ULCERA
de alimentos ou alcalinos ( 50%-80% dos
PÉPTICA
É um defeito da mucosa gastrointestinal que se
estende além da mucosa muscular e
permanece como resultado da secreção ácida
do suco gástrico.
A localização mais frequente da úlcera péptica
é duodenal.
Raramente ocorre antes dos 40 anos de idade e
seu pico de incidência é entre 55 e 65 anos.
Incidência similar em ambos sexos
A ulcera gástrica pode ocorrer em qualquer
parte do estomago porem e mais frequente na
curvatura menor.
ETIOPATOGENIA
Desequilíbrio entre os fatores agressivos e
defensivos que regulam a função da mucosa
gástrica.
Hipersecreção de ácido, gastrina e pepsinógeno
= Clássico transtorno fisiopatológico
ETIOLOGIA
-Infecção por H.pylori: causa mais frequente
-Consumo de AINES
-Hipersecreção gástrica (Sx.zollinger-ellison)
-Doenças da própria mucosa
QUADRO CLINICO
-Dor epigastrica (ardor, dor corrosivo ou
sensação de fome dolorosa) que se apresenta
geralmente apresenta um ritmo de hora em
hora relacionado à ingestão.
Raramente aparece antes do café da manhã,
mas geralmente o faz entre 1 e 3 horas após as
refeições e geralmente diminui com a ingestão
pacientes relatam dor noturna)
Na maioria dos casos, a úlcera péptica segue
um curso crônico recorrente com surtos
sintomáticos que duram várias semanas, muitas
vezes com uma relação sazonal clara (de
preferência primavera e outono), seguida de
remissões espontâneas com períodos livres de
sintomas de meses ou anos
Pode apresentar: nauseas, vomitos, eructos,
distensão abdominal,intolerrancia a gorduras
ou pirose.
-Alguns pacientes podem ser assintomaticos.
EXAME FISICO
-Dor a palpação profunda do epigastrio
-Palidez cutaneo mucosa (sugere hemorragia)
-Abdomen em tabua (irritação peritoneal/
perfuração)
-Bazuqueio gastrico em jejum (estenose
pilorica)
*Esses achados refletem a existencia de
complicações.
COMPLICAÇÕES
 HEMORRAGIA DIGESTIVA
-E a mais frequente
-Se apresenta em forma de hematemesis e ou
melena
 Perfuração na cavidade peritoneal
livre
-Se manifesta pela aparição brusca de uma dor
muito intensa (em punhalada) no epigástrio,
seguido de sinais rápidos de irritação
peritoneal e irradiação ao ombro direito por
irritação frênica.
-Se confirma a suspeita diagnostica por
radiografia simples em bipedestação ou
decúbito lateral.
  Estenose pilorica
-Pode ocorrer como resultado de úlceras
duodenais ou pilóricas de uma evolução muito
longa
-Muito rara
 Obstrução
-Se manifesta pelo aparecimento de vômitos
alimentares de retenção, mudanças nas
características da dor, que se torna mais
constante, anorexia e perda de peso
-Obstrução severa com vômitos significativos
também pode levar à desidratação com
azoemia pré-renal, hipocalemia e
hipocloroêmia metabólica
-Um raio-x simples do abdômen pode mostrar
um estômago dilatado com teor líquido e
alimentar
-A endoscopia permitirá estabelecer o
diagnóstico etiológico da obstrução
-sonda nasogastrica confirma a retenção
gastrica.
Aspirado >300 ml em 4 horas apos a comida
ou > 200 ml apos noite de jejum
DIAGNOSTICO DIFERENCIAIS
-ERGE
-Gastrite aguda erosiva por AINE
-Carcinoma gastrico (paciente idoso com
historia de epigastralgia continua que piora
com a ingesta, associada a anorexia e perda de
peso).
-Tuberculose
-Sifilis
-Citomegalovirus ou herpes
-Sarcoidoses
-Doença de Cronh
DIAGNOSTICO
Segue 2 apectos essenciais:
-1º identificação da lesão ulcerosa
-2º Diagnostico etiologico
Diagnosticos de H.pylory:
 Invasivos (endoscopia digestiva alta)
-Teste da urease por biopsia
-Histopatologia
-Cultura
 Não invasivos (sem endoscopia)
-Sorologia
-Teste de aliento com ureia marcada com C13 :
TESTE DE ELEIÇÃO
-Antigeno fecal (elisa)
Abordagem diagnostica
 Paciente <45 anos:
-Teste não invasivo para H.pylori
Positivo: errdicar a bacteria
Negativo: Terapia empirica com IBP por 4
semanas
*Paciente continua sintomatico faz endoscopia
digestiva alta.
 Paciente > 45 anos ou com sinais de
alarme (perda peso, anemia, disfagia
progressiva, vomito persistente):
-Endoscopia digestiva alta
TRATAMENTO
O objetivo do tratamento é o alivio dos
sintomas, cicatrização da ulcera, prevenção de
reicidivas e complicações.
1º Antiacidos: A combinação de hidróxido de
alumínio e hidróxido de magnésio é a mais
indicada.
Se administra 30 ml /1 a 3 h após as refeições e
sempre que o paciente tiver desconforto.
 2º inibidores da secreção acida gástrica: são
os antagonistas do receptor de histamina H2
(cimetidina, ranitidina, famotidina, nizatidina e
roxatidina) e IBL: omeprazol, lansoprazol,
pantoprazol, esomeprazol e rabeprazol.

-Ranitidina 150 mg/ 2x ao dia + Omeprazol 40

mg/2x ao dia

-Após a cura, o tratamento deve ser mantido

por pelo menos 1 ano e, em casos de
hipersecreção gástrica, de forma indefinida

3º Eradicação do H.pylori: tratamento de

primeira linha

Terapia tripla

*Todos se adm de 10 a 14 dias

-Omeprazol 40mg/12 em 12 horas

-Amoxicila 1g/ 12 em 12 horas

-Claritromicina 500 mg/12 em 12 horas

Terapia quadripla

*Todos se adm de 10 a 14 dias

-Omeprazol 40mg/12 em 12 horas

-Amoxicila 1g/ 12 em 12 horas

-Claritromicina 500 mg/12 em 12 horas

-Metronidazol 500 mg/12 em 12 horas

CONTROLE POS TRATAMENTO

Controle de cura da H.pylori:

-teste de aliento com urea marcada c13

-4 a 6 semanas apos termino da terapia

Controle endoscopio de cura:

-8 a 12 semanas apos a primeira EDA