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ESCOLA SECUNDÁRIA DE NAMICOPO

Trabalho Individual de Português

Tema: HIV-SIDA

Nampula
2021
Discente
Algira Hermínio

Trabalho Individual de Português

Tema: HIV-SIDA

Trabalho de carácter avaliativo com


Tema HIV-SIDA, a ser entregue na
Disciplina de Português leccionada pela
docente:_________________________

11ª Classe
Turma: A1/B

Nampula
2021

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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4

HIV/SIDA ....................................................................................................................................... 5

HIV ................................................................................................................................................. 5

SIDA (AIDS) .................................................................................................................................. 5

Sintomas do HIV/SIDA .................................................................................................................. 5

Formas de transmissão .................................................................................................................... 6

Formas de diagnóstico .................................................................................................................... 7

Tratamento ...................................................................................................................................... 7

Comportamentos de risco ............................................................................................................... 9

Conclusão...................................................................................................................................... 10

Bibliografia ................................................................................................................................... 11

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Introdução

O presente trabalho subordinado a Disciplina de Português, que ira abordar sobre o HIV/SIDA.
De salientar, este vírus é transmitido por contacto com uma pessoa infectada, contacto este que
pode ser por via sexual, através de contacto com sangue infectado, e da mãe para o filho durante
a gravidez, parto ou amamentação. Com o passar do tempo e sem tratamento adequado, a
presença do HIV no organismo pode evoluir para a Aids, pois o sistema imunológico vai se
tornando enfraquecido, condição chamada de imunossupressão.

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HIV/SIDA

HIV

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) pertence ao grupo dos retrovírus e sua principal
característica é ter a sua informação genética na forma de RNA e uma membrana lipídica
circundando a cápside. Possui também uma enzima denominada transcriptase reversa, cuja
finalidade é transformar o código genético de RNA para DNA, facilitando assim a sua integração
dentro do material genético da célula hospedeira. Uma vez inserido, o vírus condiciona essa
célula a produzir mais células RNA.

SIDA (AIDS)

A AIDS é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla
em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o
organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de
alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os
linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. De referir que a AIDS é o estágio mais
avançado da doença causada pelo vírus HIV, que acomete o sistema imunológico. AIDS é a sigla
em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency
Syndrome). Quando o número destes linfócitos diminui, ocorre um colapso no sistema imune,
que abre caminho para doenças oportunistas e tumores que podem provocar a morte do indivíduo.
É importante não confundir o HIV com a Aids. Muitos portadores do vírus HIV podem passar
anos sem desenvolver Aids e sem apresentar sintomas característicos da presença do vírus no
organismo. Mesmo sem manifestar a doença, o portador do HIV pode transmitir o vírus para
outras pessoas. Com o passar do tempo e sem tratamento adequado, a presença do HIV no
organismo pode evoluir para a Aids, pois o sistema imunológico vai se tornando enfraquecido,
condição chamada de imunos supressão. Lembre-se que isso ocorre porque o vírus HIV ataca e
destrói as células de defesa denominadas de linfócitos CD4+.

Sintomas do HIV/SIDA

Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser
atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV

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(tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período
varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir
anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como
febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. A próxima fase é marcada
pela forte interacção entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Mas
isso não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus
amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é
chamado de assintomático. Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar
com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a
infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T
CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades
por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os
sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores nocturnos e emagrecimento. A
baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se
aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença,
a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento
indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia,
toxoplasmose e alguns tipos de câncer. Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou
passar por alguma outra situação de risco, procure uma unidade de saúde imediatamente,
informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e faça o teste.

Formas de transmissão

O vírus HIV é transmitido através do contacto com sangue, sémen ou líquidos vaginais
contaminados. Entre as principais formas de transmissão estão:

 Sexo vaginal, oral e anal sem preservativo/camisinha;


 Compartilhamento de seringas e agulhas com sangue contaminado;
 Reutilização de objectos perfurocortantes, como alicates de unhas com sangue
contaminado;
 De mãe para filho durante a gestação, amamentação ou parto;
 Transfusão de sangue, caso o mesmo esteja contaminado;

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 Transplantes de órgãos.

Formas de diagnóstico

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de
uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo
certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou
compartilhado seringas, faça o teste anti-HIV. O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir
da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes
rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são
realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos
Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

Os exames podem ser feitos de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos
testes, há um processo de aconselhamento para facilitar a correta interpretação do resultado
pelo(a) usuário(a). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

Além da rede de serviços de saúde, é possível fazer os testes por intermédio de uma Organização
da Sociedade Civil, no âmbito do Programa Viva Melhor Sabendo. Em todos os casos, a infecção
pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o
exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material colectado.
Esse é o período chamado de janela imunológica.

Tratamento

Não existe actualmente qualquer vacina ou cura para o VIH/SIDA. O único método de
prevenção recomendado é evitar a exposição ao vírus. No entanto, acredita-se que um tratamento
antirretrovírico denominado profilaxia pós-exposição (PPE) reduza o risco de infecção caso seja
iniciado imediatamente após a exposição. O tratamento actual para a infecção com VIH consiste
numa terapêutica antirretrovírica de alta eficácia (em inglês, HAART), introduzida em 1996. As
opções terapêuticas atuais são compostas por três fármacos, pertencentes a pelo menos duas
classes de agentes anti-retrovirais. Regra geral, estas classes são dois nucleósidos inibidores da
transcriptase reversa (NITR), associados a um não nucleósido inibidor da transcriptase reversa

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(NNITR) inibidor da protéase (IP). Uma vez que a progressão em crianças é mais rápida e menos
previsível do que em adultos, são recomendados tratamentos mais agressivos. Em países
desenvolvidos nos quais esteja disponível a terapêutica HAART, o médico faz a avaliação
completa do paciente, medindo a carga viral, a velocidade de declínio do CD4 e a capacidade de
resposta do paciente, usando estes dados para decidir quando recomendar o início do tratamento.
A terapêutica HAART permite a estabilização dos sintomas e da viremia, mas não cura o
paciente nem alivia os sintomas. Uma vez interrompido o tratamento, os VIH-1 regressa aos
níveis elevados anteriores. Além disso, seria necessário um prazo superior a toda uma vida para
eliminar a infecção recorrendo apenas à terapêutica HAART. Apesar disso, muitos indivíduos
infectados apresentam uma melhoria significativa em termos de saúde e qualidade de vida, o que
tem proporcionado uma redução significativa da morbosidade e mortalidade associadas ao VIH
em países desenvolvidos. A esperança média de vida de um indivíduo infectado por HIV é de 32
anos a partir da data de infecção, caso o tratamento seja iniciado quando a contagem de CD4 for
350/µL. Na ausência de terapêutica HAART, o tempo mediano para que uma infecção por VIH
faça a progressão para SIDA é de cerca de nova a dez anos, enquanto que a estimativa mediana
de sobrevivência depois de instalada a SIDA é de apenas 9,2 meses.[14] No entanto, a
terapêutica HAART por vezes não atinge resultados satisfatórios, sendo em algumas
circunstâncias ineficaz em mais de metade dos casos. Isto deve-se a várias razões, entra as quais
intolerância ou efeitos secundários da medicação, terapêuticas antirretrovirais anteriores
ineficazes, ou infeção com uma estirpe resistente de VIH. No entanto, a não adesão ou
desistência por parte do paciente ao longo de uma terapia antirretroviral são a principal causa de
insucesso da terapia HAART. São várias as razões para a não adesão ou desistência da
terapêutica HAART. A não adesão é motivada sobretudo pelo acesso deficiente a cuidados de
saúde, apoios sociais inadequados, a presença de doenças psiquiátricas ou a toxicodependência.
A desistência é motivada pela complexidade dos regimes HAART, em particular do número de
comprimidos, da frequência das doses, da restrição alimentar ou ainda por outros motivos a par
de efeitos secundários. Os efeitos secundários incluem lipodistrofia, dislipidemia, resistência à
insulina, aumento de riscos cardiovasculares e doenças congénitas.

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Comportamentos de risco

A epidemia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) constitui fenómeno global,
complexo, dinâmico e instável, cuja forma de ocorrência nas diferentes regiões do mundo
depende, entre outros factores determinantes, do comportamento humano individual e coletivo.1
No Brasil, a propagação da infecção pelo HIV vem sofrendo transformações significativas no seu
perfil epidemiológico, com tendência de pauperização da população infectada e aumento de
casos em heterossexuais – principalmente mulheres –, crianças e jovens.1,2 Desde o início da
epidemia, o grupo etário de 20 a 39 anos tem sido o mais atingido. Tendo em conta que pessoa
infectada pelo HIV leva cerca de dez anos, em média, para evoluir para aids, pode-se inferir que
esses adultos tenham-se infectado quando adolescentes ou adultos jovens.3,4 Os jovens são um
segmento vulnerável em todas as sociedades do mundo globalizado. Recentemente, o Fundo das
Nações Unidas para a População (FNUAP)5 divulgou um relatório solicitando urgência de
investimentos para garantir o futuro da população de adolescentes. Segundo a publicação, a cada
14 segundos, um jovem entre 15 e 24 anos é infectado pelo HIV; e, de todas as novas infecções,
cerca da metade ocorre nessa faixa etária. Portanto, a implementação de programas de prevenção
voltados para jovens, antes que eles iniciem práticas comportamentais que possam aumentar o
risco de transmissão do HIV, bem como a avaliação do seu impacto, tornam-se imprescindíveis.

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Conclusão

Chegando ao fim do presente trabalho pude perceber que a SIDA (AIDS) é o conjunto de
sintomas e infecções resultantes do dano do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV), cujo principal alvo são os linfócitos T-CD4, fundamentais para
coordenar as defesas do organismo.

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Bibliografia

Brito AM, Castilho EAC, Szwarcwald CL. Aids infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia
multifacetada. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2001;34(2):207-217.

Bastos FI, Szwarcwald CL. Aids e pauperização: principais conceitos e evidências empíricas.
Cadernos de Saúde Pública 2000;16 (Supl.1):65-76.

Paiva V, Peres C, Blessa C. Jovens e adolescentes em tempos de aids – reflexões sobre uma
década de trabalho de prevenção. Psicologia USP 2002;13(1):55-78.

Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. AIDS Boletim Epidemiológico


[periódico on-line] 2001;15(1). Disponível em: http://www.aids.gov.br

Ministério da Saúde. Secretaria da Assistência à Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.


Diretrizes dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA): manual. Brasília: Ministério da
Saúde; 2000.

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