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E NUTRIÇÃO
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Olá!
Você está na Unidade Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição. Conheça aqui alguns conceitos
relacionados a Modelos Assistenciais de Saúde como vigilância em saúde; pacto pela saúde; e política nacional
de atenção básica. Conheça ainda suas diretrizes, políticas, programas, históricos e atualizações.
Bons estudos!
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1. Modelo Assistenciais de Saúde
O desenvolvimento social, econômico, e a particularidade do indivíduo estão diretamente relacionadas com a
saúde e suas políticas. Várias discussões já foram realizadas sobre a necessidade de evolução e desenvolvimento
Um marco importante foi a Conferência Internacional sobre promoção da saúde, que aconteceu na década de
80, em Ottawa, tendo como objetivos principais implementar políticas públicas saudáveis, criação de ambientes
saúde, e assim contribuir com a melhoria da qualidade do atendimento. Isso remete a modelos assistenciais de
saúde que promovam melhorias e mudanças (BUSS, 2007). Nesse sentido, você entenderá mais sobre:
modelos de saúde;
conceito de saúde.
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1.1 Modelos de Saúde
Entre os modelos de saúde para reorientação da prática de saúde no Brasil, existem modelos predominantes
O termo modelo possui acepções diferenciadas, variadas, com significados diversos, e utilizadas em conjunturas
e contextos diferentes por indivíduos ou grupo de pessoas diferentes. Pode ser empregado de forma empírica
com todo embasamento científico. Pode ser conceituado como algo padronizado, ou até como um paradigma,
averiguado com atenção e certo. Pode até ser o representante de uma figura pública ou um ídolo (SCLIAR,
2007).
Com o movimento da reforma sanitária e a promulgação da Lei Orgânica da saúde 8080/90 (BRASIL, 1990), na
Constituição Federal de 1988, muitas foram as melhorias em saúde, inclusive as estratégias utilizadas pelo
Ministério da Saúde, como o programa ESF (Estratégia de Saúde da Família), um modelo em saúde que
Macinko e Harris (2015) descrevem que as ESF desenvolvem a prática da saúde-doença, amplia o
um estado de doenças, mas de bem-estar físico, emocional e social, pois este modelo é responsável por um
território. Procura-se ir além do modelo biomédico hegemônico, o qual vinha limitado a implementação de
ações de cura e controle dos sintomas, com gradativa fragmentação e medicalização do cuidado.
No ano de 1994, com o objetivo de reorganizar a atenção primária em saúde, o MS (Ministério da Saúde)
implantou um modelo de atenção, denominado PSF (Programa de Saúde da Família), hoje, denominado de ESF
(Estratégia de Saúde da Família), o principal intuito é a reorientação do modelo de saúde. Anterior ao ESF, o
Ministério da Saúde criou o PACS (Programa de Agentes Comunitários em Saúde), para contribuir nessa
melhoria da qualidade da assistência. Com isso, o MS busca uma prática atuante nas UBS (Unidades Básica de
Uma estratégia que melhorou a qualidade de vida do indivíduo, da família e da coletividade foi a implantação nas
UBS da saúde bucal. Essa estratégia, entretanto, foi incorporada à ESF somente em 2000 na tentativa de se
alcançar uma atenção. O MS busca um impacto epidemiológico, resultado de novas mudanças em saúde com
A reorientação do modelo de atenção à saúde tem como regente os princípios do SUS: universalidade,
equidade e integralidade; imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas UB, com definição de
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De acordo com Rosa e Labate (2005), a busca por novos modelos de atenção para a saúde se deu pela não
resposta satisfatória dos modelos hospitalocêntricos que existiam. Foi um momento histórico que envolvia não
só a saúde, mas o social. O novo modelo de estratégia (ESF) trouxe consigo a promoção, prevenção e o cuidado
integral não somente para o indivíduo, mas para famílias e o bem em saúde para a coletividade.
Assista aí
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/c576ed2e6f28888b4f51d47a5df25697
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1.2 Estratégia de Saúde da Família (ESF)
O MS implementou um novo modelo de atenção à saúde, com ações direcionadas, territorializadas, com
população definida, com diretrizes que foram determinadas em 1997, pelo próprio MS. Essas diretrizes
são relacionadas ao programa de saúde da família e a atribuição do ESF é a sua implementação (BRASIL,
1997).
Segundo o Ministério da Saúde (1997), as diretrizes que compõe o ESF e são de sua responsabilidade são as de
realizar o cadastramento de toda uma população, a qual seja pertencente àquele território; hierarquização;
responsabilidade do MS.
Também tem, em suas atribuições, a atenção contínua do atendimento a nível social e estruturar uma equipe
#PraCegoVer: A imagem mostra um homem sentado e gesticulando com as mãos. Sentada à frente dele está
uma mulher que aparenta ser uma profissional de saúde, fazendo anotações com uma caneta em um papel que
De acordo com Campos e Guerrero (2010), o objetivo da ESF é a averiguação continua e permanente da
efetivação das práticas propostas nas políticas de saúde e nas diretrizes desde 1997. Essas práticas de saúde
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compõem a vigilância em saúde, promoção, prevenção e controle das doenças e agravos, essas devem ser
sociais.
Fique de olho
Aprofunde mais seus conhecimentos sobre a ESF, acessando http://189.28.128.100/dab/docs
/legislacao/portaria1886_18_12_97.pdf, conhecendo em detalhes a Portaria que aprovou o
ESF.
As diretrizes do ESF são operacionais e são interligadas aos ACS (Agentes Comunitários de Saúde). De acordo
com a Portaria GM/MS 1997, um ACS tem responsabilidade de acompanhar e dar assistência a, no máximo, 150
famílias.
A Secretaria do Estado de Saúde é responsável por selecionar o ACS, a seleção deve ocorrer por meio de processo
Algumas considerações devem ser levadas em conta para essa seleção, esse ACS deve residir na área onde
executar as ações com as famílias, há pelo menos dois anos, saber ler e escrever, ser maior de dezoito Az\anos e
Esse ACS deverá fortalecer e expandir as atividades e ações de prevenção das doenças e agravos em saúde; irá
também realizar visitas domiciliares para assim alcançar esses objetivos, com orientações, ações direcionadas
em educação; educação tanto individual, quanto coletivas tanto na residência do indivíduo, quanto na
coletividade. Todas essas atribuições do ACS serão supervisionadas pelo enfermeiro da área. A educação
continuada do Agente de Saúde deve acontecer no horário do trabalho, com participação multidisciplinar.
Cada território tem seus problemas estabelecidos; com foco nesses problemas, devem ser direcionadas as
estratégias e conteúdo da capacitação do ACS. Também, quando houver o recrutamento do ACS, existem algumas
situações em que se deve chamar o suplente, como se o titular deixou de residir na área de sua atuação; assume
outra atividade que comprometa a carga horária necessária para desempenho de suas atividades; não cumpre os
compromissos e atribuições assumidas; gera conflitos ou rejeição junto a sua comunidade; o próprio ACS, por
De acordo com a mesma portaria (BRASIL, 1997), quando houver necessidade de substituição, a situação deve
ser colocada em pauta na reunião do conselho local ou municipal de saúde. O acompanhamento e averiguação
das ações desenvolvidas pelo programa deverá ser realizado pelo Sistema de Informação da Atenção Básica –
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SIAB, ou transitoriamente pelo Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde – SIPACS,
ou ainda por outro sistema de informações implantado pelo município, contanto que alimente a base de dados
do sistema preconizado ao programa pelo Ministério da Saúde (SIAB ou SIPACS) (BRASIL, 1997).
A portaria do MS esclarece que, para atuação do ESF, o município deve entender e cumprir a regra de que as
equipes devem realizar o cadastramento das famílias, com visitas aos domicílios, segundo a definição territorial
pré-estabelecida.
Vamos entende um pouco como essa equipe deve funcionar, ser estruturada e estabelecida conforme regula a
Uma equipe de profissionais de saúde da família pode ser responsável, no âmbito de abrangência de uma
unidade de saúde da família, por uma área onde resida, no máximo, 1000 (mil) famílias ou 4.500 (quatro mil e
quinhentas) pessoas.
Determina ainda que a equipe do Estratégia de Saúde da Família seja composta de uma equipe de médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem e os agentes comunitários de saúde. Lembrando que cada agente só
responde a no máximo 150 famílias, com isso ficam de acordo com a portaria para recebimento dos recursos e
No Sistema Único de Saúde, a entrada primordial para os pacientes é a Atenção Básica em Saúde. Este é o
primeiro lugar do SUS em que o paciente consegue estabelecer vínculos. Esse atendimento tem por finalidade o
Dados revelam que, até 2016, o Brasil já possuía em seu quadro 40.307 equipes de Estratégia de Saúde da
Família, isso é equiparado a 63,9% da cobertura de todo o país, ainda se tem a necessidade de avanço, pois com
isso é perceptível que existem populações sem cobertura e sem atendimento integral. Essa equipe deve ser
Após várias discussões e elaborações de políticas, o Ministério da Saúde resolveu criar, com o intuito de apoiar o
O NASF foi promulgado pela Portaria do Ministério da Saúde (BRASIL, 2008), desde 2008, que estabelece que
deve ser uma equipe multiprofissional, e realizar as ações em paralelo com os profissionais da ESF. Em 2012, o
Ministério da Saúde reorganizou as políticas referente aos NASF, a Portaria Ministerial 3.124/12 (BRASIL, 2012)
estabelece modalidades 1, 2 e 3, como diferenciais. Diante disso, segundo Brasil (2014), as modalidades são
compostas por:
• NASF 1
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pode conter de 5 a 9 equipes de saúde da família e/ou equipes de Atenção Básica para populações
• NASF 2
composto por 3 a 4 equipes de saúde da família e/ou equipes de Atenção Básica para populações
específicas;
• NASF 3
são vinculadas de 1 a 2 equipes de saúde da família e/ou de Atenção Básica para populações específicas.
De acordo com Brasil (2014), tem sido crescente o aumento das equipes. O NASF pode ter uma composição de
fonoaudiólogo; profissional com formação em arte e educação (arte educador); nutricionista; psicólogo;
terapeuta ocupacional; médico ginecologista/ obstetra; médico homeopata; médico pediatra; médico
veterinário; médico psiquiatra; médico geriatra; médico internista (clínica médica); médico do trabalho;
médico acupunturista; e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde
com pós-graduação em saúde pública ou coletiva, ou graduado diretamente em uma dessas áreas. Com isso, a
qualidade do atendimento e a integralidade como um todo tem sido alcançada no indivíduo e na coletividade.
O NASF tem uma proposta de estabelecer espaços de discussão, para elaboração de planos terapêuticos que são
divididos entre as equipes de profissionais, para um entendimento das reais necessidades e o que se tem
conseguido alcançar para melhoria do atendimento. Com isso, é relevante a implementação e participação dos
Figura 2 - NASF
Fonte: ROMAN ZAIETS, Shutterstock, 2020.
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#PraCegoVer: A imagem mostra um homem de jaleco branco, segurando e observando uma ressonância
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1.3 Vigilância em Saúde
De acordo com Scliar (2007), a saúde é um estado que representa a situação atual, podendo ser tanto político,
quanto econômico e mais ainda social de uma população. Também tem influência do local, da região, dos
princípios e riquezas de um povo, às vezes, depende do ponto de vista religioso, histórico, cultural e da
classe social.
O conceito da OMS sobre saúde foi difundido na carta de princípios de 7 de abril de 1948, por isso comemora-se
o Dia Mundial da Saúde nessa data. Isso resultou no direito que o cidadão possui de a saúde ser obrigação do
Estado na promoção e proteção da saúde, garantido pela Constituição Federal de 1988 (SCLIAR, 2007).
A saúde passou a ser conceituada pela OMS como: “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de enfermidade e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
A Vigilância em Saúde é outro assunto que reflete a saúde do país, iniciou-se desde a criação do SUS, com
estímulo desde a oficialização da Constituição Federal em 1988, ressaltando seu fortalecimento com a Lei
Orgânica da Saúde de 1990. Porém, mesmo com as conquistas, a situação epidemiológica do país não estava
A Portaria GM 1378/2013 (BRASIL, 2013) conceitua a Vigilância em Saúde como uma metodologia de
organização dos serviços regularizada, realiza coleta de dados, consolida e a partir daí efetua análise e dissemina
essas intervenções, através da elaboração de políticas de saúde em prol da melhoria, proteção e promoção da
Um dos modelos de atenção à saúde é a Vigilância em Saúde, responsável pela intervenção sobre problemas de
saúde, monitoramento contínuo dos problemas em saúde e evidências dos problemas relacionados às execuções
de atividades em saúde, promoção da saúde e articulação de estratégias para prevenção da doença. Também a
vigilância em saúde, considera os princípios do SUS como a hierarquização e a regionalização dos serviços de
saúde, com isso, tendo o objetivo de alcançar o princípio da integralidade na sua totalidade (FREITAS, 2003).
De acordo com Fracolli et al. (2008), atualmente, as ações e intervenções da vigilância em saúde têm servido
Na visão de Rosen (1994), no passado, a vigilância se continha na vigilância contínua de pessoas, que eram
era a prática para não disseminação de doenças. Na Europa, existiam práticas em vigilância que espelharam
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Podemos aliar a tudo isso a vivência da precursora da enfermagem, Florence Nightingale, primeira a oficializar a
profissão no mundo, inserindo valores e ciência à categoria. Ela serviu na Guerra da Criméia, reduzindo a
infecção em soldados de guerra, e foi a construtora da teoria ambientalista, que visava à vigilância dos
ambientes, aplicou essa teoria nos ambientes de campanha na Guerra da Criméia (NULAND, 2005).
A vigilância é fundamentada em processos de trabalho que envolvem os problemas de saúde, que estão
ainda dos riscos, causas e danos. Com grande importância para a articulação de estratégias para a
saúde; práticas sanitárias, tudo aliado e com foco na melhoria da saúde do indivíduo, da família e da coletividade
(PAIM, 2002).
A vigilância tem produção e fluxo de coleta, análise e sistematização de dados, realiza a produção de dados para
análise e intervenções de saúde pública. Os dados são gerados pelos 3 níveis de esfera de governo, seguindo o
princípio da regionalização: entender os problemas de saúde de uma região com delimitação de território
(PAIM, 2002).
A Vigilância em Saúde realiza processos com métodos de monitoramento e análise de informações, para assim
fornecer subsídios para as elaborações de políticas de saúde e sociais, e ainda as intervenções em saúde por
meio da epidemiologia. Também por meio da Estratégia de Saúde da Família, procura organizar os processos dos
serviços, interlocução com as redes e trabalha pela gestão do sistema de saúde (OLIVEIRA; CASANOVA, 2009).
Como descreve Paim (1997), quando houve a reforma sanitária e outras lutas com interesses na reorientação do
modelo em saúde, que englobasse de forma universal e de qualidade,, era pretendido também um modelo
descentralizado, com protagonismo do nível local, especificamente voltado para a vigilância e controle de
cronicidade, em média 30 anos. Em meados do século XIX, as epidemias e pestes causaram grande impacto na
saúde da população, com o conhecimento da época em saúde pública, as intervenções realizadas eram apenas o
tecnologia que foi significativo para as ações em saúde. Esse desenvolvimento pôde ampliar e melhorar a
qualidade das ações em prevenção e controle das doenças, principalmente com a vacina e combate ao vetor
(GAZIANO, 2010).
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Para oficializar a Vigilância em Saúde no Brasil, o órgão responsável foi instituído em 1975, o SNVE (Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica), assim como hoje, a notificação de doenças era compulsória, com a
Diante disso, as ações e intervenções que deveriam ser de responsabilidade da vigilância epidemiológica, era
realizada por outros órgãos do governo, sendo alguns deles o Departamento Nacional de Endemias Rurais
/DNERU, Campanha Contra Varíola, Campanha Contra Tuberculose, Campanha contra Lepra, dentre outras, que
Com a implementação do SNVE, parte das atribuições e responsabilidades da vigilância e controle destas
doenças foram sendo repassadas para as Secretarias Estaduais de Saúde, estruturadas sob a forma de Programas
Especiais, ao exemplo do Programa Nacional de Imunizações, que estabeleceu um modelo piramidal que
mantinha o nível local sem recursos e sem protagonismo no processo de resolução de seus problemas de saúde.
Entretanto, as denominadas endemias (esquistossomose, doença de Chagas, malária, tracoma, etc.) ficaram sob a
Saúde. Deste modo, a formulação, a coordenação e a execução das atividades de prevenção e controle de
doenças transmissíveis eram realizadas segundo a lógica de programas verticais (TEIXEIRA, 1998).
Com a oficialização da Lei Orgânica em Saúde 8080/90 (BRASIL, 1990), o governo investiu em uma fundação
denominada Funasa (Fundação Nacional de Saúde), com um órgão em sua estrutura o Centro Nacional de
Epidemiologia/CENEPI, cujo objetivo era ser a parte pensante, ou seja, uma área de inteligência em
habilidade para destrinchar a epidemiologia em todas as áreas do SUS e esferas do governo. Com esse
departamento, a vigilância em saúde deveria articular e elaborar estratégias para prevenção de doenças e
Pouco a pouco, a vigilância em saúde vem tomando seu espaço, por meio de medidas de intervenções baseadas e
fundamentadas na coleta e análise dos dados das doenças e agravos em saúde, e com isso só refina
A vigilância em saúde possui bases de dados informatizadas, onde se tem acesso aos resultados desta coleta e
análise, esses são intitulados como SIM, SINASC, SINAN, entre outros, que favoreceram à produção de análises
epidemiológicas sobre a situação de saúde da população, mais próximas da realidade, pois a análise é feita com
inusitadas, surtos e epidemia, também são de sua responsabilidade. Existe uma rede de respostas rápidas para
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Podemos ver que o SUS é dotado de políticas de saúde para melhoria do atendimento, para que seja prestado
hierarquização, descentralização e territorialização. Com isso, vamos estudar um pouco sobre o pacto pela
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2. O pacto pela Saúde e a Política Nacional de Atenção
Básica, como estratégias para o atendimento integral
totalizado
Os princípios da regionalização e descentralização, promulgados na Constituição Federal de 1988, estão
promulgados na Lei Orgânica de 1990 (BRASIL, 1990). Estes estão direcionados para organização dos processos
A descentralização acontece em cada esfera do governo, sendo de responsabilidade de cada um, de modo
individualizado. Anteriormente, todo o poder era centralizado no governo federal, com a descentralização,
acontece a transferência do poder de tomada de decisão para o município. Com isso, se melhora a
Existem as pactuações firmadas pelas três esferas do governo, ou seja, municipal, estadual e federal.
Aconteceram várias reformas institucionais do SUS, e a junção delas é o Pacto pela Saúde (CNS, 2006). Esse pacto
tem como finalidade favorecer, desenvolver e fomentar instrumentos e inovação para as ações da gestão,
com o intuito de atingir maior agilidade na qualidade dos feedbacks para o SUS. Porém, o Pacto pela Saúde
direciona-se para cada gestor de cada esfera do governo, com foco nos problemas de cada região e população,
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2.1 Pacto pela saúde
De acordo com o Conselho Nacional de Saúde (2006), o projeto descrito no Pacto pela Saúde traz consigo
mudanças significativas para as tomadas de decisões e as execuções das ações do SUS. A portaria de 2006
descreve os principais diferenciais que o pacto trouxe para o SUS, sendo eles apontados como:
a substituição do atual processo de habilitação pela adesão solidária aos Termos de Compromisso de Gestão;
O Pacto pela Saúde é um documento oficializado pelo país, sendo resultado de lutas e esforços, aliados a muitas
discussões, em média uma discussão a cada dois anos, para se obter esse projeto em prol do SUS. As reuniões
com as discussões aconteciam com a participação do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde –
CONASEMS, e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS, que foram aprovados na reunião da
O CNS (2006) relata que quase 20 anos se passaram da promulgação do SUS, e durante esse tempo grandes
interação, estratégias e a própria intersetorialidade evoluíram com melhorias na saúde, política e social.
diante das necessidades apresentadas pelo Ministério da Saúde em contribuir com a resolução dos problemas de
saúde, pactuaram responsabilidades entre os três gestores do SUS, no campo da gestão do Sistema e da atenção à
saúde.
O estabelecimento do Pacto pela Saúde foi pactuado nas três dimensões da esfera do governo, ou seja, a nível
municipal, estadual e federal, pela defesa do SUS. Com o objetivo de implementar inovações em saúde e
Existem prioridades de ações que apresentam impacto na saúde da população do Brasil. Essas prioridades são
destacadas e priorizadas entre os gestores, e o Pacto pela Vida é a pactuação dos gestores do SUS para
A construção dessa pactuação é condicionada por metas, que podem ser municipais, estaduais ou federais.
Segundo CNS (2006), existem seis prioridades na Pactuação pela Vida, sendo elas:
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Saúde do Idoso; Controle do câncer do colo do útero e da mama; Redução da mortalidade infantil e materna;
De acordo com o CNS (2006), a Saúde do Idoso é uma prioridade no Pacto e, para alinhar os critérios, foi
considerado como pessoa idosa aquelas com 60 anos ou mais, para a construção do projeto.
atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; incentivo às ações intersetoriais, fazendo com
que haja articulação de ações entre as políticas, instituições e órgãos, visando a integralidade da
saúde não só como ausência de doença; Formação e educação permanente dos profissionais de
saúde do SUS com educação continuada em saúde, focada na área de saúde da pessoa idosa;
Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de
(CNS, 2006).
Assista aí
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/ed9022d3c419e7a5a31f3d97f171b7eb
O documento do pacto CNS (2006), descreve em relação à diretriz de controle do Câncer do Colo do Útero e da
Mama:
deverá haver uma cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do colo do útero, conforme
protocolo. Também prover a realização da cirurgia de alta frequência, técnica que utiliza um
instrumental especial para a retirada de lesões ou parte do colo uterino comprometido como as
lesões intra-epiteliais de alto grau, com menor perda aceitável, podendo ser a nível ambulatorial.
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redução da mortalidade infantil, limitar a mortalidade neonatal em 5%, em 2006. Dizimar em 50%
os óbitos por doença diarréica e 20% por pneumonia. Apoiar a elaboração de propostas de
do óbito em 80% dos municípios com população acima de 80.000 habitantes (CNS, 2006).
Também, descreve os objetivos para a diretriz sobre o fortalecimento da capacidade de resposta às doenças
Um apoio importante foi o Fortalecimento da Atenção Básica, com a inclusão de objetivos que consolidam como
método de assumir a:
estratégia de Saúde da Família como estratégia prioritária para o fortalecimento da atenção básica,
qualificação dos profissionais da atenção básica por meio de estratégias de educação permanente e
consolidar e qualificar a estratégia de Saúde da Família nos pequenos e médios municípios; Ampliar
de recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas para
estes serviços; garantir o financiamento da Atenção Básica como responsabilidade das três esferas
de gestão do SUS; Aprimorar a inserção dos profissionais da Atenção Básica nas redes locais de
saúde, por meio de vínculos de trabalho que favoreçam o provimento e fixação dos profissionais.
Implantar o processo de monitoramento e avaliação da Atenção Básica nas três esferas de governo,
Na Constituição Federal de 1988 e na Lei Orgânica de 1990, O que se deve priorizar, é a articulação entre os
gestores, nos diferentes níveis do sistema, para que os princípios do SUS possam fluir com benefícios à
Intergestores Tripartite - CIT e a Comissão Intergestores Bipartite - CIB, que pactuarão sobre a organização,
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2.2 Política Nacional de Atenção Básica
A PNAB (Política Nacional de Atenção Básica) é considerada uma política recente, promulgada pela Portaria Nº
2436 de 21 de setembro de 2017 que estabelece a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no
De acordo com a Portaria Ministerial de 2017 (BRASIL, 2017), a Política Nacional de Atenção Básica acredita que
as diretrizes dos termos e conteúdos da Atenção Primária à Saúde - APS, nos recentes pontos de vista, são
semelhantes, de modo que devem andar em conjunto. Conceitua ainda a Atenção Básica como uma reunião que
se estabelece para discussões dos problemas de saúde e social e resolução desses, sejam individuais, em família
redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado
integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território
definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária, com fundamentação nos princípios do
O Ministério da Saúde deixa claro que a Atenção Básica deve ser a referência principal para a entrada e para os
centros de comunicação da RAS (Rede de Atenção à Saúde), fazendo a gestão do cuidado, e preparando e
O Ministério da Saúde elencou, na Portaria 2436 da Política Nacional da Atenção Básica, os princípios e diretrizes
do SUS e da RAS a serem instrumentalizados na Atenção Básica. Os princípios, são os que estão na constituição
federal 1988 e na lei orgânica da saúde 8080/90 Universalidade, Equidade; e Integralidade e as Diretrizes:
Ressaltando que a PNAB tem na Saúde da Família suas articulações, ações e tomadas de decisões, e estratégia
prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica (BRASIL, 2017). Também serão declaradas outras
estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham
caráter transitório, sendo que devem ser modificadas para Estratégia Saúde da Família. As prioridades e
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só assim os objetivos e metas serão alcançados para avanço e desenvolvimento da saúde da população, na ótica
De acordo com a Portaria Nº 2436, as Unidades Básicas de Saúde são locais que devem incentivar e praticar
formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS. Todos
os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de acordo com
O Ministério da Saúde descreve na portaria as responsabilidades que são de atributos de todos os níveis da
esfera do governo, sendo elas: apoiar, cooperar e participar para a reorientação do modelo de atenção e de
gestão, com base nos princípios e nas diretrizes contidas nesta portaria; fomentar a adoção da Estratégia Saúde
da Família - ESF como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção Básica;
garantir a infraestrutura adequada e com boas condições para o funcionamento das UBS, certificando-se e
responsabilizando-se pelo espaço, mobiliário e equipamentos, além de acessibilidade de pessoas com deficiência,
de acordo com as normas vigentes; também colaborar, auxiliar e participar no financiamento tripartite para
fortalecimento da Atenção Básica; por fim, garantir e assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e
ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, além disto, outras atribuições que venham a ser pactuadas pelas
Comissões Intergestoras.
A portaria ainda determina que deve-se estabelecer, nos respectivos planos Municipais, Estaduais e Nacional de
Saúde, prioridades, objetivos, metas, atribuições e estratégias para a organização da Atenção Básica; com
isso, desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação da força de trabalho para
gestão e atenção à saúde; estimular e viabilizar a formação, educação permanente e continuada dos
carreiras que associem desenvolvimento do trabalhador com qualificação dos serviços ofertados às pessoas;
fortalecer a rede, garantindo o abastecimento e estratégias de fixação de profissionais de saúde para a Atenção
Básica, com vistas a promover ofertas de cuidado e o vínculo; ampliar, possibilitar e implantar os Sistemas de
Informação da Atenção Básica vigentes, propiciando mecanismos que assegurem o uso qualificado dessas
ferramentas nas UBS, de acordo com suas responsabilidades; certificar os dispositivos para transporte em saúde,
permitindo que as equipes possam funcionar de forma operacional, garantindo o cuidado integral, holístico na
Com tudo descrito, o Ministério da Saúde enfatiza e percebe a necessidade de planejamento dos gestores em
saúde e o monitoramento aliado às avaliações das ações executadas na atenção básica em saúde. Devendo, ainda,
organizar ferramentas para autoavaliação, controle, regulação e acompanhamento total e sistemático dos
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resultados alcançados pelas ações da Atenção Básica, como parte do processo de planejamento e
pelas equipes que atuam na Atenção Básica, estimulando a utilização dos dados para o planejamento das ações;
estabelece que deve-se promover o intercâmbio de experiências entre gestores e entre trabalhadores, por meio
deve estimular a participação popular e o controle social; recomenda que se garanta espaços físicos e ambientes
adequados para a formação de estudantes e profissionais de saúde, para a formação em serviço e para a
educação permanente e continuada nas Unidades Básicas de Saúde; estimular e fomentar o desenvolvimento das
com a relação específica complementar estadual, municipal, da união, ou do Distrito Federal de medicamentos
nos pontos de atenção, visando a integralidade do cuidado; que sejam adotadas estratégias para garantir um
amplo escopo de ações e serviços a serem ofertados na Atenção Básica, compatíveis com as necessidades de
saúde de cada localidade; estabelecer mecanismos regulares de autoavaliação para as equipes que atuam na
articulação com o subsistema indígena nas ações de educação permanente e gestão da rede assistencial (CNS,
2017).
Figura 3 - PNAB
Fonte: WINUI, Shutterstock, 2020.
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#PraCegoVer: A imagem mostra uma mão segurando uma caneta e desenhando bonecos de gravata, com
O Ministério da Saúde, na Portaria sobre a Política Nacional de Atenção Básica, descreve que a política é vivência
Sistema Único de Saúde, com os movimentos sociais, população, trabalhadores e gestores das três esferas de
Lembrando que, como determina a portaria a Atenção Básica, deve ser escolhida como o primeiro e principal
acesso à entrada no sistema, onde a regulação deve acontecer de forma a organizar os fluxos e contrafluxos de
pessoas, produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde. Preconiza ainda priorizar a ESF como
instrumento, ações e estratégia principal para executar as atividades em saúde na Atenção Básica, ressaltando
que os territórios devem se fundamentar nos princípios e diretrizes do SUS. Salientando a necessidade do
território e a existência de populações específicas, itinerantes e dispersas, que são responsáveis por essas
equipes, enquanto estiverem presentes no território, em consonância com a política de promoção da equidade
As Políticas Públicas e os Modelos de Atenção à Saúde, bem como a própria Gestão à Saúde são estruturas e
ações em conjunto de programas e políticas que resultam em tomadas de decisão para melhoria da saúde do
indivíduo, família e coletividade.Pudemos apreender que, no que se refere à saúde, o SUS possui princípios e
diretrizes, que os sistemas de saúde devem seguir para se ter uma evolução em saúde, uma rede de ações e
Assista aí
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é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• entender as Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição;
• conhecer os Modelos Assistenciais de Saúde;
• conhecer e entender os conceitos de Vigilância em Saúde, Pacto pela Saúde e Política Nacional de
Atenção Básica;
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• conhecer um pouco sobre a Estratégia Saúde da Família e o Pacto pela Vida.
Referências
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Saúde da Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para
populações específicas, cria a Modalidade NASF 3, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em:
para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e
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