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Ano Letivo 2022/2023


Curso Profissional - Técnico de Ação Educativa Módulo 2 - Prestação
Disciplina: Saúde Infantil de Cuidados Humanos
Ficha Informativa 1 - Necessidades nutricionais e Dietas terapêuticas Básicos - Alimentação

Nome: Nº: A prof: Liliana Sobral

Necessidades nutricionais nas diferentes Fases da vida


As necessidades energéticas devem ser adaptadas aos gastos, para que o indivíduo não acumule peso.
Estas necessidades estimam-se ao nível da quantidade energética consumida e da qualidade dos alimentos
ingeridos.
A dose energética depende da idade, do sexo e da atividade física de cada um. Um desportista pode
necessitar de um aporte
energético superior ao indicado
na tabela, consoante a
intensidade de treino e a
frequência das competições.

Deve ser respeitada uma


repartição calórica ao longo do
dia, a qual se divide da seguinte
forma:

A dose energética deve ser equilibrada em termos de qualidade, para que sejam fornecidos os vários
nutrientes, consoante as necessidades do organismo:
o Proteínas 12 a 15 % da dose diária
o Lípidos 30 a 35 % da dose diária
o Glícidos 50 a 55 % da dose diária
Uma alimentação diária e equilibrada permite fornecer todos os minerais e vitaminas necessários para
o bom funcionamento do organismo. O equilíbrio alimentar assenta na dose diária, mas também no conteúdo
das refeições. Estas são 3 ou 4 (adiciona-se um snack para os desportistas, mas esta conta para o cálculo da
dose total).

DIETAS TERAPÊUTICAS
Alimentação para diabéticos
Não há alimentos proibidos para diabéticos. Mas doces? Só com muita moderação. Os conselhos de
Catarina Saraiva, endocrinologista do Hospital Lusíadas Lisboa e da Clínica Lusíadas Almada.
A diabetes é uma doença crónica e constitui um grave problema de saúde pública a nível mundial, não
só pelo aumento da sua incidência como pela sua elevada morbilidade. O controlo metabólico é conseguido
através de uma alimentação saudável e também pela prática de atividade física e medicação oral e/ou
injetável.

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Seguir uma dieta saudável é importante não apenas para controlar os
níveis de açúcar, mas também o perfil lipídico, a tensão arterial, minimizando
assim o risco cardiovascular e de complicações microvasculares. O mais
importante é conseguir fazer escolhas alimentares saudáveis, que se adaptem ao
estilo de vida de cada um, mas com lugar a exceções.
As vontades devem ser saciadas. É preciso ter prazer a comer. É muito
importante para a nossa saúde conectar a mente e o corpo, identificar adequadamente a fome e saciedade e
comer sem culpa.

Que tipo de dieta deve fazer um diabético?


Ao contrário do que se defendia há umas décadas, a alimentação para diabéticos não necessita de ser
diferente da uma pessoa sem a doença. Contudo, as recomendações nutricionais para a diabetes e suas
complicações são baseadas em conhecimentos científicos e experiência clínica.
Devido à complexidade nutricional, recomenda-se a presença de um nutricionista nas equipas de
saúde que tratam pessoas com diabetes. Deve-se seguir a Dieta Mediterrânica, que representa um modelo
alimentar completo e equilibrado devido ao uso de azeite como principal fonte de gordura, ao consumo
abundante de produtos de origem vegetal, frescos e pescado e ao consumo moderado de carnes e laticínios.
Assim, devem-se privilegiar:
 Os produtos frescos (não processados);
 Os legumes e as hortaliças: são pobres em hidratos de carbono e calorias, mas muito ricos em fibras que
promovem a saciedade, ajudam a controlar a glicemia após as refeições e favorecem o funcionamento
intestinal. São ainda grande fonte de vitaminas, sais minerais e compostos antioxidantes;
 As leguminosas: o feijão, o grão, as favas e as ervilhas são fonte de proteína vegetal e de hidratos de
carbono de absorção muito lenta (que fazem subir muito lentamente o açúcar). Contêm vitaminas, sais
minerais e fibras. São importantes para controlar a glicemia após a refeição, para aumentar a saciedade e
controlar os níveis de colesterol;
 Os temperos com cebola, alho e ervas aromáticas;
 Fazer sopas, cozidos, e caldeiradas; Se fizer fritos (o que se deve evitar) só se deve usar azeite, óleo de
amendoim ou banha;
 Evitar os molhos gordos, preferir os estufados (tudo “em cru” em vez de refogados, retirar as peles e as
gorduras visíveis das carnes e reduzir os alimentos ricos em gordura saturada e hidrogenada como
enchidos, carnes gordas, queijo gordo, natas, salgadinhos, folhados, bolos).

E devem cumprir-se as seguintes regras:


 Comer duas ou três peças de fruta por dia: no final do almoço e do jantar ou em pequenos lanches (uma peça
de fruta e uma sandes de pão escuro, que permite a absorção mais lenta dos hidratos de carbono). Há frutas
que têm maior quantidade de hidratos de carbono (açúcares) do que outros. Devem ser conhecidas as
equivalências entre as frutas: por exemplo, uma maçã média equivale a duas ameixas ou 16 morangos;
 Os hidratos de carbono mais complexos (chamados farináceos) devem ser comidos com moderação e ser
obtidos de fontes como o pão escuro, a batata, o feijão, o grão, os couscous, centeio e aveia e não devem
ser eliminados da alimentação;
 Evitar outras fontes de farinhas e açúcares como bolos/doces e folhados (reservados para ocasiões especiais);
 Preferir o peixe à carne, por ter menos gordura e ser rico em ácidos gordos insaturados ómega 3, com funções
importantes para fortalecer o sistema imunitário e prevenir a doença cardiovascular;
 Optar pelas carnes magras e de aves (sem peles) por conterem um teor mais baixo de gordura do que a carne
vermelha.
 Evitar refrigerantes e outras bebidas açucaradas;
 Ingerir água: 1,5 a 2 L por dia é a dose recomendada para adolescentes e adultos;

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E existem alimentos proibidos na alimentação para diabéticos?
A alimentação deve ser variada, equilibrada e sem restrições. Atenção aos açúcares e outros hidratos
de carbono. O consumo de doces, que leva a um aumento de peso, de glicemia e dos níveis de colesterol deve
ser reservado para uma ocasião especial (se as glicemias estiverem bem controladas), no final de uma refeição.
E, quando tal ocorra, deve reduzir-se a quantidade de hidratos de carbono (arroz, batata, massa, pão…)
consumidos. Estas recomendações, que são importantes para os diabéticos, devem também ser tidas em
conta pela população em geral.
https://www.lusiadas.pt/blog/prevencao-estilo-vida/nutricao-dieta/6-dietas-moda-que-deve-mesmo-saber

Saiba mais sobre a dieta isenta de glúten (DIG)


Seguir uma DIG nem sempre é fácil, uma vez que este se encontra em inúmeros produtos alimentares
processados. De modo a facilitar o cumprimento da mesma, deixamos alguns conselhos alimentares que
poderão ajudar. Uma dieta isenta de glúten é aconselhável a pessoas que sofram de doença celíaca. Trata-se
de uma doença autoimune, causada por uma sensibilidade permanente a esta proteína vegetal.

Onde encontrar
naturalmente o glúten?
 Trigo;
 Cevada;
 Centeio;
 Aveia;
 Derivados.

Desta forma, os alimentos não


permitidos numa dieta isenta
de glúten são os seguintes:

Sintomas provocados pela


intolerância ao glúten
A ingestão de glúten pode causar uma reação imunológica ao nível do intestino delgado, provocando:
 Alterações na mucosa intestinal;
 Deficiente a absorção dos nutrientes.
Neste momento, praticamente todos os produtos existem nas versões sem glúten (pão sem glúten,
massas sem glúten, bolachas sem glúten, etc.). Leia atentamente os rótulos, para confirmar a forma como
foram confecionados. Não se esqueça de excluir igualmente todos os produtos que contenham na sua lista de
ingredientes: amido dos cereais não permitidos, amido modificado, proteína vegetal, fibras alimentares,
proteína hidrolisada; levedura; e todos os aditivos do grupo E-14XX.

Dieta isenta de glúten: cinco cuidados


1. Armazene os alimentos sem glúten separadamente dos alimentos com glúten, devidamente
identificados;
2. Prepare sempre primeiro as refeições sem glúten e utilize utensílios diferentes para a confeção e manipulação dos
alimentos sem glúten;
3. Utilize uma torradeira/tostadeira e óleos de fritura exclusivos para os produtos sem glúten;
4. Utilize farinhas sem glúten, como amido de milho, farinha de milho/arroz/mandioca ou fécula de batata;
5. Quando realizar refeições fora de casa, questione sempre quais os ingredientes utilizados na confeção. Evite os
molhos, que podem ter adição de farinha de trigo e os fritos, que podem ter sido preparados com óleos onde já
tenham sido fritos produtos com glúten. Quanto às sobremesas, pode optar por fruta fresca, salada de fruta ou
gelados isentos de glúten.
https://www.lusiadas.pt/blog/doencas/doencas-cronicas/saiba-mais-sobre-dieta-isenta-gluten-dig

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Dieta para intolerância à lactose: o que comer e o que evitar
A dieta para a intolerância à lactose tem o objetivo de eliminar ou diminuir os alimentos que contêm
lactose da alimentação, como leite de vaca, leite de cabra, iogurte, manteiga e queijos. A intolerância à lactose
varia de pessoa para pessoa e, por isso, nem sempre é necessário restringir completamente esses alimentos da
dieta.
A intolerância à lactose é a incapacidade do organismo em digerir a lactose, que é o açúcar presente
no leite, devido à diminuição ou ausência da enzima lactase no intestino, causando sintomas, como excesso de
gases, dor abdominal e diarreia. Conheça outros sinais e sintomas da
intolerância à lactose.
Além disso, para evitar a deficiência de cálcio no organismo, é
recomendado também manter uma dieta variada e saudável,
priorizando a ingestão de alimentos que contêm boas quantidades
desse mineral, como espinafre, semente de linhaça, sardinha,
amêndoas e tofu.

Alimentos que devem ser priorizados


Os alimentos que devem ser priorizados da dieta para intolerância à lactose são:
 Todos os legumes e hortaliças, incluindo os de cor verde escura, como espinafre, agrião, rúcula, couve,
bertalha, mostarda, quiabo e caruru;
 Frutas frescas, como laranja, maçã, banana, morango, pera, caqui, manga, melão e melancia;
 Laticínios sem lactose, como leite sem lactose, iogurte sem lactose e queijo sem lactose;
 Sementes, como linhaça, gergelim, chia e girassol;
 Peixes e frutos do mar, como salmão, sardinha, pescada lambari e camarão;
 Cereais integrais, como arroz integral, macarrão integral, pão integral e aveia;
 Leguminosas, como feijão, soja, lentilha e grão-de-bico;
 Proteínas magras, como tofu, frango, peru, pato, codorna e ovos;
 Tubérculos, como aipim, cará, inhame, mandioquinha, batata e batata doce.

Além disso, também é possível incluir na dieta alguns iogurtes e bebidas vegetais fortificados com
cálcio e vitamina D, como iogurte e queijo de soja, bebida vegetal de aveia, arroz e amêndoas, por exemplo.
Alimentos que devem ser evitados
Na dieta para intolerância à lactose é recomendado diminuir ou excluir os alimentos com lactose, de
acordo com o grau da intolerância de cada pessoa. Para isso, é importante evitar ou excluir os laticínios com
lactose, como leite de vaca, leite de cabra, achocolatado, leite condensado, creme de leite, queijos, iogurte e
whey protein. Confira outros alimentos com lactose.
É importante também ler as informações nutricionais no rótulo dos produtos, porque alguns biscoitos,
pães e molhos também podem conter lactose. Além disso, dependendo do grau de intolerância da pessoa,
produtos lácteos fermentados, como o iogurte e alguns queijos, podem ser bem tolerados quando consumidos
em pequenas quantidades.
A diminuição ou exclusão total dos alimentos com lactose só deve ser feita sob a orientação de um
médico, ou nutricionista, porque esses alimentos também contêm outros nutrientes como proteína, vitamina
D, vitamina A e cálcio, que são essenciais para evitar situações, como raquitismo, anemias e baixo crescimento,
por exemplo.
https://www.tuasaude.com/dieta-para-intolerancia-a-lactose/

BOM TRABALHO! A prof. Liliana Sobral


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