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Patologias Gástricas e

intestinais

Prof.ª Samara Santarém Martins


Esp. Em Neurointensivismo

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•MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 1227 p.
•MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 13ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 1227 p.

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• O sistema gastrointestinal consiste em:
boca, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e estruturas
associadas.

• A estrutura da boca incluem lábios,


dentes, gengiva, mucosa oral, língua,
palato duro, palato mole e faringe.
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• O esôfago um tubo muscular estendendo-se da
faringe para o estômago. Tubo passível de
colabamento, tornando-se distendido quando o
alimento o atravessa.

• As aberturas esofagianas incluem o esfíncter


esofagiana superior (EES), ao nível do músculo
cricofaringeal e o esfíncter esofagiano inferior(EEI),
ou esfíncter cardíaco.

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• Estômago , uma bolsa muscular situada no abdômen
superior sob o fígado e o diafragma. Bolsa distensível
com capacidade de + ou – 1500 ml.

• Entrada do estômago – junção gastroesofágica,


circundada por um anel denominado esfíncter esofágico
inferior ou esfíncter a cárdia, que sob contração, isola o
estômago do esôfago.

• O esfíncter pilórico regula o fluxo dos conteúdos do


estômago para dentro do duodeno.

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• O intestino delgado, um tubo em espiral
com aproximadamente 6,6 m de
comprimento e 2,5 cm de diâmetro,
estende-se do esfincter pilórico até a
válvula ileocecal no intestino grosso,
incluem o duodeno, o jejuno e o íleo.

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• O intestino grosso, um tubo curto, largo de
1,5 a 1,8 m de comprimento, e de 5 a 6,2
cm de diâmetro, inicia-se na válvula
ileocecal e termina no ânus, consiste em
ceco, cólon, reto e ânus.

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SISTEMA GASTROINTESTINAL

A função do sistema gastrointestinal é a


digestão dos alimentos e líquidos, com
absorção dos nutrientes para dentro da
corrente sanguínea e eliminação dos
metabólicos através da defecação.

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Sinais e Sintomas das Disfunções do
TGI
• Dor;
• Indigestão;
• Gases intestinais;
• Náuseas e vômitos;
• Alterações nos hábitos intestinais e
características fecais.

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PATALOGIAS GÁSTRICAS

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ESOFAGITE

É a inflamação da mucosa esofagiana


pode ser agudas ou crônicas. A esofagite
resulta, mais comumente, do refluxo
recorrente dos conteúdos gástricos para
dentro do esôfago distal.
O refluxo pode resultar de esfíncter
esofagiano inferior (EEI) incompetente,
úlceras gástricas ou duodenais e
entubação nasogástrica prolongada.

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• O EEI bloqueia o refluxo do suco gástrico
para dentro do esôfago. Os defeitos no
mecanismos do EEI podem levar ao
refluxo.

• O refluxo persistente pode levar a


formação de úlcera esofageana.

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As manifestações clínicas são:
• Azia;
• Regurgitação ácida;
• Vômito;
• Disfagia (dificuldade de deglutição);
• Dor esofageana (pela pressão intra
abdominal, devido sangramento, tensão,
obesidade ou gravidez).
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FUNDOPLICATURA
(CIRURGIA)

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Doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE)

• Apresenta uma variedade de manifestações


clínicas, secundárias ao refluxo do material
gástrico refluído para o esôfago ou, nas formas
atípicas, pela ação do material refluído para
órgãos adjacentes.

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Anamnese
• Pirose (referida ao paciente como azia);
• Regurgitação ácida (as vezes atinge
região epigástrica);
• Tempo dos sintomas ( 4 a 8 semanas).
• Sinais de alarmes: disfagia, odinofagia,
anemia, HDA, emagrecimento, histórico
de câncer na família, náuseas e vômitos.

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Exames
• Endoscopia e biópsia esofágica.

• Úlceras, estenose péptica e esôfago de


Barret.

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Tratamento

Medidas farmacológicas
Medidas comportamentais

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• Elevar a cabeçeira do leito para minimizar o
refluxo;
• Promover a ingestão nutricional adequada:
Comer refeições pequenas e frequentes;
mastigar bem os alimentos antes de deglutir;
não beber líquidos junto as refeições; evitar
alimentos condimentados, álcool, cafeína e
cigarro (irritantes);
• Não deitar após as refeições;
• Evitar refeições abundante, principalmente a
noite;
• Reduzir peso corporal;
• Cessação de fumo.
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• HÉRNIA DE HIATO
a abertura no diafragma através da qual o
esôfago atravessa torna-se dilatada, e
devido ao alargamento deste espaço,
uma parte do estômago desliza em
direcção ao tórax, o que se denomina
hérnia de hiato.
- Hérnia de hiato axial ou deslizante;
- Hérnia de hiato paraesofágica.

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HÉRNIA DE HIATO AXIAL OU DESLIZANTE

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HÉRNIA DE HIATO PARAESOFÁGICA

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Manifestações Clínicas
• Azia;
• Regurgitação;
• Eructações (arrotos);
• Disfagia;
• Dor subesternal.
50% dos pacientes mostram-se
assintomáticos

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RECOMENDAÇÕES NÃO
MEDICAMENTOSA
• Orientar alimentação em pequenas
quantidade e frequentes;
• Orientar o paciente a não se reclinar
durante 1 hora depois de comer;
• Elevar a cabeceira ou orientar a utilização
de travesseiros mais altos e/ou colocar
pequenos calços na cabeceira da cama;
• Prepara para cirurgia se necessário.
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O tratamento da hérnia de hiato pode ser
clínico ou cirúrgico, na dependência do
tamanho da hérnia de hiato e da
intensidade do refluxo gastroesofágico.

Não comer perto da hora de dormir é uma


medida preventiva muito importante.

A hérnia de hiato pode provocar dor


semelhante a dor da angina e ser
confundida com os sintomas dos ataques
cardíacos.
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• GASTRITE

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• Gastrite por Helicobacter pilory

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ÚLCERA PÉPTICA
A úlcera péptica é uma lesão (ferida aberta)
localizada no estômago ou duodeno com
destruição da mucosa da parede destes
órgãos.

É causada pela insuficiência dos


mecanismos protetores da mucosa contra
a acidez gástrica.

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Considera-se que a úlcera péptica está
relacionada a infecção pelo Helictobacter
pylori (H.pylory) – 90% dos casos.

O elevado aumento do conteúdo do suco


gástrico, reduz a eficácia do revestimento
mucoso, deixando-o vulnerável ao
H.pylory.

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As bactérias causam erosão do muco
protetor que reveste o estômago,
inflamando a mucosa.

Se a úlcera causar erosão das artérias


gástrica, pode haver sangramento

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Os fatores contribuintes estão relacionados
a secreção do ácido gástrico e incluem:

• Níveis de ácido gástrico alterado;

• Fumo e uso do álcool;

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• Uso de aspirinas e ouras drogas
antiinflamatórias não-esteroidais e
esteróides;
• Predisposição genética;
• Fatores psicossomáticos;
(pessoas com ansiedade grave
apresentam taxas de ácido gástrico até 15
vezes maiores que o normal).
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Uma úlcera péptica pode ocorrer em vários
lugares:

• Estômago (chamada úlcera gástrica);


• Duodeno (chamada úlcera duodenal);
• Esôfago (chamada úlcera esofágica).

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As úlceras pépticas pode ser assintomática
em mais de 50% das pessoas afetadas.
As úlceras gástricas podem produzir:
• Dor (comumente descrita como
queimação no epigastro superior,
acontecendo de 30 min a 1 hora após as
refeições);
• Sensibilidade epigástrica.
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As úlceras duodenais podem produzir:

• Dor (descrita como queimação, dolorida


no epigástrico direito, acontecendo 2 ou 3
horas após as refeições, aliviada pela
alimentação;

• Eructação, náusea e vômito;


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• Sangramento GI, tanto de forma lenta,
manifestada por melena, ou súbita, com
perda rápida de sangue através da
hematêmese;

• Sensibilidade epigástrica.

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• Ensinar o cliente a métodos para
minimizar os sintomas enquanto mantém
uma dieta adequada:
- evitar cafeína, álcool, alimentos
condimentados, ácidos, gorduras, frituras;
- Comer refeições pequenas, leves e
frequentes;

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• Administração medicação conforme
prescrito;

• Ensinar o cliente a modificações no seu


estilo de vida;

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No momento, o tratamento mais
comprovadamente eficiente é o que dura
duas semanas chamado de terapia tripla,
o qual reduz os sintomas da úlcera, mata
a bactéria e previne a recorrência em mais
de 90% dos pacientes.
• Preparar o cliente para cirurgia caso
necessário.

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REFERECIAS
• WAITZBERG, Dan. Nutrição oral, enteral
e parenteral na prática clínica. 5 ed. São
Paulo, Ed. Atheneu, 2017.
• KRAUSE, MV. Alimentos, nutrição e
dietoterapia. 13 ed. 2013.
• CHEMIN S, DA SILVA, S et al. Tratado de
Alimentação, nutrição e dietoterapia. São
Paulo: Roca, 3 ed. 2016.

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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