Você está na página 1de 18

Sugestão de cardápio para pessoas com HIV– revisão bibliográfica

Menu suggestion for people with HIV- literature review

Jair Eduardo de Oliveira1


Rafaela Liberali2
Vanessa Fernandes Coutinho3

1. Graduação em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade UNA; Graduando em


Nutrição pela Universidade Estácio de Sá e discente do Programa de Pós-Graduação Nutrição
Clínica Avançada e Saúde Integral.
2. Professora do programa de Pós Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica – Fundamentos
Metabólicos.
3. Nutricionista; Doutora em Ciências dos Alimentos; Coordenadora de curso de Nutrição
Clínica da Universidade Estácio de Sá.

Email = jaireduardorh@gmail.com

Belo horizonte, Minas gerais


Data - 2021
1

RESUMO

Objetivo: Demonstrar sugestão de cardápio para pessoas com HIV. Metodologia: Foram
utilizadas bases de dados: google acadêmico, sistemas da organização mundial da saúde e
livros acadêmicos da área. Selecionaram-se trabalhos entre os anos de 2004 e 2020.
Resultados: O plano alimentar para portadores de HIV deve ser considerado a idade, gênero e
estilo de vida, inicialmente A atenção especial deve ser dada a transição nutricional que a
pessoa portadora vem passando nos últimos meses, considerando avaliações e anamneses do
estado atual do portador de HIV, faz como, se o paciente possui obesidade ou outras doenças
metabólicas. Conclusão: a elaboração do cardápio para portadores de HIV deve ser
direcionada a prevenção, e manutenção da composição ideal, interações fármaco-nutriente,
efeitos colaterais dos retrovirais, a necessidade de suplementação por via oral de vitaminas e
minerais, e o estágio atual do paciente. O cardápio, portanto, deve ser de acordo com o gasto
energético de repouso do paciente e considerar o fator atividade, com a ingestão de proteína
de 0,8 g por quilo de peso, podendo ter um aumento adicional de 10% na ingestão de proteína
em casos de infecções oportunistas. Deve ser uma dieta rica em ácido graxos de cadeia curta e
deve ser considerado o uso adequado de micronutrientes como vitaminas e minerais.

Palavras Chaves: Doenças imune, Hiv, Aids, Nutrição clínica

ABSTRACT

Objective: To demonstrate menu suggestions for people with HIV. Methodology: Databases
were used: Google Scholar, World Health Organization systems, and academic books in the
area. Papers between the years 2004 and 2020 were selected. Results: The food plan for HIV
carriers should be considered the age, gender and lifestyle, initially The special attention
should be given the nutritional transition that the carrier person has been going through in
recent months, considering evaluations and anamneses of the current state of the HIV carrier,
does as, if the patient has obesity or other metabolic diseases. Conclusion: the development of
the menu for HIV carriers should be directed to prevention, and maintenance of the ideal
composition, drug-nutrient interactions, side effects of retrovirals, the need for oral
supplementation of vitamins and minerals, and the current stage of the patient. The menu,
therefore, should be in accordance with the patient's resting energy expenditure and consider
the activity factor, with a protein intake of 0.8 g per kilogram weight, with an additional 10%
increase in protein intake in cases of opportunistic infections. It should be a diet rich in short-
chain fatty acids and the adequate use of micronutrients such as vitamins and minerals should
be considered.

Keywords: Immune disorders, Hiv, AIDS, Clinical nutrition


2

INTRODUÇÃO

A síndrome da imunodeficiência adquirida é uma doença crônica causada pelo vírus


da imunodeficiência humana (HIV) ocasionando perda progressiva da imunidade celular, e,
consequentemente, o aparecimento de infecções oportunistas. O HIV é um retrovírus da
família Lentiviridae, que são conhecidos atualmente como HIV 1 e HIV 2 (THOMAZ,
2018).
Esse vírus infecta células do sistema imunológico humano, principalmente as células
T helper CD4, componentes-chave do sistema imunológico celular, destruindo ou
prejudicando suas funções. Infecções com esse vírus resultam em um progressivo
esgotamento do sistema imunológico, levando-o à imunodeficiência. O sistema imunológico
fica debilitado e o indivíduo torna-se mais suscetível a infecções (CUPPARI, 2014).
A Síndrome de Imunodeficiência humana (AIDS) se dá devido a infecção nos
linfócitos TCD4 causada pelo retrovírus humano chamado de vírus da imunodeficiência
humana (HIV), que tem como função o comprometimento da resposta imune deixando o
corpo suscetível ao aparecimento de infecções oportunistas. (SANCHES, SANTOS,
FERNANDES, 2011)
A AIDS age como uma doença degenerativa, crônica e progressiva. Sua evolução é
caracterizada pela perda de peso e desnutrição. Essa desnutrição é uma complicação
importante e que deve ser acompanhada em pacientes com AIDS. (PAULA et al, 2010).
O sistema imunológico dos indivíduos que contém o vírus HIV instalado no seu
organismo, fica debilitado, podendo induzir diarreia, febre, náusea, má absorção, perda de
peso, entre outros sintomas, estas pessoas estão sujeitas a várias doenças oportunistas, como:
pneumonia, candidíase, entre outras (MAHAN et al., 2012).
A nutrição tem um papel importante na vida de portadores de HIV, uma vez que,
realizar uma intervenção nutricional voltada para manutenção do estado nutricional do
portador contribuiria para melhoria da sua absorção de nutrientes, mantendo seu sistema
imunológico, diminuindo os sintomas causados e melhorando a adesão e efetividade da
terapia antirretroviral e promovendo mais saúde a esses indivíduos. (MARIA, 2012).
O objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma revisão sistemática sugestão
de cardápio para pessoas com HIV.
3

MÉTODO

Utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica que consiste na procura de


referências teóricas para análise do problema de pesquisa e a partir das referências publicadas
fazer as contribuições cientificas ao assunto em questão (Liberali, 2011).

REFERÊNCIAL TEORICO

ORIGEM DO HIV E REAÇÃO DO VIRUS NO CORPO HUMANO

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, o vírus da


imunodeficiência humana é um retrovírus que infecta células do sistema imunológico,
principalmente linfócitos T CD4 +, e causa destruição progressiva dessas células. Uma
partícula infecciosa do HIV consiste em duas fitas de RNA no interior do núcleo proteico,
circundadas por um envelope lipídico derivado de células hospedeiras infectadas, mas
contendo proteínas virais (Abbas; Lichtman; Shiv, 2009).
O HIV ataca e destrói as células CD4 do sistema imunológico que lutam contra
infecções. A perda de células CD4 torna difícil para o corpo combater infecções e certos tipos
de câncer. Sem tratamento, o HIV pode destruir gradualmente o sistema imunológico e
avançar para a AIDS. A transmissão do HIV só é possível por meio do contato com fluidos
corporais infectados pelo HIV (Mahan et al., 2012).
Os primeiros casos foram detectados na África e nos Estados Unidos e a epidemia
passou a adquirir importância no decurso do decênio de 1980. Não obstante, constitui ainda
mistério a questão de sua origem. Admitindo-se como correta a hipótese de que o vírus
precursor tenha passado de primatas para o homem, permanece sem explicação plausível o
mecanismo pelo qual isso teria ocorrido, entre tanto, a data em alguns livros informa que os
primeiros casos de AIDS foram descritos em 1981 (Forattini, 1992).
A infecção primária pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é a causa
subjacente da AIDS. O HIV invadi o núcleo genético das células CD4+, células linfócitos T-
helper, que são os principais agentes envolvidos na proteção contra a infecção. Desta forma a
infecção pelo HIV causa depleção progressiva das células CD4+, levando a imunodeficiência.
A infecção progride em quatro estágios clínicos: infecção aguda, latência clínica, infecção
sintomática e por último estágio máximo, AIDS (Mahan et al., 2012).
A grande maioria dos indivíduos infectados pelo HIV desenvolve AIDS com o passar
4

do tempo. O período assintomático costuma durar entre 2 e 15 anos; no entanto, o número de


células T CD4 + funcionais acaba por cair abaixo de um limiar (cerca de 400 células/mf) e
começam a surgir infecções oportunistas. Depois que o número de células T CD4 + cai abaixo
de 200 células/mi, diz-se que a pessoa tem AIDS (Roitt; Delves, 2013).

ETAPAS E TRATAMENTO DO VIRUS HIV

Na ausência de linfocinas produzidas pelas células T auxiliares, o restante do sistema


imune fica quase paralisado. De fato, são as células T auxiliares que são inativadas ou
destruídas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que deixa o corpo quase totalmente
desprotegido contra doenças infecciosas, e assim leva aos efeitos debilitantes e letais da
síndrome da imunodeficiência adquirida AIDS (Hall, 2017).
Na maioria dos casos, o HIV destrói lentamente o sistema imunológico, tornando-o
incapaz de combater o vírus. Quando a contagem de células CD4+ cai abaixo de
500células/mm³, os indivíduos estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de sinais e
sintomas, como febre persistente, diarreia crônica, perda de peso inexplicável e infecções
fúngicas ou bacterianas recorrentes, que são indicativas de infecção sintomática pelo HIV
(MAHAN et al., 2012).
Na fase inicial os sintomas assemelham-se a uma gripe e compreendem febre alta,
dor de garganta, cefaleia e aumento de volume dos linfonodos. Esse quadro é denominado
síndrome retroviral aguda e os sintomas cessam espontaneamente em 1 a 4 semanas. Durante
essa fase aguda, há uma explosão da replicação viral, sobretudo nas células T CD4+
intestinais, e um declínio acentuado correspondente das células T CD4+ circulantes. Nesse
momento, a maioria das pessoas também inicia uma forte resposta de células T CDS+ HIV-
específicas, que destrói as células infectadas, seguida por produção de anticorpos HIV
específicos (soro conversão) (Roitt; Delves, 2013).
Depois de uma fase inicial de viremia, os pacientes fazem soro conversão e,
geralmente, observa-se um período de latência clínica. Os tecidos linfáticos tornam-se centros
para replicação viral massiva durante um estágio "silencioso': ou assintomático, da infecção
por HIV, apesar de uma ausência de vírus detectável no sangue periférico. Com o tempo, há
um declínio progressivo de linfócitos T CD4, uma inversão da razão normal de linfócitos T
CD4:CD8 e numerosos outros desarranjos imunológicos (Hammer; Mcphee, 2016).
É importante que o usuário tenha conhecimento e compreenda a enfermidade que o
acomete e os objetivos da terapia proposta, o que favorece a sua motivação e disposição em
5

segui-la. O acesso à informação sobre sua própria condição de saúde e possíveis efeitos
adversos é um direito do usuário e devem ficar bem claro para que tenha plena compreensão
do vírus HIV. A equipe multidisciplinar deve abordar de forma acolhedora o tema
esclarecendo como o que é HIV e aids, as etapas assintomáticas e sintomáticas da
soropositividade, o que o HIV afeta no organismo, como o vírus se multiplica nos linfócitos T
CD4, a ação dos medicamentos antirretrovirais para impedir a replicação viral (Carvalho,
2008).
É fundamental que o portador compreenda que a HIV não tem cura, mas tem
tratamento, sendo uma enfermidade que vem apresentando perfil de doença crônica. É
importante compreender, também, as razões do uso dos medicamentos, mesmo quando a
pessoa está em boas condições de saúde. Além disso, saber interpretar o significado dos
exames de CD4 e carga viral são importantes, de modo que o usuário possa fazer a leitura dos
seus próprios resultados e compreender a necessidade de realizá-los em períodos regulares
(Sadala; Marques, 2006).
Neste sentido, os momentos pedagógicos e educativos fazem parte da atuação de
todos os profissionais de saúde. Os recursos instrucionais que podem ser utilizados são vários
e devem sempre levar em conta as condições de escolaridade, aspectos cognitivos e
emocionais e nível de compreensão do usuário. Lançar mão de linguagem acessível é o
primeiro passo, mas sem infantilizar ou considerar a princípio que o paciente não tem
condições de compreender o que está sendo falado (Almeida; Labronici, 2007).
É importante que os profissionais de saúde, em especial o médico, informem sobre a
possibilidade de ocorrerem efeitos adversos do tratamento, mas evitem um discurso fatalista.
A preocupação e o medo das consequências adversas podem afetar negativamente a adesão. É
fundamental afirmar que efeitos colaterais podem acontecer, que sua ocorrência depende de
cada caso e que a maioria deles são temporários. Várias estratégias poderão ser adotadas para
minimizá-los ou mesmo superá-los (Almeida; Labronici, 2007)
Aos profissionais da saúde cabe informar os sintomas que podem ocorrer por
desconfortos gastrintestinais, como náuseas, vômitos, diarreia, gases e azia, que surgem com
frequência no início ou troca de medicação, há ainda o aparecimento das alterações
anatômicas e metabólicas decorrentes da Síndrome Lipodistrófica que tem contribuído para
criar grande apreensão, resistência e abandono de tratamento entre os portadores de HIV
(Santos, 2007).

IMPORTÂNCIA DA AÇÃO MULTIDICIPLINAR E O PAPEL DO NUTRICIONISTA


6

De acordo com o manual desenvolvido pela Secretaria de Vigilância em Saúde, a


complexidade da atenção às pessoas com HIV exige a ação multidisciplinar da equipe de
saúde, com comunicação constante entre seus membros. Para tanto, deve-se estabelecer
estratégias para que a integração e funcionamento interdisciplinar se consolidem (Ministério
da saúde, 2008).
Encaminhamentos, discussão de casos clínicos, visitas médicas a pacientes internados,
atendimentos ambulatoriais multidisciplinares são alguns momentos que dependem da
integração dos profissionais da equipe. A realização de reuniões regulares com todos os seus
membros é fundamental para que essas ações possam ocorrer de forma articulada (Ministério
da saúde, 2008).
O registro no prontuário por todos os integrantes da equipe é outro requisito para o
intercâmbio de informações, favorecendo o conhecimento interdisciplinar sobre a história do
caso e as intervenções realizadas pelos diferentes profissionais, viabilizando o
acompanhamento médico e psicossocial (Campos, 2000).
Além dos médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, as equipes em
HIV/aids incluem farmacêuticos, nutricionistas, dentistas, além de diversos profissionais de
nível médio. Os profissionais da farmácia também podem dar informações aos usuários sobre
seus medicamentos, bem como informar à equipe de assistência sobre falhas na retirada ou
problemas na administração da medicação, não só antirretroviral, mas também de outras
doenças (Campos, 2000).
Em todas as situações e mesmo se tratando de pessoas com imunidade prejudicada,
seja por doença ou por uso de imunossupressores contínuos, a função do nutricionista após o
diagnóstico situacional é prescrever a dieta dos pacientes, buscando alcançar as necessidades
nutricionais de cada um em particular, oferecendo conforto, prazer e respeitando a vontade de
cada indivíduo (Barros, 2003).
Diante do exposto é importante citar os objetivos da terapia nutricional que são
oferecer condições favoráveis para o estabelecimento do plano terapêutico; oferecer energia,
fluidos e nutrientes em quantidades adequadas para manter as funções vitais e a homeostase;
recuperar a atividade do sistema imune; reduzir os riscos da hiperalimentação; garantir as
ofertas proteica e energética adequadas para minimizar o catabolismo proteico e a perda
nitrogenada (Garófolo, 2004).
No tratamento HIV o papel do nutricionista então visa a melhora do estado
nutricional do indivíduo, traçando planos dietéticos que melhor se encaixa ao seu momento
7

atual de saúde x doença, bem como elaborar cardápios diferenciados a cada população que
atende a partir do contexto socioeconômico e psicológico, orientando-os a ter uma
alimentação balanceada, adequada e que melhore a sua qualidade de vida (Barros, 2003).
Neste contexto é importante dizer que a nutrição tem papel primordial na prevenção
de doenças, assim como qualquer outra área, lembrando que uma alimentação saudável é
sinônimo de saúde, recuperação e qualidade de vida. A AIDS causada pelo vírus HIV faz com
que o indivíduo tenha suas células de defesas do sistema imunológico, principalmente os
linfócitos T CD4, atacadas por este vírus, que destrói e infecta várias células. Portanto esta
infecção é uma doença de espectro amplo, com curso clínico variável, progressiva supressão
do sistema imunológico, indução a infecções oportunistas recorrentes, causando sérias
alterações nutricionais, que levam o doente a ficar debilitado e consequentemente a morte
(Kauffmann et al, 2017).
A nutrição tem muito a agregar, pois a orientação alimentar quando aplicada tem
como objetivo a melhora do estado nutricional, impactando positivamente sobre a evolução
clínica desses pacientes, neste contexto é importante citar que o tratamento para portadores de
HIV e AIDS, descrito como Terapias Antirretrovirais aumentam em grande proporção a
sobrevida dos pacientes, e diminuição de infecções oportunistas. No entanto o uso contínuo
de antirretrovirais acompanhado de um estilo de vida pouco ativo, podem trazer como
consequência uma série de alterações metabólicas e gastrointestinais como: Dislipidemia,
redistribuição da gordura corporal, lipodistrofia, resistência insulínica, intolerância à glicose,
hipertensão arterial sistêmica, entre outras (Sena; Freintas; Ponte, 2014).
É importante ressaltar que a doença pode ser causa de desnutrição severa,
relacionada as medicações ingeridas no tratamento ou mesmo pela diminuição da ingesta
alimentar, alteração da absorção dos alimentos e do metabolismo desses nutrientes, bem como
do aumento das necessidades energéticas. Uma vez que esta patologia enfraquece o sistema
imunitário, aumentando o risco de aparecimento de infecções oportunistas e mortalidade
nestes doentes (Silveira et al, 1999).
A avaliação e acompanhamento nutricional nestes casos são imprescindíveis, uma
vez que ao realizar o diagnóstico situacional nutricional é possível estabelecer metas e
desenvolver um plano de cuidado e recuperação e auxiliar de modo eficaz nas complicações
relacionadas à doença, e com isso atue na promoção de qualidade de vida, justificado pela
aderência ao tratamento e melhora do prognóstico. Com relação a sérias consequências
causadas pelo HIV/ AIDS, Sena, Freitas e Pontes (2014, p.172) descrevem que: O trato
gastrointestinal é um dos mais afetados pelas infecções oportunistas, que provocam diarreias
8

crônicas e síndrome de má absorção (Sena, Freintas e Ponte, 2014).


Quanto à dislipidemia, caracteriza-se por baixos níveis séricos de HDL colesterol e
níveis elevados de triglicerídeos, colesterol total e de LDL colesterol plasmáticos,
estabelecendo perfil lipídico mais aterogênico, aumentando o risco de doenças
cardiovasculares. Essas mudanças no perfil metabólico causam o desenvolvimento de
resistência à insulina e, em alguns casos, a Diabetes Mellitus. A resistência à insulina é um
dos fatores de risco da hipertensão arterial sistêmica. O conjunto dessas situações associa-se a
síndrome metabólica, que tem como característica principal a obesidade abdominal (Araújo et
al, 2007).
É importante relatar como cita Sena, Freitas e Pontes (2014, p.172) que ainda existe
as alterações renais e hepáticas, causadas por toxicidade medicamentosa e procedimentos,
comorbidades e abuso de álcool, “estando as hepatopatias como uma das causas mais comuns
de óbito” em pessoas que vivem com a doença (AIDS), “correspondendo a 15% de todos os
óbitos”. Diante deste cenário que na maioria das vezes prejudica a qualidade de vida ou
mesmo causa morte é de suma importância a mudança de hábitos alimentares, uma vez que a
dieta e nutrição agem em conjunto com a terapia antirretroviral, melhorando a sua efetividade
e evitando as anormalidades metabólicas (Sena; Freitas; Pontes, 2014).
A avaliação nutricional criteriosa é fundamental para investigação das deficiências
nutricionais de forma global ou isolada, sendo necessário um estudo dos índices
antropométricos, biológicos e patológicos. Sendo assim, a busca por melhorias na qualidade
de vida do paciente portador de HIV torna-se dever do nutricionista garantir a manutenção e
otimização do estado nutricional para que a intervenção seja eficaz, na melhoria da ingestão
apropriada de nutrientes essenciais e melhora do metabolismo. Através da avaliação,
diagnóstico, intervenção e monetarização nutricional é possível conseguir resultados
excelentes para o doente (Falco; Castro; Silveira, 2012).

IMPORTÂNCIA DE UMA BOA ALIMENTAÇÃO PARA PORTADORES DE HIV

A alimentação é tema estudado a muito tempo, e vem ganhando força cada vez maior,
tanto no Brasil como em todo o mundo na busca por eliminação da fome, diminuição da
desnutrição e morte por falta de alimentos necessários a manutenção da vida (Barros, 2003).
Uma alimentação balanceada é aquela que oferece todos os nutrientes necessários para
o corpo humano, incluindo aqueles que ativam o sistema imunológico, promovendo saúde e
bem-estar. Vale lembrar que não é possível encontrar a quantidade necessária de nutrientes
9

num único alimento, já que nenhum deles é completo. Assim, para uma pessoa suprir suas
necessidades nutricionais é necessária uma combinação de vários alimentos, pois alguns
nutrientes estão mais concentrados em um determinado grupo de alimentos do que em outro.
Por exemplo: leite contém muito cálcio; frutas e vegetais, vitamina C. Escolhendo uma
variedade de alimentos para compor suas refeições diárias, e evitando a monotonia, você
garante a presença dos nutrientes essenciais para uma boa saúde (Mahan et al., 2012).
Pacientes com AIDS podem emagrecer rapidamente (5 kg por mês, em média),
indicando uma associação a uma infecção secundária sistêmica em mais de 80% dos casos, ou
emagrecer mais lentamente (1kg por mês, em média), indicando uma doença gastrintestinal
ou redução na ingestão alimentar (Carbonnel; Cosnes, 1997).
Os pacientes imunodeprimidos como ocorre no HIV podem apresentar a “desnutrição
proteico energética, de origem multifatorial”, decorrente de baixa ingesta alimentar, “disfagia,
vômitos, doença neurológica, distúrbios da boca e esôfago, infecções locais e sistêmicas,
neoplasias e má absorção”, ocasionando desconforto e sérias consequências no organismo
desses pacientes (Polacow et al 2004).
Pacientes com HIV possui uma baixa ingestão proteico-calórica e a desnutrição é uma
consequência bem preocupante, pois devido eles possuírem um alto metabolismo o organismo
aumenta ainda mais o catabolismo liberando citocinas que são prejudiciais ao corpo, pois
essas citocinas podem afetar o sistema neural, causando assim danos nas células do cérebro
(Silva; Burgos; Silva, 2010).
Para pacientes com a AIDS é importante manter um nível de ingestão proteico-calórica
adequada e ter práticas de atividade físicas regularmente, para que assim eles consigam
reduzir a carga viral e aumentar a contagem dos linfócitos TCD4 para manter o sistema imune
adequado evitando a adesão de doenças oportunistas (Barros et al, 2007).
A alimentação do portador de HIV deve ser direcionada a evitar a síndrome da
emaciação definida pela Organização Mundial da Saúde como a perda involuntária de, pelo
menos, 10% do peso corporal, sendo um diagnóstico comum de definição da AIDS e melhorar
a imunidade relacionada à nutrição para evitar infecções oportunistas, como candidíase oral,
cirrose ou carcinoma hepatocelular decorrente de infecção crônica pela hepatite B ou C, ou
outros problemas, como síndrome inflamatória da reconstituição imune (Stump, 2011).

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA EFEITOS ADVERSOS GERAIS

Pacientes com HIV/aids são suscetíveis a desenvolver distúrbios nutricionais que


10

podem estar relacionados com baixa ingestão alimentar, má absorção de nutrientes, alterações
metabólicas, infecções oportunistas, fatores psicossociais e neurológicos e interações
fármacos-nutrientes, podendo ocorrer precocemente, antes mesmo do uso da TARV. Essas
condições podem causar deficiências nutricionais afetando negativamente o estado nutricional
desses indivíduos. Alguns estudos demonstraram que as mudanças na composição corporal
ocorrem em média 7,5 anos após o início da TARV (Cuppari, 2014).
Com o maior acesso à TARV, as pessoas estão vivendo mais tempo mesmo com o HIV.
Entretanto, esses fármacos apresentam efeitos colaterais graves, tanto metabólicos quanto
físicos, e problemas de saúde como as doenças cardiovasculares e a resistência à insulina, que
são cada vez mais prevalentes nessa população. Tais efeitos são: hiperglicemia,
hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia e síndrome de lipodistrofia do HIV (Rossi, 2019).
Ou seja, durante as primeiras 96 semanas após o início do tratamento, os indivíduos
infectados pelo HIV apresentam um aumento significativo da massa magra e de gordura total.
Outros estudos com indivíduos infectados pelo HIV demostraram uma relação entre citocinas
pró-inflamatórias elevadas, como a interleucina-6 e proteína C reativa, com ganho de gordura
e perda de massa magra (Cuppari, 2014).
É importante questionar os indivíduos com HIV a respeito de todos os medicamentos
incluindo vitaminas, suplementos e drogas recreativas que consomem, a fim de avaliar
plenamente as suas necessidades e evitar interações medicamentosas e deficiências de
nutrientes. Alguns nutrientes podem afetar a maneira como os fármacos são absorvidos ou
metabolizados (Mahan et al., 2012).
Possivelmente, o estado pró-inflamatório crônico durante o tratamento da infecção
pelo HIV possa explicar as alterações adversas na composição corporal. Ainda do ponto de
vista nutricional, algumas condições tornam-se preocupantes: síndrome lipodistrófica do HIV,
desnutrição, sobrepeso e obesidade, resistência à insulina e diabete e outros fatores de riscos
cardiovasculares. A síndrome consumptiva tem ocorrido com menor frequência após o
advento da HAART (Cuppari, 2014).
Embora existam poucas evidências sobre o tratamento nutricional para o controle das
anormalidades metabólicas que acometem os portadores do vírus HIV em uso de TARV,
algumas estratégias terapêuticas estão indicadas. As modificações no estilo de vida, incluindo
a prática de atividade física e modificações nos hábitos alimentares com redução da ingestão
de alimentos ultra processados, podem promover melhora do quadro de lipodistrofia,
dislipidemias, resistência à insulina e hipertensão arterial sistêmica em portadores do vírus da
aids em uso de HAART (Cuppari, 2014).
11

As recomendações para atividade física, incluindo exercícios aeróbicos e treinamento


de resistência, devem complementar a ingestão dietética. Além disso, deve-se dar atenção
especial à ingestão adequada de fibras dietéticas. Isso pode, potencialmente, diminuir o risco
de deposição de gordura e melhorar o controle glicêmico (Rossi, 2019).
O uso da TARV pode provocar efeitos colaterais que penalizam o paciente de
HIV/Aids, pois são sintomas constantes, diários, que podem muitas vezes causar o abandono
ao tratamento. Além disso, infecções oportunistas na cavidade oral dificultam a alimentação
regular, provocando dor e dificuldades na deglutição. Estratégias nutricionais podem ser
usadas para minimizar tais desconfortos (Ministério da saúde, 2006).
O nutricionista pode atuar no tratamento do paciente portador de HIV/AIDS,
orientando para minimizar os efeitos adversos dos antirretrovirais e abordando as dúvidas e
recomendações nutricionais. Alguns diagnósticos nutricionais comuns nesse grupo de
pacientes incluem: consumo inadequado de alimentos e bebidas por via oral; aumento das
necessidades de nutrientes; função gastrintestinal alterada; interação alimentos/medicação;
perda de peso involuntária; sobrepeso e obesidade; déficit de conhecimento relacionado com
alimentos e nutrição; excesso de suplementação; diminuição da capacidade de preparar
alimentos ou refeições; acesso inadequado aos alimentos; ingestão de alimentos inseguros e
dificuldades na ingestão, mastigação, deglutição, absorção e excreção (Rossi, 2019).

MONTANDO O CARDAPIO PARA PESSOAS PORTADORA HIV

A manutenção de um consumo alimentar e nutricional adequado às necessidades


energéticas, de macronutrientes (carboidrato, proteínas e lipídeos) e de micronutrientes
(vitaminas e minerais), contribui para melhora dos níveis de T CD4, a absorção intestinal e
ameniza todas as outras intercorrências causadas pelo tratamento. Em função disso, pode
contribuir para a diminuição da progressão da doença (Ministério da saude, 2006).
Ao determinar as necessidades de energia é importante estabelecer se o indivíduo
precisa ganhar, perder ou manter o peso. Outros fatores como alteração do metabolismo,
deficiência de nutrientes, gravidade da doença, comorbidade e infecções oportunista devem
ser considerados ao se avaliar as necessidades de energia. Algumas pesquisas sugerem que o
gasto energético de repouso aumente a aproximadamente 10% em adultos com HIV
assintomáticos. Depois de uma infecção oportunista, as necessidades nutricionais aumentam
de 20% a 50% em adultos e crianças (Mahan et al., 2012).
Os objetivos da terapia nutricional pra pacientes com HIV/Aids são detectar, prevenir
12

e reduzir a ocorrência de problemas nutricionais; auxiliar na preservação da massa corporal


magra, prevenir a perda ponderal e recuperar o estado nutricional; fornecer aporte adequado
de nutrientes, a fim de evitar deficiências ou excessos, de acordo com as condições clínicas do
paciente; contribuir para a eficácia da terapia medicamentosa; auxiliar no alívio dos sintomas
e nas complicações relacionadas ao HIV e às infecções oportunistas; colaborar para o manejo
dos transtornos associados à terapia medicamentosa; promover educação nutricional em todas
as fases da doença e contribuir para melhorar a qualidade de vida (Cuppari, 2014).
É necessária uma avaliação médica e nutricional contínua para fazer os ajustes
necessários. Os indivíduos com HIV bem controlado são incentivados a seguir os mesmos
princípios da alimentação saudável recomendada para todos. A necessidade energética para
paciente assintomático é de 30 a 35 kcal/kg/dia. Em paciente sintomático com a doença
propriamente dita (AIDS) e CD4 inferior a 200 células, a necessidade é de 40 kcal/kg/dia
(Rossi, 2019).
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é caracterizada por uma
progressão destruição do sistema imunológico, o que leva a infecções oportunistas recorrentes
e malignidades, debilitação progressiva e morte. A desnutrição é uma das principais
complicações do HIV infecção e é reconhecida como um fator prognóstico significativo na
doença avançada. A desnutrição é multifatorial e maltratada durante o curso do HIV. Mesmo
se uma abordagem padronizada para a gestão da perda de peso ativa não foi bem estabelecida,
a intervenção nutricional precoce é importante em pacientes infectados com HIV para
maximizar o ganho de massa corporal magra (Salomon et al, 2002).
Alterações no gasto energético são comuns em indivíduos com aids e, portanto, as
necessidades energéticas desses pacientes são altamente variáveis e dependentes da condição
clínica, como o estágio da doença, a presença de infecções oportunistas, comorbidades e
lipodistrofia. Além disso, deve ser considerada a necessidade de ganho de peso e o nível de
atividade física do paciente. Portando, a recomendação de energia para assintomático peso
estável é 30 a 35 kcal/kg de peso atual/dia, sintomático com complicação do HIV com
necessidade de ganho de peso é de 30 a 40 35 kcal/kg de peso atual/dia, infecção oportunista
ou com CD4 < 200 é de 40 a 50 kcal/kg de peso atual/dia, com desnutrição grave iniciar com
20 kcal/kg de peso atual/dia aumentando gradualmente para evitar de realimentação e em
obesidade 20 a 25 kcal/kg de peso atual/dia (Cuppari, 2014).
Os carboidratos podem ser ofertados em torno de 45 a 65% do VET, o que
corresponde ao recomendado também para a população saudável, mas sugere-se que haja uma
seleção de fontes alimentares, com a inclusão de carboidratos complexos e de baixa carga
13

glicêmica, para evitar a resistência à insulina. A proporção de proteína do valor energético


total (VET) deve ser calculada de acordo com o recomendado para a população em geral, ou
seja, em torno de 15 a 20%. A recomendação de proteínas para adultos é de 1,1 a 2,5g/kg de
peso atual/dia. A proporção de lipídios a ser oferecida deve seguir o recomendado para a
população em geral, ou seja, 20 a 35% do VET. A recomendação de fibras é de
aproximadamente 25 a 30 g/dia, ajustando-se essa quantidade e o tipo de fibra às necessidades
de cada paciente, de acordo com a presença de diarreia ou constipação (Cuppari, 2014).
As vitaminas e minerais são importantes para a função imunológica ótima. As
deficiências nutricionais podem afetar a função imunológica e levar a progressão da doença.
As deficiências de micronutrientes são comuns em pessoas com infecção pelo HIV, decorrente
da má absorção, interações fármaco-nutrientes, metabolismo alterado, infecção intestinal e
função alterada da barreira intestinal. Devem se atentar aos níveis de vitamina A, B12, B6 e
D, além de corrigir o nível séricos de zinco e selênio. O aumento no consumo de vitaminas C
e B tem sido associado a contagem de CD4 mais altas e progressão mais lentas da doença
para AIDS (Mahan et al., 2012).
A eficácia dos probióticos, como lactobacilos e bifidobactérias, na prevenção e no
tratamento da diarreia já está bem estabelecida na literatura, pacientes que receberam fórmula
suplementada com probióticos apresentaram melhora da função imunológica, havendo
também reabilitação da microbiota intestinal e aumento na contagem de células CD4, o que
possibilitou a recuperação parcial da função imunológica e favoreceu a melhora da absorção
intestinal (Rossi, 2019).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O plano alimentar para portadores de HIV deve ser considerado a idade, gênero e
estilo de vida, inicialmente a atenção especial deve ser dada a transição nutricional que a
pessoa portadora vem passando nos últimos meses, considerando avaliações e anamneses do
estado atual do portador de HIV. Contudo, alimentação e o planejamento do cardápio do
portador de HIV devem estar voltada para a manutenção do seu peso ideal, prevenção de
doenças crônicas não transmissíveis, e fortalecimento da imunidade.

REFERÊNCIAS
14

ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H. SHIV, Pillai. Imunologia básica: funções e
distúrbios do sistema imunológico. 3. ed. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2009. xii,314p.
ISBN 9788535230949. Número de chamada: 616-085.371 A122i 3ed.
ALMEIDA, M. R.; LABRONICI, L. M. A trajetória silenciosa de pessoas portadoras do HIV
contada pela história oral. Ciência & Saúde Coletiva, [S.l.], v.12, n. 1, 2007. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1413-81232007000100030.
ARAÚJO, P. S. R. et al. Antiretroviral treatment for HIV infection/AIDS and the risk of
developing hyperglycemia and hyperlipidemia. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo vol.49 no.2 São
Paulo mar./abr. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0036-46652007000200002.
BARROS, E. D; ARAUJO, A. B; FREITAS, M. R; LIBERATO, Eric Gregório. Influência da
alimentação na lipodistrofia em portadores de HIV- AIDS praticantes de atividade física
regular. São Paulo. Rev. Brasileira de prescrição e Fisiologia do Exercício. v.1, n.2, p. 13-18,
abr./ 2007. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/13.
BARROS, M.S.C. A política de alimentação e nutrição no Brasil: Breve histórico, avaliação e
perspectivas. Alim. Nutr., Araraquara, v.14, 2003. Disponível em: http://serv-
bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/viewFile/847/726.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à
Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual Clínico de Alimentação e Nutrição Na
Assistência a Adultos Infectados pelo HIV. Brasília, DF, 2006. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_alimentacao_nutricao.pdf.
CAMPOS, E. P. Grupos de suporte. In: MELLO, J. F. et al. Grupo e corpo psicoterapia de
grupo com pacientes somáticos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. p. 117-130.
CARBONNEL, F; COSNES, J. Dénutrition protéino-énergétique et VIH. Impact Médecin
Guide SIDA 1997: Les dossiers du praticien. Paris; 1997. Disponível em:
https://www.worldcat.org/title/guide-sida-1997/oclc/38574578.
CARVALHO, G. S. Pessoas vivendo com HIV/ aids: vivencias do tratamento anti-retroviral
[dissertação]. Londrina: Universidade Estadual de Londrina; 2008. 99 p. Disponível em:
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000145030.

CUPPARI, Lilian. Guia de nutrição: clínica no adulto – 3. ed. -- Barueri, SP: Manole, 2014. --
(Série guias de medicina ambulatorial e hospitalar / editor Nestor Schor). Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520438237/pageid/4.
15

FALCO, M; CASTRO, A. C. O; SILVEIRA, E. A. Terapia nutricional nas alterações


metabólicas em pessoas vivendo com HIV/aids. Rev. Saúde Pública [online]. 2012, vol.46,
n.4, pp.737-746. Epub July 10, 2012. ISSN 0034-8910. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102012005000050.

FORATTINI, O. P. - Ecologia, epidemiologia e sociedade. São Paulo, Editora da


Universidade de São Paulo/Livraria Editora Artes Médicas Ltda., 1992. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rsp/v26n5/11.pdf.

GARÓFOLO, A. Dieta e câncer: um enfoque epidemiológico. Revista de Nutrição,


Campinas; v.17, n. (4), out./dez., 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1415-
52732004000400009.
HALL, John E. Tratado de fisiologia médica - 13. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 1176
p.: il.; 27 cm. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5468382/mod_resource/content/1/LIVRO-
GUYTON.pdf.
HAMMER, G. D.; MCPHEE, S. J. Fisiopatologia da doença: uma introdução à medicina
clínica. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555288/pageid/0.
KAUFFMANN, L. K. O. et al. Perfil nutricional e alimentar de portadores de HIV-1/AIDS
internados em um hospital universitário. Ciência&Saúde, 2017;10(2):82-88. Disponível em:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2017.2.
LIBERALI, R. Metodologia Científica Prática: um saber-fazer competente da saúde à
educação. 2ed rev ampl, Florianópolis: Postmix, 2011, 206p.
MAHAN, K. L; STUMP, S. E; RAYMOND, J L. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia.
13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
MARIA, R. G. M. Alterações lipídicas em pacientes HIV/AIDS em uso de terapia
antirretroviral. Canoas: Unilasalle, 2012. Disponível em;
http://www.atenas.edu.br/uniatenas/assets/files/magazines/AIDS__importancia_do_acompanh
amento_nutricional_na_prevencao_de_comorbidades1.pdf.
Ministério da Saúde. Recomendações para Terapia Anti-Retroviral em Adultos Infectados
pelo HIV. In: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de
DST, HIV/AIDS 2008. Disponível em:
16

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/recomendacoes_terapia_adultos_infectados_manu
al.pdf.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.
Manual de adesão ao tratamento para pessoas vivendo com HIV e Aids / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília: Ministério
da Saúde, 2008. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_adesao_tratamento_hiv.pdf.
PAULA, E. P, et al. Considerações nutricionais para adultos com HIV/AIDS. Rev.
Matogrossense de Enfermagem, Mato Grosso, v. 1, n. 2, pp. 148-165, nov./dez. 2010.
Disponível em: https://studylibpt.com/doc/943875/considera%C3%A7%C3%B5es-
nutricionais-para-adultos-com-hiv.
POLACOW, V.O. et al. Alterações do estado nutricional e dietoterapia na infecção por HIV.
Rev. Bras. Nutr. Clin. 2004, 19(2):79-85. Disponível em:
https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.467.6837&rep=rep1&type=pdf#pa
ge=39.
ROITT, I. M.; DELVES, P. J. Fundamentos de imunologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2013. 552 p.
Rossi, Luciana. Tratado de nutrição e dietoterapia. - 1. ed. -Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2019. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527735476/. Acesso em: 18 abr 2021.
SADALA, M. L. A.; MARQUES, S. A. Vinte anos de assistência a pessoas vivendo com
HIV/ AIDS no Brasil: a perspectiva de profissionais da saúde. Cadernos de Saúde Pública,
v.22, n.11, 2006. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/240766943_Vinte_anos_de_assistencia_a_pessoas_
vivendo_com_HIVAIDS_no_Brasil_a_perspectiva_de_profissionais_da_saude.
SANCHES, R. S; SANTOS, W. R; FERNANDES, A. P. M. Dislipidemias e doenças
cardiovasculares na infecção pelo HIV. Jornal of nursing and health, Pelotas, RS. v. 1, n. 2,
pp. 214-221, jul./dez. 2011. Disponível em:
https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/3431.
SANTOS, D. F. A assistência às pessoas vivendo com HIV/Aids: aprendendo a cuidar do
vírus ou da pessoa? 2007. Tese (Doutorado)–Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro, 2007. Disponível em:
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3426.
17

SENA, E. A; FREITAS, C. H. S. M; PONTES, A. L. S. O Papel do Nutricionista na Atenção


aos Portadores do HIV/AIDS no Sistema Penitenciário Brasileiro: uma Revisão da Literatura.
Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v.18, n.Sup.2, 2014. Disponível em:
https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/20973.

SILVA, M. C. A; BURGOS, M. G; SILVA, R. A. Alterações nutricionais e metabólicas em


pacientes com Aids em uso de terapia Antirretroviral. Pernambuco: DST- J Bras doenças sex
transm. v. 22, p. 118-122, 2010. Disponível em: http://www.dst.uff.br/revista22-3-
2010/Alteracoes%20nutricionais%20e%20metabolicas.pdf.

SILVEIRA, S. A, FIGUEIREDO, J. F. C, JORDANDO, J. A et al. Subnutrição e


hipovitaminose A em pacientes com AIDS. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 1999,
vol.32, n.2, pp.119-124. ISSN 1678-9849. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0037-
86821999000200001.

STUMP, Sylvia Escott. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento / Sylvia Escott-


Stump; [tradução Fabiana Buassaly]. - - 6. ed. - - Barueri, SP: Manole, 2011.
THOMAZ, M. C. A. Tópicos Especiais em Enfermagem II. Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2018.
Salomon, J; De Truchis, P; Melchior, J. (2002). Nutrição e infecção pelo HIV. British Journal
of Nutrition, 87 (S1), S111-S119. doi: 10.1079 / BJN2001464. Disponível em:
https://www.cambridge.org/core/journals/british-journal-of-nutrition/article/nutrition-and-hiv-
infection/1C191006C62E95B19810BB64FA1A8CFE.

Você também pode gostar