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O cérebro...
A mente...
PRINCIPAIS CONCEITOS
Grécia Antiga e vem das palavras: pais, paidos = criança; agein = conduzir; logos =
tratado, ciência. Assim, a pedagogia é a ciência que tem por objeto de estudo a
educando.
O ESPECIALISTA EM NEUROPSICOPEDAGOGIA
aprendizagem.
da aprendizagem.
Contribuições das Neurociências para a Educação”, a esse respeito, foi criado pela
esse respeito, foi criado pela PUC- RS, em 2009, como curso de extensão, na
Campo de Atuação
• Este curso de pós-graduação destina-se aos graduados em
dificuldades de aprendizagem;
Funções
desenvolvimento neuropsicológico;
relativos à aprendizagem;
cada caso;
favorecem a aprendizagem;
• Assessoramento técnico frente a instituições voltadas ao trabalho de
Qualificações
cognitivo do indivíduo;
processo educativo;
social.
Observação importante
reconhecimento científico.
precisam conquistar espaços, mas aos poucos vem abrindo caminhos e sutilmente
quanto a nós, crucial para aperfeiçoar o ensino. É dentro deste paradigma central da
executivas na aprendizagem.
conhecimentos, uma vez que está implícita no ato educativo uma interaçãoentre dois
professores é um dos grandes desafios do século XXI, por essa razão, pensamos
principal pelo qual escrevemos este texto. Como novo paradigma transdisciplinar,
concebido como uma instrução, mas como uma transmissão cultural que combina a
como fabricar um carro sem motor. Não se vê o motor, mas sem ele o carro não
anda.
contém cerca de 100 biliões de neurónios (Calvin, 1998, 2004; Kandel, Schwartz e
soma que contém o núcleo com o seu código genético e mitocôndrias que produzem
Cada uma dessas células nervosas pode ainda comportar 1.000 a 10.000 conexões
eléctrica por via das sinapses (Kolb e Whishaw, 1985; Ward, 2006). Sem essa
seriam possíveis.
cerca 1.200 – 1.350 centímetros cúbicos de volume, pesa cerca de 1.450 gramas,
nos define quem somos como indivíduos únicos, totais e evolutivos, é a ela que
extraordinário. A sua rede neuronal pode atingir 100 triliões de sinapses e possuir
consideradas as células da aprendizagem, pois são elas em si, mais a interação que
sensório-motor, práxica, não simbólica ou não verbal, seja a mais complexa do tipo
1981; Rourke,1989).
perfetológica.
quer distal, assim como, por células especiais em forma de castiçal que são capazes
boca) com as quais o ser humano expressa a sua motricidade, a sua sensibilidade
evolução, de forma exponencial nas zonas corticais e de forma menos dilatada nas
zonas subcorticais.
funções mentais, que no seu todo se pode considerar como o córtex estratégico
funcional.
2009a).
mais natural, simples e não verbal, seja à mais cultural, complexa e verbal.
Qualquer aprendizagem humana emerge, consequentemente, de múltiplas
Funções Funções
Conativas Executivas
Funções
Cogniti vas
humana...
dedicámos noutras obras (Fonseca, 2001, 2014a; 2014b; 2013) mas que não se
sociabilidade.
por Damásio, 1995, 1999, 2003), e duma consciência executiva, pois somos a única
razão pela qual desejamos evocar a estreita intrincação e interação das funções
conativas e executivas.
origem social (Vygotsky, 1978, 1986, 1987; Bodrova e Leong, 2007) e como sendo
Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862014000300002
2014a) a saber:
simultânea; etc.;
das três ferramentas cognitivas principais acima referidas (Calvin, 1998; Das, Kar e
Parrila, 1996; Hale e Fiorell, 2004; Fonseca, 2001, 2014 a; Ward, 2006; ).
forma inteligível.
indivíduo (aluno, formando, etc.), não esquecendo que quando falamos de cognição,
frágeis ou fracas em muitas crianças e jovens que lutam diariamente na sala de aula
das chaves do sucesso escolar e do sucesso na vida, quanto mais precocemente for
produtividade.
executivas.
latino de “conatus” pela primeira vez introduzido por Espinoza, grande filósofo
(Damásio,2003).
desmotivações, sofrimentos,etc..
impacto nas funções cognitivas, por um lado, e nas funções executivas, por outro,
humana (Fonseca, 2014 a; Ward, 2006; Reuchlin, 1990; Yang e Faeth, 2010).
e intencionalidade.
busca e conquista de objetivos e fins a atingir, etc., que se repercutem quer nas
executivas.
Porque faço a tarefa... Que faço com a tarefa... Como me sinto na tarefa...
aprendizagem.
inicial e imaturo para um estádio final e fluente, seja aprender a nadar ou a andar de
bicicleta, seja a aprender a ler ou a escrever, reveste-se dum aperfeiçoamento de
liberdade.
desconforto e insegurança.
funções conativas.
executam e apragmatizam.
mais poder de síntese; mais criatividade; etc. Numa palavra, o indivíduo investe mais
realização (Maslow,1954).
Para além das funções cognitivas e das conativas a que já nos referimos
executivas.
1979; Wong, 2005; Denckla, 2007; Meltzer, Krishnan, 2007; Tridas, 2014,), vejamos
em particular, alguns dos seus pontos mais relevantes para a educação e para o
sucesso escolar (“academicsuccess”).
que ocupa no cérebro humano quase um terço do seu volume cortical (Goldberg,
2001);
excelentes linhas de comunicação com todas as outras áreas, sendo mesmo a sua
2009b; 2010).
sem pôr em prática tais habilidades, aprender não vai ser fácil nem prazeroso para
ele.
chegar à solução correta, etc., podem revelar a luta titânica que muitas crianças e
do currículo é tão abismal que muitas disfunções executivas acabam por estar na
perfis disexecutivos podem não refletir o seu potencial de aprendizagem, porque são
múltiplas tarefas, tais como: leituras longas; resumos, notas e apontamentos escritos
Neste contexto é cada vez mais expectável que os alunos sejam proficientes:
isto é, exige-se deles funções executivas muito eficazes e fluentes, para as quais,
áreas fracas), nem tão pouco ensinam estratégias sistematicamente para que eles
aprendem.
Como é fácil perceber, o sucesso escolar dos alunos depende muito da sua
habilidade para manejar as funções executivas, quer na escola, quer em sua casa
particular têm que compreender o papel destas funções no sucesso escolar dos
seu enriquecimento.
Trata-se duma necessidade educacional essencial e atual, que não pode ser
escolar.
(Fonseca, 2014b)
nova perspectiva sobre muitos alunos que sendo brilhantes intelectualmente não
novas visões sobre muitos alunos ditos fracos (ou “maus alunos”...), com diferenças,
sistematizadas.
sumariamente, as seguintes:
avaliação de tarefas...);
revisão e supervisão...);
referenciarão...).
1966a, 1966b, 1973; Das, Kar e Parrila, 1996; Fonseca, 2001, 2010), a sede das
escolar.
significativas, entre a criança e o adulto, logo entre os efeitos duma lesão num
cérebro maturo (onde há mais literatura publicada) e uma disfunção num cérebro
explicação básica sobre o papel do lobo frontal, e especialmente, do seu córtex pré-
O córtex pré-frontal encontra-se imaturo antes dos vinte anos, por certa
graus diversos, nas outras funções mentais que destacamos ao longo do texto.
desenrola, após muitas horas de prática, desde uma dificuldade inicial a uma
novas habilidades.
jovens (uma escola inteligente para crianças e jovens inteligentes...), mas para tal
texto, adiantar e facilitar alguns dados de compreensão sobre este assunto tão
alunos são processos mentais internalizados que podem ser aperfeiçoados, cuja
complementar.
potencial complementar dos seus dois lados do corpo e dos seus dois hemisférios,
contrariar a evolução.
realização de avaliações mais eficientes, etc., pois só com tais ferramentas mentais
podem estabelecer pontes entre o seu potencial de aprendizagem e as exigências
nível dos seus planos de instrução, ao nível dos seus conteúdos e ao nível dos seus
todos os alunos sem exceção, mesmo os que revelam défices nas funções
Design for Learning”) livres de barreiras onde todas as crianças e jovens possam
Na escola do futuro nenhum estudante deve ficar para trás e muito menos
aconselhado para facilitar o seu acesso, pelo contrário, elas são uma barreira difícil
apresentados e debitados nas aulas, há que ter mais atenção com os processos
escolar será uma miragem para muitos deles. Quem perde mais com o insucesso
para todos, onde seja possível focar mais a colocação de perguntas ou questões de
desafio cognitivo, conativo e executivo, onde os alunos tenham que pensar mais
estratégias meta cognitivas sejam mais trabalhadas. Não está em jogo tanto o
textos impressos ou escritos. Neste caso o currículo e os materiais, só por si, geram
e a significação da aprendizagem.
A educação da criança e do jovem na era digital tem que ser cada vez mais
amiga dos seus corpos, dos seus cérebros e das suas mentes, caso contrário muitos
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Inclusão, 1.
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