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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Graduação em Psicologia
Fortaleza
2022
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Fortaleza
2022
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SUMÁRIO
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RESUMO DO PROJETO
A presente pesquisa constitui uma revisão sistemática de literatura, apresentada junto ao curso de Psicologia da
Universidade de Fortaleza (UNIFOR), com o objetivo de compreender de que forma o psicólogo escolar pode
contribuir no desenvolvimento da aprendizagem e inclusão da criança com autismo. Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica do tipo qualitativa, através de busca em uma base de dados composta por livros, e-books, artigos
científicos e revistas de psicologia. Foi observada a importância do psicólogo escolar no processo de
aprendizagem de crianças com necessidades especiais e a atuação desse profissional para o desenvolvimento da
criança na escola. Dessa forma contribui para que o indivíduo com TEA tenha uma maior qualidade de vida,
minimizando seus eventuais prejuízos decorrentes do autismo no contexto escolar.
1 INTRODUÇÃO
No século XII as crianças não eram representadas na arte medieval, pois, não havia lugar para
a infância nesse período. No século XI é notório em uma obra a deformação que o artista
revela na representação dos corpos das crianças, o qual é bastante diferente ao que se enxerga
hoje sobre crianças, o tema é a cena de uma passagem bíblica, em que, Jesus chama as
criancinhas, na ilustração havia o agrupamento de oito criancinhas ao redor de Jesus, eles
foram retratados como homens em miniatura. Dessa forma, nota-se que no Séc. X - XI
crianças e a infância não eram importantes e não se tinha interesse para a população, para eles
a infância era um período de transição e que logo era perdida. (Áries,1960)
Já no século XIII as representações das pinturas já vinham com anjos com aparência jovens,
como crianças grandes, em que eram educados para servir a missa. Em meados do Séc. XIV e
XV, a infância começou a se amplificar, a infância começou a se diversificar, o artista começa
a marcar os aspectos graciosos, delicados e inocentes das crianças ao fazer Jesus e sua mãe.
Diante disso, a infância se expande, surgindo a infância da virgem, a qual inspira o tema do
nascimento em que aparece pessoas colaborando com esse bebê recém nascido, que é
banhado e aconchegado junto à mãe. ( Áries,1960)
Para Rousseau (1712-1778) a criança é um ser inocente, que possui pureza, e apresenta
algumas características próprias à sua idade, para ele a educação afastava os males da
sociedade e assim desenvolvia as potencialidades naturais da criança.
construídas ensinavam a moral e a religião, todavia eram ensinados a ler e a escrever. ( Costa,
2010). Para Áries (1960), a infância foi estruturada pela contemporaneidade, sendo assim
relaciona-se com o desenvolvimento na escola, além da diminuição da mortalidade infantil,
influência do cristianismo e as formas atuais de vida familiar.
Dessa forma, a criança na contemporaneidade passa por uma série de avaliações desde o
nascimento, e os pais junto com os profissionais adequados conseguem acompanhar o
desenvolvimento da criança, e acabam por ter diagnósticos precoce, como o transtorno do
espectro autista, que quanto mais cedo a intervenção e tratamento melhora o desenvolvimento
geral da criança, e consequentemente uma melhora nas habilidades e independência ao longo
da vida.
De acordo com Marfitani e Abrão (2014) às primeiras descobertas sobre o autismo, foi feita
pelo psiquiatra Leo Kanner, ele realizou um trabalho com 11 crianças, sendo 8 delas meninos
e apenas 3 meninas, a qual apresentavam características atípicas. Kanner constatou que essas
crianças apresentavam dificuldades para interagir, déficit para responder a estímulos
específicos e dificuldade na comunicação, pois muitas crianças não eram verbais, e as que
falavam não apresentavam um discurso coerente e não davam sentidos às palavras. Porém, a
palavra autismo foi utilizada pela primeira vez por Eugene Bleuler, um psiquiatra, para
apresentar um dos sintomas da esquizofrenia. ( Xene, 2014)
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É necessário que o professor tenha didática e calma para com o aluno com TEA, pois o aluno
pode se distrair com facilidade, não acompanhar o professor nas atividades, estar conectado
com outros assuntos durante a aula, além de ter um grande atraso para aprender a explicação.
Sabendo disso, não é pelo fato da criança não ter interesse em aprender, mas sim porque o
autismo afeta e dificulta o processo de aprendizagem de forma global. A criança com autismo
não explora o brinquedo de acordo com a sua função, ela muitas vezes utiliza o brinquedo
com o mesmo movimento várias vezes, podendo ficar horas realizando esse movimento,
como ficar rodando a roda de um carrinho. Diante disso, o educador precisa entender o que é
o autismo, e identificar a melhor forma de aprendizagem dessa criança, levando em conta suas
necessidades e dificuldades. ( FERREIRA; FRANÇA, 2017)
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A psicologia escolar é uma área em que o psicólogo busca intervir nos processos de evolução
humana e de aprendizagem, dessa forma, entende-se que o psicólogo que atua na área
educacional ganha função de grande importância no ambiente escolar, na elaboração de
práticas e na capacidade de conhecimentos para os cidadãos, no contínuo movimento de
mudanças formados pelos desenvolvimentos de aprendizagem. (Zonta & Zanella, 2021)
Nesse sentido, é necessário uma parceria em meio ao professor e o psicólogo escolar para o
planejamento de estratégias e adaptações de atividades pedagógicas que estimulem a
participação dos estudantes com alguma deficiência, como também na realização de oficinas
para a ascensão da saúde mental, buscando conhecer as condições psicológicas relacionadas
no processo de ensino e aprendizagem, e a realização de atividades para que se tenha maior
participação dos pais ou responsáveis durante o processo de aprendizagem das crianças com
necessidades especiais. (PEREIRA; SILVA, 2022)
Nessa perspectiva, cabe ao psicólogo escolar avaliar as atitudes dos alunos típicos sobre a
relação a deficiência, investigando a forma como os estudantes de uma forma geral enxergam
a deficiência e de que forma isso pode afetar a inclusão ou exclusão social daqueles que
necessitam de cuidados especiais, pois, esses alunos podem apresentar dificuldades na
interação social, enfrentando desafios para ter amigos na escola, dessa forma é fundamental
que o psicólogo escolar elabore ações educativas que tenha foco nas relações interpessoais.
(PEREIRA; SILVA, 2022)
Ainda em relação a melhorar a forma de aprendizagem de crianças com TEA, Silva, Arantes e
Elias (2020) realizaram uma pesquisa com a aplicação de Histórias Sociais (HS) para o
ensinamento de condutas apropriadas e diminuição das condutas inadequadas, foi observado
uma redução desses comportamentos ditos inapropriados, e uma eficácia na interferência,
sendo assim as HS se torna eficaz para a intermediação de conduta, tendo fácil aplicabilidade,
e podendo ser desenvolvida pelo psicólogo escolar e utilizada na escola, para a utilização em
momentos de difícil manejo do professor e em momentos de birra da criança.
O tema em questão a qual foi escolhido, aconteceu após o início do estágio de psicologia em
uma escola de educação infantil, em que comecei a ter interesse pela psicologia escolar, e com
um olhar na atuação e como esse profissional pode contribuir para o desenvolvimento dessa
criança com necessidades especiais a qual carece de um diferencial para a ampliação da
aprendizagem. Diante disso, há uma grande relevância desse tema para que os estudantes e
profissionais de psicologia estudem para que compreenda o real papel do psicólogo escolar
para a inclusão e de que maneira pode conduzir para de alguma forma contribuir para a
aprendizagem da criança atípica, pois, fará um grande diferencial na vida desse estudante ou
profissional, pois, em algum momento poderá atuar nessa área escolar e é imprescindível que
domine do conteúdo.
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1.1 Hipótese
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
O tipo de pesquisa utilizada no presente trabalho foi exploratória bibliográfica. Sendo que a
pesquisa de cunho bibliográfica é feita pelo levantamento de revisão de obras existentes,
podendo ser explorado de forma física ou virtual, como livros, teses, artigos científicos e etc.
Foram incluídos bases bibliográficas como consulta à internet em sites científicos que
continham artigo em geral, biblioteca digital da unifor, que atendesse os seguintes critérios:
idioma em português e bases bibliográficas que tivessem as palavras chaves “AUTISMO’’,
“APRENDIZAGEM'', “INCLUSÃO’’. Também incluímos publicações dos últimos cinco
anos. Foram excluídos desse trabalho documentos que não fazem uso da temática abordada
com foco no tema do trabalho.
4 CRONOGRAMA
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2023 2022
Atividades Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Levantamento bibliográfico X X X
Elaboração do projeto X X X
Apresentação do projeto à banca X
Reformulação do projeto, se X X
necessário
Análise dos resultados X X X
Elaboração do artigo X X X X X X X
Apresentação do artigo X
5 ORÇAMENTO -
Não haverá custos para o NAMI/SPA na realização dessa pesquisa, pois o mesmo
já dispõe do material necessário para o desenvolvimento da mesma. O financiamento da
pesquisa será realizado pelas pesquisadoras que irão desenvolver o trabalho, não tendo ônus
para a orientadora.
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REFERÊNCIAS
MELLO, Ana Maria, S, Ros de Andrade, Maria América Ho Helena Sousa Dias, Inês
de. Retratos do Autismo no Brasil. 1º Edição, São Paulo. Editora. AMA,2013, p.82
SILVA, Mirella Cassia da; ARANTES, Ana; ELIAS, Nassim Chamel. Uso de
histórias sociais em sala de aula para crianças com autismo. Psicologia em
Estudo, v. 25, 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pe/a/Xk54pKzCmPVFPxpG68zsV7q/?lang=pt#.Acesso em: 27
abr. 2021.