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1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO...........................................................................................................2
1.1. Introdução....................................................................................................................................2
1.2. Objectivos....................................................................................................................................3
1.2.1. Geral....................................................................................................................................3
1.2.2. Específicos...........................................................................................................................3
Estabelecer a HIV/SIDA..............................................................................................................3
2. CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA...................................................................................4
2.1. Contextualização.........................................................................................................................4
2.2. Terapia Antirretroviral.................................................................................................................4
2.2.1. Relação entre nutrição e terapia antirretroviral....................................................................5
2.3. Intervenção nutricional................................................................................................................7
2.4. Avaliação e Diagnóstico Nutricional...........................................................................................7
2.5. Fatores de risco que influenciam as condições de alimentação/nutrição da PCHS......................8
2.6. Necessidades nutricionais dos pacientes portadores de HIV/SIDA..............................................9
2.6.1. Macronutrientes.................................................................................................................10
2.6.2. Micronutrientes..................................................................................................................10
2.6.3. Líquidos e eletrólitos..........................................................................................................11
2.7. Terapia nutricional.....................................................................................................................11
2.7.1. Recomendações alimentares..............................................................................................12
2.8. Nutrição artificial.......................................................................................................................13
2.8.1. Suplementação oral............................................................................................................14
2.8.2. Nutrição entérica................................................................................................................15
2.8.3. Nutrição parentérica...........................................................................................................15
2.9. Conclusão..................................................................................................................................17
3. CAPÍTULO III: METODOLOGIA...................................................................................................18
3.1. Referências bibliográficas..........................................................................................................19
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1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da cadeira de Microeconomia, que pertence ao
plano do curso de Licenciatura em Nutrição, com o objectivo de falar do tema “Terapia
Nutricional do Paciente com HIV/SIDA”. Este tema foi escolhido entre vários outros temas
apresentados por considerar que a matéria sobre a Terapia Nutricional do Paciente com
HIV/SIDA é de grande importância para a disciplina de Actividades Transversais II, assim
iremos abordar o tema, considerando os aspectos mais importantes do tema.
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma doença provocada pelo Vírus
da Imunodeficiência Humana (HIV), caraterizada pela redução da ativação e eficácia do sistema
imunológico. A nutrição tem um papel fundamental na resposta imunológica dos doentes
portadores de HIV/SIDA, influenciando positivamente o prognóstico da doença. Neste sentido o
aconselhamento nutricional deve ser visto como uma terapia complementar na qual devem estar
presentes a avaliação, a intervenção e o seguimento nutricional. As recomendações para
portadores de HIV devem ser específicas para esta patologia (Silva, 2013).
Uma alimentação saudável, adequada às necessidades individuais, contribui para o
aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, melhora a absorção intestinal, diminui os agravos
provocados pela diarreia, perda de massa muscular, Síndrome da Lipodistrofia e todos os outros
sintomas que, de uma maneira ou de outra, podem ser minimizados ou revertidos por meio de
uma alimentação balanceada. Orientar uma alimentação saudável é colaborar para promover
melhoria da qualidade de vida dos Pacientes com HIV/SIDA (PCHS) (MS, 2006).
Os sintomas gastrointestinais são comuns no contexto do HIV e da SIDA. As diarreias,
em seus diferentes graus de comprometimento, muitas vezes estão associadas a parasitas
entéricos. A má absorção intestinal decorrente das patologias gastrointestinais deve ter terapia
nutricional adequada, minimizando os agravos à saúde dela decorrentes (MS, 2006).
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1.2. Objectivos
1.2.1. Geral
Analise do Impacto da Terapia Nutricional do Paciente com HIV/SIDA
1.2.2. Específicos
Estabelecer a HIV/SIDA
Descrever o tratamento do HIV/SIDA com Antirretroviral
Descrever a Terapia Nutricional do Paciente com HIV/SIDA
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2. CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Contextualização
O vírus da imunodeficiência humana (Human Immunodeficiency Vírus = HIV) surgiu no
início de 1980, atingindo inúmeras regiões do mundo, originando uma pandemia (Coura et al.
2011; Frota et al. 2012; Mello et al. 2008; Sanches et al. 2011; Wink et al. 2012 apud Silva,
2013).
Além das implicações ao nível nutricional que ocorrem aquando da prática da terapia
medicamentosa, a interação entre fármacos também constitui um grande risco para estes doentes
pois inúmeras vezes são usados vários medicamentos para conseguir a homeostasia do paciente
(Garcia et al. 2000 apud Silva, 2013).
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Por outro lado, estudos revelam que a introdução da terapia antirretroviral, dependendo
do fármaco usado, evita a perda de peso e o aparecimento da malnutrição, levando ao aumento
de peso e manutenção/aumento da massa magra (Garcia, Quintaes et al. 2000 apud Silva, 2013).
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É relevante ter em atenção as interações alimentares específicas de cada fármaco e ainda
qualquer alteração que possa aparecer devido à combinação de fármacos. Deve ser feita uma
abordagem nutricional que contemple a ingestão alimentar, consumo de suplementos ou prática
de medicinas alternativas (Castro and Amada 2009; Raiten 2011 apud Silva, 2013).
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bem como aspectos da vida pessoal, econômicos, psico-sociais e clínicos, podem modificar o
quadro de expectativa da evolução clínica do HIV/SIDA (MS, 2006).
3. Analises bioquímicas (Polo et al. 2007; Vining 2009 apud Silva, 2013);
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Uso de drogas Fumo.
Não lícitas
Distúrbios emocionais (depressão, ansiedade,
compulsão, anorexia).
Condição emocional Aceitação da seropositividade.
Abertura do diagnostico no ambiente social e
familiar
Boca
Mastigação.
Deglutição.
Condições do aparelho digestivo Náuseas/vómitos.
Diarreias
Obstipação
Ocupação.
Actividade física e prática de desporto Tipo de exercício físico.
Frequência e quantidade
Medidas antropométricas Variação do peso e posição corpóreo
Fonte: MS, 2006
A intervenção nutricional deve ser introduzida logo após o diagnóstico pois algumas
alterações nutricionais podem ocorrer no início da doença. O diagnóstico inclui uma
identificação completa dos problemas do doente, determinação de causas e registo das
informações acerca do perfil nutricional do doente (ADA 2010 apud Silva, 2013).
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2.6.1. Macronutrientes
Energia:
As necessidades energéticas variam de acordo com a apresentação da doença (diabetes,
alterações metabólicas, obesidade, lipodistrofia,…) e com o estado do doente em relação à
infeção (se este é assintomático ou sintomático) (Paula et al. 2010; Polo, Gomes-Candela et al.
2007). Para doentes assintomáticos recomenda-se 30 – 35 kcal/kg de peso atual/dia e para
doentes sintomáticos, com SIDA e contagem de linfócitos TCD4+ ≤ 200, a necessidade é de 40
kcal/kg de peso atual/dia (Coppini and Jesus 2011 apud Silva, 2013).
Proteína:
Para doentes na fase assintomática, a necessidade proteica deve ser de 1,2 g/kg de peso
atual/dia. Para doentes na fase sintomática, a necessidade proteica é aumentada para 1,5 g/kg de
peso atual/dia (Coppini and Jesus 2011). Alguns autores referem que dietas hiperproteicas
podem promover a recuperação da massa magra (Fenton and Silverman 2008 apud Silva, 2013).
Gordura:
Não existem evidências de que as necessidades são diferentes devido à infeção (Polo,
Gomes-Candela et al. 2007; Silva et al. 2010 apud Silva, 2013). Deve-se modificar o tipo de
gordura consumida, principalmente em indivíduos que apresentam níveis de colesterol e
triglicerídeos elevados. Deste modo devem ser preferidas as gorduras insaturadas (polinsaturadas
e monoinsaturadas) provenientes do azeite, óleo de soja e nozes (OMS 2008). Em doentes que
apresentam má absorção recomenda-se uma dieta hipolipídica (Fenton and Silverman 2008 apud
Silva, 2013).
2.6.2. Micronutrientes
Existem necessidades especiais de micronutrientes: vitaminas A, B, C, E, selénio e zinco
que não devem ser inferiores a 100% das DRI’s (Ingestão Diária de Referência) (Coppini and
Jesus 2011 apud Silva, 2013). No geral:
Garantir a ingestão de micronutrientes de acordo com as DRI’s, estimulando uma dieta
saudável (Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013);
A ingestão de micronutrientes de acordo com as DRI’s pode não ser suficiente para corrigir
as deficiências nutricionais existentes em alguns doentes (Polo, Gomes-Candela et al. 2007
apud Silva, 2013).
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Em vários estudos é verificado que os doentes com HIV têm deficiências de vitaminas e
minerais, comprometendo o sistema imunológico. Assim é essencial a monitorização dos défices
de micronutrientes (Paula, Neres et al. 2010 apud Silva, 2013). Segundo dados da OMS,
inúmeras populações não alcançam a ingestão de micronutrientes de acordo com a dose diária
recomendada (OMS 2003 apud Silva, 2013).
Desta forma, recomenda-se uma dose diária superior à recomendada para ultrapassar
múltiplas deficiências de nutrientes (BancoMundial 2008 apud Silva, 2013). Também nas
populações infetadas é incentivada a prática de uma alimentação saudável e variada. Sendo
indicados suplementos de micronutrientes como por exemplo de vitamina A, ferro, zinco, entre
outros, para colmatar eventuais défices de micronutrientes (Forrester and Sztam 2011 apud Silva,
2013).
Porém determinados suplementos tais como vitaminas A, E, C e B6 e os minerais zinco,
selénio e cálcio podem ser tóxicos em doses elevadas, conduzindo ao aumento da mortalidade.
Trata-se pois de um parâmetro que necessita de bastante atenção por parte dos profissionais de
saúde (Dutra and Libonati 2008 apud Silva, 2013).
Reduzir e / ou retardar complicações associadas à doença (Coppini and Jesus 2011; Paula,
Neres et al. 2010; Polo, Gomes-Candela et al. 2007);
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Reduzir efeitos colaterais da terapia antirretroviral (Coppini and Jesus 2011 apud Silva,
2013), controlando alterações metabólicas e morfológicas associadas (Paula, Neres et al.
2010; Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013);
Manter o peso ideal do doente (Coppini and Jesus 2011; Paula, Neres et al. 2010; Polo,
Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013);
Melhorar o estado imunológico decorrente da infeção (Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud
Silva, 2013), garantindo um adequado aporte de nutrientes (Paula, Neres et al. 2010 apud
Silva, 2013);
É importante ter em conta que os objetivos da terapia nutricional devem ser sempre ajustados
a cada caso (Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013).
Doentes com capacidade funcional digestiva suficiente mas com ingestão oral escassa (<
1000kcal e 30g de proteína) (Polo, Galindo et al. 2009; Polo, Gomes-Candela et al. 2007
apud Silva, 2013);
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Doentes com infeções oportunistas e tumores (Polo, Galindo et al. 2009; Polo, Gomes-
Candela et al. 2007 apud Silva, 2013)
Doentes com fraca adesão ao tratamento antirretroviral (Polo, Galindo et al. 2009 apud Silva,
2013);
Doentes que apresentem má absorção e má digestão (Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud
Silva, 2013).
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como altos níveis de zinco foram associados à progressão da doença e aumento da mortalidade
(Fawzi, Msamanga et al. 2013 apud Silva, 2013).
Quanto à vitamina D em níveis dentro dos recomendados parece ter um papel importante
no atraso da progressão da doença e na prevenção da mortalidade (Ockenga et al. 2006 apud
Silva, 2013). A suplementação com ómega 3 foi comprovada em vários estudos que reduz as
complicações metabólicas associadas à doença, na redução dos triglicerídeos e aumento do
colesterol HDL, reduzindo assim o risco de lipodistrofia e dislipidémias (ADA 2010; Coppini
and Jesus 2011 apud Silva, 2013). Grobler et al. (2013 apud Silva, 2013) demonstrou que a
suplementação com fórmulas de macronutrientes dadas para fornecer energia e/ou proteínas e
enriquecidos com micronutrientes, juntamente com aconselhamento nutricional melhorou o
consumo de energia e proteína em adultos com perda de peso e portadores de HIV (Grobler et al.
2013 apud Silva, 2013). Em suma, o uso da suplementação oral em doentes portadores de HIV
reduz a perda de peso, melhora a sintomatologia e a qualidade de vida dos doentes (Grobler,
Siegfried et al. 2013 apud Silva, 2013).
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energéticas totais, é indicada a nutrição parentérica. Segundo Polo et al. (2007 apud Silva, 2013)
as fórmulas parentéricas devem seguir as seguintes recomendações (Polo, Gomes-Candela et al.
2007 apud Silva, 2013):
Ingestão de calorias: 35 kcal/kg/dia (Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013);
Ingestão de proteínas: 1,2 g/ kg/dia (Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013);
Minerais, vitaminas, oligoelementos e água devem ser administrados numa base individual
(Polo, Gomes-Candela et al. 2007 apud Silva, 2013).
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2.9. Conclusão
Com base na fundamentação teórica a presentada na revisão de literatura e, a fim de
responder aos objectivos específicos do presente trabalho, concluímos que a intervenção
nutricional em portadores de HIV/SIDA é para atrasar a progressão da doença e potenciar
qualidade e tempo de vida a estes doentes.
É fundamental que a intervenção nutricional seja precoce, logo após o diagnóstico da
doença, para prevenir ou minimizar as alterações metabólicas e morfológicas características
desta patologia.
A intervenção e o acompanhamento nutricional mostram-se também importantes na
efetividade e eficácia do tratamento antirretroviral. Dada a importância da intervenção
nutricional no contexto desta doença, esta deve ser vista como uma terapia auxiliar e não como
uma terapia alternativa, pois é essencial para melhorar o tratamento dos doentes com HIV/SIDA.
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3. CAPÍTULO III: METODOLOGIA
Para a concretização dos objectivos específicos deste trabalho utilizamos como metodologia
a pesquisa bibliográfica, pois o presente trabalho de pesquisa foi meramente de revisão de
literatura.
Esta pesquisa bibliográfica assentou-se também em manuais, artigos técnicos. O tipo de
pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo, pois o que se pretendia era descrever a
Terapia Nutricional do Paciente com HIV/SIDA.
A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa
bibliográfica, através da consulta de manuais e artigos, que abordam assuntos ligados a
HIV/SIDA, Tratamento da HIV/SIDA, e Terapia Nutricional do Paciente com HIV/SIDA, fez-se
também a consulta de artigos científicos, teses, dissertações, monografias, pesquisas científicas,
mais algumas explanações e definições de conceitos importantes utilizados durante a pesquisa
desse trabalho, e por outro lado foi feita a pesquisa na internet como forma de conhecer as
actuais abordagens acerca da Terapia Nutricional do Paciente com HIV/SIDA.
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3.1. Referências bibliográficas
MS; SVS; SAS; PNDSTAIDS. (2006). Manual Clínico de Alimentação e Nutrição: Na
Assistência a Adultos Infectados pelo HIV. Série Manuais nº 71. Brasília, DF.
SBN; PE; ABN. (2011). Terapia Nutricional na Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (HIV/AIDS). Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina.
Projecto Diretriz. Coppini LZC, Jesus RP.
Silva, A. M. T. M. (2013). VIH E NUTRIÇÃO: o combate à doença através da
intervenção nutricional. Trabalho Complementar apresentado à Faculdade de Ciências
de Saúde da Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do
grau de licenciado em Ciências da Nutrição. Porto.
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