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FACULDADE SANTA RITA - FASAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

Treinamento Adaptado de Natação no Aprendizado do Nado Crawl para


Criança com Transtorno do Espectro Autista - TEA: Revisão biobliográfica
exploratória

BRUNA CAROLINA MACHADO CORRÊA DOS SANTOS

CONSELHEIRO LAFAIETE / MG
DEZEMBRO/2018

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BRUNA CAROLINA MACHADO CORRÊA DOS SANTOS

Treinamento Adaptado de Natação no Aprendizado do Nado Crawl para


Criança com Transtorno do Espectro Autista – TEA: Revisão biobliográfica
exploratória

Trabalho de pesquisa ao
curso de Educação Física da
Faculdade Santa Rita FASAR, como
requisito parcial para a aprovação na
disciplina de Metodologia Científica.

Orientador (a): Profa. Coord. Josemara Guedes


Área de concentração:

CONSELHEIRO LAFAIETE / MG
DEZEMBRO/2018

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Sumário
1- INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
2- Justificativa ........................................................................................ Error! Bookmark not defined.
3- Problema ........................................................................................... Error! Bookmark not defined.
4- OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 8
4.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 8
4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................................... 9
5. METODOLOGIA................................................................................................................................ 9
6. REFERENCIAL TEÓRICO: Natação x Transtorno do Espectro Autista ............................................ 10
6.2 Os déficits sociais e de comunicação .......................................................................................... 10
6.3 Epidemiologia .............................................................................................................................. 11
6.4 Fisiopatologia .............................................................................................................................. 11
6.5 Características da modalidade: Natação adaptada e Inclusiva .................................................. 12
7. Natação x Transtorno do Espectro Autista : Considerações finais ... Error! Bookmark not defined.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 15

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1- INTRODUÇÃO
Nunca se soube tanto a respeito do Transtorno do Espectro Autista, distúrbio que
acomete uma em cada 68 crianças e que, aos poucos, começa a ser aceito sem os
velhos preconceitos (CUMINALE, 2017).

No Brasil, de um modo geral, vemos que trata-se de um transtorno que saiu da


invisibilidade à epidemia. De acordo com (Rios C, Ortega F, Zorzanelli R,
Nascimento, 2015), “Embora o autismo não seja uma doença contagiosa, fala-se de
uma “epidemia de autismo”, em alusão ao aumento vertiginoso do número de casos
num período curto de tempo” (2015:326). O artigo desse conjunto de autores atribui
esse aumento a uma mudança no modo como a psiquiatria passou a descrever e a
classificar um conjunto de comportamentos e de características que já se
apresentavam com determinada frequência na população anteriormente. Especula-
se, também, que a dita “epidemia” possa ter sido fruto de uma reconfiguração na
rede de cuidados com esses grupos, que teve como marco inicial a
desinstitucionalização do retardo mental no final dos anos 1960 nos Estados Unidos.

Segundo Greguol (2010), o autismo é um transtorno caracterizado pelas


manifestações em geral, até 30 meses de vida, que afeta o desenvolvimento global,
principalmente por distúrbios na comunicação, na interação social e no uso da
imaginação (tríade do autismo). Foi diagnosticado pela primeira vez em 1943 pelo
medico Leo Kanner e possui uma prevalência de cerca de quatro casos para 10.000
nascimentos, atingindo quatro vezes mais meninos do que meninas. As causas do
autismo ainda são desconhecidas, embora algumas pesquisas apontem para a
possibilidade de origem genética ou problema durante a gestação. Inicialmente,
acreditava que todas as crianças com autismo possuíam níveis normais de
desenvolvimento intelectual o que mais tarde veio a se revelar como incorreto
(FERNANDES; PASTORELLO; SCHEUER, 1996). A bibliografia especializada
revela que desde a primeira definição de autismo desenvolvida por Kanner, até a
noção do espectro de autismo nos dias atuais, muitas questões já foram levantadas,
mas poucas foram definitivamente respondidas. As variações e especificações das

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características do transtorno, e até mesmo como se referir a elas mudaram muito ao
longo do tempo (FERNANDES, 1996).

Considerando a multiplicidade de modelos, explicativos existentes para o autismo,


observa – se um esforço no inicio da década de 1980 para uniformizar esse
diagnostico quando ganham força os manuais de classificação CID-9 (OMS 1993) e
DSM – III ( APA,1980). Ocorre um censo maior de que o autismo é acometido em
três domínios principais: 1) interação social e empatia; 2) comunicação e
imaginação; e 3) flexibilidade cognitiva e comportamental.

Contudo, uma sequência de pesquisas subsequentes com base nesses critérios


mostrou a heterogeneidade presente do autismo, ou seja, havia muito menos
pessoas severamente afetadas em um ou todos os três domínios e alguns sujeitos
com habilidades superiores entre eles (SHIMIDT, 2016)

Este estudo está em acordo com Shimidt, na mais recente classificação, no DSM – 5
(APA 2013): o autismo pertence á categoria denominada transtornos de
neurodesenvolvimento, recebendo o nome de transtornos do espectro do autismo
(TEA). Assim o TEA é definido como um distúrbio do desenvolvimento neurológico
que deve estar presente desde a infância, apresentando déficit nas dimensões
sociocomunicativa e comportamental. E ainda Segundo Greguol (2010), ainda que
as dificuldades impostas pelos problemas de comunicação possam afetar de
maneira significativa o desenvolvimento, a prática de atividades físicas e esportivas
pode ser considerada um fator de intervenção positivo no sentido de minimizar
eventuais atrasos e estabelecer oportunidades para interações sociais. No entanto
algumas medidas devem ser levadas em considerações de forma a manter a
segurança necessária.

(SCHIMIDT, 2016). Segundo Gilberto de Lima Garcias, o comprometimento


mental dos afetados por essa síndrome é variável, podendo ir desde uma
dificuldade de aprendizado a um retardo profundo (SCHIMIDT, 2016). Segundo
Mafra (2008), considerando que a criança com deficiência intelectual apresenta
dificuldades em assimilar conteúdos abstratos faz se necessário a utilização de

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material pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas práticas para que
esse aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para facilitar a construção
do conhecimento. Os jogos e brincadeiras são estratégias metodológicas que
apresentam as duas características acima citadas. Proporcionam a
aprendizagem através de materiais concretos e de atividades práticas, onde a
criança cria, reflete, analisa e interage com seus colegas e com o professor.

2- JUSTIFICATIVA

Segundo SHIMIDT (2016), Rudimar Riesgo diz que toda criança é capaz de
aprender, ainda que nós não consigamos detectar seus progressos, principalmente
nos casos de autismo. Não existe a possibilidade de uma criança com autismo
“desaprender” o que já aprendeu, a menos que um transtorno desintegrativo da
infância, o que é extremamente raro (menos que 0,0004%, comparado com a
prevalência média de 1% de todos os TID). Em resumo, cada criança com autismo
só pode ser comparada consigo mesma, para quantificarmos seus progressos.
Ainda assim, muito provavelmente tenhamos que verificar se os nossos meios de
aferir os aprendizados são sensíveis o suficiente para avaliar os progressos dessas
crianças. Por outro lado, Orrú (2016) acrescenta que dar atenção ao interesse
demonstrado pela criança, privilegiar sua presença em ambientes sociais
enriquecidos, crer e investir nas possibilidades de aprendizagem de todas as
crianças é oferecer a cada uma a chance de aprender sobre suas próprias
habilidades e como melhor desenvolve-las, sejam elas quais forem e em que níveis
se apresentarem. De igual modo, é ajuda-las a conhecer seus campos de
dificuldades que precisam ser trabalhados e superados. Priva-las disso é corroborar
para o diagnóstico universalista e do quadro de sintomas.

Este estudo proporcionará a ampliação dos recursos e as possibilidades de mais


atividades disponíveis para o portador de Transtorno do Espectro Autista - TEA,
onde ao final fornecerá bases para a organização e desenvolvimento de técnicas,
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através de aulas lúdicas, com a aplicação das atividades específicas voltadas para o
Nado Crawl, atividades orientadas dentro de suas capacidades, podendo ampliá-las
a cada dia, pois, as habilidades motoras nelas desenvolvidas, nos proporcionará
concluir o seu beneficio, e que crianças com Transtorno do Espectro Autista - TEA,
realizam a aprendizagem, mesmo com todas as limitações e dificuldades que o
próprio distúrbio os acomete.

3- PROBLEMA

De acordo com Fernandes e Costa (2016), a natação é um conjunto de atividades


motoras muito importantes que vai além de se deslocar no meio liquido, sendo
também uma atividade prazerosa, que traz consigo emoções em si mesmo, com o
outro e com a natureza.

A água pode ser considerada uma ferramenta de trabalho e é um elemento


terapêutico, sendo que nesse ambiente as pessoas com deficiência desenvolvem
sua coordenação motora com mais facilidade e liberdade, possibilitando o
deslocamento de forma independente (TSUTSUMI, et al,2004).

Trabalhar com alunos autistas de forma integrada ou em turmas numerosas é uma


tarefa nem sempre viável. Por possuírem comportamento muitas vezes lábil e
imprevisível e não demonstrarem cooperação em atividades em grupo, alunos
autistas em geral são acomodados em turmas menores ou ainda são atendidos em
sistema individual (GREGUOL, 2010).

Segundo Velas (2006, p.87) a natação se constitui numa das melhores praticas para
o desenvolvimento psicomotor, “não a natação pedagógica regular, realizada com
participantes do esporte, nem a competitiva para formar campeões, mas a que
valoriza a motricidade aquática, pondo em situação uma nova arquitetura
psicomotora.”

A prática da natação contribui para a melhoria da qualidade de vida, através da


manutenção de uma boa saúde física e mental, proporcionando as crianças
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portadoras de deficiência novas perspectivas de vida, devido as vantagens que esse
exercício proporciona como o treinamento do coração, o fortalecimento da
musculatura e a aprendizagem de novas habilidades. Destaca se a alegria e o
prazer que o contato com o meio liquido pode proporcionar ao individuo, além do
envolvimento com sentimentos, imaginação, valores, atitudes, aprendizagem,
tomada de decisão, liberdade, autodisciplina, entre outras coisas que levam a
natação a ser considerada um exercício completo ( ALVES, 2006; VELASCO, 2006).

Como então ensinar as crianças com autismo? Não existe uma resposta única. Em
primeiro lugar, é imprescindível que o diagnostico de certeza esteja completamente
definido pelo profissional da saúde. Com base em um diagnostico, é necessário que
haja uma customização do aprendizado. Cada criança com autismo deve ser
ensinada de um modo diferente. É importante identificar qual é o foco de interesse
de cada criança em particular, pois ele pode ser o único canal entre o educador e o
educando, em se tratando de autismo.

4- OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

O presente trabalho de pesquisa interessado no tratamento do autismo, pretendeu-


se obter indicadores de execução em crianças com Transtorno do Espectro Autista –
TEA, através da prática da Natação, já que o mesmo não é facilmente encontrado
em pesquisas. A natação é uma das atividades físicas que desenvolve um trabalho
corporal completo. Sendo assim, oferece possibilidades de estímulos e
desenvolvimento necessário à pessoa com Transtorno do Espectro Autista, além de
todos os benefícios motores, cognitivos e sociais.

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4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

1- Avaliar a literatura disponível tentando uma aproximação entre natação


e autismo
2- Incorporar ferramentas teórico práticas para o desenvolvimento do
nível de aprendizado do estilo Crawl que será realizado em intervenção de um
treinamento específico no período de dois (02) meses a posteiori.
3- Como meta o estudo propõe avaliar as possibilidades para aplicar um
treinamento adaptado para portadores de Transtorno do Espectro Autista
dentro do desenvolvimento das habilidades motoras/ nível de Inteligência
corporal – cenestésica do estilo Crawl, e avaliar através da aplicação do
Protocolo de Avaliação do Prof. Willian Urizzi – Ficha de Avaliação do Estilo
Crawl.

5. METODOLOGIA

Revisão bibliográfica na literatura sobre natação autismo. Levantamento de


informações que ajudem a compreender e desenvolvimento de técnica de
treinamento específico treinamento adaptado para portadores de Transtorno do
Espectro Autista

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6. REFERENCIAL TEÓRICO: Natação x Transtorno do Espectro
Autista

6.1 Incidência e Causas


O transtorno de Espectro Autista (TEA) engloba diferentes síndromes marcadas por
perturbações do desenvolvimento neurológico com três características
fundamentais, que podem manifesta-se em conjunto ou isoladamente. São elas:
dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da
imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de
comportamento restritivo e repetitivo.

Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD em inglês),


recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e apresentações
muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais leve a mais
grave. Todas, porem, em menor ou maior grau estão relacionadas, com as
dificuldades de comunicação e relacionamento social (VARELLA, 2017).

6.2 Os déficits sociais e de comunicação


A fim de receber um diagnostico de Transtorno do Espectro do Autismo, uma pessoa
deve ter os três seguintes déficits:
 Problemas de interação social ou emocional alternativo – Isso pode incluir a
dificuldade de estabelecer ou manter o vai e vem de conversas e interações,
a incapacidade de iniciar uma interação e problemas com a atenção
compartilhada de emoções e interesses com os outros.
 Graves problemas para manter relações – Isso pode envolver uma completa
falta de interesse em outras pessoas, as dificuldades de jogar fingir e se
engajar em atividades sociais apropriadas a idade e problemas de adaptação
a diferentes expectativas sociais.
 Problemas de comunicação não verbal – o que pode incluir o contato anormal
dos olhos, postura, expressões faciais, tom de voz e gestos, bem como a
incapacidade de entender esses sinais não verbais de outras pessoas.

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Além disso, o indivíduo deve apresentar pelo menos dois deste comportamento:
 Apego extremo a rotinas e padrões e resistência à mudança nas rotinas fala
ou movimento, interesses intensos e restritivos.
 Dificuldade em integrar informação sensorial ou forte procura ou evitar
comportamentos de estímulos sensoriais
6.3 Epidemiologia
A prevalência das perturbações do Espectro Autista aumentou
consideravelmente desde a década de 1980 quando apenas as taxas do
autismo eram incluídas no diagnóstico. Nos vinte anos que se seguiram, esta
taxa aumentou de 5 para 72 casos por cada 10.000 crianças, tanto nos E.U.A
como na Europa, encontrando – se atualmente em cerca de 60 casos para as
PEA e 10 casos para o autismo em cada 10.000 crianças. Parte deste
aumento da prevalência resulta de uma melhoria na educação dos sintomas,
associada a uma maior e a um diagnostico mais preciso da doença.
(REGO,2012).

Outros estudos atuais demonstraram que o autismo ocorre igualmente em


diferentes grupos raciais, étnicos e sociais, mas existem três grupos distintos
que apresentam um risco mais elevado ocorrência PEA: masculino, sendo
cerca de quatro vezes mais afetado que o sexo feminino, os irmão de
crianças com PEA, sendo que as famílias com uma criança autista
apresentam uma taxa recorrência 2 a 8%, e ainda as pessoas com outros
distúrbios do desenvolvimento como sejamo atraso mental, a Esclerose
Tuberosa e a Síndrome do X Frágil.( REGO,2012)

6.4 Fisiopatologia
Durante algumas décadas, após a descrição de Leo Kanner, acreditou – se
que o autismo construía uma entidade psicogênica. Contudo, o
reconhecimento da sua associação ao atraso mental e a epilepsia iniciou a
suspeição de uma base orgânica. Influencias genética foram posteriormente
descritas, tendo - se documentado uma maior incidência de autismo em
irmãos de crianças afetadas por esta perturbação, nomeadamente em

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gêmeos monozigóticos. Desde então tornou-se globalmente aceite a etiologia
biológica do autismo (REGO,2012)

Complicações pré, peri e neonatais foram descritas em crianças autistas,


podendo, juntamente com a predisposição genética, conduzir ao
desenvolvimento desta síndrome.

6.5 Características da modalidade: Natação adaptada e Inclusiva


Inclusão – definitivamente esse termo invadiu o discurso das mais variadas
instituições. Especialmente na ultima década, diversos instrumentos legais
foram implementados pelo governo federal a fim de garantir que todas as
pessoas independentemente de limitações físicas, motoras, sensoriais ou
cognitivas, tenham acesso irrestrito à educação, ao esporte e ao lazer em
quaisquer estabelecimentos públicos (GORGATTI, 2005).

Pessoas amputadas surfando. Pessoas cegas jogando futebol. Pessoas


aidéticas fazendo ginastica. Pessoas cardiopas remando. Pessoas surdas
dançando. Pessoas diabéticas pedalando. Pessoas hemiplégicas nadando.
Pessoas autistas patinando.

Podemos pensar a pratica da atividade física pelo seu aspecto estético,


simbólico, desafiador, social. Podemos refletir sobre o significado pessoal,
individual da pratica da atividade física para aqueles que são “deficientes”
(será que são? ou que, segundo Amaral são tão e somente significa mente
diferentes). Tendo em vista as diferenças que nos tornam pessoas únicas e
especiais (VERENGUER, Rita; PEDRINELLI, 2005). A Educação Física
Adaptada é uma parte da Educação Física, cujos objetivos são o estudo e a
intervenção profissional no universo das pessoas que apresentam diferentes
peculiares condições para a prática das atividades físicas (VERENGUER,
2005)

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:

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Natação x Transtorno do Espectro


Autista

A partir do que foi dito, sabe-se que O autismo é uma condição permanente, onde a
criança ao nascer com autismo torna-se um adulto autista. A natação como
demonstrado oferece possibilidades de estímulos e desenvolvimento necessários à
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pessoa autista. O objetivo geral do presente artigo é verificar o estimulo e
desenvolvimento que a prática da natação trás para crianças com transtorno do
espectro autista. A pesquisa se constituiu de uma revisão bibliográfica de caráter
exploratório. Como observado, hoje em dia já existem instituições voltadas o
tratamento de pessoas com o TEA, inclusive na Paraíba na cidade de campina
grande temos o Instituto Brenda Pinheiro (AMA). Existem alguns centros de
referencias para tratamento de pessoas com TEA por todo o país, alguns deles
são:Hospital Universitário prof. Alberto Antunes – hupaa/ufal, clínica guri,centro de
referência à infância – incere, appoa, centro de pesquisa em psicanálise e
linguagem – cppl, clínica-escola de psicologia da puc-minas (unidade coração
eucarístico), lugar de vida – centro de educação terapêutica, ateliê espaço
terapêutico, entre outros grandes centro terapêuticos (LACERDA, 2012). Por tanto, a
literatura surgere a seguinte problemática: é possível que a natação traga benefícios
como a interação social, auto-estima, sociabilidade e aprendizagem psicomotora
para crianças com TEA?A interação de uma criança autista com o meio aquático é
bastante influente para uma possível reabilitação do autista. O trabalho com a
criança autista nas aulas de natação é muito delicado, a integração deste aluno com
o seu professor se torna um pouco difícil, e cabe ao professor interagir com essa
criança para melhor compreende-la. Sendo assim, a natação trás aos autistas
conforto, prazer, sociabilidade com outras crianças, e assim sendo, a natação um
possível tratamento para uma criança autista” (Silvia e Rabay)

Como visto em minha experiência como professora, a pessoa autista apresenta


dificuldades em interação social, na comunicação e atenção restrita, assim, como,
movimentos repetitivos. O trabalho com a criança autista não é fácil, pode-se dizer
que é um desafio, porem não é impossível de ser realizado e os resultados são
perceptíveis e fantásticos de se acompanhar. Desde crianças, assim como os
outros, necessitam e devem ter estimuladas as percepções, o desenvolvimento
motor, o cognitivo, já que podem apresentar deficiência mental associada, assim
como o contrario é verdade. Existem casos de autistas superdotados.

A natação parece ser uma das atividades físicas que desenvolve um trabalho
corporal completo. Sendo assim, oferece possibilidades de estímulos e
desenvolvimento necessários à pessoa autista. Através de musicas, brinquedos e

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demais objetos utilizados em aula, claro que cada um no tempo e exercício certo,
fica mais fácil para conseguir sua atenção e executar um trabalho excelente com ele,
visto que, uma das dificuldades do autista é a organização espaço temporal.

Para exemplificar, como as aulas de natação influenciam na percepção espaço


tempo do autista, em seu primeiro dia de atividade o professor mostra ao aluno o
local aonde irão nadar. Ensina a ele por onde e como entrar e/ou sair, utiliza os
objetos para o desenvolvimento de cada exercício e incentiva-o a guardar cada um
em seu local. Esta é uma forma de organização que começa a dar um norte ao
aluno. Uma vez gravada estas informações, o professor precisa tomar cuidado com
mudanças futuras.

É o primeiro passo a ser seguido!!

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VARELLA, Dráuzio; TEA-Transtorno do Espectro Autista, nov. 2017


Fisioter. Pesqui. vol.22, nº2 S.P abr./jun. 2015
.DSM – 5 –Definição-CCM SAÚDE-CCM-NET-SAUDE.CCM.NET,2153-dsm-5-
definição, fev. 2018
15
FERNANDES, A. P. Crianças especiais e a inclusão na sociedade, 1ª edição, Porto
Alegre, PUCRS, p.86-90, 1996. FERNANDES, M. S, PASTORELLO, G.E,
SCHEUER, T.A. O Autismo, 3ª edição, São Paulo: Abril, p. 17-18, 1999.

Rios C, Ortega F, Zorzanelli R, Nascimento LF. De la invisibilidad a la epidemia: la


construcción narrativa del autismo en los medios impresos brasileños. Interface
(Botucatu). 2015; 19(53):325-35. Disponível in:
https://www.researchgate.net/publication/276159306_Da_invisibilidade_a_epidemia_
a_construcao_narrativa_do_autismo_na_midia_impressa_brasileira

PESSOA, Nataly; Espaço Autista: Critérios para o autismo no DSM – V, Junho, 2013
GORGATTI, Marcia; COSTA, Roberto; Atividade Física Adaptada, - Qualidade de
vida para pessoas com necessidades Especiais; cap.1; p.1; 2005

VERENGUER, Rita; PEDRINELLI,Venera; Atividade Física Adaptada – Qualidade


de vida para pessoas especiais cap.1, p.1, 2005

SOUZA, Fernanda Gonçalves de, Os Benefícios da Natação para Crianças com


Autismo – Criança e Saúde – www.criacaesaude.com.br/acessado 24/02/2018
Fournier et al. (2010).

CUMINALE, Natalia; REVISTA VEJA, ed.2540, p. 85-87, julh. 2017

SILVA E RABAI . OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA CRIANÇAS COMTRANSTORNO DO


ESPECTRO AUTISTA. Disponível in:
https://www.iesp.edu.br/sistema/uploads/arquivos/publicacoes/os-beneficios-da-
natacao-para-criancas-com-transtorno-do-espectro-autista-silva-sara-milena-barreto-
da-.pdf

I Conata e I Coniata – I Congresso Nordeste de Atividades Aquáticas (I CONATA) e I


Congresso Internacional de Atividades Aquáticas ( I CONIATA): Indissociabilidade
na formação: fomentando o ensino e a pesquisa com a extensão. ANAIS.
Universidade do Estado da Bahia, 26 a 28 de outubro de 2017, Guanambi, BA.

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GUZMAN,Ruben; Natação: Exercicios de técnica para melhoria do nado, São Paulo,
2008
MAFRA, Sonia Regina Corrêa, O Ludico e o Desenvolvimento da Criança Deficiente
Intelectual, 2008.

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