalização de
compartilharem seus desenhos. um storyboard.
4. c) O tempo presente ajuda a dar dina- a) A transcrição do podcast cita o evento que une os dois personagens centrais
mismo às ações, transmitindo uma ideia do filme. Que evento foi esse?
de que as ações estão acontecendo e b) Desenhe, em seu caderno, um storyboard da cena que você mencionou na
não se sabe, ainda, o final da história. atividade anterior, ressaltando a expressão de surpresa do velhinho.
Considerando que o texto é uma trans- c) O texto do podcast, ao reportar os eventos que compõe a animação, apre-
crição de um podcast, percebemos que senta predominantemente o tempo presente do modo indicativo: “começa”,
“embarca”, “é”, “resolve” etc. Considerando o gênero textual, que efeito de
essa escolha pode ser acertada para sentido essa forma verbal promove no ato da leitura? Como ela contribui
atrair a atenção do leitor. Acolha as para atrair a atenção do leitor?
demais impressões que os estudantes 5. Releia este trecho.
podem trazer acerca do uso do presente
em ações que já ocorreram.
Up: Altas Aventuras é um longa de animação da Pixar, de 2009, dirigido por
5. a) Profunda, neste contexto, quer di- Pete Docter e Bob Peterson, que narra uma história delicada e profunda, cons-
zer com muito significados, intensa, truída pelos detalhes.
relevante.
a) Considerando o contexto, qual é o sentido da palavra profunda?
5. b) Sua trilha sonora.
b) Que detalhe da obra é destacado nesse podcast?
6. a) Leveza e melancolia.
6. Com base nas informações apresentadas sobre os eventos do filme, reflita:
6. b) A trilha sonora acompanha os acon- a) Que substantivos são usados para indicar o tom da trilha sonora?
tecimentos da história conforme eles b) Em que medida a trilha sonora reforça os conflitos vividos pelo protagonista?
se desenvolvem, ajudando a reforçar os
sentidos das cenas e os sentimentos
dos personagens.
Múltiplas leituras
CONTEÚDO INTERATIVO Durante a pandemia provocada pelo coronavírus, muito se falou do papel essencial de filmes e séries
para equilibrar as emoções. Com a necessidade do isolamento social, uma alternativa que as pessoas en-
Leia as orientações sobre storyboard contraram foi assistir a filmes e séries em casa. Por causa disso, o setor de plataformas digitais de exibi-
com os estudantes e certifique-se de que ção desses produtos cresceu 26% em 2020.
eles entenderam todo o vocabulário e a O infográfico a seguir, de 2021, apresenta o número recente de assinantes das principais plataformas
explicação sobre a sequência de com- digitais de distribuição de filmes do mundo (também conhecidas como serviços de streaming).
posição. Para apoiá-los na compreensão
do assunto, faça uma roda de conversa
e discuta como se configura visualmente 52
a coesão entre os quadros do storyboard
sobre a transmissão do coronavírus.
LEITURA COMPLEMENTAR
[...] Ao produzir um podcast, o aluno vivencia situações de uso da língua, de modo
mais reflexivo, considerando o contexto enunciativo, promovendo, assim, a relação
primeira entre língua e constituição do sujeito. O aluno é demandado a analisar os
recursos linguísticos e discursivos a serem utilizados para a construção do projeto de
dizer. Assim, se o podcast for produzido no formato de áudio, os gestos e as expressões
faciais (recursos visuais da modalidade oral) e os sinais de pontuação e recursos de
destaque (negritos e espaçamentos próprios da modalidade escrita) terão que ser
substituídos por outra forma de apresentação, que poderá ser por meio da entonação,
pausas, prolongamento de vogais, repetições etc. [...]
FERREIRA, H. M.; VILLARTA-NEDER, M. A. O podcast como gênero discursivo: oralidade e
multissemiose aquém e além da sala de aula. In: Oralidade e ensino: discussões teórico-metodo-
lógicas. Revista de Pós-graduação em Letras, UFLA, n. 1, 2020, p. 52-53. Disponível em: livro.page/
5V6U252LP.Acesso em: 25 maio 2022.
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52 Língua Portuguesa
MÚLTIPLAS LEITURAS:
Ranking de assinaturas em plataformas digitais de serviços streaming, em 2021
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
Paula Radi
O infográfico é um texto multimodal
Segundo serviço de streaming de vídeo mais popular,
com um crescimento de 100% em 12 meses, contra 34% muito comum em reportagens e em tex-
da Netflix no mesmo período, e ainda inclui a assinatura tos expositivos de várias áreas do conhe-
do Amazon Prime.
cimento. O procedimento de leitura desse
texto precisa ser orientado para o estu-
O Tencent Video ocupa a terceira posição geral, sendo o maior
streaming da China com120 milhões de assinantes. Sua dante aprender a localizar informações
versão internacional é conhecida como WETV. nele. Para tanto, explore o significado
O
DE das colunas e a nuance de cores e, ainda,
LIX
VI
E
TF
IM
Em pouco mais de um ano de seu lançamento, com 95 milhões o texto relacionado às colunas. Explore o
NE
PR
MI
VI
AM
dados analisados.
T
EN
150
NC
MI 1. A plataforma Netflix.
TE
120
EY
disponível nos EUA e no Japão. Teve seu 2. Está disponível nos Estados Unidos e no
SN
MI
crescimento em 39% em 12 meses, aumentando
DI
Japão.
X
MA
MI
3. Superou a meta inicial, de 85 milhões,
HB
44
em 10 milhões de usuários.
LU
MI
HU
W
NO
38,8 4. Os dados foram organizados em barras
+
OS
NT
MI
ER
Y
PA
LA
que os textos verbais são claramente or-
ZP
17,9 AR
+
MI
ganizados pelo tipo de informação que
ST
TV
13,7
E
PL oferecem.
AP
MI
PRÁTICA DE PESQUISA
A elaboração da enquete e a publicação de seus resultados em um infográfico apro-
xima o estudante do exercício de práticas de pesquisa como construção e uso de
questionários e construção de relatórios.
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Língua Portuguesa 53
O gênero entrevista
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Podcasts são programas veiculados em plataformas digitais que apresentam ou
discutem temas variados. Eles também podem contar histórias inventadas ou reais,
O objetivo de aprendizagem com a lei- o que faz os produtores dos programas coletarem dados ou realizarem entrevistas.
tura da entrevista é tornar visível para os As entrevistas são um gênero de texto muito comum no mundo jornalístico, tan-
estudantes os caminhos seguidos pelos to na mídia impressa, como na mídia digital. Elas podem ser pensadas para serem
entrevistadores no planejamento de uma lidas ou ouvidas. Leia, por exemplo, a entrevista com o escritor Pedro Bandeira pu-
entrevista, assim como levantar o contexto blicada no Portal do Envelhecimento, em 4 de fevereiro de 2022.
de produção. No entanto, se julgar neces-
Entrevista com Pedro Bandeira
sário, é possível promover uma conversa
sobre a compreensão da leitura, antes Amadureçamos com os livros! Usemos a Literatura como alívio para nossas do-
res e aflições! Sejamos mais felizes com os sonhos e as esperanças que a Literatura
de instruir os estudantes a realizarem os nos oferece!
questionamentos propostos.
Pedro Bandeira é um dos maiores nomes da literatura infantil e infantojuve-
nil. Vovô Pedro nasceu em 1942, em Santos; mudou-se para São Paulo em 1961. Além
de atuar na área da publicidade, trabalhou em teatro como ator, diretor e cenógrafo.
Suas primeiras histórias foram publicadas em 1972. A partir de 1983, foi exclusiva-
mente escritor. Em 2020, aos 78 anos, ingressou no mundo digital [...].
Karime Xavier/Folhapress
Escritor Pedro Bandeira em seu apartamento, em São Paulo (SP), 2019.
Pedro, o senhor escreve e conta histórias há quase quatro décadas. O seu proces-
so criativo permaneceu o mesmo? Como ele é hoje?
O tempo e a prática ensinam demais. Desde o início, como não sou pedagogo nem
psicólogo, pois o que cursei foram as Ciências Sociais e sempre trabalhei como jorna-
lista e redator, tive de estudar, pesquisar muito, errar e corrigir o tempo todo. Tudo tem
de evoluir, não é, querida? Hoje acabei me tornando um especialista em Psicologia do
Desenvolvimento.
A Turma dos Karas compõe as melhores lembranças da minha infância. Foi um
presente da minha mãe, que por sua vez leu na escola. Hoje, indico para as crian-
ças da família. E esse é o caso de muito mais leitores. Como é saber que três
gerações já são marcadas por suas narrativas, e ainda muitas outras o serão?
Esse é um prazer indescritível! Até hoje tenho amigas que me escreveram em 1984
e que continuam comigo até hoje. Já dediquei livros aos filhos de minhas leitoras
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
54 Língua Portuguesa
e recebo fotos deles, para acompanhar-lhes o crescimento. Essas crianças são mi-
nhas netinhas do coração. Uma delas, a Júlia, uma linda Julinha, já é bailarina do ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Municipal do Rio com apenas 15 anos! Tenho um antigo leitor que é um importante ORIENTAÇÕES
cientista que é chamado para fazer trabalhos na França e nos Estados Unidos. Meus
filhotes-leitores e meus netinhos me enchem de orgulho!
1. Resposta pessoal. Estimule os estudan-
O senhor percebeu mudanças no mercado de livros, nas escolas e nas conversas
tes a compartilharem com os colegas
com seus leitores ao longo destes anos? experiências pessoais em que a litera-
Talvez eu tenha mudado mais do que eles, mas continuo lutando para conseguir me- tura serviu de aprendizagem ou de con-
lhoras na educação brasileira. Hoje todos têm vagas nas escolas, mas os resultados forto em momentos difíceis. Peça que
são ruins, pois continuamos mal colocados nas pesquisas sobre educação no mundo eles expliquem como foi possível alcan-
todo. Temos ainda muito trabalho pela frente! çar esse amadurecimento, ou alívio, por
[...] meio da literatura. Para isso, peça que
Sou espectadora do seu canal [...], amo suas postagens! Como foi a decisão usem conectivos como “porque”, “por-
de produzir conteúdo digital? Quais são os prazeres e as dificuldades deste
trabalho?
tanto” e “assim”, de forma a estabelecer
Eu sempre tive dificuldades em usar as mídias sociais. Só agora, depois de tanto tempo,
coerência em seus textos e argumentos.
ajudado (muito ajudado!) pelo meu filho, comecei a entrar nesse mundo digital. Meu 2. Foi publicada no Portal do Envelhecimento.
filho e a equipe preparam tudo, eu só participo das gravações. Está sendo bem legal,
porque isso aumentou meu contato com os leitores, cujo exemplo é este contato consigo.
3. Duas hipóteses que podem ser levan-
[...]
tadas: Pedro Bandeira demonstra que
Por fim, queria que o senhor deixasse um recado a leitores e escritores jovens!
continua ativo e atuante mesmo sendo
Queridos, é preciso alimentar nossa sensibilidade como alimentamos nosso corpo.
uma pessoa idosa; Pedro Bandeira indi-
Precisamos ler e compreender bem o que lemos. Sonhemos junto com os autores, so- ca livros para os avós lerem com seus
framos os problemas das personagens como se fôssemos elas, sem termos de passar netos.
verdadeiramente por suas confusões! Amadureçamos com os livros! Usemos a Lite-
4. A finalidade é apresentar brevemente
ratura como alívio para nossas dores e aflições! Sejamos mais felizes com os sonhos
e as esperanças que a Literatura nos oferece! o entrevistado aos leitores, oferecendo
informações pessoais.
AKKARI, Paula. Entrevista com Pedro Bandeira. Portal do Envelhecimento, São Paulo, 4 fev. 2021.
Disponível em: livro.page/4V6U255L. Acesso em: 7 fev. 2022. 5. As perguntas tematizam o fazer literá-
1. Em certo ponto da entrevista, Pedro Bandeira diz: rio do escritor e a permanência de suas
obras durante quatro décadas, passando
Amadureçamos com os livros! Usemos a Literatura como alívio para nossas de geração em geração.
dores e aflições! Sejamos mais felizes com os sonhos e as esperanças que a Lite-
ratura nos oferece!
6. Nem todas as perguntas partem de um
questionamento direto, algumas delas
Você concorda com essa afirmação? Converse com os colegas sobre o as- iniciam-se com um comentário ou com
sunto e formule argumentos para sustentar sua opinião. uma afirmação antes de o questiona-
2. Onde a entrevista foi publicada? mento ser apresentado.
3. Pedro Bandeira é reconhecido por suas obras destinadas ao público infantoju-
venil. Levante uma hipótese sobre o motivo pelo qual uma entrevista com esse
autor é de interesse dos leitores desse portal.
4. Releia o texto que antecede a entrevista. Qual é a finalidade dessa introdução?
55
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 55
Leitura 2
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Resenha
O gênero textual resenha tem sido
Resenha é um gênero textual cuja função é apresentar um produto cultural
bastante frequente em vídeos e canais de
(como livros, filmes, jogos, álbuns musicais etc.) e comentá-lo, sempre baseando-
divulgação de obras literárias na internet.
-se em argumentos coerentes. Você vai ler uma resenha do filme Up: Altas aventuras,
Dessa forma, embora os estudantes es-
em seu lançamento nos cinemas. Mas antes da leitura, responda:
tejam sistematizando o conhecimento do
gênero em sala de aula somente agora, Em que situações alguém procura ler uma resenha?
é possível que alguns já o conheçam por
meio das plataformas de compartilhamen- A redenção de um tremendo rabugento
to de vídeos. Pergunte se eles já leram
Por: Mary Ellen Farias dos Santos / Em setembro de 2009
textos ou assistiram a vídeos em que um
livro, um filme ou outra obra de arte tenha Um velhinho que sempre está de mal com o mundo e um garoto curioso rumo
ao desconhecido. Saiba mais de Up: Altas Aventuras!
sido apresentada e comentada. Verifique
se esses textos ou vídeos exercem influên- Um senhor rabugento que gosta de se isolar e viver no asilo. Na tentativa desesperada de salvar
cia sobre seus leitores ou espectadores e em casa e um garotinho que está em busca da sua casa e todas as lembranças de sua finada es-
por quais razões: pela apresentação da sua derradeira medalha de escoteiro. Ao brincar posa, Carl enche milhares de balões em sua casa,
com os contrastes e semelhanças entre Carl Fre- fazendo com que ela levante voo.
obra e sua apreciação, pelo fato de o au- dricksen (Edward Asner) e Russell (Jordan Nagai), Ao obter total sucesso na execução de seu plano,
tor da resenha ser conhecido ou confiável, a Disney-Pixar dá o seu recado e convence mais ele segue rumo a uma floresta na América do Sul,
em razão do prévio conhecimento da obra, uma vez. “Up: Altas Aventuras” é simplesmente per- local em que Carl e Ellie sempre desejaram morar.
entre outras. Todas essas percepções são feito e com grande folga garante o seu espaço entre Contudo, já no início do trajeto o senhor descobre não
importantes para a apreciação da própria os melhores filmes exibidos na telona em 2009. estar sozinho, mas ter a companhia do escoteiro de 8
resenha. Como encantar-se com um senhor sem paciência anos, Russel. Ao tentar resolver este “probleminha” de
e, por muitas vezes, grosseiro? Eis que a animação percurso, o vendedor de balões chega até a imaginar
cheia de detalhes e um colorido de dar inveja nos ou- o que fazer para se livrar do garotinho (cena hilária).
ATIVIDADE: RESPOSTA E tros estúdios, consegue tal proeza. Embora Carl seja a “Up: Altas Aventuras” não só proporciona mi-
ORIENTAÇÃO antipatia ambulante do desenho, fica fácil aceitá-lo e nutos agradáveis em família. O longa de animação
até estabelecer alguma identificação com ele. Resul- aborda com maestria alguns dilemas da vida, como
Com maior frequência, as pessoas bus-
tado: protagonista e público criam um elo emocional. por exemplo, a dor da perda, a inevitável passagem
cam por resenhas quando querem sa-
Consequentemente fica fácil embarcar, lite- do tempo e a busca pela renovação. Sem deixar de
ber qual é o tema e como determinada ralmente, na história do vendedor de balões de 78 comentar a redenção do protagonista, esta que
obra de arte foi avaliada. Assim, o leitor anos. Afinal, Carl está prestes a perder a casa em acontece de modo envolvente e eletrizante, tornan-
da resenha poderá decidir, com mais que sempre viveu com sua esposa, a falecida Ellie. do “Up: Altas Aventuras” simplesmente imperdível!
consciência, se lerá um livro, assistirá a Tudo porque a casa dele está no lugar errado, ou me- Filme: Up: Altas Aventuras (Up, EUA)
lhor, está “atrapalhando” um empresário na constru- Ano: 2009
um filme ou a uma série, visitará uma ção de um moderno edifício. Fato muito corriqueiro Gênero: Aventura/Animação
exposição etc. Outras pessoas também nos dias atuais, isto é, mais um ponto positivo para Duração: 96 minutos
se interessam por ler uma resenha de- o protagonista de “Up: Altas Aventuras”. De fato, Direção: Pete Docter, Bob Peterson
pois de conhecer uma obra, para com- envolver-se com a história de Carl é somente uma Roteiro: Pete Docter, Bob Peterson, Thomas McCarthy
preendê-la de maneira mais abrangente questão de alguns minutinhos de película. Elenco: Edward Asner, Christopher Plummer,
Para piorar toda a situação, ao defender a sua Jordan Nagai, Bob Peterson, Delroy Lindo, John
e conhecer outros pontos de vista. Ratzenberger
moradia, o senhor Carl perde o controle de sua ben-
gala, arruma uma grande confusão (que inclui um SANTOS, Mary Ellen Faria dos. A redenção de um
tremendo rabugento. Resenhando, [S.l.], 9 set. 2009.
homem ferido) e, ao ser considerado ameaça pública, Disponível em: livro.page/5V6U256L.
acaba não tendo escolha: terá que deixar sua casa Acesso em: 11 maio 2022.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
56 Língua Portuguesa
1. Escolha cinco palavras-chave que sintetizem
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Língua Portuguesa 57
11. Leia o trecho de outra resenha da animação Up: Altas aventuras.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
Não escreva
11. a) As palavras “encarando” e “buscan- neste livro
[...] Passo a tarde encarando o monitor, buscando alguma inspiração para escre-
do” são verbos. Use seu
ver sobre um dos filmes mais geniais do ano e uma das melhores animações de todos
caderno
11. b) Elas indicam ações em andamento, os tempos, Up: Altas aventuras. [...]
ou seja, em processo de execução. BORGO, Érico. Up: Altas aventuras: a nova animação da Pixar. Omelete, [S.l.], 3 set. 2009.
Disponível em: livro.page/6V6U258L. Acesso em: 4 fev. 2022.
11. c) Alternativa I.
a) As palavras “encarando” e “buscando” indicam duas ações realizadas pelo au-
DEIXAR FLUIR: tor da resenha. Gramaticalmente, elas pertencem a qual classe de palavras?
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES b) Essas palavras indicam ações finalizadas ou que estão em andamento, ou
1. a) Provavelmente, a juventude está re- seja, em processo de execução?
presentada no lado esquerdo da tela, c) Observando as vírgulas entre as duas orações organizadas em torno desses
verbos, pode-se concluir que elas são usadas para:
pois a imagem não apresenta distorção,
I. separar orações em um período composto.
as formas são mais arredondadas e as
II. intercalar termos explicativos.
cores predominantes são mais quentes,
III. explicar a informação anterior.
como o amarelo e o laranja. Além disso,
a expressão do rosto da personagem
demonstra serenidade. Deixar fluir
1. b) Provavelmente, o envelhecimento
está representado no lado direito da Segundo a autora da resenha, Carl era um “tre-
PRÁTICA DE PESQUISA
Os textos de apreciação de obras
artísticas, como a resenha, aproximam
o estudante do exercício de práticas de
pesquisa como o estudo de recepção.
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58 Língua Portuguesa
Comparação entre textos ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Nesta seção, estudamos podcasts e resenhas. Agora, vamos aproximar os dois ORIENTAÇÕES
gêneros refletindo sobre o que eles têm de semelhante. 1. a) 4o e 5o parágrafos.
Para começar, releia o guia "5 passos para analisar um filme" e a transcrição do 1. b) 2o e 3o parágrafos.
podcast (Leitura 1desta unidade). Não escreva
neste livro 2. Informações a respeito da trilha sonora
1. Indique em que parágrafos da transcrição do podcast aparece cada uma das
informações a seguir:
Use seu do filme. Se necessário, retome a leitura
caderno
do texto “Como analisar um filme” e o
a) avaliação pessoal sobre o filme;
trabalho em conjunto feito pelos estu-
b) breve resumo sobre o enredo do filme.
dantes com base nesse texto.
2. O autor do podcast apresenta informações sugeridas no guia “5 passos para
analisar um filme”. Que informações são essas? 3. Resposta pessoal. É muito importante in-
centivar os estudantes a voltarem para
3. Imagine que você seja um ouvinte desse podcast. Com base no planejamen- o planejamento a fim de identificarem o
to elaborado por seu trio no início do estudo desta Unidade, como o autor
poderia incrementar o podcast? Que informações ele poderia acrescentar no
que gostariam de acrescentar.
episódio? 4. Caso a maioria dos estudantes não te-
4. Caso você tenha assistido a essa animação, o que você gostaria de destacar nha assistido à animação, seria interes-
como recurso para emocionar o espectador? sante promover uma sessão de cinema
na escola. Na impossibilidade desse
5. Agora, releia as atividades da Leitura 2 e responda:
momento, pode-se generalizar a reflexão
a) O conteúdo da resenha se assemelha ao conteúdo do podcast? Explique sua
para outros filmes a que eles tenham
resposta.
assistido.
b) Compare a linguagem do podcast com a da resenha. Em qual caso ela é mais
formal? Levante uma hipótese e responda: por que isso acontece? 5. a) Sim. Os dois analisam os elementos
6. Discuta com os colegas: Entre uma resenha escrita e um podcast, em sua opinião, constitutivos de uma mesma obra de
qual dos dois formatos atrai mais jovens leitores iniciantes? Por quê? arte.
7. Para concluir o estudo desta seção, você e seus colegas produzirão um texto 5. b) A resenha apresenta linguagem mais
apreciativo de curta-metragem. Para isso, sigam os passos. formal porque se trata de um texto es-
Procurem em sites de compar tilhamento de vídeo o fil- crito e publicado em site especializado.
me A solidão dos avós, dirigido pela canadense Laura 6. Resposta pessoal. É possível que os
Stewart. Curta-metragem é a estudantes apontem o podcast como
Utilizem o planejamento de apreciação que vocês produ- classificação que recebem os
gênero mais atrativo que a resenha, em
ziram e organizem as informações desse filme. filmes com menos de
20 minutos de duração. razão de ser um texto oralizado, mais
Atenção: o filme tem apenas 2 minutos de duração, portan-
to fiquem atentos a cada segundo. informal e disponível por meio de plata-
formas digitais.
Reprodução/Vimeo/Laura Stewart
Cena do curta-metragem
A solidão dos avós.
59
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Língua Portuguesa 59
NOSSO MUNDO: Nosso mundo
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
Leia este cartaz publicitário, promovido pela Ordem dos Advogados do
1. O anúncio faz referência a “Chapeuzi- Brasil (OAB) de São Paulo, que trata de violência contra o idoso.
nho Vermelho”. As pistas são o lobo que
aparece na porta, a senhora, represen-
Reprodução/OAB-SP
tando a Vovozinha da história, a citação
dos versos da canção que faz parte des-
se conto, e a tipografia. Além disso, as Infelizmente, milhões de idosos
brasileiros são abandonados
cores e o fundo imitando uma página de pela família em asilos ou na
própria casa. E o pior: muitos
livro ajudam a compor a mensagem. ainda sofrem maus-tratos, abuso
2. Espera-se que o leitor denuncie casos de sexual, negligência no uso de
medicamentos e exploração
maus-tratos ou violência contra idosos. financeira. Não se cale diante
disso. Vamos mudar hoje e
3. O anúncio representa uma velhice solitá- construir uma nova história pela
frente. Desta vez com final feliz.
ria, de abandono. O ambiente é sombrio, VIOLÊNCIA CONTRA IDOSO É
a idosa está cabisbaixa, com expressão CRIME. DENUNCIE: 181.
facial de tristeza. A figura do lobo refor-
ça a sensação de perigo. Na fotografia,
no entanto, o envelhecimento é repre-
sentado por um momento feliz, agradá-
OAB. OAB-SP
vel e divertido. O cenário praiano em divulga disque-
denúncia contra
um dia de céu limpo e as cores claras violência a idosos.
das roupas das pessoas que compõem Comunica que muda,
[S.l.], 8 out. 2008.
a fotografia colaboram para a leitura. Disponível em: livro.
page/7V6U260L.
4. Espera-se que os estudantes insiram Acesso em:
ações de lazer coletivas, incentivo à 13 maio 2022.
60
HABILIDADES DA BNCC
Ao analisar uma peça publicitária que faz referência a um conto de fadas, o estudante
aprende a identificar e analisar referências explícitas entre textos artísticos e gêneros liga-
dos ao campo de atuação jornalístico-midiático. Ao comparar uma peça publicitária com
uma fotografia, também pode exercitar a identificação de efeitos de sentido e mecanismos
de persuasão. Em consequência disso, são envolvidas, nessa proposta, as habilidades
EF67LP08, EF67LP27, EF69LP02 e EF69LP04.
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60 Língua Portuguesa
Análise e reflexão
sobre linguagens 3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Acervo do cartunista
outras que tenham os mesmos morfemas,
para compreender seus sentidos.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
BECK, Alexandre. Armandinho, [S.l.], 16 mar. 2017. Disponível em:
livro.page/8V6U261L. Acesso em: 7 mar. 2022. 1. Ironia é uma figura de linguagem por
1. O que é ironia? Se necessário, consulte um dicionário para responder.
meio da qual se diz o contrário do que
se quer dar a entender.
2. Explique a diferença de sentido da palavra amigos nas duas ocorrências do
primeiro quadrinho. 2. A diferença de sentido é que entre aspas
a palavra se refere a pessoas que não
3. No segundo quadrinho, o adulto confirma que o uso das aspas pode indicar
são sinceras e leais, ou seja, não são
que o termo destacado está sendo usado em um sentido diferente do literal.
Mas, afinal, o que seria um “bode com aspas”? amigas de verdade. O uso das aspas
imprime um sentido irônico ao termo.
4. Analise o terceiro quadrinho para explicar o efeito de humor dessa tira.
3. Espera-se que os estudantes entendam
5. Agora, leia com atenção a tirinha da Turma da Mônica. que “bode” pode significar, por exemplo,
estar cabisbaixo ou sem energia. Por se
© Mauricio de Sousa/Mauricio de
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Língua Portuguesa 61
6. Assinale a opção que apresenta a justificativa para o uso das aspas na fala
ATIVIDADES: RESPOSTAS E do Papai Noel.
ORIENTAÇÕES
a) As aspas indicam que a Mônica não quis agradecer ao Papai Noel em sua carta.
6. Alternativa b).
b) As aspas indicam que o Papai Noel está citando as palavras que aparecem
7. O esperado é que a Mônica tivesse es- Não escreva
na carta que a Mônica lhe enviou.
neste livro
crito ao Papai Noel pedindo um presen- Use seu
c) As aspas indicam as palavras que a Mônica gostaria que fossem pronuncia-
te de Natal, não apenas agradecendo o caderno
das em um tom de voz mais alto.
que ela já tem.
7. O último quadrinho da tirinha quebra a expectativa do leitor. De que maneira?
8. Mônica agradece ao Papai Noel porque
já tem vários brinquedos, o que fica evi- 8. Por que Mônica resolve agradecer ao Papai Noel? Que elementos do texto o
dente no segundo quadrinho da tirinha. ajudaram a chegar a essa hipótese?
9. Resposta pessoal. Espera-se que o es- 9. O que você diria à Mônica sobre a atitude dela?
tudante se posicione a favor da atitude
da Mônica e reconheça que ela pareceu Acentuação gráfica
desapegada e consciente.
Uma convenção importante da língua escrita é a acentuação gráfica. Ela é es-
ACENTUAÇÃO GRÁFICA: sencial porque, em alguns casos, um acento (ou a falta dele) pode mudar totalmen-
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES te o sentido da palavra e prejudicar a comunicação.
1. Apenas na alternativa b) a palavra não Quer ver como isso ocorre na prática?
leva acento agudo. 1. Observe os termos grifados em cada frase. Apenas em um caso o termo não
2. Instrua os estudantes a ler em voz alta leva acento agudo. Você saberia dizer em qual?
os termos destacados. Considerando o a) Sabia é a pessoa que potencializa a independência e a qualidade de vida ao
contexto em que ocorrem, fica mais fácil longo da vida.
deduzir a sílaba tônica em cada um dos b) Você sabia que no dia 1o de outubro comemora-se o Dia Internacional dos
casos. Idosos?
c) “Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabia”
(Canção do exílio, Gonçalves Dias)
62
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
Tanto no trabalho com acentuação gráfica quanto com derivação de palavras, o estu-
dante aproxima-se do pensamento computacional ao percorrer um raciocínio que passa
por decomposição de palavras, análise de suas partes, reconhecimento, comparação com
outras palavras e solução (entendimento da necessidade do acento gráfico ou do sentido
das palavras). Por essa razão, ressalta-se a conveniência de que, mesmo quando não
solicitado, esse percurso seja exercitado frequentemente com os estudantes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
62 Língua Portuguesa
Leia o cartaz em comemo-
Aleutie/Shutterstock
ração ao Dia Internacional da ACENTUAÇÃO GRÁFICA:
Pessoa Idosa, em 1o de outu- RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
bro, divulgado pelo Instituto de 3. de / ou-tu-bro / di-a / in-ter-na-ci-o-nal
Previdência Municipal de Uba- / da / pes-so-a / i-do-sa / res-pei-to /
tuba (SP). em / pri-mei-ro / lu-gar.
4. a) Grupo 1: hiatos acentuados – saída,
saúde, egoísmo, ciúme. Grupo 2: hiatos
não acentuados – coelho, piada, curioso.
4. b) Acentuam-se i e u tônicos que for-
mam hiato com outra vogal anterior,
desde que estejam sozinhos ou com
Fonte: IPMU. Dia
s, e que não sejam seguidos por nh.
Internacional do Idoso, Exemplos: sa-ú-de, sa-í-da, pa-ís. Não se
Ubatuba, 1o out. 2020.
Disponível em: livro. acentua, por exemplo, ra-i-nha.
page/9V6U263L.
Acesso em: 6 mar. 2022. 5. a) Coronéis, chapéu, céus, corrói.
5. b) Espera-se que os estudantes perce-
3. Copie em seu caderno as palavras que aparecem no cartaz. Depois, separe
cada uma delas em sílabas. bam que os ditongos acentuados são ei,
eu e oi, seguidos ou não de s.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A separação silábica em língua portuguesa segue algumas regras. Confira.
As vogais dos ditongos ficam na mesma sílaba. Como esta Unidade trabalha regras de
As vogais dos hiatos ficam em sílabas diferentes. acentuação gráfica, é importante que os
No encontro de duas consoantes, separam-se as letras SS, RR, SC, SÇ, XC. estudantes compreendam divisão silábica,
No encontro de duas consonantes, ficam separadas as consoantes que forem sílaba tônica, e recordem as noções de en-
pronunciadas isoladamente. contro consonantal, ditongo e hiato. Desse
modo, propomos a seguinte atividade:
4. Agora observe as palavras do quadro e faça o que se pede. a) Faça a divisão silábica das palavras a se-
guir e grife ou circule a sílaba mais forte:
saída coelho saúde piada egoísmo curioso ciúme envelhecimento - en-ve-lhe-ci-men-to
respeito - res-pei-to
a) Agrupe os hiatos acentuados e os não acentuados em dois grupos distintos. lazer - la-zer
b) Observe a presença das vogais que formam o hiato acentuado e formule saúde - sa-ú-de
uma regra que justifique o uso do acento gráfico. mar - mar
5. As palavras deste outro grupo apresentam ditongos. alegria - a-le-gri-a
ritmo - rit-mo
coronéis jiboia chapéu plateia céus corrói touro papai acessibilidade - a-ces-si-bi-li-da-de
b) Agora, identifique, entre as mesmas pa-
a) Copie, no caderno, as palavras que apresentam ditongo acentuado.
lavras, aquelas que:
b) Analise as palavras que você copiou e elabore uma regra para justificar a
acentuação de ditongos. Apresentam encontros vocálicos em
uma mesma sílaba.
63 res-pei-to
Apresentam encontros vocálicos re-
partidos em sílabas diferentes.
Comente com os estudantes que, ao se pronunciar uma palavra, o som ou os sons sa-ú-de / a-le-gri-a
pertencentes a uma sílaba são pronunciados por meio de uma única articulação da boca Apresentam encontros consonantais
ou um único impulso de voz, tanto que, ao se pronunciar lentamente uma palavra, pode- em uma mesma sílaba.
mos perceber quantas vezes articulamos a boca até que ela seja pronunciada. Faça esse a-le-gri-a
exercício com os estudantes, articulando lentamente cada palavra. Sobre a identificação da Apresentam encontros consonantais
sílaba tônica, peça para que imaginem que cada palavra representa o nome de uma pessoa repartidos em sílabas diferentes.
e, se precisássemos chamar essa pessoa elevando o volume da voz, pronunciaríamos a res-pei-to / rit-mo
sílaba tônica com mais lentidão e força do que as demais. Exemplo: “EnvelheciMEEEENto!”.
Apresentam letras que representam
Chame atenção para o fato de que, na sílaba tônica, a vogal que é pronunciada de maneira
um mesmo som.
mais nítida. Observe também os sons vocálicos e consonantais que são mantidos juntos
en-ve-lhe-ci-men-to
ou separados nas articulações de cada sílaba.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 63
6. Considerando as regularidades que você observou nas atividades anterio-
ACENTUAÇÃO GRÁFICA: res, acentue quando necessário:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES a) bau e) atraiu
6. a) baú. b) heroi f) lençois
6. b) herói. Não escreva c) papeis g) Piaui
neste livro
d) areia
6. c) papéis. Use seu
caderno
7. Circule as sílabas tônicas das palavras que você separou na atividade 3.
6. d) areia.
Formule hipóteses para responder à seguinte pergunta: Por que nenhuma
6. e) atraiu. dessas palavras recebeu acento?
6. f) lençóis.
6. g) Piauí.
7. ou-tu-bro /di-a / in-ter-na-ci-o-nal / pes- Dependendo da posição que a sílaba tônica ocupa, uma palavra pode ser classificada
-so-a / i-do-sa / res-pei-to / pri-mei-ro de acordo com as regras a seguir.
/ lu-gar. As sílabas tônicas das palavras Oxítona quando a última sílaba for a tônica.
listadas não se enquadram nas regras Exemplos: internacional, lugar, fubá, giló.
de acentuação: as monossílabas são Paroxítona quando a penúltima sílaba for a tônica.
palavras átonas, as paroxítonas têm ter- Exemplos: idosa, respeito, primeiro, pessoa, vitória, sensível.
minações que não exigem acentuação Proparoxítona quando a antepenúltima sílaba for a tônica.
Exemplos: oxítona, paroxítona, proparoxítona, antepenúltima, sílaba, tônica.
em suas sílabas tônicas e as oxítonas
também não têm as terminações que
se encaixam nas regras de acentuação 8. Copie no caderno o esquema a seguir e organize as palavras do quadro nas
colunas correspondentes.
dessas palavras.
Oxítona Paroxítona Proparoxítona
8. Oxítona: animação – especial – inova-
MODELO MODELO MODELO
dor – crucial.
Paroxítona: agradável – eletrizante –
imperdível – maravilhoso – entediante. animação esplêndido especial agradável eletrizante
Proparoxítona: esplêndido – fantástico imperdível maravilhoso entediante fantástico básico
– básico – dinâmico – ótimo.
inovador dinâmico crucial ótimo
IDEIAS & CONCEITOS: ORIENTAÇÕES
Você já sabe que:
É possível ampliar a atividade separan-
pronunciar as palavras em voz alta e conhecer algumas regras ajudam na divisão
do em sílabas palavras indicadas pelos
silábica delas;
estudantes. Outra variação é pedir que,
todas as palavras apresentam sílaba tônica (sílaba forte), no entanto nem todas
em pequenos grupos, os estudantes cons-
são acentuadas;
truam um jogo de cartas com sílabas para
montarem palavras com elas. Se precisar, a posição da sílaba tônica determina se a palavra é oxítona, paroxítona ou
proparoxítona.
retome os conceitos de ditongo, tritongo
e hiato e sistematize as regras indicadas,
Esse conhecimento vai facilitar o entendimento das regras de acentuação gráfi-
dando exemplos de cada caso.
ca que indicamos nas páginas do anexo. Durante a leitura, anote suas dúvidas, faça
sugestões de novas palavras que podem fazer parte dos exemplos e compartilhe
seus apontamentos com a turma.
64
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
64 Língua Portuguesa
9. Analise, agora, as situações a seguir e use seus conhecimentos sobre acen-
tuação gráfica para resolvê-las. ACENTUAÇÃO GRÁFICA:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
Situação 1
9. Situação 1: a palavra “herói” leva acen-
Um colega ainda não compreendeu por que a palavra herói recebe o acento
to porque se trata de uma oxítona ter-
agudo e a palavra heroico não é acentuada. Como você explicaria isso a ele?
minada em ditongo aberto. Já a palavra
Situação 2 “heroico” não é acentuada porque se
O professor pediu para você revisar a acentuação das palavras a seguir. Es- trata de uma paroxítona cuja sílaba tô-
creva, no caderno, as palavras corrigidas. nica apresenta um ditongo.
Situação 2: conteúdo, ciências, mate-
conteudo ciencias matematica distraido prospero mática, distraído, próspero, inglês, famí-
ingles familia buque epoca ecologico lia, buquê, época, ecológico.
Espera-se que os estudantes perce-
Que conhecimentos você utilizou para realizar a tarefa pedida pelo professor? bam a importância de saber realizar
a divisão silábica e de identificar a
Diálogos com Geografia e Matemática posição da sílaba tônica para con-
sultar as regras de acordo com esse
O fragmento a seguir foi publicado na revista Retratos: a Revista do IBGE, em 2019. conhecimento.
Segundo a demógrafa do IBGE, Izabel Marri, a partir de 2047 a população deverá parar de cres- DIÁLOGOS COM GEOGRAFIA E MATE-
cer, contribuindo para o processo de envelhecimento populacional – quando os grupos mais velhos
ficam em uma proporção maior comparados aos grupos mais jovens da população. A relação entre
MÁTICA: RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
a porcentagem de idosos e de jovens é chamada de “índice de envelhecimento”, que deve aumentar 1. É o profissional que estuda a demogra-
de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060.
fia: população, condições de vida, movi-
Esse processo pode ser observado graficamente pelas mudanças no formato da pirâmide etá-
mentação, densidade populacional.
ria ao longo dos anos, que segue a tendência mundial de estreitamento da base (menos crianças
e jovens) e alargamento do corpo 2. A porcentagem é 130,28% de aumento.
Reprodução/IBGE
(adultos) e topo (idosos).
3. Segundo o gráfico, as faixas etárias
com mais de 60 anos sofrerão o maior
aumento. Espera-se que os estudantes
citem que isso se deve ao avanço da
tecnologia (farmacêutica, por exemplo),
RETRATOS a revista do IBGE. à mudança do tipo de trabalho, ao maior
Pirâmides etárias de distribuição
populacional por sexo. p. 23, Rio de
acesso à saúde básica e aos bens es-
Janeiro, fev. 2019. Disponível em: senciais – razões que foram comentadas
livro.page/10V6U265L.
Acesso em: 18 mai. 2022. na abertura da Unidade.
1. Você sabe o que faz um demógrafo? Converse com o professor de Geografia e registre
no caderno as atribuições dessa profissão.
2. Calcule qual é a porcentagem de aumento do índice de envelhecimento projetado pela
demógrafa entre 2018 e 2060.
3. Segundo a projeção exposta no gráfico, que faixas etárias sofrerão o maior aumento em
2060? Segundo sua análise, qual seria o motivo dessa mudança?
65
HABILIDADE DA BNCC
A atividade possibilita ao estudante observar um dado importante da realidade brasileira,
que entrará em um processo de envelhecimento e, por isso, precisa estar preparada para as
demandas dessa faixa etária da população. Os dados observados são provenientes, também,
de fonte de informação confiável, o que fortalece a consciência de que informações como
essas necessitam de credibilidade, desenvolvendo, assim, a habilidade EF69LP32.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 65
Estrutura das palavras e processo de formação de palavras:
LEITURA COMPLEMENTAR
sufixos de negação
No texto a seguir, Evanildo Bechara co-
Releia o título do cartaz.
menta as motivações das mudanças que
ocorreram, no que se refere à acentuação
gráfica, no último acordo ortográfico, esta-
belecido em 1990 e oficializado em 2016.
[...] Todas estas alterações, vale a pena
dizer, vieram não só para aliviar o siste-
ma ortográfico de emprego de acentos 1. Considere a palavra internacional e responda: Que palavras fazem parte
diacríticos desnecessários, mas também dessa mesma família? Complete a lista a seguir no seu caderno.
oferecem soluções mais de acordo com o
rigor histórico. Eliminar o circunflexo de internacional
“Voo” representa eliminar uma acentua- nacional
ção desnecessária, uma vez que não há
nacionalmente
outra maneira de ler a palavra. A elimi-
nação do circunflexo de “creem” corrige
um fato histórico. Até o século XVIII e
XIX, a 3a pessoa do singular era “crê”, “lê”
e a 3a do plural era “crem”; “lem”. A partir Para saber mais sobre os As palavras que fazem parte da mesma família são chamadas de
direitos da pessoa idosa, cognatas.
do século XVIII para XIX aparecem as
consulte estes links:
formas reforçadas “creem”, “leem”, em
Estatuto do Idoso. Para compreender como se formam as palavras é preciso reco-
que a duplicação dos “ee” já é a marca Disponível em: livro.
de plural, o que dispensa o circunflexo. nhecer os elementos que fazem parte de sua estrutura. Observe.
page/11V6U266L. Acesso
Assim, procedeu o novo Acordo. Quanto em: 13 maio 2022.
ao trema, é um diacrítico de uso muito Política Nacional do Idoso.
internacional
recente, o que evidencia sua pouca uti- Disponível em: livro.
page/12V6U266L. Acesso
lidade. Os portugueses não o empregam
em: 13 maio 2022.
de há muito, e não sentiram necessidade internacionalmente nacionalmente
de reavivá-lo. [...]
nacional
BECHARA, Evanildo. Acordo por dentro e por
fora (V). O Dia, Rio de Janeiro, 25 set. 2011.
internacionalidade nacionalidade
In: ABL, 2011. Disponível em: livro.page/
6V6U266LP. Acesso em: 26 maio 2022.
transnacional
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
2. Que parte da palavra se mantém em todos esses cognatos?
1. Internacionalmente, nacionalizado etc.
2. Nacional. 3. Copie, em seu caderno, as partes da palavra que aparecem antes de nacional.
4. Mente, (i)dade. 5. Copie os cognatos formados com o acréscimo de partes de palavras tanto
antes quanto depois de nacional.
5. Internacionalmente, internacionalidade.
66
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
66 Língua Portuguesa
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
As palavras da língua portuguesa apresentam a seguinte estrutura:
ORIENTAÇÕES
Radical – a parte da palavra que indica seu sentido principal. 6. Há várias possibilidades de resposta;
Morfemas – unidades mínimas carregadas de sentido que são inseridas no radical para a criação de contudo, o importante é que os estu-
outras palavras. dantes percebam que a substituição
Afixos – morfemas que são inseridos no radical para alterar seu significado. Os prefixos são aqueles pelo antônimo sugerido inverte o sen-
colocados antes do radical. Os sufixos, depois do radical. tido da frase, de modo que ela só vai
Vogal ou consoante de ligação – são letras que aparecem para ligar partes. Exemplo: nacionalidade. manter a mesma ideia se o complemen-
Há, ainda, as desinências nominais e verbais. to for também negativo, como advérbios
Desinência nominal: os morfemas que indicam gênero e número. Exemplo: menina/menino, garotas, de negação. Exemplo: Desrespeito não
garotos.
tem lugar!
Desinência verbal: os morfemas que indicam tempo e modo verbal: Exemplo: gostava, falaria, partirá.
7. a) A palavra primitiva de que “envelhe-
cimento” se origina é “velho”. Os afixos
6. O cartaz do Dia Internacional da Pessoa Idosa apresenta um importante aviso:
acrescidos são: -en (prefixo) e -mento
(sufixo).
7. b) A palavra é populacional. Deve-se ser
circulado o sulfixo -al. Compare esse sufi-
Reescreva a frase, substituindo a palavra respeito pela palavra desrespeito.
xo com os de outras palavras, como “ba-
Mas atenção: não pode mudar o sentido do conselho. Faça as adaptações
que julgar necessárias. nanal”, “laranjal”, “medicinal”, “matinal”.
Note que o prefixo des- passa uma ideia de negação – desrespeito é o mesmo que
não ter respeito. Veja outros exemplos de prefixos que invertem o sentido da palavra
primitiva, criando assim palavras derivadas.
agradável – desagradável.
prudente – imprudente.
sossego – desassossego.
possível – impossível.
imaginável – inimaginável.
7. Leia a manchete.
67
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 67
8. Forme novas palavras derivadas de acordo com o que for solicitado.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
a) Uma palavra derivada da palavra primitiva feliz, acrescentando um prefixo.
ORIENTAÇÕES
b) Uma palavra derivada da palavra primitiva feliz, acrescentando um sufixo.
8. a) Infeliz. c) Uma palavra derivada da palavra feliz, acrescentando um prefixo e um sufixo.
8. b) Felizmente.
8. c) Infelizmente. A linguagem na prática
1. Leia a tira para responder às questões.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Syndication
plementados com exemplificações extras,
que podem partir dos próprios estudan- SCHULZ, Charles Schulz. Peanuts (A Turma do Charlie Brown). 1989.
tes. Estimule-os a exemplificar as regras de
acentuação e os processos de formação de a) O que os personagens da tira estão fazendo?
palavras ao longo dos exercícios. Se neces- b) A qual conclusão Charles Brown chega após conhecer a seção do jornal pre-
sário, faça junto com eles a divisão silábica ferida de cada um de seus amigos?
das palavras e a identificação de sílabas c) Que assunto interessa a Snoopy?
tônicas, conhecimentos que antecedem a d) O que o uso das aspas indica no último balão?
compreensão das regras de acentuação. e) Encontre a única palavra que aparece, na tira, com acento gráfico marcando
a sílaba tônica. Justifique essa acentuação com a regra adequada.
A LINGUAGEM NA PRÁTICA: 2. Copie a tabela a seguir no seu caderno. Depois, complete-a com a justifica-
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES tiva do uso das aspas em cada caso.
1. a) Estão lendo jornal.
Caso Justificativa para o emprego das aspas
1. b) A conclusão é que o interesse deter- “A maioria relaciona a velhice à doença”, diz
MODELO
mina aquilo que gostamos de ler. o médico Drauzio Varella.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
68 Língua Portuguesa
5. Leia o cartaz publicado pelo governo do estado do Paraná para responder
às questões. A LINGUAGEM NA PRÁTICA:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
fixos de negação: des-, in- ou im-. Use seu cente (aquele em que a semivogal vem
caderno
antes da vogal, ou seja, o som “cresce”
a) perdoável g) completo
do menos para o mais forte).
b) feliz h) paciente
c) amparado i) compreensível 7. c) Consequência, pertinência, ausência
d) sensível j) delicado etc.
e) discutível k) perfeito
f) capaz l) finito
7. A frase do cartaz possui uma palavra acentuada.
a) Identifique a palavra e classifique-a como oxítona, paroxítona ou proparoxítona.
b) Que regra de acentuação aplica-se a esse caso?
c) Dê um exemplo de outra palavra na qual se usa a mesma regra de acentuação.
69
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A atividade a seguir contribui para o entendimento de formação de palavras por derivação.
A partir deste exercício, se achar conveniente, mencione os conceitos de morfemas e afixos.
1. Compare estas três palavras: velho – envelhecimento – envelhecer
a) Anote-as em seu caderno e grife ou circule a parte que elas têm em comum.
Resposta: velho – envelhecimento – envelhecer
b) A parte destacada representa uma sílaba? Justifique.
Resposta: não, porque é possível observar que articulamos a boca mais de uma vez (ou
produzimos mais de um impulso de voz) para pronunciar essa parte.
c) Que tipo de relação as três palavras têm entre si?
Resposta: elas têm uma relação de sentido que podemos observar por meio da parte que
têm em comum.
d) E o que essas palavras têm de diferente?
Resposta: elas são formadas por partes que são colocadas antes ou depois da parte em
comum, formando novas palavras.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 69
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
na íntegra em outro momento. Após a au- faz perguntas? O locutor interrompe a fala para mudar de assunto ou questionar
dição, promova uma conversa sobre suas alguma colocação do entrevistado?
impressões. Encerramento – Como é feito o encerramento: O entrevistado se despede? O
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
70 Língua Portuguesa
Leiam, a seguir, uma sugestão de roteiro para conduzir a entrevista que será o conteúdo
do podcast.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Escolham um entrevistado. Lembrem-se de que o tema é o lazer para pessoas mais
velhas, por isso escolham alguém que tenha conhecimento ou experiência no assunto. Sobre o preenchimento do quadro, se
Debatam e providenciem uma lista de perguntas ao entrevistado.
notar dificuldades da parte dos estudan-
tes, faça essa atividade de forma coleti-
Criem um nome para o podcast da turma e outro para o do grupo.
va tomando como base algum episódio
de podcast que julgar pertinente. Assim,
Revisão e avaliação quando fizerem a atividade em grupo, eles
A revisão é um momento para verificar se os ajustes sugeridos pelos integran- terão mais experiência em analisar os as-
tes do grupo foram realizados e se há necessidade de outras adaptações. Para fa- pectos apontados no quadro.
zer essa análise, respondam às questões do quadro a seguir. A criação do anúncio publicitário é um
Critérios Adequado Precisa de aprimoramento
bom momento para listar com os estu-
dantes elementos essenciais do contexto
O texto de apresentação reflete a finalidade
da entrevista?
MODELO MODELO de produção: onde será publicado, públi-
co-alvo, nome do entrevistado, assunto
As perguntas estão bem formuladas? central da entrevista, endereço de aces-
Algumas iniciam-se por uma afirmação ou
comentário, para depois serem seguidas
MODELO MODELO so do podcast. Reforce a necessidade de
pelo questionamento? a campanha apresentar letras grandes e
bem distribuídas na folha sulfite. Instrua-os
Há uma pergunta para o entrevistado se
despedir no final?
MODELO MODELO a fazer o layout na folha antes de iniciar
a versão final do anúncio. Se preferir, al-
O texto final de agradecimento está
MODELO MODELO guns anúncios podem ser divulgados nas
simpático e objetivo?
redes sociais da escola e outros em mu-
A linguagem está adequada, com rais externos à sala de aula. Nesse caso,
MODELO MODELO
predomínio do tom conversacional? promova uma votação com os estudantes.
O caminho para o compartilhamento do
Com tudo revisado, chegou o momento de fazer as gravações de áudio. Lem-
podcast deve ser comunicado a eles antes
brem-se de que o episódio do podcast deve ser organizado da seguinte maneira:
da criação do anúncio publicitário, uma vez
fala de abertura com o tema do podcast;
que essa informação é importante para ser
breve apresentação dos componentes do grupo: nomes e ano de estudo; inserida no anúncio. Caso conheça algu-
perguntas e respostas para apresentação do entrevistado; ma ferramenta própria para criar podcasts,
perguntas e respostas sobre o tema do podcast; organize a publicação dos áudios nela.
fala de agradecimento. Também é possível organizar uma roda
dentro da sala de aula para a audição das
Publicação entrevistas. Nesse caso, agende com os
Chegou o momento da divulgação para a comunidade escolar e familiares. Para
estudantes os dias da audição em forma
isso, você e seu grupo vão criar um anúncio publicitário. Lembrem-se de inserir de rodízio.
imagens atrativas e informações que orientem os ouvintes.
O compartilhamento do anúncio publicitário e do áudio para os familiares e
para a comunidade escolar pode ser realizado por redes sociais e blog da escola
ou de sua turma.
71
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 71
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Fechamento da Unidade
Aproveite a oportunidade para fazer
uma retomada com a síntese de aprendi-
zagens propostas na Unidade. Este fecha- Retomar e avançar Projeto Telejornal: etapa 2
mento pode ser uma chance para resolver
Ao longo desta Unidade, você aprendeu sobre Resenha de podca
podcast
st
dúvidas que porventura ainda persistam.
estrutura e objetivos comunicativos de podcasts,
leu resenha e entrevista para compreender como Para encerrar esta Unidade, você deve produ-
RETOMAR E AVANÇAR:
se produz textos para serem ouvidos como pro- zir, em dupla com um colega, uma resenha sobre
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
gramas de rádio. Conheceu também as regras de o podcast Livro falado, em que Pedro Bandeira
1. Alguns estudantes podem ter um reper-
acentuação e os prefixos formadores de negação. relata o processo de criação do livro O fantástico
tório sobre podcasts ou resenhas. Esti-
Agora, em duplas, façam uma revisão do que mistério de Feiurinha. Essa produção vai compor o
mule-os a compartilhar suas experiên- foi visto para seguirem adiante. projeto anual da turma.
cias de usuários desses programas e a
1. O que você gostou mais de estudar? O que
comentar o que aprenderam na Unidade. você já sabia? E o que foi novidade? Planejamento e produção
2. Os quadros ajudam os estudantes a re- Fase 1
2. Organize seu aprendizado fazendo um
fletir sobre seu processo de aprendiza- quadro de conteúdos. Copie as perguntas Para a criação da resenha, você precisará re-
gem. Estimule-os a produzir um quadro, a seguir e componha o quadro no seu ca- visitar alguns conhecimentos que adquiriu nesta
de maneira crítica, sobre seu processo derno ou em uma folha maior, para facilitar
a consulta em outro momento. Unidade. Consulte suas anotações pessoais e con-
de aprendizagem.
verse com o colega de dupla sobre as questões
– São programas gravados que podem Quais são as características do a seguir.
trazer informações pesquisadas ou dis- MODELO
podcast?
1. O que é uma resenha?
cussão sobre assuntos pertinentes a
certo público. Qual o objetivo comunicativo da
MODELO 2. O que deve constar necessariamente em
resenha?
– Registrar e comentar as principais uma resenha?
informações contidas em livro, filme etc. Como a entrevista pode colaborar
MODELO 3. Qual é a linguagem adequada para uma re-
para a criação de um podcast?
– A entrevista pode fazer parte do senha?
podcast ou ajudar o autor do programa O que devo saber sobre sílabas
a coletar e organizar informações que tônicas para compreender as regras MODELO Em seguida, produza uma resenha. Leve em
serão veiculadas. de acentuação? consideração os aspectos listados a seguir.
– Para reconhecer as regras de acen- O que entendi sobre palavra-chave? MODELO 1. A linguagem a ser utilizada deve estar de
acordo com o público a quem se destina a
tuação, é preciso saber a posição da
mensagem, que será a comunidade escolar.
sílaba tônica, além da terminação da 3. Onde são publicados os podcasts?
palavra para compreender a obrigato- 4. O autor de uma resenha pode emitir sua 2. O texto deve conter as palavras-chave re-
riedade do uso de acentos. opinião ou deve ser imparcial? lacionadas ao podcast comentado, garan-
tindo que o conteúdo mais importante do
– As palavras-chave sintetizam o as- 5. Converse com um colega sobre as dúvidas podcast seja mencionado na resenha.
sunto tratado no texto. que restaram a respeito dos assuntos desta
Unidade. Peça a ajuda dele para responder 3. A resenha deve ser clara e objetiva. O ta-
3. Em plataformas virtuais para publicação ao que falta e ajude-o também com as dú- manho do texto deve ser adequado ao seu
do gênero. vidas dele. propósito comunicativo. Converse com seu
4. O resenhista pode manifestar opinião
sobre o texto ou filme sobre o qual está
resenhando. 72
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
72 Língua Portuguesa
professor para estabelecer o número ne- 4. Se a linguagem está adequada e se des-
cessário de parágrafos e de linhas. perta a curiosidade do espectador em co- SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
nhecer o material resenhado.
4. A resenha deve enfatizar aspectos relevan-
Como esta Unidade trabalha com um
tes do podcast a fim de despertar o inte- 5. Verificar se o texto criado para a leitura no conteúdo que será retomado e desdobra-
resse do público. telejornal é objetivo, claro e breve. do em Unidades posteriores, ou que será
útil para retomadas futuras, propomos
Fase 2 6. Observar se a leitura ficou clara, bem audí-
vel, sem pausas desnecessárias ou hesita-
uma atividade de avaliação que possa sin-
Com a resenha pronta, crie um pequeno tex- tetizar as aprendizagens e, após sua corre-
ções, e se não apareceram ruídos externos,
to convidando os telespectadores a conhecer o como barulho de pessoas, automóveis, ani- ção, também servir como fonte de consulta
episódio do podcast Livro falado e as resenhas mais etc. Se necessário, refaça a gravação. para os estudantes. A atividade pode ser
produzidas. Esse texto deverá ser breve (alguns desenvolvida por meio de uma tabela que
segundos), pois será lido pelos apresentadores Publicação o estudante deverá preencher. Auxilie-os
do telejornal. Para a produção desse texto, siga
1. A publicação da resenha deve ser feita no
na estruturação da tabela e, posteriormen-
os passos a seguir.
site da escola ou em blog da turma, junta- te, no refino das respostas, de forma que
1. Deverá mencionar o estudo de podcasts e mente com a indicação do link do podcast sejam precisas e sucintas.
resenhas realizado pela turma. a que ela se refere.
Oriente os estudantes para que dese-
2. Um convite para os telespectadores conhe- 2. O texto destinado ao telejornal deve ser nhem, no caderno, uma tabela de duas
cerem uma parte deste trabalho. Por exem- arquivado para a etapa final do projeto. colunas. Na primeira, peça que anotem os
plo: A turma X, do 6o ano da escola X, rea- tópicos listados a seguir e, na segunda,
lizou um estudo sobre podcasts e resenhas.
As atividades realizadas foram: (citá-las). que coloquem uma definição sucinta, com
Você pode conferir as resenhas dos estudan- exemplos sempre que possível.
tes em: (indicar site onde foram publicadas). Uso das aspas.
Texto pronto, hora de gravar! Em dia e hora O que é ironia.
Pedro Hamdan
previamente combinados, gravem o texto em um
Regra de acentuação das proparoxítonas.
celular ou computador.
Regras de acentuação das paroxítonas.
Revisão e avaliação Regras de acentuação das oxítonas.
Antes de finalizar seu trabalho, observe Regra de acentuação dos hiatos.
atentamente se sua resenha segue os ele- O que são palavras cognatas.
mentos indicados.
O que é radical.
1. Está adequada ao objetivo pro-
O que são afixos.
posto.
Exemplos de prefixos de negação.
2. Se há informações que expli-
quem o tema do podcast.
3. Conferir se as observações
feitas a respeito do podcast
estão justificadas.
73
HABILIDADES DA BNCC
Essa etapa de trabalho com o telejornal leva em conta as habilidades de planejar, pro-
duzir e publicar resenhas que avaliem produções culturais, levando em consideração seu
contexto de produção e as características do gênero. Portanto, dialoga com as habilidades
EF67LP12, EF69LP06 e EF67LP11.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 73
CONTEÚDOS E OBJETIVOS DA
UNIDADE
Existe arte com palavras,
3
UNIDADE 3
Gab Marcondes
trios. A experiência abrange estratégias de
escrita, criatividade, elaboração, revisão e
avaliação das produções dos estudantes
para que se organize uma exposição à co-
74
munidade escolar.
CONHECIMENTOS PRÉVIOS
COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E TEMA CONTEMPORÂNEO TRANSVERSAL DA BNCC
Elabore um plano de ação que mapeie
o que os estudantes já conhecem sobre a Competências gerais: 2 e 3.
linguagem poética, seus gostos e interes- Competências específicas de Linguagens: 2, 3 e 5.
ses acerca dela. Verifique a familiaridade Competências específicas de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 4 e 5.
deles com a leitura de poemas e proponha
Habilidades: EF67LP08, EF67LP11, EF67LP27, EF67LP28, EF67LP31, EF67LP32,
o trabalho com a oralidade. É importante
EF67LP37, EF69LP05, EF69LP06, EF69LP48, EF69LP49, EF69LP51, EF69LP53,
que encontre estratégias que demonstrem
EF69LP54, EF69LP55, EF69LP56.
o quanto a língua escrita e a literatura são
parte da cultura e da própria identidade Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade Cultural.
de cada um.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
74 Língua Portuguesa
p orâ n e o
em
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Tr
Te m o nt
ans
Diversidade
aC
ve rs a
Cultural
l
Antes de propor aos estudantes que res-
pondam às perguntas, convide-os a fazer a
leitura do poema-objeto. Levantem juntos
hipóteses sobre o uso comum do prega-
dor de roupas e como a artista consegue
A imagem de abertura da Unidade apresenta um
ressignificar a utilidade dele na obra. Se for
poema-objeto de Gab Marcondes, poeta e artista vi-
sual brasileira que, em seus trabalhos, costuma utili-
conveniente, mostre aos estudantes outros
zar utensílios do cotidiano de modo não convencional, poemas-objeto de Gab Marcondes, desta-
fazendo deles suportes para breves poemas. Sua pro- cando o sentido lúdico que ela imprime a
posta é criar obras de arte ao ressignificar um ele- suas criações. Os poemas da artista podem
mento do dia a dia e transformá-lo em objeto poético, ser encontrados no site oficial:
causando estranhamento e surpresa no público.
MARCONDES, Gab. Inutensílios poéticos.
Ver o mundo de maneira criativa, observá-lo com Disponível em: livro.page/9V6U375LP.
curiosidade – e, às vezes, bom humor – e traduzi-lo
Acesso em: 15 mar. 2022.
de maneira inesperada, produzindo impacto, é o que
fazem os artistas em suas obras, entre eles, os poetas.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. Que objeto do dia a dia foi usado pela artista para criar
1. Um pregador de roupa de madeira.
o poema-objeto?
2. A escolha do objeto usado pela artista não foi aleatória. 2. a) Ao criar o poema-objeto, a artista
a) Qual é a relação entre o objeto portador do poema aproxima a função original do objeto,
e o poema grafado nele? que é pregar/segurar, à escolha das
b) Que alteração de função recai sobre o objeto ao ser palavras do poema, principalmente dos
deslocado de seu lugar original? verbos “segurar” e “prender”.
c) Observe a posição em que o objeto e as palavras
estão dispostos. Que sensação essa escolha feita 2. b) Uma interpretação possível é que,
pela poeta causa no espectador? com o poema-objeto, ela modifica a fun-
3. Essa obra surpreendeu você? Converse com os colegas ção do pregador: se antes ele segurava
e o professor sobre as impressões que você teve dela. roupas no varal, agora não segura mais
4. Você conhece outros artistas que criam obras de arte nada, nem mesmo prende palavras, já
com objetos do cotidiano? Em caso positivo, cite algu- que a natureza da palavra na poesia não
ma obra que tenha chamado a sua atenção. permite que fiquem fixas ou presas ao
sentido original. Na poesia, o significado
das palavras se modifica, “desprende-
-se” do sentido original.
2. c) Espera-se que os estudantes asso-
ciem a posição vertical com a posição
em que o pregador fica nos varais ao
Gab Marcondes
Poema sobre pregador de roupa de madeira, de Gab prender uma roupa. Outra percepção
Marcondes. Medidas: 6,40 × 3,45 cm; 6,40 × 4,26 cm;
6,40 × 4,67 cm.
esperada é o efeito de expectativa cau-
sado pela palavra "prende" estar isolada
do restante do poema.
75
3. Na atividade proposta, convocam-se a per-
cepção e a leitura estética dos estudantes,
o que será essencial para o trabalho com
o gênero poema, em foco nesta Unidade.
TEMA CONTEMPORÂNEO TRANSVERSAL
4. Resgate conhecimentos prévios acerca
Explorar a Diversidade Cultural significa, entre outras coisas, conhecer as formas de
de poemas-objeto, verificando se eles
expressão poética, que é o foco nesta Unidade. Conhecer, investigar e estudar poemas-
conhecem essa modalidade. Para agre-
-objeto contribui, então, com o reconhecimento da diversidade nas formas de expressão
gar saberes, traga exemplos, por meio de
humanas e na literatura. Conviver com o multiculturalismo na rotina escolar estimula a
imagens, de outros poemas-objeto. No
formação de cidadãos críticos, respeitosos e abertos ao novo e ao diferente, num movi-
vídeo O que é poema-objeto, com Franklin
mento de construção de uma realidade mais inclusiva.
Valverde, produzido pela Casa das Rosas,
há alguns exemplos de autores como Joan
Brossa, Chema Madoz e Guto Lacaz:
VALVERDE, Franklin. Oficina online: o
que é poema-objeto. Casa das Rosas,
2014. 1 vídeo (50 min.) Disponível
em: livro.page/10V6U375LP. Acesso
em: 26 maio 2022.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 75
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Caminhos
Os objetivos de aprendizagem desta Unidade são:
estudar um poema de Manoel de Barros;
Para uma participação ativa em sua identificar marcas linguísticas que compõem
aprendizagem e a tomada de consciência o gênero textual poema para contribuir para a
Syda Productions/Shutterstock
76
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Se julgar pertinente, em sequência à atividade de abertura da Unidade, apresente neste
momento outros poemas-objeto aos estudantes por meio de imagens. Navegue virtual-
mente, por exemplo, no site da Casa das Rosas, um espaço cultural dedicado à poesia:
CASA DAS ROSAS. Dobradura poética. Disponível em: livro.page/14V6U385LP. Acesso
em: 26 maio 2022.
A atividade disponível no material de apoio ao professor, a "Dobradura poética", amplia
o olhar sobre a poesia, aproximando-a das dimensões físicas e visuais, além de literária.
Na atividade prática, cada estudante terá a oportunidade de elaborar um poema-objeto
trabalhando com materiais simples como papel e tesoura, trazendo à tona a discussão
acerca da diversidade no campo poético.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
76 Língua Portuguesa
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Marcos Amend/
Para que a turma se organize para os
Pulsar Imagens
estudos, fale sobre os recursos necessários
para realizar as atividades propostas nesta
Unidade.
Para esta Unidade, você vai precisar de Na Seção de leitura de textos, traba-
alguns recursos: lharemos com cordel e será proposta uma
dicionário impresso ou on-line;
pesquisa sobre o xilogravurista J. Borges.
Para o ensaio fotográfico sobre ditados
canetas hidrográficas coloridas;
O poema move-se ao sabor da beleza dos
populares serão necessários: dispositivo
caneta esferográfica preta; digital de fotografia, impressora, papel
detalhes, que se torna o ponto central das
criações, como a grandeza de uma paisagem papel sulfite A4;
combinada com a sutileza de borboletas às
sulfite, papelão e caneta.
margens de um rio. Rio Cristalino, em Alta dispositivo digital de fotografia; A seção produção textual envolverá a
Floresta (MT), 2019.
impressora; elaboração de um poema visual, em um
caderno. trabalho cooperativo em trios, em que se-
rão utilizados materiais como dicionário
(impresso ou digital), canetas hidrográficas
coloridas e folhas de papel sulfite para a
produção dos poemas e sua exposição à
A finalidade desta Unidade é despertar em você comunidade escolar.
o interesse por cordéis, poemas visuais e poemas-objeto.
Verifique a possibilidade de realizar as ati-
A intenção é mostrar que nosso olhar para o mundo pode
vidades que necessitam de pesquisa on-line
ser mais profundo e divertido se enriquecido por textos
e/ou impressora em um laboratório de in-
que talvez promovam algum estranhamento inicial.
formática, caso a escola ofereça.
Auxilie os estudantes a se organizarem
em grupo. Estimule-os a compartilhar os
© Fundación Joan Brossa/AUTVIS,
Literatura de Cordel em
exposição no Museu Pai Chico,
recursos necessários para a realização
em Afrânio (PE), 2019. das atividades com o cuidado de evitar
constrangimentos àqueles que não tenham
material ou por diferença de marcas e mo-
Brasil, 2022
77
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 77
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
artístico-literário.
Texto 1
A beleza das cores da poluição
Entenda por que o céu fica alaranjado, avermelhado, azul ou com muitas outras
cores que formam as maravilhosas pinturas naturais do entardecer poluído.
A falta de chuva é comum nesta época na maior parte do Brasil. Sem chuva e
com pouco vento, o ar fica mais poluído. A poluição existe em todo lugar e não
é apenas a fumaça dos carros e indústrias. A poeira que fica suspensa nos campos
também é poluição.
A BELEZA das cores da poluição. Terra , São Paulo, 6 jul. 2018.
Disponível em: livro.page/1V6U380L.
Acesso em: 5 abr. 2022.
78
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
78 Língua Portuguesa
Dasayev Diogo/Shutterstock
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
3. a) A poluição nas cidades.
3. b) No texto 2. Pode-se perceber a crítica
pela pergunta no final do poema, que
apenas promove uma reflexão.
3. c) O texto 2 apresenta linguagem pes-
soal, com o propósito de provocar sen-
timentos e emoções no leitor. O texto 1
Lago do Parque das Nações
apresenta linguagem impessoal, com
Texto 2 Indígenas, Campo Grande (MS), 2020. o propósito de explicar um fenômeno
amanhece a cidade meteorológico.
em colorida cerração.
3. d) O texto 1 dispõe as palavras respei-
ou será bonita
tando e aproveitando integralmente o
a poluição?
TAVARES, Ulisses. Viva a poesia viva. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 70. espaço entre as margens e o parágrafo.
Já o texto 2 realiza uma distribuição es-
a) Qual é o assunto central abordado nos dois textos?
b) Em qual dos textos há um tratamento mais crítico ao assunto? Justifique sua
Não escreva pecial das palavras: faz uso de versos e
neste livro
resposta. Use seu
estrofes.
c) A diferença central entre os textos está na linguagem e no propósito comu- caderno
4. a) Mudança na ordem das palavras no
nicativo. Qual deles apresenta:
1o e 3o versos e eliminação do 4o verso.
linguagem pessoal, com o propósito de provocar sentimentos e emo-
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Língua Portuguesa 79
Você percebeu que a linguagem poética faz uso de recursos como: linguagem
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS artística pessoal e criativa, disposição especial das palavras no texto, propósito de
promover emoções e sensibilização nos leitores. Dessa forma, a apreciação de um
texto poético é o trabalho cuidadoso de conhecer os recursos utilizados pelo poeta,
Aproveite este momento para retomar
a fim de vivenciar a experiência poética com mais possibilidades de interpretação.
com os estudantes alguns aspectos formais
dos poemas, como a organização em versos
e estrofes e os demais recursos estéticos co- A linguagem poética e a diversidade cultural
muns ao gênero. Neste momento, não é ne- Como toda produção artística, a literatura exprime a visão de mundo do artista,
cessário aprofundar os conceitos teóricos. O ou seja, o modo como encara a sociedade, sua época e as mais variadas questões
objetivo é dar subsídios aos estudantes para da existência. Isso significa que os textos literários são baseados nas experiências,
que consigam selecionar procedimentos e nos conhecimentos e nas leituras acumuladas durante a vida de quem os produziu.
estratégias de leitura adequados. Uma suges- O poema a seguir trata de como o autor Manoel de Barros concebia o mundo
tão é mostrar outros poemas para que sejam e sobre seu fazer poético. Leia o texto para responder às questões.
explorados com eles os aspectos formais e
procedimentais da composição estética da O apanhador de desperdícios
linguagem. Selecione poemas de diversas Manoel Wenceslau Leite de
Barros, ou simplesmente Uso a palavra para compor meus silêncios.
formas, como sonetos (em que há uma
Manoel de Barros, nasceu em Não gosto das palavras
maneira fixa de disposição dos versos, ri- Cuiabá (MT) em 19 de dezembro fatigadas de informar. Fatigado:
mas e métrica), haicais, poemas em verso de 1916. Passou a infância em cansado,
Dou mais respeito exausto.
livre (como o de Manoel de Barros inseri- Campo Grande (MS) e depois se Prezar: preferir,
às que vivem de barriga no chão
do no livro do estudante), entre outros. mudou para o Rio de Janeiro (RJ), querer para si.
tipo água pedra sapo. Desperdício:
É importante que os estudantes percebam a onde se formou em Direito.
Entendo bem o sotaque das águas. resto, sobra.
Embora escrevesse desde a
diversidade estética dos poemas e tenham Dou respeito às coisas desimportantes
infância, seu primeiro livro de
contato com os recursos linguísticos utiliza- poemas foi publicado apenas em e aos seres desimportantes.
dos para produzir a polissemia no texto.
Tanya Syrytsyna/Shutterstock
1937. Começou a ser conhecido Prezo insetos mais que aviões.
Sugere-se que a atividade 7 seja fei- pelo grande público na década Prezo a velocidade
de 1980 e hoje é considerado
ta coletivamente. Durante sua realização, das tartarugas mais que a dos mísseis.
um dos maiores poetas do país.
questione os estudantes sobre qual seria a Faleceu em 13 de novembro de Tenho em mim um atraso de nascença.
palavra inventada e em que verso ela está. 2014, aos 97 anos. Eu fui aparelhado
Leve-os a perceber que o eu lírico opõe a para gostar de passarinhos.
Jonne Roriz/Estadão Conteúdo
palavra inventada, “invencionática”, à pala- Tenho abundância de ser feliz por isso.
vra “informática”, mostrando sua rejeição Meu quintal é maior do que o mundo.
ao que esta última significa. Então, copie Sou um apanhador de desperdícios:
na lousa os versos em que ambas apare- Amo os restos
cem, auxiliando os estudantes a identificar como as boas moscas.
semelhanças na composição das duas pa- Queria que a minha voz tivesse um formato de
lavras. Em seguida, questione-os sobre o canto.
significado da palavra “informática”. Se ne- Poeta Manoel de Barros em Campo Porque eu não sou da informática:
Grande (MS), fevereiro de 2008. eu sou da invencionática.
cessário, peça que utilizem um dicionário.
Na lousa, escreva a origem dessa palavra: Só uso a palavra para compor meus
Shutterstock
PurpleBird/
80 Língua Portuguesa
1. O título do poema sugere ao leitor o assunto tematizado nele. Levante uma Não escreva
hipótese sobre o assunto que o poeta vai discorrer. neste livro
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Use seu
2. Releia estes versos do poema de Manoel de Barros.
caderno ORIENTAÇÕES
1. Resposta pessoal. Espera-se que os estu-
Entendo bem o sotaque das águas dantes reconheçam que o assunto será re-
Dou respeito às coisas desimportantes lacionado a coisas/situações consideradas
e aos seres desimportantes. sem importância, que são desprezadas.
2. a) Elementos que rodeiam ou fazem
a) Que sentido podemos atribuir à palavra coisas nesse trecho? parte da vida do eu lírico, da pessoa
b) Você já sabe que é possível criar palavras partindo de outras. A palavra de- que fala no poema.
simportante é criada com base em outra palavra? O prefixo -des atribui a
ela que sentido? 2. b) Ela é criada a partir da palavra “im-
c) Qual é o sentido que essa palavra adquire nesse contexto? portante”. O prefixo atribui a ela o sen-
tido de negação.
3. Releia os 2o e 3o versos.
2. c) A palavra “desimportante”, no poema,
Não gosto das palavras
refere-se a elementos que não se desta-
fatigadas de informar.
cam na urgência do mundo cotidiano.
3. a) Espera-se que os estudantes associem
a) O que você entende que são “palavras fatigadas de informar”?
às palavras que aparecem em notícias ou
b) Como esses versos se relacionam com o fazer poético presente no poema?
textos de estudo, cujo objetivo é transmi-
4. Releia este outro verso. tir informações reais, e não inventadas.
DeepGreen/Shutterstock
Meu quintal é maior que o mundo.
3. b) Espera-se que os estudantes relacio-
nem à invenção, à criação no uso das
É possível que um quintal seja maior
palavras em poemas.
que o mundo? Explique o sentido 4. Espera-se que os estudantes percebam
desse verso no contexto do poema. que esse verso está relacionado àquele
5. Qual é a visão de mundo do eu lírico que diz “Tenho a abundância de ser fe-
no poema? Dê exemplos com trechos liz”: o quintal é do “tamanho” da felici-
do texto. dade do eu lírico. Portanto, “maior que o
6. Releia a hipótese que você apresen- mundo” não se refere às dimensões do
tou na questão 1. “Meu quintal é maior que o mundo”. (Manoel de Barros) mundo, mas a algo que o ultrapassa: o
a) Ela se confirmou após a leitura? Justifique.
quintal fornece ao eu lírico o material de
b) No poema, qual sentido é possível atribuir à palavra
sua poesia. A comparação metafórica no
Eu lírico, ou eu poético, é verso mostra que o eu lírico valoriza o
desperdício?
a voz que fala no poema. espaço comum, familiar, “insignificante”
c) Qual é o significado que “apanhador de desperdício” Essa voz é inventada e pode
adquire no fazer do poeta? do quintal de casa: as coisas do cotidia-
representar uma criança,
7. Também é comum escritores e poetas inventarem palavras. um adulto, uma mulher, uma no são mais importantes que o mundo.
Copie, no caderno, o verso em que Manoel de Barros uti- planta ou um animal e até 5. Resposta pessoal. Espera-se que os es-
liza uma palavra inventada e elabore uma hipótese para um objeto. É importante não tudantes percebam que, no poema, o eu
seu significado. confundir o eu lírico com o
lírico declara sua proximidade à natureza
autor do poema, pois nem
8. Considerando o que você estudou até aqui, o que se deve sempre a voz que fala no e às coisas insignificantes para a maioria
considerar ao ler um texto literário, em que predomina a texto corresponde à de quem das pessoas. Vemos isso, por exemplo, no
linguagem poética? o escreveu. verso “Prezo insetos mais que aviões”.
6. a) Resposta pessoal. Espera-se que os es-
81
tudantes consigam relacionar as hipóteses
iniciais com a interpretação que foi sendo
construída ao longo da leitura do poema.
6. b) No poema, “desperdício” imprime o
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR sentido de valorizar palavras e situações
do dia a dia.
BARROS, Manoel de. Memórias inventadas: a infância de Manoel de Barros. São Paulo:
Alfaguara, 2018. 6. c) O poeta diz colher, capturar palavras
de seu universo para seu fazer poético.
Nesse livro, ou melhor, nessa caixa, com três livros, o poeta fala de sua infância, reinventando-a
pelo olhar criativo e inventivo que possui. São contos que fazem uso da linguagem poética para 7. “Eu sou da invencionática”. Resposta
relembrar o tempo em que construía brinquedos, como via o mundo de forma diferente, a relação pessoal. O poeta faz uma analogia com a
com os pais, os avós e os amigos. Os contos são acompanhados de iluminuras (pinturas decorativas palavra “informática”; no entanto, inverte
seu sentido, atribuindo à palavra recriada
comuns na Idade Média) criadas por sua filha, Martha Barros.
o sentido de “invenção”, “criação”.
8. Espera-se que os estudantes percebam
que a linguagem poética exige que o leitor
aceite o caráter criativo e inventivo, que ele
busque entender os diferentes sentidos
que uma palavra ou um termo podem
assumir e que explore a forma do texto,
mesmo que ela provoque estranhamento.
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Língua Portuguesa 81
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
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82 Língua Portuguesa
Deixar fluir DEIXAR FLUIR:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
O cordel e a xilogravura
A proposta desta atividade é engajar
Eduardo Knapp/Folhapress
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Língua Portuguesa 83
Para conhecer um pouco mais a literatura de cordel e a cultura popular brasileira,
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS leia o trecho de um poema de César Obeid, publicado no livro Minhas rimas de cordel.
Ditados populares
Uma sugestão é coordenar uma leitura
Quando eu brinco com palavras Desenvoltura: agilidade, destreza.
coletiva em voz alta do poema. Peça que Sarau: encontro com apresentações
Com cordel, literatura
estudantes voluntários leiam uma estrofe artísticas.
Dos ditados populares Controvérsia: polêmica.
por vez. É essencial pedir que treinem a
Eu tenho desenvoltura
leitura oralmente antes da apresentação
Água mole em pedra dura
final. Pode-se orientá-los também a bus-
Tanto bate até que fura.
car vídeos de cordelistas recitando suas
produções, a fim de que observem os Vou contar outro ditado
recursos de voz e gestuais. Desse modo, No meu verso meio louco
eles exercitam a leitura expressiva e fluen- Atenção meu pessoal
te considerando os recursos linguísticos e Quero ouvir refrão de troco
cinésicos demandados pelo gênero. Que a alegria de um pobre
Sempre dura muito pouco.
Pedro Nogueira
Outro dito popular
Onde afirmo o que sei
Sendo na boca do povo
Todo dito já é lei
Em terra onde vive cego
Quem tem um olho é rei.
[...]
84
HABILIDADES DA BNCC
A experiência com a leitura em voz alta promove o desenvolvimento de habilidades
específicas que vão além da tradição escrita, como a fala expressiva, fluente e ritmada.
A literatura de cordel se encaixa muito bem nesse contexto, pois é composta de textos
repletos de recursos expressivos sonoros, como rimas e ritmo. Portanto, realizar a leitura
do poema de César Obeid com os estudantes contribui para o desenvolvimento das ha-
bilidades EF69LP48 e EF69LP53.
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84 Língua Portuguesa
A cultura do cordel
Nunca fecha a sua soma REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
Eu percebo nos sorrisos
ABREU, Márcia A. Cordel Português/
O mais variado aroma
Folhetos Nordestinos: confron-
Escutando esse ditado
tos. 1993. Tese de Doutorado –
Quem tem boca vai a Roma.
Unicamp/DTL, Campinas, 1993.
Mas que grande brincadeira Repente: verso improvisado e Nesta tese, a autora defende que,
É ouvir os meus repentes musicado típico da região Nordeste no
Brasil.
apesar de haver cruzamentos entre a
Rimas são como ganhar Errante: pessoa que anda sem destino. tradição portuguesa e a nordestina de
Versejar: criar versos.
De alguém lindos presentes produção de cordel, é um equívoco con-
Quando o cavalo é dado siderar que elas tenham uma origem em
Não dá para olhar os dentes. comum.
Esse aqui, caros ouvintes CURRAN, Mark. O retrato do Brasil em
Vai falar sobre a união cordel. Cotia: Ateliê Editorial, 2011.
Que com ela nunca vamos Nesta obra, são exploradas as inter-
Errantes em contramão secções entre os temas do cordel e a
Pedro Nogueira
Só com uma andorinha moral e os valores cristãos. Para isso, na
Não dá pra fazer verão. introdução da obra, há a retomada his-
tórica do gênero e seu papel na cultura
Brincadeiras de cordel
popular.
Têm o brilho do tesouro
Outro dito, o poeta Ilustração representativa do texto, especialmente criada para esta obra. MORAIS, R. A. O cordel e suas pos-
O verseja sem estouro sibilidades no ensino da linguagem:
A palavra é de prata formação humana, diversidade e cul-
O silêncio é de ouro. tura. Cadernos CESPUC de Pesquisa,
César Obeid nasceu em
Série Ensaios, n. 29, p. 126-149,
Esse aqui todos conhecem São Paulo (SP), em 1974.
É escritor e contador de 20 mar. 2017. Disponível em:
É famoso esse ditado
histórias e já publicou mais livro.page/13V6U385LP. Acesso em:
Que está vivo até hoje
de 30 livros para crianças 17 mar. 2021.
Porque é do nosso agrado e jovens. Várias de suas
Eu prefiro andar só obras foram premiadas pela
Trata-se de um relato de experiência
Do que mal acompanhado. Fundação Nacional do Livro em que a autora analisa duas sequências
Infantil e Juvenil (FNLIJ). didáticas produzidas com base nos cor-
[...] déis "O romance do pavão misterioso",
Acervo pessoal do autor
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Língua Portuguesa 85
Não escreva 1. Qual é o assunto motivador do cordel?
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS neste livro
Use seu 2. Sobre a estrutura do trecho de cordel lido, responda às perguntas.
caderno
a) Quantas estrofes foram apresentadas?
Aproveite esse momento para conver-
b) Quantos versos tem cada estrofe?
sar com a turma sobre a cultura oral e a
c) Releia a 2a e a 7a estrofes do cordel. Quais versos rimam?
sabedoria popular. Pergunte se os estu-
d) A estrutura do cordel confere ritmo e musicalidade ao poema. Que efeito
dantes conhecem os ditados populares isso produz no ato da leitura?
que aparecem no cordel, se costumam
3. Será que você é bom em reconhecer ditados populares? Para descobrir, res-
ouvir algum deles em sua convivência, se ponda às questões.
entendem o que eles significam e em que
a) Escreva o ditado popular que está representado nesta imagem.
situações discursivas eles aparecem.
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ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. O cordel trata de ditados populares.
2. a) Doze estrofes.
2. b) As estrofes do cordel são compostas
de seis versos cada.
2. c) As rimas ocorrem no 2o, 4o e 6o ver-
sos de cada estrofe, como em: louco/
Ações corriqueiras, como lavar as mãos, costumam ser tema de ditados
troco/pouco; soma/aroma/Roma. populares.
2. d) O jogo sonoro criado durante a leitu-
b) Converse com os colegas sobre que significado esse ditado pode ter.
ra confirma a musicalidade do poema e
ainda favorece a memorização.
3. a) Uma mão lava a outra.
3. b) Refere-se a ajuda recíproca, em que Em geral, os poemas são escritos em versos, que são
um ajuda o outro. as linhas que compõem o texto. O conjunto de versos é
chamado de estrofe.
Os poemas podem ou não ter rimas, que é a repetição
de sons iguais ou semelhantes nas últimas palavras dos
versos. Observe o exemplo.
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Verso Em terra onde vive cego
Verso Quem tem um olho é rei.
86
COMPETÊNCIA DA BNCC
A Competência específica de Língua Portuguesa 1 orienta sobre a importância de
“Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e
sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades
de seus usuários e da comunidade a que pertencem”. Nesse sentido, trabalhar em sala
de aula com elementos linguísticos e literários populares, como a literatura de cordel,
exercita a capacidade de identificação da língua como formadora de identidades indivi-
duais e coletivas.
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86 Língua Portuguesa
MÚLTIPLAS LEITURAS:
Múltiplas leituras RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
Na última estrofe do cordel, há um convite do poeta cordelista
A atividade pode ser explorada, no
para a escrita de uma estrofe de cordel. Que tal aceitar esse con- Organize-se
vite e criar uma estrofe do cordel representada com fotografias? sentido da ampliação de conhecimentos
Os ditados populares ou provérbios são frases breves com o Nesta seção, usaremos acerca da fotografia artística. Formas de
dispositivo digital de
propósito de alertar ou aconselhar alguém, usando o sentido figu- expressão artística enriquecem o trabalho
rado, ou seja, diferente do usual. Eles nasceram da tradição oral fotografia, impressora, papel
sulfite ou tampas de caixas com outros conteúdos na medida em que
e, geralmente, são passados de geração em geração, por isso a
autoria deles é desconhecida. de papelão e caneta. estimulam a expressão dos estudantes de
Observe e identifique o ditado representado nesta fotografia. maneiras variadas.
Organize com a turma o local para a
Troscha/EasyFotostock/Easypix Brasil
O sentido figurado
para o ditado que REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
representa essa
imagem é estar apto
ESCANDAR, Nizar. Fotografia artística:
para realizar algo ou dicas e truques para melhorar suas fo-
as condições estarem
favoráveis para o que tos. Blog eMania, 16 out. 2015. Dis-
se quer realizar. ponível em: livro.page/15V6U387LP.
Agora, você e a turma vão desenvolver um ensaio Acesso em: 26 maio 2022.
fotográfico e poético de ditados populares.
Para enriquecer a experiência com fo-
Sentido figurado: Junte-se a dois colegas para realizar a atividade pro-
posta a seguir.
tografia, pesquise dicas que auxiliem os
explora a significação da
palavra ampliando suas estudantes a compreenderem a noção
a) Entrevistem familiares para descobrir pelo menos dois di-
possibilidades fora do uso tados populares que eles conheçam. Anote-os no caderno.
de fotografia artística, que é um gêne-
básico, comum, dicionarizado.
b) Reúnam-se para selecionar apenas um dos ditados coleta-
ro de foto que não se compromete em
Sentido literal: a palavra mostrar a realidade e sim a apresentar
dos com os familiares, que podem render boas fotografias.
é usada no sentido básico,
c) Conversem sobre o conselho ou a lição que o ditado o que o fotógrafo quer expressar. Uma
comum, dicionarizado.
transmite. Essa compreensão é essencial para a criação sugestão são as dicas disponíveis nesse
da estrofe do cordel. blog de fotografia, vídeo e cinema, cha-
d) Organizem os objetos para a montagem das fotografias de forma que representem o mado eMania.
ditado escolhido.
e) Preparem um suporte para colar as fotografias. Se quiserem, podem usar tampa de
caixas ou folhas de papel sulfite. Lembrem-se de que o ensaio fotográfico e poético
será exposto.
f) Colem as fotografias e, abaixo delas, escrevam uma estrofe de seis versos rimados con-
tendo o ditado escolhido. Use como estímulo o cordel lido anteriormente.
g) Trabalho pronto! Hora de apresentá-lo aos colegas. Aguarde as orientações do professor.
87
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 87
Não escreva 4. Em muitos momentos do poema, o eu lírico compara a arte de fazer cordel
ATIVIDADES: RESPOSTAS E neste livro ao brincar. Localize os versos que comprovam essa afirmação. Em seguida,
ORIENTAÇÕES Use seu
caderno
transcreva o quadro para o caderno e complete-o, seguindo o modelo.
4. O preenchimento da tabela deve ficar
1a estrofe “Quando eu brinco com as palavras”
assim: 6a estrofe: “nesse verso brinca-
lhão”. 8a estrofe: “mas que grande brin- (?) estrofe MODELO
cadeira”. 10a estrofe: “brincadeiras de
cordel”. (?) estrofe MODELO
5. b) Espera-se que os estudantes reco- 6. Em duplas, releiam algumas estrofes do poema. Enquanto um integrante da
nheçam as marcas da voz do eu lírico, dupla faz a leitura em voz alta, o outro marca o ritmo, batendo palmas nas
sílabas pronunciadas com mais força.
com a presença da palavra “eu”. Exem-
plos: “Quando eu brinco”, “eu tenho 7. Vamos jogar! O objetivo da brincadeira é adivinhar qual ditado popular ci-
desenvoltura”. tado no cordel está sendo encenado. Siga as instruções.
a) Em trios, escolham um dos ditados apresentados no cordel de César Obeid.
6. O objetivo é que os estudantes se aten-
b) Discutam para identificar uma situação na qual o ditado se encaixe.
tem ao ritmo do poema e brinquem com
c) Preparem uma cena para representar a situação na qual o grupo pensou. Criem
sua sonoridade. Convide-os a apresentar diálogos, mas tomem cuidado para que eles não revelem qual é o ditado popular.
à turma a cadência percebida. Também d) Apresentem a cena à turma. Vocês podem ler ou encenar a situação.
é possível fazer a atividade com a tur- e) Após a apresentação, verifiquem se os colegas adivinharam qual ditado po-
ma toda, escolhendo algumas estrofes pular foi encenado.
para serem analisadas coletivamente.
Neste momento, o importante é dar aos
estudantes a oportunidade de sentir,
durante a leitura, a estrutura rítmica do
Reprodução/Editora DBA
poema. Uma possibilidade de ampliar a
Leia o livro Pequeno dicionário ilustrado de
atividade é combinar algum modo de fa- expressões idiomáticas, de Marcelo Zoochio e
zer a notação desse ritmo, por exemplo, Everton Ballardin. Os autores criaram fotografias
usando um traço para marcar as síla- que exploram o sentido literal de ditados
bas fortes. Nesse caso, transcreva uma populares. O divertimento é tentar descobrir qual
ditado está representado nas fotografias.
ou duas estrofes na lousa e convide os
ZOOCHIO, Marcelo; BALLARDIN, Everton. Peque-
estudantes a bater palmas todos juntos
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88 Língua Portuguesa
Leitura 2 LEITURA COMPLEMENTAR
O site “poesia concreta: o projeto ver-
Poema visual
bivocovisual” traz a história da poesia
Nos poemas lidos até aqui, foi possível perceber a musicalidade criada pelo concreta no Brasil, seus principais re-
emprego de rimas e o ritmo construído no arranjo das palavras. Foram analisados presentantes, suas produções poéticas e
também os efeitos de sentido da criação de jogos de ideias e do emprego de pa- entrevistas.
lavras com sentido figurado, que fogem da linguagem comum do dia a dia.
Agora, você vai conhecer poemas criados para serem vistos, não apenas lidos Ao trabalhar de forma integrada o som,
ou ouvidos. Neles, as palavras são distribuídas na página de uma maneira não ha- a visualidade e o sentido das palavras,
bitual, formando imagens e significados. São os chamados poemas visuais. a poesia concreta propõe novos modos
Leia, a seguir, dois poemas visuais de Guto Lacaz. No livro em que foram de fazer poesia, visando a uma ‘arte ge-
publicados originalmente, eles aparecem dispostos lado a lado, cada um em ral da palavra’. A expressão joyceana
uma página. verbivocovisual sintetiza essa proposta
que, desde 1950, foi colocada em práti-
ca pelos poetas Augusto de Campos, Dé-
cio Pignatari, Haroldo de Campos, José
Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo, des-
dobrando-se até hoje [...] em suportes e
Fotografias: Guto Lacaz
Lacaz, é um designer e poeta paulistano. Nasceu em de outros poetas e críticos, tanto do Bra-
1948 e formou-se em Arquitetura em 1974, pela sil quanto do exterior.
Faculdade de Arquitetura de São José dos Campos.
Hoje, dedica-se à produção de arte multimídia, Além de sua própria produção e da ati-
ilustração, desenhos e cenografia. vidade teórica, empenharam-se ainda
na constituição de um amplo repertório
Guto Lacaz, São de formas poéticas, por meio da revisão
Paulo (SP), 2018.
crítica de autores e da tradução de uma
grande variedade de obras de outros
89
idiomas para o português, sob o parâ-
metro da invenção estética.
POESIA CONCRETA. O projeto verbivocovi-
sual. Disponível em: livro.page/16V6U389LP.
HABILIDADE DA BNCC Acesso em: 26 maio 2022.
Interpretar efeitos expressivos sonoros e gráfico-espaciais em um poema faz parte de
uma habilidade a ser desenvolvida do 6o ao 9o ano nas práticas de linguagem no campo
artístico-literário da BNCC, assim como identificar, em textos literários, a presença de va-
lores sociais, culturais e humanos. Os poemas concretos de Guto Lacaz e de Fábio Bahia
apresentados são objeto de análise para o desenvolvimento da habilidade EF69LP48.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 89
1. Que palavras você identifica em cada poema?
ATIVIDADES: RESPOSTAS E Não escreva
neste livro 2. Por que é possível dizer que os dois textos são poemas visuais?
ORIENTAÇÕES Use seu
caderno 3. De que maneira o sentido das palavras foi reforçado em cada poema?
1. As palavr as “cheio” e “v azio”, 4. Que aspectos visuais estabelecem uma relação entre os dois poemas?
respectivamente. 5. Em sua opinião, os efeitos de sentido seriam os mesmos se os poemas fos-
2. Espera-se que os estudantes percebam sem lidos separadamente? Explique.
que nos dois textos as palavras foram 6. Agora, observe um poema
Fábio Bahia
visual criado pelo autor Fá-
dispostas de modo não usual na página
bio Bahia para celebrar o Dia
a fim de reforçar, visualmente, o sentido Mundial da Não Violência e
das palavras “cheio” e “vazio”. Cultura de Paz, comemorado
em 30 de janeiro. PPE_G24_OB1_LPT_LE_V6U3_F019
3. O sentido da palavra “cheio” foi refor-
a) Leia o poema. Que procedi-
çado com o preenchimento do espaço
mento você usou para fazer
com a reprodução da vogal “o”. Já o a leitura dele?
sentido da palavra “vazio” foi reforçado b) Copie a palavra que o poeta
visualmente com a reprodução da vogal Fábio Bahia relaciona à paz,
“o” apenas uma vez, dando destaque ao reforçando sua importância
para nossa convivência.
espaço em branco da página.
c) Os dois dedos maiores for-
4. Espera-se que os estudantes perce- mam a letra V. Copie a pa-
bam que nos dois poemas foi utilizado lavra que traduz o símbolo
o mesmo tipo de letra para compor as que essa letra representa.
d) Considerando o contex-
palavras e que elas estão na mesma to histórico e social atual,
posição na página, mas enquanto no que posição é expressa
poema “Cheio” o espaço foi preenchido pelo eu lírico em relação
com repetições da letra “o”, no poema aos conflitos enfrentados
pela humanidade?
“Vazio” ele ficou em branco.
e) No poema, o eu lírico opõe
5. Resposta pessoal. Espera-se que os as palavras “vitória” e “paz”. BAHIA, Fábio. Este sinal. [S.l.], 30 jan. 2022.
Que sentido é possível in- Facebook: poema.concreto. Disponível em: livro.
estudantes percebam que não, pois é page/2V6U392L. Acesso em: 15 mar. 2022.
justamente a relação estabelecida entre ferir sobre essa oposição
no texto?
os poemas e a comparação entre eles f) Observe novamente o modo como o autor dispôs as palavras no papel para
que permite criar os efeitos de sentido compor o poema. O que essa forma gráfica comunica? Como ela pode ser re-
de oposição, contraste. lacionada aos sentidos do texto? Troque ideias com os colegas e o professor.
6. a) Espera-se que os estudantes digam
que foi preciso virar e revirar a página
para efetivar a leitura.
6. b) A palavra “amor”.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
90 Língua Portuguesa
7. Veja como o poeta Sérgio Capparelli faz uma brincadeira com a bandeira
do Japão e o imaginário de que, para quem está no Brasil, o Japão deveria ATIVIDADES: RESPOSTAS E
estar de cabeça para baixo. ORIENTAÇÕES
7. a) Tudo está caindo de sua mão.
Reprodução/Sérgio Caparelli
ONU
7. b) A imagem de uma pessoa.
7. c) A bandeira do Japão está represen-
tada na cabeça e no fundo branco do
papel.
Com a leitura e a análise dos poemas visuais, você pôde perceber que a re-
lação entre a imagem e as palavras não é aleatória ou casual; ao contrário, ela
é planejada para que um elemento complete o significado e o sentido do outro.
Esse tipo de poema é uma manifestação artística que se caracteriza pela com-
binação de palavra e imagem. Assim, é preciso ficar atento a alguns recursos: a
disposição gráfica de palavras e imagens associadas a elas, o uso de palavras
no sentido figurado e a utilização de símbolos conhecidos, como o “V da vitória”
ou a pomba da paz.
Sérgio Capparelli em
Porto Alegre (RS).
91
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 91
Forma e conteúdo se completam, uma vez
ATIVIDADES: RESPOSTAS E que a mensagem do poema tem relação direta
ORIENTAÇÕES A poesia visual é caracterizada pela junção de com a visualização da forma. Os poetas usam a
1. Os ditados populares. texto e imagem. Em sua composição, busca-se
imagem para enriquecer o sentido de seu dizer.
relacionar os sentidos do texto à sua forma
2. A estrutura fixa, o uso de rimas e a mu- O poema visual pode explorar aspectos sonoros
gráfica. Dessa maneira, texto e imagem se
sicalidade acentuada ao longo do texto. unem para expressar os sentidos do poema. e visuais divertidos.
Reprodução/usp.br/portaldocordel
explorar a musicalidade das palavras e Para conhecer mais
do texto. Nos poemas visuais, a forma sobre cordel e outras
gráfica ou a visualidade. manifestações culturais
ligadas a essa forma de
literatura, visite o Portal de
Literatura de Cordel, uma
iniciativa do Instituto de
Estudos Brasileiros (IEB) da
Universidade de São Paulo
(USP). Disponível em: livro.
page/3V6U394L. Acesso
em: 17 mar. 2022.
92
HABILIDADES DA BNCC
A atividade evidencia o desenvolvimento das habilidades EF67LP27 e EF67LP28,
na medida em que propõe a reflexão acerca das diferentes modalidades poéticas apre-
sentadas na seção e a comparação analítica entre elas. Para isso, a leitura prévia, em voz
alta, desses textos agrega saberes que enriquecem a compreensão e a análise para o
estabelecimento de comparação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
92 Língua Portuguesa
Análise e reflexão
sobre linguagens 3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
bproject7/Shutterstock
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pró céu nós assubisse!?
Mas porém, se acontecêsse,
Qui São Pêdo não abrisse
As portas do Céu e fôsse,
Te dizê quarquê toulíce?
E se eu me arriminásse
E tu cum eu insistisse,
Prá qui eu me arrezorvêsse
E a minha faca puchásse,
E o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficásse
Tarvez qui nós dois caísse,
E o céu furado arriásse
Ilustração representativa do texto.
[...]
DA LUZ, Zé. Ai! Se Sêsse! In: DA LUZ, Zé. Brasi cabôco e sertão em carne e osso. Recife: Litoral, 1999. p. 167.
93
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 93
Severino de Andrade Silva, mais conhecido como
Reprodução/Coleção particular
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Zé da Luz, nasceu em Itabaiana, na Paraíba, em
1904. Além de cordelista, era alfaiate. Embora
Após a leitura em voz alta, mostre aos tenha publicado um único livro, ficou conhecido em
todo o país, pois seus poemas foram declamados
estudantes, se possível, buscando em
por cordelistas de diversos estados brasileiros.
plataformas de vídeos, o poema “Ai! Se Faleceu no Rio de Janeiro em 1965.
sêsse!...” declamado por um poeta corde-
lista. Assistindo ao vídeo poderão perce- Capa da 2a edição de Brasil
Caboclo, de Zé da Luz, 1949.
ber o sotaque, as variações no ritmo, a
impostação da voz, além da gestualidade.
O poema ficou bastante conhecido na voz
de José Paes de Lira, o vocalista da banda
Cordel do Fogo Encantado. A indicação da
Junior Careca/Fotoarena
Os integrantes da banda Cordel
declamação desse poema pela banda, em do Fogo Encantado são de
áudio, está no boxe Para saber +. Pernambuco e procuram valorizar
em sua música elementos da
cultura do Nordeste do Brasil. O
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
cordel “Ai! Se sêsse!...” ganhou
ORIENTAÇÕES grande popularidade quando
1. Resposta pessoal. Organize os estudan- a banda passou a recitá-lo em
tes em círculo para uma roda de conver- seus shows, que misturam teatro,
poemas e ritmos afroindígenas.
sa. Eles podem destacar a linguagem do
O áudio da declamação desse
poema, assunto explorado ao longo da poema pela banda Cordel do Fogo
seção. Aproveite a oportunidade para Encantado está disponível em:
perguntar o que sabem sobre varieda- livro.page/4V6U396L. Acesso em:
de linguística ou preconceito linguístico. 17 mar. 2022.
Explore também as situações cômicas Banda Cordel do Fogo Encantado durante show em
Porto Alegre (RS), 2018.
que assemelham o poema a gêneros hu-
morísticos, como a piada. Comente que
“furar o bucho do céu” é algo surreal.
Não escreva 1. Do que você mais gostou nesse poema de cordel? Troque ideias com os
Como alguém conseguiria rasgar o céu? neste livro colegas e o professor.
Use seu
2. Peça aos estudantes que façam uma re- caderno
2. No enredo do cordel, o eu lírico narra uma história partindo de acontecimen-
leitura do texto, agora individualmente. tos pressupostos, ou seja, que não estão ocorrendo de fato. Copie o qua-
Em seguida, pergunte se há passagens dro a seguir no caderno e relacione os acontecimentos narrados no cordel,
ou palavras que eles não entenderam. imaginando que as situações se concretizaram.
Oriente-os a consultar o glossário ou
mesmo um dicionário para as palavras Sequência de acontecimentos
desconhecidas e aborde detidamente 1. Situação inicial ( ) Morrem e São Pedro não as deixa entrar no céu.
expressões ou segmentos do texto que
possam provocar dúvidas. O poema “Ai! 2. Conflito ( ) O céu cai.
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94 Língua Portuguesa
3. Qual é o clímax, o momento de maior tensão, da história hipotética contada Não escreva
no cordel? Escolha a alternativa correta e copie-a no caderno. neste livro ATIVIDADES: RESPOSTAS E
a) O casal morre e vai para o céu.
Use seu
caderno ORIENTAÇÕES
b) O eu lírico fura o céu. 3. Alternativa b). Reforce que, no momento
c) O casal passa a morar junto. em que o eu lírico puxa a faca e golpeia
o céu, quem lê ou ouve esse poema
fica com grande expectativa para o que
vai acontecer em seguida. Portanto,
Elementos da narrativa
esse é o ponto alto da história narrada
Enredo é a sequência de ações ou acontecimentos que se desenrolam na história narrada. Ele se no cordel.
estabelece com uma situação inicial, um conflito que altera essa situação, um clímax que é o ponto de 4. A alternativa a), pois o título traz uma
maior tensão da história, e a resolução e o desfecho, que solucionam o conflito e dão fim à narrativa. Veja
expressão no pretérito imperfeito do
o esquema a seguir.
subjuntivo, forma verbal que expressa
Paula Radi
Sequência narrativa hipótese, pressuposto.
5. “Tarvez qui nós dois ficasse”; “Tarvez
Clímax qui nós dois caísse”.
Ponto de maior
tensão da história. 6. a) Resposta pessoal. Possibilidades de
resposta: “drumisse”, “Pêdo”, “arrezor-
Resolução vêsse”, “quarquê” etc.
Conflito Soluciona o conflito.
Problema que desenrola 6. b) Resposta pessoal. Leve os estudantes
toda a história. Surge no
começo e aumenta a concluírem que no cordel predomina
até chegar ao clímax.
uma variedade regional da língua e que
o texto busca reproduzir, na escrita, o
Situação inicial modo como essas palavras são faladas.
São apresentados os
personagens, o tempo e o
Desfecho
espaço; situação tranquila.
Fim da história. IDEIA & CONCEITOS: ORIENTAÇÕES
Este infográfico apresenta interativida-
COMEÇO MEIO FIM de na versão digital do livro do estudan-
te. Oriente os estudantes a clicarem nos
hiperlinks para ter acesso ao conteúdo
4. Copie no caderno a opção correta sobre o título do poema “Ai! Se sêsse!...”.
adicional.
a) Antecipa ao ouvinte/leitor a ideia de hipótese, pressuposto. Peça aos estudantes que leiam, em
b) Indica ao ouvinte/leitor a ideia de certeza. casa, os textos da autora Nelcima de Mo-
rais em:
5. Releia o cordel e, no caderno, copie dois versos que expressam a ideia de
dúvida, caso o eu lírico “furasse o bucho do céu”. BLOG DE CORDEL. Disponível em:
livro.page/12V6U395LP. Acesso em: 4
6. No cordel, há vários exemplos de palavras que não obedecem às regras e
normas da língua, como “puchásse” e “toulíce”. jul. 2022.
a) No caderno, copie pelo menos mais dois exemplos que ilustrem essa carac- Oriente que observem especialmente
terística do poema. as rimas que imprimem musicalidade ao
b) Por que você acha que esses termos foram escritos desse modo? Troque texto. Como tarefa de casa, peça que ela-
ideias com os colegas e o professor. borem comentários a serem publicados no
blog da autora. Para tanto, em dia e hora
95 previamente combinados, faça uma roda
de conversa para que leiam seus comen-
tários e façam sugestões para o aprimo-
ramento do texto, tanto do ponto de vista
do conteúdo quanto da forma.
Em sala de aula, façam a leitura do tex-
to A peleja de Toim com o camaleão no
chiqueiro das galinhas. Para isso, divida
a turma em grupos de quatro estudantes.
Eles deverão escolher a ordem da leitura
dos versos e quais serão lidos por dois
ou mais estudantes, de maneira a criar um
jogo de vozes ao longo da leitura.
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Língua Portuguesa 95
7. Agora, releia uma estrofe do cordel de César Obeid.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES Brincadeiras de cordel
7. a) Espera-se que os estudantes perce- Têm o brilho do tesouro
bam que o termo não é usado frequen- Outro dito, o poeta
RHJPhtotos/Shutterstock
O verseja sem estouro
temente na linguagem coloquial.
A palavra é de prata
7. b) Espera-se que os estudantes perce- O silêncio é de ouro.
bam que não. O cordel de Zé da Luz
não obedece à norma-padrão da língua,
enquanto o cordel de César Obeid, sim. Ouro e prata são metais preciosos
bastante valiosos.
Pedro Nogueira
junto de regras e preceitos que aparece
estampado nos livros chamados gra-
máticas. Por sua vez, essas gramáticas
se baseariam, supostamente, num tipo
peculiar de atividade linguística – exclu-
sivamente escrita – de um grupo muito
Variação linguística
especial e seleto de cidadãos, os gran-
Refere-se às variações que uma língua pode sofrer, a depender das circunstâncias
des estilistas da língua, que também em que se encontra seu usuário. Acontecem em decorrência da passagem do
costumam ser chamados de “os clássi- tempo, de condições culturais ou sociais e, ainda, geográficas ou situacionais.
cos”. Inspirados nos usos que aparecem Norma-padrão
nas grandes obras literárias, sobretudo É a língua estudada na escola e segue as regras e normas de funcionamento
do passado, os gramáticos tentam pre- prescritas na gramática e no dicionário. Embora ela não corresponda a todos os
servar esses usos compondo com eles usos que os falantes fazem da língua, é importante conhecê-la para poder utilizá-la
nas situações em que é exigida. Por exemplo:
um modelo de língua, um padrão a ser
em um concurso, se o candidato trocar letras (como r no lugar de l) e não usar os
observado por todo e qualquer falante
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96 Língua Portuguesa
Diálogos com Geografia DIÁLOGOS COM GEOGRAFIA:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
Como o Brasil tem um território muito extenso, é comum que um mesmo objeto ou ele-
mento seja designado de maneira diferente por habitantes de regiões distintas. E, em- A matéria completa, com explicações
bora na maioria das vezes isso seja tratado de maneira natural, muitas vezes esse fato sobre a etimologia dos dois vocábulos e
torna-se motivo para disputas linguísticas. Você já ouviu, por exemplo, a discussão sobre
outras ponderações, pode ser lida em:
os termos “biscoito” ou “bolacha”? Sabe que há pessoas preocupadas em encontrar um
termo “correto” para designar o alimento? Observe o mapa a seguir, que apresenta os BIANCHIN, Victor. O certo é “biscoi-
resultados de uma enquete realizada por uma revista de divulgação científica voltada to” ou “bolacha”? SuperInteressante,
para o público jovem. 30 jan. 2015. Disponível em: livro.pa-
Um país dividido: como se fala em cada estado do país ge/18V6U397LP. Acesso em: 26 maio
2022.
Allmaps
50° O
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 97
Você notou que as letras g e j, quando acompanhadas pelas vogais e e i, têm
ATIVIDADES: RESPOSTAS E o mesmo som. Essa ocorrência sonora pode causar dúvidas no momento da grafia
ORIENTAÇÕES de algumas palavras com essas letras. Reflita sobre alguns fatores que ajudam no
2. a) Elas parecem impactadas pela ba- momento de decisão da grafia adequada.
gunça aparente dos brinquedos e dos 2. Leia a tirinha a seguir e responda.
animais.
6. Agora escreva uma palavra cognata, isto é, palavra da mesma família, para
cada palavra a seguir:
a) mensagem. c) lisonja.
b) selvagem. d) laranja.
Considerando as respostas anteriores, que regra podemos elaborar para
justificar o uso do j ou g?
98
HABILIDADES DA BNCC
Os exercícios fortalecem a capacidade de inferir e justificar, em charges e tirinhas,
efeitos de humor, ironia ou crítica, prevista na habilidade EF69LP05, e compreender
sentidos nas imagens que as acompanham, assim como evidenciam a importância do
reconhecimento das variedades linguísticas da língua falada e sua valorização.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
98 Língua Portuguesa
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
Usa-se o g em:
palavras terminadas em -agem, -igem, -ugem. Exemplos: garagem, fuligem, rugem. Exceção: pajem e
BAGNO, Marcos. A língua de Eulália:
lambujem. uma novela sociolinguística. São Paulo:
palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Exemplos: pedágio, colégio, vestígio, epitógio, Contexto, 1997.
transfúgio. O linguista Marcos Bagno desvenda
palavras derivadas de palavras primitivas grafadas com g. Exemplos: engessar (de gesso), massagista
a sociolinguística usando como pano de
(de massagem), vertiginoso (de vertigem).
fundo acontecimentos vivenciados pela
nas seguintes palavras: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, he-
rege, megera, monge, rabugento, vagem. professora Irene, sua sobrinha Vera e
suas duas amigas e Eulália, a empregada
Usa-se o j em:
da casa. Na obra, a pluralidade da nossa
formas verbais terminadas em -jar ou -jear. Exemplos:
língua é apontada usando a história e
velejar: velejo, veleje, velejem.
sujar: sujo, suje, sujem. a origem de algumas construções lin-
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando. guísticas, com o propósito de negar o
azulejar: azulejo, azuleje, azulejem. conceito de “certo” e “errado” no uso
viajar: viajo, viaje, viajem (3a pessoa do plural do presente do subjuntivo). da língua.
palavras de origens tupi, africana, árabe ou exótica. Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, man-
jericão, Moji.
palavras derivadas de outras primitivas grafadas com j. Exemplos: queijo-queijeira, arranjo-arranjista,
A linguagem na prática
1. Leia o cartaz divulgado pelo Poder Judiciário do Rio Grande do Sul.
JUSTIÇA Federal da
4a Região se prepara para
a XVI Semana Nacional
da Conciliação. Justiça
Federal – Seção Judiciária
do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre, 3 nov. 2021.
Disponível em: livro.
page/7V6U3101L. Acesso
em: 17 mar. 2022.
99
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Língua Portuguesa 99
Não escreva a) A linguagem usada no cartaz é formal ou informal? Ela obedece à norma-
ATIVIDADES: RESPOSTAS E neste livro -padrão? Justifique sua resposta.
ORIENTAÇÕES Use seu
caderno b) Discuta com os colegas o sentido de “conciliação” e de “consensual” no
1. a) A linguagem é formal, pois o vocabu- contexto comunicativo do cartaz.
lário é composto de palavras que não c) O cartaz pretende convencer o leitor de algo. Qual é o objetivo do texto?
são usadas, em geral, no cotidiano. O d) Considerando o órgão que divulgou o cartaz e seu objetivo, explique o uso
uso da ênclise, isto é, do pronome de- da norma-padrão da língua.
pois do verbo em “Informe-se” indica 2. Agora, leia outro cartaz que trata do mesmo tema.
obediência à norma-padrão da língua.
100
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
a) No contexto representado no cartum, dois sentidos podem ser atribuídos à ATIVIDADES: RESPOSTAS E
palavra “firme”. Quais são eles?
ORIENTAÇÕES
b) Considerando que o cartum traz uma variedade linguística diferente da nor-
ma-padrão, explique como ela se caracteriza nesse contexto. 2. c) O primeiro se destina ao público adul-
c) O que provoca humor no cartum?
to, pois usa imagens e linguagem mais
formal. O segundo usa cores vibrantes,
4. Hoje é comum o uso de figurinhas engraçadas na troca instantânea de men-
sagens em aplicativos. Leia uma que circulou no período da pandemia de
imagens relacionadas à cultura juvenil e
covid-19. linguagem informal.
Surachet Jo/Shutterstock
a) As mensagens trocadas em aplicativos de 2. d) Essa atividade pode ser orientada
celular costumam ser breves e resumidas, como tarefa de casa. Na orientação pré-
isto é, buscam expressar o máximo de infor- via, discuta com os estudantes a impor-
mação em pouco texto e imagem. O que se
tância de promover o uso da norma-pa-
pode saber ao analisar essa figurinha? Que
informações ela expressa? drão, mesmo em situações informais.
b) Que termo do texto indica que a norma-pa- 3. a) “Firme” de firmeza e “filme”, produ-
drão não foi seguida? Esse uso é aceitável ção cinematográfica. Neste último caso,
nesse contexto? Explique. a palavra “firme” representa o modo
c) Copie e acentue uma palavra que não está
como a palavra é falada em uma varie-
escrita de acordo com a norma ortográfica
da língua portuguesa. Justifique a acentua- dade específica da língua.
ção gráfica dessa palavra. 3. b) O cartum busca representar uma va-
d) Que elementos geram humor na figurinha? riedade regional, o dialeto caipira, no
As figurinhas de mensagens instantâneas,
qual a variação se dá pela modificação
ou stickers, são baixadas nos aplicativos ou sonora da palavra que tem em sua es-
criadas pelos próprios usuários.
FC, Bruna. Pinterest, [S.l.], [s.d.]. Disponível em: livro.
trutura o som da consoante l.
page/12V6U3101L. Acesso em: 22 mar. 2022.
3. c) O duplo sentido da palavra “firme”.
101
4. a) Pelo traje, é possível saber que o
contexto é pandêmico, pois a pessoa
está com roupas de proteção contra ví-
rus e bactérias. A linguagem utilizada é
informal, o que sugere que o contexto
comunicativo não exige rigor formal.
4. b) A palavra “tô”. Espera-se que os es-
tudantes percebam que no contexto de
troca de mensagens em aplicativos de
celular, a depender do interlocutor, esse
uso é aceitável.
4. c) Já. É um monossílabo tônico termina-
do com a letra a.
4. d) Em geral, usa-se a frase “já estou
com roupa de ir” para situações festi-
vas, em que o traje, em geral, é inusual
para o dia a dia. Nesse caso, o traje de
proteção assume um valor diferenciado
para o contexto que sugere um passeio.
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Mauricio Rett
caderno
5. a) Os dois adultos são os pais ou cuida-
dores do personagem mais jovem.
5. b) Os adultos estão com a boca para
baixo, chateados, tristes, preocupados. O
garoto parece estar zangado, contrariado.
5. c) Eles estão preocupados com o tempo
que o garoto bate papo na internet.
5. d) O modo como o garoto responde
denuncia que ele passa muito tempo na
internet, pois sua fala é representada
em um balão com uma grafia comum da
comunicação em meio digital. Comente
RETT, Mauricio. Muito bate-papo na internet. Disponível em:
com os estudantes que a variedade lin- livro.page/10V6U3104L. Acesso em: 17 mar. 2022.
guística que o cartum busca representar
refere-se a uma situação específica: a a) É possível identificar, por meio da imagem, a relação entre os personagens
escrita de jovens na internet, que ficou na cena. Qual é ela?
conhecida como “internetês”. b) Qual é a expressão no rosto dos personagens?
c) Qual é o motivo da preocupação dos adultos no cartum?
5. e) Não, pois na leitura em voz alta não
d) Que elemento do cartum justifica a preocupação dos adultos? Explique.
seria possível reproduzir o modo como
a fala do garoto está grafada, que é o e) Se em vez de ler o cartum você ouvisse alguém lendo o texto dos balões
em voz alta, o efeito de humor seria o mesmo? Por quê?
que gera o humor no cartum.
6. Leia a imagem a seguir.
6. a) Poder feminino.
Perron Ramos
Tradução, de Perron
Ramos, com a técnica
da xilogravura.
102
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Reprodução/pt.memedroid.com
Kickmaho. Memedroid.
[S.l.], 7 fev. 2013. Disponível
em: livro.page/11V6U3106L.
Acesso em: 27 abr. 2022.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Guarda-chuva. Leão.
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Fast Speeds Imagery/
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Shutterstock
Clipe. Sorriso.
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Revisão e avaliação
Agora, vocês passarão a limpo o poema visual produzido pelo trio. Releiam o
poema e façam os ajustes necessários na forma como ele está disposto na pági-
na, de maneira a criar a imagem desejada. Avaliem se as letras ou palavras estão
posicionadas adequadamente na página e se a presença delas no poema reforça
sentidos. É possível que algumas letras sejam maiores ou menores, como também
em cores diferentes, caso esses recursos valorizem a mensagem poética.
106
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Publicação
Com o professor, você e os colegas vão organizar uma exposição dos poemas
visuais para a comunidade escolar.
Elaborem plaquinhas, em papel sulfite, com o nome completo de cada integrante
do trio e o título do poema para afixar ao lado do poema criado.
Juntos, criem um título chamativo para a exposição, compondo-o com letras
grandes e colocando-o em lugar de destaque para atrair a atenção do público.
Verifiquem com antecedência o melhor local para a exposição e como será feita:
com as folhas de papel penduradas em um varal, afixadas a um painel ou, ainda,
nas paredes do pátio ou corredores.
Mauricio Simonetti/Pulsar Imagens
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
3. Com o texto em mãos, escolham um membro do grupo para fazer a leitura. Gravem-na em dis-
positivo eletrônico e arquivem as gravações para o Projeto Telejornal.
Revisão e avaliação
Os cartazes, antes de serem finalizados, devem ser corrigidos ortográfica e gramaticalmente,
pois não podem ser expostos com erros. Todos os membros do grupo devem participar da revi-
são dos cartazes. Peça ajuda ao professor. Verifiquem se ficaram bonitos e se chamam a atenção.
O texto elaborado deve também ser revisado pelos membros do grupo. Atenção à pontuação,
que ajuda no momento da leitura. Assistam às gravações realizadas e verifiquem se o tom de voz
está adequado e se não há pausas ou hesitações por parte do apresentador, ou seja, se a leitura
flui com naturalidade. Se necessário, realizem uma nova gravação.
Publicação
1. Os cartazes devem ser expostos em murais da escola. Fiquem atentos para retirá-los após
as realizações dos eventos. Converse com a direção da escola, pois se a agenda for da pró-
pria instituição, eles podem se tornar os cartazes oficiais dos eventos.
2. O texto da agenda cultural, a ser lido no telejornal, e a gravação realizada devem ser arqui-
vados para a etapa final do projeto.
109
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Na perspectiva da avaliação formativa, considere o engajamento de cada estudante
em seu processo de aprendizagem na Unidade, incluindo a verificação da execução de
atividades e a participação nas discussões.
Elabore atividade avaliativa que contemple o gênero literário poético e seus variados
textos trabalhados na Unidade – poema, poema-objeto, cordel e poema visual –, com
suas principais características, estilos e linguagem. Aborde também, nesta atividade, a
questão das variedades linguísticas, relacionando-as aos diferentes usos da língua, retome
o que foi estudado sobre a norma-padrão e o preconceito linguístico e use a ortografia
já conhecida para elaborar situações-problema.
Recomenda-se variar os tipos de verificação e registro de aprendizagem como uma ma-
neira de alcançar a todos, respeitando individualidades. Durante a realização da atividade
proposta, verifique a apreensão dos conteúdos pelos estudantes. Se sentir necessidade,
relembre atividades e discussões realizadas ao longo da Unidade.
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Tr
Educação para
Te m o nt
ans
Valorização do
aC
Multiculturalismo
Sugerimos que os conhecimentos
ve rs a
nas Matrizes
Históricas
e Culturais
prévios sejam levantados a partir de te-
l
Brasileiras
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Irene Abdou/Alamy/Fotoarena
Assim, para que eles construam uma re- Nesta Unidade, você vai pôr em
lação mais consciente acerca dos conhe- prática alguns procedimentos:
cimentos que serão trabalhados, leia os realizar uma discussão sobre a
boxes desta seção de forma coletiva, pro- recepção de uma peça teatral;
porcionando o diálogo e a participação comparar a estrutura narrativa
ativa. Aproveite esse momento para que de textos de diferentes gêneros;
compartilhem dúvidas, questionamentos e escrever o clímax e o desfecho
façam contribuições. de um conto popular;
Para estimular a conversa, comente so- ler um conto popular à seme-
bre os universos de fantasia construídos lhança do que fazem os griôs
Griôs, tradicionais contadores de
nas mais diversas manifestações artísticas. histórias do continente africano. africanos;
Nesse momento, peça que citem obras (li- comparar personagens da fan-
vros, animes, filmes etc.) que retratam o tasia em diferentes produções
imaginário e a história de determinado Os objetivos de aprendizagem desta artísticas;
povo. A partir disso, converse sobre como Unidade são: identificar figuras de linguagem
uma expressão artística carrega valores, reconhecer os elementos neces- em textos;
sentimentos, crenças, vivências, normas e sários para a construção de uma produzir e encenar um texto
impulsos de uma comunidade. Essa ati- narrativa; teatral em grupo.
vidade criará uma abertura para a valo- identificar os tipos de discurso e
rização do multiculturalismo, tema desta vozes em narrativas;
Unidade. compreender a importância de
narrativas tradicionais orais para a
transmissão da cultura e dos ensi-
namentos de uma comunidade;
reconhecer a estrutura de um texto
teatral;
produzir textos teatrais;
estabelecer práticas para desenvol-
ver o hábito de ler.
Vamos criar
hábitos de
leitura!
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literatura e cinema. Espera-se direcionar sua texto teatral em grupo podem se tornar
atenção para os elementos multiculturais em ponto de partida para a realização de pro-
nossa forma de ver o mundo. jetos artísticos na escola, o que contribui,
de certo modo, para a valorização do mul-
ticulturalismo não apenas entre os sextos
anos, mas em toda a escola. Se a escola já
possuir um projeto de teatro, por exemplo,
busque parcerias com os professores e/ou
Vamos
conhecer estudantes do projeto para a realização
personagens das atividades propostas nesta Unidade.
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do mundo
da fantasia.
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textos que gostam de ler de maneira
livre e espontânea.
O início do hábito da leitura ocorre com a escolha de gêneros que nos dão prazer. Pode ser fantasia,
histórias em quadrinhos, terror, poesia e tantos outros.
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leitura de textos narrativos com os estu- A seguir, você conhecerá alguns métodos
dantes e pergunte a eles quais métodos para iniciar a leitura de textos narrativos.
já utilizavam e se têm outros. Leve alguns
livros para exemplificar os tópicos, mos-
1
trando e discutindo sobre como e onde Sobrevoar o livro
aparecem o título, o nome do autor, as Faça uma leitura da capa, da contraca-
ilustrações, o texto da quarta capa, o pre- pa, das orelhas e das páginas iniciais para
fácio etc. Se puder, mostre também a eles conhecer o título, o autor, as ilustrações e a
um diário de leitura. sinopse da história. Assim, você poderá criar
expectativas sobre o que vai acontecer.
Lembre-se
Ler é uma
habilidade,
por isso, seu 2 Leia o prefácio, quando houver
hábito precisa O prefácio, geralmente, não é escrito pelo autor do livro,
ser cultivado de
mas por alguém que leu a obra e fornecerá informações im-
forma gradativa.
portantes sobre ela, além de expor uma apreciação que pode
despertar sua curiosidade para a leitura.
5 Deixe dispositivos
eletrônicos longe de você
A leitura literária é um momento de calma, pois o processo de ler
não é rápido como você está acostumado no mundo virtual. Para con-
seguir essa concentração, durante o tempo de leitura, deixe os dis-
positivos eletrônicos no modo silencioso e bem longe de você, afinal,
sabemos que é difícil resistir a uma notificação.
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Assim, eles podem se entregar mais aos
Pimenta no cocuruto textos por se sentirem mais à vontade e
Esta é uma história que eu conto, mas não sei quem inventou. Quem até lerem em voz um pouco mais alta para
me contava era minha avó, quando eu era bem pequena. E, antes, quem si mesmos, percebendo e sentindo a im-
contava para ela era a avó dela. E eu passo adiante para ninguém esquecer, portância da palavra vocal nesses gêneros.
porque isso ia ser uma pena.
A protagonista
Era uma vez uma galinha que estava ciscando no terreiro, catando no chão deste conto! TEMA CONTEMPORÂNEO
alguma minhoca perdida ou qualquer coisa para comer. Não era muito esperta, e se
assustava à toa, como você logo vai ver.
TRANSVERSAL
Pois bem. Um dia ela estava ciscando debaixo da pimenteira, e, de repente, caiu O Tema Contemporâneo Transversal
uma pimenta bem no alto da cabeça dela, bem no cocuruto. Ela levou um susto Educação para Valorização do Multi-
danado e saiu correndo. culturalismo nas Matrizes Históricas e
Quase esbarrou no galo e foi logo gritando: Culturais Brasileiras perpassa diferentes
— Corre, corre, compadre galo, que o mundo vai se acabar! páginas desta Unidade; contudo aqui há um
— Quem foi que lhe disse, comadre galinha? destaque, por se tratar da apresentação de
— Quem me disse foi meu cocuruto, que tudo adivinha. dois textos escritos por mulheres brasileiras,
illMad/Shutterstock
O galo saiu correndo. Logo adiante encontrou o pato e cujos trabalhos retomam o imaginário e a
avisou: cultura popular.
— Corre, corre, compadre pato, que o mundo vai se acabar!
— Quem foi que lhe disse, compadre galo?
Muitas vezes são os adultos da
— Quem me disse foi comadre galinha, quem disse a comadre família que colocam as crianças em
galinha foi seu cocuruto, que tudo adivinha. contato com o mundo da fantasia.
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ciológico, a partir de um posicionamento — Quem foi que lhe disse, compadre peru?
ético vinculado às reivindicações e con- — Quem me disse foi compadre marreco, quem disse a
quistas das chamadas minorias sociais. compadre marreco foi compadre pato, quem disse a compa-
Ilustrações dre pato foi compadre galo, quem disse a compadre galo foi
representativas
do texto.
comadre galinha, quem disse a comadre galinha foi seu cocuruto, que tudo adivinha.
O porco saiu correndo. Logo adiante encontrou a cabra e avisou:
— Corre, corre, comadre cabra, que o mundo vai se acabar!
— Quem foi que lhe disse, compadre porco?
— Quem me disse foi compadre peru, quem disse a compadre peru foi compadre
marreco, quem disse a compadre marreco foi compadre pato, quem disse a compadre
pato foi compadre galo, quem disse a compadre galo foi comadre galinha, quem disse
a comadre galinha foi seu cocuruto, que tudo adivinha.
A cabra saiu correndo. Logo adiante encontrou o
cachorro e passou o aviso para ele, que passou para
VAI o gato, que passou para o papagaio, que passou para
a vaca, que passou para o cavalo, que passou para a
pomba, que passou para a andorinha. A andorinha viu
um homem descansando embaixo de uma árvore e tratou de avisar:
schwarzhana/
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peru, quem disse a compadre peru foi compadre marreco, quem disse a
compadre marreco foi compadre pato, quem disse a compadre pato foi
compadre galo, quem disse a compadre galo foi comadre galinha, quem
disse a comadre galinha foi seu cocuruto, que tudo adivinha...
ACABAR!!!
Quando chegava esse pedaço da história, era difícil lembrar de todos os
bichos na ordem certa.
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chegando o final, e ficava mais fácil.
E o final era mais ou menos assim: 1. a) A protagonista é a galinha.
Então o homem olhou e viu aquele monte de bichos correndo, um
atrás do outro. E achou que o mundo estava mesmo se acabando e 1. b) Avó, galo, peru, pato, porco, cabra,
que o melhor era correr atrás da bicharada, mesmo sem saber para cachorro, papagaio, gato, vaca, marreco,
onde. E saiu correndo. Aí tiveram que atravessar uma velha ponte pomba, cavalo, andorinha, coelho, rato,
de tábuas em cima de um córrego. Uma tábua estava meio solta, jumento e o homem.
o homem pisou de mau jeito, caiu e quebrou a perna.
Os bichos todos pararam em volta, com pena dele, e co- 1. c) O grande número de animais ajuda
meçaram a discutir: a história a ficar mais longa e tornar-se
— Viu só? Você é que foi o culpado... Se não tivesse vindo com mais interessante e cômica por causa da
essa correria apavorada... repetição e da adição gradativa desses
— Eu, não. Eu só disse para você que o compadre me disse... personagens. Quanto mais animais, mais
— Não, a culpa é dela... repetição e maior o ritmo da história.
E se dividiram em dois grupos: um acusava a galinha, porque tinha come-
çado tudo, outro apontava a andorinha, que tinha ido assustar o homem, coitadinho 1. d) Não. Existe uma situação de improvi-
dele. Quando chegava nesse ponto da história, vovó olhava para a criançada toda so e de adaptação da história pela avó.
reunida e perguntava: Isso pode ser comprovado no trecho:
— E vocês? De quem acham que é a culpa?
ENTÃO, É “Cada vez que a vovó contava, ela in-
Aí a gente aprendia que a história pode ter muitos VERDADE??? ventava uns bichos diferentes. Às vezes
finais diferentes.
falava em coelho, em rato, em jumen-
Se alguém dizia que a culpa era da andorinha, logo
to, ficava complicado... Mas aí já estava
ouvia de volta:
Memo Angeles/Shutterstock
— Cabeça-de-vento é quem assim tão mal adivinha...
chegando o final, e ficava mais fácil.”.
Se alguém dizia que a culpa era da galinha, logo ouvia
de volta:
— Titica na cabeça tem quem assim tão mal adivinha...
E só depois de ouvir a história muitas vezes, sem nunca adi-
vinhar bem, é que um dia um de nós teve a ideia de dizer que Ilustrações
a culpa era do homem, que não tinha nada que sair por aí feito representativas
do texto.
um bobo correndo atrás de uma fileira de bichos, com medo
do mundo se acabar.
— A culpa é do homem!
— Isso mesmo! Quem apavorado some bem depressa se
consome.
1. Após a leitura do conto popular “Pimenta no cocuruto”, responda às ques- Não escreva
tões a seguir. neste livro
Use seu
a) Quem é a protagonista da história contada pela avó? caderno
b) Quais são os outros personagens que aparecem nessa história?
c) Qual é a importância desse número de personagens para a contação da
história?
d) Esses mesmos animais aparecem todas as vezes que a avó conta essa his-
tória? Justifique sua resposta.
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artin Claret
De volta ao Brasil, seguiu
decidirem, mas coloca essa condição. carreira no jornalismo, deixou africanos falantes de língua portuguesa:
a profissão para se dedicar à Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,
3. Se possível, releia com os estudantes
Reprodução/M
escrita e, em 1977, ganhou Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Ao
e em voz alta o final da história, para seu primeiro prêmio. Desde ler a obra, você terá a oportunidade de
valorizar o aspecto oral do texto. Auxi- então, já recebeu muitos outros, conhecer como se caracteriza o conto
popular em diferentes culturas com um Capa da obra A África
lie-os a identificar a relação sonora entre inclusive o Hans Christian recontada para crianças,
ponto em comum: a língua portuguesa.
“some” e “consome”. Comente que a Andersen e o Jabuti, duas das de Avani Souza Silva.
rima é um recurso frequentemente usa- mais importantes premiações
literárias que existem. Seu 5. Agora, em seu caderno, transcreva as afirmações com ca-
do em ditados populares, que seguem mais recente reconhecimento,
um modelo muito parecido com a frase racterísticas do gênero conto.
o Prêmio FNLIJ (Fundação
que encerra o conto. Nacional do Livro Infantil e Narrativa curta e com conflito narrativo.
Juvenil), foi recebido em 2016, É um texto com rimas.
4. Resposta pessoal. Alguns ensinamentos
121
HABILIDADES DA BNCC
O boxe Deixar fluir se relaciona com as habilidades EF69LP46 e EF69LP52 por propiciar
tanto a prática de compartilhamento de leitura e recepção de manifestações artísticas como
a representação de textos dramáticos levando em consideração aspectos da palavra vocal
(timbre, tom, entonação, expressividade etc.). Há relação também com a habilidade EF69LP53,
por privilegiar a leitura em voz alta de textos literários a partir da realização de uma pesquisa
de histórias contadas na comunidade, dialogando também com a habilidade EF67LP20.
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(Cenário único)
(Uma floresta)
Marlon Thor
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or
vassourinha a jato! processo de aprendizagem de modo mais
Marlon Th
TODAS – Oh!
leve e divertido.
(Elas começam a conversar e a comentar a novidade, enquanto recordam os pontos de exame. Al-
gumas arrumam os chapéus, lustram as vassourinhas, limpam o lugar. Só Bruxinha Ângela, num
canto, alheia a tudo, suspira.)
BRUXA-CHEFE (notando a aproximação do Bruxo) – Silêncio!
(As bruxinhas perfilam-se. O Bruxo entra solenemente com o Vice-Bruxo segurando-lhe
a saia. Em silêncio, o Vice-Bruxo pousa a saia do Bruxo no meio da cena. O Bruxo
espera e o Vice-Bruxo sai de cena, voltando logo em seguida com uma cadeira-trono,
que coloca no meio da cena. O Bruxo se instala tomando ares de sacerdote supremo.
Depois dá um bruto espirro, que é saudado com palmas pelas bruxinhas.)
BRUXA-CHEFE – Podemos começar, Sua Ruindade?
(O Bruxo faz sinal para o Vice-Bruxo, que se chega a ele. O Bruxo fala-lhe qualquer
coisa ao ouvido. O Vice transmite à Bruxa-Chefe um sinal de assentimento.)
[...]
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Marlon Thor
BRUXA-CHEFE (tomando nota) – Sim, Sua Ruindade.
BRUXO – Tire o ponto.
MACHADO, Maria Clara. A bruxinha que era boa. In: A bruxinha que era boa e outras
histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. Livro digital não paginado.
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Marlon Thor
Kiriku e a feiticeira
africana. Além disso, o boxe dialoga com
Em uma cabana africana, uma mulher está grávida. De repente,
a habilidade EF69LP44, uma vez que as uma pequena voz sai de sua barriga redonda:
questões que envolvem a feiticeira Karaba – Mãe, me ajuda a nascer!
na história podem levar os estudantes a A mãe responde calmamente:
inferir a presença de valores sociais e re-
– Uma criança que fala na barriga de sua mãe sabe nascer sozinha.
conhecer, no texto, formas de estabelecer
Surge um pequeno bebê.
olhares múltiplos sobre a cultura africana,
– Eu me chamo Kiriku! Mãe, me lave!
sobretudo da Guiné.
– Uma criança que nasce sozinha se lava sozinha.
Kiriku salta em uma bacia e respinga água alegremente ao redor
dele.
– Não esbanje água. Karaba, a feiticeira, secou nossa fonte. Ela
devorou seu pai e todos os homens da aldeia. Só restou seu tio. Ele está
a caminho dos flamboyants, indo combater a feiticeira.
– Então devo ir ajudá-lo! – grita Kiriku.
Sobre suas pequenas pernas, Kiriku dispara na estrada dos Kiriku nasceu sozinho e pulou no
flamboyants. Ele encontra seu tio e o encara: colo de sua mãe.
– Bom dia, meu tio! Eu sou Kiriku, seu sobrinho. Eu vim ajudar a combater Karaba, a feiticeira.
O tio não quer acreditar que aquele pequenino é seu sobrinho e não aceita que um bebê o ajude. Então,
Kiriku volta para a aldeia. O tio fica satisfeito.
[...]
Kiriku vai enfim conhecer as respostas a todas as questões que o atormentam:
[...]
– Vovô, por que Karaba devora os homens?
– É uma lenda. Ela nunca comeu um homem.
– Vovô, por que Karaba é malvada?
– Porque fizeram mal a ela. Ela sofre todo dia por causa de um espinho envenenado que alguns homens
enfiaram na sua coluna vertebral. É esse espinho que dá poderes de feiticeira a ela.
– Eu arrancarei o espinho das costas de Karaba ou morrerei.
OCELOT, M. Kiriku e a feiticeira. Tradução: Regis L. A. Rosa. Rio de Janeiro: Viajante do Tempo, 2016. p. 5, 7 e 34.
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/Mac Guff
Assista ao filme Kiriku, os homens e as mulheres. Nessa história,
1. Enredo: situação inicial – apresentação
ma
malvada para livrar muitas pessoas de seu domínio. Dir. Michel
nce 3 Ciné
Ocelot, França, 2012. avô e a feiticeira. Conflito: a feiticeira
que come os homens da aldeia e o fato
Reproduç
Capa do DVD do filme
Kiriku – os homens e de Kiriku querer arrancar o espinho das
as mulheres.
costas dela para tirar seu poder. Não há
clímax nem desfecho. Espaço: cabana
1. Identifique os elementos narrativos no trecho do conto. Se necessário, retome o esque- africana (e na comunidade).
ma apresentado na seção 2.
2. Todos são parentes de Kiriku, o persona-
2. O que os personagens apresentados, exceto Karaba, têm em comum?
gem principal. Explique aos estudantes
3. O desfecho da história não é apresentado. Crie uma hipótese de como a história termi- que a escolha por pessoas da família
na, considerando os elementos mostrados.
reforça o caráter comunitário e tradicio-
4. Em uma narrativa popular, geralmente não se sabe a data em que foi criada e ela é pas- nal da narrativa.
sada de geração para geração. Em sua opinião, é possível a narrativa ser contada da
mesma forma? Explique sua resposta. 3. Resposta pessoal. Verifique se os estu-
Conforme as narrativas orais tradicionais são contadas, elas ganham registros da memória da co-
dantes conseguem elaborar um desfe-
munidade. E o contador dessas histórias é muito importante. Esses membros de uma comunidade são cho que dê continuidade aos elementos
chamados de griôs. narrativos do trecho.
Muito antes de conhecermos a definição de literatura, os griôs, excelentes oradores, contavam tanto
narrativas épicas longas e cheias de detalhes quanto histórias curtas, acompanhadas de cantos, palmas,
4. Resposta pessoal. Lembre os estudantes
danças, gestos, riso e vozes diversas para cada personagem, encantando os ouvintes por horas seguidas. da capacidade de modificações da lin-
As histórias tinham diversas funções sociais, entre elas, explicar fenômenos desconhecidos (como a guagem e de detalhes das histórias na
origem do mundo) por meio de elementos sobrenaturais e crenças, o que conhecemos hoje como mitos; transmissão de narrativas orais ao longo
e explicar fenômenos da realidade, com uma mescla entre fatos e fantasia e a presença de elementos
do mundo natural, o que conhecemos hoje como lendas.
do tempo.
Mas atenção: essa divisão entre mito e lenda é originária do mundo moderno, ocidental. Para os
griôs, essas narrativas são histórias contadas com a função de ensinar suas tradições aos mais novos e INFERÊNCIA
perpetuar a cultura da comunidade.
Na atividade em que os estudantes
devem criar uma hipótese de como a
Irene Abdou/Alamy/Fotoarena
Griôs,
tradicionais
contadores
de histórias
do continente
africano.
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Reprodução/Youtube/MultiRio
2. Resposta pessoal. Incentive que cada
estudante compartilhe qual dessas lin-
guagens desperta mais seu interesse.
3. É mostrado no conteúdo 1, pois o saci
está aprisionado em algum recipiente
em que ele está pequeno, pois é com-
parado com um camundongo. E no con-
teúdo 3, no qual ele é mostrado aprisio-
nado em uma garrafa.
4. A canção descreve peripécias do saci,
portanto, os estudantes podem escolher
palavras como: traquina, levado, bagun-
Cena da animação Saci: Juro que vi. Direção: Humberto Avelar e Sérgio Glenes, 2008.
Plataforma Multirio, da Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro. Disponível em:
ceiro, inquieto etc.
livro.page/6V6U433L. Acesso em: 29 abr. 2022.
5. Não poderia ser confundido com um
1. Os três conteúdos estão abordando um mesmo personagem, contudo poema. Há indicação de um refrão que
em linguagens diferentes. Que linguagens são essas? se repete quatro vezes, indicando como
2. Qual dessas linguagens você acha mais atraente? Explique. a música deve ser cantada, o que não é
3. A lenda conta que o saci não é um ser pequeno, mas, se for capturado,
comum em poemas.
ele encolhe e pode ser aprisionado. Em quais dos três exemplos isso
é mostrado?
4. As características do saci mostradas no trecho de letra da música levam
a compreender características importantes do personagem. Se fosse
para descrevê-lo em uma palavra, que palavra você escolheria?
5. O trecho de letra da música poderia ser confundido com um poema?
Justifique sua resposta.
131
HABILIDADE DA BNCC
A habilidade EF67LP27 é desenvolvida, uma vez que os estudantes são levados a
analisar referências que três manifestações artísticas (um trecho de narrativa literária, um
trecho de letra de música e uma cena de filme de animação) fazem entre si, sobretudo
quanto ao personagem e aos recursos literários e semióticos que envolvem os textos
apresentados no boxe Deixar fluir.
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Reprodução/Facebook/Spa-Cão
português, não pode ser traduzido como
“the dog is a cat”, porque não faz sen-
tido para a comunidade que fala inglês.
O sentido figurado dessa expressão só é
possível em língua portuguesa.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. a) Um pet shop ou outro local apropriado
que ofereça banho e tosa para cachorros.
1. b) A tutores de cães que usem serviços
de banho no animal.
1. c) Para chamar a atenção do leitor e re-
presentar que ele está bonito. Disponível em: livro.
page/7V6U434L. Acesso
1. d) O sentido é que o cachorro sai boni- Não escreva em: 9 mar. 2022.
neste livro
to, após ter passado por banho e tosa.
Use seu a) Explique quem é o provável produtor do texto.
Explique aos estudantes que a palavra caderno
b) A quem se destina o anúncio?
“cão” está empregada no sentido lite-
c) Por que, na imagem, o cachorro está de óculos escuros?
ral, enquanto “gato” está empregada no
d) Explique o sentido da frase “Aqui seu cão sai um gato!!”.
sentido figurado, metafórico, indicando
beleza. Nesse caso, é usado o sentido
132
conotativo da linguagem.
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Figuras de linguagem
1. Releia o trecho a seguir, de “Pimenta no cocuruto”.
b) Das ações identificadas, quais são possíveis de serem feitas por animais e
quais delas não o são?
133
HABILIDADES DA BNCC
Nas atividades 1 a 3 do tópico Figuras de linguagem, são trabalhadas as habilidades
EF67LP38, EF69LP48 e EF69LP54, pois promovem interpretação e análise dos efeitos
de sentido produzidos pelas figuras de linguagem personificação, comparação e metáfora.
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tória, não é um personagem dela. tem a menor dúvida de que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece
8. b) Narrador: “O homem aproxima-se o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jo-
dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos gando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e... O homem
aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos
nos seus ombros e olha nos seus olhos.
seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que
Seus olhos se enchem de lágrimas. Sen- coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente.
te uma coisa no peito. [...] O homem Como meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas
tenta dizer alguma coisa, mas não en- não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois
contra o que dizer.”. Personagem: “Que sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
E o menino O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconhe-
coisa é a vida. Que coisa pior ainda é aborreceu-se de que ceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos
o tempo. Como eu era inocente. Como seria um adulto tão
sentimental... anos, como eu vou ser sentimental!
meus olhos eram limpos.”.
VERISSIMO, L. F. História estranha. In: Comédias para se ler na escola.
8. c) Não há marcas de discurso direto. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. Livro digital não paginado.
Fábio Guinalz/Fotoarena
pensamento do personagem como se roteirista, tradutor, jornalista, músico de
jazz e escreve contos e crônicas de humor
ele estivesse dizendo aquilo, mas sem para todas as idades. Nascido em Porto
uma marca que identifique o discurso Alegre (RS), é filho de outro grande autor
direto (travessão ou aspas). brasileiro, Érico Verissimo. Já escreveu mais
de 40 livros, além das outras atividades
8. e) Resposta pessoal. Comente com os
profissionais, e recebeu diversos prêmios
estudantes o recurso de síntese usado ao longo da carreira. Atualmente, mora em
pelo autor, que coloca na palavra “senti- Porto Alegre com a esposa. O autor Luis Fernando Verissimo durante
mental” todas as reações do homem ao o Prêmio Scopus, São Paulo (SP), 2011.
encontrar o menino.
8. f) Resposta pessoal. É possível ampliar Não escreva a) O narrador do texto participa da história? Justifique sua resposta.
neste livro
essa atividade para dar-lhe um sentido b) No trecho em destaque, há duas vozes no texto: do narrador e do persona-
Use seu
caderno gem. No caderno, identifique onde começa e onde termina cada uma dessas
de cápsula do tempo: os estudantes po- vozes.
dem escrever para si mesmos um texto c) Há marcas de discurso direto no texto?
para ser aberto no 9o ano, em que co- d) Explique os recursos usados pelo autor para construir a diferença de vozes
loquem expectativas de vivências, com- entre o narrador e o personagem.
portamentos e outros itens que desejem e) Em sua opinião, a conclusão a que chega o menino de 7 anos no final do
experimentar até concluir o Ensino Fun- texto representa as reações do homem ao longo do texto? Explique sua
damental. Os textos podem ser guarda- resposta.
dos na escola e recuperados no 9o ano f) Se você se encontrasse consigo mesmo aos quarenta, quarenta e poucos
para os estudantes lerem. anos, que conselho daria a esse “eu” do futuro, considerando o que está
vivendo hoje?
Observe que, no trecho em destaque no conto, há duas vozes: a do narrador
e a do personagem, que percebemos mais claramente quando os sentimentos do
homem (personagem) são ditos pelo narrador como se ele realmente fosse o ho-
138
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no mesmo trecho.
1. a) Para a Bruxa-Chefe, passar vergonha
seria as bruxinhas fazerem algo que
mostrasse para a Sua Ruindade Su-
O discurso indireto livre ocorre quando em uma mesma
construção há a junção entre o discurso direto (falas de prema que não estão em forma, o que,
personagens) e o discurso indireto (voz do narrador), mas não há portanto, recairia sobre ela, que está à
marcas para identificar o discurso direto, ele é incluído na voz do frente do grupo.
narrador, formando uma só unidade discursiva.
1. b) O Bruxo avaliador.
No discurso 1. c) Ganhar a vassourinha a jato.
Interjeição e a construção de sentidos indireto livre, as
vozes se misturam. 1. d) Não é esperado, pois elas soltam,
Em textos orais e escritos, precisamos de recursos que nos ajudem a expressar conjuntamente, uma expressão de es-
sentimentos, sensações e emoções em palavras para além da pontuação. Vamos panto: “Oh!”.
observar como eles estão presentes nos textos lidos.
1. Releia este trecho do texto teatral A bruxinha que era boa.
a) Explique o que a Bruxa-Chefe considera passar vergonha e por que ela tem
esse medo.
b) Quem é a Sua Ruindade Suprema?
c) Qual é a premiação para quem passar no exame?
d) Esse prêmio é esperado pelas bruxinhas? Explique sua resposta com ele-
mentos do texto.
2. Leia a tira e responda ao que se pede.
© Custódio/Acervo da cartunista
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3. a) A representação do som do barulho
dos telhados caindo que a mãe faz por
escrito.
3. b) O sentimento é de espanto e medo.
A palavra é “Cruzes”.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
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Conteúdo produzido
para esta obra.
141
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Cartaz da campanha do
agasalho de 2021 da
cidade de Suzanápolis, no
estado de São Paulo.
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que salta, que exclama, Escreva-me, então: XÔ! 2. b) Interjeição é uma palavra que exclama
CHI
que se agita e grita, UI!
EI! um sentimento.
Ah, que pena! Á!
que chora e que chama? OL 2. c) Resposta pessoal. Verifique se os
Oba, que bom!
Você acha lindo? estudantes conseguem contextualizar o
Psiu, fique quieto!
Você sente tanto?
Oh, meu amor! conceito de interjeição.
Você quer chamar-me?
Xô, passarinho!
Você está chorando?
Chi, que horror!
Qualquer sentimento Ui, ui, que susto!
se torna mais claro Ai, ai, que dor!
e mais definido Ei, venha cá!
assim como eu digo. Olá, já vou!
Comigo! Comigo!
a) Que interjeições estão no poema e quais são os sentimentos que elas ex-
pressam?
b) Nas palavras da autora, o que é interjeição? Reescreva o conceito.
c) Escolha quatro interjeições que você usa em seu cotidiano e escreva um
pequeno diálogo que as contemple. Não se esqueça de utilizar a sinalização
própria do discurso direto e indireto.
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Reprodução/MP Publicidade
ORIENTAÇÕES
3. a) Um legume (a batata) e o persona-
gem dos quadrinhos (Batman).
3. b) Estão relacionados por meio de um
trocadilho com seus nomes, que com-
para a proximidade de suas formas
Bat(at)man.
3. c) A figura de linguagem é a comparação.
4. a) Tomo banho de lua (a expressão to-
mar banho de lua significa estar sob o Campanha publicitária de loja de hortifrúti.
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das lambem minhas pernas / O sol
sol abraça o meu corpo / Meu coração abraça o meu corpo / Meu coração
canta feliz (personificação). canta feliz (De repente, Califórnia,
4. c) Resposta pessoal. Leve os estudan- gravada por Lulu Santos).
Quando olho as estrelas do céu /
tes a expressarem suas preferências e
Lembro teus olhos de cristal (Você do
verifique se conseguem contextualizar
meu lado, gravada por Luan Santana).
o conceito de metáfora.
E olha onde a gente chegou / Eu sou,
5. a) Exemplos: “Bruxinha Ângela”, “Bruxinha país do futebol (País do futebol, gravada
Caolha”, “Bruxinhas”, “Sua Ruindade”. por Mc Guimê e Emicida).
O que você entende
5. b) Exemplo: “Passemos ao terceiro pon- Hoje de manhã, atravessando o mar / Vou me
pela expressão “tomo
to: feitiçarias antigas e modernas.”. perder, vou me encontrar, a cada vento que soprar um banho de lua” ?
(A cada vento, de Emicida).
144
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
GUIMARÃES. Hélio de Seixas; LESSA Ana Cecília. Figuras de linguagem: Teoria e Prá-
tica. São Paulo: Atual, 1988.
O livro faz parte da série Tópicos da linguagem. Apoiando-se em conteúdo teórico
consistente e acessível, a obra possibilita subsidiar o trabalho em sala de aula.
DISCINI. Norma. Comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005.
Partindo de análise de textos diversos, a obra se propõe a descrever mecanismos de
construção de sentido. O ensaio analítico é priorizado ao longo da obra.
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hu
fantasia de um personagem do universo pop, com
tte
réplicas de roupas, maquiagem, acessórios e até
r st
figurinista, maquiador, sonoplasta, ator,
oc
mesmo cenário, com o objetivo de torná-la realista.
k
Para os adeptos da prática, no entanto, não basta
se fantasiar como um personagem de sucesso, é
diretor ou documentador.
preciso escolher um que tenha a ver com a própria
personalidade e se comportar como ele.
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Planejamento e produção
Vamos, então, às etapas do planejamento e da produção do
roteiro de teatro. Lembrem-se de que vocês devem inventar uma
história para um personagem lendário, com a inclusão de elemen-
tos culturais a sua escolha. Comecem com a divisão dos grupos.
1. Organizem-se em grupos e definam as funções de cada membro
na peça. Será necessário: cenografista, figurinista, maquiador,
sonoplasta, atores, diretor (apenas um) e documentador (para
registrar a produção e a encenação). Todos devem ajudar a
escrever o roteiro e, se possível, usem um editor de texto
colaborativo, assim cada um poderá dar a sua contribuição.
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HABILIDADES DA BNCC
A etapa de planejamento e produção envolve as habilidades EF67LP30, EF69LP50
e EF69LP52, pois privilegia a criação de uma narrativa ficcional e sua elaboração e
representação em cena teatral, observando tanto os elementos da estrutura narrativa
estudados na Unidade e os aspectos linguísticos e paralinguísticos para a caracterização
dos personagens, como também os recursos necessários para a montagem do cenário,
do espaço, do tempo e até dos efeitos sonoros.
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HABILIDADES DA BNCC
Nesta etapa do projeto, os estudantes trabalharão a leitura em voz alta de uma apresentação
de um trecho de cena, expressando suas compreensões e interpretações da fanfic teatral por
meio de uma fala expressiva e fluente, respeitando o ritmo, as pausas, as hesitações, a ento-
nação, que podem ser indicados tanto pela pontuação quanto pelo recurso do teleprompter.
Essa atividade de produção de notícia, que se configura aqui como uma forma de apre-
sentação e apreciação de uma produção cultural, propicia aos estudantes uma vivência
significativa no papel de repórter e de comentador, o que permitirá que compreendam
as condições de produção e de circulação desse gênero nas práticas de linguagem do
campo jornalístico-midiático em diálogo com o artístico-literário. Dessa forma, a etapa 4
do projeto engloba as habilidades EF69LP06, EF69LP53 e EF69LP54.
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Publicação
Após finalizados, arquive os textos em seu por tfólio para que possam ser
retomados no momento da apresentação do Telejornal, na Unidade 8. Arqui-
vem também, com cautela e organização, os slides que organizam o vídeo e
as imagens.
Maria Symchych/Shutterstock
153
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Para garantir que os estudantes recordem e revisitem algumas aprendizagens desta
Unidade, proponha que troquem os roteiros produzidos entre os grupos, de modo que cada
grupo avalie a produção do outro. Com os roteiros trocados, peça que busquem fazer uma
avaliação crítica, semelhante àquela trabalhada no boxe Nosso mundo. Ainda que sejam
encontradas inadequações, instigue o diálogo entre os estudantes, para que concebam a
palavra “crítica” de forma positiva e não pejorativa, isto é, ao apontar problemas no roteiro,
o grupo deve fazer isso de um modo educativo, para que seus colegas possam melhorá-lo;
já o grupo que receber a crítica, deve interpretá-la como mais um aprendizado. Diga para os
estudantes não se preocuparem com as avaliações, mostrando que essas trocas enriquecem
o processo artístico de uma manifestação cultural.
Essas avaliações serão também uma forma de cada estudante se autoavaliar, uma vez que
precisará refletir sobre conteúdos e procedimentos presentes na Unidade. Para isso, peça que
foquem, em sua avaliação crítica (e autoformativa), na identificação do personagem lendário
escolhido pelo outro grupo e na sua possível relação com outra cultura. Peça também que
identifiquem as figuras de linguagem presentes no texto. Se julgar pertinente, essa movi-
mentação, em vez de texto escrito, pode ocorrer a partir de uma roda de conversa entre os
grupos após as encenações. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Tr
Te m o nt
ans
aC
Saúde
ve rs a
Proponha aos estudantes que façam
l
uma observação atenta da imagem de
abertura da Unidade 5 e de sua legenda.
Antes da leitura do texto e da discussão
das questões apresentadas, faça um levan-
tamento oral de conhecimentos que contri-
buam com a compreensão e a análise do
que está sendo observado. O interesse e
a curiosidade pelas ciências naturais po-
dem promover o engajamento dos estu-
dantes no desenvolvimento do conteúdo.
Se possível, para a atividade 3, acrescente
referências de fontes de pesquisa para as-
suntos científicos, como o site da revista
Ciência Hoje das Crianças, que aproxima a
ciência da vida cotidiana e procura mostrar
que a ciência pode ser divertida.
CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Dispo-
Você percebeu que a ciência está em todos os lu- nível em: livro.page/22V6U5149LP.
gares? Ela está na escola, em tarefas do cotidiano, nas
Acesso em: 14 jun. 2022.
mais diversas profissões, nos livros, na internet, na
TV e em jornais, que ajudam na divulgação de desco-
bertas e no desenvolvimento das ciências em todas as CONHECIMENTOS PRÉVIOS
áreas. A ciência também está na manutenção de nossa Para planejar o trabalho com a identifi-
saúde, com inovações tecnológicas, avanços medici- cação de palavras-chave e a elaboração de
nais, evidenciação de teorias, confirmação de hipóte-
resumo, investigue a capacidade de sinteti-
ses ou protocolamento de boas práticas.
zar informações tanto oralmente como em
texto escrito. Prepare uma situação peda-
gógica que leve os estudantes a precisa-
1. A ciência te deixa curioso? Você gosta de estudar as rem recorrer ao resumo para expressar-se.
plantas, os planetas, o corpo humano, a matemática, o Você pode, por exemplo, elencar termos
nosso passado histórico ou a nossa geografia? Cite os científicos para que cada um pesquise
temas que mais lhe despertam a curiosidade e conte
seus significados e depois os expliquem
por que os acha interessantes.
2. A imagem que abre esta Unidade foi captada para um
para a turma em poucas palavras. Dessa
estudo científico. Você sabe que doença essa substân- forma, podem-se mapear conhecimentos
cia pode causar? Crie hipóteses e compartilhe-as com prévios e elaborar planos de trabalho mais
os colegas. consistentes, que contemplem as necessi-
3. Você tem o hábito de investigar temas que não fazem dades dos estudantes.
parte de seu repertório de conhecimento? Como faz para
aprofundar o conhecimento de diferentes assuntos?
155
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A seção Caminhos tem a função de
orientar a trajetória de aprendizagem
proposta na Unidade, assim como os re- Os principais objetivos de aprendizagem
cursos necessários ao desenvolvimento desta Unidade são:
das atividades. Sugerimos realizar com os identificar palavras-chave para
fundados. Lembre-se de que eles estão de gráficos que podem apoiar gêneros Alguns tipos de fungo, como o
Schizophyllum commune, podem ser
pautados na BNCC, como na habilidade textuais, como os infográficos; usados na fabricação de medicamentos.
EF69LP34, que trata do desenvolvimen- relacionar textos;
essenciais em um texto resumido, assim a norma-padrão; Para que esses objetivos sejam atingidos,
como designar palavras-chave. conhecer o uso de sinônimos para não você precisa adotar alguns procedimentos.
Os procedimentos a serem praticados repetir palavras em textos; Para escrever resumos, você vai aprender a
envolvem um plano de trabalho que con- compreender os modos verbais e os identificar as partes importantes de um texto por
sidere as tarefas propostas, como a leitura efeitos de sentido do modo indicativo; meio de palavras-chave. Vai investigar maneiras
do texto “Intoxicação alimentar”, que deve produzir gráficos com base em textos de divulgar a ciência utilizando gêneros como
ser feita coletivamente e seu tema discu- escritos. verbete e gráficos, além de comparar fontes de
tido para gerar interesse e curiosidade na informação. Vai também analisar os princípios da
investigação textual a ser desenvolvida. concordância nominal, distinguir as diferenças
de sentido entre as palavras, compreender o
Esse texto fará a introdução aos objetivos
que são os modos verbais e seus usos.
de aprendizagem relacionados aos conteú-
As tarefas propostas ao longo da Unidade são:
dos de resumo e palavra-chave.
ler um texto, identificar e selecionar
tema da Unidade;
conhecer modelos diversos de gráficos por
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Nesta Unidade, você vai precisar dos seguin- Para que os estudantes se organizem
tes recursos: para os estudos, fale sobre os recursos
dispositivos digitais para realizar pesqui- necessários para as atividades a serem
sas e produzir gráficos; realizadas ao longo da Unidade. Para tra-
dicionário impresso ou on-line;
balhar com o gênero textual verbete, será
margouillat photo/Shutterstock
necessário o acesso a dicionário impresso
caderno;
ou on-line e caderno para a resolução de
papel sulfite; atividades e estudo.
canetas e lápis coloridos;
A proposta final será a elaboração de
régua, tesoura e cola. um gráfico com base nos conhecimentos
adquiridos no decorrer do trabalho desta
Muitos produtos à base de leite,
Unidade. Nesta atividade, os estudantes
como queijos e iogurtes, passam poderão utilizar recursos digitais. Auxilie-os
por processos de fermentação por
bactérias. na busca por ferramentas gratuitas em sites
ou aplicativos para celulares.
Os estudantes deverão planejar e pro-
A ciência é fundamentada na duzir um gráfico que acrescente informa-
observação, na experimentação e no ções acerca da temática da intoxicação
desenvolvimento de teorias.
alimentar. A pesquisa, o planejamento de
ações e a elaboração dos gráficos serão
alimentados pelos conhecimentos e pelas
habilidades desenvolvidas, para uma pro-
onsuda/Shutterstock
Os profissionais da
área da saúde precisam
estar constantemente
atualizados com as
mais novas descobertas
da ciência.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Tomar
cuidado com
os alimentos
ingeridos é uma
forma de evitar
a contaminação
por bactérias.
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selecionadas são mesmo importantes e Palavras-chave: Hipócrates; organismo; curar; pensadores gregos; mitos; doenças; punidas.
apontam para o assunto abordado. Ob- Resumo: Hipócrates estudou o organismo humano para poder curar as pessoas, diferentemente
serve que todas elas (ou a maioria) se dos pensadores gregos, que naquela época acreditavam em mitos, como o de que as doenças
referem a nomes (substantivos). eram uma punição aos erros cometidos pelas pessoas.
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Hipócrates, considerado o “pai da Medicina”. História organização de informações do texto.
Ciências Saúde Manguinhos, out. 2014. Disponível Por exemplo: normalmente cada pa-
em: livro.page/3V6U5155L. Acesso em: 5 mar. 2022.
rágrafo discorre sobre um ponto do
assunto, ou seja, representa um bloco
de informações relacionadas entre si.
Busto de bronze de Hipócrates. 3. Anotar as palavras mais importan-
tes que se referem a cada conjunto de
informações do texto. Por exemplo: as
palavras essenciais de cada parágrafo.
6. Quais foram as etapas percorridas até aqui para você produzir seu resumo? 4. Escrever o resumo retomando os
pontos principais do texto, guiado pelas
palavras-chave selecionadas. O texto
Resumos recuperam as informações mais importantes de um texto, dispensando as deve ser menor que o original, seguindo
secundárias. Para isso, é importante ler, compreender, selecionar informações para, a mesma organização de informações e
então, escrever o resumo, que deve ser mais curto que o texto original. Não se deve sem cópias. Convide alguns estudantes
copiar trechos, pois eles serão mais longos que o necessário, ou seja, eles podem a compartilharem seus textos lendo-os
ser resumidos com menos palavras.
para a turma, para eles mesmos avalia-
rem se seus resumos estão suficientes.
Para a escrita do resumo, atente-se para alguns elementos da linguagem que
ajudam na coesão desse texto. Veja o quadro.
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
Elementos de linguagem para escrita do resumo RACHEL, Anna. Resumo. São Paulo:
Parábola, 2004.
Ocorrências Recursos linguísticos
A obra busca apresentar o gênero e
Explicação mais detalhada de uma informação
Ou seja, isto é.
suas principais características por meio de
anterior.
exemplos e questões reflexivas, que servem
Inserir uma explicação à ideia anterior. Porque, pois, já que. como uma espécie de guia na produção de
resumos.
Inserir a fala de um especialista. De acordo com, segundo.
161
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Peter Gudella/Shutterstock
formas de representação. Na construção sa·ni·tá·ri·o
de gráficos, oriente o uso de lápis colori- adj
do e régua para a elaboração no caderno, 1 Relativo à saúde ou à higiene.
2 Relativo a banheiro e a tudo que dele faz parte.
lembrando que a imagem precisa ser ob-
sm
jetiva e clara para conseguir cumprir sua 1 V vaso sanitário.
função informativa. 2 POR EXT Aposento onde está instalado o vaso
sanitário; banheiro, mictório, toalete.
ATIVIDADE: RESPOSTA E ETIMOLOGIA
der da alt do lat sanĭtas, -atis+ário, como fr sanitaire.
ORIENTAÇÕES
SANITÁRIO. In: Michaelis: Dicionário Brasileiro
Verbetes são textos escritos, de cará- da Língua Portuguesa. Disponível em: livro.
page/3V6U5156L. Acesso em: 31 jan. 2022.
ter informativo, que explicam conceitos.
Geralmente, nós os procuramos em di-
cionários (que podem ser temáticos), 162
glossários e enciclopédias. Eles servem
para explicar, apresentar sinônimos e
informações variadas a respeito do con- HABILIDADES DA BNCC DESENVOLVIDAS NA SEÇÃO 2
ceito ou da palavra pesquisada.
EF67LP25, EF67LP26, EF69LP29, EF69LP30, EF69LP33 e EF69LP34.
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ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Consulte as seguintes enciclopédias para ver a definição de outros verbetes. ORIENTAÇÕES
EDUAR, Gilles; GUIMARÃES, Maria. A história da terra 100 palavras. 1. ed. São Paulo: 1. a) As informações são: separação silá-
Companhia das Letrinhas, 2018. bica, classe gramatical da palavra e, de
O grande livro de ciências do Manual do Mundo: anotações incríveis e divertidas para acordo com o contexto de uso, os diver-
você aprender sobre a vida, o Universo e tudo mais. Trad. Cláudio Biasi. Rio de Ja-
sos sentidos da palavra e sua etimologia
neiro: Sextante, 2019.
(origem e formação da palavra).
1. b) A ordem, geralmente a mesma nos
Reprodução/Companhia das Letrinhas
Reprodução/Editora Sextante
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Reprodução/pt.wikipedia.org
formados por atividade biológica, deram
origem às bactérias.
NOSSO MUNDO:
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
1. Verifique se os estudantes conhecem
enciclopédias desse tipo; se não, cite
exemplos. A Wikipédia, marca comercial,
é citada com fins didáticos nesse boxe
ENCICLOPÉDIA colaborativa Wikipédia em português.
por ser a mais conhecida enciclopédia Disponível em: livro.page/4V6U5158L. Acesso em: 6 abr. 2022.
colaborativa. Pergunte-lhes se já se sen-
tiram inseguros consultando esse tipo 1. Você já consultou este tipo de enciclopédia? Se sim, chegou a refletir se os textos eram
de fonte. Por um lado, as enciclopédias confiáveis? Você sabe quais são os mecanismos que garantem certa confiabilidade a
colaborativas têm alguns mecanismos esses espaços na internet?
que asseguram certo grau de confiabi- 2. Consulte em uma enciclopédia colaborativa virtual um verbete de qualquer assunto de
lidade aos textos, como a indicação de seu interesse. Pode ser sobre uma banda, um filme, um jogo, uma comida, um lugar...
fontes e a possibilidade de revisar os Em seguida, faça uma nova pesquisa em sites especializados, oficiais ou governamentais.
Compare as informações da enciclopédia colaborativa com as dos sites especializados
verbetes; por outro, o fato de poderem
e verifique:
ser editadas livremente por todas as
se há informações divergentes;
pessoas pode prejudicar a qualidade e
se as informações coincidem;
a confiabilidade de seu conteúdo.
se há informações complementares; e
2. Resposta pessoal. Caso a escola não te- se textos da enciclopédia colaborativa foram copiados de outros sites.
nha um espaço de consulta à internet,
esta atividade pode ficar como tarefa de
casa. Convide os estudantes a compar-
tilharem o resultado de suas pesquisas. 164
HABILIDADE DA BNCC
As enciclopédias colaborativas são PRÁTICA DE PESQUISA
parte integrante do mundo atual, por isso A atividade proposta no boxe Nosso mundo possibilita que os estudantes desenvol-
desenvolver a habilidade EF69LP30, re- vam noções de prática de pesquisa, nesse caso, a revisão bibliográfica. Se julgar pertinen-
lacionada à análise crítica de conteúdos te, converse com os estudantes sobre as características desse método de coleta de dados.
disponíveis, é peça-chave na formação de A revisão bibliográfica, muito comum como prática no ensino superior, é a realização de
cidadãos conscientes. uma ampla pesquisa que investiga o que variados autores disseram a respeito de um mes-
mo tema, observando justamente complementaridades, discordâncias e concordâncias.
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
LEITURA COMPLEMENTAR
A primeira enciclopédia foi idealizada e
editada na França, no século XVIII, organi-
zada pelo filósofo e escritor Denis Diderot.
Leia o texto da revista Superinteressante
para mais informações e compartilhe-o
com os estudantes:
1975 2001
É publicada a primeira É lançada a Wikipédia,
Enciclopédia
edição do Dicionário enciclopédia virtual colaborativa.
Aurélio, de Aurélio A Enciclopédia (que chegou a ser cha-
Buarque de Holanda. mada de “o livro dos livros”) permitiu
que, pela primeira vez, o conhecimento
Reprodução/Editora Nova Fronteira
Reprodução/pt.wikipedia.org
científico, artístico e filosófico da época
estivesse à disposição do público em ge-
ral [...]. Seu caráter de divulgação univer-
sal do conhecimento inspirou a criação
de outras enciclopédias, entre elas a Bri-
tânica. A obra organizada por Diderot é
apontada como uma das mais importan-
tes bases teóricas para a Independência
Americana, em 1776, e para a Revolução
Francesa, em 1789.
Por meio de verbetes, os conceitos científicos de diferentes áreas são transmitidos a um público ENCICLOPÉDIA. Superinteressante,
leitor amplo e diverso. Para atingir o objetivo comunicacional de reunir e divulgar a ciência 31 out. 2016. Disponível em: livro.page/
para leigos – os não especialistas –, a linguagem do verbete precisa ser simples e de fácil 29V6U5161LP. Acesso em: 2 jun. 2022.
entendimento. Apesar de os verbetes publicados em enciclopédias e dicionários terem uma
estrutura e uma função de divulgação científica semelhantes, eles podem apresentar diferenças,
como pudemos observar nas atividades.
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GRÁFICOS: ORIENTAÇÕES Agora, suponha que o texto foi publicado somente em livro ou revista impressa.
Nesse caso, para ampliar ou acrescentar sentidos, precisaria haver um glossário ou
Verifique qual é a experiência dos es- quadros com explicações e novas informações. Como no hyperlink, o leitor tem a li-
tudantes como leitores ou produtores de berdade de ler ou não essas informações extras. Esses textos agregados ao texto
gráficos na escola. Lembre-os de livros de principal são chamados de hipertexto.
outras disciplinas em que é possível en- Não escreva 1. Agora, crie um hipertexto para o trecho que você acabou de ler. Escolha
neste livro
contrar gráficos sobre diversos assuntos. Use seu
uma das palavras destacadas, pesquise seu sentido e escreva – com as
Fora da escola, é possível que eles tenham caderno próprias palavras – uma definição.
visto gráficos na mídia ou em campanhas
publicitárias, como as voltadas a saúde e
alimentação. Leitura 2
Os gráficos são importantes porque
apoiam dados e textos escritos, ou seja, Gráficos
essa linguagem visual matemática costu- O próximo texto que vamos ler é um infográfico. Você já leu ou produziu um in-
ma estar em gêneros textuais estudados fográfico na escola? E fora do ambiente escolar, você se lembra de ter visto algum?
na disciplina de Língua Portuguesa, daí a Os infográficos são textos multimodais, ou seja, usam linguagem verbal e não
importância de saber interpretá-los e asso- verbal (ou visual). Eles têm ilustrações, gráficos, dados numéricos e estatísticos,
ciá-los a outras linguagens. Nesse sentido, texto escrito e uma variedade de cores e formas que os organizam e chamam a aten-
com o estudo de modelos de gráficos que ção do leitor. Este tipo de texto possibilita que muitas informações sejam dadas ao
transmitem informações de textos escri- mesmo tempo e, por isso, são importantes ferramentas para a divulgação científica
tos, os estudantes estarão mais prepara- e de pesquisas. Neste momento, vamos usar um infográfico para perceber, espe-
dos para, em outro momento do percurso cificamente, um dos elementos que geralmente estão presente neles: os gráficos.
escolar, compreenderem, estudarem e pro- Observe o infográfico, produzido pela Agência IBGE, sobre a alimentação
duzirem, por exemplo, infográficos. do brasileiro.
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HABILIDADES DA BNCC
Nas atividades com gráficos, proponha uma reflexão sobre o uso dos gráficos e infográ-
ficos como meio de divulgação de informação. Elenque suas principais características e o
quanto são facilitadores na explicitação de dados. Além do trabalho escrito nas atividades,
estimule a expressão oral das impressões, questionamentos e conhecimentos dos estu-
dantes. Tais ações se relacionam com as habilidades EF69LP29 e EF69LP33 da BNCC.
O boxe Múltiplas leituras trabalha a habilidade EF67LP26, pois leva o estudante a
reconhecer a estrutura de hipertexto em textos de divulgação científica.
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ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. a) Aparecem ilustrações relativas ao
tema: alimentos como arroz, feijão, ma-
carrão; um garfo e uma faca; um gráfico
do modelo rosca; ícones que destacam
as informações, como barras e tópicos.
1. b) Apresentam as porcentagens dos ali-
mentos mais consumidos pelos brasi-
leiros e as porcentagens de quem sofre
e de quem não sofre com a falta de
alimentos.
1. c) A linguagem é objetiva, compreensível
e formal. Chame atenção para os dife-
rentes tamanhos e destaques das letras.
Isso ajuda a segmentar o infográfico em
partes e a deixá-lo mais organizado e
atrativo.
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IBGE
2. a) Ele apresenta as porcentagens de
brasileiros que estão em segurança
alimentar, ou seja, que têm certeza de
que terão alimentos para consumir; e
daqueles que não estão com segurança
alimentar, ou seja, correm o risco de não
comer, indo de uma situação de insegu-
rança leve, passando pela moderada e
chegando à grave.
2. b) O gráfico, em forma de círculo, está
proporcionalmente dividido em partes,
de acordo com a porcentagem represen-
tada por cada uma delas, além de cada
parte apresentar uma cor diferente. Não escreva a) Que dados ele apresenta?
neste livro
2. c) O verde significa a ausência de pe- b) Como o gráfico apoia visualmente os dados numéricos apresentados?
Use seu
rigo em relação à falta de alimentos; o caderno c) As cores escolhidas para indicar as porcentagens do gráfico não são alea-
tórias. Que ideia elas transmitem?
amarelo é um sinal de alerta de risco
d) O gráfico está relacionado a que outra parte do infográfico?
possível; o laranja de uma situação de
e) Como você descreveria esse modelo de gráfico?
risco maior; o vermelho de uma situa-
ção crítica, certa em relação à falta de 3. Desenhe um gráfico de modelo funil (observe o exemplo) que reproduza as
alimentos. Ou seja, há uma gradação porcentagens dos alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros, indica-
dos no infográfico. Para isso, fique atento a:
de risco e de cores do verde para o
vermelho. indicar as barras de maneira proporcional e aproximada das porcentagens;
usar cores diferentes para representar cada barra;
2. d) Aos tópicos que aparecem no lado
dentro de cada barra, indicar a porcentagem e o nome do alimento.
esquerdo, relativos também à falta de
alimentos. Os tópicos usam as mes- Modelo do gráfico de funil
mas cores do gráfico, seguindo a mes-
Paula Radi
ma lógica.
2. e) É um gráfico circular dividido em par-
tes correspondentes, proporcionalmente,
às porcentagens indicadas.
3. Espera-se que os estudantes façam um
gráfico com um funil aproximado de:
84% arroz, 72,8% feijão; 48,7% car-
ne bovina; 27% aves; 18,8% macarrão.
Devem inserir dentro de cada barra a
porcentagem e o nome do alimento.
Peça aos estudantes que compartilhem
seus desenhos e observem se a divisão
ficou aproximada.
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Pirâmide:
Gráficos: Paula Radi
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2. Os gráficos usam o recurso da lingua-
gem visual, enquanto os verbetes utili-
zam a linguagem verbal.
3. Quando direcionados ao grande público,
os textos verbais nos verbetes devem
ser objetivos, claros e de fácil compreen-
são, ou seja, sem vocabulário complexo
(exceto no caso de termos técnicos) ou
frases longas. No caso dos gráficos, a
linguagem verbal se resume a poucas
palavras.
4. Fontes especializadas e de instituições
reconhecidas, escritas com correção
conceitual e com base em estudos cien-
tíficos e pesquisas estatísticas.
O uso de gráficos para divulgar informações quantitativas é um recurso objetivo e visual
bastante expressivo.
172
HABILIDADE DA BNCC
Desenvolva situação de aprendizagem, baseada no item Comparação entre textos,
que corresponde à habilidade EF69LP30, propondo comparações entre os dados e as
informações dos gráficos para facilitar a compreensão dos elementos trabalhados.
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ATIVIDADES: RESPOSTAS E
No início desta Unidade, nos ORIENTAÇÕES
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referimos a muitos nomes. Fa- 1. Verifique os conhecimentos prévios dos
lamos em intoxicação (o nome estudantes a respeito das classes de
de um problema de saúde); bac- palavras. Se necessário, faça uma breve
térias, vírus, fungos (nomes de revisão.
microrganismos); citamos termos
como manipulação, preparo, con-
servação e armazenamento (no-
CONCEITOS DA LÍNGUA
mes dados a determinadas ações). 1. a) Seres, registros, nome e estromatólitos.
Praticamente todas as palavras- Caso os estudantes apontem outras pa-
-chave com que trabalhamos eram lavras, lembre-os de que um substantivo
nomes, o que mostra que eles ocu- sempre vem, ou pode vir, acompanha-
pam um lugar muito impor tante do de um artigo ou outro determinante
em nossa língua. (como alguns pronomes): “os cientis-
Tudo o que
1. Você lembra como classificamos os nomes de acordo com a gramática? podemos tas”, “uma explicação”, “a parte”, “as
O nome dado às palavras que nomeiam os seres, as coisas, os sentimentos, as
nomear é coisas”. Faça, com eles, esse exercício
substantivo: a
emoções é substantivo. Vamos estudar, a seguir, alguns assuntos relacionados a criança, a mãe, de tentar colocar um artigo antes das
o parque, a
essa classe de palavras. felicidade.
demais palavras para perceberem que
não é possível. Mencione que outras
Conceitos da língua classes gramaticais, como verbos, adje-
tivos e advérbios, podem ser substanti-
Concordância nominal vados a depender do contexto em que
são usados colocando-se um artigo an-
Não escreva
1. Observe esta frase, tirada do verbete estromatólito, em Leitura 1: neste livro tes do termo. Exemplo: “O andar dele é
Use seu
caderno
muito elegante” (o verbo se transformou
Eram seres microscópicos, que não conseguimos enxergar, mas deixaram re-
em substantivo). “O bem sempre deve
gistros visíveis e ganharam o nome de estromatólitos [...]
prevalecer” (o advérbio se transformou
em substantivo). “O amarelo é minha
Edição de Arte
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Representação artística
do coronavírus SARS-CoV-2,
causador da covid-19.
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O racismo é um vírus em nossa 4. Observe a organização do verbete. O sinônimo da palavra vírus foi ordena-
do de 1 a 4. Crie hipóteses para a lógica dessa enumeração.
sociedade.
Os sinônimos podem ser usados para subs-
É um vírus essa mania de dar likes! tituir palavras que precisariam aparecer muitas
2. Esta ala do hospital é destinada a pacien- Sinônimos são palavras de sentido igual ou vezes em um texto, de forma que ele não fique
tes com microrganismos contagiosos. aproximado. Os sinônimos, entretanto, não repetitivo nem dê a impressão de ter sido mal
podem ser trocados indiferentemente, ou seja, formulado. Agora, você lerá um pequeno parágra-
Meu computador está com malware.
alguns são mais adequados para serem usados fo de uma notícia sobre resíduos de agrotóxicos
O racismo é uma perversidade em nos- em determinados contextos do que outros.
em alimentos. Neste parágrafo, há problemas de
sa sociedade. repetição de ideias e de palavras. Observe:
É um vício essa mania de dar likes!
3. Exemplo: “ponto” (de agulha, de luz, de
ônibus, relativo à pontuação gráfica, rela- [...] O estudo Tem Veneno neste Pacote, feito pelo Instituto de Defesa do
tivo a tópicos, com sentido de “questão”). Consumidor (IDEC) em 2021, verificou se havia resíduos de agrotóxicos em
27 alimentos ultraprocessados, divididos em oito categorias: refrigerantes, sucos
4. A ordem segue a do sentido mais frequen- de caixinha, bebidas de soja, cereais matinais, salgadinhos, biscoitos de água
te da palavra para o sentido menos usual. e sal, biscoitos recheados e pães de trigo. Seis categorias continham resíduos
de agrotóxicos; 14 (51,8%) possuíam resíduos de glifosato; e 16 produtos (59,3%)
apresentavam pelo menos um tipo de agrotóxico – em um biscoito de água e
HABILIDADE DA BNCC sal foram achados resíduos de até sete agrotóxicos. [...]
A reescrita de pequenos trechos pro- NABUCO, Cristina. Agrotóxicos: é possível desviar do veneno? UOL, Gama Revista, [S.l.],
1 maio 2022. Disponível em: livro.page/16V6U5170L. Acesso em: 17 maio 2022.
pondo modificações de palavras e/ou sen-
tidos contextualiza o trabalho especificado
Fotokostic/Shutterstock
pela habilidade EF67LP36, que orienta
o exercício da utilização de recursos de
coesão na elaboração dos variados gêne-
ros textuais.
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INFERÊNCIA
A atividade 4 trabalha a inferência, uma vez que os estudantes precisam, após a
organização do verbete, fazer deduções para chegar a uma conclusão referente à lógica
da enumeração.
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Reprodução/Salamandra
Mary Lennox. Toda manhã, acordava em seu quarto atapetado e
suíam resíduos de glifosato, e 16 produ-
via Marta ajoelhada junto à lareira acendendo o fogo. Toda ma-
nhã, tomava o café no quarto ao lado, sem nada para se divertir. tos (59,3%) apresentavam pelo menos
E depois do café, olhava pela janela para a charneca enorme, que um tipo de agrotóxico – em um biscoito
parecia se espalhar para todo lado e subir até o céu. Depois de de água e sal foram achados resquícios
olhar um tempão, lembrava que se não saísse ia ficar dentro de de até sete agrotóxicos.
casa o dia todo, sem fazer nada. Então saía.
Ela não sabia que isso era justamente o que devia fazer e
que, se começasse a andar depressa ou correr pelos caminhos ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
lá fora, estava ajudando seu sangue a circular melhor e ficando
mais forte, na luta contra o vento que vinha da charneca. Corria
só para se aquecer, e odiava o vento que lhe batia no rosto, rugia
O conteúdo relativo a verbos está dis-
e dificultava seu avanço como se fosse um gigante invisível. Mas tribuído ao longo das unidades deste livro.
respirava fundo as grandes lufadas de ar fresco que vinham por Estudaremos, nesta Unidade, os modos
cima dos arbustos espinhentos. Isso fazia muito bem a seus pul- verbais, suas características essenciais com
mões e a todo seu corpo magrinho, trazia uma cor rosada a suas O jardim secreto, foco no modo indicativo e seus efeitos de
bochechas e fazia seus olhos ficarem brilhantes. Mesmo sem ela de Frances
saber de nada disso. Hodgson sentido, além de diferenças entre alguns
Depois de passar alguns dias inteiros lá fora, acordou uma manhã com muita
Burnett. de seus respectivos tempos.
fome. Quando se sentou diante do mingau, não o olhou com desprezo nem o afastou
como costumava fazer. Pegou a colher e comeu tudo até esvaziar a tigela. ATIVIDADES: RESPOSTAS E
[...] ORIENTAÇÕES
BURNETT, Frances Hodgson. O jardim secreto. Tradução de Ana Maria 1. a) A história é contada no passado, já
Machado. São Paulo: Salamandra, 2013. p. 45-46.
que a maior parte dos verbos está no
1. Na conjugação verbal há três tempos básicos: presente, passado (também tempo pretérito.
chamado de pretérito) e futuro. A respeito deles, responda às questões.
1. b) Ambos estão no passado.
a) O texto se passa em qual desses três tempos?
b) Observe os verbos pintados de verde e compare-os aos pintados de azul.
1. c) Embora todos estejam no pretérito,
Em que tempo eles estão? há dois tempos diferentes: os verbos
c) Considerando as ações que ocorrem na história, que diferença de sentido pintados de verde mostram ações do
você observa entre os verbos pintados de verde e os pintados de azul? passado que ocorreram ao longo de
d) Além da diferença de sentido, o que mais você observa em relação à forma um período, e os verbos pintados de
como eles são escritos? O que as palavras têm em comum? azul mostram ações que ocorreram em
momentos pontuais do passado.
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1. d) As terminações são semelhantes.
Os verbos pintados de verde, em sua
maioria, terminam em -va e em -ia, os
HABILIDADES DA BNCC pintados em azul terminam em -ou.
Conhecer as classes das palavras e analisar suas possíveis flexões é dominar, gra-
dativamente com mais propriedade, a norma-padrão da língua. Identificar os efeitos de
sentido do emprego de determinados modos verbais considerando diferentes intenções
comunicativas é, inclusive, avançar na consciência sobre os usos da língua, afastando a
possibilidade de preconceitos linguísticos. Por isso, garantir o desenvolvimento dos co-
nhecimentos sobre a norma-padrão é fundamental no processo de aprendizagem, o que
está sendo garantido com as atividades propostas nesta Unidade, que se relacionam com
as habilidades EF06LP04 e EF06LP05.
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a) ia ficar;
b) devia fazer;
c) parecia se espalhar;
d) estava ajudando.
Por meio de que palavras podemos
Modos verbais
Todos os verbos da língua portuguesa são conjugados em três modos: indicativo,
subjuntivo e imperativo. Cada um transmite uma ideia diferente em relação à
realização do fato expresso pelo verbo. Observe o quadro.
Modo indicativo Transmite uma certeza em relação ao fato expresso pelo verbo.
Exemplos:
Eu vou a sua casa depois do almoço. (Modo indicativo.)
Se você viesse, eu ficaria muito feliz! (Modo subjuntivo.)
Vá a minha casa depois do almoço! (Modo imperativo.)
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Pretérito
Futuro do presente Futuro do pretérito
mais-que-perfeito
Ação ocorrida no passado Fato certo que irá ocorrer. Para afirmações condiciona-
antes de outra que também Exemplo: Ela viajará amanhã. das, ou seja, que dependem,
ocorreu no passado. ou dependeriam de algo para
Exemplo: Ele fora embora se concretizar no futuro.
quando você chegou. (A Exemplo: Nós viajaríamos se
ação do fora ocorreu antes pudéssemos tirar férias.
de chegar.)
Desinência verbal
Todos os verbos da língua por tuguesa se dividem em três conjugações: verbos
terminados em -ar, em -er e em -ir. No caso dos verbos com conjugação
regular, ou seja, padronizada, é possível perceber que a terminação que indica
tempo, modo, pessoa e número – chamada desinência verbal – costuma se
repetir.
Locução verbal
Locução verbal é a expressão formada por mais de um verbo. Nesse caso, o primeiro
(verbo auxiliar) sempre se flexiona em tempo, modo, pessoa e número e o
segundo (verbo principal) permanece em uma forma nominal – infinitivo, gerúndio
ou particípio. São os casos das expressões:
ia ficar (auxiliar + infinitivo);
estava ajudando (auxiliar + gerúndio);
tinha ajudado (auxiliar + particípio).
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Prepare uma discussão acerca do tema
do texto para enriquecer essa perspecti-
va ativa do uso da linguagem, permitindo
que os estudantes se expressem por meio
dela e possam se tornar sujeitos de sua
produção também.
Açaí, gojiberry, chia, linhaça, suco de romã, mirtilo, água de coco. Esses
são apenas alguns exemplos de alimentos que, nos últimos anos, alçaram à
categoria de superalimentos.
Em outras palavras, itens considerados portadores de superpoderes, capazes
de operar verdadeiros milagres quando se fala, sobretudo, em emagrecimento,
longevidade, beleza e prevenção de doenças. Mas será que um alimento tem
mesmo tanto poder?
De acordo com os especialistas, não é bem assim... Segundo o nutrólogo
Durval Ribas Filho, presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia),
esses produtos não têm propriedades extraordinárias comprovadas, embora
tenham sim nutrientes dos quais podemos nos beneficiar. “Alguns podem ser
incluídos em uma dieta balanceada, mas a pessoa precisa saber que ele não
faz milagre sozinho, isso não existe”, frisa.
[...]
MARANHÃO, Wivian. Existem mesmo superalimentos? Entenda
por que eles não são tão milagrosos. UOL VivaBem, [S.l.], 1 abr. 2019.
Disponível em: livro.page/8V6U5174L. Acesso em: 11 abr. 2022.
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© Mauricio de Sousa/Mauricio de
tantivo feminino no plural.
3. a) Tempo presente do modo indicativo.
181
4. Encontros consonantais: milagrosos, espe- Cebolinha: Poxa vida, é muito pesado, não provocando o efeito de sentido como se o
cialistas. Dígrafos: chia. consigo levantá-lo. fato ocorrido estivesse acontecendo nesse
5. Convide os estudantes a lerem seus diálo- Cascão: Calma, Cebolinha! Tive uma ideia! exato momento ou acabado de acontecer.
Cascão: Diga Xis! Os tempos verbais nem sempre são usa-
gos. Eles podem formar duplas para que
dos com seu valor exato. Narrativas histó-
cada um interprete um personagem. Cebolinha: Xiiiiiisss.
ricas podem ser contadas utilizando-se o
Sugestão de resposta: 6. a) O verbo é “joga”. tempo presente, e o futuro também pode
6. b) Não, pois o verbo está no presente, ser anunciado com verbos no presente. No
Cascão: Cebolinha, vou tirar uma foto sua
mas o fato expresso pelo verbo já acon- caso dos relatos históricos, essas escolhas
enquanto você levanta peso!
teceu, ou seja, é passado. chamam atenção e não confundem o leitor/
Cebolinha: Combinado! 6. c) No caso do jornalismo, o uso do presen- ouvinte, já que o contexto torna a mensa-
Cascão: Você está bem, Cebolinha? te aproxima o passado recente do leitor, gem compreensível.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Para complementar informações à questão do sistema de vacinação no Brasil, navegue no site do Conselho Nacional de Secretários
da Saúde (Conass), onde poderá encontrar textos com informações acerca das ações pró-saúde no Brasil.
A sugestão é discutir a queda da imunização no Brasil e a importância das vacinas para a saúde coletiva.
Redução da cobertura vacinal no país é preocupante
O Programa Nacional de Imunização (PNI) é referência mundial. O Brasil foi pioneiro na incorporação de diversas vacinas no calendário
do Sistema Único do Saúde (SUS) e é um dos poucos países no mundo que ofertam de maneira universal um rol extenso e abrangente
de imunobiológicos. Porém, a alta taxa de cobertura, que sempre foi sua principal característica, vem caindo nos últimos anos.
A coordenadora do PNI, do Ministério da Saúde, Carla Domingues, pondera uma possível dicotomia: o sucesso do programa pode
ser uma das causas da queda da cobertura. Isso porque o PNI imunizou amplamente a população que hoje está com 30, 40 e 50
anos de idade, devidamente vacinada na infância, quando doenças como o sarampo ou a poliomielite eram visíveis e a preocupação
em vacinar as crianças era maior. “Hoje, como a doença desapareceu, os pais que foram beneficiados pela vacina e que por isso
não conviveram com a doença, muitas vezes não percebem a importância da imunização. Por isso, é imprescindível mostrar que,
apesar de raros os casos, as doenças ainda existem e que, portanto, é primordial vacinar as crianças”, analisa. [...]
BRASIL. Ministério da Saúde. A queda da imunização no Brasil. Revista Consensus, ed. 25, out./dez. 2017.
Disponível em: livro.page/31V6U5176LP. Acesso em: 27 maio 2022.
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4. Neste trecho, por que as palavras favelas, moradores e anos estão no plural?
O conjunto de 16 favelas da Maré tem cerca de 140 mil moradores, com maioria jovem
(51,9% têm menos de 30 anos), de acordo com o Censo Populacional da Maré.
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ck
e explorem o modo indicativo, transmitindo certeza nas informações. Seu
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
to
Shutters
gráfico poderá ser um espaço para vocês escreverem mensagens curtas
de conscientização sobre a intoxicação alimentar: como evitá-la, quais ORIENTAÇÕES
filkusto/
são seus sintomas etc. Convide as pessoas a refletirem, com perguntas 3. Abra espaço, se possível, para pesqui-
ou frases de impacto, sobre os dados que vocês estão apresentando. sa virtual que exemplifique modelos de
5. O planejamento de todo o trabalho deve ser coletivo, mas aproveitem as apresentação que complementem as
habilidades pessoais de cada integrante do grupo na elaboração do gráfico. informações disponíveis nos gráficos
elaborados pelos estudantes.
Diálogos com Ciências 4. Oriente a elaboração de textos para o
gráfico resgatando os conceitos já traba-
Escolham um representante de classe para ficar responsável em marcar uma aula com o professor de lhados na Unidade. Retomar conhecimen-
Ciências para falar mais sobre intoxicação alimentar. Anotem as informações que forem dadas na aula,
tos adquiridos reforça a aprendizagem.
façam perguntas, tirem dúvidas e aproveitem para enriquecer o gráfico com novos conhecimentos!
5. Promova a troca de informações e sabe-
res entre os estudantes, estimulando a
Revisão e avaliação interação entre os pares.
Vocês podem produzir duas versões de seu Caso vocês achem as sugestões pertinentes, fa-
trabalho. Após o rascunho, elaborem o gráfico çam a segunda versão do trabalho, a definitiva.
DIÁLOGOS COM CIÊNCIAS:
“passado a limpo”. Avaliem se nele estão todos O gráfico poderá ser feito em folha de pa-
ORIENTAÇÕES
os itens necessários e de forma adequada. pel (verifiquem a disponibilidade de folhas em Estimule os estudantes a cumprirem
Texto verbal objetivo, claro, de fácil tamanho A3 na escola e de gramaturas maiores, essa sugestão de atividade, que pode ser
compreensão e sem erros ortográficos ou ou seja, mais firmes, como papel-cartão) ou vir- muito enriquecedora.
gramaticais. tualmente. Há aplicativos gratuitos que podem
ser utilizados para montar o gráfico.
Presença de:
1. título;
Publicação
2. um modelo de gráfico feito de maneira
adequada, com proporções corretas; Se o gráfico foi feito em folha de papel, tirem
uma fotografia, tomando cuidado para enquadrá-lo
3. dados numéricos;
corretamente. Se tiverem um editor de fotografia
4. ilustrações com desenhos, símbolos, em seu dispositivo eletrônico, passem a imagem
fotografias; pelo programa para melhorá-la. Ela poderá ser
5. indicação de fontes de pesquisa; compartilhada com a turma em grupos de men-
6. nome dos integrantes do grupo. sagens ou em site ou blogue da escola.
Convidem os colegas de outros grupos a verem Os gráficos podem ser expostos na sala de
seu gráfico e peçam sugestões de como melhorá-lo. aula ou em espaços coletivos da escola.
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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Avaliar o processo de aprendizagem é tarefa contínua para o educador, no entanto, a
observação das peculiaridades de aquisição de conhecimentos por cada estudante pode
ir além. Verificar aquisição de conhecimentos em situações formais como atividades es-
pecificamente avaliativas pode ser uma alternativa que estimule a preparação cognitiva
e emocional do estudante para situações posteriores em sua vida escolar. Se possível,
elabore um instrumento avaliativo específico, que contemple os conteúdos trabalhados
na Unidade, e faça a verificação.
O registro desses resultados deve ser feito quantitativa e qualitativamente, de maneira
que facilite novas condutas em seu planejamento.
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Tr
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Ciência
Ciência ee
ve
Tecnologia
Tecnologia
Te
Se surgir curiosidade, leia esta sinopse
do filme com os estudantes:
Paris, anos [19]30. Hugo Cabret (Asa Bu-
tterfield) é um órfão que vive escondi-
do nas paredes da estação de trem. Ele
guarda consigo um robô quebrado, dei-
xado por seu pai (Jude Law). Um dia, ao
189
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pa
c ia
com a turma, uma leitura dos objetivos
lE
uro
pei
a serem desenvolvidos na Unidade. Este
a
Nesta Unidade temos o objetivo de compreender
pode ser um momento de estímulo à curio-
a linguagem do campo científico e como ela faz o
sidade intelectual dos estudantes para a
leitor se atentar às informações que estão sendo
compreensão das inovações tecnológicas
transmitidas. Essa compreensão será importante
a partir de temas de interesse deles. no momento de participar de uma prática de divul-
Ao ler os textos dos boxes nesta seção, gação científica.
comente que aperfeiçoar as habilidades Os objetivos principais desta Unidade são:
de leitura e pesquisa, como propõem as compreender a linguagem do campo científico;
atividades desta Unidade, assim como o conhecer o gênero entrevista, reportagem científica
exercício da autonomia, são aspectos que e artigo de divulgação científica;
favorecem as descobertas científicas e ino- interpretar a relação entre texto e imagem; Imagem de Marte feita
vações tecnológicas. pelo instrumento OSIRIS,
reconhecer a função coesiva de pronomes e outras expressões; da sonda espacial Rosetta,
conhecer o efeito de sentido do modo subjuntivo; em 2007.
Para que esses objetivos sejam atingidos, você realizará os seguintes procedimentos: sis-
tematizar conhecimentos com a ajuda de recursos como tabelas, produzir apresentação oral em
grupo e gravar essa apresentação, analisar humor em tirinhas e memes, ler sobre missões em
Marte, vida em Marte, cultura maker. Também terá momentos de pesquisas on-line e de análise
da prática de pesquisa na esfera digital.
Tarefas propostas para o estudante ao longo da Unidade:
selecionar palavras-chave e identificar tema em textos;
roteirizar e realizar entrevista;
190
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AstroStar/Shutterstock
disponibilizar alguns artigos científicos e
distribuir entre grupos de estudantes, con-
forme as atividades propostas.
PopTika/Shutterstock
A finalidade desta Unidade é compreender
melhor as estratégias de leitura de textos de
divulgação científica e manter-se atualizado
em relação às inovações tecnológicas.
191
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NASA/JPL-Caltech/MSSS
Mars rovers são os robôs motorizados e automatizados que estudam clima, solo e presença
de água em Marte. Na imagem, robô da Nasa, Curiosity, em 2015.
Agora que você já sabe que as palavras dos textos são as responsáveis por
categorizar o tema e que, por sua vez, o tema ajuda na classificação dos textos
científicos, é sua vez de ser um pesquisador e buscar o tema dos textos.
5. Para começar, pense em um tema científico do seu interesse e aponte quais
palavras se relacionam com esse tema. Justifique sua escolha.
Uma forma de deixar essas informações textuais mais organizadas é sistema-
tizar todos esses dados em uma tabela ou um quadro. O quadro é um instrumento
que ajuda a sintetizar as principais informações do texto, de um vídeo, uma aula
etc. e, para isso, você só precisa elencar as informações e ordená-las em critérios
que são construídos durante a sua interpretação do texto.
193
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Sugerimos um trabalho utilizando a 6. Agora é com você! Pesquise histórias de cientistas brasileiras, suas pes-
mesma proposta da atividade 6, com a quisas e descobertas. Você poderá pesquisar em livros, revistas ou na
seguinte matéria: internet. Leia com atenção essas histórias e, depois, siga os passos a
seguir.
OSATO, Tiemi. Conheça as jovens cien-
tistas brasileiras destaques do Prêmio a) Acesse a pesquisa dessas cientistas.
Carolina Bori. Galileu, 11 fev. 2021. Dis- b) Leia com atenção os materiais sobre as cientistas escolhidas.
ponível em: livro.page/36V6U6188LP. c) Anote as palavras que determinem o tema que envolve a vida de uma des-
sas cientistas.
Acesso em: 3 jun. 2022.
d) Por fim, organize essas informações em um quadro e apresente-o aos
Com esse material, o tema pode ser a colegas.
biografia de uma das jovens pesquisado-
ras. Em seguida, para a produção das co-
lunas, os estudantes poderão pensar nos
subtemas que aparecem (Qual a área da No filme A chegada, lançado em
194
PRÁTICA DE PESQUISA
A atividade 6 possibilita que os estudantes desenvolvam noções de prática de pesquisa,
nesse caso, a análise documental. Se julgar pertinente, converse com eles sobre as ca-
racterísticas desse método, que trata do recolhimento de dados sobre o assunto que está
em pesquisa. Oriente-os sobre a necessária confiabilidade que se deve ter em relação às
fontes de pesquisa acessadas. Essa é uma condição necessária para a análise documental.
Além disso, essa prática considera a pesquisa em variadas fontes de consulta e, no caso dos
estudantes, ela pode ocorrer, por exemplo, em livros, revistas especializadas e na internet.
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sua escola que tenham interesse em pes- conhecer as práticas de outros pesquisa-
quisa, como, por exemplo, os de Ciências dores. Se possível, faça uma síntese visual
da Natureza. Você pode conversar também e deixe afixada na sala.
com algum pesquisador que conheça em
sua cidade.
Faça um roteiro para essa entrevista e PRÁTICA DE PESQUISA
não deixe de contemplar alguns pontos im- A atividade proposta no boxe pos-
portantes para elaborar as perguntas:
sibilita que os estudantes desenvolvam
A formação do entrevistado.
noções de prática de pesquisa, nesse
Sua descoberta enquanto cientista.
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produção de uma entrevista, por sua vez, Qual seu campo de estudos?
tas, levantamento de informações, elabo- De que maneira você costuma compartilhar os conhecimentos que adquire com
Reprodução/Youtube/Nerdologia
resumo do que aprenderam para apresen-
tar ao restante da turma.
Os vídeos são curtos, em geral, com me-
nos de 10 minutos. Por isso, o resumo e a
apresentação oral não devem passar de me-
tade disso, para que a atividade seja dinâmi-
ca e haja espaço para conversas e debates.
A intenção é que os estudantes tenham
contato com temas científicos e analisem
a organização proposta em cada um dos
vídeos selecionados. Essa assimilação e a
posterior reorganização para a apresenta-
ção são importantes para a proximidade
com o gênero e uma construção para a O biólogo Átila Iamarino apresentando o episódio “Por que perdemos o medo
atividade final da Unidade. do perigo?”, de 11 de outubro de 2018, no canal Nerdologia, disponível em
plataformas de compartilhamento de vídeos.
É importante que eles observem quem
está falando (autoridade sobre o assunto)
e as referências que são usadas ao longo 196
do vídeo. Discuta com estudantes o anco-
ramento em fontes confiáveis e fidedignas
sobre o tema e a importância disso na
construção de textos científicos.
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Revista Qualé
imagem do robô que analisa as condi-
ções de Marte.
199
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Revista Qualé
5. A reportagem científica apresenta muitos
dados e informações, partindo de uma
linguagem objetiva e direta. Está organi-
zada em tópicos com títulos e subtítulos
em destaque (negrito), que ajudam na
identificação do tema e dos subtemas.
CABRAL, Maria Clara. Invasão
Há também recursos gráficos que aju- Marciana. Qualé, São Paulo, Não escreva
ed. 8, maio 2020. p. 6 e 7.
dam a compreender o sentido do texto. neste livro
Use seu
6. Não. Para conseguir cumprir o obje- caderno
NASA/JPL-Caltech
dutórios; em seguida, os subtópicos
6. Todas as informações são transmitidas ao
que se desdobram do tema principal.
mesmo tempo?
É uma estratégia para compartilhar a
informação de forma objetiva e precisa. 7. Releia o terceiro parágrafo após o subtítulo
“Missões anteriores” e considere como ele
7. No início da reportagem, são apresen- está relacionado com o resto do texto. Quais
tadas tentativas de aterrissar em Marte palavras ajudam a firmar essa relação?
que deram certo. Como anteriormente
8. Verifique que na segunda página da repor-
o texto trata de dificuldades desse pro- tagem temos um infográfico com o título
cesso, o começo do parágrafo é mar- “Curiosidades sobre Marte”. Qual é a im-
cado pelo operador argumentativo “no portância desse enfoque ainda no início do
entanto”, que sugere uma contradição texto?
do que foi apresentado antes. 9. Observe com atenção as ilustrações que
8. Com esse enfoque, é possível construir compõem a reportagem científica lida. Que
hipótese é possível levantar sobre sua im-
o conceito introdutório do assunto e portância nesse gênero de texto?
contextualizar o leitor. Promova uma
discussão considerando o aspecto 10. Retome a atividade 4. Que imagem você
escolheu, A ou B? Após ler a reportagem,
hipertextual dos textos do campo de você mudaria sua resposta? Por quê?
pesquisa – esse elemento é importante
para que os estudantes desenvolvam
as habilidades de reconhecimento de Múltiplas leituras
hipertextos.
Planetário on-line
9. Neste texto, os estudantes poderão no- Você já imaginou estar em um planetário sem sair de casa? Isso já é possível! Aproveite essa opor-
tar que as imagens ajudam a compre- tunidade para conhecer Marte usando a tela dos dispositivos digitais. Alguns sites já oferecem essa ex-
ender o conteúdo do texto verbal. No periência, como é o caso do Stellarium.
Pesquise por planetários on-line. Faça um passeio virtual pelo Sistema Solar, observe a sua posição
caso das ilustrações da reportagem, o
em relação aos planetas e às estrelas e reflita: O que muda na sua compreensão do Universo após essa
leitor conseguirá visualizar mais sobre experiência? Existe outra compreensão das distâncias?
as máquinas que vão para Marte e di-
mensionar o tamanho desse planeta em
relação ao tamanho da Terra. 200
10. Leve os estudantes a pensar não ape-
nas no título, mas a perceber qual ima-
gem tem mais relação com a reporta- MÚLTIPLAS LEITURAS: ORIENTAÇÕES
gem como um todo.
Verifique a possibilidade de projetar as imagens dos sites em sala de aula. Nesta ati-
vidade, é interessante que haja diálogo com professores de outros componentes, como
Biologia e Matemática. Caso seja possível, convide-os para uma conversa com os estudan-
tes enquanto vocês realizam a visita on-line. Sobre as reflexões propostas no boxe, elas
requerem respostas pessoais; é importante destacar que o ponto de vista se modifica e
que os estudantes terão, a um só tempo, uma visão macro e micro do espaço.
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201
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Pataporn Kuanui/Shutterstock
mais altas, onde o frio é ainda mais se-
vero, o solo é mais seco e com maior
concentração de sais, nenhum sinal de
vida microbiana foi detectado”.
2. b) “Mesmo lugares com condições am-
bientais extremas, que à primeira vista
parecem desabitados, geralmente abri-
gam toda uma comunidade microbiana.
Essas bactérias e fungos microscópicos,
O solo gelado, seco e com muitos sais de montanhas na Antártida é o primeiro lugar
capazes de sobreviver em ambientes conhecido na Terra onde até mesmo os microrganismos são incapazes de sobreviver.
como os arredores de um vulcão”.
Uma das conclusões dessa pesquisa é que é improvável que haja vida micro-
3. a) “Uma das conclusões dessa pesquisa biana em Marte. Isso porque as condições do solo na Antártida são parecidas,
é que é improvável que haja vida micro- ou até um pouco menos extremas que o solo do planeta vermelho. Mas como
biana em Marte”. estamos falando de micróbios com superpoderes, quem sabe eles não surpreen-
dem os cientistas mais uma vez, né?!
3. b) Uma ideia de conclusão, de fecha-
SÃO PEDRO, Vinícius. Será que existe vida em todos os lugares
mento do que foi defendido ao longo do planeta Terra? Ciência Hoje das Crianças, 26 nov. 2021.
do texto. Disponível em: livro.page/1V6U6196L. Acesso em: 22 fev. 2022.
202
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Alex Mit/Shutterstock
“som da Via Láctea”. Faça uma sessão
de escuta compartilhada e converse com
os estudantes sobre o processo de cria-
ção desses sons. Para saber mais, veja a
notícia:
NASA transforma dados da Via Láctea
em música e viraliza: prece dos céus.
Só notícia boa, 26 set. 2020. Dispo-
nível em: livro.page/38V6U6198LP.
Acesso em: 3 jun. 2022.
1. Resposta pessoal. Como no áudio há
sons mais calmos, os estudantes po-
dem dizer que sentiram tranquilidade,
sensação de envolvimento cósmico, de
fazer parte do Universo.
É possível transformar dados, como a distância de objetos celestes, em sinais acústicos, e
2. Resposta pessoal. É possível que alguns organizá-los para criar uma música.
estudantes associem a músicas religio-
Você já pensou na possibilidade de ouvir a Via Láctea?
sas, sons angelicais etc. Com base em dados coletados de imagens da Via Láctea, considerando lumi-
nosidade e posição dos corpos celestes, a Nasa produziu escalas harmônicas, por
meio de um processo chamado sonificação.
Ou seja, foi possível transformar dados da Via Láctea em música!
O que você acha de viver a experiência de “ouvir” a Via Láctea?
Para isso, faça uma busca na internet procurando pelo vídeo com o som da Via
Láctea.
Após ouvi-lo, considere:
204
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[...]
“Você deve estar se perguntando por que todos esses países resolveram enviar missões para
Marte e não para outro planeta do Sistema Solar. Em primeiro lugar, porque a Terra e Marte apre-
sentam condições semelhantes. No início da formação dos planetas, por exemplo, os dois tiveram
evoluções parecidas, e a gravidade também é relativamente próxima.”
[...]
205
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Pataporn Kuanui/Shutterstock
que busca situar a discussão de todo o
texto dentro desses estudos.
2. b) Sim. Após a abertura e apresenta-
ção (contextualização), o pesquisador As pesquisas para encontrar
formas de vida nos solos
comenta sobre a relação entre os micró- congelados, com sais tóxicos e
sem água em estado líquido da
bios e a vida, apresentando pesquisas Antártida contribuem para a busca
sobre os micróbios em situações extre- por vida em Marte, cujo solo tem
essas características.
mas (vento, ambiente gelado e proximi-
dade de vulcões). a) Nos trechos lidos, os autores citam outras missões ou pesquisadores?
2. c) Retomando a abertura. No final do b) Com base na sua leitura e análise, você considera que essa prática é comum
em textos científicos? Justifique a resposta.
texto, o pesquisador comenta sobre a
c) Faça a ordenação dos eventos apresentados nesses trechos de acordo com
possibilidade de vida em outro plane- as perguntas: Quem fez? O que fez? Qual é a importância disso?
ta. Após investigar a vida em situações
extremas, ele mostra qual pode ser a
chance de vida em outros planetas. Quem fez? O que fez? Importância
3. a) Sim, nos dois textos, os autores citam Trecho I MODELO MODELO MODELO
outras pesquisas e mostram os resulta-
dos conseguidos por outras pessoas. Trecho II MODELO MODELO MODELO
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207
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
A atividade 3c leva em conta importantes etapas que podem ser relacionadas ao
pensamento computacional: 1) a decomposição do texto em partes que podem ser
identificadas; 2) a identificação de um padrão, ou seja, das partes que devem compor
as informações transmitidas por um texto. Com base nessas observações, os estudantes
podem ser instruídos a repetir esse padrão quando precisarem transmitir informações
em textos escritos e orais, de modo especial informações de natureza científica.
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balhe o reconhecimento da necessidade ganismos que possivelmente chegaram pelo
de responsabilidade com o trabalho de vento não teriam suportado as condições
outros profissionais, mencionando de extremas daquele local.
onde as informações vieram.
1. Você já viveu alguma situação de plágio?
2. Resposta pessoal. Espera-se que os es-
tudantes, ao contar a descoberta cien- 2. Faça um exercício de citação e paráfrase.
Conte para um amigo, com as suas palavras,
tífica para os colegas, procurem citar a uma descoberta científica de alguém. Por
fonte completa, além de explicar do que exemplo, você ficou sabendo de alguma
se trata. novidade científica? Em que lugar você
leu? Quem disse sobre essa inovação? O
que é essa inovação?
208
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em solo marciano por 90 dias.
2. a) A de que terráqueos ocuparão Marte.
2. b) Resposta pessoal. Procure conversar
com os estudantes sobre as recentes
mobilizações de empresários estadu-
nidenses para descobrir possibilidades
de habitar outros planetas. Você pode
sugerir, também, que pesquisem sobre
o que seria necessário para que terrá-
queos sobrevivessem lá.
2. c) A dependência do advérbio “quando”
do verbo “nascer” no modo subjuntivo,
indicando hipótese.
Modo verbal subjuntivo: os tempos verbais deste modo expressam possibilidade, dúvida hipótese.
Nós o usamos para nos referir a ações que são incertas. Observe alguns exemplos: “É possível que
chova.” (presente do subjuntivo); “Se você me escutasse, tomaria melhores decisões.” (pretérito do
subjuntivo); “Quando você voltar de viagem, venha até minha casa.” (futuro do subjuntivo).
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Reprodução/Quarto Editora
Os seres humanos criam coisas impressionantes, como os robôs que os ORIENTAÇÕES
substituem nas missões de exploração em Marte. Construir robôs é algo que 3. a) A cultura maker incentiva a constru-
fascina crianças e adultos. E pode ser divertido e descomplicado com a ajuda do ção e a reinvenção de coisas a partir
livro Construa seu robô, que oferece aos leitores uma visão geral da história da
dos problemas do cotidiano. Segundo
robótica e ainda traz materiais e instruções para a construção de três tipos de
robôs motorizados. o manifesto maker, é importante testar,
PARKER, Steve. Construa seu robô. Londres: Quarto Editora, 2020. ter hipóteses, errar e não desistir. Essas
práticas são hábitos que também fazem
Após a leitura, considere: parte da cultura científica.
a) O Manifesto maker é uma inspiração para os futuros pesquisadores. Por qual 3. b) Sugestão: “Mas os especialistas pro-
motivo você acha que a cultura maker é importante para a inovação e para põem alguns princípios, que podem aju-
a ciência? dar a guiar quem está começando”.
b) Selecione um trecho do Manifesto maker que traz uma ideia de certeza, de Não escreva
algo que já está acontecendo. neste livro 3. c) Sugestão: “Se o maker fosse um su-
c) Selecione um trecho que traz ideia de hipótese. Use seu per-herói, seu poder estaria em uma
caderno
d) Por qual motivo você acha que foi usada a ideia de hipótese neste momento? tesoura, na cola e na caixa de papelão”.
4. Agora, leia a tirinha a seguir e observe o emprego dos verbos. 3. d) Resposta pessoal. Sugestão: Para
criar uma característica lúdica ao texto
Cientirinhas
211
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Cientirinhas
os recursos que garantem objetividade
e clareza na transmissão da informação,
precisa fazer parte das produções desse
campo, mas não ficar restrito a ele.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
1. a) Estão comentando de Betelgeuse,
estrela da constelação de Órion.
1. b) São usadas as expressões “aquela
estrela” e “ela”.
O uso de outras expressões para designar um mesmo termo permite que o texto
mantenha uma relação de sentido entre as palavras sem se tornar repetitivo. Além
disso, esse mecanismo de substituição ajuda a organizar as ideias do texto, tornando-o
mais bem estruturado, claro e objetivo para o leitor.
212
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
imagem.
2. b) O substantivo “brasileiro” e o prono-
me “ele”.
Fotografia de Kiko
Fairbairn foi selecionada
pela Nasa.
O brasileiro Kiko Fairbairn fez um registro incrível e raro neste mês: a conjunção entre Vênus
e Marte. A imagem foi tão marcante que o fotógrafo de astronomia chegou a emplacar a imagem
na agência espacial americana (Nasa) nesta terça-feira (29).
Kiko disse que a imagem foi feita no dia 4 de março em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Os dois
planetas foram avistados da perspectiva da Terra próximos um do outro no início deste mês, no
feriado do Carnaval. Na região serrana do estado, é possível ver Vênus, à esquerda, e Marte, à direita.
“Quando dois planetas passam pelo céu à noite, eles podem ser vistos geralmente próximos
um do outro por uma semana ou mais. Nesta conjunção planetária, Vênus e Marte passaram a
uma distância de 4 graus no início deste mês”, disse a publicação da agência americana.
O registro
Kiko fez questão de explicar que as fotos não são montagens, nem têm partes acrescentadas
por edição.
Ele usa apenas um software específico para “limpar” a imagem e mostrar todos os elementos
do espaço.
“A imagem em destaque foi tirada alguns dias antes [da publicação da Nasa], quando Vênus
estava subindo lentamente no céu antes do amanhecer, noite após noite, enquanto Marte estava
se pondo lentamente”, complementou.
“Eu sabia que essa conjunção de Vênus com Marte estava acontecendo. Eu dei muita sorte
que o tempo na região serrana do Rio durante o Carnaval foi excelente. Foram noites limpíssimas,
sem nuvens. Além disso, era um local livre de poluição luminosa”, contou o fotógrafo.
[...]
CARVALHO, Monique. Brasileiro tem foto publicada pela NASA mostrando Vênus e Marte.
SóNotíciaBoa, 30 mar. 2022. Disponível em: livro.page/6V6U6207L. Acesso em: 3 abr. 2022.
a) De acordo com a notícia, Kiko Fairbairn não contou apenas com recursos Não escreva
tecnológicos para a fotografia ter precisão e o registro ficar incrível. Qual neste livro
outro fator foi determinante? Use seu
caderno
b) Quais outros termos são usados para referir-se a Kiko Fairbairn no texto?
213
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008.
Esta obra traz um amplo e profundo trabalho com a referenciação. Ao longo do livro, o
autor discute o conceito de texto e mostra como a referenciação garante um dos fatores
de textualidade, como no caso da coesão textual.
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Pronomes pessoais
Pronomes pessoais
Pronomes pessoais do caso oblíquo
do caso reto
Átonos Tônicos
1 pessoa do singular
a
eu me mim, comigo
3 pessoa do singular
a
ele, ela o, a, se, lhe ele, ela, si, consigo
2 pessoa do plural
a
vós vos vós, convosco
3a pessoa do plural eles, elas os, as, se, lhes eles, elas, si
Por indicarem as pessoas, os pronomes ajudam na coesão sequencial e na articulação do texto, evitando
a repetição de nomes. Observe que os pronomes do caso reto, como os pronomes do caso oblíquo, estão
relacionados às pessoas do discurso. Sendo assim, seus usos estão vinculados sempre à marca de pessoa.
Kiko fez questão de explicar que as fotos não são montagens, nem
têm partes acrescentadas por edição.
“Eu sabia que essa conjunção de Vênus com Marte estava aconte-
cendo. Eu dei muita sorte que o tempo na região serrana do Rio durante
o Carnaval foi excelente. Foram noites limpíssimas, sem nuvens. Além
disso, era um local livre de poluição luminosa”, contou o fotógrafo.
214
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
SC XC Ç SS
As respostas para as perguntas escritas
acrescentadas excelente edição limpíssimas no começo da subseção A linguagem na
prática são pessoais. Assim, leia com os
MODELO MODELO conjunção MODELO
estudantes e permita que exponham livre-
MODELO MODELO MODELO MODELO mente o conhecimento sobre essa profis-
são e verifique se conhecem algumas ações
MODELO MODELO MODELO MODELO
que os cientistas desempenham, menciona-
das no trecho que abre a subseção.
Sobre os passos para se tornar um
A linguagem na prática cientista, deixe que façam hipóteses, des-
Depois de todo esse contato com textos sobre descobertas científicas, você tacando a importância dos estudos.
já imagina a rotina de um cientista? E saberia dizer quais são os passos para ser
um cientista? Leia uma definição sobre o trabalho de cientistas. CONTEÚDO INTERATIVO
Este conteúdo apresenta interatividade
Arquivo pessoal
[...] ciência é aquele tipo de conhe-
cimento que busca compreender ver- na versão digital do livro do estudante.
dades ou leis naturais para explicar o Oriente os estudantes a clicar no hiperlink
funcionamento das coisas e do univer-
para ter acesso ao conteúdo adicional.
so em geral. É por isso que cientistas
fazem observações, verificações, me- Leia com os estudantes as breves bio-
dições, análises e classificações, pro- grafias das cientistas brasileiras em desta-
curando entender os fatos e traduzi-los que. Depois, convide-os a refletir sobre o
para uma linguagem estatística. E é aí
que entra o método científico.
porquê de ainda haver estranhamento, por
parte de alguns setores da sociedade, fren-
GNIPPER, Patrícia. O que é ciência,
método científico e divulgação científica?
te à presença feminina na área da pesquisa
Canaltech, 19 nov. 2019. Disponível em: livro. científica. Reforce a necessidade de haver
page/7V6U6209L. Acesso em: 3 mar. 2022.
igualdade de oportunidades entre gêneros.
Agora, leia a entrevista com Jaque-
line Goes de Jesus, a cientista brasilei-
ra que liderou o sequenciamento do
genoma do coronavírus.
A cientista Jaqueline Goes de Jesus trabalhando
no laboratório.
215
HABILIDADES DA BNCC
A aprendizagem dos recursos de coesão referencial, promovida por meio da interpreta-
ção de tirinhas e textos, corresponde à habilidade EF67LP36. Já a habilidade EF06LP05
é trabalhada a partir da compreensão dos efeitos de sentido gerados pelos modos verbais
nos textos. Ao praticar o uso de coesão referencial e os modos verbais na produção de
escrita sugerida, os estudantes mobilizarão a habilidade EF06LP12.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
náe. Roteiro: Margot Lee Shetterly, Se Jaqueline pudesse encontrar a Jaqueline de 10 anos de idade hoje, diria
para ela não desistir dos estudos, porque a educação é transformadora. Filha
Allison Schroeder. EUA: [s. n.], 2016. de pai engenheiro civil e mãe auxiliar de enfermagem e pedagoga, a baiana
(127 min.) aprendeu desde cedo a valorizar o conhecimento. Foi na cidade de Salvador,
A partir do tema “mulheres na ciên- ainda na década de 1990, que ela e o irmão despertaram para o mundo ainda
crianças, com brinquedos educativos, música e muita leitura.
cia”, abordado pela entrevista a Jaqueli-
Nesta entrevista ao Lunetas, ela fala sobre a sua infância, vida acadêmica,
ne Goes, propomos o filme Estrelas além
o atual momento da ciência e a representatividade feminina ali dentro, saúde
do tempo. A seguir, a sinopse: mental e planos futuros. [...]
1961. Em plena Guerra Fria, Estados Lunetas – Como foi a sua infância e qual o papel que a educação teve
Unidos e União Soviética disputam em sua formação, desde pequena?
a supremacia na corrida espacial ao Jaqueline Goes – A educação tem papel central na minha formação,
principalmente porque meus pais vieram de famílias humildes. Por meio da
mesmo tempo em que a sociedade educação, eles conseguiram melhorar a nossa vida, investindo para propor-
norte-americana lida com uma profun- cionar uma educação de qualidade para mim e para o meu irmão. Desde a
da cisão racial, entre brancos e negros. infância nós frequentamos escolas boas [...] e sempre nos incentivaram não
Tal situação é refletida também na só através da educação formal, mas também através da educação dentro de
NASA, onde um grupo de funcionárias casa. Minha mãe, pedagoga, acompanhava os nossos estudos de perto. Meu
pai, engenheiro civil, apesar de não ter essa veia didática, entende que a edu-
negras é obrigada a trabalhar a parte. cação é realmente o que transforma e por isso nos ofereceu a possibilidade
É lá que estão Katherine Johnson (Ta- de fazermos cursos, como o de inglês [...]. A educação é nossa prioridade
raji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octa- desde a infância.
via Spencer) e Mary Jackson (Janelle
Pedro Nogueira
Monáe), grandes amigas que, além de
provar sua competência dia após dia,
precisam lidar com o preconceito ar-
raigado para que consigam ascender
na hierarquia da NASA.
ESTRELAS além do tempo [sinopse]. Ado-
roCinema, [s.d]. Disponível em: livro.page/
41V6U6210LP. Acesso em: 21 maio 2022.
Ambiente
acadêmico:
Lunetas – Como veio a decisão de se tornar cientista? Você conseguia
universidades
e espaços de se visualizar desde nova num espaço ocupado majoritariamente pelo pú-
pesquisas. blico masculino?
Analista
clínico: Jaqueline Goes – A decisão de me tornar cientista veio na fase adulta,
profissional que durante a graduação. Conheci a profissão de cientista dentro do ambiente
realiza exames
laboratoriais
acadêmico. Eu entrei no curso de biomedicina na expectativa de ser analis-
para análises e ta clínica, mas comecei a ver possibilidades de me tornar cientista, porque
observações.
216
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tifique sua resposta. Use seu a trajetória de Jaqueline para ser uma
caderno
cientista, e não apresenta hipóteses ou
2. Pensando na linguagem, você observa uma predominância de qual modo possibilidades para o futuro.
verbal? Por qual motivo você imagina que aconteça essa predominância?
3. a) “Se Jaqueline pudesse encontrar a
3. Considerando o uso do modo verbal subjuntivo: Jaqueline de 10 anos de idade hoje”.
a) selecione um trecho que use o subjuntivo.
3. b) O uso do subjuntivo ajuda na compre-
b) justifique o motivo do uso desse modo para o trecho selecionado.
ensão de que a conversa entre a Jaqueli-
4. Releia o trecho a seguir. ne criança e a Jaqueline adulta é apenas
uma hipótese.
“A decisão de me tornar cientista veio na fase adulta, durante a graduação. 4. Sugestão de resposta: “A decisão de
Conheci a profissão de cientista dentro do ambiente acadêmico. Eu entrei Jaqueline de se tornar cientista veio na
no curso de biomedicina na expectativa de ser analista clínica, mas comecei
a ver possibilidades de me tornar cientista, porque os professores falavam
fase adulta, durante a graduação. Ela
sobre isso e traziam vivências do trabalho que estavam desenvolvendo nas conheceu a profissão de cientista den-
instituições de pesquisa (Fiocruz e UFBA). Com isso, eu fui despertando para tro do ambiente acadêmico. Entrou no
esse outro lado que eu não conhecia, não sabia ser possível, nem imaginava curso de biomedicina na expectativa de
como alguém se tornava cientista.” ser analista clínica, mas começou a ver
possibilidades de se tornar cientista,
Agora, escreva uma mensagem para um colega sobre porque os professores falavam sobre
esse trecho. Faça os ajustes necessários no texto para Lembre-se
isso e traziam vivências do trabalho que
corresponder a você contando a história de Jaqueline. Faça uso dos termos de eles estavam desenvolvendo nas insti-
5. Veja algumas dicas para jovens cientistas, preparadas substituição. Eles ajudam o texto
a ficar mais coerente.
tuições de pesquisa (Fiocruz e UFBA).
pela Febrace, e observe os modos verbais.
Com isso, ela foi despertando para esse
Dicas para Jovens Cientistas outro lado que não conhecia, não sa-
[...] bia ser possível, nem imaginava como
1) Uma parte importante da atividade do cientista é saber observar e identifi- alguém se tornava cientista.” Explore
car os problemas e necessidades. Um bom cientista deve estar atento à realidade com os estudantes outras possibilida-
que o cerca. des para não repetir o pronome “ela”:
a cientista, a entrevistada ou deixar o
217 sujeito oculto, como foi feito em alguns
momentos dessa sugestão de resposta.
Essa atividade pode ser também uma
oportunidade para retomar a diferença
entre discurso direto (resposta da entre-
vistada) e discurso indireto (reformula-
ção dos estudantes).
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dro extra com o propósito de continuar
alternativos que possam substituí-los. Essa
com a narração do jogo de futebol. O solução pode ser inovadora.
objetivo da atividade é trabalhar com a 4) O interesse pelo tema escolhido é im-
progressão textual da narração, usando portante. Tente usar a sua experiência e a
pronomes para substituir alguns nomes. criatividade não apenas na realização do tra-
Sugestão de legenda para o quadro: ... balho de pesquisa, mas também na escolha
de volta para a Ameba. Ela sai do meio do que pesquisar.
de campo em direção ao gol. É gol! É 5) Não desanime se ao desenvolver seu
Estudantes realizando experiência em laboratório de escola.
projeto você chegar à conclusão de que a
gol! É gol!
hipótese que você formulou não é válida. Mostrar que uma hipótese não é válida,
ou que uma determinada estratégia não serve para validar ou não uma hipótese,
é também um resultado importante.
HO, Johny. Dicas para Jovens Cientistas. Febrace, 4 set. 2008. Disponível
em: livro.page/9V6U6212L. Acesso em: 24 fev. 2022.
Não escreva Em seu caderno, crie um quadro que consiga ser encaixado entre o primeiro
neste livro
e o segundo quadro da tirinha.
Use seu
caderno Nesse quadro, você deverá continuar a história, considerando:
É preciso continuar com a partida de futebol, antes de o pesquisador gritar
“Goool”.
O quadro precisa ter um balão de fala ou balão de narração, como no primeiro.
No texto escrito, substitua um dos nomes do primeiro quadro por outro termo.
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possível, convide outros educadores para
auxiliarem os estudantes nesta preparação.
Planejamento e produção
Para essa produção, você poderá escolher um tema de inovação e tecnologia
do seu interesse, buscando em livros, revistas, páginas da internet etc. Como já
sabemos, a apresentação oral de divulgação científica envolve a socialização de
conhecimentos com o apoio de algumas estratégias para os textos orais, como
vimos no quadro Ideias & Conceitos, na seção 2.
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tação oral de uma pesquisa ou conhecimento cien- ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
tífico, é importante ter cuidado com os ouvintes e
traçar estratégias que deixem a compreensão mais Oriente os estudantes durante a etapa
fácil para os receptores. Ou seja, atentar para o de planejamento. Eles podem usar os mé-
ritmo de fala, o conteúdo adequado ao público, a todos que foram estudados nesta Unidade.
clareza das informações, o tempo de apresentação. Reforce a importância de uma linguagem
Vários assuntos de tecnologia são do interesse dos jovens, objetiva, do uso verbal mais indicativo e
mas a busca deve prezar sempre pelo cuidado de verificar se da possibilidade de trabalhar o subjuntivo
a informação é verdadeira, especialmente na internet.
como hipótese. Esta etapa da produção
Siga os passos a seguir. é também um momento de retomada do
1. Antes de começar a produção, organizem-se em grupos com interesses no mesmo tema.
conteúdo estudado.
Se possível, participe do ensaio do
2. Façam uma pesquisa atenta sobre o tema escolhido. Procu-
rem informações detalhadas e anotem os principais dados.
grupo, sugerindo melhorias para a apre-
Lembre-se
Essas informações vão ajudá-los a preparar a apresentação sentação. Observe como o grupo está en-
oral e a síntese visual. Vocês poderão usar um dos volvido com o campo de pesquisa e com
métodos de estudos vistos o desenvolvimento do trabalho. Oriente
3. Após a seleção e o estudo do tema de interesse, recuperem ao longo do ano.
os estudantes na revisão do material vi-
as estratégias de divulgação científica oral que foram orga-
nizadas na atividade 2 de Comparação entre textos (seção 2) e revejam o que é necessário
sual da apresentação. Eles poderão usar
haver na apresentação. Se possível, pesquisem vídeos de divulgação científica. Eles poderão recursos digitais (slides) ou físicos (carta-
ajudar a perceber as características da oralização dos textos. zes, banners).
4. Em seguida, preparem alguns slides ou cartazes para a síntese visual. Nesta etapa, vocês
Organize um momento para a sociali-
poderão usar imagens e ilustrações que ajudem na explicação do conteúdo para a plateia. zação das apresentações. Aproveite essa
troca para que os estudantes sejam es-
timulados a compartilhar conhecimentos.
Revisão e avaliação
Uma estratégia é elaborar questões sobre
Antes da apresentação oral, verifiquem se o conteúdo está organizado para que o leitor com- os temas para incentivá-los a refletir e para
preenda da melhor forma. Antes de ensaiarem, façam uma revisão textual dos slides, observando que sintam que estão participando de uma
a grafia das palavras. situação de divulgação científica.
Após revisarem os slides, revejam a apresentação a partir de alguns critérios:
Sugerimos que os grupos recebam
Vocês se apresentaram? feedbacks sobre a apresentação. As de-
Introduziram o assunto antes de entrar no tema? volutivas poderão abordar temas como:
Contextualizaram o tema com o apoio de ilustrações? conteúdo, atratividade, estrutura da apre-
sentação, clareza e objetividade na fala,
A fala de vocês está sincronizada com a apresentação visual?
domínio do tema e comunicabilidade, ade-
Façam um ensaio da apresentação, observando o ritmo de fala e a interação com o público.
quação linguística (slides e apresentação
oral), originalidade, coerência entre a fala e
Publicação os slides, adequação do tempo disponível,
Façam a apresentação oral do tema escolhido para toda a turma. Aproveitem esse momento de so- entre outros.
cialização para conhecer outros conteúdos científicos que serão expostos pelos colegas, e tomem nota.
Enquanto estiver assistindo às demais apresentações, identifique e hierarquize as informações
que forem passadas por eles. Antes de finalizar, anote também as sugestões do seu professor.
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1. Resposta pessoal. Espera-se que os es- como as descober tas científicas en-
tudantes citem a reportagem e o artigo volvem trabalhar com hipóteses. Além
disso, os cientistas precisam esta-
de divulgação científica como maiores
belecer suas condições, organizar
descobertas durante a Unidade.
seus experimentos e desenvolver suas
2. a) a e) Resposta pessoal. Espera-se que ideias de pesquisas, divulgando-as
os estudantes preencham o quadro com para a comunidade científica e o pú-
o conteúdo estudado durante a Unidade, blico geral por meio dos textos de
de maneira a sintetizarem os aprendiza- divulgação científica.
dos para que seja possível avaliar o seu Você estudou também como as pes-
desempenho, bem como o desenvolvi- quisas sobre os outros planetas têm
mento das aulas. despertado a curiosidade das pessoas,
3. Resposta pessoal. Espera-se que os es- que ficam sabendo das novidades do
tema pelas reportagens e pelos artigos Apresentações orais, quanto mais praticadas, maior a desenvoltura
tudantes apontem para os temas que dos participantes.
de divulgação científica.
mais geraram interesse durante o tra-
Agora, faça uma revisão da sua aprendizagem, considerando as suas impressões e o seu per-
balho na Unidade.
curso de conhecimento. Vamos lá?
4. Observe as conversas sobre os temas
1. Quais foram as suas descobertas sobre as formas de divulgação científica nesta Unidade?
abordados nos grupos, e intervenha
com perguntas disparadoras, se julgar 2. Com o propósito de resgatar o seu conhecimento e organizar o que você aprendeu, recons-
trua em seu caderno o quadro a seguir e preencha-o com os conteúdos estudados.
necessário.
222
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Para avaliar os estudantes, é importante realizar, durante todo o estudo da Unidade,
anotações sobre a participação e as dificuldades de cada um. Como estratégia de avaliação
ampla, sugerimos a aplicação de uma atividade extraclasse. Para tanto, oriente os estu-
dantes a fazerem a seguinte pergunta para os professores da escola: Qual é o problema
ambiental da nossa região que você gostaria de ver solucionado?
Com as respostas em mãos, os estudantes deverão, em grupos, buscar artigos de divulga-
ção científica e reportagens que abordem soluções para um ou mais dos problemas listados.
Depois, devem escrever um texto comentando se há ou não soluções científicas já
divulgadas e quais estratégias poderiam ser adotadas, segundo os pesquisadores, para
a melhoria de situações como as vividas na região.
Com a entrega do texto, avalie se os estudantes utilizaram os tempos verbais de ma-
neira proveitosa, se há coesão referencial, bom uso de citações e ausência de plágio. Esta
análise das produções mostrará a autonomia dos estudantes e o que deve ser retomado
antes de iniciar a próxima Unidade.
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CONHECIMENTOS PRÉVIOS
Os estudantes são parte de um gru-
po social e, por isso, têm experiências de
convívio. Verifique se trazem conhecimen-
tos acerca dos direitos e deveres da co-
letividade e se estão familiarizados com
discussões a respeito desse tema. Busque
planejar de acordo com suas demandas.
Para iniciar, promova uma discussão
224
significativa, com base na imagem de aber-
tura, na qual cada estudante possa se po-
sicionar e colocar suas impressões. Use as
questões para alimentar posicionamentos. COMPETÊNCIAS, HABILIDADES E TEMA CONTEMPORÂNEO TRANSVERSAL DA BNCC
Conhecer os estudantes e seus saberes Competências gerais: 1 e 7.
é essencial na elaboração de ações que Competência específica de Linguagens: 4.
contemplem suas necessidades para avan-
Competências específicas de Língua Portuguesa: 2, 3, 6 e 7.
ço na aprendizagem. Trabalhe no campo
do conhecimento, das atitudes e dos va- Habilidades: EF06LP04, EF06LP05, EF06LP11, EF67LP15, EF67LP16, EF67LP19,
lores, pois esses elementos, em conjunto, EF67LP32, EF67LP37, EF69LP13, EF69LP20, EF69LP21, EF69LP22, EF69LP24,
são fundamentais no campo de atuação EF69LP25, EF69LP26, EF69LP27, EF69LP28 e EF69LP33.
da vida pública. Tema Contemporâneo Transversal: Direitos da Criança e do Adolescente.
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Tr
ma C o nt
Vidada
a n s rrssaall
Direitos
Familiar e
Criança e do
ve
TTeem
Adolescente
Social
Ao discutir questões de garantia de
direitos, é preciso instrumentalizar os es-
tudantes para que tenham fundamenta-
ção em suas proposições ou na defesa de
suas opiniões, assim como pressupõem as
habilidades da BNCC sobre identificação,
exploração e análise de legislação e textos
de reinvindicação de direitos.
A formação para a cidadania está pre-
sente na obra, aprofundando discussões
no campo de atuação na vida pública, que
pretende ampliar e qualificar a participa-
ção político-social dos jovens promovendo
o conhecimento acerca dos gêneros legais,
225
226
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Para que os estudantes se organizem
para os estudos, fale sobre os recursos
que serão utilizados nas atividades, espe-
cialmente da necessidade de dispositivo
eletrônico com câmera na gravação da
Para esta Unidade, você vai pre- Esquina do Orador. As atividades em sala
cisar de alguns recursos: podem ser pensadas de maneira a modi-
caderno e caneta para tomar ficar a estrutura cotidiana, como a distri-
nota das discussões; buição das carteiras em U ou círculo; para
dispositivo eletrônico com momentos de discussão e, se necessário,
câmera para a gravação da para a gravação da Esquina do Orador,
Esquina do Orador. Pessoas discursando ocupe outro ambiente escolar que seja
na Speaker’s Corner em
Londres, Inglaterra, 2016. reservado e silencioso.
227
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s
é uma lei que a lei que criou condições de exigibilidade para
Mu
estabelece os
da Família deral/Ministério da
princípios de os direitos da criança e do adolescente, que
funcionamento estão definidos no artigo 227 da Constitui-
e dos Direi
de uma ção Federal.
instituição,
empresa,
Capa da versão do ECA, de
Governo Fe
entidade,
associação, 2021, disponibilizada pelo
entre outros. governo federal.
228
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
ESTATUTO da Criança e do Adolescente (ECA): Saiba o que é. Brasil: Fundação Abrinq,
2019. 1 vídeo (4 min) Disponível em: livro.page/43V6U7222LP. Acesso em: 3 jun. 2022.
O vídeo traz uma síntese da lei de maneira didática e crítica. É importante disponibi-
lizar aos estudantes maneiras diversas de entrar em contato com os conteúdos a serem
desenvolvidos. Nesse sentido, as mídias podem ser boa alternativa, uma vez que fazem
parte da rotina dos jovens, dentro e fora do ambiente escolar.
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tulo II) está o direito à vida (Capítulo I) Art. 9o, § 2o MODELO MODELO MODELO MODELO
e, nele, há um artigo que garante o di-
reito ao aleitamento materno a todas as Art. 18-A, parágrafo
MODELO MODELO MODELO MODELO
único, inciso I, alínea a
crianças, bem como garante a existência
de alimentação aos recém-nascidos por
meio de um banco de leite. 230
Orientações para preenchimento da
coluna sobre a Alínea a, do inciso I,
do Art. 18-A: Para quem esse direito é garantido? Todas as crianças e adolescentes.
Quem é a autoridade responsável Escreva uma interpretação para o artigo, considerando todo o caminho hierárquico.
pela garantia do direito? Pais, inte- A ideia é que o estudante perceba que entre os direitos fundamentais das crianças e dos
grantes da família ampliada, responsá- adolescentes (Título II) está o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade (Capítulo II), que
veis, agentes públicos executores de garante a eles serem educados sem castigos que envolvam força física.
medidas socioeducativas ou pessoa
encarregada de cuidar deles.
Quais são os direitos garantidos no
artigo e seus complementos? Direito
de serem educados e cuidados sem o
uso de castigo físico ou tratamento cruel
ou degradante, sendo que, para castigo
físico, considera-se ação punitiva pelo
uso de força física (texto do inciso I)
que resulte em sofrimento físico (texto
da alínea a).
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adaptação foi feita pela Secretaria de Comunicação Social, órgão que pertence à
dos poderes EF69LP24, EF69LP25, EF69LP26 e
públicos do
Câmara dos Deputados, por meio do programa Plenarinho, que tem como objetivo país, além de EF69LP33.
estabelecer os
alcançar as crianças e os adolescentes para que conheçam seus direitos e ajudem direitos e os
a fiscalizar os adultos no cumprimento de seus deveres. Já na Leitura 2 você lerá deveres dos
cidadãos (e
o texto original do Capítulo IV do Título II do ECA e fará um estudo mais detalhado até mesmo das
da leitura e da compreensão de uma legislação. Vamos lá! crianças).
Leitura 1
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
livro.page/15V6U7245L - Câmara dos Deputados
231
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
TEIXEIRA, Larissa. Constituição Federal: muito falada, pouco conhecida. Nova Escola,
2 out. 2018. Disponível em: livro.page/47V6U7225LP. Acesso em: 3 jun. 2022.
A Constituição Federal Brasileira de 1988, base para a elaboração do Estatuto da
Criança e do Adolescente e importante marco na discussão do tema da garantia dos
direitos fundamentais, é sintetizada no artigo. Acesse para ampliar saberes e olhares
sobre nossas leis que respeitam a cidadania e a dignidade do ser humano.
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233
PRÁTICA DE PESQUISA
A atividade proposta no boxe possibilita que os estudantes desenvolvam noções de
prática de pesquisa: nesse caso, observação e tomada de notas. Se julgar pertinente,
converse com eles sobre as características desse método de coleta de dados. A tomada
de notas, presente nesta Unidade e em outras do volume, é parte importante no pro-
cesso de pesquisa e em sua conclusão, que deve ser baseada nos dados e conceitos
apresentados pelas fontes pesquisadas.
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235
HABILIDADE DA BNCC
Estudar o ECA, sua estrutura, analisar seu vocabulário e seus efeitos de sentido é o
foco da atividade, como previsto na habilidade EF69LP20. O desenvolvimento dessa
capacidade possibilita uma melhor compreensão sobre o conteúdo estimulando a análise
acerca dos direitos e deveres envolvidos.
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2. b) Oriente o registro das informações d) Elaborem uma linha do tempo em que os dados ganhem destaque.
selecionadas dentro da ordem crono- e) Façam desenhos para ilustrar a linha do tempo.
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c) Compartilhem as palavras com a turma e anotem outras que vocês não te-
nham compreendido.
237
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
PENA, Guimarães. A simplificação da linguagem jurídica como fator de democra-
tização do direito e inclusão social. Consultor Jurídico, [s. d.]. Disponível em: livro.
page/50V6U7231LP. Acesso em: 26 fev. 2022.
O texto aborda a importância da democratização da linguagem jurídica, de maneira
que toda a população seja capaz de compreendê-la e reconhecer-se nela. Considera-se
também que as leis devam ser redigidas de forma compreensível tanto para seus desti-
natários quanto para os operadores do Direito.
SOUZA, Renata M. A elitização da linguagem jurídica como obstáculo ao acesso à Justiça.
Consultor Jurídico, 29 set. 2020. Disponível em: livro.page/51V6U7231LP. Acesso
em: 26 fev. 2022.
No texto, apresenta-se a problemática acerca da dificuldade de acesso à justiça devido à
pouca compreensão que grande parte da população tem sobre ela. Sua linguagem rebus-
cada, erudita e o uso de formalidades excessivas nos ritos judiciais a distanciam do cidadão
comum. Dessa forma, considera-se a necessidade de aproximação entre Justiça e cidadão,
que não pode exercer papel de mero espectador do direito em uma sociedade democrática.
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Ações na escola: Espera-se que os es- Art. 56 MODELO MODELO MODELO MODELO
ECA
condição em que algo é preferencial:
Shutterstock/Editoria de arte
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
ATIVIDADES: RESPOSTAS E a) Ambos os textos trazem o verbo assegurar, porém em formatos diferentes. Descreva cada um.
ORIENTAÇÕES b) Considerando o contexto de circulação de cada texto, explique a diferença, para a compreen-
são da mensagem, no uso desses dois formatos que você descreveu no item a.
1. a) No ECA em Tirinhas, o formato do
c) A frase que abre o texto “Toda criança na escola” contém um adjetivo que está no grau su-
verbo é o modo indicativo, no tempo
perlativo. Identifique-o e explique o efeito de sentido no texto.
presente. Já na lei, o verbo está em sua
d) No texto da lei há adjetivos? Proponha uma hipótese para explicar o porquê de sua resposta.
forma nominal (gerúndio) e acompanha-
e) No primeiro trecho, emprega-se o termo brasileirinho. Identifique a quem esse termo se
da de dois pronomes. refere no texto da lei e explique o efeito de sentido do diminutivo nesse trecho.
1. b) O texto “Toda criança na escola” foi 2. Em sua opinião, a linguagem da lei é clara para qualquer cidadão? Explique.
escrito em quadrinhos para facilitar a
compreensão do ECA às crianças; por-
tanto, usar o tempo presente do modo Deixar fluir
indicativo torna o texto direto e próximo Emendas para garantia dos direitos
à realidade delas. Já a lei é escrita em Quando um direito não é garantido, a população tem o direito de se manifestar
termos jurídicos, com a variedade es- e reivindicá-lo das autoridades competentes. Isso faz parte da democracia.
crita formal da língua e, portanto, preza Após ler e interpretar a história em quadrinhos e o Capítulo IV do ECA, você
identifica algum direito que não vem sendo cumprido? Vamos discutir um pouco a
pela colocação pronominal como a gra-
esse respeito.
mática prescritiva prevê. O órgão responsável pelo cumprimento do ECA no Governo Federal é a Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Trata-se Emenda: no
1. c) O adjetivo é “importantíssimo” e traz vocabulário
de um grupo de deputados e senadores do Congresso Nacional, a instituição pú-
um efeito de intensificar a importância blica que representa o Poder Legislativo Federal, que elabora as leis do nosso país.
usado nas
leis, emenda é
do assunto educação. Essa frente parlamentar tem como objetivo ouvir a sociedade sobre as dificuldades, uma alteração
proposta para
1. d) Não há adjetivos. O estudante precisa dúvidas ou falhas que possam existir no estatuto e, se necessário, propor emendas modificar um
para aperfeiçoá-lo, de modo a garantir os direitos. projeto de lei.
reconhecer os adjetivos, no contexto do
trecho 1, como juízos de valor, o que
não cabe no texto legislativo, por ser 3. Em grupos com até quatro pessoas, retomem o quadro da atividade 2 da Leitura 2 e verifiquem
objetivo e direto para não deixar dúvidas se os deveres estão sendo cumpridos para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescen-
tes, seja pela escola, seja pelos órgãos competentes. Se não estiverem sendo cumpridos, pensem
sobre sua aplicabilidade. nos motivos que podem levar a esse não cumprimento e registrem-nos no caderno.
1. e) Refere-se às crianças e aos adoles-
4. Com as anotações em mãos, compartilhem as reflexões com a turma e proponham como apri-
centes. No trecho, o sentido do diminu- morar as ações para reivindicar o cumprimento desses direitos.
tivo é considerar a idade do interlocutor
a que a lei se refere: 0 a 12 anos, con-
240
siderando-os, portanto, pequenos.
2. É importante que os estudantes per-
cebam que o texto da lei requer uma
3. Ajude os estudantes a reconhecer de forma prática as autoridades responsáveis e per-
compreensão complexa das estruturas
ceber, no contexto em que vivem, as ações em prol do atendimento aos direitos do ECA
linguísticas formais e que, portanto,
ou a negligência dos responsáveis.
acaba se restringindo à interpretação de
advogados e autoridades que tenham 4. Instrua os estudantes a fazer as anotações no caderno, pois elas serão usadas na Seção
facilidade com o texto jurídico, não ao 4 para embasar a proposta de produção de um discurso oral.
cidadão comum. Se julgar pertinente,
comente com os estudantes que há in-
tenção da magistratura em modificar a
linguagem jurídica para que seja mais
simplificada e alcance a compreensão
de todos os cidadãos, pois ela, atual-
mente, é considerada elitizada e se tor-
nou um entrave para a democratização
e para a inclusão social.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
BRASIL. Câmara dos Deputados. Secretaria de Comunicação Social. Plenarinho. ECA – ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Estatuto da criança e do adolescente em tirinhas para crianças. 4. ed. Brasília, DF: Edições
Câmara, 2015. p. 9. Disponível em: livro.page/7V6U7235L. Acesso em: 15 mar. 2022.
ORIENTAÇÕES
1. a) A autoridade poderia ser um depu-
tado da Câmara. Os deputados são os
a) Explique quem poderia ser o homem do primeiro quadrinho e o que ele es- Não escreva
neste livro responsáveis pela aprovação ou repro-
taria fazendo.
Use seu vação dos projetos de lei (que incluem
caderno
b) Por que ele propõe a aprovação de uma emenda a ser feita no ECA? emendas) em assembleia.
c) Encontre a locução verbal presente na fala do segundo quadrinho. Escreva 1. b) Porque analisou a lei e verificou que
no caderno que sentido ela expressa, entre estes que estão no quadro.
a emenda se referia a alguma atualiza-
ção referente à garantia dos direitos e
vontade ordem conselho sugestão dúvida deveres das crianças e adolescentes.
1. c) O sentido é “ordem”. Observe que na
241
locução verbal não há verbo no modo im-
perativo, mas por meio do contexto da
tirinha (em que o personagem poderia
estar se dirigindo aos seus pares, acon-
HABILIDADES DA BNCC DESENVOLVIDAS NA SEÇÃO 3 selhando-os ou pedindo que a emenda
EF06LP04, EF06LP05, EF67LP37 EF69LP27 e EF69LP28. seja aprovada), o sentido é de pedido,
conselho. Sugira aos estudantes que tro-
quem a locução por um verbo que indi-
que pedido ou conselho, por exemplo:
“Aprovem essa emenda”. O pedido ou
conselho expresso na frase do persona-
gem está modalizada de uma maneira
mais educada, menos autoritária.
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Você leu textos de gêneros diferentes, que apresentam verbos no modo impe-
rativo e locução verbal que denota sentido também imperativo. Esse modo confere
às mensagens uma ideia de comando, ordem, pedido ou conselho, a depender do
contexto em que é usado.
Dos três modos verbais que você aprendeu – indicativo, subjuntivo e imperati-
vo –, este último é o único sem marca de tempo. Isso porque os sentidos de ordem,
comando, conselho, entre outros dessa natureza, são atemporais, ou seja, ocorrem
no presente, no passado (pretérito) ou no futuro da mesma forma.
As leis regulamentam a vida em sociedade e, portanto, não podem deixar dú-
vidas quanto à ação a ser realizada pelas pessoas envolvidas nela. Assim, o uso
dos verbos nesse tipo de texto tem a intenção de torná-lo impessoal e objetivo.
Portanto, é comum que textos que tenham esse objetivo apresentem verbos no
imperativo. Vamos analisar outro tipo de texto.
242
HABILIDADES DA BNCC
O foco, aqui, está nas intenções do cartaz da campanha. Estimule a análise dos efei-
tos de sentido que a linguagem usada provoca (habilidade EF67LP37) e explore os
usos do modo verbal imperativo e seu impacto na mensagem (habilidades EF06LP04 e
EF06LP05).
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2. Planeje usar ao menos 15 minutos do seu dia para
também para o paralelismo, ou seja, como
refletir sobre situações estressantes. Pensar sobre os verbos estão paralelamente dispostos,
essas situações em horários previamente estabe- sempre iniciando os trechos, o que destaca
lecidos reduz as chances de o estresse atrapalhar a importância da ação (uma vez que ver-
o sono noturno.
bos expressam ações) como ordem (modo
3. Não transforme sua cama em um local de tra-
balho.
imperativo), deixando claro no manual o
4. Evite acompanhar nas mídias notícias nega-
que deve ser feito.
tivas por longos períodos do dia. A ideia não é
se alienar da situação, mas manter o equilíbrio. ATIVIDADES: RESPOSTAS E
5. Antes de dormir, pratique atividades relaxantes, como ler um livro ou fazer Um sono
tranquilo e
ORIENTAÇÕES
carinho no seu pet. relaxante nos 3. a) Os verbos são: fixe, planeje, não
[...] auxilia a ter
disposição para transforme, evite, pratique. O único que
PEQUENO manual para lidar com o mundo pós-pandemia as tarefas do dia.
da covid-19. Recife: UFPE, jun. 2020. p. 8. Disponível em: expressa negação é “não transforme”.
livro.page/9V6U7237L. Acesso em: 15 mar. 2022.
3. b) Expressam o sentido de sugestão de
a) Identifique os verbos do modo imperativo nos itens relacionados ao sono e organização e objetividade de como os
escreva se eles apresentam uma afirmação ou uma negação da ação.
itens devem ser feitos. Se possível, peça
b) Considerando que esses verbos estão em um manual de instrução, que sen-
tido eles expressam? aos estudantes que tragam para a aula
um manual de instruções de uso de um
dispositivo eletrônico e analise com eles
a diferença de ordenação presente nes-
Modo imperativo
Os verbos e as locuções verbais no imperativo expressam comandos, ordens, pedidos ou conselhos,
ses dois tipos de manuais (instruções
dependendo do contexto em que são usados. No modo imperativo, os verbos não têm marcas de para dormir e instruções de uso de um
tempo, apenas de pessoa e número. Eles também podem ser apresentados de forma afirmativa e de telefone celular, por exemplo). É impor-
forma negativa. O que identifica a forma negativa é a presença do não antecedendo o verbo. tante que eles comparem o contexto de
Exemplo da conjugação do verbo dever: circulação desses dois modelos para
perceber que, no caso dos dispositivos
IMPERATIVO eletrônicos, o atendimento do usuário à
Afirmativo Negativo ordenação pedida é indispensável para
deve (tu) não devas (tu) garantir a segurança, a durabilidade e
deva (ele/ela/você) não deva (ele/ela/você)
devamos (nós) não devamos (nós) o pleno uso das funções do aparelho, o
devei (vós) não devais (vós) que difere em relação à ordenação dos
devam (eles/elas/vocês) não devam (eles/elas/vocês) cuidados com o sono, que apresenta
sentido mais próximo a conselhos, que
Nesse modo verbal não há conjugação de primeira pessoa do singular (eu), porque não é possível dar podem ser seguidos em qualquer ordem.
uma ordem a si mesmo.
IDEIAS & CONCEITOS: ORIENTAÇÕES
243 Geralmente, os estudantes exemplifi-
cam que é possível dar uma ordem a si
mesmo, mas chame a atenção deles para
o fato de que, nesse caso, o “eu” se torna
um “você”, como se estivéssemos falando
com outra pessoa.
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ordem, não a deixando tão impositiva. A Não escreva a) Reflita sobre quem são os possíveis interlocutores desse trecho da lei e re-
modalização dependerá da necessidade neste livro
gistre suas hipóteses no caderno.
Use seu
imposta pela situação comunicativa. caderno b) Considerando que está escrita em uma lei, explique o sentido que a locução
destacada no texto expressa aos interlocutores.
ATIVIDADES: RESPOSTAS E c) A locução verbal está no formato do modo imperativo? Explique como fez
ORIENTAÇÕES essa análise do formato.
1. a) Possivelmente, são todos os cidadãos
e cidadãs, adultos, crianças e autorida-
des. É importante que os estudantes Locuções verbais que expressam ordem
percebam que se trata de um assunto Ordens podem ser expressas por locuções verbais como “é dever”, “é preciso”,
pertinente a qualquer pessoa que con- entre outras, que conferem o sentido de impessoalidade e, ao mesmo tempo, dão a
viva com crianças. ideia de ordem de um jeito mais polido e delicado.
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245
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
ROCHA, Lúcia Helena P.; OLIVEIRA, Aline Moraes. Morfossintaxe: ensino a partir de
gêneros textuais. Cadernos do CNLF, v. XIV, n. 4, t. 3, 2010. Disponível em: livro.
page/52V6U7239LP. Acesso em: 4 jun. 2022.
O texto discorre sobre o valor de trabalhar a morfossintaxe de maneira contextualizada,
por meio de textos. Pressupondo que a língua é uma forma de expressão e ação social e
histórica, seu estudo deve, da mesma maneira, se apresentar ativamente aos estudantes.
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2. b) Acrescente, cozinhe, deixe, faça.
2. c) Expressam ordem, no sentido de
organização.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
A participação na vida pública é muito
importante ao exercício da cidadania, as-
sim como o engajamento na vida familiar,
como pressupõe o Tema Contemporâneo
Transversal Vida Familiar e Social que Exemplo de brigadeiros prontos.
Brigadeiro
norteia as propostas desta Unidade.
A sugestão para a exploração do tra- Ingredientes:
balho com a temática culinária é que se - 1 caixa de leite condensado;
proponha, considerando a perspectiva de - 1 colher (sopa) de margarina sem sal;
abordagem da participação ativa na vida - 7 colheres (sopa) de achocolatado em pó;
pública e familiar, o questionamento acer- - chocolate granulado.
ca da participação dos estudantes na vida Modo de preparo
familiar, incluindo as tarefas domésticas, 1. Em uma panela funda, acrescente o leite condensado, a mar-
garina e o chocolate em pó.
como a alimentação. Peça que redijam, em
2. Cozinhe em fogo médio e mexa até que o brigadeiro comece a
casa, uma receita que já tenham feito sozi-
desgrudar da panela.
nhos ou com o auxílio de um adulto para
3. Deixe esfriar e faça pequenas bolas com a mão, passando a
que possam socializar e possivelmente massa no chocolate granulado.
trocar com os colegas.
BRIGADEIRO. In: TUDOGOSTOSO. [S.l.], c2005-2022. Disponível
em: livro.page/11V6U7240L. Acesso em: 25 fev. 2022.
246
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um termo
proveniente da
língua inglesa, a
palavra já está
nos dicionários
de língua
portuguesa
e, portanto,
incorporada
a ela.
Campanha de
prevenção de
acidentes no
trânsito, promovida
pelo Governo do
Estado de São
Paulo, 2015.
247
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248
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Orlandeli
Comente com os estudantes que a últi-
ma coluna pode apresentar mais de uma
resposta correta para cada palavra.
9. a) Sobrinho, molecada, vícios.
9. b) Nas conversas que ocorrem em
meios virtuais, como em redes sociais
e aplicativos de mensagens.
9. c) Sim, pois é justamente nesse tex-
ORLANDELI. Grump: Acordo ortográfico. [S.l.], 30 mar. 2017. Disponível
em: livro.page/14V6U7243L. Acesso em: 7 maio 2022. to que reside o humor da tirinha: o tio
acredita que o sobrinho, por ser mais
a) No primeiro quadrinho, há três palavras escritas com “o”, mas que, às ve-
jovem e estudar a língua com base no
zes, aparecem inadequadamente escritas com “u”. Quais são elas? Novo Acordo Ortográfico, saberá redigir
as palavras de forma correta e, assim,
b) No último quadrinho, as palavras estão quase todas escritas de forma ina-
auxiliá-lo. Mas o tio se assusta ao ver as
dequada. Em que contexto essa forma de escrita é frequente?
palavras escritas pelo sobrinho de for-
c) A forma com que as palavras foram escritas no último quadrinho é impor-
mas completamente diferentes e passa
tante para o sentido geral da tirinha? Explique.
a achar que sua ideia não foi boa.
249
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Speaker’s Corner
Denomina-se Speaker’s Corner a um local situado no parque Hyde Park, em Londres, Inglaterra. A história
do Speaker’s Corner, que podemos chamar em português de Esquina do Orador, está relacionada às
pessoas mortas na guilhotina que havia próximo ao local, instalada em 1196 e desmontada em 1783,
onde mais de 50 mil pessoas tiveram o direito a um último discurso antes de serem executadas.
No local, passou a ocorrer a série de protestos contra o governo britânico em 1866. Os manifestantes
continuaram indo ao local para garantir sua liberdade e o direito de se reunir, o que acabou sendo
regulamentado por lei.
Qualquer cidadão pode fazer um discurso no Speaker’s Corner, criticando pessoas ou temas, com
exceção da família real britânica e do governo inglês.
O site Plenarinho busca explicar, por meio de uma linguagem jovem e acessível, conceitos básicos de ci-
dadania e instigar crianças e adolescentes a questionar e a se inserir nas questões políticas.
Site Plenarinho: ECA para crianças. Disponível em: livro.page/15V6U7245L (acesso em: 15 mar. 2022).
250
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mes
1. A depender do item que os estudantes
s/Globo Fil
PRO dia nascer feliz. Direção: João Jardim.
Brasil: Tambellini Filmes e Fogo Azul Fil- decidam investigar, eles precisarão de
Reproduçã
mes, 2006. apoio para buscar comprovações rela-
No livro O paraíso são os outros, uma meni- cionadas ao cumprimento. Ajude-os a
na traz doçura nas observações e reflexões
verificar formas seguras e oficiais de
sobre a importância do amor e de olhar com
Azul
afeto para as pessoas próximas e para os in- obter esses dados, como sites especiali-
iblioteca
divíduos da comunidade. zados, documentação pública da escola,
diálogo com a direção, entre outras.
ução/B
MÃE, Valter H. O paraíso são os outros. Rio
de Janeiro: Biblioteca Azul, 2018.
Reprod
Tabela:
Autoridade a que a reivindicação se
destina: Secretário de Educação da sua
Para começar a planejar essas reivindicações, leia atentamente as etapas de cidade ou estado;
planejamento, revisão e publicação. Primeiro, você preparará a reivindicação; de-
Item do ECA que não está sendo
pois, organizará o espaço na escola e, por fim, fará o discurso.
cumprido: art. 54 inciso VI – oferta de
Planejamento e produção ensino noturno regular, adequado às
condições do adolescente trabalhador;
Em Nosso mundo da Seção 2, você discutiu com os colegas alguns dos di- Não escreva
reitos do ECA que não estão sendo plenamente garantidos. Agora, com esse le-
neste livro Dado que comprova o não cum-
Use seu
vantamento em mãos, você irá anotar os itens de sua reivindicação para, poste- caderno primento: entrevista com morador do
riormente, escrevê-la com características da oralidade. Por fim, fará a leitura dessa bairro que tem filho adolescente que
reivindicação de forma expressiva na Esquina do Orador. trabalha no período diurno;
1. Para organizar o conteúdo da reivindicação, copie o esquema a seguir em O que precisa ser feito: disponibiliza-
seu caderno e preencha-o. ção de vaga noturna ao estudante em
questão.
Autoridade a que
Item do ECA que não Dado que comprova o O que precisa ser 2. a) Explore com os estudantes as mar-
a reivindicação se
destina
está sendo cumprido não cumprimento feito cas da oralidade que contribuem com a
intensificação de informações na men-
Comunicação das faltas Diários dos Comunicação ao
Diretor(a) da escola sagem a ser passada. Proponha a expe-
recorrentes professores conselho tutelar
rimentação oral para orientar a escrita.
MODELO MODELO MODELO MODELO
251
HABILIDADE DA BNCC
Discutir caso real ou simulação que envolva desrespeito ao artigo do ECA envolve a
habilidade EF69LP24 e será trabalhado nesta etapa da atividade, assim como a elabo-
ração de texto reivindicatório.
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de pares. Ajude-os a inserir as marcas de Manteve o grau de formalidade adequado para a situação de comunicação? MODELO
oralidade, que geralmente causam estra-
Usou verbos no modo imperativo para expressar as ações necessárias? MODELO
nhamento aos estudantes na elaboração
de um texto escrito. Oralidade
Leu o texto em voz alta para verificar se a linguagem se aproxima da fala? MODELO
Usou a modulação de voz adequada para dar ênfase aos pontos mais adequados? MODELO
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anotações. (Registre as observações feitas a você, para aprimorar sua ora- verificar disponibilidade das outras tur-
lidade em uma próxima situação de comunicação oral.) mas para que o público seja garantido.
6. Providenciem a gravação das falas, em áudio e vídeo, pois elas serão usadas, 5. Preveja uma aula, em seu planejamen-
no projeto anual, para ilustrar, com imagens e trechos das reivindicações, a to, para uma devolutiva aos estudantes
cobertura jornalística do evento da Esquina do Orador, a ser apresentada
no telejornal.
sobre a desenvoltura deles na Esquina
do Orador. A tabela apresentada no
Garantam dois dispositivos diferentes para a captação
de cada mídia (som e imagem). Prepare-se
tópico Revisão e Avaliação pode ser
Elejam responsáveis por essa captação, para haver reve-
um parâmetro avaliativo para atribuição
No dia da gravação, lembre- de conceitos ou notas: os estudantes
zamento e para que esses estudantes também possam
-se de carregar a bateria do
fazer suas reivindicações. Além disso, quando há várias podem compartilhar seus registros e
dispositivo eletrônico de gra-
pessoas captando imagens, é possível ter ângulos diver- você pode também compartilhar suas
vação, de organizar o espaço,
sos do acontecimento.
garantindo que a luminosidade observações segundo os critérios apre-
Observem se há espaço suficiente de armazenamento
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SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO
Sugerimos que avalie quantitativamente a linha do tempo produzida com base no
trabalho no quadro “Diálogos com História”, na Seção 2, e a produção da Esquina do
Orador. Prepare também, se possível, atividade avaliativa que contemple os conceitos da
língua trabalhados na Seção 3. Lembre-se de que o preparo do estudante para exames
em larga escala é um objetivo avaliativo. Tenha os objetivos de aprendizagem da Unidade
delineados para nortear suas observações, verificações e avaliações. Certifique-se de que
os estudantes compreenderam a estruturação e elaboração de textos legais, se ampliaram
seu conhecimento vocabular na temática das leis, se conseguem compreender a leitura e
a interpretação do ECA, se reconhecem direitos e deveres nesse texto, se são capazes de
planejar, elaborar, revisar e avaliar reivindicação escrita, se aprenderam os usos dos verbos
no modo imperativo e se leem de forma expressiva utilizando-se de recursos cinésicos
(considere nessa expressividade cinésica o respeito às individualidades).
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Tr
Te m o nt
Vida
a n s r s al
aC
Familiar e
ve
Social
A Unidade aborda o campo de atua-
ção na vida pública em vários aspectos,
promovendo aprendizagens em torno da
expressão oral, produção, revisão e edição
de textos reivindicatórios ou propositivos
sobre problemas que afetam a vida escolar
ou da comunidade, como pede a habilida-
de EF69LP22, produzindo uma realidade
educativa comprometida com a formação
para a atuação significativa, respeitosa e
inclusiva na vida coletiva social.
Na abertura da Unidade, apresenta-se a
imagem de uma manifestação pública para
iniciar a sensibilização acerca do Tema
Contemporâneo Transversal Vida Fami-
liar e Social. Comece o trabalho fazendo
a observação da imagem e uma discussão
em que os estudantes possam expor suas
ideias sobre a participação cidadã ativa,
e suas experiências e olhares sobre essas
ações, bem como seu valor na vida em
Viver em sociedade implica compreender os direitos e os deveres de cada cidadão. sociedade. Posteriormente, leia o texto
Cada um de nós pode modificar a própria realidade, sendo um agente transformador. Para e incentive a reflexão sobre as questões
isso, é importante conhecer leis e normas não só para reivindicar melhorias, mas também propostas.
para dialogar, de maneira convincente, com autoridades ou com colegas, também enga-
jados em provocar mudanças ao nosso redor. Mas como fazer isso? Para convencer nos- ATIVIDADES: RESPOSTAS E
Montagem entre fotos: Prostock-studio/Shutterstock; johavel/Shutterstock;
sos interlocutores sobre a nossa opinião, podemos usar vários recursos: verbais e não
ORIENTAÇÕES
verbais. Nas interações sociais, aprendemos a convencer, escutar, respeitar e, sobretudo,
conviver. Observe a imagem e reflita sobre a manifestação: 1. Possivelmente o tema é o meio ambiente,
já que na imagem aparece o planeta Ter-
ra. O tema é importante, pois conservá-lo
é um dos deveres dos cidadãos e sua
preservação é do interesse de todos.
1. Qual é o tema da manifestação? Ele é relevante para a 2. Cartaz com um globo, representando a
prática da cidadania? Explique. Terra, no qual é possível observar prin-
cipalmente o continente americano, e os
petovarga/Shutterstock
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Aproveite esse momento de conversa
inicial para tratar da importância de ter
uma participação efetiva em nossa socie-
dade e de exercer a cidadania para que
nossos direitos civis, políticos e sociais se-
jam garantidos. Ademais, estudar o gênero Para esta Unidade, você vai
regimento escolar privilegiando sua função precisar de alguns recursos:
social é uma forma de levar os estudantes gramática ou dispositivo com
a praticarem a cidadania dentro da escola. acesso à internet para realiza-
Escrever carta de solicitação
Dessa forma, entendendo seu espaço local ção de pesquisas prévias; é uma forma de praticar a
como espaço de referência para o aprendi- dicionários; argumentação e a cidadania.
Syda Productions/Shutterstock
cidade e região a partir da apropriação da por vocês;
realidade que os cerca. caderno, lápis e canetas;
folhas de papel sulfite e material
para desenhar.
Defender direitos da
comunidade é exercer a
cidadania e proporcionar
transformações sociais.
Você vai conhecer alguns tipos de textos que fazem parte do nosso
cotidiano de cidadãos, como regimento e carta de solicitação.
Os principais objetivos de aprendizagem para esta Unidade são:
identificar a linguagem e a forma como se organiza um regimento
escolar;
compreender o contexto de produção e a função social de um regi-
mento escolar;
conhecer a forma como se organizam cartas de solicitação;
reconhecer as cartas de solicitação como possibilidade de exercer
a cidadania, defendendo direitos da comunidade e proporcionando
transformações sociais;
analisar o uso de verbos em textos normativos e compreender suas
intencionalidades.
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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
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propostas de atividades desta Unidade
podem ainda ser ampliadas e servir como
ponto de partida para projetos que envol-
vem a organização da escola, bem como
para criar, rever ou reforçar regras, combi-
nados, acordos e outros aspectos e situa-
ções relacionados ao convívio em espaços
coletivos, como a sala de aula.
As leis e os regimentos
são importantes para a
vida em comunidade.
Os conteúdos desta Unidade têm, so-
bretudo, a finalidade de colaborar para
que você compreenda que tem direitos
e deveres como cidadão e reconheça a
importância de textos normativos e car-
tas de solicitação para o exercício de
sua cidadania.
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ATIVIDADES: RESPOSTAS E
ORIENTAÇÕES
As placas transmitem informações ne-
cessárias para manter o trânsito em ordem
e garantir a segurança dos condutores e
pedestres.
Espera-se que os estudantes concluam
que, sem sinalização, os motoristas não
conseguiriam conduzir um veículo adequa-
damente no trânsito e poderiam ocorrer
acidentes.
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Placas de trânsito
com diferentes
funções.
Além das placas de trânsito, há muitos outros elementos e regras que organi-
zam a nossa vida em sociedade. Existem, por exemplo, leis nacionais que visam
garantir direitos para os cidadãos, assim como também existem regras praticadas
por membros de uma escola, de um clube, de um bairro; ou, ainda, acordos que
podem ser feitos entre duas pessoas, como o aluguel de uma casa.
Para formalizar as regras de convivência, os direitos e os deveres de cada um
que está inserido em uma sociedade são elaborados textos normativos, ou seja,
documentos que circulam em diferentes ambientes, buscando regular as relações
humanas por um período. As normas podem ser mudadas com o passar do tempo,
de acordo com as necessidades dos grupos que as seguem.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Regimento escolar
Documento legal, de caráter obrigatório, elaborado pela instituição escolar que fixa a organização administrativa, didática, peda-
gógica e disciplinar do estabelecimento que regula as suas relações com o público interno e externo. Com origem na Proposta
Pedagógica, o regimento escolar a ela se volta para conferir-lhe embasamento legal, incorporando no processo de sua elaboração
os aspectos legais pertinentes e as inovações propostas para o sistema de ensino, assim como as decisões exclusivas da escola
no que concerne a sua estrutura e funcionamento. Por tratar-se de um texto legal, para a elaboração do regimento escolar devem
ser observadas as normas sobre elaboração e redação de atos normativos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê que o regimento escolar deve disciplinar os seguintes assuntos: a quem
cabe elaborar e executar a Proposta Pedagógica e quem tem autonomia para sua revisão; incumbência dos docentes; estudos de
recuperação; reclassificação, considerando a normatização do sistema de ensino; dias letivos e carga horária anual equivalente;
classificação; sistema de controle e de apuração de frequência; expedição de documentos escolares; e jornada de trabalho escolar.
MENEZES, Ebenezer T. Verbete regimento escolar. Dicionário Interativo da Educação Brasileira – EducaBrasil.
São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: livro.page/53V6U8257LP. Acesso em: 27 maio 2022.
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Eu, G. V. S., tenho 12 anos, estudo na Escola Municipal Valério Carlos da Costa, faço o 7º ano do Ensino Funda-
mental, eu gostaria de pedir à senhora vereadora V. F. a construção de uma escola no Bairro Jardim Petrópolis,
pois quando chove, não tem como vir para a escola por causa do barro. Também gostaria de um asfaltamento
no bairro Jardim Petrópolis e no Bairro Morada da Serra, já que não moro mais no bairro Jardim Petrópolis e
sim na fazenda, mas eu frequento lá. E gostaria de um policiamento na cidade.
No Bairro São Bento, onde minha madrinha mora, queria uma iluminação pública melhor, porque está muito
perigoso.
Já que nas escolas estaduais tem ar-condicionado, eu gostaria de melhoria nos ventiladores das salas de aula
da Escola Valério. Na minha sala, dos 4 ventiladores de teto, só 2 estão prestando, e os outros estão para cair. A
Diretora L. R. improvisou 2 ventiladores de parede. Se a senhora não conseguir arrumar, pelo menos nos faça
uma visita.
Atenciosamente.
ASSESSORIA da Câmara Municipal de Sidrolândia. Confira as cartas que os vereadores receberam dos alunos da escola
Valério. 11 jun. 2017. Disponível em: livro.page/2V6U820L. Acesso em: 15 fev. 2022. (Adaptado para fins didáticos).
266
HABILIDADES DA BNCC
Conhecer espaços para reclamação de direitos e envio de solicitações é habilidade
a ser desenvolvida, reforçando uma educação que fortaleça cidadão e sociedade para
um convívio digno e justo. Estudar os meios de participação na vida coletiva transforma
sujeitos e seus entornos de maneira positiva. Saber explicar suas posições, elaborar justi-
ficativas e sustentá-las exigem domínio sobre linguagem e estrutura das normas coletivas.
Nessa direção, as atividades da Leitura 2 se relacionam com as habilidades EF67LP16,
EF67LP17, EF67LP18 e EF69LP21.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
267
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
SILVA, Regina M. M. Gênero “Carta de Reclamação”: uma proposta de intervenção a partir
da metodologia das sequências didáticas. Curitiba: Seed-PR, 2016. (Cadernos PDE, v. 2).
Disponível em: livro.page/55V6U8261LP. Acesso em: 2 maio 2022.
Estudo sobre o gênero carta de reclamação, apresentando também uma proposta de
sequência didática para os Anos Finais do Ensino Fundamental.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
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HABILIDADE DA BNCC
A habilidade EF67LP27 de analisar e comparar textos e diferentes manifestações
artísticas, identificando referências, é explorada no boxe Deixar fluir, que apresenta um
trecho da Constituição de 1988 e uma obra visual de Ziraldo. Estimule a reflexão para
enriquecer o momento da aprendizagem.
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BRASIL. Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência
da República. Disponível em: livro.
page/6V6U824L. Acesso em: 9 fev. 2022.
Adolescentes em prática de
esportes: boxe, futebol, arte marcial.
270
INFERÊNCIA
Na atividade 1b, ao pedir para os estudantes criarem hipóteses interpretativas sobre
a intencionalidade de um texto, ou seja, encontrar sentidos não expressos literalmente,
trabalha-se a inferência.
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Adolescentes
em prática
de esportes:
kickboxing, tênis e
basquete.
Texto 3
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5. Não. O trecho “...não precisarão entrar
na fila” expressa uma possibilidade de
escolha de conduta dentro do regimen-
to. É esperado que o estudante perceba
que a escolha do tempo e do modo ver-
bal altera o sentido das normas.
6. Espera-se que os estudantes percebam
que não se alterou a mensagem do tex-
to, mas o tom entre os interlocutores.
Questione: qual parece mais educado? Saúde e bem-estar
é um direito de
Em que situação a forma mais direta todos.
do imperativo se faz necessária? Mos-
3. Na sua opinião, se a Carta 2 trouxesse trechos de textos normativos e legais,
tre que, em alguns casos, o imperativo
isso faria diferença na argumentação? Justifique.
é um modo direto de impor as regras,
como em placas. A forma utilizada no 4. Os textos que você leu nesta Unidade são escritos em linguagem formal.
regimento, apesar de também expres- Por que textos normativos e cartas de solicitação são formais? Em trios, dis-
sar regras, dá um tom mais explicativo, cutam e registrem suas conclusões.
diferente do imperativo, que dá um tom 5. Releia o trecho a seguir e responda à questão.
mais prescritivo. 3.2.1. Quem não precisa entrar na fila
Apenas alunas gestantes e alunos com dificuldades de locomoção não precisarão
entrar na fila para se servir do almoço oferecido.
Podemos afirmar que os textos normativos, entre eles os regimentos, utili-
zam apenas verbos que apontam proibições? Justifique sua resposta, expli-
cando o sentido dos verbos presentes nesse item do regimento.
6. Leia o trecho do item 3.3.1 do Regimento e uma possível reescrita dele.
Cada um deverá esquentar sua própria marmita, não sendo permitido ao
aluno aquecer as marmitas dos colegas.
Esquente sua própria marmita e não aqueça a de seus colegas.
As alterações modificaram o sentido do texto? Explique.
272
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
encontrada
NO POSTO DE encontrada suficientes para transmitir a men-
em postos de em indústrias
combustível e TRABALHO e outros sagem.
CELULAR consultórios
médicos.
ambientes de
trabalho. 4. b) Na placa 1, “Não use celular”; na
placa 2, “Atenção – é proibido o uso de
a) Descreva os recursos não verbais utilizados para a transmissão da mensa-
celular no posto de trabalho”.
gem nas duas placas.
Esses recursos não verbais são suficientes para transmitir a mensagem? 4. c) Espera-se que os estudantes percebam
b) Registre os recursos verbais utilizados nas placas. que o uso do imperativo na placa 1
c) Em qual das placas os recursos verbais expressam ordem de maneira mais estabelece uma relação direta entre os
direta entre os interlocutores? interlocutores. Já o uso do particípio na
5. Releia o trecho do Regimento Escolar (tópico 3.2.1): placa 2 provoca impessoalização à re-
Não escreva
neste livro gra, ou seja, há a omissão dos agentes
Apenas alunas gestantes e alunos com dificuldades de locomoção não pre- Use seu
caderno
do discurso. Oriente os estudantes a dis-
cisarão entrar na fila para se servir do almoço oferecido. cutir a questão coletivamente e, depois,
AS photostudio/Shutterstock
elaborar individualmente a justificativa
a) Escolha no quadro a conduta esperada que sugere o termo no caderno. Provavelmente, não utiliza-
em destaque no trecho.
rão o conceito de impessoalização na
elaboração de suas respostas; contudo,
Conduta esperada acolha suas respostas sem considerar
proibitiva possibilidade a utilização do conceito, propriamente,
permissibilidade restritiva apenas verificando se compreenderam
a diferença de uso das formas verbais.
b) Faça uma leitura em voz alta desse trecho e busque dar o 5. a) Restritiva. Foque no significado das pa-
tom da conduta esperada. lavras. A exceção à regra geral da necessi-
c) Se o trecho fosse: "Alunas gestantes e alunos com dificul- dade de se entrar na fila para se servir do
dades de locomoção poderão passar na frente", qual é a
almoço só inclui gestantes e estudantes
conduta que se espera com o termo em destaque? Estudante em cadeira de rodas.
com dificuldades de locomoção.
275
5. b) O objetivo é que os estudantes per-
cebam que, ao enfatizar, seja falando
mais pausadamente ou em um tom
diferente os modalizadores de textos
normativos, facilita-se a compreensão
dos sentidos e das intencionalidades
pretendidas pelo texto.
5. c) A conduta esperada é possibilidade,
por conta do verbo “poderão”, demons-
trando que se trata de uma escolha.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Antes da leitura da tirinha, discuta com Estampa feia e camisetas tamanhos muito pequenos
ck São Paulo – SP
sto
os estudantes a noção de público e pri- Sh
utt
er
oto
/ 12/02/2021 às 13:26
vado. Explique que, na esfera pública, os sripf
Comprei uma camiseta preta com a minha estampa vetorizada em alta qua-
interesses do público em geral são geridos lidade, gastei cerca de R$ 55 reais e quando recebi, odiei... Estampa apagada,
pelo Estado, que regula as relações entre de má qualidade e está na cara que vai ficar horrível com 2 lavagens, ela já vem
ele e a população. Já na esfera privada, parecendo que está usada. A camiseta pedi tamanho M, ela parece um 16 infantil...
são os interesses individuais que prevale- horrível... se eu lavar, vira tamanho 12... Enfim, gastos 55 reais à toa.
Camiseta geralmente
cem. Problematize que o papel do cidadão usada por Estampa feia e camisetas tamanhos muito pequenos. Reclame aqui, 12 fev. 2021.
diante dessas duas esferas se distingue estamparias. Disponível em: livro.page/14V6U831L. Acesso em: 9 fev. 2022.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
SOUSA, Mauricio. Ministério da Educação. Programa Um por todos e todos por um! Pela ética e
cidadania. Disponível em: livro.page/13V6U830L.
IDEIAS & CONCEITOS:
Acesso em: 17 fev. 2022. RESPOSTA E ORIENTAÇÕES
a) Explique o sentido da oração “Eles devem brigar feio”. Não escreva
neste livro Se possível, elabore o aprofundamen-
b) Passe a oração “Eles devem brigar feio” para o feminino.
Use seu to do conteúdo sobre a classe gramatical
c) Passe a expressão “Estampa feia” para o plural. caderno
dos artigos, discutindo suas funções gra-
d) Analise o plural e o feminino nos itens anteriores e responda: A palavra feio
maticais, classificações (artigos definidos e
altera o sentido de quais classes gramaticais nos textos lidos?
indefinidos) e flexões.
Trata-se de um verbo, pois indica uma
ação.
Para saber a que classe gramatical uma palavra pertence, é necessário avaliar a relação que ela estabe- HABILIDADES DA BNCC
lece com outras palavras e compreender seu sentido dentro do contexto. Apropriar-se da norma-padrão da lín-
O artigo, por exemplo, é um termo acessório que sempre precede um substantivo. Se, ao ler um texto, gua introduz os sujeitos no mundo le-
houver dúvida sobre a classe gramatical de uma palavra, observe a palavra que a antecede. Se o ante- trado e fortalece a formação cidadã. Nas
cedente for um artigo, então ela é um substantivo.
atividades, promova a aprendizagem das
Por exemplo, a palavra “olhar” pode ser tanto um verbo quanto um substantivo. Agora, leia o ditado po- convenções da ortografia da língua e es-
pular a seguir:
timule o desenvolvimento dos objetos de
O olhar do dono engorda o boi. conhecimento relacionados a Léxico/mor-
Nessa oração, o sentido de olhar é “o cuidado ou a maneira como se olha”. Quanto à classe gramatical, fologia, como proposto nas habilidades
observe que o artigo nos ajuda a descobrir que olhar é um substantivo: EF06LP04 e EF67LP32 da BNCC.
O olhar
artigo substantivo
Costumo olhar para os dois lados da razão antes de atravessar a via de emoção.
HERMES, Ivenio. Disponível em: livro.page/18V6U8271L. Acesso em: 16 fev. 2022.
A palavra olhar pertence a qual classe de palavras? Explique.
Os textos mostram como não existe uma regra única para classificar as palavras e que devemos sempre
analisar os termos que as antecedem ou sucedem, ou seja, verificar o uso da palavra em seu contexto.
277
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
LOPES, Noêmia. O que é projeto político-pedagógico (PPP). Nova Escola, 1o dez.
2010. Disponível em: livro.page/57V6U8271LP. Acesso em: 16 fev. 2022.
O texto busca definir o que é o projeto político-pedagógico e mostrar como se dá
sua elaboração, enfatizando a importância de seu compartilhamento para uma gestão
democrática e informando quais erros mais comuns ocorrem em seu processo de escrita.
VIEIRA, Lúcia M. O. Os modais “dever” e “poder” e o uso de verbos na forma im-
perativa na construção da argumentação da campanha “amigos da escola”. Letras
& Letras, Uberlândia, v. 18, n. 2, p. 111-113, jul./dez. 2002. Disponível em: livro.
page/58V6U8271LP. Acesso em: 11 jul. 2022.
O texto analisa a campanha “amigos da escola” e os efeitos de modalização dos
verbos “dever” e “poder”. Para isso, foi feito um estudo bibliográfico sobre modalização,
tabulação dos usos dos verbos “poder” e “dever” na campanha citada e uma interpre-
tação de seu valor semântico, destacando uma maior presença do verbo “poder”, pelo
seu valor menos impositivo. A partir dessa hipótese, a autora nos mostra as estratégias
de argumentação utilizadas pelo enunciador para convencimento em textos publicitários.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES Com base na sua leitura e nas reflexões propostas nos itens anteriores, co-
1. Não está adequada, pois os persona- pie em seu caderno as alternativas corretas quanto às regras ortográficas
gens têm uma relação íntima, e Arman- das palavras mau e mal.
dinho fala com seu pai como se estives- I. Mau exerce a função de adjetivo, relacionando-se com o substantivo.
se em uma situação formal, conversando II. Mal exerce a função de advérbio, ligando-se ao verbo, adjetivo ou outro ad-
Não escreva
vérbio.
com autoridades. neste livro
Use seu III. O feminino de mal é má.
2. No item I, há uma oração imperativa caderno
IV. Mal é uma palavra invariável.
cujo interlocutor é “Vossa Majestade”.
Já na segunda, possivelmente, a ordem Pronomes de tratamento
é destinada a outra pessoa para que ela
Leia a tirinha.
imagine Vossa Majestade, isso é, o rei.
Acervo do cartunista
pre que vamos nos dirigir a alguém em
um texto escrito usamos vírgula após o
nome, inclusive em cartas. Retome as
cartas lidas na Seção 2 e peça aos es-
ARMANDINHO. 19 jun. 2016. Disponível em: livro.page/16V6U832L.
tudantes que criem hipóteses do porquê Acesso em: 7 fev. 2022.
de naquelas cartas não haver a presença 1. A formalidade com a qual Armandinho se dirige a seu pai está
de vírgulas. Destaque que a preposição adequada ao contexto da conversa? Justifique sua resposta.
a que antecede o destinatário significa Organize-se 2. Leia as orações a seguir, observando o uso da vírgula.
“para”, indicando que se trata de uma
Lembre-se de levar uma gra- I. Imagine, Vossa Majestade.
informação da carta e não de um “diá-
mática ou uma pesquisa prévia II. Imagine Vossa Majestade.
logo” direto com os interlocutores, como impressa sobre pronomes de
ocorre na tirinha ou na frase “Imagine, Qual é a diferença de sentido entre as orações?
tratamento.
Vossa Majestade”. 3. Explique como o humor da tirinha é construído.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
Ortografia: S, Z e X
Você já teve dúvidas ao escrever uma palavra se o correto seria com s ou com
z? É bastante comum essas consoantes gerarem dúvidas. Isso acontece porque a
ortografia leva em consideração não apenas o som, mas a história da palavra para
estabelecer as regras ortográficas.
Leia as palavras a seguir e preste atenção em seus sons:
Podemos perceber que as letras s e z, nessas palavras, têm o mesmo som, não
é mesmo? Isso acontece porque a regra indica que quando a consoante s está en-
tre duas vogais, seu som passa a ser igual ao da consoante z. Essa regra foi criada
com base no som, mas há regras que consideram a origem da palavra para indicar
o modo de escrevê-la. A dúvida ainda fica: Quando usamos uma letra ou outra?
Vamos ver a seguir alguns usos e as regras que os regem.
Emprego de S
1. Diminutivos de palavras grafadas com s. Exemplos: mesa – mesinha, asa
– asinha.
2. Adjetivos com a terminação -ense e -oso(a). Exemplos: cearense, cana-
dense, gostoso, amoroso.
3. Adjetivos com a terminação -ês ou -esa. Exemplos: chinês, chinesa, fin-
landês, finlandesa.
4. Substantivos que se referem à nobreza. Exemplos: baronesa, princesa,
duquesa.
5. Substantivos que são originários de verbos terminados em -ender. Exemplos:
compreender – compreensão, suspender – suspensão, prender – presa.
6. Substantivos com a terminação -ese, -isa, -ose. Exemplos: virose, fibrose,
catequese.
7. Formas dos verbos pôr e querer. Exemplos: pus, puser, quis, quiser, quisesse.
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Reprodução/pt.memedroid.com
Disponível em:
livro.page/19V6U8274L.
Acesso em: 28 abr. 2022.
a) Leia as palavras passa, arroz e maionese, atentando para o som das con-
soantes z e s.
b) Imagine que a foto do cachorro fosse a de um animal aparentando estar sorrin-
do e animado com a mão na barriga. O sentido do texto mudaria? Justifique.
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Estratégias de
C a ra c t e r í s t i c a : I n t e n ç ã o ge r a l MODELO MODELO
convencimento usadas
comunicativa.
Normativo: Estabelecer normas de con- Interlocutores MODELO MODELO
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Revisão e avaliação
Na etapa anterior, o telejornal foi preparado. Agora, individualmente, cada inte-
grante ficará responsável pela revisão de uma parte do telejornal.
Para realizar esta atividade, o grupo todo poderá seguir o modelo de checklist a seguir.
Por fim, na sua opinião, qual será o índice de aceitação que vocês vão alcan-
çar com esse telejornal? Por qual motivo?
Publicação
É hora de o telejornal ir ao ar! Combinem um dia para a exibição dos telejornais,
que poderão ser apresentados um seguido do outro. Será um momento de descontra-
ção da turma, e não se esqueça: seja sempre respeitoso com o trabalho dos colegas!
Retomando
Ao longo do ano, você produziu diferentes materiais que, ao final, puderam
integrar o projeto de criação de um telejornal. Nesse percurso, você pôde experi-
mentar um pouco de como é atuar no campo jornalístico-midiático, muito presente
em todas as etapas da nossa vida.
Na primeira Unidade, você produziu uma notícia a respeito de hábitos alimentares
de pessoas que vivem no seu entorno. Na etapa seguinte, escreveu uma resenha e
sugeriu a leitura para a sua comunidade. Na sequência, você organizou uma agenda
cultural de sua cidade e região; leu de forma expressiva uma cena teatral criada pela
turma; escreveu um roteiro para explicação de gráfico sobre saúde; fez uma divulgação
científica e uma cobertura de evento na Esquina do Orador. Por fim, reuniu todo o
material produzido para compor um telejornal bastante rico em informações.
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2. Resposta pessoal. É importante acolher a) Identifique os recursos digitais que você e seu grupo utilizaram para a pro-
as impressões dos estudantes a esse dução do telejornal. Eles representaram um desafio?
respeito, levando em conta que as pri- b) Que desafio você apontaria como mais expressivo durante as etapas de pro-
dução do telejornal?
meiras etapas, ou algumas delas, podem
ter se revelado mais desafiadoras. De c) Embora o telejornal seja um gênero veiculado quase completamente por
meio da oralidade, que importância você percebe no roteiro escrito ou na
todo modo, espera-se que os estudan-
esquematização preparados previamente?
tes tenham chegado à etapa final mais
d) Você passou a compreender melhor e a se interessar mais por telejornais
confortáveis e confiantes. depois da experiência deste projeto?
3. a) Foram necessários, em praticamente 4. Reúna-se com o grupo do projeto e compartilhe as suas respostas. Faça
todas as etapas, recursos de gravação essa troca com o objetivo de levantar as impressões e revisar as aprendiza-
de som e imagem. Verificar o quão de- gens sobre o telejornal para cada integrante.
safiadora ainda pode ser a utilização de
equipamentos dessa natureza em sala O trabalho em grupo
de aula, embora eles sejam tão comuns Considerando todo o percurso até a composição final do telejornal, você e seu
em nosso cotidiano. grupo deverão fazer uma avaliação de como foi o trabalho coletivo. Analisem como
3. b) Resposta pessoal. Estimule os es- resolveram os desafios e como conseguiram atingir os objetivos que foram pro-
tudantes a justificarem, claramente, as postos neste projeto.
razões desse desafio maior. 1. Reproduzam o quadro a seguir em uma folha onde todos do grupo possam
3. c) Espera-se que os estudantes vejam anotar. Esse pode ser um quadro colaborativo entre os membros do grupo.
que a preparação por meio da escrita
Desenvolvido Desenvolvido
para veiculação de textos orais é essen- Em desenvolvimento
suficientemente plenamente
cial para que a mensagem seja passada O grupo soube aproveitar a criatividade e as
MODELO MODELO MODELO
de forma adequada – em relação à lin- habilidades de todos os integrantes.
O grupo conseguiu agir de modo adequado
guagem que deve ser utilizada –, assim aos desafios que surgiram no processo.
MODELO MODELO MODELO
como permite maior conforto e asserti- O grupo soube traçar os caminhos para atingir
MODELO MODELO MODELO
vidade dos apresentadores. o objetivo do projeto.
O grupo soube acolher os desafios pessoais
3. d) Resposta pessoal. Estimule os estu- MODELO MODELO MODELO
de seus integrantes.
dantes a continuar em contato com o O grupo cooperou com outros grupos,
MODELO MODELO MODELO
estabelecendo trocas de ideias.
universo jornalístico, desenvolvendo seu
espírito crítico em relação a tudo o que
é veiculado pelas mídias. 288
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COMPETÊNCIAS DA BNCC
O projeto Telejornal, desenvolvido ao longo do volume, evidencia o trabalho com as
Competências gerais 1, 4 e 10, a Competência específica 2 da área de Linguagens e as
Competências específicas de Língua Portuguesa 2, 3 e 5.
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VERBOS
Caso 1: são acentuados os verbos terminados em -a e -e quando acompanhados de pronomes lo(s) ou la(s).
EXEMPLOS: comprá-lo, vendê-las.
Caso 2: são acentuados os verbos ter e vir e seus derivados quando estiverem conjugados na
3a pessoa do plural.
EXEMPLOS: Ela tem muitas mágoas de você. / Elas têm muitas mágoas de você.
Ele vem cantando. / Eles vêm cantando.
Você mantém sua palavra até o fim? / Vocês mantêm suas palavras até o fim?
Caso 3: são acentuados os verbos ler e crer quando estiverem conjugados na 3a pessoa do singular.
EXEMPLOS: Você lê com empolgação livros de aventura.
Ele crê que seus desejos serão realizados em breve.
Caso 4: acentuam-se o verbo pôr, para diferenciar da preposição “por”; e pôde, para diferenciar o pretérito perfeito do
presente do indicativo “pode”.
EXEMPLOS: Você poderia pôr o livro na estante?
Ela não pôde ir à festa.
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Modo indicativo
Modo subjuntivo
Modo imperativo
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ANTUNES, I. Aula de Português – encontro e in- Documento que norteia a elaboração dos currícu-
teração. São Paulo: Parábola, 2003. los de referência nas escolas das redes públicas e
O livro traz uma importante discussão sobre apren- privadas de ensino, no âmbito nacional, com os co-
dizagens do idioma por meio de leitura e escrita. nhecimentos essenciais a serem desenvolvidos pe-
las crianças e pelos jovens em cada etapa escolar,
AS COISAS que moram nas coisas. Direção: Bel com base em competências e habilidades.
Bechara e Sandro Serpa. São Paulo: Macondo Fil-
mes, 2006. Documentário, (14 min). CONSELHO REGIONAL de Estatística (CONRE-3).
Neste documentário, crianças de uma família de Homepage. Disponível em: livro.page/2V6BC292L.
catadores de lixo mostram outros pontos de vista Acesso em: 19 abr. 2022.
para os materiais coletados, transformando-os em O site apresenta explicações sobre o surgimento de
brincadeiras. gráficos, leitura de dados e, ainda, como e quando
usar essa ferramenta que organiza informações.
AZEREDO, José Carlos de. Fundamentos da
gramática do por tuguês. 2. ed. Rio de Janei- CORTINA, Arnaldo. Textos de divulgação cientí-
ro: Zahar, 2010. fica: análise de duas reportagens sobre agrotó-
A obra apresenta um estudo aprofundado de aspec- xicos. Alfa: Revista de linguística, São José do
tos da língua portuguesa, especialmente no que se Rio Preto, n. 64, 2020. Disponível em: livro.
refere à morfologia e aos conteúdos relacionados à page/3V6BC292L. Acesso em: 18 maio 2022.
formação de palavras, com exemplos de afixos em Artigo publicado em revista científica que analisa
diferentes palavras. dois textos de divulgação científica para observar
os recursos de linguagem utilizados para a cons-
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: trução de sentidos no gênero em questão.
por uma pedagogia da variação linguística. São
Paulo: Parábola, 2007. CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramáti-
A obra apresenta uma importante reflexão sobre ca do português contemporâneo. Rio de Janeiro:
norma-padrão e diferentes usos linguísticos den- Lexikon, 2009.
tro do contexto escolar. A obra é considerada referência para os estudos
sobre o sistema da língua portuguesa. Apresenta
BARBOSA, Jacqueline P. Carta de solicitação e conceitos e exemplos de maneira contextualizada.
Carta de reclamação. São Paulo: FTD, 2005.
(Trabalhando com os Gêneros do Discurso.) DIONÍSIO, Angela P.; MACHADO, Anna R.; BE-
O livro da coleção apresenta as caraterísticas do gê- ZERRA, Maria A. Gêneros textuais & Ensino. 4.
nero e contextualiza o estudo em situações escolares. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
O conjunto de artigos presente nessa obra expli-
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. cita o trabalho com diferentes gêneros textuais,
37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. especialmente os do campo jornalístico-midiático.
Nesta obra clássica dos estudos sobre a língua portu-
guesa, Bechara esclarece diferentes aspectos do nos- FRANCO, Silmara. Você precisa de quê? A dife-
so idioma, inclusive sobre os tempos e modos verbais rença entre consumo e consumismo. São Paulo:
presentes nesta Unidade. Moderna, 2016.
Neste livro, a autora aborda diversos aspectos
BIASI, Cláudio (tradutor); PEARCE, Chris (ilustra- do mundo do consumo, tais como os desejos de
dor). O grande livro de ciências do manual do compra, a influência da propaganda e se o consu-
mundo. São Paulo: Sextante, 2019. mo traz felicidade.
Este livro apresenta com humor diversos verbetes
ligados à ciência. KIRIKU, os homens e as mulheres. Direção: Michel
Ocelot. França: France 3 Cinéma, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional O filme conta a história de um menino muito pe-
Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: queno que deve enfrentar uma feiticeira malvada
livro.page/1V6BC292L. Acesso em: 15 jun. 2022. para livrar muitas pessoas de seu domínio.
292
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998
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