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Assistência de Enfermagem nas Doenças do

Sistema Digestório

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA


Aula 7

Lorena Carine, Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).


Pós Graduada em Enfermagem do Trabalho e Pós Graduada em Gestão Hospitalar.
Docente da Grau Técnico.
Doença do Refluxo Gastroesofágico/Sindrome
do Intestino Irritável/ Doença de Crohn/ Câncer
nos Órgãos do Sistema Digestório
ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA
Aula 7
DOENÇA DO REFLUXO
GASTROESOFÁGICO
Doença do Refluxo Gastroesofágico

• Refluxo gastroesofágico: é o retorno involuntário e


repetitivo do conteúdo do estômago para o
esôfago.

• Os alimentos mastigados na boca passam pela


faringe, pelo esôfago (um tubo que desce pelo
tórax na frente da coluna vertebral) e caem no
estômago, situado no abdômen.
Doença do Refluxo Gastroesofágico

• Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre para dar
passagem aos alimentos, a cárdia, e se fecha imediatamente para
impedir que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o
reveste não está preparada para receber uma substância tão irritante.

• A cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago é assim


denominada por estar próximo ao coração.
Doença do Refluxo Gastroesofágico

• Crianças pequenas podem apresentar episódios de refluxo em virtude


da fragilidade dos tecidos existentes na transição entre o estômago e o
esôfago.

• Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente.


Doença do Refluxo Gastroesofágico

• Quando paciente possui úlceras, neoplasias ou gastrite, a possibilidade


do paciente ter DRGE é superior a 90%.
Causas

– Alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que deveria


funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos;

– Fragilidade das estruturas musculares existentes na região.


Fatores de Risco

• Obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa


emagrece;
• Refeições volumosas antes de deitar;
• Aumento da pressão intra-abdominal;
• Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho
de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.
Sinais e Sintomas

• Pirose;
• Náuseas;
• Regurgitação;
• Halitose;
• Dor abdominal;
Sinais e Sintomas

• Dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do
infarto;
• Tosse seca;
• Doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e
asma;
• Gosto amargo na boca.
Diagnóstico

• O diagnóstico leva em conta os sintomas clínicos.

• A endoscopia digestiva alta e a pHmetria são exames importantes para


estabelecer o diagnóstico definitivo.
Tratamento

• O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.

• O clínico inclui: a administração de medicamentos que diminuem a


produção de ácido pelo estômago e melhoram a motilidade do esôfago.
Paralelamente, o paciente recebe orientação para perder peso, evitar
alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta, não se
deitar logo após as refeições e praticar exercícios físicos.
Tratamento

• A cirurgia pode ser realizada de maneira convencional ou por


laparoscopia.

• Ela é sempre um procedimento adequado, quando a repetição do


refluxo gastroesofágico provoca esofagite grave, uma vez que a acidez
do suco gástrico pode alterar as células do revestimento esofágico e dar
origem a tumores malignos.
Cuidados de Enfermagem

• Orientar o paciente para perder peso e praticar exercício físico;

• Orientar para que o paciente evite alimentos e bebidas, especialmente


as alcoólicas, que favorecem o retorno do conteúdo gástrico;

• Orientar para que o paciente não se deite logo após as refeições;


Cuidados de Enfermagem

• Orientar para dietas leves e fracionadas;

• Ensinar a mãe do bebê que não o deite imediatamente após a mamada.


Mantê-lo em pé até que elimine o ar que deglutiu durante a
amamentação;

• Orientar para que o paciente não use cintos ou roupas apertadas na


região do abdome;
SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL (SII)
Síndrome do Intestino Irritável

• A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do trato digestivo que


provoca dor abdominal e constipação ou diarreia recorrentes.

• Várias substâncias e fatores emocionais podem desencadear os


sintomas.
Síndrome do Intestino Irritável

• A SII geralmente é classificada como um distúrbio funcional, pois


prejudica o funcionamento das atividades normais do organismo como
o movimento do intestino, a sensibilidade dos nervos intestinais ou o
modo como o cérebro controla algumas dessas funções.
Causas

• A causa da síndrome do intestino irritável é desconhecida.

• Em muitas pessoas com SII, o trato digestivo é especialmente sensível a


vários estímulos.

• A pessoa pode sentir desconforto causado por gases ou contrações


intestinais que não incomodam outras pessoas.
Causas

• Refeições com alto teor de calorias ou uma dieta com alto teor de
gordura podem ser um fator desencadeante para algumas pessoas.

• Para outras pessoas, trigo, laticínios, feijão, chocolate, café, chá, alguns
adoçantes artificiais, alguns tipos de verdura (como aspargos ou
brócolis) ou frutas (como damasco) parecem agravar os sintomas.

• Esses alimentos contêm carboidratos que são mal absorvidos pelo


intestino delgado.
Causas

• Os carboidratos são fermentados por bactérias no intestino, o que causa


gases, distensão abdominal e cólicas.

• Uma vez que muitos produtos alimentares contêm vários ingredientes,


pode ser difícil identificar o fator desencadeante específico.
Causas

• Fatores emocionais (por exemplo estresse, ansiedade, depressão e


medo), dieta, medicamentos (incluindo laxantes), hormônios ou
pequenos fatores irritantes podem desencadear ou piorar uma
exacerbação da SII.
Causas

• Embora as alterações nos movimentos intestinais causadas pela SII


pareçam estar relacionadas com contrações anormais do intestino,
nem todas as pessoas que sofrem dessa síndrome têm essas
contrações.

• Em algumas pessoas, os sintomas da SII têm início após um


episódio de gastroenterite.
Sinais e sintomas

• A modificação da dieta e o uso de medicamentos podem, geralmente, aliviar


sintomas específicos.

• Ansiedade;
• Dor abdominal;
• Flatulência;
• Distensão abdominal;
• Cólicas;
• Tenesmo;
• Constipação ou diarreia.
Diagnóstico

• O médico geralmente diagnostica a síndrome do intestino irritável com


base nos sintomas, mas também faz exames para descartar a
possibilidade de haver outros problemas.

• O exame físico geralmente não revela nada anormal, exceto


sensibilidade na região do intestino grosso algumas vezes. O médico
realiza um exame retal digital, em que um dedo enluvado é inserido no
reto da pessoa. As mulheres também realizam um exame pélvico.
Diagnóstico

• Porém, embora o funcionamento normal esteja afetado, não há


anormalidades estruturais que possam ser descobertas através de um
endoscópio (um tubo flexível para visualização), radiografias, biópsias
ou exames de sangue.

• Assim, a SII é identificada pelas características dos sintomas e por


resultados normais de testes, quando realizados.
Tratamento

• O tratamento da síndrome do intestino irritável difere de pessoa para


pessoa;

• Consumir uma dieta normal e evitar alimentos que produzem gases e


que causam diarreia;
Tratamento

• Aumentar o consumo de fibra e de água no caso de constipação;

• Se alimentos específicos ou tipos de estresse derem a impressão de


causar o problema, eles devem ser evitados, se possível. Para a maioria
das pessoas, sobretudo as que tendem a sofrer de constipação, a
atividade física regular ajuda a manter a função normal do trato
digestivo.
Cuidados de Enfermagem

• Orientar para refeições menores e frequentes;

• Orientar para tentar comer mais devagar;

• Evitar consumir leguminosas, repolho e outros alimentos de digestão


difícil no caso de distensão abdominal e flatulências;
Cuidados de Enfermagem

• Limitar o consumo de alimentos com alto teor de


determinados carboidratos pois a digestão é difícil;

• A pessoa com SII que não consegue digerir o açúcar lactose (intolerância
à lactose), que se encontra no leite e outros laticínios, então deve
consumir laticínios com moderação.
Intolerância a lactose

• Alimentos proibidos:
– leite de vaca, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite;

– preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros);

– bolachas e biscoitos que possuem leite em sua composição.


DOENÇA DE CROHN
Doença de Crohn

• A Doença de Crohn é uma doença inflamatória do trato gastrointestinal.

• Costuma provocar inflamação de toda a parede do trato


gastrointestinal, podendo afetar desde a boca até o ânus.

• Ela afeta a parte inferior do intestino delgado (íleo) e intestino grosso


(cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.
Doença de Crohn

• Aproximadamente 80% dos pacientes têm


envolvimento do intestino delgado,
habitualmente da porção final, chamada íleo.

• Cerca de 50% dos pacientes têm ileocolite,


que é o envolvimento do íleo e do cólon.
Doença de Crohn

• É uma doença crônica e provavelmente provocada por desregulação do


sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo.
Sintomas

• Diarréia;
• Cólica abdominal;
• Febre;
• Sangramento retal;
• Perda de apetite;
• Perda de peso;
• Artralgia;
Sintomas

• A diarréia pode se desenvolver lentamente ou começar de maneira


súbita, podendo haver também dores articulares e lesões na pele.

• Na Doença de Crohn a dor abdominal e a diarréia freqüentemente


surgem após as refeições.

• Outros sintomas precoces da doença são lesões da região anal,


incluindo hemorroidas, fissuras, fístulas e abscessos.
Diagnóstico

• O diagnóstico é feito, basicamente, por meio de exames de imagem


(raio X, endoscopias) e exames de sangue.
Tratamento

• O tratamento deve ser feito em etapas.

• Existe um sistema de mensuração da atividade da doença baseado


no número de evacuações, dor abdominal, indisposição geral,
ocorrência de fístulas e de manifestações patológicas à distância,
que permite classificar a doença em leve, moderada ou grave.

• Se a doença é leve, o clínico apenas acompanha a evolução do


paciente.
Tratamento

• Toda a terapêutica, porém, se volta para reprimir o processo


inflamatório desregulado.

• Os medicamentos disponíveis atualmente reduzem a


inflamação e controlam os sintomas, mas não curam a doença.
Dieta na Doença de Crohn

• Apesar de a alimentação não ser a causa dessa doença, é fato que


alimentos suaves e brandos agridem menos que os alimentos
condimentados ou ricos em fibras, principalmente quando a doença
está na fase ativa.

• Com exceção da restrição ao leite em pacientes com intolerância a


lactose, muitos gastroenterologistas tendem a ser liberais nas dietas de
pacientes portadores da doença.
Dieta na Doença de Crohn

• Embora seja uma enfermidade crônica, a Doença de Crohn não é


considerada doença fatal.

• Quase todas as pessoas mantêm uma vida produtiva, apesar de algumas


delas necessitarem de hospitalização nos períodos de maior atividade
da doença.

• Entre os períodos de exacerbação, a maioria dos pacientes sente-se


bem e fica relativamente livre de sintomas, levando vida normal.
CÂNCER GÁSTRICO
Câncer Gástrico

 O câncer de estômago é uma doença em que


células malignas são encontradas nos tecidos do
estômago.

 Os tumores do câncer de estômago se


apresentam, predominantemente, sob a forma de
três tipos histológicos: o adenocarcinoma,
responsável por 95% dos tumores gástricos, o
linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos,
e o leiomiossarcoma.
Adenocarcinoma

• O adenocarcinoma de estômago atinge, em sua maioria, homens por


volta dos 60-70 anos. Cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50
anos.

• No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente


entre homens e o quinto entre as mulheres.

• Já entre os antecedentes, o principal fator de risco é a infecção


pela Helicobacter pylori chegando a aumentar em até 6 vezes a
chance de aparecimento desse adenocarcinoma, através da gastrite
e hipocloridria, consequentes da infecção.
Câncer Gástrico

 Massa palpável na parte superior do abdome,


aumento do tamanho do fígado e presença de
linfonodo na região supraclavicular esquerda e
nódulos periumbilicais indicam o estágio avançado
da doença.
Fatores de Risco

• Excesso de peso e obesidade;

• Consumo de álcool;

• Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou


com cirurgia anterior do estômago;
Fatores de Risco

• Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios


X e gama, em indústrias ou em instituições médicas;

• Exposição de trabalhadores rurais a uma série de


compostos químicos, em especial agrotóxicos;

• Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago.


Fatores de Risco

• Estudos demonstram que a dieta é um fator


preponderante no aparecimento do câncer de
estômago.

• Alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e


peixes, ou ainda com um alto consumo de nitrato,
alimentos defumados, enlatados, com corantes ou
conservados no sal são fatores de risco.
Fatores de Risco

 Existem também fatores de risco de origem


patológica.

 A anemia perniciosa (Falta de vitamina B 12), as


lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e
metaplasia intestinal e as infecções gástricas pela
bactéria Helicobacter pylori podem ter fortes
relações com o aparecimento desta neoplasia.
Sintomas

• Não há sintomas específicos do câncer de


estômago.

• Porém, algumas características como perda de


peso, anorexia, fadiga, sensação de plenitude
gástrica, vômitos, náuseas e desconforto
abdominal persistente podem indicar uma doença
benigna ou mesmo o câncer de estômago.
Sintomas

 Sangramentos gástricos são incomuns em lesões


malignas, entretanto, a hematêmese ocorre em
cerca de 10 a 15% dos casos de câncer de
estômago.
Prevenção

• Para prevenir o câncer de estômago é


fundamental uma dieta balanceada composta de
vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em
fibras.

• Além disso, é importante o combate ao tabagismo


e diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.
Diagnóstico

• Atualmente são utilizados dois exames na


detecção deste tipo de câncer: a endoscopia
digestiva alta, o método mais eficiente, e o exame
radiológico contrastado do estômago.

• A endoscopia permite a avaliação visual da lesão,


a realização de biópsias e a avaliação citológica da
mesma.
Diagnóstico

• Através da endoscopia é possível avaliar o


comprometimento do tumor na parede gástrica, a
propagação a estruturas adjacentes e os
linfonodos.
Tratamento

 A radioterapia e a quimioterapia são consideradas tratamentos


secundários que associados à cirurgia podem determinar melhor
resposta ao tratamento.

 Nas situações em que não é possível retirar o tumor com cirurgia ou


em que há metástases, o tratamento é paliativo.

 As metástases do câncer gástrico em geral estão localizadas no


peritônio (membrana que recobre os órgãos digestivos e a parede
interna da cavidade abdominal), fígado, pulmões, ossos, gânglios
linfáticos distantes do estômago, cérebro e glândula adrenal.
Cuidados de Enfermagem

 Cuidados de Enfermagem:

• Reduzir a ansiedade;
• Promover a nutrição ótima e variada;
• Aliviar a dor;
• Fornecer o apoio psicossocial;
Cuidados de Enfermagem

 Cuidados de Enfermagem:

• Promover o autocuidado;
• Cuidados pré e pós-operatórios quando necessitar
de cirurgia;
• Implementar os cuidados paliativos assim que
necessário.
Referências
• https://bvsms.saude.gov.br/refluxo-gastroesofagico/
• https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/s%C3%ADndrome-do-intestino-
irrit%C3%A1vel-sii/s%C3%ADndrome-do-intestino-irrit%C3%A1vel-sii
• https://bvsms.saude.gov.br/intolerancia-a-lactose/
• https://ulbra-to.br/morfologia/2011/08/31/Sistema-Digestorio
• https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-
crohn/#:~:text=A%20Doen%C3%A7a%20de%20Crohn%20%C3%A9,qualquer%20parte%20do%20trato%20gastrointesti
nal.
• https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/doenca-de-crohn/
• https://www.drmarcelowerneck.com.br/post/hemorroidas-fistula-e-
fissura/#:~:text=Sendo%20assim%2C%20podemos%20resumir%20a,pele%20ao%20lado%20do%20%C3%A2nus.
• https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-
estomago#:~:text=O%20c%C3%A2ncer%20de%20est%C3%B4mago%20tamb%C3%A9m,cerca%20de%203%25%20dos
%20casos.
• https://www.sanarmed.com/resumos-adenocarcinoma-gastrico-fatores-de-risco-sintomas-diagnostico-e-tratamento
Cronograma

• 29/07- ATIVIDADE COMPLEMENTAR I (aula 8)

• 01/08- Revisão do Sistema Respiratório (Aula prática em laboratório)

• Escolher a data da 1ª reposição referente ao dia que eu vou viajar


(17/08 e 19/08), datas possíveis: 02/08 (terça) ou 04/08 (quinta) e da
segunda reposição, datas possíveis: 09/08(terça) ou 11/08 (quinta).
1. Quais os fatores de risco para ter o refluxo gastroesofágico? Atividade
2. Quais são os sinais e sintomas de quem tem síndrome do intestino irritável?
3. Qual nome da válvula que impede refluxo do estômago para o esôfago?
4. Escolha 2 cuidados de enfermagem para o paciente com refluxo gastroesofágico.
5. Quais são os alimentos proibidos para quem tem intolerância a lactose?
6. Cite 2 fatores de risco para câncer gástrico.
7. Como pode ser feita a prevenção contra o câncer gástrico?
8. Na digestão para que serve a lipase, amilase e a protease?
9. Termos técnicos:
Abscesso anorretal;
Fístula perianal;
Fissura anal;
Hipocloridia.

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