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RESUMO
O objetivo desta pesquisa é compreender como se relaciona “A Neurociência na
prática pedagógica do Psicopedagogo e Neuropsicopedagogo na inclusão do aluno com
Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), e possíveis estratégias a serem usadas no
Atendimento Educacional Especializado (AEE) para o enriquecimento curricular na
sala comum, de acordo com as Competências da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), na Educação Especial Inclusiva. A metodologia utilizada é baseada em
pesquisa bibliográfica em análise minuciosa de estudiosos que trataram do assunto e
artigos científicos publicados por meio eletrônico somando com minha prática
pedagógica. O Documento de Salamanca (1994) foi o marco da Educação Inclusiva
objetivando a “Educação para Todos”, abrindo espaços para Pesquisas, Ensino
Superior e Formação Continuada sobre alunos com deficiência e com outras
necessidades educacionais especiais e assim incluídos nas escolas públicas. A inclusão
de alunos com Altas Habilidades/Superdotados (AH/SD) torna-se necessário um olhar
mais atencioso do Atendimento Educacional Especializado (AEE), composto por
Especialistas na área de Educação Especial Inclusiva e outros especialistas, incluindo
a Equipe Pedagógica e Gestora, principalmente no que diz respeito ao processo de
ensino e aprendizagem e ética profissional. Mas quem é o aluno com Altas
Habilidades/Superdotação (AH/SD)? E o que caracteriza este aluno? De que forma a
Neurociência pode contribuir na prática pedagógica do Psicopedagogo e
Neuropsicopedagogo na inclusão deste aluno? Esta é a problemática que iremos
investigar para compreensão deste trabalho.
Palavra-chave: Neurociência. Psicopedagogia. Neuropsicopedagogia. AH/SD
INTRODUÇÃO
A Neurociência estuda o cérebro, para Vygotsky a estrutura básica do cérebro
humano é mutável, e funciona como uma espécie de hardware cerebral em que a plasticidade
pode fazer “instalações” de novos softwares resultantes de estímulos externos que ocasiona
o desenvolvimento cognitivo da aprendizagem e a Teoria de Vygotsky somente foi aceita com
o surgimento da Neurociência que veio ampliar os estudos da Psicopedagogia e
Neuropsicopedagogia e outras ciências e assim melhorar o processo de ensino e
aprendizagem humana.
São inúmeros os estudiosos sobre a Neurociência que defendem a ideia de que a
aprendizagem está relacionada com a forma como o cérebro humano funciona, sobre isso,
Tabaquim (2003) diz que,
“O cérebro é um órgão privilegiado da aprendizagem. Conhecer sua estrutura e
funcionamento é fundamental na compreensão das relações dinâmicas e complexas
da aprendizagem. (...) O cérebro é o sistema integrador, coordenador e regulador
entre o meio ambiente e o organismo, entre o comportamento e a aprendizagem”
De acordo com a frase de Stanley B. Prusiner, Prêmio Nobel de Medicina, 1977, “a
Neurociência é de longe o ramo mais empolgante da ciência porque o cérebro é o objeto mais
fascinante do universo. Cada cérebro humano é diferente – o cérebro torna cada ser humano
único e define quem ele ou ela é”. Desta forma, entende-se que o cérebro é responsável por
coordenar todas as atividades do nosso corpo e pelo funcionamento tanto nas atividades
voluntárias quanto nas involuntárias,
A Psicopedagogia tem sua base no psicológico da/para a aprendizagem, quanto que a
Neuropsicopedagogia se embasa nas questões neurológicas do ensino e aprendizagem do
indivíduo e ambas as ciências estão centradas na Neurociência por ser a ciência que estuda
o cérebro e como ele sustenta as atividades mentais que estão vinculadas ao desenvolvimento
cognitivo, ajudando a entender como acontecem os processos de pensamento, percepção que
temos a respeito de mundo, aprendizagens, memória, mente e comportamento humano.
O cérebro é também estudado pela Psicopedagogia, pois a palavra psico é de origem
grega que significa “alma ou mente”. Segundo Bossa (2000), o objeto de estudo da
Psicopedagogia é a aprendizagem humana, como se dá o aprender, suas variações e os fatores
implicados e como ocorrem as alterações na aprendizagem e como preveni-las ou trata-las.
E o Código de Ética da Psicopedagogia, nos faz compreender o,
Artigo 1º -A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que se
ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a
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DESENVOLVIMENTO
Nos últimos anos a Neurociência auxilia nas bases teóricas e práticas tanto da
Psicopedagogia quanto da Neuropsicopedagogia pelo fato desta ciência contribuir para a
compreensão da relação entre o cérebro e a aprendizagem e o comportamento humano; o
funcionamento do cérebro e a plasticidade cerebral; os elementos que fundamenta o processo
de desenvolvimento da aprendizagem; os neurotransmissores, neuromoduladores e a
neurofisiologia, auxilia na compreensão do processo ensino e aprendizagem
Concordo com GIFTED (2012), diz que um dos maiores desafios da Escola atual é
quebrar os paradigmas tradicional da forma triangular da Equipe Pedagógica e assim,
incluir o Neurocientista e Aprendizagem ou Neurocientista e Educação, o Psicopedagogo, o
Neuropsicopedagogo e o Psicanalista na Equipe Multidisciplinar, são profissionais
especializados e de relevância na contribuição do processo ensino e aprendizagem junto com
os demais profissionais.
A prática na docência nos ensina que o aluno não deve ser tratado de maneira igual
para igual, percebe-se que no tratamento das diferenças que se direciona melhor o processo
do ensino e aprendizagem e oferece qualidade na aplicação do método, isto não quer dizer
que haja preferência ou privilégio utilizando esforços ao qualificar o trabalho pedagógico e
desse modo a melhoria do ensino e aprendizagem.
A importância de saber que todos possuem diferenças essenciais contribui para a
condução de forma eficiente, demonstra competência e habilidades principalmente no que
diz respeito com os alunos com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), devido ao fato
ser abstrato e a responsabilidade do professor é bastante criteriosa a proporção do foco do
diagnóstico e avaliação deste aluno. A Lei Diretrizes de Bases – LDB 9394/96- em seu,
Artigo 59-“Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e Altas Habilidades ou
Superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013).
A Resolução nº 02/2001, que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica em seu,
Artigo 5: “Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os
que, durante o processo educacional, apresentarem: III- Altas
Habilidades/Superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a
dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
A criação do cadastro prevista na Lei 13.234, de 29 de dezembro de 2015, que altera
o Artigo 59-A, Parágrafo Único da Lei nº 9.394/96, sancionada pela Presidenta Dilma
Roussef, diz: “para dispor sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento, na
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
No final desta pesquisa chega-se à conclusão que a Neurociência contribui de forma
significativa na prática pedagógica do Especialista em Psicopedagogia e Especialista em
Neuropsicopedagogia com alunos de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) na Educação
Especial Inclusiva, e assim, as atividades pedagógicas se realize de forma harmoniosa com
as Competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo necessário que o
aluno passe pelo processo de inclusão e pelas avaliações necessárias para entender as
necessidades, potencialidades do aluno e oportunidades de desenvolvimento. Conforme a
LDB 9.394/96, em seu Artigo 59,
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades;
II – Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados; (BRASIL, 1996, p.40)
Segundo Tatiana Castro (2019), a Psicopedagogia é a ligação com a psicanalise,
psicologia e antropologia e seu foco são os processos de aprendizagem do sujeito (clinica) e
de um grupo (institucional), enquanto que a Neuropsicopedagogia investiga os processos de
aprendizagem integrando os estudos de Neurociência com a Psicopedagogia buscando
investigar e intervir nas dificuldades da aprendizagem sendo coadjuvante desses
conhecimentos, pois o cérebro das crianças com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) a
informação se processa de maneira muito rápida, mas com algumas limitações, são mais
ativos e mais eficientes em nível neuronal.
Portanto, segundo Alcântara (2000) o aluno AH/SD tem direito á diferenciação do
ensino (deve ocorrer por meio da suplementação e do enriquecimento curricular), deve
ocorrer na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) ou em sala de aula normal
e aceleração, de forma que a ética profissional seja respeitada e assim contribuir para melhor
desempenho do professor ou professores da sala regular.
Segundo Beauclair (2014) o termo Neurocpsicopedagogia é “um novo campo de
especialização profissional, de pesquisa, de ação e intervenção, baseados nos avanços das
Neurociências e suas aplicabilidades no campo da Educação e Psicopedagogia”, incluindo a
Neuropsicopedagogia (grifo meu).
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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