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INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE MOÇAMBIQUE

IPIMO
Curso: ENFERMAGEM DE SAÚDE MATERNO INFANTIL
Cadeira: PATOLOGIA

Tema: Gastrite, Úlceras pépticas e Hepatite


Definição, Classificações, Causas, Fisiopatologia, Quadro Clinico, Diagnósticos, Suas
Complicações e Tratamentos

Nampula
2021
Discente

Sílvia Cabo Fermedo

Tema: Gastrite, Úlceras pépticas e Hepatite


Definição, Classificações, Causas, Fisiopatologia, Quadro Clinico, Diagnósticos, Suas
Complicações e Tratamentos

Trabalho de carácter avaliativo, a ser


entregue na instituição de ensino na
cadeira de Patologia, leccionada pelo
docente: Samamud Mussa

INSTITUTO POLITÉCNICO ISLÂMICO DE MOÇAMBIQUE


NAMPULA
2021

2
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Definição de gastrite........................................................................................................................5
Classificação....................................................................................................................................5
Causas..............................................................................................................................................6
Fisiopatologia..................................................................................................................................6
Quadro Clínico.................................................................................................................................7
O diagnóstico...................................................................................................................................8
Complicações...................................................................................................................................8
Tratamento.......................................................................................................................................8
Úlceras pépticas...............................................................................................................................9
Classificação....................................................................................................................................9
Causas............................................................................................................................................10
Quadro Clínico...............................................................................................................................10
Diagnóstico....................................................................................................................................11
Complicações.................................................................................................................................11
Tratamento.....................................................................................................................................12
Hepatite..........................................................................................................................................12
Classificação..................................................................................................................................12
Causas............................................................................................................................................14
Fisiopatologia................................................................................................................................14
Diagnóstico de Hepatite.................................................................................................................15
Tratamento.....................................................................................................................................16
Conclusão......................................................................................................................................17
Bibliografia....................................................................................................................................18

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Introdução

O presente trabalho da cadeira de patologia que ira abordar sobre as doenças tais como: Gastrite,
Úlceras pépticas e Hepatite. De referir que a gastrite é uma condição na qual o revestimento do
estômago conhecido como (mucosa) está inflamado. E o principal sintoma é uma dor no
estômago, podendo ser eventualmente acompanhada de náuseas, vómitos e problemas de
digestão. A principal complicação da gastrite é a úlcera gástrica que pode conduzir a uma
hemorragia digestiva. O diagnóstico da gastrite é feito por exames endoscópicos (câmera
introduzida pela boca) e o tratamento da causa é necessário além do tratamento dos sintomas.

Refente ao trabalho de salientar que esta organizado obedecendo a seguinte estrutura

 Introdução

 Desenvolvimento

 Conclusão

 Bibliografia

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Definição de gastrite

A gastrite é uma inflamação da parede ou mucosa do estômago. É um fenómeno que pode ser
pontual, devido a uma bactéria ou a um vírus, mas é bem mais comum na forma crónica. Em
caso de gastrite crónica, a origem se deve, principalmente, a uma infecção de longa duração por
causa de uma bactéria chamada Helicobater pylori, ou pode ter origem auto-imune, ou seja, ser
provocada por uma agressão da mucosa do estômago por anticorpos do organismo.

Classificação

A classificação dos tipos de gastrite é baseada na duração dos sintomas, em sua causa e em qual
região do estômago se concentra a inflamação ou infecção. Os principais tipos de gastrite são:

 Gastrite aguda

Causada pela presença da bactéria Helicobacter pylori, a gastrite aguda tem sintomas que
aparecem repentinamente, entre eles dor no estômago, náuseas e vómitos. Se não tratada
correctamente, com antiácidos e antibióticos, ela pode evoluir para a gastrite crónica. A adopção
de hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios físicos pode auxiliar no controle da
doença.

 Gastrite crónica

Quando a gastrite se manifesta por tempo prolongado no organismo, a inflamação tende a


aumentar e comprometer uma porção cada vez maior do revestimento do estômago. Ela pode ser
classificada por sua fase de evolução (superficial, moderada e final) ou pela região afectada (na
parte final ou no corpo do estômago). A gastrite crónica pode evoluir para câncer se o tratamento
com antiácidos, protectores gástricos e antibióticos não for seguido à risca.

 Gastrite enantematosa

Ainda que os sintomas sejam semelhantes aos das outras variações da doença, a inflamação,
nesse tipo de gastrite, atinge uma camada profunda do revestimento do estômago. A doença pode
ser causada por bactérias, pelo uso excessivo de medicamentos ou associada ao alcoolismo ou a
doenças autoimunes. O tratamento envolve uma dieta com restrição de gorduras, cafeína e
açúcar.

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 Gastrite eosinofílica

O aumento de células imunes no estômago, comum em pessoas com histórico de alergias,


também provoca os sintomas característicos da gastrite, em especial azia, náuseas e vómitos
frequentes. O tratamento, normalmente, é feito com o uso de corticoides.

 Gastrite nervosa

Muitas vezes, os sintomas de azia, a sensação de empachamento e vómitos podem surgir em


situações de estresse e ansiedade. Nesse caso, o tratamento da gastrite nervosa envolve, além de
antiácidos, a adopção de medidas para o controle do estresse, como prática de actividades físicas
e uso de calmantes naturais.

Causas

Embora o tratamento normalmente seja fácil, é muito importante descobrir quais as suas causas
para evitar que volte a surgir provocando sintomas muito incómodos como dor de barriga,
náuseas, vómitos ou falta de apetite Vários são os factores envolvidos na origem da gastrite. A
infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori) é a principal causa de gastrite crónica não
erosiva. Essa bactéria afecta a parede do estômago e pode ser transmitida de pessoa para pessoa e
através de alimentos ou água contaminados. Já nos casos de gastrite erosiva aguda ou crónica, os
principais agentes envolvidos são: uso por longo período de anti-inflamatórios não esteroides,
abuso de álcool e drogas. Já em casos de grande estresse para o organismo (cirurgias extensas,
queimaduras de alta gravidade e múltiplas fraturas), o paciente pode apresentar erosões na
mucosa do estômago gerando gastrite de estresse que pode evoluir para úlceras e hemorragia.
Outra causa rara de gastrite é quando o próprio organismo produz anticorpos que atacam a
mucosa gástrica, denominada gastrite autoimune. Dessa forma, há uma redução da secreção
ácida com redução na absorção de ferro e vitamina B12.

Fisiopatologia

A gastrite pode vir a fazer alterações em certas partes do nosso organismo ou a parte afectada.
Essas alterações podem ser provocadas por diferentes fautores. A doença pode ser aguda (surge
de repente) ou crónica, quando o processo inflamatório se instala aos poucos e leva muito tempo
para ser controlado. Gastrite pode acometer toda a mucosa estomacal, ou parte dela. Pode

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provocar inflamação intensa, sem destruir o revestimento do estômago, ou resultar numa
inflamação leve, mas acompanhada de lesão na parede do órgão e perda da mucosa estomacal.
Denominada gastrite erosiva, esse tipo pode provocar a formação de úlceras e sangramentos.

Quadro Clínico

No início, os sintomas podem ser bem leves, como uma queimação no estômago discreta.
Contudo, com o passar do tempo, uma gastrite não tratada pode causar dores tão intensas que
impedem a pessoa de ficar em pé. Embora possam variar de pessoa para pessoa, estes são os
sinais e sintomas mais comuns dessa condição:

 Queimação e azia;
 Dor na boca do estômago, que pode ser em forma de pontadas;
 Sensação de que há alguma coisa na garganta;
 Dor de cabeça;
 Dificuldade e demora na digestão;
 Enjoos;
 Soluços;
 Sensação de que o estômago está sempre cheio;
 Eructações frequentes (arrotos);
 Inchaço na região do estômago;
 Desconforto abdominal;
 Gases;
 Refluxo;
 Dor na parte superior do abdómen;
 Perda de apetite;
 Fraqueza;
 Emagrecimento;
 Ânsia de vómito e vómito;
 Fezes escurecidas e vómito com sangue ou com secreção parecida com borra de café
(quando há sangramento da parede do estômago).

É importante observar que a gastrite crónica não costuma apresentar sintomas em suas etapas
iniciais, de forma que o diagnóstico só acontece quando o paciente tem uma crise mais séria e
procura atendimento médico. Quando essa condição é sintomática, as principais queixas são a
sensação de que o estômago está sempre cheio, a perda do apetite e a dor de estômago.

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No caso da gastrite aguda, os sintomas costumam se agravar depois da ingestão de alimentos
gordurosos ou muito condimentados. Já na gastrite nervosa, o desconforto está associado a
situações de ansiedade e estresse.

O diagnóstico

Sentir dores no estômago uma vez ou outra não significa que a pessoa tem gastrite. Agora, se os
sintomas se arrastam por duas semanas, é melhor consultar um gastroenterologista. O médico irá
solicitar a realização de uma endoscopia. Nesse exame, feito com o paciente sob efeito de
sedativo, uma microcâmera desce pela boca até o estômago, e as imagens registradas mostram se
há inflamação na mucosa do órgão. Para confirmar se o problema foi causado pela bactéria H.
pylori, durante a endoscopia é feita uma biópsia. A análise do material revela se o micro-
organismo está alojado por ali.

Complicações

A principal complicação da gastrite é a úlcera gástrica que pode conduzir a uma hemorragia
digestiva. A maioria das formas de gastrite crónica inespecífica não causam sintomas. No
entanto, a gastrite crónica é um factor de risco para úlcera péptica, pólipos gástricos e tumores
gástricos benignos e malignos. Algumas pessoas com gastrite crónica pelo H. pylori ou gastrite
auto-imune desenvolvem gastrite atrófica. A gastrite atrófica destrói as células do revestimento
do estômago que produzem ácidos digestivos e enzimas. A gastrite atrófica pode levar a dois
tipos de câncer: o câncer gástrico e o linfoma do tecido linfóide associado à mucosa gástrica
(linfoma MALT).

Tratamento

Controlar a alimentação é fundamental para aliviar o mal-estar digestivo, mas nem sempre uma
dieta equilibrada basta. Para combater a inflamação já instalada, o médico pode receitar
antibióticos, além de antiácidos para atenuar os sintomas. Nos casos em que a H. Pylori é a causa
da gastrite, às vezes só um revezamento de antibióticos consegue dar fim ao problema. Isso
porque essa bactéria é muito resistente. Ao término do tratamento, o especialista pode
recomendar outro exame para confirmar se o micro-organismo foi eliminado de vez. Esse teste
detecta a presença a H. Pylori pelo ar expelido dos pulmões. Se o resultado der negativo,

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significa que foi exterminada. Caso contrário, é preciso tomar novas medidas contra ela. Ao
longo do tratamento, é preciso ficar longe de determinados alimentos. Até que a regeneração do
estômago seja completa, deve-se evitar refrigerantes, águas gasosas e sucos cítricos. Chocolates,
balas e doces também ficam de fora do cardápio o açúcar fermenta na barriga e, para piorar,
estimula a liberação de ácido clorídrico. Uma vez que a causa da gastrite sai de cena, seja ela
qual for, a pessoa fica curada em no máximo três semanas. Esse é o prazo necessário para o
estômago recuperar suas rugosidades naturais, destruídas pela agressão.

Úlceras pépticas

A Úlceras pépticas é uma afecção heterogênea, multifatorial, que acomete 15% a 20% da
população mundial. A úlcera é denominada péptica porque ocorre em sítios expostos à secreção
de ácido clorídrico e pepsina. Ocorre mais frequentemente no estômago e duodeno, mas pode
também acometer o terço inferior do esófago, o jejuno, anastomoses gastroentéricas, e o
divertículo de Meckel, quando existe mucosa gástrica ectópica. Em 90% dos casos, a UP é uma
lesão única; raramente dupla ou múltipla. Na maioria das vezes, apresenta-se como lesão
arredondada ou ovalada, com diâmetro variando de 0,5 a 2,0 cm e bordas regulares, pouco
elevadas e cortadas a pique, tendendo a se afunilar na medida em que se aprofundam na parede
do órgão. O fundo é geralmente limpo, mas pode estar coberto por material brancancento, por
tecido de granulação avermelhado ou por tecido fibroso. A lesão pode estar restrita à submucosa,
ou atingir a musculares mucosae, serosa ou a cápsula ou parênquima de um órgão vizinho. De
acordo com a profundidade da lesão e a intensidade da reacção conjuntiva, a Úlceras pépticas
pode ser classificada em superficial, localizada na submucosa; profunda, quando atinge a lâmina

Classificação

É uma patologia comum, consistindo numa ferida ou lesão da mucosa do trato gastrointestinal.
Atinge anualmente quatro milhões de pessoas no mundo. Estes são os tipos mais comuns:

 Esofágica: (se localizam no esófago)

 Gástrica: (são as que se localizam no estômago)

 Duodenal: (se localizam no interior do intestino delgado)

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Causas

A úlcera péptica se forma quando o estômago fica vulnerável à sua própria acidez, ao ter suas
defesas enfraquecidas, podendo acontecer principalmente devido ao:

 Factor genético;

 Uso de medicamentos que afectam as defesas da parede do estômago, como anti-


inflamatórios ou AAS, por exemplo;

 Infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que se multiplica no estômago e enfraquece a


sua barreira protectora;

 Consumo de bebidas alcoólicas e uso de cigarro, que têm efeito irritativo;

 Estresse, situação que afecta as defesas da mucosa do estômago e favorece o surgimento


de sintomas.

 Além disso, uma alimentação desequilibrada, rica em gordura, açúcares e alimentos


irritativos, como cafeína ou pimenta, por exemplo, podem agravar os sintomas e a
progressão da úlcera e outras doenças gástricas, como refluxo.

Quadro Clínico

Os sintomas de úlcera gástrica por vezes pioram após a alimentação, mesmo quando a pessoa faz
uso de medicamentos que controlam a digestão. Os principais sintomas de úlcera gástrica são:
Dor abdominal forte, em forma de pontada, que piora ao comer ou ao beber; Dor em forma de
queimação na "boca do estômago"; Enjoo; Vómito; Distensão abdominal; Sangramentos na
parede do estômago, o que pode causar saída de sangue nas fezes, visível ou identificado no
exame de pesquisa de sangue nas fezes. Também importante lembrar que, além da úlcera
gástrica, pode-se formar uma úlcera duodenal, localizada na primeira porção do intestino, que
costuma causar sintomas nos períodos em jejum ou durante a noite.

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Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo gastroenterologista ou clínico geral a partir da avaliação dos sinais e
sintomas apresentados pela pessoa, além de ser recomendada a realização de uma endoscopia
digestiva alta para identificar a causa e verificar a extensão e gravidade da úlcera.

Para realizar a endoscopia, o médico irá colocar uma sonda, com uma microcâmera na ponta,
dentro da boca pessoa até o seu estômago, conseguindo visualizar com clareza as paredes
internas do estômago e suas lesões, e caso haja necessidade, pode retirar uma pequena amostra
do tecido para que possa ser enviado para o laboratório para ser realizada a biópsia.

Complicações

 Sangramento

Úlceras gástricas e duodenais são a principal causa de hemorragia digestiva alta não varicosa,
consistindo em uma condição médica comum, que ainda é responsável por alta morbidade do
paciente e elevados custos médicos (incidência de 100 hospitalizações/adulto por ano).

 Perfuração

Úlceras duodenais são responsáveis por 60% dos casos de perfuração por úlceras pépticas,
seguidos pelas úlceras antrais e de corpo gástrico, 20% cada uma. H. pylori e uso de AINEs são
factores de risco independentes de perfuração por úlceras pépticas.

 Penetração

Trata-se da penetração da úlcera através da parede, mas sem perfuração livre. Séries cirúrgicas
têm observado que ocorre penetração em 20% das úlceras, mas apenas uma pequena proporção
torna-se clinicamente evidente. As localizações mais comuns de penetração, em ordem
decrescente de frequência, são pâncreas, omento gastro-hepático, trato biliar, fígado, omento
maior, mesocolo, colo e estruturas vasculares.

 Obstrução de saída gástrica

Esta é a complicação menos frequente. A maioria dos casos ocorre em decorrência de úlceras
duodenais ou de canal pilórico.
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Tratamento

O tratamento é feito com o uso de remédios que diminuem a acidez do estômago, como
antiácidos ou inibidores da acidez, como Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol ou Esomeprazol,
por exemplo, mesmo durante a gravidez. Pode ser recomendado também pelo médico o uso de
analgésicos para controlar as dores, caso haja necessidade. No caso da endoscopia indicar a
infecção por H. pylori, o médico pode recomendar o uso de antibióticos, como Amoxicilina e
Claritromicina. É importante também que a pessoa tenha atenção à alimentação, dando
preferência a frutas, legumes e verduras cozidos, grãos, laticínios light, pão, e carnes magras, e
evitando alimentos muito quentes, bebidas alcoólicas, refrigerantes, sanduíches, fast food,
frituras e doces em geral. É recomendado que seja também evitado uso de cigarro e o consumo
de alimentos que promovem a liberação do ácido gástrico, como café, chá preto, mate,
condimentos, molhos picantes e frutas ácidas como caju, laranja, limão e abacaxi

Hepatite

Hepatite é a degeneração do fígado causada por factores como infecções virais (do tipo A, B e
C), consumo excessivo de álcool e uso contínuo de medicamentos com substâncias tóxicas para
o corpo. Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células, a cirrose dos
alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o
álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.

Também pode se definir como sendo uma inflamação do fígado, que na maioria dos casos é
causada por vírus, porém pode também acontecer como consequência do uso excessivo e
indiscriminado de medicamentos, do consumo de excessivo de bebidas alcoólicas ou ser devido a
uma alteração auto-imune.

Classificação

A hepatite pode ser dividida de acordo com suas causas em:

 Hepatite A

 Hepatite B

 Hepatite C

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 Hepatite alcoólica

 Hepatite medicamentosa

 Hepatite autoimune.

 Hepatite A

O vírus da hepatite tipo A (HAV) é transmissível, principalmente através de água e alimentos


contaminados. Também é possível contrair a doença praticando sexo sem preservativo.

 Hepatite B

O vírus da hepatite tipo B (HBV) é transmissível, principalmente por fluidos corporais. As


formas mais comuns de contágio são: drogas injetáveis, cirurgias realizadas com materiais não
esterilizados e uso de lâminas de barbear ou alicates utilizados por outras pessoas. O vírus
também pode ser passado sexualmente, reforçando a necessidade do uso de preservativos e
outros métodos de barreira.

 Hepatite C

O vírus da hepatite tipo C (HCV) é transmissível, principalmente por fluidos corporais. As


formas mais comuns de contágio são: drogas injectáveis, cirurgias realizadas com materiais não
esterilizados e uso de lâminas de barbear ou alicates utilizados por outras pessoas. O vírus
também pode ser passado sexualmente, reforçando a necessidade do uso de preservativos e
outros métodos de barreira.

 Hepatite alcoólica

Pode ser causada pelo uso abusivo de álcool que pode levar a uma hepatite alcoólica crónica ou
desencadear um processo crónico que leve a cirrose e insuficiências hepáticas.

 Hepatite medicamentosa

Vários medicamentos (inclusive fitoterápicos) podem lesar o fígado e para certos remédios o
risco é tão elevado que o fígado deve ser monitorado com exames laboratoriais periódicos para,
no caso de ocorrer lesão hepática, suspender precocemente o medicamento.

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 Hepatite autoimune

Como resultado de uma falha no sistema imunológico, este começa a produzir anticorpos que
vão reagir contra o próprio fígado. Mais comum em mulheres, este processo pode se desenvolver
de forma crónica, com períodos de exacerbação, e até levar à cirrose hepática se não tratado
adequadamente.

 Esteato-hepatite não alcoólica

O acúmulo de gordura no fígado chamado de esteatose hepática, que acomete cerca de 20% da
população, pode evoluir para uma forma inflamatória (esteato-hepatite não alcoólica) com risco
de cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular.

Causas

Existem várias causas para inflamação do fígado, o que significa dizer que existem vários tipos
de hepatite.

As principais causas de hepatite são:

 Vírus: hepatite A, B, C, D e E.

 Infecções do fígado.

 Abuso de álcool.

 Medicamentos e drogas.

 Doença autoimune (quando o corpo inapropriadamente cria anticorpos contra nós


mesmos).

 Choque circulatório ou hipotensão grave.

 Esteato-hepatite

Fisiopatologia

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Durante o tempo em que o paciente está infectado o fígado sofre um processo de inflamação. A
inflamação provoca a fibrose que afecta o órgão. A resposta inflamatória na hepatite C é lenta,
mas progressiva, ocorrendo de forma diferente em cada pessoa. Existe a probabilidade de que,
em 10, 20 ou 30 anos, a doença hepática passe de F0 para F4. Os homens progridem mais rápido,
também, influi muito a idade no momento da infecção, o estilo de vida e a genética.
Eventualmente, a infecção crónica só é diagnosticada quando a pessoa já apresenta sinais e
sintomas de doença hepática avançada (cirrose e/ou câncer de fígado). A hepatite fulminante é o
desenvolvimento de insuficiência hepática no curso de uma hepatite aguda. É caracterizada por
comprometimento agudo da função do fígado, manifestado por diminuição dos factores da
coagulação e presença de alterações do funcionamento cerebral (encefalopatia hepática) no
período de até 8 semanas após o início da icterícia. A mortalidade é elevada (40% e 80% dos
casos).

Diagnóstico de Hepatite

O diagnóstico de hepatite é feito através da anamnese para identificar os sintomas apresentados e


buscar factores de risco para os diferentes tipos de hepatite a fim de definir os exames a serem
solicitados visando estabelecer a causa da hepatite. No exame físico são buscados sinais de
doença hepática como icterícia e aumento do fígado. Por fim, são solicitados os exames
complementares cabíveis.

Exames

Os exames para diagnóstico de hepatite se baseiam no hepatograma para definir o grau de


inflamação e em marcadores da função hepática como a albumina, as bilirrubinas e o tempo de
actividade da protrombina. Com o intuito de determinar a causa serão solicitadas sorologias para
os diferentes vírus de hepatite e, em casos seleccionados, marcadores de autoimunidade. Pode
ainda ser solicitada uma ultrassonografia para avaliar o fígado (se está aumentado de tamanho, se
apresenta alguma obstrução ou tumor) e a presença de ascite (líquido livre na cavidade
abdominal). A biópsia hepática habitualmente não é utilizada, por ser um procedimento invasivo,
estando reservada para casos em que permanece dúvidas em relação à causa da hepatite ou para
situações em que uma avaliação mais rigorosa do grau de lesão hepática se faz necessário.

Complicações

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As complicações mais frequentes da hepatite sao:

 Cirrose,

 Insuficiência renal,

 Cancro do fígado

Tratamento

Não existe tratamento para a forma aguda da hepatite. Se necessário, apenas sintomático para
náuseas e vómitos. O repouso é considerado importante no tratamento da hepatite pela própria
condição do paciente. No caso da hepatite A não existe tratamento específico. Para hepatite B
crónica podem ser prescritos medicamentos antivirais. Já no caso da hepatite C são usados
medicamentos antivirais tanto na fase aguda quanto na crónica. Para a hepatite alcoólica, em
certos casos mais graves, podem ser prescritos corticosteróides e muitas vezes se faz necessária a
reposição de sais minerais e vitaminas. No caso da hepatite medicamentosa o tratamento é de
suporte, mas, se a causa for intoxicação por paracetamol, pode ser utilizada a acetilcisteína. No
caso da hepatite autoimune são utilizados corticosteróides e imunossupressores.

Medicamentos para Hepatite

Os medicamentos mais usados para o tratamento de hepatite são:

 Epocler

 Prednisona.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a
dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e
nunca se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e,
se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as
instruções na bula.

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Conclusão

A úlcera péptica, também conhecida como úlcera gástrica ou úlcera no estômago, é uma ferida
que se forma no tecido que reveste o estômago, causada por diversos factores, como má
alimentação ou infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), por exemplo.

A presença dessa úlcera leva ao aparecimento de alguns sintomas, como dor de estômago,
náuseas e vómitos, especialmente após comer, apesar de também poder não apresentar sintomas
por muito tempo. Normalmente, a presença de uma úlcera não é uma situação muito grave,
devendo ser tratada com medicamentos antiácidos, que evitam que o suco gástrico presente no
estômago torne a ferida ainda maior.

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Bibliografia

Roberto Navarro, médico nutrólogo, membro da Associação Brasileira de Nutrologia, (CRM-SP


78392)

Elaine Moreira, médica gastroenterologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia (CRM:


109.612)

BRAGA, Lucia Libanez Bessa Campelo; ROCHA, Gifone Aguiar; ROCHA, Andréia Maria
Camargos; QUEIROZ, Dulciene Maria de Magalhães; "Fundamentos da Fisiopatologia da
Úlcera Péptica e do Câncer Gástrico", p. 731 -750. In: Sistema Digestório: Integração Básico-
Clínica. São Paulo: Blucher, 2016.

KUMAR, V., ABBAS, A.K., FAUSTO, N., ASTER, J.C. Robbins & Cotran Patologia: Bases
Patológicas das Doenças. Elsevier,Rio de Janeiro, 2010. 1458p

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