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Escola Profissional Profitecla

Geriatria 2.ºAno
2021/2022

M7- Patologias na População Idosa - Gastrointestinais,


Endocrinológicas e Metabólicas, Génito-urinárias, Músculo-
Esquelético, Dermatológicas e crónicas

Nome: Iolanda Alexandra Gonçalves Rocha


Número: 0120143
Disciplina: SEPSI
Professora: Sandra Silva

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Índice

0. Introdução......................................................................pág. 4
1. Patologias Gastrointestinais...........................................pág. 5
1.1. Gastrite....................................................................... pág. 6
1.2. Obstipação..................................................................pág. 8
1.3. Refluxo Gastroesofágico.............................................pág. 10
2. Genito-Urinárias............................................................pág. 13
2.1. Infeção urinárias........................................................ pág. 13
2.2. Insuficiência renal......................................................pág. 15
2.3. Incontinência urinária................................................pág. 19
3. Endocrinológicas e Metabólicas....................................pág. .23
3.1. Hipertiroidismo...........................................................pág. 23
3.2. Hipotiroidismo............................................................pág. 25
3.3. GOTA...........................................................................pág. 28
4. Músculo-esquelético......................................................pág. 32
4.1. Alterações musculares e ósseas no idoso...................pág. 32
4.2. Artrite reumatoide......................................................pág. 33
4.3. Osteoporose................................................................pág. 35

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5. Dermatológicas..............................................................pág. 38
5.1. Dermatite de contacto................................................pág. 38
5.2. Micoses........................................................................pág. 41
5.3. Parasitoses...................................................................pág. 43
5.4. Cancro da pele..............................................................pág. 45
5.5. Psoríase.........................................................................pág. 47
5.6. Úlceras de pressão........................................................pág. 50
6. Patologias Crónicas..........................................................pág. 56
6.1. Diabetes........................................................................pág. 56
6.2. Colesterol......................................................................pág. 59
6.3. Hipertensão arterial.......................................................pág. 62
7. Conclusão………………………………………………………………………pág. 65

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0-Introdução

Este portefólio tem como objetivo descrever as patologias Gastrointestinais


para dar cumprimento a avaliação a este modulo

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1- Patologias Gastrointestinais

 As doenças gastrointestinais são aquelas que afetam os órgãos do


sistema digestivo como o esófago, o estômago e os intestinos, e outros
órgãos como o pâncreas, o fígado e a vesícula biliar.

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1.1- Gastrite

O que é uma Gastrite?


 A gastrite é o termo que define um conjunto de situações que se
caraterizam por inflamação do revestimento interno (mucosa) do
estômago.
 É uma situação clínica muito frequente, e o seu diagnóstico baseia-se
na realização da endoscopia digestiva com observação direta do
estômago e colheita de amostras de tecido (biópsias) para exame
histológico.

Sinais e sintomas
 Dor de barriga;
 Sensação de queimação no estômago;
 Enjoo;
 Falta de apetite;
 Perda de peso.

Fatores de risco
 Predisposição genética;
 Consumo excessivo de alimentos gordurosos e ácidos;
 Abuso de anti-inflamatórios;
 Estresse;
 Consumo exagerado de bebida alcoólica;
 Ingestão excessiva;

Tratamento para Gastrite

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 O tratamento para gastrite pode ser feito com o uso de medicação
como o Omeprazol e dieta.
 Mas existem plantas medicinais como a espinheira-santa que podem
auxiliar no combate aos sintomas de gastrite, como dor na boca do
estômago ou azia, sendo útil para alcançar a cura.
 O tratamento da gastrite deve ser direcionado por um
gastroenterologista, que geralmente solicita uma endoscopia para
verificar a gravidade das lesões nas paredes do estômago.
 Esse exame pode ser feito antes de iniciar o tratamento e após 2 a 3
meses do tratamento para verificar se está dando certo.

1.2 Obstipação

O que é a Obstipação?
 É uma dificuldade em regular a progressão das fezes ou a incapacidade
total em evacuar. Na presença deste quadro, as fezes ficam mais duras

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e secas. É uma dificuldade em regular a progressão das fezes ou a
incapacidade total em evacuar
 Pode afetar bebés, crianças e adultos, sendo as mulheres mais
atingidas do que os homens. Há também uma maior incidência nas
pessoas mais idosas do que nas mais jovens, provavelmente pela sua
dieta, falta de exercício físico, uso de medicamentos e maus hábitos
intestinais. Cerca de 40% das mulheres grávidas referem obstipação
durante a gravidez.

Sinais e sintomas
 De um modo geral, as fezes são duras e fragmentadas, existe uma
sensação persistente de:
 mal-estar
 desconforto no abdómen
 verifica-se, frequentemente, necessidade de recorrer a medicamentos
ou clisteres para ajudar a evacuação
 A obstipação, quando não devidamente tratada, pode causar:
 hemorroidas, incontinência fecal ou impatação fecal, que traduz a
acumulação de fezes secas e duras no reto.

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Fatores de risco
 O risco é mais elevado quando se ingere pouca fibra (frutas, vegetais,
cereais), se altera a rotina, se ignora ou retarda o estímulo para a
defecação, se ingerem poucos fluidos, se existe ansiedade ou
depressão ou se se toma alguns tipos de medicamentos.
 As fezes são constituídas pela parte dos alimentos não assimilada,
sobretudo composta por fibra que tem a capacidade de absorver água
existente no intestino.

Tratamento para a obstipação

É muito importante disciplinar os hábitos alimentares, ingerindo alimentos


com fibra e beber bastantes líquidos. Estas medidas demoram algum tempo
a surtir efeito. No entanto, deve-se:
 Ingerir alimentos ricos em fibra, tais como: cereais (farelo, flocos, pão e
bolachas integrais); fruta (ameixa, pêssego, frutos de polpa, frutos
tropicais); vegetais (couve, feijão, grão, ervilha, fava);
 Fazer atividade física regular (marcha, ginástica, natação);
 Fazer atividade física regular (marcha, ginástica, natação);

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1.3 Refluxo Gastroesofágico

O que é o Refluxo Gastroesofágico?

 O refluxo gastroesofágico é o retorno do conteúdo do estômago para o


esôfago e em direção à boca, causando dor e inflamação constante da
parede do esôfago, e isso acontece quando o músculo e esfíncteres que
deveriam impedir que o ácido do estômago saia do seu interior não
funcionam de forma adequada.
 O grau da inflamação causada no esôfago pelo refluxo depende da
acidez do conteúdo do estômago e da quantidade de ácido que entra
em contato com a mucosa do esôfago, podendo causar uma doença
chamada esofagite, porque o revestimento do estômago o protege
contra os efeitos de seus próprios ácidos, mas o esôfago não possui
essas características, sofrendo uma sensação desconfortável de
queimação, chamada azia.

Sinais e sintomas

 Os sintomas de refluxo são bastante desconfortáveis e, por isso, é


importante que o gastroenterologista seja consultado para que possa
ser feita uma avaliação e indicado o tratamento mais adequado, que
normalmente envolve o uso de medicamentos que diminuem a
produção de ácido pelo estômago e ajudam a aliviar os sintomas.
 Os sintomas de refluxo podem surgir minutos ou poucas horas após a
alimentação, sendo principalmente notada pela sensação de
queimação no estômago e sensação de peso no estômago. Outros
sintomas comuns de refluxo são:
 Sensação de queimação que pode atingir a garganta e peito, além do
estômago;

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 Arroto;
 Azia;
 Indigestão;
 Tosse seca frequente após comer;
 Regurgitação dos alimentos
 Dificuldade para engolir os alimentos;
 Laringite;
 Crises de asma ou infeções de vias aéreas superiores de repetição.
 Os sintomas tendem a piorar quando se dobra o corpo para baixo para
pegar algo do chão, por exemplo, ou quando a pessoa permanece na
posição horizontal após a refeição, como ocorre na hora de dormir. O
refluxo constante pode provocar uma intensa inflamação na parede do
esôfago, chamada de esofagite, que, se não for tratada corretamente,
pode até levar ao câncer.

Fatores de risco
 Obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa
emagrece;
 refeições volumosas antes de deitar;
 aumento da pressão intra-abdominal;
 ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate,
molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.

Tratamento para o Refluxo Gastroesofágico

 O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O clínico inclui a


administração de medicamentos que diminuem a produção de ácido
pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago.

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 Paralelamente, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar
alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta, não se
deitar logo após as refeições e praticar exercícios físicos.
 A cirurgia pode ser realizada de maneira convencional ou por
laparoscopia e está indicada nos casos de hérnia de hiato, para os
pacientes que não respondem bem ao tratamento clínico ou quando é
necessário confecionar uma válvula antirreflexo.
 Ela é sempre um procedimento adequado, quando a repetição do
refluxo gastroesofágico provoca esofagite grave, uma vez que a acidez
do suco gástrico pode alterar as células do revestimento esofágico e
dar origem a tumores malignos.

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Atividades adaptadas aos idosos com estas doenças
 As refeições dos idosos devem ser adaptadas às suas dificuldades ou
não de mastigação, deglutição e digestibilidade, e para isso é, muitas
vezes, necessário a alteração da consistência dos alimentos.
 Os alimentos do grupo dos cereais, como o arroz, massa, aveia, pão,
batata devem ser bem cozinhados e transformados em puré (no caso
da batata) ou misturá-los com líquidos como o leite, chá ou água, em
sopas e caldos.
 A fruta deve ser oferecida mais madura, cozida ou assada, bem como
os legumes devem ser muito bem cozinhados e oferecidos em sopa ou
misturados com outros alimentos.
 O envelhecimento não deverá ser visto como um problema, mas como
uma parte natural do ciclo de vida, por isso o cuidado com a nossa
saúde será uma mais-valia para viver de forma autónoma o maior
tempo possível.

2- Patologias Génito-Urinárias
2.1- Infeção Urinária

O que é a Infeção Urinária?


 Infeção urinária é a presença anormal de patogênicos (que causam
doença) em alguma região do trato urinário.
 Algumas pessoas, especialmente mulheres, podem apresentar
bactérias no trato urinário e não desenvolverem infeção urinária,
chamadas de bacteriúria assintomática.

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Sinais e sintomas
 Disúria (ardor na uretra durante a micção);
 Aumento da frequência urinária (mais de sete vezes por dia);
 Notúria (mais de uma micção noturna);
 Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
 Dor suprapública;
 Sangue na urina;
 Alteração do aspeto físico da urina (coloração escura, aparência turva e
odor forte).
 Em alguns casos mais severos, a doença pode causar dor lombar, febre
e/ou mal-estar.

Fatores de risco
 As principais causas são a relação sexual e as bactérias do trato
gastrointestinal, que migram por via ascendente da região perineal até
a bexiga. Raramente ocorre pela via hematogênica (circulação
sanguínea).
 Existem dois tipos principais: a cistite e a pielonefrite. A Cistite é a
infeção que afeta a bexiga, enquanto a pielonefrite afeta o rim. Essa
última possui sintomas mais severos.
 A incidência de infeção urinária é de 80% a 90% em mulheres, é mais
prevalente na idade reprodutiva e nas mulheres que estão na
menopausa, devido à queda do estrogênio e de alterações no tipo e
quantidade de micro-organismos que protegem a vagina.

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Tratamento para a Infeção Urinária
 A infeção urinária normalmente tem origem em bactérias e o
tratamento baseia-se nos antibióticos.
 Outros medicamentos que se associam frequentemente aos
antibióticos são os anti-inflamatórios (ex. ibuprofeno) ou os
analgésicos para aliviar a dor e desconforto
 Em relação a tratamento ou remédio caseiro o melhor complemento
natural à medicação prescrita pelo médico é a ingestão abundante de
água, contribuindo tanto para a cura como para a prevenção
(profilaxia).

2.2- Insuficiência Renal

O que é a Insuficiência Renal


 A insuficiência renal é a incapacidade dos rins de filtrar o sangue com o
objetivo de eliminar substâncias que podem ser tóxicas para o
organismo quando estão em grandes concentrações no sangue, como
ureia e creatinina, por exemplo.
 A alteração no funcionamento dos rins pode acontecer devido à
desidratação, sepse ou lesão nos rins devido à presença de pedras
nesses órgãos.

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 De forma geral, a insuficiência renal pode ser classificada em duas de
acordo com a velocidade com que há perda no funcionamento do
órgão e início dos sintomas:
 Insuficiência renal aguda, em que há uma rápida redução da função
renal;
 Insuficiência renal crônica, em que há perda gradual da função dos
rins, levando ao surgimento de sintomas progressivos.
 Geralmente, a insuficiência renal aguda tem cura, porém a insuficiência
renal crônica nem sempre tem cura e o tratamento normalmente é
feito por meio de hemodialise ou transplante de rim para melhorar a
qualidade de vida do paciente e promover o bem-estar.

Sinais e sintomas
 Os sintomas de insuficiência renal surgem à medida que há diminuição
da capacidade de filtração dos rins, sendo os principais:
 Pouca urina;
 Urina com cor amarelo-escura e com cheiro forte e espuma;
 Cansaço frequente;
 Sensação de falta de ar;
 Dor na parte inferior das costas;
 Inchaço das pernas e pés;
 Pressão alta;
 Febre superior a 39ºC;
 Falta de apetite;
 Náuseas e vômitos;
 Cãibras frequentes;
 Tremor, principalmente nas mãos;
 Formigamento nas mãos e nos pés;
 Pequenos caroços na pele.

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Fatores de risco
 Diminuição da quantidade de sangue no rim, devido a desidratação,
mau funcionamento dos rins ou pressão baixa;
 Lesão dos rins, devido a pedras nos rins ou substâncias toxicas como
medicamentos;
 Interrupção da passagem de urina, causada por aumento da próstata
ou presença de tumor.
 Sepse, em que bactérias conseguem chegar ao rim e outras partes do
corpo, podendo causar danos ao órgão;
 Doença policística renal, que é caracterizada pela presença de vários
cistos no rim, podendo prejudicar o seu funcionamento;
 Uso de medicamentos e suplementos proteicos em excesso, pois
podem causar danos ao órgão ou interferir em uma de suas funções;
 Síndrome hemolítico-urêmica, que é uma doença causada por uma
toxina produzida por algumas bactérias e que resulta em lesão dos
vasos sanguíneos, anemia hemolítica e perda progressiva da função
renal
 As pessoas que possuem maiores chances de desenvolver insuficiência
renal são aquelas que são diabéticas ou hipertensas e que não seguem
o tratamento adequado indicado pelo médico. Além disso,
antecedentes familiares de problemas renais ou pessoas que já
passaram por algum transplante antes ou possuem mais de 60 anos de
idade também têm mais chance de desenvolver esta doença.

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Tratamento para a Insuficiência Renal
 O tratamento para insuficiência renal deve ser orientado pelo
nefrologista e pelo nutricionista, podendo ser feita em casa ou no
hospital, dependendo da gravidade da doença.
 Na maioria das vezes, o tratamento é feito com o uso de remédios anti-
hipertensivos e diuréticos, pois assim é possível favorecer a eliminação
de substâncias tóxicas que possam estar acumuladas no organismo.
 Nos casos mais graves, principalmente na insuficiência renal crônica
pode ser necessário realizar transplante de rim ou fazer hemodiálise,
que é um procedimento que tem como objetivo filtrar o sangue,
retirando todas as impurezas que os rins não conseguem filtrar.
 Além disso, durante o tratamento para insuficiência renal, é
importante que a pessoa siga uma alimentação indicada pelo
nutricionista, que deve ser dieta rica em carboidratos e pobre em
proteínas, sal e potássio, pois assim é possível prevenir a sobrecarga no
rim

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2.3-Incontinência urinária

O que é a Incontinência Urinária

 A incontinência urinária é um termo que inclui todas as perdas


involuntárias de urina. Existem vários tipos diferentes, por exemplo,
incontinência urinária de stress, incontinência urinária mista,
incontinência urinária de urgência e muito mais.
 A incontinência não é toda igual e existem causas diferentes para a
incontinência quer nos homens, nas mulheres, nos idosos e nas
crianças. O grau da perda involuntária de urina também varia. Um
médico pode fazer um diagnóstico mais aprofundado com base no tipo
de incontinência, frequência e gravidade. Assim, se tem perdas de
urina, uma “bexiga fraca” ou outras questões relativas à bexiga, deverá
consultar o seu médico.

Diferentes tipos de incontinência

 Incontinência urinária de stress significa que perde urina quando faz


esforço, por exemplo, quando tosse, espirra ou ri. Este é o tipo mais
comum de incontinência entre as mulheres, mas é rara nos homens.

 Incontinência urinária de urgência é quando tem problemas de


incontinência relacionados com a urgência de urinar. A quantidade da
perda varia, de pequenos pingos a um esvaziamento completo da
bexiga. Os motivos por detrás deste tipo de incontinência também
podem ter causas diferentes, por exemplo, um aumento da próstata,
uma infeção urinária ou simplesmente a ingestão de líquidos em
excesso. Por conseguinte, é importante ter um diagnóstico adequado
para obter o tratamento certo.

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 A incontinência urinária mista consiste na combinação da incontinência
urinária de stress com a incontinência urinária de urgência. Significa
que pode ter perdas relacionadas com urgência ou quando faz
esforços.

 A incontinência por regurgitação ocorre quando a bexiga não consegue


esvaziar por completo e se enche gradualmente de urina residual. A
causa mais comum para este tipo de problema é uma obstrução da
uretra, por exemplo, devido a um aumento da próstata. Um músculo
da bexiga que não consegue contrair para esvaziar a bexiga também
pode ser uma causa, algo que pode estar relacionado com neuropatia
diabética

 Os problemas urinários neurológicos são causados por lesões no


cérebro, na espinal medula ou nos nervos. Os problemas urinários
neurológicos podem afetar doentes que sofrem de lesões causadas por
trauma, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla e doença de
Parkinson.

 Os pingos após micção são a perda involuntária de urina


imediatamente após a micção. Acontecem porque existe urina residual
na uretra. O problema é mais comum para os homens e pode, por
vezes, ser evitado pressionando o períneo para a frente a fim de
evacuar a urina residual. Também pode afetar as mulheres que
apresentam um apoio muscular frágil na uretra.

 A incontinência urinária funcional significa que não consegue chegar à


casa de banho a tempo devido a algum tipo de imobilidade. Problemas
de visão, diminuição da capacidade cognitiva e mobilidade reduzida
podem causar incontinência urinária funcional.

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Sinais e sintomas
 O principal sintoma da incontinência é a perda involuntária de urina,
cujo volume pode apresentar grandes variações. Outros sintomas
comuns do problema:
 Necessidade frequente de urinar
 Sensação de bexiga cheia depois de urinar
 Perda de força do jato urinário

Fatores de risco
 Contrariamente ao que se pensa, a incontinência urinária pode afetar
qualquer pessoa, embora seja certo que se verifica uma maior incidência
em certos grupos. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento
de incontinência urinária:
 Idade avançada
 Sexo feminino (corresponde a 85% dos doentes com esta patologia)
 Alterações hormonais consequentes de gravidez e menopausa
 Obesidade

Tratamento para a Incontinência Urinária


 O tratamento vai depender do tipo de incontinência:
 Na incontinência urinária de esforço pode passar, em grande parte,
pela reeducação comportamental, eletroestimulação ou através de
uma pequena cirurgia minimamente invasiva que consiste na
colocação de uma rede suburetral.
 Para tratamento da incontinência de urgência, utilizam-se
frequentemente fármacos que controlam a hiperatividade do detrusor,
de toma oral ou mesmo através da aplicação intravesical.
 Na incontinência urinária de regurgitação, o tratamento passa em
grande parte pela remoção do obstáculo.

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Atenção!

A incontinência é, na maior parte dos casos, uma doença curável e de


fácil tratamento, em especial quando detetada numa fase inicial. Se
suspeita que pode sofrer de incontinência urinária, consulte um
médico urologista.

Atividades adaptadas aos idosos com estas doenças


 Incentivar a ingestão hídrica;
 Incentivar o exercício físico/mobilidade;
 Treinos vesicais;
 Aumentar o consumo de líquidos;

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3- Patologias Endocrinológicas e Metabólica
3.1- Hipertiroidismo

O que é o Hipertiroidismo
A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que fica na região do
pescoço e mede cerca de 5 centímetros. Seu funcionamento repercute em
todo o organismo e interfere no ritmo dos órgãos. A liberação dos hormônios
ocorre a partir de um comando da hipófise, estrutura localizada no cérebro.
O hipertireoidismo é caracterizado por uma disparada na produção dos
hormônios da tireoide — a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esse
aumento acelera o metabolismo e causa diferentes sintomas, afetando até as
batidas do coração e o funcionamento do sistema nervoso.

Sinais e sintomas
 Olhos saltados
 Taquicardia
 Perda de peso rápida
 Unhas frágeis e quebradiças
 Queda de cabelo
 Agitação
 Impaciência
 Depressão

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Fatores de risco
 Doença de Graves
 Nódulos na tireoide
 Uso irregular de medicamentos contra o hipotireoidismo
 Bócio

Tratamento para a Incontinência Urinária


 Após o diagnóstico, o endocrinologista leva em consideração as causas
do distúrbio, a idade e o estado geral de saúde do paciente para
prescrever medicamentos.
 Remédios de uso oral bloqueiam a liberação exagerada de hormônios
pela tireoide. O esquema de tratamento exige cuidados e um
acompanhamento de perto, já que as drogas podem provocar efeitos
colaterais na pele e no estômago.
 Dependendo do estágio do hipertireoidismo, é possível recorrer à
cirurgia para retirar a tireoide ou realizar uma terapia com iodo
radioativo, que destrói parte da glândula. Só o especialista poderá
definir a melhor estratégia.
 Para controlar a exoftalmia, ou a projeção dos olhos, o ideal é
procurar o endocrinologista e o oftalmologista. Enquanto o primeiro
médico controlará os níveis hormonais, o segundo analisa as estruturas
do olho e pode indicar a aplicação de colírios e pomadas lubrificantes
que diminuem o desconforto ocular.

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3.2- Hipotiroidismo

O que é o Hipotiroidismo

 O hipotireoidismo é uma das doenças endócrinas mais comuns e é


caracterizado pela baixa atividade da tireoide, que faz com que esta
produza menos hormônios do que o que é necessário para o
funcionamento ideal de todas as funções do corpo, levando ao
aparecimento de alguns sintomas com cansaço excessivo, diminuição
dos batimentos cardíacos, aumento do peso, queda de cabelo e pele
seca.

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 Esta alteração é mais comum em mulheres a partir dos 40 anos de
idade, que tenham familiares próximos com hipotireoidismo, que já
tenha retirado uma parte ou toda a tireoide ou que tenha recebido
algum tipo de radiação na cabeça ou no pescoço.

Sinais e sintomas
 Os sinais e sintomas que podem indicar o baixo funcionamento da
tireoide podem surgir lentamente ao longo dos anos de acordo com a
diminuição dos níveis dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4. Os
principais sinais e sintomas de hipotireoidismo são:
 Dor de cabeça, nos músculos e articulações;
 Menstruação irregular, o que pode trazer dificuldade para engravidar;
 Unhas frágeis, quebradiças e pele áspera e seca;
 Olhos, na região das pálpebras, inchados;
 Queda de cabelo sem causa aparente e cabelos mais finos, secos e sem
brilho;
 Batimentos cardíacos mais lentos que o normal;
 Cansaço excessivo;
 Dificuldade de concentração, memória fraca;
 Diminuição da libido;
 Aumento de peso sem causa aparente.
 Além disso, em alguns casos a pessoa pode apresentar mudanças de
personalidade, depressão e demência, no entanto esses sintomas
acontecem em pessoas que possuem níveis muito baixos de T3 e T4.

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Fatores de risco
 Fatores que influenciam na epidemiologia do hipotireoidismo:
Deficiência de iodo: deficiência de iodo e doença autoimune (tireoidite
de Hashimoto) são responsáveis pela grande maioria dos casos de
hipotireoidismo. Cerca de um terço da população mundial vive em
áreas deficientes em iodo.

Tratamento para o Hipotiroidismo

 O tratamento para o hipotireoidismo é relativamente simples e deve


ser feito através da reposição hormonal com a toma de hormônios
sintéticos, a Levotiroxina, que contém o hormônio T4, e que deve ser
tomado em jejum, pelo menos 30 minutos antes de tomar o café da
manhã, para que a digestão dos alimentos não diminua a sua eficácia.
A dose do medicamento deve ser prescrita pelo endocrinologista e
pode variar ao longo do tratamento de acordo com os níveis de T3 e T4
circulantes no sangue.
 Após 6 semanas do início do uso dos medicamentos, o médico pode
verificar os sintomas que a pessoa apresenta e solicitar um exame TSH
para verificar se é preciso ajustar a dose do medicamento até que a
quantidade de T4 livre esteja normalizada. Depois disso, os exames
para avaliar a tireoide devem ser realizados 1 ou 2 vezes por ano, para
verificar se é preciso ajustar a dose do medicamento.
 Além do uso de medicamentos, é importante que a pessoa controle os
níveis de colesterol no sangue, evitando o consumo de gorduras, fazer
uma dieta que ajude no bom funcionamento do fígado e evitar o
excesso de estresse, pois prejudica a secreção de hormônios pela
tireoide. Em alguns casos pode ser também recomendada a consulta
com o nutricionista para que o tratamento nutricional com suplemento
de iodo possa ajudar a diminuir os sintomas de hipotireoidismo.

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3.3- GOTA

O que é a GOTA
 A gota ou artrite gotosa, chamada popularmente de reumatismo nos
pés, é uma doença inflamatória causada pelo excesso de ácido úrico no
sangue, situação chamada de hiperuricemia em que a concentração de
urato no sangue é superior a 6,8 mg/dL, que causa muita dor nas
articulações. É importante salientar que nem todas as pessoas que
possuírem a taxa de ácido úrico elevado irão desenvolver a gota, já que
a doença é dependente de outros fatores.
 Para controlar os níveis de ácido úrico no sangue, o reumatologista ou
o clínico geral pode indicar o uso de remédios para bloquear a
produção de ácido úrico, como o Alopurinol, ou remédios para ajudar
os rins a eliminar o ácido úrico pela urina, como a Probenecida.

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Sinais e sintomas
 Os sintomas de gota surgem como consequência da deposição de
cristais de ácido úrico nas articulações, resultando em dor intensa na
articulação que dura alguns dias e que piora com o movimento, além
de aumento da temperatura local, edema e vermelhidão.
 A dor, que na maioria das vezes começa na madrugada, é intensa o
suficiente para acordar o paciente e dura cerca de 12 a 24 horas, no
entanto, após a dor a pessoa pode sentir desconforto na articulação
afetada, principalmente ao mover, que pode durar alguns dias a
semanas, principalmente no caso da gota não ser devidamente
tratada.
 Qualquer articulação pode ser afetada, no entanto a gota é mais
frequente nos membros inferiores, principalmente dedão do pé.
Também pode haver a formação de cálculos renais e deposição de
cristais de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias nos
dedos, cotovelos, joelhos, pés e orelhas,

Fatores de risco
 As causas genéticas contam por grande parte dos casos de Gota, onde
certos genes estão relacionados com o controle dos níveis de produção
do ácido úrico. Se na sua família existem casos próximos dessa doença,
são bem maiores as chances de você também desenvolvê-la;

Medicamentos, especialmente os diuréticos, são um fator a mais para


o acúmulo de ácido úrico no sangue. Use-os sob acompanhamento
médico para minimizar os riscos;

Problemas de saúde como a obesidade, insulina e hipertensão são


outros importantes fatores para o surgimento da Gota;

Idade e sexo também são um importante indicador, onde os homens


entre os 30 e 50 anos são os mais suscetíveis a desenvolverem a
doença. As mulheres são mais afetadas após a menopausa;

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O consumo alcoólico está fortemente associado ao problema,
principalmente a ingestão de cerveja, seguido, em grau de relevância,
do vinho;

 Por último, temos a alimentação, onde um EXCESSO no consumo de


carnes, bebidas ricas em frutose (adoçadas com xaropes, por exemplo)
e frutos do mar estão relacionados com um maior índice de casos.
Entre as carnes, as de porco e frango são menos relevantes

Tratamento para a GOTA


O tratamento da gota basicamente divide-se em duas etapas: manejo da
crise aguda e terapia de longo prazo. O tratamento para as crises de gota
envolve remédios anti-inflamatórios que devem ser recomendados pelo
médico, como Ibuprofeno ou Naproxeno, por exemplo, para aliviar a dor e a
inflamação da articulação. Outro remédio anti-inflamatório muito utilizado
para controlar a dor e a inflamação é a Colquicina, que atua também ao nível
do ácido úrico.
Os remédios corticoides, como a Prednisona, também podem ser usados
para tratar a dor e a inflamação da articulação, no entanto esses remédios só
são utilizados quando a pessoa não pode tomar os outros anti-inflamatórios
ou quando estes não possuem o efeito desejado.
Além destes remédios, o reumatologista ou o clínico geral também pode
prescrever remédios para controlar os níveis de ácido úrico no sangue para
evitar novas crises e prevenir complicações, como o Alopurinol ou a
Probenecida
É importante também mudar os hábitos alimentares, uma vez que pode
influenciar diretamente na quantidade de ácido úrico circulante e,
consequentemente, na deposição de cristais na articulação, e tratar doenças
de base que também pode favorecer a ocorrência da gota quando não
tratadas, como hipertensão e diabetes.

30
Como deve ser a alimentação
Para aliviar os sintomas de gota e evitar novas crises, é importante alterar os
hábitos alimentares para que os níveis de ácido úrico sejam regularizados.
Desta forma, a pessoa deve diminuir ou evitar a ingestão de alimentos ricos em
purinas, como queijo, lentilhas, soja, carnes vermelhas ou frutos do mar, pois
eles aumentam os níveis de ácido úrico no sangue, e beber cerca de 2 a 4 litros
de água por dia, pois a água ajuda a remover o excesso de ácido úrico pela
urina.

Atividades adaptadas aos idosos com estas doenças


 Promover o exercício físico
 Ajudar e supervisionar na alimentação
 Administrar terapêutica prescritiva sob vigilância

31
4- Patologias dos Músculo-esquelético
4.1- Alterações musculares e ósseas no idoso

 A partir dos 30 anos de idade, aproximadamente, a densidade dos


ossos começa a diminuir em homens e mulheres. Essa perda de
densidade óssea acelera nas mulheres depois da menopausa. Como
resultado, os ossos tornam-se mais frágeis e são mais propensos a
fraturas (Osteoporose), especialmente na velhice.
 Conforme as pessoas envelhecem, suas articulações são afetadas por
mudanças na cartilagem e no tecido conjuntivo. A cartilagem dentro da
articulação se torna mais fina e os componentes da cartilagem
(proteoglicanos – substâncias que ajudam a fornecer resistência à
cartilagem) são alterados, o que pode tornar a articulação menos
resistente e mais suscetível a danos. Assim, em algumas pessoas, as
superfícies das articulações não deslizam bem umas sobre as outras
como antes. Esse processo pode levar à osteoartrite. Além disso, as
articulações ficam mais rígidas, porque o tecido conjuntivo no interior
dos ligamentos e tendões torna-se mais rígido e sensível. Essa
mudança também limita a amplitude de movimento das articulações.
 A perda de massa muscular (sarcopenia) é um processo que se inicia
por volta dos 30 anos e progride ao longo da vida. Nesse processo, a
quantidade de tecido muscular e o número e tamanho das fibras
musculares diminuem gradualmente. O resultado da sarcopenia é a
perda gradual de massa e força muscular. Essa perda leve de força
muscular aumenta o esforço em certas articulações (como nos joelhos)
e pode predispor uma pessoa a artrite ou a quedas. Felizmente, a
perda de massa e força muscular pode ser parcialmente superada, ou
pelo menos significativamente retardada, através de um programa de
exercícios físicos regulares.

32
4.2- Artrite Reumatoide

O que é a Artrite Reumatoide

 É uma doença autoimune que atinge 3 vezes mais mulheres do que


homens. Segundo o Instituto Português de Reumatologia (IPR), estima-
se que a Artrite Reumatoide (AR) afete cerca de 50 a 60 mil
portugueses.
 No sexo feminino surge, geralmente, entre os 30 e os 60 anos, sendo o
seu pico de incidência na menopausa. No masculino, tende a revelar-se
mais tarde. Contudo, a AR pode aparecer em qualquer idade. Conheça
melhor a doença e as estratégias para viver com ela.
 A artrite reumatoide é uma doença inflamatória, autoimune, crónica,
ou seja, para o resto da vida.
 Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR), caracteriza-se
pela “inflamação das articulações e pode conduzir à destruição do
tecido articular e peri articular”.

Sinais e sintomas
 Os sintomas da artrite reumatoide variam de pessoa para pessoa.
 Em algumas pessoas os sintomas podem ser ligeiros, durar meses e
desaparecer sem deixar impacto; noutras, podem ser moderados com
crises de agravamento ocasional. Outras ainda “sentem a doença como
sendo grave, com crises frequentes”, refere o IPR.

Os sintomas da AR podem incluir:

 articulações quentes, inchadas e com dor

33
 rigidez articular, geralmente mais acentuada durante as manhãs e após
períodos sem grande atividade
 fadiga, febre e perda de peso.

Fatores de risco
 Sexo – AR atinge duas vezes mais mulheres do que homens;
 Idade – a maioria dos pacientes tem entre 30 e 60 anos;
 Histórico familiar – ter parente de primeiro grau com AR aumenta o
risco de desenvolver a doença em até 4,7%.

Tratamento para a Gota


 Não existe cura para artrite reumatoide. O tratamento é voltado para
redução dos processos inflamatórios e prevenção das deformidades.
 O tratamento não medicamentoso inclui exercícios físicos controlados,
fisioterapia e orientação nutricional para se evitar sobrepeso e
controlar o colesterol. Não existe dieta específica para a AR.
 A terapia com drogas é o principal tratamento da artrite reumatoide.
Existem 4 classes diferentes de medicamentos que podem ser usados
de acordo com a gravidade do caso.

34
4.3- Osteoporose

O que é a Osteoporose
 A osteoporose é uma doença em que há diminuição da massa óssea, o
que faz com que os ossos fiquem mais frágeis, aumentando o risco de
fratura. Na maioria dos casos, a osteoporose não leva ao aparecimento
de sinais ou sintomas, sendo o diagnóstico realizado após a ocorrência
de fratura.
 A osteoporose é muito associada ao envelhecimento, uma vez que com
o passar dos anos o organismo por exemplo perde progressivamente a
sua capacidade em metabolizar e absorver o cálcio. No entanto, alguns

35
hábitos de vida também podem influenciar na ocorrência da
osteoporose, como o sedentarismo, má-alimentação e o consumo de
bebidas alcoólicas.
 Apesar dessa doença não ter cura, o tratamento pode ser feito com o
objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa e diminuir o risco
de fraturas e de doenças associadas. É importante que a pessoa tenha
um estilo de vida saudável, com a prática de exercícios físicos regular,
além de também poder ser recomendado pelo médico o uso de
suplementos ou medicamentos que ajudam no processo de reabsorção
de cálcio e formação da massa óssea.

Sinais e sintomas
 A osteoporose é na maioria das vezes assintomática e, por isso,
costuma ser identificada através de fratura de algum osso após um
leve impacto, por exemplo. Além disso, pode ser indicativo de
osteoporose a diminuição da estatura em 2 ou 3 centímetros e a
presença de ombros caídos ou de corcunda.

Causas
 A osteoporose é uma doença muito relacionada com o
envelhecimento, sendo mais comum nas mulheres após os 50 anos
devido à menopausa. Outras causas que podem favorecer o
desenvolvimento da osteoporose são:
 Disfunção da tireoide;
 Doenças autoimunes;
 Deficiência de cálcio;
 Sedentarismo;
 Alimentação pobre nutricionalmente;
 Tabagismo;
 Alcoolismo;
 Deficiência de vitamina D.

Fatores de risco

36
 Baixa ingestão de cálcio, fósforo, magnésio e vitamina D predispõe à
perda óssea, bem como a acidose endógena.
 Tabagismo e consumo de álcool também afetam adversamente a
massa óssea.
 Uma história familiar de osteoporose, especialmente uma história
parental de fratura do quadril, também aumenta o risco.

Tratamento para a Osteoporose


 O tratamento para a osteoporose deve ser feito de acordo com a
orientação do clínico geral ou ortopedista, sendo normalmente
indicado o uso de medicamentos que estimulem a produção de massa
óssea, o que ajuda a prevenir fraturas.
 Além disso, o consumo de quantidade adequadas de cálcio e vitamina
D ou o uso de suplementação, além de prática de atividade física de
forma regular, como caminhada, dança e hidroginástica, por exemplo,
também podem ajudar a aliviar os sintomas da osteoporose.

37
Atividades adaptadas aos idosos com estas doenças
 Promover o exercício físico passivos e reabilitação se for necessário
 Ajudar e supervisionar na alimentação
 Administrar terapêutica prescritiva sob vigilância

5- Patologias Dermatológicas
5.1- Dermatite de contacto

O que é a Dermatite de Contacto


 A dermatite de contato é uma reação inflamatória que ocorre na pele
devido à exposição a um componente que causa irritação ou alergia.
Erupção cutânea, coceira, vermelhidão e descamação são sintomas
comuns, mas não é contagiosa ou oferece risco de vida. Pode aparecer
logo na primeira vez em que entramos em contato com o componente;
ou após algum tempo de contato.
 O fato de ser agudo ou crônico se dá pelo tempo de duração da
doença: mais de seis semanas é agudo e menos de seis semanas,
crônico. Se um primeiro contato já der lesão é a dermatite de contato
por irritante primário; quando precisa de mais de uma exposição, é
chamado dermatite de contato alérgica.

Tipos de Dermatite

38
 Dermatite atópica
 Dermatite Seborreica
 Dermatite numular
 Dermatite herpetiforme
 Dermatite ocre
 Dermatite perioral

Sinais e sintomas

 Vermelhidão e coceira no local;


 Descamação e pequenas bolinhas com ou sem líquido, na região
afetada;
 Inchaço da região afetada;
 Presença de pequenas feridas na pele;
 Pele extremamente seca.

Fatores de risco
 Evitar os agentes desencadeadores.
 Tratamento de suporte (p. ex., com compressas frias, roupas, anti-
histamínicos)
 Corticoides (mais frequentemente tópicos, algumas vezes por via oral)
 Deve-se prevenir a dermatite de contato evitando os gatilhos;
pacientes com dermatite de contato fotossensível devem evitar a
exposição ao sol.

39
Tratamento para a Dermatite de Contacto
 O tratamento tópico é feito com compressas frias (soro fisiológico ou
solução de acetato de alumínio
 Para os pacientes com DCA leve ou moderada, administrar corticoides
tópicos de média a alta potência (p. ex., pomada de triancinolona a
0,1% ou creme de valerato de betametasona a 0,1%). Corticoides orais
(p. ex., prednisona, 60 mg, uma vez ao dia, por 7 a 14 dias) podem ser
usados em casos graves com bolhas ou na doença disseminada. Anti-
histamínicos sistêmicos (p. ex., hidroxizina, difenidramina) ajudam a
aliviar o prurido; anti-histamínicos com pouca atividade
anticolinérgica, como os bloqueadores H1 pouco sedativos, não são tão
eficazes. Os curativos secos a húmidos podem eliminar a exsudação,
secar a pele e promover a cura.

40
5.2- Micoses

O que é a Micose

 A micose é uma doença causada por fungos que podem acometer a


pele, unhas, couro cabeludo, virilha e região genital, levando ao
aparecimento de diversos sintomas de acordo com o local de infeção.
 O crescimento dos fungos acontece principalmente em ambiente
úmidos, por isso, uma das principais formas de transmissão dos fungos
é por meio do compartilhamento de objetos, principalmente toalhas, e
falta de higienização adequada.

Sinais e sintomas
 Os sintomas da micose podem aparecer em diversas partes do corpo,
podendo acometer pele, dedos, couro cabeludo, região genital e
unhas, por exemplo. Assim, os sintomas variam de acordo com o local
 Coceira;
 Aparecimento de lesões vermelhas e descamativas;
 Escurecimento ou clareamento de regiões da pele;
 Corrimento e coceira genital;
 Alteração da coloração e forma da unha.
 Os sintomas são progressivos e são mais comuns no verão, pois o calor
é um dos fatores que favorece a proliferação fúngica.

41
Fatores de risco
 Predisposição genética
 Calor e umidade
 Calçados apertados
 Má higienização nos utensílios de manicure
 Passar muito tempo com roupa de banho molhada
 Andar descalço na praia ou na piscina
 Baixa imunidade
 Diabetes
 Obesidade (as dobras de gordura favorecem a multiplicação dos fungos
na pele)
 Estresse

Tratamento para a Micose


 O tratamento para micose deve ser indicado pelo dermatologista e é
feito com o objetivo de eliminar o fungo causador da infeção e, assim,
aliviar os sintomas. Normalmente o tratamento é feito com o uso de
cremes, pomadas, loções de uso tópico ou medicamentos orais, que
são recomendados conforme o local de aparecimento das lesões e
gravidade dos sintomas.
 Os remédios mais utilizados no tratamento das micoses são Fluconazol,
Clotrimazol, Miconazol ou Itraconazol e o tempo de tratamento varia
de acordo com o local da micose, podendo durar de 30 a 60 dias no
caso de micose nas mãos, 1 ano no caso de micose dos pés e meses
quando os fungos acometem o couro cabeludo ou as unhas.

42
5.3- Parasitoses

O que é a Parasitoses
 Parasitose é a infeção que se desenvolve a partir da presença de um
volume anormal de parasitas intestinais (que incluem diversos tipos de
micro-organismos). A principal forma de contaminação é a via fecal-
oral a partir da água ou alimentos contaminados.
 A sua prevalência é variável consoante a zona geográfica e depende
das condições sanitárias e climatéricas. São mais comuns na África
subsaariana, seguida da Ásia e da América Latina.

Sinais e sintomas
 Grande parte dos pacientes com infeções por enteroparasitas são
oligossintomáticos ou apresentam predomínio de sintomas
inespecíficos, tais como
 diarreia
 dor abdominal
 mal-estar
 náuseas
 vômitos
 emagrecimento
 distúrbios do apetite
 Dependendo, em parte, da carga parasitária e especialmente em
crianças desnutridas, os enteroparasitas podem espoliar e contribuir
significativamente para que haja déficit ponderal e dificuldade de
aprendizado.
 Irritabilidade, hiperatividade e distúrbios do sono podem ser
manifestações de hipotética ação tóxica de substâncias produzidas
pelos vermes.

Fatores de risco

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 A prevalência de infeções por parasitos intestinais é um dos melhores
indicadores do status socioeconômico de uma população e pode estar
associada a diversos determinantes, como instalações sanitárias
inadequadas, poluição fecal da água e de alimentos consumidos.

Tratamento para a Parasitoses


 O tratamento das parasitoses é feito com medicações antiparasitárias.
O tempo de tratamento, assim como o medicamento prescrito pelo
médico, pode variar de acordo com o tipo de parasita e o perfil do
paciente.
 Há medicações disponíveis no mercado que são efetivas contra vários
tipos de parasitas, sendo opção, inclusive, quando não há diagnóstico
específico de um agente causador ou nos casos em que é indicado o
tratamento empírico de parasitoses, como pode ser o caso das crianças
pré-escolares e escolares.
 Além do tratamento com remédios, as mudanças nos hábitos
alimentares são fundamentais para garantir a recuperação do
paciente.

44
5.4- Cancro da Pele

O que é o Cancro da Pele


 O melanoma é um tipo de cancro que ocorre nas células que produzem
o pigmento na pele. Estas células chamam-se melanócitos e estão
localizadas principalmente na camada mais superficial da pele, que é a
epiderme.

Sinais e sintomas
 Entre a infância e a adolescência, a exposição solar influencia o número
de sinais que podem surgir na pele, bem como o seu tamanho.
Contudo, quanto mais sinais uma pessoa tiver, maior é o seu risco de
desenvolver cancro de pele, dado que 35% dos cancros de pele se
desenvolvem a partir de um sinal pré-existente.
 É, portanto, essencial que proteja eficazmente as crianças e
adolescentes do sol para minimizar o aparecimento de novos sinais.
Além disso, a exposição excessiva de sinais existentes ao sol influencia
o desenvolvimento de lesões que podem revelar-se cancerosas.

Fatores de risco
Fatores de risco de cancro de pele:
 radiação ultravioleta (UV)
 A radiação UV vem do sol
 lâmpadas ultravioleta,
 solários horizontais ou verticais
 O risco de desenvolver cancro de pele está relacionado com a
exposição a radiação UV durante a vida.

Tratamento para o Cancro da Pele

45
 O tratamento do cancro de pele depende do tipo de tumor, do seu
estádio de evolução, do seu tamanho e da sua localização, bem como
do seu estado geral de saúde e antecedentes clínicos. Na maioria dos
casos, o objetivo do tratamento é remover ou destruir completamente
o tumor.

46
5.5- Psoríase

O que é a Psoríase
 A psoríase consiste numa problemática inflamatória crónica da pele. É
"crónica" porque dura longos períodos de tempo e é "inflamatória"
porque envolve uma reação excessiva do sistema imunitário. A
psoríase tende a manifestar-se em pessoas com uma predisposição
genética para a patologia (ou seja, é passada entre gerações).
 Com frequência começa na idade adulta e tende a exacerbar-se em
fases de maior stress. Existem vários subtipos diferentes de psoríase
(em placas, gutata, inversa, com pústulas e eritrodermia). Neste artigo
iremos concentrar-nos na psoríase em placas, que representa 90% de
todos os casos.

Sinais e sintomas
 Na psoríase em placas, as pessoas desenvolvem lesões vermelhas e
rugosas de pele espessada, cobertas por escamas brancas.
 Estas placas encontram-se com maior frequência em áreas sujeitas a
fricção: joelhos, cotovelos, abdómen e região lombar. Podem também
ser encontradas no couro cabeludo, nas mãos e nos pés.
 Aqueles que sofrem de psoríase com frequência desenvolvem
alterações nas unhas sob a forma de sulcos pomiformes ou fissuração
das unhas (conhecido como onicólise).
Se tiver psoríase, continue a ler para descobrir as suas opções de
tratamento.

47
Fatores de risco
A Psoríase é doença de predisposição genética, com fatores ambientais e
comportamentais influenciando o curso da doença. Algumas drogas estão
associadas ao surgimento ou piora da Psoríase.
Drogas contraindicadas em pacientes com Psoríase
Corticoide sistêmico
Anti-inflamatório não-hormonal (AINH)
Betabloqueadores
Antimaláricos
Lítio
Inibidores da conversão da angiotensina (IECA)

Numerosos fatores ambientais e comportamentais foram relacionados ao


desenvolvimento e/ou piora da Psoríase.
Trauma Físico, químico, cirúrgico, escoriações (chamado
efeito Koebner).
Luz solar Geralmente melhora a Psoríase, porém
exposição aguda e intensa pode piorá-la.
Infeção Infeção de orofaringe e colonização
estreptocócica estreptocócica subclínica (fortemente associados a
Psoríase gutata).
HIV Aumenta a frequência e a gravidade da
Psoríase.
Álcool Piora da Psoríase, principalmente em homens
jovens.
Tabagismo Associado a maior desenvolvimento de
Psoríase (forma pustulosa palmoplantar),
principalmente em mulheres.
Fatores Hipocalcemia (associada a formas graves de
metabólicos Psoríase).
Fatores Estresse psicológico, apesar de não ter relação
psicogénicos/e causa-efeito muito clara, é frequentemente relatado
mocionais como precedente e agravante da Psoríase.

48
Causas
 Estudos em gémeos revelaram que a psoríase é uma problemática
hereditária ou genética. No entanto, gémeos com psoríase podem ter
diferentes experiências da psoríase, uma vez que as erupções podem
ser provocadas por vários fatores:
 stress, excesso de trabalho ou trauma emocional
 vestuário que fricciona contra a pele
 determinados medicamentos comuns, incluindo os betabloqueadores,
os AINE (ibuprofeno, diclofenac, etc.), o lítio e os tratamentos para a
malária
 infeções (infeções comuns do nariz e garganta)
 lesões da pele tais como queimaduras solares ou tatuagens podem
causar o aparecimento das erupções. Este é o chamado fenómeno de
Koebner

Tratamento para a Psoríase

CREMES PARA A PSORÍASE

 A solução de primeira linha para a psoríase são os cremes específicos.


O seu médico poderá prescrever-lhe cremes esteroides ou cremes à
base de vitamina D3. Existem também alguns produtos excelentes de
venda livre na farmácia, como o Lipikar Leite Ureia 5+. Ajuda a eliminar
a escamação, previne o espessamento das placas e oferece uma
hidratação de longa duração, com vista a aliviar de forma eficaz a
comichão.

49
MEDICAÇÃO ORAL PARA A PSORÍASE

 Nas formas muito graves de psoríase, o seu médico poderá prescrever-


lhe comprimidos. Estes consistem normalmente em medicamentos
imunossupressores tais como o metotrexato, para estabilizar o sistema
imunitário hiperativo.

5.6- Úlceras de pressão

O que é as Úlceras de pressão


 Uma úlcera por pressão é uma lesão localizada da pele ou dos tecidos
subjacentes que ocorre quando há uma diminuição da circulação
sanguínea provocada pela pressão aplicada a uma área específica.

50
 Inicialmente, é possível observar um ligeiro rubor na área afetada (o
primeiro sinal de dano dos tecidos). Os tecidos subjacentes sofrem
alterações devido a deficiente irrigação sanguínea. Podem ser afetadas
várias camadas de pele, músculos e ossos.
 Todos os doentes que se encontrem imobilizados devido a doença
crónica ou durante o período pós-operatório, estão expostos a um
elevado risco de desenvolverem úlceras por pressão.
 No programa de cuidados ao doente durante a sua permanência no
hospital bem como em casa, o doente e a respetiva família são
informadas sobre fatores de risco e medidas de prevenção que devem
tomar para evitar o aparecimento deste tipo de úlceras.
 Caso já exista uma úlcera por pressão, é necessário efetuar o controlo
da ferida, combinado com a aplicação de pensos avançados e com a
utilização de dispositivos para o alívio da pressão.

Fase 1
Não há abertura da pele, mas a vermelhidão não fica branca quando
pressionada.

51
Fase 2
Os danos atingem a epiderme, a derme ou ambas. Em termos clínicos, os
danos observados são escoriações ou bolhas. A pele em redor poderá estar
vermelha.

Fase 3
Os danos estendem-se através de todas as camadas superficiais da pele,
tecido adiposo, diretamente e incluindo o músculo. A úlcera tem o aspeto de
uma cratera profunda.

52
Fase 4
Os danos incluem a destruição de estruturas de tecidos moles e osso ou de
estruturas de articulações.

Sinais e sintomas
 Há geralmente uns sintomas de uns sores da pressão e de umas úlceras
mais adiantados da pressão.
 Estas poderiam ser cicatrizes doridas previamente curadas da pressão
ou a outra lesão.

Fatores de risco
A principal causa de danos nos tecidos que leva ao aparecimento de úlceras
por pressão é a acumulação de pressão. Os danos nos tecidos são
proporcionais à intensidade da pressão e à duração da compressão capilar.
Outros fatores que contribuem para o risco de desenvolver úlceras por
pressão:
 Envelhecimento
 Tabagismo

53
 Condições da pele: elasticidade, edema, secura
 Hipoxia em tecidos, causada por doença subjacente
 Anomalias nutricionais (excesso de peso ou peso insuficiente)
 Anomalias imunológicas
 Distúrbios neurológicos
 Nível alterado de consciência
 Incontinência
 Medicação
 Mobilidade reduzida, causada pela dor, cansaço ou stress
 Higiene deficiente
 Desconhecimento dos danos potenciais

Causas
 Isto pode ser causado devido a:
 pressão exercida pelo peso do corpo
 fricção de fricção da pele e
 forças de corte ou deslizamento da pele entre ser a base de estruturas
ósseas e de superfícies externos
 As úlceras da pressão ocorrem devido a uma falta do fluxo sanguíneo,
e assim da fonte do oxigênio e dos nutrientes, a uma parte do corpo
que é afetado igualmente pela pressão.
 As úlceras da pressão não afetam normalmente pessoas saudáveis. Os
indivíduos saudáveis geralmente movem seu corpo e mudam posturas
a fim impedir a pressão prolongada em de uma parte.

54
Tratamento para as Úlceras de pressão

Objetivos de tratamento:
 Reparação da pele.
 Restauração do crescimento capilar

Tratamento local da ferida:


 Promover a integridade da pele utilizando produtos baseados
em ácidos gordos Hiper oxigenados (por ex.: Linovera)
 Prevenir a ocorrência de lesões na pele causadas por fricção
ou por deslizamento utilizando produtos barreira para a pele

Atividades adaptadas aos idosos com estas doenças

55
 Cuidados com a pele
 Hidratação a pós os cuidados de higiene
 Evitar a exposição solar
 No caso de verificar alguma lesão na pele comunicar a equipa de saúde

6- Patologias Crónicas
6.1- Diabetes

O que é as Diabetes
 A diabetes é uma condição crónica (de longa duração) que ocorre
quando o corpo não produz insulina suficiente ou não a consegue
utilizar.
 A insulina é uma hormona produzida no pâncreas, necessária para
mover a glicose (açúcar) do sangue para as células do corpo, onde é
utilizada para produzir energia. Quando a insulina está em falta ou não
atua adequadamente, os níveis de glicose no sangue sobem. A
diabetes é diagnosticada através de testes sanguíneos que apresentam
níveis elevados de glicose no sangue.
 Com o tempo, os níveis elevados de glicose no sangue (conhecido
como hiperglicemia) podem provocar danos em vários tecidos do
corpo, originando problemas limitadores e potencialmente fatais.

Diabetes tipo 1
 Na diabetes tipo 1, o sistema imunitário do corpo ataca as células
produtoras de insulina no pâncreas. Como resultado, o corpo deixa de
produzir qualquer insulina útil. O motivo pelo qual isto ocorre não é
totalmente conhecido. A doença pode afetar pessoas de qualquer idade,
mas geralmente ocorre em crianças ou jovens adultos.

56
Diabetes tipo 2
 A diabetes tipo 2 é o tipo de diabetes mais comum. Geralmente ocorre
em adultos, mas tem surgido cada vez mais em crianças e
adolescentes. Na diabetes tipo 2, o corpo pode produzir insulina, mas
torna-se resistente à mesma, fazendo com que esta não atue
adequadamente. Com o tempo, os níveis de insulina podem tornar-se
demasiado baixos para serem eficazes. A resistência à insulina e os
baixos níveis de insulina, em conjunto, conduzem a níveis de glicose no
sangue elevados na diabetes tipo 2.

Diabetes gestacional
 A diabetes gestacional é um tipo de diabetes ou glicose
elevada no sangue que é detetada pela primeira vez,
geralmente durante o segundo ou o terceiro trimestre da
gravidez, não se tratando de diabetes tipo 1 ou tipo 2 pré-
-existente
 Monitorizar os níveis de glicose no sangue e seguir
cuidadosamente o plano de cuidados do médico ajudam a
manter-se a si e ao bebé segura quanto a complicações
associadas à diabetes gestacional. As boas notícias são
que a diabetes gestacional tende a desaparecer no final da
gravidez. Contudo, depois de ter diabetes gestacional,
tem uma maior probabilidade de a desenvolver
novamente numa futura gravidez. Também tem uma
maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 mais
tarde.

Sinais e sintomas
 Sensação de sede exagerada;
 Aumento da fome;

57
 Vontade frequente para urinar;
 Boca seca;
 Cansaço fácil;
 Alterações da visão.

Fatores de risco
 influência genética.
 faixa etária acima dos 45 anos.
 hipertensão arterial.
 colesterol elevado.
 obesidade.
 sedentarismo.
 tabaco.
 privação de sono.

Tratamento para as Diabetes


 O tratamento da diabetes tem como principais objetivos melhorar a
qualidade de vida, aliviando os sintomas, e evitar o desenvolvimento
de complicações de saúde mais graves.
 Embora alguns cuidados sejam considerados gerais para tratar
qualquer tipo de diabetes, como planejar o tipo de alimentos que se
ingere e fazer exercício físico regular, o tratamento pode variar um
pouco de acordo com o tipo da diabetes

58
6.2- Colesterol

O que é o Colesterol
 O colesterol é uma gordura fundamental para o funcionamento do
organismo, mas que na grande parte das vezes acaba por ser vista
como prejudicial e um risco para a saúde cardiovascular.
 Esta gordura pode ter uma origem endógena, ou seja, é produzida pelo
nosso organismo e, corresponde a cerca de 75% do colesterol ou
exógena, ou seja, proveniente da alimentação, essencialmente dos
alimentos de origem animal e que corresponde a cerca de 25%.
 O colesterol apenas constitui um fator de risco cardiovascular quando
o seu valor no sangue se encontra elevado (superior ao valor
considerado normal - <190mg/dl). Quando o colesterol alto surge em
associação com outras patologias, como hipertensão arterial ou
diabetes, o risco cardiovascular é maior.
 Existem também outros fatores de risco para a doença cardiovascular,
como por exemplo a alimentação desequilibrada, hereditariedade,
hipertensão arterial, tabaco, excesso de peso, dislipidemia

59
Tipos de colesterol
 Por norma, quando falamos em colesterol referimo-nos a dois tipos, o
chamado colesterol “mau” (colesterol LDL) e o colesterol “bom”
(colesterol HDL).
 Para que o colesterol possa circular no sangue é necessário que este
esteja ligado a proteínas, formando assim um complexo colesterol-
proteína (formado por uma proteína e lípidos) designado de
lipoproteína.
 Existem vários tipos de lipoproteínas dependendo da proporção de
proteínas e de lípidos que as compõem e que influenciam a sua
densidade.
 Como tal, dependendo do tipo de lipoproteína formada podemos
destacar:
 LDL – lipoproteínas de baixa densidade;
 HDL – lipoproteínas de alta densidade
 A proteínas que constituem estas duas lipoproteínas são diferentes e
possuem funções distintas. No caso das LDL estas transportam o
colesterol paras células e as HDL transportam o colesterol para o fígado
para ser degradado e posteriormente eliminado.
 Os valores recomendados para o colesterol no sangue são:
 Colesterol total - < 190 mg/dl;
 Colesterol LDL - <115mg/dl;
 Colesterol HDL - >40 mg/dl no homem e >45 mg/dl na mulher
 No entanto, para os pacientes considerados como de risco alto ou
muito alto (doentes com patologia coronária, diabetes ou insuficiência
renal) para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, os valores
recomendados são ligeiramente inferiores.
 Para estes doentes os valores recomendados são:
 Risco alto
o Colesterol LDL < 100mg/dl;
 Risco muito alto
o Colesterol total <175mg/dl
o Colesterol LDL < 70mg/dl

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Sinais e sintomas
 O colesterol alto não provoca sintomas.
 Cansaço, dor de cabeça, falta de ar, dor no peito, palpitações podem
indicar doenças cardiovasculares que tem grande correlação com altos
níveis de colesterol.

Fatores de risco
 Existem alguns fatores de riscos que merecem nossa atenção:
 Alimentação rica em gordura saturada;
 Excesso de peso;
 Sedentarismo;
 Consumo em excesso de bebidas alcoólicas;
 Estresse;
 Hereditariedade;
 Idade;
 Sexo (mulheres podem ter o nível de LDL alto após o início da
menopausa).

Tratamento para o Colesterol


 A decisão de iniciar a terapia medicamentosa para hipercolesterolemia depende
do risco cardiovascular e dos valores de colesterol atuais do paciente. Para os
pacientes com risco moderado ou baixo, o tratamento medicamentoso só é
indicado se as mudanças do estilo de vida falharem em baixar os níveis de
colesterol.1,2,4
 Mesmo com o tratamento medicamentoso para reduzir o colesterol, é necessário
manter um estilo de vida saudável. Isso manterá a dose do medicamento mais
baixa possível e diminuirá o risco de outras possíveis complicações. 2,4
 Na hipercolesterolemia, os medicamentos mais comumente utilizados são as
estatinas, que podem ser administradas em associação à ezetimiba, à
colestiramina e, eventualmente, aos fibratos ou ao ácido nicotínico.

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6.3- Hipertensão Arterial

O que é a Hipertensão Arterial

 A hipertensão arterial é o aumento anormal – e por longo período – da


pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo. Não à toa,
a doença também é chamada de pressão alta.
 Para chegar a cada parte do organismo, o sangue bombeado a partir do
coração exerce uma força natural contra as paredes internas das
artérias. Os vasos, por sua vez, oferecem certa resistência a essa
passagem. E é essa disputa que determina a pressão arterial

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Sinais e sintomas
A hipertensão é uma doença silenciosa. Se os sintomas abaixo surgirem,
provavelmente ela já estará em fase mais avançada. O ideal, portanto, é
detetá-la com exames.
 Dor de cabeça
 Falta de ar
 Visão borrada
 Zumbido no ouvido
 Tontura
 Dores no peito

Fatores de risco
 Histórico familiar: filhos de pais hipertensos têm um risco 30% maior
de ter pressão alta
 Idade: a partir dos 60 anos de idade, as artérias perdem a flexibilidade
 Etnia: a doença é mais prevalente na população negra e asiática
 Obesidade
 Poluição
 Estresse
 Sono irregular
 Menopausa: a queda dos hormônios femininos danifica as artérias
 Excesso de bebida alcoólica
 Tabagismo
 Alto consumo de sal
 Sedentarismo
 Diabetes
 Doenças renais
 Apneia do sono

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Tratamento para a Hipertensão Arterial
 A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica
caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
 Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são
iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).

Atividades adaptadas aos idosos com estas doenças


No geral na patologia cronica do idoso é importante:
 Ensino sobre a alimentação adequada
 Promover a mobilidade e exercício físico
 Admistrar a medicação sobre vigilância de um profissional de saúde
Diabete:
 Educação terapêutica
 Vigilância das glicemias e saber identificar uma hipoglicemia e
hiperglicemia
 Exercício físico
 Super visão na aliment (restrição de hidratos de carbono e açucares)

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7. Conclusão:
Com estre trabalho, adquiri conhecimentos mostrando que
desde cedo devemos ter cuidado com a nossa saúde, para
prevenirmos ou sabermos lidar com todas as patologias
referidas neste portfólio.

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