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Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou

mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de


intervenção pedagógico-terapêutica.
Os efeitos burocráticos e pouco dinâmicos da lógica tradicional podem vir a ser
atenuados por ações horizontais que integrem os componentes e seus saberes nos
diferentes níveis assistenciais.
Na horizontalização decorrente do processo de matriciamento, o sistema de saúde se
reestrutura em dois tipos de equipes:
♦♦equipe de referência;
♦♦equipe de apoio matricial.
Na situação específica do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, as equipes da
Estratégia de Saúde da Família (ESF) funcionam como equipes de referência
interdisciplinares, atuando com uma responsabilidade sanitária que inclui o cuidado
longitudinal, além do atendimento especializado que realizam concomitantemente. E a
equipe de apoio matricial, no caso específico desse guia prático, é a equipe de saúde
mental.
O apoio matricial: um suporte técnico especializado que é ofertado a uma equipe
interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações.
No processo de construção coletiva do projeto terapêutico entre as duas equipes – a de
referência e a de apoio matricial –, profissionais de diversas especialidades
compartilham o seu saber ao se depararem com a realidade exposta. Dessa forma, existe
o campo comum a todos e o núcleo específico de cada especialidade ou profissão,
como explica Campos (2000): O núcleo demarcaria uma área de saber e de prática
profissional e o campo um espaço de limites imprecisos onde cada disciplina ou
profissão buscaria em outras o apoio para cumprir suas tarefas teóricas e práticas.
Profissionais matriciadores em saúde mental na atenção primária são psiquiatras,
psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros de
saúde mental.

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