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1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................1
2. OBJECTIVOS.....................................................................................................................................2
3. METODOLOGIA................................................................................................................................4
4. O PODER ADMINISTRATIVO E OS DIREITOS DOS PARTICULARES......................................5
4.1. Considerações Iniciais.................................................................................................................5
4.1.6. O Princípio da Separação dos Poderes.................................................................................5
4.2. O Poder Administrativo...............................................................................................................6
4.3. Manifestações do Poder Administrativo..................................................................................7
a) O Poder Regulamentar.................................................................................................................7
b) O Poder de Decisão Unilateral.....................................................................................................8
d) Regime Especial dos Contratos Administrativos.......................................................................10
4.4. Corolários do Poder Administrativo..........................................................................................11
4.5. Princípios Constitucionais Sobre o Poder Administrativo.........................................................12
A. O Princípio da Prossecução do Interesse Público.......................................................................12
B. O Princípio da Legalidade.........................................................................................................13
C. O Princípio da Igualdade...........................................................................................................15
D. O Princípio da Boa Fé................................................................................................................15
4.6. O Direitos dos Particulares.............................................................................................................16
4.6.1. Princípio do Respeito Pelos Direitos e Interesses Legítimos dos Particular.............................16
4.6.2. A Distinção Entre Direito Subjectivo e Interesses Legítimo....................................................16
4.7. O Poder Discricionário da Administração......................................................................................17
4.7.1. Controle do Exercício do Poder Discricionário........................................................................17
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................................18
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................19
1. INTRODUÇÃO
A Administração pública pode ser definida com sendo um conjunto dos funcionários, dos órgãos
administrativos e da própria actividade administrativa concreta e imediata do Estado,
desenvolvida pelo Governo para assegurar a satisfação dos interesses colectivos públicos, a
Administração pública é hoje uma pessoa jurídica, que é composta por várias pessoas colectivas,
sendo que cada entidade desta prossegue interesses públicos. Direito é o conjunto de normas
jurídicas gerais, abstractas, dotadas de coercibilidade, que regem os comportamentos e as
relações numa sociedade. Um dos princípios estruturante do regime administrativo é de que a
Administração deve ter privilégios que são expressos ou materializados em (poderes e
protecções) para cumprir eficazmente as suas missões e tarefas de interesse público, que lhes são
atribuídas. Deste modo o presente enunciado tem como objectivo apresentar os poderes
administrativos e os direitos dos particulares.
2. OBJECTIVOS
2.1 Objectivo Geral
Analisar os Poderes Administrativos e os Direitos dos Particulares na Celebração dos
Processos e/ou Procedimentos Administrativos.
2.2. Objectivos específicos
Identificar os Poderes Administrativos e os Direitos dos Particulares;
Descrever os Poderes Administrativos e os Direitos dos Particulares;
Confrontar os Poderes Administrativos dos Direitos dos Particulares.
3. METODOLOGIA
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizamos como metodologia a pesquisa
bibliográfica. Pois o presente trabalho de pesquisa foi meramente de revisão de literatura. Esta
pesquisa bibliográfica assentou-se também em artigos técnicos e científicos.
O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo, pois o que se pretende é
apresentar os poderes administrativos e os direitos dos particulares.
A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa
bibliográfica, através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados à Administração
Pública e Direito Administrativo, fez-se também a consulta de artigos científicos, teses,
dissertações, monografias, pesquisas científicas, e algumas explanações ou definições de
conceitos importantes utilizados durante a pesquisa desse trabalho, e por outro lado foi feita a
pesquisa na internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca dos poderes
administrativos e os direitos dos particulares no seio da função administrativa.
4. O PODER ADMINISTRATIVO E OS DIREITOS DOS PARTICULARES
4.1.2. Direito
4.1.5. Corolários
Falar em poder executivo, de modo a englobar nele também as autarquias locais e outras
entidades, não é adequado. Assim, preferível usar a expressão poder administrativo, que
compreende de um lado o poder executivo do Estado e do outro as entidades públicas
administrativas não estaduais.
a) O Poder Regulamentar
A Administração Pública, tem o poder de fazer regulamentos, a que chamamos “poder
regulamentador outros autores denominam de faculdade regulamentaria. Este regulamento que a
Administração Pública tem o Direito de elaborar é considerado como uma fonte de Direito
(autónoma).
A Administração Pública goza de um poder regulamentar, porque é poder, e como tal,
tem o direito de definir genericamente em que sentido vai aplicar a lei. A Administração Pública
tem de respeitar as leis, as executar por isso ao poder administrativo do Estado se chama
tradicionalmente poder executivo.
O poder regulamentar é uma das características do poder de decisão da Administração. A
título de exemplo, de acordo com a alínea f) do n.º 1 do Artigo 204 da Constituição de
Moçambique, “Compete, nomeadamente, ao Conselho de Ministros (...) regulamentar a
actividade económica e dos sectores sociais”. No fundamento desta disposição constitucional, o
Governo aprovou vários regulamentos (CISTAC, 2013, p.12).
Assim, a Administração tem a possibilidade de tomar medidas que podem se impor a toda
uma categoria de particulares ou a todos eles (CISTAC, 2013, p.12).
b) O Poder de Decisão Unilateral, art. 100º CPA:
O poder de decisão unilateral pode-se definir como sendo o poder de modificar
unilateralmente o ordenamento jurídico por exclusiva autoridade, e sem necessidade de obter o
acordo do interessado.
Enquanto no regulamento a Administração Pública nos aparece a fazer normas gerais e
abstractas, embora inferiores à lei, aqui a Administração Pública aparece-nos a resolver casos
concretos. Este poder é um poder unilateral, que a Administração Pública pode exercê-lo Por sua
exclusiva autoridade e sem necessidade de obter acordo (prévio ou à posteriori) do interessado A
administração perante um caso concreto, em que preciso definir a situação, a administração
publica tem por lei o poder de definir unilateralmente o direito aplicável. E esta definição
unilateral da administração pública é obrigatória para os particulares. Por isso, a administração é
poder.
A Administração declara o Direito no caso concreto, e essa declaração tem valor jurídico
e é obrigatória, não só para os serviços públicos e para os funcionários subalternos, mas também
para todos os particulares. Pode a lei exigir, e muitas vezes exige, que os interessados sejam
ouvidos pela Administração antes desta tomar a sua decisão final.
Pode a lei, e permite, que os interessados recorram das decisões unilaterais da Administração
Pública para os Tribunais Administrativos, a fim de obterem a anulação dessas decisões no caso
de serem ilegais. A Administração decide, e só depois é que o particular pode recorrer da
decisão. E não é a Administração que tem de ir a Tribunal para legitimar a decisão que tomou: é
o particular que tem de ir a Tribunal para impugnar a decisão tomada pela Administração.
Por exemplo: é a Administração que determina o montante do imposto devido por cada
contribuinte.
B. O Princípio da Legalidade
Este princípio é sem dúvida, um dos mais importantes Princípios Gerais de Direito aplicáveis
à Administração Pública, e que aliás, se encontra consagrado como princípio geral de Direito
Administrativo antes mesmo que a Constituição, o mencionasse explicitamente (art. 266º/2 CRP
e art. 124º/1-d CPA).
Os órgãos e agentes da Administração Pública só podem agir no exercício das suas funções
com fundamento na lei e dentro dos limites por ela impostos.
O princípio da legalidade aparece definido de uma forma positiva. Diz-se que a Administração
Pública deve ou não deve fazer, e não apenas aquilo que ela está proibida de fazer. O princípio
da legalidade, cobre e abarca todos os aspectos da actividade administrativa, e não apenas
aqueles que possam consistir na lesão de direitos ou interesses dos particulares. A lei não é
apenas um limite à actuação da Administração é também o fundamento da acção administrativa.
A regra geral, não é o princípio da liberdade, é o princípio da competência. Segundo o princípio
da liberdade, pode fazer-se tudo aquilo que a lei não proíbe; segundo o princípio da competência,
pode fazer-se apenas aquilo que a lei permite.
Comporta três excepções: a teoria do estado de necessidade, teoria dos actos políticos, o
poder discricionário da Administração:
A Teoria do Estado de Necessidade, diz que em circunstâncias excepcionais, em
verdadeira situação de necessidade pública, a Administração Pública, se tanto for exigido pela
situação, fica dispensada de seguir o processo legal estabelecido para circunstâncias normais e
pode agir sem forma de processo, mesmo que isso implique o sacrifício de direitos ou interesses
dos particulares.
A Teoria dos Actos Políticos, ela não é em rigor uma excepção ao princípio da
legalidade. Segundo ela, os actos de conteúdo essencialmente político, os actos materialmente
correspondentes ao exercício da função política – chamados actos políticos ou actos do governo
não são susceptíveis de recurso contencioso perante os Tribunais Administrativos.
O Poder Discricionário da Administração, não constitui, de modo nenhum, uma
excepção ao princípio da legalidade, mas um modo especial de configuração da legalidade
administrativa. Com efeito, só há poderes discricionários aí onde a lei os confere como tais. E,
neles, há sempre pelo menos dois elementos vinculativos por lei – a competência e o fim.
C. O Princípio da Igualdade
Vem consagrado no art. 13º e 266º/2 CRP, obriga a Administração Pública a tratar
igualmente os cidadãos que se encontram em situação objectivamente idêntica e desigualmente
aqueles cuja situação for objectivamente diversa. O art. 124º/1-d do CPA, tem o objectivo de
possibilitar a verificação do respeito por essa obrigação.
D. O Princípio da Boa Fé
Consagrado no art. 6º-A do CPA, não apresenta especificidade no que respeita à sua
aplicação à Administração Pública. Sobressaem, porém, os dois limites negativos que ele coloca
à actividade administrativa pública:
a) A Administração Pública não deve atraiçoar a confiança que os particulares interessados
puseram num certo comportamento seu;
b) A Administração Pública também não deve iniciar o procedimento legalmente previsto
para alcançar um certo objectivo com o propósito de atingir um objectivo diverso, ainda que de
interesse público.
4.6. O Direitos dos Particulares
Umas vezes diz-se que a lei vincula totalmente a Administração. A Administração não tem
qualquer margem dentro da qual possa exercer uma liberdade de decisão. O acto administrativo é
um acto vinculado.
Outras vezes, a lei praticamente nada diz, nada regula, e deixa uma grande margem de
liberdade de decisão à Administração Pública. E é a Administração Pública que tem de decidir,
ela própria, segundo os critérios que em cada caso entender mais adequados à prossecução do
interesse público.
Tem-se portanto, num caso actos vinculados, no outro caso actos discricionários. Vinculação
e discricionariedade são assim, as duas formas típicas pelas quais a lei pode modelar a actividade
da Administração Pública.
O controlo da legalidade em princípio tanto pode ser feito pelos Tribunais como pela própria
Administração, mas em última análise compete aos Tribunais.
b) Os controlos de mérito, são aqueles que visam avaliar o bem fundado das decisões da
Administração, independentemente da sua legalidade. O controlo de mérito só pode ser feito,
no nosso País, pela Administração.