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Processo de Trabalho em Saúde da Família
Processo de Trabalho em Saúde da Família
Autoria: Emiliana Maria Grando Gaiotto
Como citar este documento: GAIOTTO, Emiliana Maria Grando. Processo de Trabalho em Saúde da
Família. Valinhos, 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Trabalho em Equipe na Estratégia de Saúde da Família 05
Unidade 2: Calendário Vacinal e Campanhas Vacinais 32
Unidade 3: O Acolhimento na Estratégia de Saúde da Família 59
Unidade 4: Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família 85
Unidade 5: Atendimento e Visitas Domiciliares. Referência e Contrarreferência 113
Unidade 6: Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Saúde Bucal. Hiperdia 141
Unidade 7: Gestão de Indicadores na Estratégia de Saúde da Família 176
Unidade 8: Cuidado Multidisciplinar de Pacientes Crônicos e Plano Terapêutico Singular 199
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Apresentação da Disciplina
Objetivo
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Introdução
Atenção Básica à Saúde (ABS) é o conjun- fortalecer o vínculo entre usuário e profis-
to de ações de saúde no âmbito individual e sionais.
coletivo que abrange a promoção e a prote- A Política Nacional de Atenção Básica
ção da saúde, a prevenção de agravos, a vi- (PNAB) tem a Estratégia de Saúde da Famí-
gilância à saúde, o diagnóstico, o tratamen- lia como prioridade, pois por meio dela res-
to e a reabilitação. Compreende as Unida- gatamos o papel das UBS no levantamento
des Básicas de Saúde (UBS) como a principal das vulnerabilidades territoriais e suas ne-
porta de entrada do Sistema Único de Saú- cessidades, como também o acolhimento
de (SUS), o qual é o mais alto grau de des- com escuta qualificada e humanizada dos
centralização e de proximidade da vida da usuários do SUS (BRASIL, 2012).
comunidade. Também compreende o pro-
cesso de comunicação e acesso aos demais
serviços de saúde de maior complexidade
(SÃO PAULO, 2016).
A equipe de ESF, ao planejar as ações de
saúde, deve utilizar os princípios do SUS
(universalidade, integralidade, equidade
e participação social) como norteadores e
6/242 Unidade 1 • Trabalho em Equipe na Estratégia de Saúde da Família
no qual o indivíduo agora é visto como par-
Para saber mais te integrante de uma família e de uma co-
munidade. Outra diferença do modelo as-
As instituições de saúde da atenção básica po-
sistencial é o trabalho multiprofissional, em
dem ser chamadas de: Unidade Básica de Saúde
que cada profissional tem sua responsabi-
(UBS), Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF)
lidade específica, porém deve estar voltado
e Centro de Saúde (CS). Essas nomenclaturas
para um objetivo comum, que é o paciente.
substituem o antigo nome Posto de Saúde, ainda
utilizado pela população mais idosa. Segundo Vasconcelos (2002), por meio do
trabalho interdisciplinar, são discutidas e
planejadas as ações de saúde trazendo mu-
1.Trabalhando em Equipe na Es-
danças nos processos de trabalho de uma
tratégia de Saúde da Família forma horizontal, em que cada membro da
equipe apresenta o mesmo valor no cam-
A Estratégia de Saúde da Família tem o ob-
po do saber. Um exemplo muito frequente,
jetivo de mudança do modelo assistencial,
que você observa nas discussões de casos
em que o modelo tradicional focado no in-
dentro das equipes, é quando o usuário não
divíduo e na visão curativa vai sendo subs-
comenta dentro do consultório o que real-
tituído por um modelo focado na integrali-
mente está acontecendo na sua casa, porém
dade da assistência e na promoção à saúde,
7/242 Unidade 1 • Trabalho em Equipe na Estratégia de Saúde da Família
o Agente Comunitário de Saúde (ACS) traz 2. Composição da Equipe
essa informação que faz toda a diferença no
processo de intervenção no tratamento das A equipe de ESF é constituída por uma equi-
doenças. Sendo assim, um Agente Comu- pe mínima, com ou sem a equipe de saúde
nitário de Saúde tem a mesma importância bucal, a qual é responsável por um território
que um profissional de nível superior nas e por um número máximo de famílias (de-
discussões, pois o vínculo e o fato de mo- pendendo da vulnerabilidade social do lo-
rar no mesmo território que o usuário fazem cal). A equipe de apoio do Núcleo de Apoio
com que o momento da discussão seja mais de Saúde da Família (Nasf) é formada por
resolutivo e muito enriquecedor. profissionais da saúde, podendo ser uma
equipe de referência para uma equipe ou
para um conjunto de equipes, e seu princi-
pal objetivo é a realização do matriciamen-
to dos casos trazidos pelas equipes para se-
rem discutidos nas reuniões.
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Considerações Finais
• A importância do trabalho da equipe de Saúde da Família para a proposta de
mudança do modelo assistencial da Atenção Básica.
• A territorialização é um dos processos de trabalho mais importante na Es-
tratégia de Saúde da Família. Por meio da territorialização é possível identi-
ficar as famílias de maior vulnerabilidade social e discutir em equipe o pla-
nejamento das atividades necessárias para melhorar a qualidade de vida
dessa população.
• Cada membro da equipe é responsável pela sua área específica, porém deve
estar voltado para um objetivo comum, que é o paciente.
• Refletir sobre a complexidade do trabalho das equipes de Saúde da Família
e o planejamento das ações de saúde no território adscrito.
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Referências
a) 500 a 1000.
b) 600 a 1000.
c) 750 a 1500.
d) 1 000 a 3000.
e) 2000 a 3500.
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Questão 2
2. É correto afirmar sobre o Núcleo de Apoio da Saúde da Família (Nasf)
que:
a) É parte integrante da equipe de Saúde da Família, realiza o matriciamento somente dos ca-
sos complexos e realiza consultas compartilhadas.
b) Somente podem atuar no Nasf os profissionais de saúde que não são médicos, pois realizam
o apoio para as equipes de Saúde da Família.
c) É uma equipe de apoio para matriciamento de todos os casos solicitados pela equipe de
Saúde da Família e realiza atendimento individual somente em casos específicos.
d) Não faz parte da equipe mínima, apenas realiza as discussões sobre os casos mais comple-
xos de saúde e não realiza atendimento individual.
e) É parte integrante da equipe e realiza atendimento de baixa complexidade.
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Questão 3
3. Podemos afirmar sobre a Estratégia de Saúde da Família que:
a) A ESF é uma estratégia de mudança do modelo assistencial da Atenção Básica, em que seu
principal foco é o atendimento de casos complexos.
b) A ESF é responsável pelo acompanhamento de um território adscrito e é uma estratégia de
mudança do modelo assistencial da Atenção Básica.
c) A ESF tem como diretriz uma abordagem terapêutica centrada na doença, visando o diag-
nóstico e o tratamento individual.
d) Na ESF, as equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um território sem definição
geográfica e a principal atividade é o atendimento da demanda espontânea.
e) A ESF tem seu foco principal o atendimento de crianças e gestantes.
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Questão 4
4. Conforme a frase a seguir, podemos afirmar que:
Na reunião de equipe, as discussões das visitas domiciliares realizadas no dia anterior e o moni-
toramento das prioridades por meio de planilhas desenvolvidas pela equipe são pontos funda-
mentais para que a equipe esteja apropriada do seu território.
a) As equipes devem discutir os resultados das visitas do dia anterior da equipe e o monitora-
mento das prioridades podem ser realizados através de planilhas..
b) Está incorreta pois a equipe não tem necessidade de realizar o monitoramento das priorida-
des.
c) Não é recomendado que a reunião de equipe seja diária para não atrapalhar o fluxo da UBS.
d) O monitoramento deve ser feito na visita de avaliação do Programa de Melhoria eAvaliação
da Qualidade.
e) A ESF não tem necessidade de um território defenido.
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Questão 5
5. Sobre a organização do trabalho na Estratégia de Saúde da Família, é
correto afirmar que:
a) A agenda não deve ser flexível, em que a equipe possa administrá-la utilizando o princípio
da equidade.
b) A equipe não deve realiza atividades de promoção á saúde fora da Unidade Básica.
c) A educação permanente não pode ser realizada no momento das discussões nas reuniões de
equipe.
d) A agenda deve ser flexível, em que a equipe possa administrá-la utilizando o princípio da
equidade.
e) Na organização do trabalho da ESF não há necessidade de utilizar os princípios do SUS.
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Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: B.
A população adscrita, por equipe de Aten- A ESF é uma estratégia de mudança do mo-
ção Básica e de Saúde da Família, é de 2000 delo assistencial da Atenção Básica, sendo
a 3500 pessoas, localizada dentro do seu uma política pública prioritária. Ela é res-
território, garantindo os princípios e diretri- ponsável pelo acompanhamento de um ter-
zes da Atenção Básica. ritório adscrito, não podendo ultrapassar
4.000 pessoas no território por equipe.
2. Resposta: C.
4. Resposta: A.
A principal atividade da equipe Nasf é o
matriciamento de todos os casos solicita- As equipes devem discutir os resultados das
dos para discussão pela equipe de Saúde da visitas do dia anterior da equipe e o monito-
Família e a prioridade deve ser para consul- ramento das prioridades podem ser realiza-
tas compartilhadas; a realização de atendi- dos através de planilhas.
mento individual é somente em casos espe-
cíficos.
30/242
Gabarito
5. Resposta: D.
Todas agenda dos profissionais de saúde
devem ser flexíveis, em que a equipe pos-
sa administrá-la utilizando o princípio da
equidade
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Unidade 2
Calendário Vacinal e Campanhas Vacinais
Objetivo
32/242
Introdução
Uma das medidas de promoção e preven- te, maior é a chance de as pessoas vacina-
ção à saúde utilizada pelo Sistema Único de das ou não permanecerem saudáveis, esse
Saúde (SUS) é a vacinação. Você já deve ter efeito é conhecido como efeito rebanho
ouvido falar sobre a frase “É melhor preve- (BRASIL, 2017).
nir do que remediar”, e é isso que as vacinas Um breve histórico sobre as vacinas no Bra-
fazem. Segundo a Organização Mundial da sil (BRASIL, 2006):
Saúde (OMS), em 2017, na Semana Mun-
dial da Imunização, as vacinas previnem • 1804: Realizada a primeira vacinação
26 doenças potencialmente fatais e evi- no país, contra a varíola.
taram pelo menos 10 milhões de mortes • 1832: Primeira legislação de obriga-
entre 2010 e 2015. E ainda ressaltou que as toriedade da vacina no Brasil.
vacinas representam uma das maiores his-
• 1889: Obrigatoriedade da vacina para
tórias de sucesso da medicina moderna.
crianças de até seis meses de idade.
Algo que talvez você não saiba: as vacinas
• Em 1904 ocorreu a primeira campa-
não protegem somente aqueles que rece-
nha obrigatória da vacina contra a
bem a vacina, mas também protege os de-
varíola. Ficou conhecida como revolta
mais do mesmo território. Se o microrganis-
da vacina.
mo não estiver circulando no meio ambien-
33/242 Unidade 2 • Calendário Vacinal e Campanhas Vacinais
• 1925: Introduzida a BCG no Brasil. • 1980: 1ª Campanha Nacional de Va-
• 1961: Realizadas as primeiras campa- cinação contra a poliomielite, com a
nhas com a vacina oral contra a polio- meta de vacinar todas as crianças me-
mielite. nores de 5 anos em um só dia.
O Brasil é referência mundial em vacinação
• 1972: Início do Programa de Vacina-
e o Sistema Único de Saúde garante à po-
ção Antissarampo.
pulação brasileira acesso gratuito a todas
• 1973: Certificação internacional as vacinas recomendadas pela Organiza-
da erradicação da varíola no Brasil. ção Mundial da Saúde. São 19 vacinas para
Formulado o Programa Nacional de proteger contra mais de 20 doenças e se faz
Imunizações (PNI), com o objetivo de um investimento de R$ 3,9 bilhões por ano
controlar ou erradicar doenças infec- (BRASIL, 2017). Outro detalhe importante
tocontagiosas e imunopreveníveis. que ocorre no Brasil é que mesmo nos luga-
• Em 1975 foi institucionalizado o PNI, res de difícil acesso, lembrando que o Brasil
a legislação específica sobre imuniza- é um país continental, as equipes chegam
ções e vigilância epidemiológica. até eles, podendo ser uma viagem de horas
por barco dentro das florestas brasileiras.
Idade Vacinas
Ao nascer BCG
Hepatite B
2 meses 1ª dose
Pentavalente
Poliomielite (VIP)
Pneumocócica 10
Rotavírus
3 meses 1ª dose da Meningocócica C
4. Campanhas de Vacina
Você já deve ter ouvido falar sobre a varíola que foi erradicada no Brasil em 1971 e no mundo
em 1977. Só foi possível erradicar a varíola por meio das campanhas de vacina. Por isso é muito
importante que as equipes de saúde divulguem as campanhas vacinais no seu território para
conseguir que o maior número de pessoas seja vacinado.
As campanhas de vacina têm como objetivo o controle de uma doença e atualizar as carteiras
de vacina da população. As campanhas acontecem em um tempo determinado (geralmente na
mesma época em todos os anos) e têm uma meta de vacinação da população alvo. Exemplo: A
campanha de vacinação contra a poliomielite para menores de 5 anos tem uma meta de vaci-
nar 95% das crianças.
Lembrando que quanto maior for o número de pessoas vacinadas, mais o território estará pro-
tegido, mesmo para aqueles que não foram vacinados.
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Considerações Finais
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Referências
BRASIL. Capacitação de pessoal em sala de vacinação: manual do treinando. 2. ed. Brasília: Mi-
nistério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001. 154 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. SIPNI – Sistema de Informações do Programa Nacional de Imuni-
zações. Datasus. Disponível em: <http://sipni.datasus.gov.br/si-pni-web/faces/apresentacaoSite.
jsf>. Acesso em: 4 set. 2017.
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Questão 2
2. Sobre a vacinação no Brasil, é correto afirmar que:
a) O Brasil tem o calendário vacinal baseado nos países europeus e apresenta vacinas não re-
comendadas pela Organização Mundial da Saúde.
b) O Brasil não apresenta muito investimento em vacinas e muitas delas não são distribuídas
pelo Sistema Único de Saúde gratuitamente.
c) O Brasil é referência mundial em vacinas e todas elas são distribuídas gratuitamente no Sis-
tema Único de Saúde para toda a população.
d) No Brasil, nem todas as pessoas têm acesso à vacinação, principalmente aquelas que vivem
nas ribeirinhas e os povos indígenas.
e) No Brasil, houve a revolta da vacina, isso aconteceu porque a população reivindicava a vaci-
nação no país.
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Questão 3
3. Sobre a busca ativa de faltosos, é correto afirmar que:
a) A busca de faltosos deve ser realizada somente pela equipe de vacinação na UBS.
b) A equipe de Saúde da Família não tem controle da vacinação da população no seu território.
c) O controle dos faltosos não faz parte do processo de trabalho das equipes de Saúde da Fa-
mília.
d) A busca ativa de faltosos é responsabilidade de todos os integrantes da equipe de Saúde da
Família.
e) Não é responsabilidade do Agente Comunitário de Saúde a busca ativa de vacina.
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Questão 4
4. Nas Campanhas Nacionais de Imunização da Influenza, o principal objetivo é
o controle da gripe nos grupos prioritários Assinale a alternativa correta:
56/242
Questão 5
5. Sobre a vacinação em menores de um ano, é correto afirmar que:
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Gabarito
1. Resposta: C. 4. Resposta: C.
3. Resposta: D.
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Unidade 3
O Acolhimento na Estratégia de Saúde da Família
Objetivos
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Introdução
Fonte: <http://s2.glbimg.com/RTiFlZwLkm3aye2PRA1mLUdnBGM=/s.glbimg.com/jo/g1/f/ori-
ginal/2016/03/08/violencia_mulher-01.png>. Acesso em: 4 set. 2017.
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Considerações Finais (2/2)
• Os trabalhadores da saúde também precisam ser acolhidos nas suas neces-
sidades e a educação permanente é primordial para a mudança nos proces-
sos de trabalho.
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Referências
BRASIL. Palácio do Planalto. Presidência da República. Governo eleva orçamento de 2017 para
saúde e educação. Portal Planalto, 6 set. 2016. Disponível em: <http://www2.planalto.gov.br/
acompanhe-planalto/noticias/2016/09/governo-eleva-orcamento-de-2017-para-saude-e-edu-
cacao>. Acesso em: 1 ago. 2017.
80/242
Questão 3
3. Sobre o acolhimento em saúde mental, podemos afirmar que:
a) As equipes de saúde têm uma formação acadêmica adequada ao atendimento dos casos de
saúde mental.
b) O atendimento de saúde mental deve ser feito pelas equipes de atenção básica e encami-
nhado para níveis de maior complexidade quando necessário.
c) O atendimento de saúde mental deve ser realizado somente por especialista e não por pro-
fissionais de atenção básica.
d) Todo acolhimento de casos de saúde mental na UBS deve ser encaminhado para o CAPS de
referência garantindo o princípio da integralidade.
e) O atendimento de saúde mental não deve ser feito pelas equipes de atenção básica, os pa-
cientes devem se direcionar ao CAPS que operacionaliza com porta aberta (sem agenda-
mentos).
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Questão 4
4. Sobre o acolhimento na Atenção Básica:
a) O acolhimento nas unidades com Estratégia de Saúde da Família somente será realizado
para a população adscrita do território.
b) Os usuários que não forem da área de abrangência serão encaminhados para sua respectiva
UBS.
c) Não é responsabilidade da Atenção Básica realizar acolhimento.
d) As UBS realizam o acolhimento sem distinção de território e somente após a avaliação e a
classificação de risco o usuário pode ser encaminhado para outros serviços de saúde.
e) Na Atenção Básica não é recomendado a classificação de risco, somente para Unidades de
Pronto Atendimento.
82/242
Questão 5
5. O profissional de saúde, ao atender um adolescente, tem a suspeita deste
estar sofrendo violência doméstica. São sinais de alerta para violência do-
méstica:
83/242
Gabarito
1. Resposta: C. necessitar de atendimento de maior com-
plexidade a equipe encaminhará aos servi-
Todos os usuários devem ser acolhidos e, ços correspondentes.
se estiver apresentando sintomas, deve ser
classificado quanto ao risco. Somente pode 4. Resposta: D.
ser dispensado ou encaminhado para outro
As UBS realizam o acolhimento sem dis-
serviço de saúde por um profissional de ní-
tinção de território e somente após a ava-
vel superior.
liação e a classificação de risco o usuário
pode ser encaminhado para outros servi-
2. Resposta: D.
ços de saúde.
A cor amarela significa que o paciente pre-
cisa de um atendimento de urgência e deve 5. Resposta: C.
ser atendido o mais breve possível.
Sinais de hematomas, falta de rendimento
escolar, isolamento social, DSTs e muita fre-
3. Resposta: B.
quência aos serviços de pronto atendimen-
O atendimento de saúde mental também to são sinais de alerta para violência.
pertence à atenção básica e se o paciente
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Unidade 4
Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família
Objetivos
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Introdução
A Estratégia de Saúde da Família tem como programas municipais são pautas cada vez
proposta a mudança do modelo assistencial mais frequentes. Ao trabalharmos o mesmo
e é a promoção à saúde um dos processos de tema em diversas secretarias, temos resul-
trabalho que as equipes devem desenvol- tados mais efetivos e o reforço nos cuidados
ver. Os municípios, ao aderirem às políticas da mudança do estilo de vida fica cada vez
públicas de promoção à saúde, promovem mais presente nas discussões familiares. Um
o fortalecimento à mudança da visão assis- exemplo de trabalho em conjunto é o tema
tencial da forma curativa para a preventiva, da prevenção de gravidez na adolescência.
do foco individual para a família e do traba- As secretarias envolvidas seriam Educação,
lho individual para o multiprofissional. Saúde, Esporte, Cultura e Assistência Social.
As condições socioeconômicas, culturais e Cada uma desenvolveria o tema proposto,
ambientais devem ser levadas em conside- porém sempre interligadas. As avaliações
ração para o processo de diagnóstico da po- também são fundamentais nesse processo
pulação do território. Os determinantes so- de construção da metodologia transversal.
ciais são responsáveis por diversas doenças As fragmentações das ações devem cada
e os trabalhos compartilhados com as de- vez menos fazer parte dos processos de tra-
mais secretarias são de extrema importân- balho tanto na área da saúde como nas de-
cia. As transversalidades na construção dos mais secretarias.
Fonte: MENDES, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da con-
solidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
Para desenvolver atividades de promoção à saúde e estimular os usuários e a família no seu au-
87/242 Unidade 4 • Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família
tocuidado, a equipe tem que ter o conheci- metas que foram anunciadas demonstra-
mento da população e seu território; para ram a escala e a ambição desta nova agenda
isso, após o processo de territorialização universal até 2030. Eles foram construídos
e o cadastramento das famílias, as equi- sobre o legado dos Objetivos de Desenvol-
pes devem classificar famílias por níveis de vimento do Milênio e concluirão o que es-
complexidade. Por meio do diagnóstico dos tes não conseguiram alcançar. Eles buscam
fatores de risco, as equipes planejam as ati- concretizar os direitos humanos de todos e
vidades a serem desenvolvidas, tais como alcançar a igualdade de gênero e o empode-
programa de reeducação alimentar, progra- ramento das mulheres e meninas. Eles são
ma de atividade física, programa de contro- integrados e indivisíveis e equilibram as três
le de álcool, programa de controle do taba- dimensões do desenvolvimento sustentá-
gismo e outros (MENDES, 2012). vel: a econômica, a social e a ambiental.
As políticas públicas de promoção e pre-
venção à saúde têm uma base nos objetivos
dos desenvolvimentos sustentáveis, em que
o Brasil é parceiro. Segundo a Organização
das Nações Unidas (2015), os 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável e as 169
88/242 Unidade 4 • Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família
1. A Promoção de Saúde na Es- no atendimento individual. As agendas de-
tratégia de Saúde da Família vem conter espaços para atendimentos co-
letivos, visitas domiciliares, educação per-
O modelo tradicional tem como base a es- manente, reuniões de equipe e consultas
pecialidade, centrada na doença e no tra- compartilhadas com a equipe multiprofis-
tamento medicamentoso, com maior ênfa- sional.
se no atendimento de casos agudos e nas O diagnóstico local tem que ter espaço para
doenças transmissíveis (MENDES, 2012). A discussão em equipe. É pelo levantamento
cada dia observamos que as equipes de Saú- dos fatores de risco ou das famílias prio-
de da Família estão mudando o fazer saúde, ritárias que se realiza o planejamento das
focando mais as ações para atendimento de ações de saúde. A Identificação do proble-
casos crônicos, visando programas de me- ma é o primeiro e mais importante passo
lhoria de qualidade de vida e mudanças de no processo de planejamento. As definições
hábitos diários. das opções (o que fazer) e o executar da op-
A gestão da promoção da saúde começa na ção escolhida (como fazer) são os próximos
confecção das agendas dos profissionais, passos. Nessa fase, o comprometimento da
pois se o propósito é a mudança, não pode equipe é muito importante. A avaliação e o
monitoramento das ações realizadas tam-
ter o mesmo formato de agenda centrada
89/242 Unidade 4 • Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família
bém fazem parte da agenda do profissional. frustrar quando a mudança não ocorrer.
As ações que não foram eficazes ou que não
A equipe do Nasf (Núcleo de Apoio de Saúde
tiveram resultados esperados por motivos
da Família) é fundamental na participação
diversos devem ser discutidas e reformula-
do processo de promoção à saúde. Lembra-
das (BRASIL, 2007).
mos também que os profissionais de saúde
O trabalho focado no tratamento longitudi- devem estabelecer metas de tratamento
nal, isto é, no acompanhamento do pacien- juntamente com o paciente. A avaliação dos
te ao longo do tempo por profissionais da resultados é muito significativa para ambos
equipe de atenção básica, com mudanças (profissional e usuário), as conquistas al-
de hábitos de estilo de vida, também é no- cançadas pela mudança de hábitos devem
vidade para os usuários (CUNHA, 2011). ser enfatizadas, como também as reavalia-
A crença de que a maior parte do processo ções da conduta prescrita quando o resul-
de cura das doenças vem do profissional da tado não foi alcançado.
saúde e de que a situação atual vai melhorar
por “fórmulas mágicas” dificultam o pro-
cesso de mudança da visão do autocuidado.
Deixar os velhos hábitos, às vezes, leva anos,
por isso o profissional da saúde não deve se
90/242 Unidade 4 • Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família
2. Programa Saúde na Escola flúor; a verificação e atualização da situ-
(PSE) ação vacinal; a promoção da alimentação
saudável e a prevenção da obesidade infan-
O Programa Saúde na Escola (PSE) é uma til; a promoção da saúde auditiva e a iden-
política pública intersetorial da Saúde e da tificação de educandos com possíveis sinais
Educação para promover saúde e educação de alteração; o direito sexual e reprodutivo
integral para estudantes da Educação Bási- e a prevenção de DST/Aids; e a promoção da
ca. Tem como objetivos realizar as ações de saúde ocular e a identificação de educan-
combate ao mosquito Aedes aegypti; a pro- dos com possíveis sinais de alteração (BRA-
moção das práticas corporais, da atividade SIL, 2017).
física e do lazer nas escolas; a prevenção ao As ações requerem um cronograma anual,
uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas; no qual toda equipe da ESF como a equipe
a promoção da cultura de paz, cidadania e Nasf possam desenvolver as atividades. É
direitos humanos; a prevenção das violên- importante que essas ações não sejam so-
cias e dos acidentes; a identificação de edu- mente um levantamento de dados esta-
candos com possíveis sinais de agravos de tísticos, elas devem ser ações resolutivas e
doenças em eliminação; a promoção e ava- longitudinais, se necessário (acompanha-
liação de saúde bucal e aplicação tópica de mento do paciente a longo prazo).
91/242 Unidade 4 • Estratégias de Prevenção e Promoção da Saúde na Estratégia de Saúde da Família
3. Grupos As políticas públicas da atenção básica têm
como objetivo a realização das atividades
O que chama a atenção, mesmo na Estraté- em grupo, infelizmente o que vemos nas
gia de Saúde da Família, é o despreparo das práticas de saúde são mais ações voltadas
equipes em realizar atividades de grupo nas para a atenção individual do que para ações
UBS. As profissões que não centram suas coletivas.
terapêuticas em medicações: terapeutas
Como acontece na formação dos grupos
ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas,
das redes sociais, as equipes de saúde, para
nutricionistas, enfermeiros; desde a forma-
planejar uma atividade em grupo, precisam
ção na graduação, teriam que saber como
definir a população alvo com objetivos em
trabalhar com grupos, porém, ao olharmos
comum. Além disso, a escolha da metodo-
o currículo universitário dessas carreiras,
logia para realizar esse grupo é fundamen-
veremos que poucos possuem uma confi-
tal, geralmente o formato utilizado para o
guração dos cursos voltada para tal habili-
grupo é o de palestra. Verificamos que o for-
dade (BRASIL, 2010).
Considerando que a saúde e a segurança são necessidades que precisam ser satisfeitas para
que as pessoas vivam com dignidade, os ministérios da Justiça e da Saúde assinaram, no ano de
2008, um Acordo de Cooperação Técnica. Esse acordo visa ao desenvolvimento de ações con-
juntas e coordenadas da Estratégia de Saúde da Família e do Programa Nacional de Segurança
Pública com Cidadania (Pronasci) na prevenção da violência e na promoção da segurança pú-
blica nas áreas de abrangência das equipes de Saúde da Família (BRASIL, 2009).
A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu cultura da paz como um conjunto de valores,
atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida de pessoas, grupos e nações baseados
no respeito pleno à vida e na promoção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais,
na prática da não violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação, podendo ser
uma estratégia política para a transformação da realidade social. (BRASIL, 2009).
101/242
Considerações Finais
• As Políticas Públicas de Promoção á Saúde têm como proposta de mudança
de modelo assistencial do atendimento do agudo para o atendimento às
doenças crônicas não transmissíveis, reafirmando os princípios do Sistema
Único de Saúde.
• As atividades de promoção à saúde devem estar contempladas nas agendas
de todos os profissionais de saúde.
• A gestão deve acompanhar as dificuldades que os profissionais apresentam
no processo de trabalho de promoção e prevenção à saúde e apoiá-los por
meio de educação permanente.
• No processo de trabalho da promoção e prevenção à saúde, o modo de fazer
saúde não é somente para os trabalhadores da saúde, mas também para o
paciente que deixa de ser um agente passivo e passa a ser responsável pelo
seu tratamento com mudanças de hábitos e de estilos de vida.
102/242
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Academia da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponí-
vel em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/academia_saude_cartilha.pdf>. Acesso em:
6 set. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Am-
biental. Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental. Agenda Ambiental
na Administração Pública. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2009. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arquivos/cartilha_a3p_36.pdf>. Acesso em: 6 set. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional
de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. 2. ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização.
Atenção Básica. Cadernos HumanizaSUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 256 p. (Série B.
Textos Básicos de Saúde) (Cadernos HumanizaSUS; v. 2)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Diretrizes Nacionais da Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 108 p. (Série F.
Comunicação e Educação em Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006; v. 13)
BRASIL. Redefine as regras e os critérios para adesão ao Programa Saúde na Escola – PSE por
estados, Distrito Federal e municípios e dispõe sobre o respectivo incentivo financeiro para
custeio de ações. Portaria Interministerial nº 1055, de 25 de abril de 2017. Disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/prt_1055_25_5_2017.pdf>. Acesso em:
4 set. 2017.
CUNHA, Elenice Machado da; GIOVANELLA, Ligia. Longitudinalidade/continuidade do cuida-
do: identificando dimensões e variáveis para a avaliação da Atenção Primária no contexto do
sistema público de saúde brasileiro. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, supl. 1, p.
1029-1042, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S1413-81232011000700036&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 ago. 2017.
MENDES, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o
imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Ameri-
cana da Saúde, 2012. 512 p.
106/242
Questão 1
As afirmativas são respectivamente:
a) V,V,V,V.
b) F,F,V,V.
c) F,V,F,F.
d) V,V,F,F.
e) F,F,F,F.
107/242
Questão 2
2. Sobre a gestão da promoção e prevenção à saúde, é correto afirmar que:
a) O planejamento da gestão de saúde está voltado somente para ações internas nas Unidades
Básicas de Saúde.
b) Os profissionais da equipe Nasf (Núcleo de Apoio em Saúde da Família) não têm uma gestão
de agenda para trabalho de promoção e prevenção da saúde.
c) As agendas dos profissionais da saúde devem ser planejadas com atividades de atendimen-
to de grupos, educação permanente e consultas compartilhadas para realizar a promoção à
saúde no território de sua responsabilidade.
d) Para o profissional de saúde médico não é necessário ter espaços na agenda para realização
de grupo, somente para os demais profissionais não prescritivos.
e) As agendas dos profissionais devem ser planejadas com mais atividades de atendimento de
demanda espontânea.
108/242
Questão 3
3. A equipe da Estratégia de Saúde da Família tem um papel fundamen-
tal nas ações de vigilância em saúde no território adscrito para prevenir
novos casos de doenças e acompanhar os casos que foram notificados. É
correto afirmar que:
109/242
Questão 4
4. Sobre os objetivos do Programa Saúde na Escola, é correto:
a) Realizar os dados antropométricos de peso e altura, avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC)
de alunos para busca ativa de obesidade infantil.
b) Fazer as ações com o intuito de levantamento de dados estatísticos.
c) Monitorar, notificar e orientar os escolares, diante de efeitos adversos vacinais.
d) Realizar palestras educativas com definições dos temas planejados em parceria com os pro-
fessores.
e) Monitorar a evasão escolar e suas causas psicológicas.
110/242
Questão 5
5. Sobre os objetivos da Academia de Saúde na Atenção Básica, é correto:
111/242
Gabarito
1. Resposta: B. 3. Resposta: C.
A promoção à saúde tem foco nas ações de As equipes de Estratégia de Saúde da Famí-
doenças crônicas não transmissíveis, com lia realizam a busca ativa de doenças trans-
ações para mudanças de estilo de vida. As missíveis e a busca ativa e o monitoramen-
ações devem ser diversas e planejadas a tos das doenças não transmissíveis.
partir dos fatores de risco levantados após o
diagnóstico local. 4. Resposta: A.
As ações do PSE não são meramente para
2. Resposta: C. dados estatísticos, após a detecção de al-
gum agravo, o estudando deve ser encami-
As agendas de todos os profissionais de
nhado para acompanhamento.
saúde da Estratégia de Saúde da Família de-
vem ser confeccionadas com atividades de
5. Resposta: D.
promoção e prevenção à saúde.
A Academia da Saúde visa à promoção da
saúde multiprofissional, com ênfase na ati-
vidade física regular e na alimentação sau-
dável.
112/242
Unidade 5
Atendimento e Visitas Domiciliares. Referência e Contrarreferência
Objetivos
113/242
Introdução
129/242
Considerações Finais
130/242
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a re-
visão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da
Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Portaria nº 2488, de 21
de outubro de 2011. Brasília, 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2011/prt2488_21_10_2011.html>. Acesso em: 6 set. 2017.
GIACOMOZZI, Clélia Mozara; LACERDA, Maria Ribeiro. A prática da assistência domiciliar dos
profissionais da estratégia de saúde da família. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, 2006
Out-Dez, 15(4), p. 645-653.
133/242
Questão 1
Assinale a sequência correta.
a) V,V,V,V.
b) V,F,V, F.
c) V,V.F,F.
d) F,F,V, F.
e) F,F,F,F.
134/242
Questão 2
2. A visita domiciliar é um importante instrumento de compreensão da
realidade social.
135/242
Questão 3
3. A visita domiciliar constitui-se em um instrumento de intervenção fun-
damental da Estratégia de Saúde da Família. É correto afirmar que:
136/242
Questão 4
4. Sobre a visita Domiciliar:
137/242
Questão 5
5. Um paciente cadastrado que é hipertenso recebe uma visita domiciliar
da técnica de enfermagem e do ACS. Ao aferir a pressão, constatou-se que
o o paciente estava com uma PA de 180/110 após ter tomado o medica-
mento. A técnica de enfermagem o acompanha até a UBS e o encaminha
ao acolhimento técnico. Essa conduta traduz o seguinte princípio do Sis-
tema Único de Saúde:
a) Universalidade.
b) Descentralização.
c) Intersetorialidade.
d) Integralidade.
e) Hierarquização.
138/242
Gabarito
1. Resposta: B. princípios do Sistema Único de Saúde e a
sequência dos processos de trabalho estão
O profissional da saúde em uma visita do- corretas.
miciliar avalia a família com um todo e reali-
za as anotações em prontuário dos procedi- 4. Resposta: A.
mentos e das observações.
A Visita domiciliar é um dos instrumentos
2. Resposta: A. que potencializa as condições de conheci-
mento do cotidiano das famílias. Tem como
A visita domiciliar é um processo de traba- objetivo levar saúde para aqueles que não
lho que faz o diagnóstico local e a partir dele têm acesso ao serviço de saúde e realiza
pode apresentar sugestões de melhoria dos promoção à saúde e prevenção de agravos
serviços de saúde para a gestão. da doença
3. Resposta: A. 5. Resposta: D.
A visita domiciliar é para o reconhecimen- A integralidade é o atendimento às deman-
to da dinâmica familiar ,deve ser planeja- das e necessidades do usuário (visão inte-
da anteriormente e deve estar pautada nos gral do indivíduo), podendo ser um enca-
139/242
Gabarito
minhamento para um profissional dentro
dos diversos níveis de complexidade como
também para outros setores que não sejam
a área da saúde.
140/242
Unidade 6
Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Saúde Bucal. Hiperdia
Objetivos
141/242
Introdução
Nas últimas décadas, a população brasileira impõem ao setor de saúde um cenário com
experimentou importantes mudanças em novos e grandes desafios (BRASIL, 2007)
seu padrão demográfico e epidemiológico. Convivemos com riscos e doenças dos sé-
Queda importante da fecundidade aliada culos IXX e XX que são doenças infecciosas
ao grande incremento da expectativa de e parasitárias e com os novos desafios em
vida e o aumento da relevância das doen- saúde do século XXI, que são as doenças
ças crônicas não transmissíveis e das cau- não transmissíveis (aumento do perfil da
sas externas são manifestações contempo- mortalidade da população brasileira), sen-
râneas dessas mudanças. Por outro lado, a do elas as neoplasias, causas externas, do-
persistência de antigos problemas de saúde enças ocupacionais e doenças do aparelho
pública e o aparecimento de novas formas circulatório.
de adoecer e morrer por doenças transmis-
síveis emergentes e reemergentes (doenças Superar o desafio das políticas públicas de
que já não eram mais consideradas proble- desenvolverem mais saúde do que doen-
ma de saúde pública por sua baixa incidên- ças em um país de grande extensão terri-
cia, mas que voltaram a apresentar altos torial, com uma população de mais de 210
números na população) adicionam comple- milhões de habitantes, com um sistema de
xidade a essa realidade. Todos esses fatos saúde universal e a diversidade cultural, só
é possível com uma Atenção Básica fortale-
142/242 Unidade 6 • Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Saúde Bucal. Hiperdia
cida e com gestores e profissionais da saúde Outro tópico que você verá nessa aula é a
comprometidos com o SUS (no nível muni- Política Nacional de Saúde Bucal. A saúde
cipal, estadual e federal). bucal esteve à margem das políticas públi-
Podemos ver que a tuberculose é uma do- cas de saúde e o acesso dos usuários era
ença milenar e que, ainda hoje, constitui limitado, fazendo com que as pessoas se
grave problema de saúde pública em todo o acostumassem a só procurar atendimen-
mundo, principalmente nos países de baixa to odontológico em casos de dor. A pouca
escolaridade e baixas condições sanitárias. oferta de serviços de saúde bucal e a pro-
Com o advento do HIV/Aids e as imigrações cura somente para atendimento de emer-
(refugiados), países de melhor renda, que gência refletiu que o principal tratamento
estavam com a doença controlada, pas- oferecido pela rede pública fosse a extração
saram a ter uma doença reemergente. No dentária, perpetuando a visão de mutilação,
Brasil, a proposta de descentralização das sem prevenção e promoção da saúde bucal
ações de controle da doença vem ocorren- (BRASIL, 2016).
do e evidenciando os Programas de Agentes
Comunitários de Saúde e Saúde da Família Também visando às mudanças epidemioló-
como estratégia capaz de contribuir para o gicas e ao avanço do Sistema Único de Saú-
controle da endemia de tuberculose no país de, o acompanhamento longitudinal das fa-
(FREGONA, 2008). mílias prioritárias na Estratégia de Saúde da
143/242 Unidade 6 • Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Saúde Bucal. Hiperdia
Família vem sendo cada vez mais uma prá- 1. Tratamento Supervisionado
tica. O Hiperdia é um sistema de cadastra- da Tuberculose pela Estratégia
mento e acompanhamento do hipertenso de Saúde da Família
e do diabético. Hoje, com as alterações de
sistema para municípios informatizados, já A tuberculose foi uma doença negligencia-
está inserido no e-SUS. da devido a ser mais frequenteem países de
baixa renda, onde não se favorece um alto
lucro das empresas farmacêuticas. A falta
de investimento para a erradicação da do-
ença contribui para o aumento da incidên-
cia no mundo e somente foi destaque de
discussão após a mobilização da Organiza-
ção Mundial da Saúde (Wanderley, 2010).
No plano político, o Ministério da Saúde tem
tido decisiva atuação desde que, em 2003,
elegeu a tuberculose como problema prio-
ritário de saúde pública a ser combatido. As
melhores medidas de prevenção e de con-
144/242 Unidade 6 • Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Saúde Bucal. Hiperdia
trole da tuberculose são o diagnóstico pre- de pesquisadores na elaboração de novas
coce e o tratamento do paciente até a cura. estratégias e tecnologias e reforço das já
Outras medidas de prevenção importantes existentes e que apresentam bons resulta-
incluem a vacinação Bacilo Calmette-Gué- dos para o controle da tuberculose (BRASIL,
rin (BCG), o tratamento da infecção laten- 2017).
te pelo M. tuberculosis (ILTB) e o controle de
contatos ou comunicantes (BRASIL, 2011). 1.1. Sobre a Tuberculose
A Estratégia pelo Fim da Tuberculose, apro-
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa
vada em 2014 na Assembleia Mundial de
e transmissível que afeta prioritariamente
Saúde, tem como objetivo o fim da epidemia
os pulmões, mas pode acometer diversas
global da tuberculose. As metas para cum-
partes do organismo, neste caso sendo cha-
primento desse objetivo até o ano de 2035
mada de tuberculose extrapulmonar (exem-
são: reduzir o coeficiente de incidência para
plo: tuberculose cerebral), que é a forma
menos de 10 casos por 100 mil habitantes e
mais grave. Os sintomas mais comuns da TB
reduzir o número de óbitos por tuberculose
pulmonar são: tosse persistente produtiva
em 95%. Para alcançarmos esses objetivos,
(muco e eventualmente sangue) ou não, fe-
são necessários empenho de gestores, de
bre, sudorese noturna e emagrecimento.
profissionais de saúde, da sociedade civil e
145/242 Unidade 6 • Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Saúde Bucal. Hiperdia
Anualmente, são notificados cerca de 10 a ficha de investigação epidemiológica da
milhões de novos casos em todo o mun- tuberculose, em que o profissional de saúde
do, levando mais de um milhão de pessoas realiza visita domiciliar para busca de co-
a óbito. O surgimento da Aids e o apareci- municantes (isto é, toda pessoa que convi-
mento de focos de tuberculose resisten- ve no mesmo ambiente com o caso índice
te aos medicamentos agravam ainda mais no momento do diagnóstico da TB) e re-
esse cenário (BRASIL, 2017). forçar a adesão do paciente ao tratamento.
Após o diagnóstico confirmado, a família
passa a ser prioritária e o acompanhamento
dela passa a ser mais próximo pelo Agente
Comunitário de Saúde e pelos demais inte-
grantes da equipe.
Para a notificação compulsória da tuber-
culose é necessário utilizar um impresso
próprio para ser enviado à Vigilância Epi-
demiológica Municipal. A ficha Sinan deve
ser aberta e após isso deve ser preenchida
Fonte: <http://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/11/09/epidemia-de-tuberculose-no-
-bairro-da-rocinha-preocupa-as-autoridades/>. Acesso em: 5 set. 2017.
Fonte: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_sau-
de/pecas_graficas/index.php?p=6755>. Acesso em: 5 set. 2017.
Fonte: <http://saude.to.gov.br/noticia/2015/9/10/acoes-de-escovacao-dental-supervisio-
nada-estao-em-133-municipios-tocantinenses/>. Acesso em: 5 set. 2017.
163/242
Considerações Finais
165/242
Referências
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Disponível em: <http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_brasil_sorridente.php>. Acesso em: 4
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retaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/tuberculose/l2-tuberculose>. Acesso em: 11 ago. 2017.
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gov.br/portaldab/esus.php?conteudo=o_sistema>. Acesso em: 6 set. 2017.
BRASIL. Passo a passo das ações de Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/passo_a_
passo_ceo.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2017.
169/242
Questão 2
2. Um usuário do sexo masculino, de 46 anos, trabalha como pedreiro, faz
uso de álcool e de uma alimentação inadequada; recebeu diagnóstico re-
cente de tuberculose pulmonar. São atribuições da equipe de ESF no aten-
dimento ao paciente com tuberculose:
170/242
Questão 2
Sobre as afirmações acima, a sequência correta das respostas é:
a) V,V,V,V.
b) V,F,V,F
c) V,V,F,F.
d) F,F,V,V.
e) F,F,F,F.
171/242
Questão 3
3. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa em que os órgãos mais
afetados são os pulmões, mas pode acometer ainda os rins, a pele, os os-
sos e os gânglios (forma grave da doença). A vacina que previne a tuber-
culose é:
a) SCR.
b) MMR.
c) VOP.
d) DTP.
e) BCG.
172/242
Questão 4
4. Sobre a saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família:
I. Tem uma proposta voltada para ações de promoção e proteção de saúde, prevenção e con-
trole de câncer bucal, ações de recuperação.
II. Realiza o atendimento de urgência por meio do acolhimento.
III. Realiza o trabalho da integralidade nos casos mais complexos e a reabilitação protética na
Atenção Básica, sem a necessidade de estabelecer um vínculo territorial.
Assinale a sequência correta:
a) V,V,V.
b) V,F,V.
c) V,V.F.
d) F,F,V.
e) F,F,F.
173/242
Questão 5
5. Sobre a prevenção primária da Hipertensão Arterial Sistêmica:
I. Pode ser feita mediante controle de seus fatores de risco, como sobrecarga na ingestão de
sal, excesso de adiposidade, especialmente na cintura abdominal.
II. Pode ser feita através de atividades físicas regulares.
III. O cigarro não é um fator de risco para hipertensão arterial.
Assinale a sequência correta:
a) V,V,V.
b) V,F,V.
c) V,V.F.
d) F,F,V.
e) F,F,F.
174/242
Gabarito
1. Resposta: D. 4. Resposta: C.
Todos os profissionais da saúde podem rea- A equipe de saúde bucal tem um território
lizar a notificação. definido.
2. Resposta: B. 5. Resposta: C.
O TDO é para todos os pacientes e a alta por A afirmação está correta, pois a prevenção
cura será dada se, durante o tratamento, o primária da Hipertensão Arterial Sistêmica
paciente apresentar duas baciloscopias ne- (HAS) pode ser feita mediante controle de
gativas: uma na fase de acompanhamento e seus fatores de risco, como sobrecarga na
outra no final do tratamento (cura). ingestão de sal, excesso de adiposidade, es-
pecialmente na cintura abdominal, abuso
3. Resposta: E. de álcool, entre outros. O cigarro é fato de
risco para hipertensão.
A vacina BCG previne contra a tuberculose.
175/242
Unidade 7
Gestão de Indicadores na Estratégia de Saúde da Família
Objetivos
O Estado só age por meio das políticas públicas. As políticas públicas são idealizadas e realizadas
por intermédio da gestão dos indicadores, por eles é que os departamentos estabelecem suas
prioridades de ação de saúde. As gestões dos indicadores podem ir além de um departamento,
ou seja, a utilização transversal dos dados, em que várias secretarias se reúnem para discutir o
mesmo tema.
188/242
Considerações Finais
189/242
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Lei 8.142 de 28/12/1990. Disponível
em: <http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8142_281290.htm>. Acesso em: 6 set. 2017.
BRASIL. Entenda melhor o sistema e-SUS AB. Portal da Saúde. Disponível em: <http://dab.saude.
gov.br/portaldab/esus.php?conteudo=o_sistema>. Acesso em: 6 set. 2017.
BRASIL. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacio-
nais do Referido Pacto. Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Disponível em: <http://bvs-
ms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0399_22_02_2006.html>. Acesso em: 6 set. 2017.
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contrando caminhos para a institucionalização. Brasília: s.n., jun. 2004. Disponível em: <http://
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conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. 349 p.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo. Coordenadoria de Controle
de Doenças. Pactuação Interfederativa. Versão estadual. Fichas de Indicadores de Vigilância. [S.l.:
s.n.], 2017. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/ccd/homepage/acesso-rapi-
do/sispacto/2017/ficha_ind_estadual_21_03_2017_versao_pdf.pdf>. Acesso em: 6 set. 2017.
a) Saúde do idoso.
b) Controle da leptospirose.
c) Redução da mortalidade infantil e materna.
d) Promoção da saúde.
e) Fortalecimento da atenção básica.
193/242
Questão 2
2. Avaliar a qualidade dos serviços prestados na atenção básica e receber
um incentivo financeiro para as equipes aderirem a este programa corres-
ponde ao objetivo do:
194/242
Questão 3
3. Sobre o conjunto de sistemas de informação Sinasc, SIM, e-SUS e Sinan:
195/242
Questão 4
4. Sobre a Lei 8142/90 do SUS, assinale a alternativa correta:
I. Trata-se de uma lei que amplia o acesso à saúde por meio da construção de UBS Fluviais.
II. Dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da
saúde.
III. É uma lei que define a participação social no SUS.
É correto afirmar que:
a) I, II e III estão corretas.
b) Apenas a I está correta.
c) Apenas a II está correta.
d) II e III estão corretas.
e) Apenas a III está correta
196/242
Questão 5
5. Sobre a ouvidoria:
197/242
Gabarito
1. Resposta: B. 4. Resposta: D.
Não está pactuado o controle da leptospi- A Lei Nº 8142 de dezembro de 1990 dis-
rose. põe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde e sobre
2. Resposta: A. as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá
O Pmaq tem o objetivo de melhorar o aces- outras providências.
so e a qualidade da Atenção Básica.
5. Resposta: C.
3. Resposta: A.
A ouvidoria é um instrumento controlado
Os sistemas de informação Sinasq, SIM, pela gestão e tem o objetivo de acolher as
e-SUS e Sinan podem definir as estratégias reclamações dos usuários.
básicas para intervenção e promoção da
atenção integral à saúde da criança.
198/242
Unidade 8
Cuidado Multidisciplinar de Pacientes Crônicos e Plano Terapêutico Singular
Objetivos
199/242
Introdução
Os idosos devem ser avaliados e acompanhados pelas equipes de saúde da família, pois po-
dem ter comorbidades que exigem cuidados e atenção especial. Uma ação importante é a
Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Básica (AMPI-AB) nas unidades de
saúde da Atenção Básica, como também o preenchimento adequado e a utilização correta
da Carteirinha de Saúde do Idoso, ferramenta importante para o acompanhamento da saú-
de do idoso, da história clínica, das internações, das comorbidades, dos tratamentos atuais
e da equipe de saúde responsável por seu cuidado.
As principais doenças que atualmente aco- O Programa Farmácia Popular do Brasil tem
metem os brasileiros deixaram de ser agu- como um dos seus principais objetivos a
das e passaram a ser crônicas. Apesar da in- ampliação do acesso da população aos me-
tensa redução da desnutrição em crianças, dicamentos básicos e essenciais, diminuin-
as deficiências de micronutrientes e a des- do, assim, o impacto do preço dos remédios
nutrição crônica ainda são prevalentes em no orçamento familiar. Para hipertensos,
grupos vulneráveis da população, como em diabéticos e asmáticos, tem uma lista de
indígenas, quilombolas e crianças e mulhe- medicamentos gratuitos, outros medica-
res que vivem em áreas vulneráveis. Simul- mentos chegam a até 90% de desconto.
taneamente, o Brasil vem enfrentando au- Para os idosos com incontinência urinária e
mento expressivo do sobrepeso e da obesi- deficientes físicos, pode-se retirar fraldas a
dade em todas as faixas etárias, e as doen- cada 10 dias, porém não é totalmente gra-
ças crônicas são a principal causa de morte tuito (tem 90% de desconto) na farmácia
entre adultos. O excesso de peso acomete popular.
um em cada dois adultos e uma em cada
três crianças brasileiras (BRASIL,2014).
Não é necessário fazer um genograma para todas as famílias, somente para aquelas em que for
realizado o plano terapêutico, ou seja, para os casos mais complexos.
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Referências
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as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Dis-
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BRASIL. Ministério da Saúde. Altera a Portaria nº 111/GM/MS, de 28 de janeiro de 2016, que
dispõe sobre o Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB), para ampliar a cobertura de fraldas
geriá- tricas às pessoas com deficiência. Portaria nº 937, de 7 de abril de 2017. Disponível em:
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Questão 2
2. Acerca das ações e dos programas de doenças crônicas do SUS, assinale
a opção correta.
a) O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado com o objetivo de auxiliar o acesso aos
medicamentos para o tratamento das doenças infectocontagiosas mais comuns no Brasil.
b) O Guia de Alimentação Saudável foi considerado um dos melhores do mundo e é mais reco-
mendado para evitar a desnutrição nas comunidades de grandes centros urbanos.
c) O Programa de Tabagismo não está tendo o efeito esperado, pois existe uma alta taxa de
mortalidade por câncer de pulmão.
d) O Programa para as Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas tem como prevenção do
agravo da doença a vacina contra influenza e a oxigenoterapia domiciliar quando necessária.
e) O Programa de hipertensão e diabetes tem como objetivo principal a compra de medica-
mentos.
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Questão 3
3. Sobre as doenças modernas:
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Questão 4
4. Sobre as doenças crônicas:
I. A maior causa de morte no Brasil se dá pelas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
Um conjunto de ações nacionais compõe o combate ao sedentarismo, a alimentação sau-
dável e o combate ao tabagismo.
II. Os grupos mais vulneráveis de obesidade são encontrados nas comunidades de quilombo-
las e indígenas.
III. O consumo do tabaco por gestantes e a exposição à fumaça do cigarro provocam efeitos
adversos à saúde e ao desenvolvimento dos fetos.
IV. A atividade física do idoso não é recomendada devido às possibilidades de quedas e à di-
minuição da visão.
A sequência correta é:
a) V,V,V,V.
b) V,F,V,F.
c) V,V,V,F.
d) F,F,V,V.
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Questão 5
5. Sobre o tabagismo:
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Gabarito
1. Resposta: C. 3. Resposta: D.
O Programa Terapêutico Singular é para Em primeiro lugar de causa de morte está
pessoas que necessitam de maior atenção o acidente vascular cerebral, vindo na sequ-
da equipe multiprofissional, porém deve ser ência o infarto agudo do miocárdio, a pneu-
realizado pelas discussões nas reuniões de monia e a diabetes.
equipe a partir das informações colhidas
com o paciente. 4. Resposta: B.
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