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Indice

Introdução ................................................................................................................................................... 1
Alimentação de pessoas vivendo com HIV / Sida e necessidades nutricionais no contexto do HIV .... 2
Vivendo com HIV – Nutrição para Seropositivos ................................................................................ 4
Como deve ser a Dieta de um Paciente com HIV – Nutrição para Soropositivos ................................. 4
Alguns alimentos que devem fazer parte da dieta de uma pessoa seropositiva são: ......................... 5
Aconselhamento Nutricional ...................................................................................................................... 5
Conclusão ..................................................................................................................................................... 8
Bibliografia .................................................................................................................................................. 9

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Introdução
Esta trabalho foi elaborada pelo sexto grupo do curso de SMI, a partir de vários documentos
acessados na internet e contou a colaboração do grupo em termos de resumo das informações
obtidas e elaboração do mesmo.

A importância da alimentação e nutrição para pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) é tão
relevante, que muitos autores defendem que deveria ser tratada com a mesma atenção que as
análises laboratoriais e carga viral, tanto pelas características da infecção pelo HIV quanto pelos
possíveis efeitos adversos das medicações antirretrovirais.

Objectivo

O objetivo desta publicação é trazer informação sobre alimentação e nutrição para as pessoas
vivendo com HIV e aids (PVHA), que auxilie no seu dia-a-dia, trazendo orientações sobre práticas
alimentares mais saudáveis, como se alimentar em situações especiais, cuidar melhor da segurança
alimentar, aproveitando melhor os alimentos.

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Alimentação de pessoas vivendo com HIV / Sida e necessidades nutricionais no contexto do
HIV
Para as pessoas que vivem com HIV e aids (PVHA), a alimentação deve ser balanceada e adequada
às necessidades de cada um, assim, melhora os níveis de T-CD4 (células de defesa), melhora a
absorção intestinal, diminui os problemas provocados pela diarreia, Síndrome da Lipodistrofia e
todos os outros sintomas, que podem ser minimizados ou mesmo revertidos.

Para termos uma alimentação equilibrada com todos os nutrientes necessários ao pleno
crescimento e desenvolvimento físico e para a manutenção da saúde, é preciso variar os tipos de
alimentos, consumindo-os com moderação.

Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem parte dos alimentos e que são absorvidas
pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento.

Existem dois grupos principais de nutrientes:

1. Macronutrientes – são os carboidratos, as proteínas e as gorduras. O organismo precisa


deles em maior quantidade.
Carboidratos

Fornecem a energia que precisamos para realizar nossas atividades do dia-a-dia, como andar, falar,
respirar etc. São exemplos: arroz, açúcar, massas, batata, mandioca, cereais, farinhas e pães.

Proteínas

Constroem, “consertam” e mantém o nosso corpo, além de aumentarem a resistência do organismo


às infecções. Todos os tecidos do corpo são formados por elas. São os principais componentes dos
anticorpos e dos músculos. Quando a quantidade de proteínas adequada não é ingerida, o corpo
utiliza a proteína muscular. São elas: animais (carnes bovinas, suína, frango, peixes, miúdos, ovos,
leite, iogurtes e queijos) e vegetais (feijão, soja e derivados, castanhas, amendoim, amêndoa).

Gorduras

Nos fornecem energia. Algumas vitaminas precisam de gorduras para serem transportadas no
nosso organismo. São: manteiga, óleos, azeite de oliva, margarina, gordura animal (presente nas
carnes).
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2. Micronutrientes – são necessários em pequenas quantidades, embora sejam muito importantes
para o nosso organismo. São eles: vitaminas e minerais. (veja tabela Anexo 1)
Fibras alimentares são substâncias que estão presentes nos alimentos. São essenciais para manter
o bom funcionamento do intestino, para a mucosa intestinal e auxiliam no controle do diabetes e
colesterol alto. Estão presentes principalmente nos vegetais (legumes e verduras), nas frutas,
grãos integrais e leguminosas (feijões).

Para aumentar a quantidade de fibras na dieta, você pode:

• Aumentar o consumo de frutas com casca.


• Comer vegetais crus, diariamente.
• Substituir refrigerantes por sucos de fruta natural.
• Incluir feijão, soja, grão-de-bico, ervilha ou lentilha na alimentação diária.
• Incluir cereais integrais, como arroz e pão.
Água é um nutriente essencial, que corresponde de 60 a 75% do peso do corpo. O seu consumo é
garantido pela ingestão de água potável e ela também está presente na composição dos diferentes
alimentos sólidos (principalmente verduras, legumes e frutas) e líquidos (sucos de frutas e vegetais
e leite, por exemplo). O ideal é ingerir de 8 a 10 copos por dia.

As funções da água são:

• Ajudar no bom funcionamento dos rins, coração, intestinos, estômago, fígado e músculos.
• Auxiliar na digestão, absorção e excreção.
• Regular a temperatura do corpo.
• Transportar os nutrientes do intestino para o sangue.

Nutrição para Seropositivos – Como a Alimentação Pode Ajudar no seu Tratamento – Não é
novidade para ninguém que pessoas seropositivas devem seguir rigorosamente algumas regras para
ajudar no seu tratamento e melhorar sua qualidade de vida. Esses cuidados também se aplicam a
sua dieta.

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Seguir as recomendações médicas podem melhorar a eficácia do tratamento para o HIV/AIDS.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre os benefícios de manter um suporte nutricional
quando está se enfrentando o vírus da imunodeficiência humana.

Vivendo com HIV – Nutrição para Seropositivos


Pessoas que vivem com o vírus no organismo tendem a apresentar diversos problemas secundários
ocasionados pela doença, além de afetar o apetite, outros fatores também podem ser observados.
Entre eles estão a redução da absorção de alimentos, perda de peso, mais rápida do que se
comparada a uma pessoa sem a infecção, desnutrição, diarreia frequente, entre outros.
O organismo de uma pessoa seropositiva sente mais necessidade de energia e nutrientes, uma vez
que precisa combater a infecção. Quando o paciente não se alimenta adequadamente ou de forma
suficiente, os alimentos não são absorvidos e consequentemente a energia é puxada das reservas
acumuladas de gordura e proteínas corpóreas. Essa condição pode levar a sérios quadros de perda
de peso e massa muscular.

Como deve ser a Dieta de um Paciente com HIV – Nutrição para Soropositivos
Para melhorar a absorção nutricional, o paciente deve seguir uma dieta equilibrada e rica em
vitaminas, nutrientes e proteínas. Com isso, alguns alimentos deverão fazer parte do seu cardápio
diariamente, enquanto outros devem ser evitados ou consumidos apenas ocasionalmente.

Alguns fatores podem influenciar na decisão sobre a sua alimentação, entre eles estão:

 Idade;
 Gênero;
 Estado da saúde;
 Condicionamento e atividades físicas.
Essas características específicas servirão para seu médico avaliar quais alimentos, porções e
frequência de alimentação serão necessárias para você se manter saudável.

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Alguns alimentos que devem fazer parte da dieta de uma pessoa seropositiva são:
 Arroz, Cereais e grãos diariamente;
 Frutas e legumes variados ao menos cinco vezes por dia;
 Azeite no preparo das refeições;
 Pães pelo menos uma vez ao dia;
 Carne branca, especialmente peixes;
 Ovos;
 Consumo de batatas cozidas ou assadas divididas em 4 ou 6 porções diariamente.
Alguns alimentos que NÃO devem fazer parte da dieta de uma pessoa soropositiva são:

 Produtos lácteos gordurosos como leite, iogurte, manteiga, margarina e queijos;


 Carnes gordurosas;
 Embutidos;
 Açúcar branco;
 Refrigerantes;
 Café e chás durante as refeições;
 Bebidas alcoólicas;
Comer a menos, ou mais, das quantidades sugeridas pelo seu médico pode não ser o ideal
no auxílio ao tratamento do HIV.
Manusear os alimentos adequadamente e higienizá-los antes de preparo e ingestão também devem
ser medidas a se tomar cuidado, uma vez que diversos alimentos podem estar contaminados com
vírus, fungos ou bactérias capazes de causar problemas ainda maiores a sua saúde. Não deixe de
procurar seu médico para ajustar sua alimentação e adequá-la ao tratamento do HIV.

Aconselhamento Nutricional
Evidências apontam que o aconselhamento dietético somado ao processo de ensino, ao treinamento
e facilitação por meio de uma linguagem entendível, quando as trocas de informações relacionadas
à nutrição, podem favorecer a adesão de um novo comportamento alimentar. Dessa forma, os
indivíduos são efetivamente auxiliados a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de
nutrição e estilo de vida.13 Os programas de controle e tratamento da AIDS devem contemplar o
aconselhamento dietético, uma vez que a dieta saudável e equilibrada é vital para a sobrevivência

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de todos os indivíduos, independente do “status” evolutivo da doença, inclusive pela influência da
alimentação e nutrição na melhoria da adesão e efetividade da terapia medicamentosa.14 Todavia,
se recomenda na fase estável da doença, quando a necessidade proteica gira em torno de 1,2 g/kg
peso atual/dia e a necessidade energética para paciente assintomático em torno de 30-35
kcal/kg/dia. Na fase aguda, a necessidade de proteínas aumenta para cerca de 1,5 g/kg de peso/dia.
Em pacientes sintomáticos com a doença propriamente dita, ou seja, AIDS e CD4 inferior a 200
células, a necessidade energética é de 40 kcal/kg/dia. As necessidades especiais de
micronutrientes: vitaminas A, B, C, E, zinco e selênio que não devem ser inferiores a 100% das
ingestas dietéticas de referência (Dietary Reference Intakes – DRIS).2 A necessidade de líquidos
deve estar entre 30 a 35 ml/kg, com quantidades adicionais para compensar as perdas decorrentes
de diarreia, náuseas e vômitos, suor noturno e febre prolongada. A reposição de eletrólitos (sódio,
potássio e cloreto) na presença de vômito e diarreia também é recomendada.10 Portanto, a dieta
deverá conter todos os grupos alimentares, sem excessos e também sem exclusões; variar os tipos
de cereais, carnes, verduras, legumes, frutas e leguminosas, de forma a manter tanto as
características de acessibilidade física e financeira, quanto do sabor, variedade, harmonia, cor e
segurança aos aspectos higiênico-sanitários, pois são grandes os riscos às infecções
gastrointestinais.15,16 São vários os fatores que interferem no resultado da intervenção
nutricional, o que torna imprescindível que as PVHA assumam a corresponsabilidade no
tratamento pelas mudanças que estão ao seu alcance, como aquelas relacionadas aos hábitos
alimentares e estilos de vida. Dessa maneira, a avaliação e o processo de aconselhamento dietético
são considerados estratégicos por fazerem parte de medidas de apoio que devem ser instituídas tão
logo quanto possível e durante o curso da doença.17,18 Ao considerar que o comportamento
alimentar das PVHA poderá ser melhorado se houver acompanhamento nutricional desde o início
ao diagnosticar o HIV, bem como durante todo o tratamento, esse estudo tem como objetivo: ●
Verificar a influência do aconselhamento dietético na manutenção ou recuperação do estado
nutricional de pacientes recém diagnosticados com o vírus HIV.

Após conversar com seu médico sobre como seguir uma dieta benéfica ao seu quadro, você deve
manter uma lista de alimentos que devem ser ingeridos e outra com aqueles que devem ser
evitados. Além disso, é interessante manter um controle sobre o que você come para levar ao seu
médico responsável caso solicitado.
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O aconselhamento dietético foi caracterizado como orientação do planeamento alimentar
individual, com preceitos básicos de uma alimentação segura e equilibrada, de acordo com os
manuais que estabelecem as diretrizes e recomendações das práticas alimentares adequadas às
pessoas infectadas pelo HIV.14,17 Nesse estudo, os resultados de ajustes de peso corporal e
consumo calórico da dieta no final dos 12 meses foram considerados como adesão ou não ao
aconselhamento dietético. Os dados foram analisados e descrito na forma de estatística descritiva,
com uso de um pacote estatístico. Para comparação da diferença entre os pesos teóricos e aferidos
do peso corporal e do valor calórico total das dietas (antes e após 12 meses) e para avaliar a
frequência de consultas dos pacientes que seguiram e dos que não seguiram a orientação
nutricional, foi utilizado o Teste de Mann Whitney, após checagem da normalidade das
distribuições, ao nível de significância de 5%.

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Conclusão
O estudo revelou informações sobre o perfil alimentar e o impacto de ações educativas realizadas
em pacientes portadores de HIV hospitalizados no HUJBB. Os resultados revelaram uma alta
prevalência de pacientes que não apresentam o estado nutricional adequado, condição esta que está
diretamente relacionada a situação de insegurança alimentar no contexto familiar em que habitam.
O estudo nos permite a compreensão que os portadores de HIV que possuem baixa escolaridade
estão mais suscetíveis a falta de informações, e a não compreensão da importância de ingestão de
alimentação equilibrada, assim como a importância da ingestão fracionada em seis refeições
durante o dia para assegurar a oferta do valor calórico diário para a manutenção de um bom estado
nutricional.
O estudo revelou que os portadores de HIV com menor oferta econômica logo em menores
condições de acesso ao alimento, estão mais propensas a serem desnutridas e ao desenvolvimento
de infecções oportunistas como também aumentam a probabilidade de quadros de internação
hospitalar. Assim o nível de informação sobre alimentação e a manutenção do estado nutricional
do PHIV constituem a principal necessidade de intensificação das ações de educação nutricional
destes pacientes mesmo que em unidades de internação, pois revelam-se como principais aliados
para a melhor aceitação e manutenção da Dietoterapia.

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Bibliografia
https://www.drakeillafreitas.com.br/nutricao-para-soropositivos/
https://rmmg.org/artigo/detalhes/1667

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