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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC


FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA
CURSO DE BIOMEDICINA

ANGELA MARIA DUTRA DE MORAIS MENEZES

O PAPEL E OS DESAFIOS DA BIOMEDICINA NA SAÚDE PÚBLICA.


ESO I – LABORATÓRIO CLÍNICO

UBERLÂNDIA
2023
1

ANGELA MARIA DUTRA DE MORAIS MENEZES

O PAPEL E OS DESAFIOS DA BIOMEDICINA NA SAÚDE PÚBLICA.

Projeto de Conclusão de aprendizado


Curso (TCA), apresentado a Fundação
Presidente Antônio Carlos ,(FUPAC) ,para
obtenção do título de bacharel em
Biomedicina. Aluno: Angela Maria Dutra
De Morais Menezes: Prof. Dro. Gabriel
Vinicius Dos Santos Barbosa.

UBERLÂNDIA
2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3

2. UM BREVE HISTÓRICO DO SUS 6

3. INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.

4.1 A inserção da biomedicina na saúde pública.

4.2. Contextualizando a saúde pública.

4.3. Barreiras biomédicas e de saúde pública

4.4. Desafios Biomédicos

5. CONCLUSÃO.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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1. INTRODUÇÃO

A atuação de especialistas biomédicos é indispensável na saúde pública. Isso

porque cooperamos para o avanço políticas públicas em ciências, além das

contribuições tecnológicos por meio das diversas competências oferecidas pela

profissão. Apesar da relevância desse profissional, a biomedicina, por ser uma

área nova, é desvalorizada em comparação com outras profissões da saúde

situação que pode desmotivar futuros egressos a buscar uma oportunidade no

serviço público. Diante da importância da inserção desse profissional nas

equipes de saúde pública, este estudo visa, por meio de revisão da literatura

esclarecer qual é o papel e quais são os problemas encontrados pela profissão

dentro dos serviços públicos... Palavras-chaves: Biomedicina e saúde

pública; Desafios do biomédico na saúde pública; biomédicos no SUS.

Nos primórdios da assistência médica no Brasil, o acesso à saúde era


restrito aos mais abastados, e os de fora dessa classe dependiam socialmente
do auxílio de terceiros e de instituições religiosos para obter assistência
médica. Naquela época, a filantropia e a fé tinham um papel importante nos
serviços de saúde.

Porém, com a chegada da família real ao Brasil, decidiu-se introduzir


medidas de higiene e saúde pública para conter epidemias e aprontar o país
para o comércio internacional. As regras organizacionais foram protegidas nas
cidades incluindo o estabelecimento de locais dedicados à saúde como
hospitais, e a regulamentação de remédios e alimentos.

Essas medidas visam legitimar o movimento sanitário no país que se


desenvolveu durante a monarquia e teve continuidade após a anunciação da
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república. Ao longo do tempo, a saúde pública brasileira traspassou por


transmutações e evoluções, com a criação de instituições de saúde, a
implementação de políticas públicas e a profissionalização dos serviços de
saúde.

Vale ressaltar que, apesar dos esforços iniciais, o acesso à saúde no


Brasil ainda enfrenta desafios, como frustrar as desigualdades sociais,
regionais e que afetam o acesso equitativo aos serviços de saúde. O país tem
buscado superar esses desafios por meio de políticas de saúde mais amplas e
programas de saúde pública para atender às necessidades da população. No
entanto, a grande mudança veio no século 20 com a criação do SUS, sistema
que possibilitou o atendimento universal e gratuito. Além de adequar o modelo
de atenção primária à saúde Novas abordagens de projetos, como a estratégia
de Saúde da descendência desenvolvida em 1994, ajudaram a introduzir uma
abordagem nova e fundamental para a atenção primária à saúde. (PERINAZZO
et al., 2015).

Para Perinazzo et al (2015), a ESF também estabeleceu o trabalho em


equipe como principal característica de seu modelo, portanto, a equipe
multidisciplinar deve ser composta por, no mínimo, um clínico geral, médico de
família, enfermeiro / auxiliar ou técnico de medicina. agentes comunitários de
saúde, com possibilidade de agregar profissionais de saúde bucal, entre outros
profissionais, de acordo com a necessidade de cada município.

O Programa Saúde da Família (PSF), criado em 1994 e posteriormente


denominado Estratégia Saúde da Família (ESF), foi uma iniciativa do Sistema
Único de Saúde (SUS) no Brasil com o objetivo de reestruturar os serviços de
saúde e promover a equidade no acesso aos serviços de saúde.

A ESF foi apontada como uma possível estratégia para reorientar a


Atenção Básica e, assim, o modelo assistencial no país Possui características
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distintas de outros programas e é considerado um espaço de reorganização do


processo de trabalho em saúde no nível da atenção básica.

De acordo com o recente documentoestabelecido pela ESF e a política


nacional de atenção primária, o fluxo de trabalho da ESF deve ser caraterizado
pelo desenvolvimento interdisciplinar. Isso significa que vários profissionais de
saúde trabalham em equipe para integrar suas habilidades e conhecimentos
para fornecer uma abordagem abrangente e holística aos cuidados de saúde.

Essas ações devem ser iniciadas com base nas necessidades da


população local, levando em consideração as características e necessidades
específicas de cada comunidade. Isso significa diagnosticar a saúde de um
território identificando os principais problemas e necessidades médicas da
população que atende.

Além disso, é fundamental a construção de um liame entre os


profissionais de saúde da ESF e a população Isso envolve a construção de
uma relação de confiança, respeito e intimidade com o cliente. Essas fortes
relações reforçam o compromisso dos profissionais de saúde e das
comunidades Auxilia a compreender melhor as necessidades de cuidados de
saúde e promove o cumprimento das normas de cuidados.

O objetivo final do processo de trabalho da ESF é garantir o respeito à


atenção básica, ou seja, garantir que a população tenha acesso a uma atenção
integral, contínua e de qualidade desde o primeiro nível de atenção à saúde.
Isso inclui promoção da saúde prevenção de doenças, tratamento de doenças
agudas e crônicas, coordenação de cuidados e encaminhamento adequado a
outros níveis de atenção quando necessário.
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A ESF tem sido um importante estratégia para promover a equidade e melhorar


os serviços de saúde no Brasil, e busca oferecer atendimento de qualidade a
todos, independentemente de localização geográfica, condição socioeconômica
ou características individuais.http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49nspe2/1980-220X-
reeusp-49-spe2-0016.pdf

No entanto, percebe-se a importância de um planejamento voltado para


a saúde onde todos, seja qual for sua profissão, possam compartilhar seus
conhecimentos em benefício da sociedade. O estudo sai da lógica das
questões biomédicas ao se enquadrar nesse contexto, como mostrar sua
realidade dentro dos serviços públicos e aproximar esse profissional de grupos
interdisciplinares.

OBJETIVO GERAL

A realização deste curso tem como base a atuação de profissionais


biomédicos no mercado público. Tipo, inserção nesse espaço e os desafios
que você enfrenta. Definir metas é importante para quebrar o paradigma.
Consequentemente, é preciso saber se a profissão é digna de admiração.
Para o estudo foi elaborada uma revisão de literatura, com artigos
relacionados ao tema.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Visualizar a eficácia dos serviços biomédicos nos serviços públicos de


saúde.

 Destacar os principais desafios enfrentados pelos profissionais do


setor de serviço público.

 Fornecer informações ao pessoal médico e aos estudantes.


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 Procure soluções para os problemas que surgem.

JUSTIFICATIVA

Metodologias de saúde pública e artigos científicos biomédicos


foram submetidos a este estudo por meio de periódicos nacionais. Duas
fontes principais de pesquisa foram utilizadas para a busca: SCIELO e
Google Acadêmico. O Scielo inclui uma biblioteca virtual gratuita de
periódicos científicos. O Google Acadêmico é definido como um
mecanismo de busca voltado para estudantes e pesquisadores. Todos os
artigos selecionados estão em português por serem de fácil compreensão.
As seguintes palavras-chave foram postas para isso: biomedicina e saúde
pública. desafios biomédicos em saúde pública. Biomédica do SUS. Outros
critérios incluem datas de publicação entre 2000 e 2022 e domínio do
assunto relevante.

2. UM BREVE HISTÓRICO DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 1988, é a maior


conquista social do desenvolvimento do estado brasileiro, iniciado na
década de 1970 por meio do movimento da reforma sanitária, proposta
que visava mudar o estado de Brasil. saúde do tempo do sistema de
saúde. A partir da década de 1990, a saúde nacional tornou-se um
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direito e uma liberdade de todos, possibilitada pela lei Orgânica da


saúde aprovada pelo congresso Nacional. (CAMBRAIA; GONÇALVES,
2011).
Porém, diante dos novos desafios, foi necessário criar um modelo
de reorientação das práticas de atenção básica, com o qual o programa
de saúde da família foi desenhado e se tornou o principal modelo até
então. Essa estratégia foi, em geral, uma aposta do governo para
expandir a assistência à saúde no país diante do obstáculo da crise
financeira. (GERSCHMAN; ARYA, 2005).
O incentivo monetário outorgado aos municípios participantes foi
combinado com o incentivo do nível regular de abastecimento básico
(PAB). Consequentemente, durante a década de 1990 e início do século
XXI, o crescimento das especialidades e dos PSFs levou à diminuição
do financiamento das internações hospitalares e, em menor escala, dos
procedimentos de média e alta complexidade. (GERSHMAN; ĀRYA,
2005).
"Family Health" enfatizará a capacitância de união. Isso não se
limita apenas ao setor de saúde. mas também educação, cultura e assim
por diante. Além disso, compromete-se a promover mudanças no
sistema, levando em consideração a ordem de funcionamento e as
atividades de saúde. Tais mudanças criam uma desconexão entre os
empenhos de saúde pública e as especificidades médicas, como
educação e empenhos de socorro. (Brasil, 2000).
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https://saude.se.gov.br/

Sobre os especialistas do programa O trabalho do clínico geral é mais


transparente. Embora seja necessário um plano de ação para a equipe Isso
acontece porque na aplicação o Sistema foca na estrutura ocasionando uma
incapacidade de trabalhar de forma holística. No entanto, pediatras,
ginecologistas e clínicos também devem ser considerados, e profissionais
médicos devem ser reunidos para uma nova abordagem que os envolva a
todos nos procedimentos médicos. (SANTANA; CARMAGNANI, 2001).

Por fim, desde o início do SUS, como declaração pública do


compromisso do país com seus cidadãos, foi traçado um caminho de
transmutação dedicado às práticas de saúde. Graças à sua ideologia coletiva e
dinâmica, é capaz de criar uma base plana e sistemática para governar e gerir
taxas e processos de saúde. Promove os valores de seus colaboradores e
profissionais, assim como de seus pacientes. Deve haver camaradagem de
ambos os lados, onde sabedorias e técnicos possam ser trocadas
satisfatoriamente, sempre alimentadas pela conversa e pelo respeito aos
saberes opostos aos seus. (BAKER et al., 2014).
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 3. INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA

Os primeiros ideais de cursos de ciências biomédicas surgir após o


segundo ano do congresso da Associação Brasileira para a progressão da
ciência A reunião seguinte, a pedido do professor Fiel Prado, recontou com a
presença de representantes da escola Paulista de Medicina, da universidade
de São Paulo, do instituto do Butao e do instituto de Biologia. (SILVA;
CARDOSO, 2015).

Ainda segundo Silva e Cardoso (2015), o curso de biomedicina pretendia


formar professores para as disciplinas básicas dos cursos de medicina e
odontologia, mas com a entrada da lei 4.024 de 1961, o regimento da escola
Paulista de Medicina foi modificado, aguardando aprovação em julho de 1965
pelo então Conselho Federal de Educação. Esse novo modelo estruturou
cursos de graduação e pós-graduação em biomedicina, acreditando na
existência de mercado para esses especialistas, e doutorados. é assim
garantidos.

Apesar disso, a regulamentação da profissão só entrou em vigor com a


lei de 1979, que criou os conselhos regionais e outorgou aos biomédicos o
poder de exercer legalmente a profissão. Ao longo dos anos, o profissional tem
obtido cada vez mais oportunidades, principalmente em laboratórios de
análises clínicas, onde há cada vez mais vagas para concursos públicos. Essa
transição ocorreu usando anos de luta por direitos, amplo conhecimento em
saúde e uma vasta experiência. Os profissionais biomédicos incluem análises
clínicas, bancos de sangue, biologia molecular, oncocitologia, educação e
pesquisa, estética, gênica, saúde, hematologia, imunologia, microbiologia,
microbiologia alimentar, parasitologia, radiologia, reprodução humana, gestão
de higiene, bem como análises ambientais e bromatológicas., saúde pública,
toxicologia e muito mais. Ao examinar as dificuldades e desafios existentes na
prática podemos citar os jovens da profissão em comparação com outras áreas
da saúde a biomedicina ainda é uma tendência nova, por isso ainda sofre com
os curiosos, ou é desconhecida do grande público..
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Outra questão é a concorrência com outras profissões, como


farmacêuticos com cursos de formação semelhantes, ambos qualificados para
o exercício da patologia clínica. (TROIANI; PADIAL, 2015).

Por outro lado, apesar de todas as adversidades, é notável o


crescimento de alunos que buscam o curso principalmente por oferecer
qualificação em estética, área de grande interesse em exercícios sistemáticos,
seguidos de análises. É importante ressaltar que outras observações da
graduação e do mercado de trabalho podem ser utilizadas como dados para
estimular futuros estudantes e profissionais biomédicos a reconhecer ainda
mais a biomedicina e, portanto, seria uma hipótese interessante de divulgar
pela mídia.

CFF perde vagas no SUS para biomédicos


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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A revisão da literatura busca por resultados mais específicos em relação
ao tema proposto. Conforme as pesquisas nas bases de dados surgiram as
seguintes respostas.

4.1. A inserção da biomedicina na saúde pública


A biomedicina é um campo da ciência em rápido crescimento que usa
tecnologia médica para diagnosticar, tratar e prevenir doenças. A ascensão da
biomedicina levou a um aumento da demanda por profissionais de saúde aptos
a usar essa tecnologia. Isso criou uma carência de biomédicos em muitas
áreas, como a saúde pública. Como profissão, também pode ser considerada
uma área de auxílio aos médicos. Ela inclui uma ampla gama de intervenções,
desde a cirurgia, quimioterapia e radioterapia (operação de equipamentos) até
vacinas e promoção a saúde.

A profissão vem gradualmente se tornando uma parte importante da


saúde pública nas últimas décadas. A saúde pública é a prática de proteger o
bem-estar das pessoas, detectando e prevenindo surtos de doenças com
antecedência suficiente para que possam ser gerenciados de forma eficaz.
Inclui desde o monitoramento de riscos ambientais até a promoção de
comportamentos saudáveis. O uso da biomedicina na saúde pública tem sido
amplamente baseado na ideia de que ela pode ser utilizada para melhorar a
qualidade de vida dos indivíduos diagnosticados ou não com uma doença. Isso
ocorre porque a biomedicina é muitas vezes vista como mais eficaz do que os
métodos tradicionais de tratamento.

Além disso, a biomedicina é considerada a profissão que melhor atua na


prevenção do desenvolvimento de doenças. São muitos os benefícios do uso
dos biomédicos na saúde pública, um exemplo disso, é ele possuir muito
conhecimento. Ou seja, é capaz de atingir áreas específicas da saúde com
mais precisão. No entanto, também existem algumas desvantagens, por
exemplo, a biomedicina costuma ser cara. Isso ocorre porque requer o uso de
tecnologia de ponta.
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Nem sempre é capaz de tratar sozinha todos os tipos de doenças, ela


precisa de equipes multidisciplinares. Outra desvantagem são as constantes
crises dos serviços de saúde e falta de vagas para outros tipos de
especialidade.

Biomedicina e Saúde Pública – ICBjr

4.2. Contextualizando a saúde pública

A saúde pública caracteriza-se por uma organização forte e bem definida


quando consagrada em lei. Essas organizações reduzem o custo da saúde
para a sociedade como um todo. As medidas de qualidade são baseadas na
disponibilidade, eficiência e equidade em saúde. É um esforço complexo e
sistemático para proteger as pessoas de doenças e outras consequências
negativas da atividade humana. Pode ser definida como a ciência que visa
manter a saúde pública por meio da prevenção de doenças, da promoção de
condições de vida saudáveis e da proteção dos indivíduos .
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As intervenções de saúde pública assumem muitas formas diferentes,


incluindo a educação sobre medidas preventivas. provê acesso a serviços
essenciais, como vacinas e saúde mental; desenvolve novas tecnologias para
detecção precoce ou tratamento mais eficaz de doenças; faz cumprir as regras
de higiene e saneamento; realiza estudos epidemiológicos para determinar
padrões de incidência e distribuição de infeções entre populações, etc. etc. A
saúde pública tem longa e detalhada história que remonta civilizações antigos.

Para muitos, a saúde de uma comunidade está ligada ao bem-estar de


seus cidadãos e sugerem que a saúde pública é responsabilidade do Estado.
Ao longo dos séculos a saúde pública sofreu muitas alterações, mas a sua
missão manteve-se a mesma: proteger a saúde pública promovendo o bem-
estar dos indivíduos. Muitas vezes, é contextualizado de maneiras diferentes,
dependendo da região em que é aplicado.

Em algumas partes do mundo a saúde pública é vista como


responsabilidade do governo de proteger seus cidadãos contra doenças e
fornecer cuidados de saúde de qualidade. Em outros casos, a saúde pública é
responsabilidade da própria comunidade para proteger seus cidadãos dos
riscos ambientais e de doenças infecciosos. Ainda há muito trabalho a ser feito
para melhorá-la, muitas doenças ainda são endêmicas e é necessária uma
melhor infraestrutura para combatê-las de forma eficaz. Ensinar o público sobre
essas questões é essencial, assim como prestar assistência a quem precisa.

Em 1920, o professor da Universidade Yale, C.-E. A. Winslow formula


a seguinte definição de Saúde Pública: a ciência e a arte de prevenir
a doença, prolongar a vida, promover a saúde física e a eficiência
através dos esforços da comunidade organizada para o saneamento
do meio ambiente, o controle das infecções comunitárias, a educação
dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a organização dos
serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e o
tratamento preventivo da doença e o desenvolvimento da máquina
social que assegurará a cada indivíduo na comunidade um padrão de
vida adequada para a manutenção da saúde. (SOUZA, 2014).
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4.3. Barreiras biomédicas e de saúde pública

A regra conferida pela lei n. 6.684 de 1979 certifica que o biomédico


assume cargos nas equipes de saúde, de acordo com as atividades
relacionadas ao diagnóstico complementar e ao nível de tecnologia.
(RIBANCEIRA et al., 2010).

Assim, atua de forma autônoma nos serviços públicos de saúde, tanto


em hospitais, como em laboratórios, em pronto-socorros e em postos, de
acordo com a disponibilidade de vagas e sua área de atuação. De acordo com
o Manual Biomédico, a atividade do profissional compreende duas áreas
principais: assistência diagnóstica e enquête e ensino. Fortalecer e facilitar as
estruturas de saúde é fundamental para defender a biomedicina na saúde
pública, fornecendo vigilância e epidemiologia para DSTs, doenças crônicas e
infecciosas, doenças zoonóticas e implementando programas para populações
permanentemente associadas. Atribuições relevantes são o atendimento ao
público domiciliar e aos povos indígenas, bem como assistência à saúde do
trabalhador e atendimento ao sistema prisional. (OLIVEIRA et al., 2018).

A Diretriz Curricular Nacional para a formação profissional em


Biomedicina sustenta a formação interdisciplinar de acordo com as expetativas
de formação dos profissionais de saúde aptos a atuar no Sistema Único de
Saúde (SUÍNO). Consequentemente, leva em consideração o escopo
assistencial estabelecido pela lei 8.080 e leva em consideração o conceito
global de saúde. Consequentemente, é necessário discutir a presença de um
tema importante na graduação: a promoção da saúde.

Desde a carta de Ottawa de 1986, documento da Primeira Conferência


Internacional sobre Promoção da saúde aconteceram diversos reuniãos que
posteriormente contribuíram para o debate sobre promoção da saúde propondo
práticas para promover qualidade de vida e equidade em saúde (Heidmann et
al., 2006).
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O contexto histórico e legal é importante para entender a dinâmica do


curso. Assim, cabe destacar que em 1998 o biomédico foi reconhecido como
profissional de saúde, em 2003 foram publicadas as diretrizes curriculares; e
em 2010, a 3ª edição da Política Nacional de Promoção da saúde. (DECLIVE,
et al., 2022).

As dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde no Pau-Brasil


podem ser divididas em duas grandes categorias: problemas que surgem no
desempenho de suas funções profissionais e obstáculos que os impedem de
cumpri-las. Os maiores problemas enfrentados pelos profissionais biomédicos
são recursos insuficientes para atender às necessidades dos pacientes e do
Ministério Público, corrupção interna e externa, falta de pessoal qualificado,
burocracia e desrespeito aos direitos humanos. Os obstáculos que os impedem
de exercer suas funções com eficácia vão desde a interferência política nas
decisões médicas até a violência contra os profissionais.

Faculdade de Biomedicina: grade curricular e mercado de trabalho


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4.4. Desafios Biomédicos

Segundo Guedes et al (2006), ao refletir sobre as áreas de prática


biomédica, algumas barreiras tornam-se muito visíveis, por exemplo,
insatisfação de pacientes e médicos, altos valores de procedimentos e exames,
má gestão dos direitos dos recursos humanos, concorrência entre profissionais
e lacunas. em programas de saúde. A exposição mostra que o sus passou por
mudanças significantes ao longo dos anos. Isso corresponde ao surgimento de
fundamentos biomédicos e é utilizado por inovações em pesquisas patológicas
moleculares e genéticas. No entanto, este projeto ergueu as seguintes
questões:

1 )Afastamento da atenção primária, ou seja, mais aprendizado para


aplicar o conhecimento da doença mas o treinamento com o dominante será
perdido;

2) Latrogênica

3 )Incremento de custo que afeta o princípio da isonomia. (Silva, et al.,


2014) No serviço público. Biomedicina pela combinação de equipes de saúde e
para uma melhor hospitalidade É preciso conhecer a população e a localidade
para detectar riscos de doenças e situações de perigo para as pessoas. Deve
ainda comprometer-se a contribuir para a conceção de campanhas de
sensibilização para a doença e para a saúde em geral, alargando a
sensibilização e gestão aos casos de saúde que apareça numa determinada
região. (DECLIVE, et al., 2010)
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No Brasil, a especialidade da saúde pública encontra-se


significativamente fragilizada. Na saúde coletiva, o aparato formativo tem
privilegiado mestrados e doutorados, ou cursos de extensão voltados para a
equipe de saúde em geral (Nunes, 1996). Em detrimento da formação de
especialistas e pós-graduados. Há ainda indefinição de critérios para os
diferentes níveis e controvérsias sobre o conteúdo e, portanto, falta de controle
de qualidade dos profissionais autorizados a realizar atividades de saúde
coletiva. (CAMPO, 2000).

Encontrar a profissão biomédica certa é importante, mas não é


suficiente. Você também precisa estar preparado para o mercado de trabalho.
Em seu estudo, Teodoro et al (2016) mostram que os editais não inserem
vagas suficientes para profissionais biomédicos, grande parte é atribuída a
biólogos entre outros profissionais, talvez por falta de conhecimento gerencial.
Também deve ser reparado que é responsabilidade do Conselho agir para
permitir a admissão legal de pessoal biomédico para vagas.

VII Semana de Biomedicina da Uninorte; Veja as fotos


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5. CONCLUSÃO
Do ponto de vista da realidade a saúde pública do Brasil só alcança
maiores resultados se o sindicato profissional realmente existir. O PET-Saúde
destaca essa sugestão, que prevê a iniciativa dos universitários da área da
saúde na vivência de técnicos profissionais, por meio de saberes que
englobam disciplina, pesquisa, extensão e sociedade, com práticas
multidisciplinares e profissionalizantes, além de promover o desenvolvimento
de planos de saúde, de acordo com as normas e exigências do sistema único
de saúde (SILVA, et al., 2014).

Ao longo do estudo foi possível identificar que do ponto de vista técnico


a biomedicina tem muito a contribuir com o sistema público de saúde, o que
também podemos observar no contexto atual é a falta de vagas em outras
áreas da biomedicina, para isso raciocina o profissional, é pouco divulgado e
acaba estagnado nas análises clínicas, além de distanciá-lo das equipes
multidisciplinares. Além disso, a saúde pública do país continua sofrendo com
deficiências econômicas e administrativas que dificultam o trabalho dos
profissionais biomédicos, assim como de outros profissionais de saúde. Em
síntese, as últimas questões destacadas são a falta de coesão entre os
funcionários, a falta de envolvimento do governo nas questões de saúde, a falta
de oportunidades de emprego e a falta de profissionais biomédicos para lidar
com as atividades relacionadas à promoção da saúde era uma necessidade de
conhecimento mais humano. As soluções biomédicas de saúde pública têm
vários componentes.

Eles priorizam a saúde no país o que significa que planejam estratégias


e projetos que funcionam. Além disso, as estratégias de saúde precisam ser
sustentáveis no longo prazo e integradas a políticas sociais e econômicas mais
amplas. Há a necessidade de desenvolver mais vagas para esses
profissionais, bem como desenvolver uma visão mais social da promoção da
saúde na graduação.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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para o SUS: significado e cuidado. SAÚDE E ASSOCIAÇÃO, vol.20, nº 4, pp.
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