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DIAGNÓSTICO EM
PSICOPEDAGOGIA E A
CRIANÇA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA .............................................................................. 4
O QUE É O DIAGNÓSTICO NA PSICOPEDAGOGIA .................................................. 6
OS TIPOS DE DIAGNÓSTICO ................................................................................... 10
Situacional .................................................................................................................. 10
Assistencial ................................................................................................................. 11
Escolar........................................................................................................................ 12
Modalidade de Aprendizagem..................................................................................... 12
Transtorno de Aprendizagem ...................................................................................... 13
ETAPAS DO DIAGNÓSTICO...................................................................................... 14
Entrevista Familiar Exploratório Situacional (E.F.E.S.) ................................................ 15
Entrevista de Anamnese ............................................................................................. 15
Sessões lúdicas centradas na aprendizagem (para crianças) ..................................... 17
Provas e testes ........................................................................................................... 17
Síntese diagnóstica..................................................................................................... 18
Entrevista de devolução e encaminhamento ............................................................... 18
MATERIAIS E ESTRATÉGIAS PARA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA ........... 19
Jogos de exercício ...................................................................................................... 21
Jogos simbólicos......................................................................................................... 22
Jogo de regras ............................................................................................................ 23
Materiais lúdicos ......................................................................................................... 24
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA.............................................. 25
O Psicodrama ............................................................................................................. 25
Livros sem texto .......................................................................................................... 27
A Caixa de Areia ......................................................................................................... 29
Estimulação Cognitiva ................................................................................................ 30
Técnicas Expressivas Plásticas .................................................................................. 33
A ORGANIZAÇÃO DO PORTFÓLIO DO DIAGNÓSTICO .......................................... 34
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 35
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DIAGNÓSTICO EM PSICOPEDAGOGIA E A CRIANÇA
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INTRODUÇÃO
AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Ela deve ser um processo dinâmico, pois é nela que são tomadas decisões
sobre a necessidade ou não de intervenção psicopedagógica. Ela é a investigação do
processo de aprendizagem do indivíduo visando entender a origem da dificuldade e/ou
distúrbio apresentado. Inclui entrevista inicial com os pais ou responsáveis pela
criança, análise do material escolar, aplicação de diferentes modalidades de
atividades e uso de testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência
e dificuldades apresentadas. Durante a avaliação podem ser realizadas atividades
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matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento e outras funções
cognitivas,leitura, escrita, desenhos e jogos. Inicialmente, deve-se perceber, na
consulta inicial, que a queixa apontada pelos pais como motivo do encaminhamento
para avaliação, muitas vezes pode não só descrever o “sintoma”, mas também traz
consigo indícios que indicam o caminho para início da investigação. “A versão que os
pais transmitem sobre a problemática e principalmente a forma de descrever o
sintoma, dão-nos importantes chaves para nos aproximarmos do significado que a
dificuldade de aprender tem na família” (FERNÁNDEZ, 1991, p. 144).
Fernández (1991) afirma que o diagnóstico, para o terapeuta, deve ter a mesma
função que a rede para um equilibrista. É ele, portanto, a base que dará suporte ao
psicopedagogo para que este faça o encaminhamento necessário.
É nesse momento que o psicopedagogo irá interagir com o cliente (aluno), com
a família e a escola, partes envolvidas na dinâmica do processo de ensino-
aprendizagem.
a) Situacional
b) Assistencial
c) Escolar
d) Modalidade de Aprendizagem
e) Transtorno de Aprendizagem
Situacional
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É o levantamento de informações acerca de uma queixa ( problema/ narração
de um fato/ motivo de sofrimento/perda/dor/fracasso) em uma determinada situação
específica cujo objetivo é uma investigação rápida para conclusões imediatas e
planejamento para execução de curto prazo.
Por exemplo:
Outra situação típica para ser executado são trabalhos com periferia, igrejas,
hospitais e ONG. Estes locais possuem uma clientela heterogênea com permanência
indeterminada e inconstante onde o psicopedagogo não pode manter uma rotina
extensa de atendimentos e necessita trabalhar diante de uma situação de resultados
mais rápidos para intervenções de caráter mais paliativos.
Assistencial
Neste tipo de diagnóstico você tem um público diferenciado que nem sempre
há uma queixa formalizada e que o psicopedagogo deverá investigar as necessidades
dos aprendentes assistidos por aquela instituição.
Escolar
Modalidade de Aprendizagem
Transtorno de Aprendizagem
• Dislexias
• Disortografias
• Disartrias
• Discalculias
• DDA
• TDAH
Ressaltamos desta forma que o Diagnóstico não é algo simples , ou uma única
fórmula pronta encontrada em um manual. Mas sim, possibilidades diferentes de
atuação psicopedagógicas com objetivos centrados na investigação dos problemas
de aprendizagem de um ou mais sujeitos em qualquer local visando encontrar
soluções que amenizem/eliminem os problemas encontrados.
ETAPAS DO DIAGNÓSTICO
2) Entrevista de anamnese;
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3)Sessões lúdicas centradas na aprendizagem (para crianças); 4) Provas e
Testes (quando necessário);
Entrevista de Anamnese
É uma entrevista, com foco mais específico, considerada como um dos pontos
cruciais de um bom diagnóstico, visando colher dados significativos sobre a história
do sujeito na família, integrando passado, presente e projeções para o futuro,
permitindo perceber a inserção deste na sua família e a influência das gerações
passadas neste núcleo e no próprio.
A história vital nos permitirá “... detectar o grau de individualização que a criança
tem com relação à mãe e a conservação de sua história nela” (PAÍN, 1992, p. 42).
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É importante iniciar a entrevista falando sobre a gravidez, pré-natal, concepção.
“A história do paciente tem início no momento da concepção e vêm reforçar a
importância desses momentos na vida do indivíduo e, de algum modo, nos aspectos
inconscientes de aprendizagem” (WEISS, 1992, p. 64).
Se a mãe não permite que a criança faça as coisas por si só, não permite
também que haja o equilíbrio entre assimilação e acomodação. Alguns pais retardam
este desenvolvimento privando a criança de, por exemplo, comer sozinha para não se
lambuzar, tirar as fraldas para não se sujar e não urinar na casa, é o chamado de
hipoassimilação (PAÍN, 1992), ou seja, os esquemas de objeto permanecem
empobrecidos, bem como a capacidade de coordená-los.
Saber sobre a história clínica, quais doenças, como foram tratadas, suas
consequências, diferentes laudos, sequelas também é de grande relevância, bem
como a história escolar, quando começou a frequentar a escola, sua adaptação,
primeiro dia de aula, possíveis rejeições, entusiasmo, porque escolheram aquela
escola, trocas de escola, enfim, os aspetos positivos e negativos e as consequências
na aprendizagem.
Provas e testes
Síntese diagnóstica
“Uma vez recolhida toda a informação (...) é necessário avaliar o peso de cada
fator na ocorrência do transtorno da aprendizagem” (PAÍN, 1992, p. 69).
Por isso, serão apresentados alguns dos materiais cujo uso foi atestado em
clínicas psicopedagógicas durante muitos anos de prática, assim como as estratégias
de intervenção que mais se adaptam aos tipos mais comuns de dificuldades de
aprendizagem que normalmente são atendidos pelos profissionais da
psicopedagogia.
Jogos de exercício
O jogo de exercício é definido por ele como característico desta fase sensório-
motora. Entretanto,o ser humano não deixa de jogá-lo só porque cresce e se torna
adulto. A cada nova aprendizagem ele volta a utilizar jogos de exercícios, necessários
à formação de esquemas de ação úteis ao seu desempenho, pois o jogo de exercício
não objetiva a aprendizagem em si, mas a formação de esquemas de ação, de
condutas, de automatismo. Por isso, jogá-lo só é necessário para este fim, pois fica
cansativa e enfadonha a repetição de ações já interiorizadas.
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Jogos simbólicos
Este tipo de jogo predomina dos 2 aos 7 anos de idade, ou seja, no período pré-
operatório de pensamento.
No jogo simbólico a criança já é capaz de encontrar o mesmo prazer que tinha
anteriormente lidando agora com símbolos. É a época do "faz de conta", da
representação, do teatro, das histórias, nas quais uma coisa simboliza outra: um
pedaço de pau "vira" cavalo; vestir uma capa transforma em super-homem;
representar o papel de mãe ao brincar de bonecas, dentre outros exemplos.
Em seguida, a criança fará dormir, comer, ir e vir, outros objetos que não ela
própria, transformando simbolicamente um objeto em outro. EX.: uma caixa vazia é
um carro; por volta dos 4 anos a criança vai se aproximando, cada vez mais, de uma
imitação da realidade. Ex.: todas as casas desenhadas têm que ter janelas e telhados
Jogo de regras
Os jogos de regras são, segundo Piaget, "a atividade lúdica do ser socializado".
Um jogo de regras pressupõe uma situação problema, uma competição por sua
resolução e uma premiação advinda desta resolução. As regras orientam as ações
dos competidores, estabelecem seus limites de ação, dispõem sobre as penalidades
e recompensas. Elas são as "leis" do jogo.
Ao jogar jogos de regras as crianças assimilam a necessidade de cumprimento das
leis da sociedade e das leis morais da vida.
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Para ser enquadrado como um jogo de regras são necessárias as seguintes
características: que haja um objetivo claro a ser alcançado; que existam regras
dispondo sobre este objetivo; que existam intenções opostas dos competidores; que
haja a possibilidade de cada competidor levantar estratégias de ação .
Materiais lúdicos
Saber o que comprar, que tipo de jogo usar para cada caso, é um dos desafios
ao profissional da aprendizagem. Não há como comprar todos os jogos disponíveis
no mercado, nem necessidade disso. Importante que o psicopedagogo possua alguns
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jogos de exercícios, materiais simbólicos e jogos de regras, para atender à diversidade
de desenvolvimento humano. Que tais materiais sejam de boa qualidade e resistentes
às brincadeiras, pois nada é mais frustrante do que a criança estar brincando e o
brinquedo quebrar ou se danificar enquanto ela o utiliza.
O Psicodrama
Em sua opinião as crianças são as mais beneficiadas com esta técnica porque
ela lhes permite a expressão de pensamentos e vivências com mais facilidade do que
o desenho e a escrita, que exigem competências que elas, muitas vezes, não
possuem.
Livros cujo texto sofreu alguma mudança: como por exemplo, a história dos três
porquinhos relatada pelo lobo, que permite a diversificação de pontos de vista, pela
criança.
Como cada boneca é feita manualmente e seu rosto é pintado à mão (com um
mínimo de traços), cada uma adquire um aspecto individual e único. Os modelos e
tamanhos procuram atender à necessidade das crianças em cada faixa etária,
adequando-se, em complexidade, às diversas fases do desenvolvimento infantil.
A Caixa de Areia
A caixa deve ter a forma retangular, medir 50cm por 75cm e 5 cm de altura e
ter o fundo pintado de azul. Pode ser de madeira ou papelão. As miniaturas podem
ser de qualquer material: plástico, chumbo, madeira, biscuit, etc... e incluírem
elementos do universo pessoal: elementos da natureza, objetos, veículos, animais,
vegetais , etc.
Dora Kalff iniciou sua prática com crianças, com uma abordagem não verbal,
sem interferir em seu processo de trabalho. Ela simplesmente observava o que
acontecia na sessão e percebeu que havia uma melhora significativa nos quadros de
seus clientes apesar de não haver interferido. Passando a usar o mesmo método com
adultos, descobriu que havia um processo semelhante ao das crianças.
Estimulação Cognitiva
O PEI é um programa que exige uma formação específica para sua aplicação
e tem seus direitos autorais protegidos. A teoria da mediação da aprendizagem - EAM
- como toda proposição teórica, não pode ter seu uso restringido por tais mecanismos
jurídicos, pois é de domínio público. Sendo assim, é possível seu uso independente
do Programa, mas não o contrário.
Quando uma criança passa por um processo intencional e sistemático de mediação
da aprendizagem ela desenvolve metacognição e tem seu potencial ampliado,
desenvolvendo cada vez mais sua cognição.
A palavra educação deriva do latim "educare", que significa "trazer para fora".
Cinestesia deriva da raíz grega "Kinesis", que significa "movimento". Educação
cinestésica é um sistema criado para dotar pessoas de qualquer idade com o potencial
externalizado daquilo que está encerrado dentro de seu próprio corpo.
Exercício: Bicicletas
Faça os BOTÕES TERRA para aumentar sua capacidade de calcular e lidar com
números. Mantenha dois dedos abaixo do lábio inferior, e descanse a outra mão na
extremidade superior do osso púbico. respire, elevando a energia para o centro do
corpo.
As técnicas expressivas plásticas são aquelas que utilizam a livre criação, com
materiais apropriados, como lápis coloridos, aquarelas, tintas, argila, dobraduras,
recorte e colagens, etc.
Coleções como a editada pela Cia das Letrinhas- Por Dentro da Arte -
apresentam as obras de grandes pintores, de vários movimentos artísticos, com
atividades lúdicas a serem realizadas pelas crianças. São verdadeiros jogos e podem
ser usados com muito sucesso na intervenção psicopedagógica.
Shores e Grace (2001) definem portfólio como uma coleção de itens que revela
os diferentes aspectos do crescimento e do desenvolvimento de cada aluno. Ele
possui amostras de desenhos, fotografias e comentários que poderão oferecer
informações sobre o processo de aprendizagem dos sujeitos. As autoras sugerem dez
passos para a construção do portfólio e enfatizam o envolvimento da família nesse
trabalho, além de solicitar ajuda na coleta de informações e na comunicação do
trabalho desenvolvido com os alunos.
REFERÊNCIAS