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O PAPEL DO CIRURGIÃO DENTISTA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

THE ROLE OF THE DENTAL SURGEON IN THE UNIQUE HEALTH SYSTEM

Samir Georges Zogheib: Esp. em Gestão em Saúde, Esp em Gestão Pública,


Esp em Prótese, Mestrando em Prótese. UNIVC. samir.zogheib@ivc.br.
Amanda Rebeca Borges: Acadêmica em Odontologia. UNIVC.
amanda.borges@ivceduc.onmicrosoft.com.
Ana Luiza Brandão Wagmaker: Acadêmica em Odontologia. UNIVC.
ana.wagmaker@ivceduc.onmicrosoft.com.
Haniel Marcos Oliveira de Souza: Acadêmico em Odontologia.UNIVC.
haniel.souza@ivceduc.onmicrosoft.com.
Luana Bernardes dos Santos Braga: Acadêmica em Odontologia. UNIVC.
luana.braga@ivceduc.onmicrosoft.com.
Lucas Moronari Venturini: Acadêmico em Odontologia.UNIVC.
lucas.venturini@ivceduc.onmicrosoft.com.
Nathália Nogueira Santos Clementino: Acadêmico em Odontologia.UNIVC.
nathaliamachadosc420@gmail.com
Sarah Amaral Lopes: Acadêmico em Odontologia. UNIVC.
sarah.lopes@ivceduc.onmicrosoft.com.
Thátila Sena dos Santos: Acadêmico em Odontologia. UNIVC
thatila.sena@ivceduc.onmicrosoft.com.
Resumo: A inserção da odontologia na ESF visou a ampliação do acesso da
população a esses serviços, garantindo atenção integral e priorizando ações de
prevenção e promoção da saúde bucal. Compete ao cirurgião-dentista na
Atenção Básica fazer diagnósticos, realizar planejamentos, procedimentos
clínicos, proteção de saúde, prevenção de agravos, reabilitação e cuidado da
saúde, trabalhar em grupos, participar de atividades junto a equipe saúde da
família, e fortalecer as atividades sobre saúde bucal buscando sempre se
aproximar e participar das ações de saúde de forma multidisciplinar. Objetiva-se
conceituar a inserção da Odontologia no Sistema Único de Saúde e analisar a
importância do Cirurgião Dentista no desenvolvimento dos serviços para a
comunidade. Problemas: A desigualdade de acesso aos serviços de saúde,
relacionadas a fatores socioeconômicos, demográficos, organizacionais, que
resulta em piores condições de saúde bucal para grupos historicamente
excluídos, como idosos, indivíduos de baixa escolaridade e/ou de baixa renda.
Métodos: Recorreu-se a fontes bibliográficas e documentos oficiais que abordam
as temáticas referentes a importância dos serviços do Cirurgião Dentista e como
sucede o desenvolvimento e a aplicação das ações voltadas para este contexto
no Programa de Saúde da Família. Conclui-se que inclusão da Odontologia no
Sistema Único de Saúde garantiu acesso às ações de promoção, prevenção e
recuperação da saúde bucal, melhorando os índices epidemiológicos de saúde
bucal dos brasileiros.

Palavras-chave: Cirurgião-dentista. Sistema Único de Saúde. Odontologia.

Abstract: The inclusion of dentistry in the ESF aimed at expanding the


population's access to these services, guaranteeing comprehensive care and
prioritizing prevention and promotion of oral health. It is up to the dentist in
Primary Care to make diagnoses, carry out planning, clinical procedures, health
protection, disease prevention, rehabilitation and health care, work in groups,
participate in activities with the family health team, and strengthen activities on
oral health always seeking to approach and participate in health actions in a
multidisciplinary way. is aimed
Conceptualize the inclusion of Dentistry in the Unified Health System and analyze
the importance of the Dental Surgeon in the development of services for the
community. Problems: The inequality of access to health services, related to
socioeconomic, demographic, organizational factors, which results in worse oral
health conditions for historically excluded groups, such as the elderly, individuals
with low education and/or low income. Methods: Bibliographical sources and
official documents were used to address issues related to the importance of
Dental Surgeon services and how the development and application of actions
aimed at this context in the Family Health Program succeed. It is concluded that
the inclusion of Dentistry in the Unified Health System guaranteed access to
actions for the promotion, prevention and recovery of oral health, improving the
epidemiological indices of oral health in Brazilians.

Keywords: Dental-surgeon. Unified Health System. Dentistry.


1 INTRODUÇÃO

Em permanente remodelamento de sua construção, o Sistema Único de


Saúde (SUS) permite uma discussão continuado sobre o seu modelo de atenção
e consequentemente o papel de sua equipe de profissionais. O cirurgião-dentista
e sua atuação que está inserido nessa problemática é o objeto de interesse
dessa discussão. (NARVAI; FRAZAO, 2008)
A princípio, no Brasil colonial (1500-1822), a cana de açúcar era a
principal atividade econômica do país, o que levou ao desenvolvimento da cárie,
vista como um dos principais problemas de saúde daquela época. (NARVAI;
FRAZAO, 2008)
Em seguida, no Brasil Imperial (1822-1889), os primeiros consultórios de
dentista surgiram nas Santas Casas de Misericórdia e os atendimentos foram
iniciados com as cartas de dentista. (NARVAI; FRAZAO, 2008)
Posteriormente, no início do Brasil República (1889 aos dias atuais)
ocorreu uma grande proliferação de doenças endêmicas, falta de políticas
públicas de saúde e saneamento e um alto nível de periodontite. Diante desse
cenário, houve uma melhora significativa no desenvolvimento de ações voltadas
para a melhora da saúde bucal, como o programa de Odontologia sanitária, a
fluoretação das águas de abastecimento e o programa nacional de controle de
cárie. (NARVAI;FRAZAO,2008)
Soares (2005) nos mostra que as práticas de saúde bucal começaram a
ser introduzidas nos sistemas públicos de São Paulo de forma tímida a partir do
início do século XX até a década de 40, numa prática de assistência a crianças,
não se identificando como prática inserida na saúde pública.
A primeira referência sobre a inserção de cirurgiões-dentistas no serviço
público foi em 2000, em que foi incorporada à Estratégias de Saúde da Família
(ESF), as Equipes de Saúde Bucal (ESB), com o desafio de redirecionar a
assistência para as famílias, rompendo drasticamente com o curativismo e a
hipervalorização do biologicismo tecnológico, comprovadamente excludentes.
(MORAIS, 2020; PEREIRA, 2021)
Até a implantação das ESB em 2000, o brasileiro vivenciava a dificuldade
de acesso a serviços de saúde bucal e a Política Nacional de Saúde Bucal
(PNSB), lançada em 2004, possibilitou finalmente o tratamento odontológico pelo
SUS. (SANTOS, 2021)
A inserção da odontologia na ESF visou a ampliação do acesso da
população a esses serviços, garantindo atenção integral e priorizando ações de
prevenção e promoção da saúde bucal, por meio do estabelecimento de um
vínculo territorial, sendo a equipe constituída por cirurgião-dentista (CD), auxiliar
em saúde bucal (ASB) e técnico em saúde bucal (TSB), este último a depender
da modalidade (MORAES; KLIGERMAN; COHEN, 2015)
Outro avanço que merece destaque é a inserção da saúde bucal no SUS,
por meio de uma política específica e articulada chamada “Brasil Sorridente (BS)”
(Política Nacional de Saúde Bucal). Uma das principais características dessa
política é a ênfase em ações intersetoriais e interministeriais.

2 MÉTODOS
O presente trabalho busca conceituar a inserção da Odontologia no
Sistema Único de Saúde e analisar a importância do Cirurgião Dentista no
desenvolvimento dos serviços para a comunidade, e como o mesmo pode
contribuir de maneira positiva na vida dos indivíduos.
Recorreu-se a fontes bibliográficas e documentos oficiais que abordam as
temáticas referentes a importância dos serviços do Cirurgião Dentista e como
sucede o desenvolvimento e a aplicação das ações voltadas para este contexto
no Programa de Saúde da Família.
Com esse objetivo, foram selecionados para leitura e aprimoramento do
conhecimento 39 artigos publicados a partir do ano de 2019, retirados do Google
Acadêmico, Scielo, Science.gov, SiBi, Scopus, Pubmed, Biblioteca Digital de
Teses e Dissertações (BDTD) e Portal de Periódicos da CAPES de modo que,
destes, 16 exemplares foram descartados, devido ao fato dos mesmos não
apresentarem as palavras chaves correlacionadas ao tema e não seguirem a
perspectiva desejada com relação ao tema. Por fim, 23 artigos foram usados
como base para o desenvolvimento dessa abordagem.
3 POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BRASILEIRA (BRASIL SORRIDENTE)
Nas últimas décadas, o Brasil evoluiu de um sistema de saúde excludente
e mutilador, no qual apenas aqueles que contribuíam para o sistema de
seguridade social tinham direito à assistência de saúde, para um sistema
universal, chamado Sistema Único de Saúde (SUS), no qual a saúde é um direito
de todos e um dever do Estado, garantido na Constituição de 1988.
(CAYETANO, et al. 2019)
No SUS, a atenção básica é ordenadora do cuidado em saúde e
representa o eixo estruturante do sistema, de acordo com as diretrizes da
OPAS/OMS. O que se busca é a garantia da integralidade do cuidado e da
universalização do acesso, por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF).
Apesar dos avanços que ocorreram desde 1988, quando o SUS foi criado, é
evidente que este é um sistema que enfrenta enormes desafios, entre eles, a
grande diversidade socioeconômica da população, em um país com dimensões
continentais e o subfinanciamento do sistema de saúde desde sua criação
(CAYETANO, et al. 2019)
Sendo assim no início da década de 2000, com base na nova Política
Nacional de Saúde Bucal resultante dos debates da 3a Conferência de Saúde
Bucal, o “Brasil Sorridente” foi criado, o qual teve como as principais linhas de
ação: a reorganização da atenção primária em saúde bucal, com a
implementação e ampliação das equipes de saúde bucal na Estratégia Saúde da
Família; e ampliação e qualificação da Atenção Especializada (PUCCA, et al.,
2015). Previamente à criação do Brasil Sorridente, como mencionado, a
Odontologia pública Brasileira expressava seu caráter materno-infantil, que não
era suficiente para atender às demandas epidemiológicas da população naquele
contexto.
Desta forma, o processo de trabalho em saúde bucal passou
por uma reorganização, tendo foco na interdisciplinaridade, no
multiprofissionalismo e na intersetorialidade. A atuação da equipe de saúde
bucal não se limitou exclusivamente ao campo biológico ou ao trabalho técnico
– odontológico, mas passou a interagir com profissionais de outras áreas, de
forma a ampliar seu conhecimento, permitindo a abordagem do indivíduo em seu
contexto mais amplo, atentando - se ao contexto socioeconômico - cultural no
qual ele está inserido.
Ademais, a equipe se adequa de modo a alcançar a integralidade da
atenção em saúde bucal através das redes de atenção (GABRIEL, et al., 2020),
visto que passa a oferecer de forma conjunta as ações de promoção de saúde,
prevenção de doenças, tratamento, cura e reabilitação, tanto no nível individual
quanto coletivo.
Segundo Cayetano, et al. (2019) no que se refere ao modelo em que a
Odontologia está inserida no sistema público de saúde atualmente, é importante
destacar que o Brasil Sorridente está inserido no Sistema de Redes de Atenção
à Saúde (RAS), como uma rede poliarquia que visa a integralidade do cuidado,
equidade e a articulação (entre todos os níveis de atenção e com outras redes
temáticas).
Depois de institucionalizar a Política Brasileira de Saúde Bucal “Brasil
Sorridente”, com leis, portarias e normas específicas, foi necessário substituir
equipamentos sucateados e ampliar a estrutura física da rede de saúde bucal
em construção para receber esse novo serviço, aprimorando sua capacidade
instalada. (CAYETANO, et al. 2019)
Cayetano, et al. (2019) ainda cita outra importante vertente se deu na
formação dos Recursos Humanos em Saúde, uma vez que a política induziu
mudanças estruturais no processo de trabalho, por meio de uma atuação
multiprofissional, com foco na prevenção e em uma atuação voltada para o
serviço público, diferente da lógica da clínica curativa e individual da profissão
caracterizada até o momento.
Para garantir a linha de cuidado do usuário, além da reestruturação da
atenção primária, o Brasil Sorridente criou os Centros de Especialidades
Odontológicas (CEO), que oferecem atendimento nas especialidades de cirurgia
oral menor, diagnóstico de câncer de boca e outras doenças de tecidos moles,
periodontia, atenção aos pacientes com necessidades especiais e endodontia.
(CAYETANO, et al. 2019)
Em 2010 foram acrescidos aos CEO tratamentos de ortodontia e
implantes dentários. Além disso, iniciou-se a implantação dos Laboratórios
Regionais de Prótese Dentária (LRPD), a fim de responder à demanda da
população adulta e idosa do Brasil e garantir a integralidade do cuidado.
(CAYETANO, et al. 2019)
Mais de R$ 6 bilhões foram investidos em saúde bucal no Brasil nos
primeiros 10 anos da implantação do “Brasil Sorridente”. Esse investimento foi
realizado em diversas áreas, incluindo o financiamento de estudos científicos e
a formação de membros da equipe de saúde bucal (dentistas, técnicos em saúde
bucal e auxiliares de saúde bucal) (ANTONIASSI, et al., 2021; PUCCA, et
al.,2015).
A partir do “Brasil Sorridente”, o aumento no número de cirurgiões-
dentistas atuando no SUS foi significativo, sendo que um quarto de todos os
dentistas brasileiros passaram a ter vínculo com o setor público de saúde
(GABRIEL, et al., 2020; PUCCA, et al., 2015).

Apesar dos avanços significativos conquistados com o Programa Brasil


Sorridente e outras iniciativas de saúde bucal, é importante ressaltar que ainda
existem discussões e desafios a serem enfrentados. Um desses desafios é a
persistência das desigualdades regionais na cobertura dos serviços
odontológicos. De acordo com estudos e relatórios do Ministério da Saúde,
algumas áreas do país enfrentam maiores dificuldades de acesso aos cuidados
de saúde bucal, resultando em disparidades no atendimento (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2020).

Para superar a questão, é necessário um esforço contínuo para expandir


a oferta de serviços nessas regiões e reduzir as desigualdades existentes,
garantindo que todos os brasileiros tenham acesso adequado aos cuidados de
saúde bucal (BRASIL,2020)

3.1. O PAPEL DO CIRURGIÃO DENTISTA NA ATENÇÃO BÁSICA


Compete ao cirurgião-dentista na Atenção Básica fazer diagnósticos,
realizar planejamentos, procedimentos clínicos, proteção de saúde, prevenção
de agravos, reabilitação e cuidado da saúde, trabalhar em grupos, participar de
atividades junto a equipe saúde da família, e fortalecer as atividades sobre saúde
bucal buscando sempre se aproximar e participar das ações de saúde de forma
multidisciplinar. (SOUSA, et al., 2019)
Diante de um novo cenário, desde março de 2020, com o advento da
pandemia pelo novo coronavírus, as Equipes de Saúde Bucal têm
desempenhado um novo trabalho dentro das ESF, seja por recomendações
municipais, estaduais, federais, dos próprios Conselho de Odontologia
(CARLETTO; SANTOS, 2020).
Dentre as ações de promoção em saúde e prevenção às doenças
destacam-se àquelas relacionadas à fluoretação das águas, educação em saúde
(alimentação saudável, redução do tabagismo, higiene bucal adequada etc),
higiene bucal supervisionada, aplicação tópica de flúor e medidas ativas de
prevenção à cárie dentária, doença periodontal e câncer bucal.
Em relação às ações de recuperação, dá-se foco ao diagnóstico e
tratamento das doenças, priorizando os tratamentos mais conservadores, a fim
de reduzir a realidade de ações mutiladores que foram realizadas por muito
tempo na Odontologia. Por fim, as ações de recuperação baseiam-se na
recuperação parcial ou total dos elementos dentários ausentes.
Para além do atendimento em consultório a Equipe de Saúde Bucal,
especialmente no papel do CD, deve também atuar de forma integral, agindo em
outras esferas, como a prevenção e a promoção em saúde. Para isso é
necessário que toda a Equipe atue de forma conjunta nesses serviços.
(CARNEIRO et al., 2018; FARIAS et al., 2021)
Ademais, também existem competências comum a toda a equipe de
saúde, sendo a territorialização uma delas, que é a demarcação geográfica do
território, conhecer onde está inserida a população, suas condições
socioeconômicos, psicossociais e culturais, ampliar os sentidos de
responsabilização e confiança na relação entre profissionais e usuários e auxiliar
no mecanismo de organização dos processos dos trabalhos e nas práticas em
saúde pública. (SOUSA, et al., 2019)
Para Sousa, et al. (2019) o planejamento deve ser adequado para a
população, para isto é de grande importância que a equipe conheça suas
necessidades, tanto as necessidades financeiras, quanto os recursos materiais
e humanos, para que possa avaliar os possíveis impactos e as formas de
enfrentar os problemas de acordo com a necessidade dos indivíduos.
Outras atribuições importantes citadas por Sousa, et al. (2019) são a
participação na elaboração de políticas públicas saudáveis e as ações de
vigilância de saúde. Para isto, a equipe de saúde bucal deve ser composta por
profissionais com visão da clínica ampliada, capazes de compreender as
pessoas, saber entender como elas vivem e não apenas se basear em conjunto
de sinais e sintomas restrito a cavidade oral.

3.1.1. O CIRURGIÃO DENTISTA NA PROMOÇÃO E NA PREVENÇÃO DE


SAÚDE
Sousa, et al. (2019) cita que em nossa sociedade ainda são práticas
hegemônicas, a valorização dos procedimentos clínicos e da prescrição de
medicamentos no lugar do trabalho educativo e promocional de saúde que
previne as doenças. Para que ocorra uma mudança deste modelo, o atendimento
desenvolvido pelos profissionais para os pacientes deve ser integral,
percebendo-o como um todo e não como “uma boca” ou como “um dente”.
Esta visão gera no paciente confiança no atendimento, vínculo e
fidelidade ao profissional, por isto é importante evitar a rotatividade de
profissionais, um fato que acontece com frequência. (SOUSA, et al., 2019)
Além disso, Sousa, et al. (2019) ressalta que é importante que os resultados
desejados dependem, não somente do profissional, mas também da
responsabilidade do usuário cuidar da sua própria saúde, melhorando a sua
qualidade de vida, ou seja, é preciso ter comprometimento dos dois lados.
A prevenção vem sendo considerada uma das etapas mais importantes
dentro da odontologia, ocasionado a preservação da saúde bucal e podendo
diagnosticar com antecedência as doenças que acometem a cavidade bucal. O
paciente estimulado com a finalidade de se tornar um participante ativo na
manutenção da sua saúde bucal (TOZZO, et al.,2022)
Para alguns profissionais, trabalhar no PSF significa apenas um aumento
a mais no salário, pois muitas vezes são profissionais em seu primeiro emprego
ou em busca de fazer especializações e até mesmo por motivos de curiosidade.
Esse profissional, sem perfil para o serviço público pode acabar influenciando a
equipe, desmotivando nas ações e no comprometimento com a meta de saúde
da população. (SOUSA, et al., 2019)
Não obstante, para trabalhar no PSF é preciso ter conhecimento amplo e
multidisciplinar, desenvolver a capacidade para acolher e cuidar das pessoas em
sua diversidade cultural e socioeconômica, e principalmente desenvolver
trabalho em equipe. (SOUSA, et al., 2019)
Na perspectiva da utilização da potencialidade da ESB na ESF, o
exercício da Odontologia não voltará a ter a visão limitada do cuidar das doenças
da cavidade bucal (SANTOS et al., 2020). Isso se deve ao fato de ter-se ficado
evidente que o Cirurgião – Dentista, como integrante da ESF, tem colaborado
juntamente com outros profissionais de saúde na linha de frente de diversos
problemas de Saúde Pública (RODRIGUES, 2021).

3.1.2. O INTERPROFISSIONALISMO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA


FAMÍLIA
O trabalho interprofissional é necessário para a consolidação do modelo de
atenção à saúde, porém o cirurgião-dentista encontra muitos desafios para
trabalhar em equipe. (ALVES, et al., 2021)
O modelo brasileiro de atenção à saúde caracteriza-se pela conjugação de
ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, organizando-
se de forma regional e hierarquizada. (ALVES, et al., 2021)
Sua principal porta de entrada é a Atenção Primária à Saúde (APS), que
deve ser a ordenadora da rede de atenção, preferencialmente, por meio da
Estratégia Saúde da Família (ESF) (REIS; SCHERER; CARCERERI, 2015).
Tal estratégia, tem como principal objetivo reorganizar a prática na APS,
incorporando as propostas da vigilância à saúde, assim como buscando
contemplar o princípio da integralidade (MATTOS et al., 2014). Ela é
operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em
Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), as quais abrangem um número
definido de famílias localizadas em determinada área (REIS; SCHERER;
CARCERERI, 2015).
Os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB),
com equipes multiprofissionais, foram constituídos como apoio à ESF, com a
grande missão de desenvolver a integralidade e auxiliar no desenvolvimento da
interdisciplinaridade (GONÇALVES et al., 2015).
Para que o trabalho de saúde bucal na ESF integre toda a equipe de
profissionais, buscando o conhecimento integral e a construção coletiva das
intervenções, e não apenas articulações pontuais e encaminhamentos internos,
é fundamental a compreensão de todos acerca do processo saúde-doença, o
que permitirá ampliar a intervenção sobre determinado problema, outrora
reservado apenas à atividade do cirurgião-dentista (FERREIRA et al., 2014)
Ser multiprofissional é compartilhar um ambiente de trabalho composto por
profissionais das várias áreas da saúde, abordando um mesmo paciente a partir
de diferentes pontos de vista. Já o interprofissionalismo é a construção do
cuidado em colaboração, complementar e coordenada entre os integrantes,
tentando superar a especialização profissional, fragmentada, em que o contato
com as outras áreas fica restrito a encaminhamentos, não havendo, portanto,
uma construção conjunta de avaliação e elaboração de condutas. Dessa forma,
o processo que garante a troca de saberes entre a equipe multiprofissional se
caracteriza pela relação interprofissional (PEDUZZI et al., 2013).
Dentro do interprofissionalismo, existe um meio propício para um cenário
de práticas colaborativas, as quais acontecem quando diversos profissionais da
saúde com diferentes experiências profissionais trabalham em conjunto com
pacientes, familiares, cuidadores e comunidades, um trabalho compartilhado
com ações coletivas voltadas a tarefas comuns para prestar assistência de
qualidade (LAVÔR et al., 2019).
Diante da complexidade do processo saúde-doença, a atuação
interprofissional constitui um elemento importante para o desenvolvimento do
trabalho em saúde. Embora cada profissional tenha a liberdade para introduzir
mudanças necessárias à realidade de cada território, sua ação deve ser
articulada com o propósito de cuidar do ser humano (REIS; SCHERER;
CARCERERI, 2015).

3.1.3. A PARTICIPAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA EM PROGRAMAS DE


PROMOÇÃO E PREVENÇÃO QUE ENVOLVEM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS
A promoção de ações educativas pode ser realizada em creches, escolas,
locais de trabalho, comunidades e espaços da unidade de saúde. As crianças
precisam ser alvo das medidas educativas, pois é nessa faixa etária que
podemos prevenir diversos problemas futuros. Deve-se incluir os Agentes
Comunitários de Saúde nas atividades educativas, pois eles levam as
informações à população e se tornam um meio de comunicação entre
comunidade e equipe. (SOUSA, et al., 2019).
A ênfase do trabalho deste profissional, assim como o das outras
categorias, é desenvolver ações que busquem prevenir agravos que possam ter
consequências sistêmicas, promovendo saúde através de uma visão
humanizada, integralizando o cuidado. Além disso, é possível trabalhar junto ao
contexto e às subjetividades de cada indivíduo, tendo um olhar para questões
que vão além do consultório odontológico, e que são levantadas a partir do
diálogo e das orientações de saúde bucal, que podem ser realizadas de maneira
coletiva ou individua. (SILVA,2023)
Sousa, et al. (2019) cita que atividades educativas desempenham um
importante papel no desenvolvimento da qualidade de vida, e cabe a saúde
pública desenvolver o contato entre os usuários do SUS e os serviços de
odontologia. Os adolescentes também necessitam de cuidados especiais, pois
atualmente são muitos os riscos, e é nesse momento que adquirem os hábitos
de saúde que carregam durante toda a vida.
Além disso, Tozzo (2022) cita que a adolescência é considerada um
período de risco para o desenvolvimento de cárie, devido ao precário controle de
placa e diminuição dos cuidados em relação a escovação dentaria.
Por isso, é preciso orientar, conscientizar e motivar quanto a transmissão
da cárie e sobre as diversas doenças que existem e como elas podem gerar
várias complicações. Quanto aos diabéticos e hipertensos, devido ao elevado
índice destas doenças na população brasileira, é preciso que o CD saiba detectar
seus sinais e sintomas, pois através disso pode orientar os pacientes sobre as
possíveis alterações que podem ocorrer na boca, preveni-las e encaminhá-los
ao médico. (SOUSA, et al., 2019)
Outro grupo que deve receber atenção especial é o das gestantes, pois
nesta fase a mulher passa por diversas mudanças fisiológicas no corpo, podendo
ocasionar alterações bucais que podem ser evitadas com ações educativas no
pré-natal odontológico, que quando praticado com humanização e integralidade,
proporcionam melhor bem-estar e saúde à mãe e seu bebê. (SOUSA, et al.,
2019)
A maioria das gestantes não realiza o pré-natal odontológico por crenças
e mitos de que pode fazer mal ao seu bebê. Desse modo, os programas
educativos e preventivos devem orientar as mulheres para que não procurem o
dentista somente quando sentirem dor e esclarecer sobre os riscos que esta
atitude pode trazer ao bebê. (SOUSA, et al., 2019)
Somado a isso, durante o Pré-Natal odontológico, o profissional em
questão trabalha a saúde da gestante e da criança e auxilia nas ações de
prevenção da doença cárie na primeira infância, seja nas próprias consultas ou
nas atividades dos Grupos de Gestantes promovidos pelas Unidade Básicas de
Saúde.(SILVA,2023)
Um grupo que possui a saúde bucal afetada é o dos idosos. Estes
necessitam ser orientados sobre as medidas preventivas e necessidade de
procedimentos reabilitadores, pois devido ao edentulismo, muitos têm sua
qualidade de vida comprometida. (SOUSA, et al., 2019)
Segundo Sousa, et al. (2019) para o desenvolvimento da promoção de
saúde na Atenção Básica, é preciso saber conviver com várias faixas etárias e
estilos de vida, isto facilita as ações educativas para uma vida mais saudável e
a prática de bons hábitos. Promover saúde é oferecer ferramentas para que as
pessoas possam desenvolver habilidades para melhorar sua qualidade de vida,
mas para isto, é preciso que elas aceitem e coloquem em prática.
As ações de atenção integral, além dos limites da boca, bem como a
participação no processo de territorialização e planejamento da atuação da
equipe, são exemplos das ações nas quais o CD deve estar integrado, com os
diferentes profissionais (GOMES, et al.,2019).
É importante que todos da equipe de saúde conheçam o significado de
promoção de saúde, suas responsabilidades e as oportunidades de exercerem
seu papel de promotores de saúde na AB. Uma destas oportunidades é a
possibilidade de participação na elaboração de políticas públicas para
promoverem melhores condições de vida a população. (SOUSA, et al., 2019)

3.1.4. O ACESSO EM SAÚDE BUCAL


A ampliação do atendimento à saúde bucal ainda constitui um desafio para
o SUS. As desigualdades no acesso aos serviços de saúde, em geral, estão
relacionadas a fatores socioeconômicos, demográficos, organizacionais, e
podem se traduzir, em piores condições de saúde bucal para grupos
historicamente excluídos, como idosos, indivíduos de baixa escolaridade e/ou de
baixa renda. (FREIRE, et al., 2021)
Tal acesso deve ser priorizado para esses grupos, de modo a serem mitigadas
as iniquidades geradas por condições sociais adversas. Também é importante
avaliar o contexto socioespacial das unidades de saúde, no sentido de
compreender certas desigualdades em saúde a partir de padrões
socioeconômicos e demográfico-territoriais. (FREIRE, et al., 2021)
Ao considerar o SUS um sistema de saúde em construção, e sendo os
profissionais de saúde importantes sujeitos desse processo, destaca-se o papel
da ESF como um dos mais relevantes instrumentos para a garantia de um
cuidado humanizado. (FUSCO, 2023)
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica
(PMAQ-AB) foi implementado em 2011, com o objetivo de melhorar o acesso e
a qualidade dos serviços públicos de saúde. No âmbito do programa, três ciclos
de avaliação externa já foram realizados, entre os anos de 2012 e 2018. Porém,
é necessário avaliar se o PMAQ-AB contribuiu efetivamente para a melhoria do
acesso aos serviços da Atenção Básica em saúde, inclusive os de saúde bucal,
ou se permanecem e até são reforçados fatores adversos, relacionados às
dificuldades de acesso dos usuários desses serviços, sejam elas de ordem
municipal, organizacional ou individual. (FREIRE, et al., 2021)
Sua avaliação contribui para identificar possíveis barreiras, capazes de
interferir na oferta e utilização, pela população, dos serviços de atenção à saúde
bucal. Também é importante monitorar os investimentos e estratégias nessas
ações, sua efetividade na consolidação da PNSB e diminuição das
desigualdades em saúde bucal no país. (FREIRE, et al., 2021)
Em um País com grandes extensões e variações culturais e políticas, o
acesso à saúde bucal reflete as desigualdades socioeconômicas das regiões, é
diretamente afetado pelo processo de trabalho das equipes apresentando
melhores resultados onde a ESF é adotada. Os resultados colaboram para o
caminho à equidade na Assistência B, fortalecimento do SUS e da ESF.
(PEZZINI,2023)
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Apesar da garantia constitucional da saúde como direito universal, incluída
a saúde bucal como componente da qualidade de vida na atenção integral à
saúde, a expansão dos serviços de saúde bucal no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS) encontrou barreiras, como escassez de recursos, oferta limitada
de serviços, e a influência de fatores socioeconômicos e demográficos.
No Brasil, a assistência odontológica sempre foi caracterizada pelo baixo
rendimento, alto custo e exclusão. Ficou marcada pela mutilação obtida pela
extração de elementos dentários e ainda pelo curativismo advindo da prática
clínica essencialmente restauradora. Os determinantes sociais da saúde nunca
foram considerados e poucas eram as propostas preventivas e promotoras de
saúde que culminaram no não atendimento das necessidades da população.
(SILVA, 2019) Mesmo com a criação do SUS, graças aos poucos investimentos,
a ampliação da oferta de serviços de saúde bucal não se concretizou. (FREIRE,
2020; 2021)
Das atribuições dos cirurgiões-dentistas que ingressam no setor público,
as que mais encontram obstáculos em sua realização são: o desenvolvimento
da interdisciplinaridade, a geração de vínculo com a comunidade e a realização
de atividades educativas para a promoção da saúde. (SOUSA, et al., 2019)
Os incentivos financeiros disponibilizados fizeram com que em 2018
existissem 26514 ESB implantadas, um pouco mais de 1000 CEO atuantes e
1.841 LRPD em funcionamento, garantindo atendimentos a milhões de
brasileiros. (CAYETANO, et al., 2019)
Os pontos considerados limitantes para a prática interprofissional foram a
demanda excessiva de usuários – que ultrapassa o número de famílias
preconizado pelo Ministério da Saúde – e a própria postura da equipe de saúde
bucal, que nem sempre se apropria da realidade da ESF.
GABRIEL et al (2020) demonstram que o Brasil Sorridente incentivou a
implantação de ESB nos municípios brasileiros. Observando o histórico de
implantação das Equipes de Saúde Bucal na atenção primária nos municípios
brasileiros e cobertura populacional estimada (tabela I) observamos um aumento
de 118% em um período de treze anos destacando que no ano de 2015 esta
modalidade assistencial já estava presente em quase 90 % das cidades
brasileiras.
O surgimento do BS impactou também o mercado de trabalho, pois
aumentou em 50 % o número de Cirurgiões-Dentistas no SUS, fazendo com que
atualmente, cerca 50 % dos dentistas inscritos no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Atenção à Saúde - CNES tenha vínculo com o serviço
público, ou seja, 58.240 cirurgiões-dentistas. (SOUSA, et al., 2019)
Um dado muito importante que justificou a necessidade de se instituir uma
política de saúde bucal no Brasil foi revelado em 2003 pela Pesquisa Nacional
de Amostra por Domicílios (PNAD), que revelou que 27,9 milhões (16 %) dos
brasileiros nunca tinham sido consultados por um Cirurgião Dentista. (SOUSA,
et al., 2019)
Além da falta de acesso de parte da população, o BS se deparou na sua
criação com a precariedade da saúde bucal da população brasileira,
demonstrada pelos levantamentos epidemiológicos de saúde bucal que
aconteceram nos anos de 1986, 1996, 2003. (SOUSA, et al., 2019)
Outrossim, um dos principais desafios enfrentados pelos cirurgiões dentistas
no setor público é a ampliação do atendimento à saúde bucal, em que há uma
desigualdade de acesso aos serviços de saúde, relacionadas a fatores
socioeconômicos, demográficos, organizacionais, o que resulta em piores
condições de saúde bucal para grupos historicamente excluídos, como idosos,
indivíduos de baixa escolaridade e/ou de baixa renda. (SOUSA, et al., 2019)
Ademais, o potencial de influência deste profissional com as diferentes
faixas etárias, desde crianças até idosos, prevenindo doenças, fazendo
diagnósticos precoces e evitando alterações na cavidade oral. Para que este
potencial se desenvolva na prática de suas atribuições, se faz necessário um
perfil adequado de profissional, que seja sensível e bem capacitado para
trabalhar com os princípios do SUS, fazendo parcerias com outras disciplinas no
planejamento e execução das ações, conscientizando e orientando as pessoas
para uma melhor qualidade de vida. (SOUSA, et al., 2019)
Além disso, apesar do bom desempenho do Brasil Sorridente o quantitativo
de equipes de Saúde da Família continua ainda bem superior ao número de
equipes de Saúde Bucal. Considerando o período entre 2002 e 2018, o número
de equipes de Saúde da Família passou de 16.734 para 42.975, aumentando a
cobertura de 31,9% para 64%. Neste mesmo período a Saúde Bucal que possuía
4.261 equipes passou a contar com 26.712 equipes, ampliando a cobertura
de15% para 40%. A disparidade de cobertura ainda persiste demonstrando que
a odontologia ainda não está disponibilizada para um número significativo de
pessoas já assistidas pela ESF. (MENEZES, 2021).

5 CONCLUSÃO
Diante dos dados supra relatados no exemplar, fica evidente a importância
do cirurgião-dentista no Programa Saúde da Família (PSF) e como sua inclusão
garantiu acesso às ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde
bucal.
Embora os profissionais vejam a atuação interprofissional como um
importante meio de potencializar a ação assistencial, os cirurgiões-dentistas
ainda precisam se envolver de forma mais efetiva nesse processo, inclusive com
o enfraquecimento da própria relação multidisciplinar.
Conclui-se que promoção é educação, e para melhor desenvolver o papel do
Dentista na atenção básica é necessário não apenas formar profissionais
generalistas e bem formados técnica e cientificamente, mas também com uma
perspectiva clínica mais ampla, que sejam humanistas, que atuam de forma
crítica e reflexiva em todos os níveis da atenção à saúde para prepará-los para o
trabalho no SUS
Além disso, se faz necessário que novos estudos devem ser desenvolvidos,
com o objetivo de que se discorram novos debates correlacionados ao papel do
cirurgião-dentista no Sistema Único de Saúde, de modo que possibilitem melhor
esclarecimento e mais conteúdos que auxiliem no aprimoramento de
conhecimento do assunto abordado.
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