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RESUMO

A Atenção Básica em Saúde Bucal fundamenta-se na realização de ações destinada a


identificar, previnir e resolver os problemas presentes na população por meio de tecnologias
aperfeiçoadas e recursos humanos. Em meio a esse cenário, buscar-se compreender a história
da Odontologia no sistema público de saúde do País, principalmente na Proteção Social
Básica. Este trabalho tem por objetivo demonstra a importância da saúde bucal na Estratégia
de Saúde da Família, bem como a relevancia do seu trabalho para a população. Como
procedimentos metodológicos foram utilizados pesquisas bibliográficas e documentais,
realizadas a partir da análise de artigos, livros, legislação. A partir das análises realizadas
evidenciou-se que e quipe de saúde bucal está destacando seu trabalho junto a equipe,
principalemnte no que refere-se se a concientização e modificação de habitos o que contribui
muito com a população assistida. Nesse cenário cabem ainda avanços, mas acredita-se que
dentro desse processo os principais os principais objetivos já estão sendo alcançados.
Palavras chave: Estratégia de Saúde da Familia - ESF, Cirurgião-dentista, Saúde Bucal.

1 INTRODUÇÃO

Como estratégia para reestruturar o nível de Proteção Social Básica, em


1994, o Sistema Único de Saúde – SUS criou o Programa Saúde de Família
(PSF), agora denominado com Estratégia de Saúde da Família (ESF), o qual
apresentava por objetivo principal criar ações voltadas ao cuidado, prevenção e
promoção em saúde.
O ESF estabelece uma equipe multidisiplinar, no entanto cirurgião-
dentista integra essa formação seis anos após a criação do programa, tendo
em vista a constatação de uma situação desordenada na saúde bucal das
pessoas.
Nesse cenário observa-se a oportunidade de inserção da saúde bucal e
a sua contribuição para a garantia do direito a saúde na integralidade para a
população, buscando visualizar o individuo como um todo, ofertando serviços
em todos os níveis e garantindo ações de prevenção, promoção e tratamento
em si das doenças buscais.
Para tanto, o profissional cirurgião-dentista precisa ter uma visão
diferenciada, mantendor-se em constante aprimoramento por meio de
capacitações e de tempo em tempo avaliando-se. Outro fator importantissimo é
o profissional conhecer o território de atuação, os usuários, os problemas e as
condições sócio-econômicas daquela população e o qual irá faciliatar a criação
de estratégias que venham ao encontro das suas necessidades.
Esse trabalho tem por objetivo demonstra a importância da saúde bucal
na Estratégia de Saúde da Família, bem como a relevancia do seu trabalho
para a população. Como objetivos especificos buscou-se conhecer brevemente
a Estatégia de Saúde da família, a saúde bucal na politica publica de saúde
brasileira e o trabalho desenvolvido pela equipe de saúde bucal na ESF.
Justifica-se a escolha desse tema para aprimoramento de
conhecimentos e dar maior visibilidade a saude bucal e o trabalho
desenvenolvido pelo cirurgião-dentista na equipe de ESF.
Destaca-se que como procedimentos metodológicos foram utilizados
pesquisas bibliográficas e documentais, realizadas a partir da análise de artigos,
livros, legislação.
Apresentada a metodologia utilizada, destaca-se que o conteúdo dessa
monografia está organizado em dois capítulos, além da presente Introdução.
Inicia-se com o capítulo intitulado “A estratégia de saúde da familia, uma breve
contextulização”, abordará de uma forma sussinta a necessidade e importância do
programa da atenção básica de saúde.
O capítulo seguinte, denominado “Serviços em saúde bucal na saúde pública
brasileira”, tratará as ações em ambito nacional executadas em saúde bucal para a
população.
E o quarto capítulo chamado “Saúde bucal na estratégia de saúde da família”,
contextualizará o trabalho e a importância da equipe de saúde bucal na ESF.
Dando continuidade na estrutura do trabalho são apresentadas as
Considerações Finais com algumas reflexões e conclusões obtidas no decorrer do
estudo, bem como a análise do tema proposto e, por fim, as Referências utilizadas
para embasar teoricamente o trabalho.

2. A ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA, UMA BREVE CONTEXTULIZAÇÃO

A ideia de transformação da atenção básica de saúde vem por meio de


análises ao sistema de saúde presente o qual apontam que o funcionamento estava
centrado na doença e no médico, não no indivíduo como sujeito de direitos. Nesse
contexto surge em 1994 o Programa Saúde da Família (PSF), na direção a
atendimento atendendo aos pressupostos básicos de universalização de acesso,
equidade e integralidade de assistência à saúde dando um foco principal as famílias
mais vulneráveis.
No ano de 2006 o PSF deixa de ser um programa passa a ser uma
estratégia permanente na atenção básica em saúde, exatamente por programa
possui um tempo determinado e estratégia ser permanente e contínua. Por isso
passa a ser denominado de Estratégia Saúde da Família - ESF.
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa:

“à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema


Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais
como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por
favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de
aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a
resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de
propiciar uma importante relação custo-efetividade”. (MDS, 2022)

O PSF é executado junto as Unidade Básicas de Saúde (UBS) dos


municípios, e tem por parâmetro a atuação nas áreas preventivas, de promoção e
recuperação da saúde das pessoas de maneira integral e contínua. Cada equipe
deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada
de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição. (MDS,
2022).
O atendimento é realizado nas UBS ou no domicílio por uma equipe
multiprofissional composta de no mínimo: um médico generalista, ou especialista em
Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; um enfermeiro generalista
ou especialista em Saúde da Família; um auxiliar ou técnico de enfermagem; e cinco
a seis agentes comunitários de saúde. E ainda no ano de 2000 passa a compor essa
equipe um cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família e um
auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
Assim estes profissionais e a população em acompanhamento fazem a
criação de vínculos de corresponsabilidade, facilitando a identificação e o
atendimento dos problemas de saúde da comunidade (BRITO et al. 2018).

3. SERVIÇOS EM SAÚDE BUCAL NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA

Por muitos anos a atenção odontológica no Brasil prestou assistência a


grupos populacionais restritos entre eles as escolas, com ações voltadas a
doença cárie e periodontal. A outra parte da população ficava muitas vezes
esquecida recorrendo somente a serviços curativos e mutiladores, os quais
apresentavam baixa cobertura a população.
Diante desse contexto, por consequencia da necessidade de expandir as
ações de prevenção e assegurar os benefícios na área curativa em procedimentos
odontológicos, o Ministério da Saúde incluiu as equipes de saúde bucal nos ESF,
conduzindo uma nova direção a atenção odontologica no Brasil.

A saúde bucal adquire maior importância quando se fala em qualidade de


vida da população; assim, é essencial a busca de mecanismos que
ampliem o âmbito de suas ações e viabilizem mudanças no perfil
epidemiológico da população brasileira. A luta pela saúde bucal está
diretamente vinculada à melhoria de fatores condicionantes sociais,
políticos e econômicos, o que referenda a responsabilidade e dever do
Estado em sua execução (PINTO, 2003).

Destaca-se que é de suma importância desenvolver ações educativas e


coletivas de prevenção, mas também cabe realizar periodicamente avaliações
a fim de verificar sua efetividade junto à população.

4. SAÚDE BUCAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Sabe-se que “a saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde


geral do indivíduo e está diretamente relacionada às condições de alimentação,
moradia, trabalho, renda, transporte, lazer, acesso aos serviços de saúde e à
informação” (EMMI & BARROSO, 2008). Desse modo torna-se indipensável a
inserição da saúde bucal na ESF garantindo ao usuário acesso intergral a
saúde.
Em vista disso, o Ministério da Saúde definiu como competência do
cirurgião-dentista:

I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o


planejamento e a programação em saúde bucal. II - Realizar os procedimentos
clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e
pequenas cirurgias ambulatoriais. III - Realizar a atenção integral em saúde bucal
(proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
manutenção da saúde) individual e coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a
grupos específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade. IV -
Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência,
mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do
tratamento. V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da
saúde e à prevenção de doenças bucais. VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver
atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe Saúde da
Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar.
VII - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD,
ACD e ESF. VIII - Realizar supervisão técnica do THD e ACD. IX - Participar do
gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
(BRASIL, 2017)

Dessa maneira, os cirurgiões - dentistas atuam na execução de praticas


odontologicas em saúde coletiva, com responsabilidades de executarem
políticas públicas saúdaveis, direcionando ações que venham ao fortalecimento
de habilidades pessoais contribuindo para a saúde pessoal e coletiva de forma
que as ações pessoas sirvam de exemplo para os demais da família.
Ademais cabe ao cirurgião – dentista desenvolver atividades comunitárias
que vão contribuir com sua integração junto a equipe e a comunidade. Entre
essas atividades destacamos:

buscar parcerias com ativistas comunitários para a formação de redes e


alianças, apoiar a criação de hortas e pomares como um meio de
encorajar ações cooperativas e alimentos saudáveis associar-se com
grupos comunitários ativos na promoção da saúde das mães e crianças,
como por exemplo, a pastoral da saúde, proporcionar a participação da
população no planejamento e tomadas das decisões em relação à saúde
bucal da comunidade, desenvolver ações intersetoriais com outras
instituições públicas ou privadas (AERTS & ABEGG, 2004).

Outro fator importante a destacar é a participação do profissional de


odontologia nas visitas domiciliares, atendimento esse importantíssimo prestado as
famílias que não conseguem acessar os serviços na UBS. Compete à equipe
realizar reuniões semanais conforme previsto em legislação e juntos selecionarem
as familias que precisam dos atendimentos. Sabe-se que por vezes o cirurgião-
dentista não poderá realizar seu o trabalho curativo no local, no entanto aproveitará
esse momento para avaliar, prestar informações, agendar atendimentos e
principalmente criar um vínculo com família, que irá possibilitar a sua procura em
caso de necessidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A PSF atual ESF, foi desenvolvido para executar ações que


modificassem e ampliassem a atenção básica, diversificando os serviços
oferecidos pela saúde pública no Brasil.
Tendo como foco principal a ESF direciona-se para atender de forma
ativa e intregral, por meio de equipes de trabalho interdisciplinar, em unidades
básicas de saúde da família. Essas equipes são responsáveis pelo
acompanhamento de um determinado número de famílias que vivem em uma
área geográfica delimitada, no qual os profissionais atuam com ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva, incentivando
a participação da comunidade a fim de atender as suas reais necessidades.
As equipes da ESF são compostas básicamente por médico, enfermeiro,
tecnico de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirugião-dentista e
auxilair de consultório dentário.
Nesse cenário o cirugião-dentista e a auxiliar de consutório dentário,
desenvolvem ações voltadas à saúde bucal, não somente o que refere-se ao
tratamento curativo, mas também ações educativas contribuindo para
mudanças de hábitos da população.
No entanto, nem sempre essas ações conseguem ser desenvolvidas de
forma eficaz, devido à falta de conhecimento, de tempo para desenvolver
projetos, de preparo profissional e de intergração dos profissioanais que
compoem a equipe.
Dessa forma é necessário vencer certos desafios, investindo no
aprimoramento da equipe por meio de quailificações continuadas, avaliações
constantes nas atividades desenvolvidas, replanejamento das ações, escuta
ativa as demandas da comunidade, entre outras.
Seguindo essa perspectiva e buscando melhoramento continua nas
ações, a equipe do ESF, em especifico as equipe de saúde bucal conseguirão
atingir seus objetivos e juntos vão atender a população na sua integralidade
não só modificando o quadro epidemiologico da comunidade, mas auxiliando
na concencitização e modificando os habitos de cuidado e recuperção da
saúde.

REFERÊNCIAS

AERTS, D; ABEGG, C; CESA, K. O papel do cirurgião-dentista no SUS. Rio


Janeiro, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
81232004000100013&script=sci_arttext Acesso em: 10 abr.. 2022.
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em: https://aps.saude.gov.br/ape/esf/. Acesso em: 12 abr. 2022.

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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal.pdf. Acesso em: 12 abr.
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BRITO, G. E.G.; MENDES, A. C. G.SANTOS NETO, P. M. O. OBJETIVO DE


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http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/CdVjornada/JORNADA_EIXO_2011/
IMPASSES_E_DESAFIOS_DAS_POLITICAS_DA_SEGURIDADE_SOCIAL/
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EMMI, D.T; BARROSO, R.F. Avaliação das ações de saúde bucal o Programa da
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