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BACHARELADO EM

PSICOLOGIA

GABRIEL SALES NOVAIS

POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL: Um século de luta pelo direito à


saúde

FEIRA DE SANTANA -
BA 2024
FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA DE FEIRA DE SANTANA
CURSO: Psicologia SEMESTRE:9º
DISCIPLINA: Tópicos Especiais em Saúde II Turno: Noturno
PROFESSOR: Alexandre Marcelo Hintz DATA: 09/04/2024
1ª chamada da 2ª chamada da
Avaliaçã Unidade I Unidade I
o 1ª chamada da 2ª chamada da
Unidade II Unidade II
1ª chamada da Final 2ª chamada da Final

Análise crítica sobre o documentário “POLÍTICAS DE SAÚDE NO


BRASIL: Um século de luta pelo direito à saúde”

O documentário escolhido para esta análise crítica apresenta as políticas


de saúde no Brasil desempenhando um papel crucial na promoção do bem-
estar da população e na garantia do acesso universal aos serviços de saúde.
Ao longo da história do país, essas políticas têm enfrentado uma série de
desafios, desde questões estruturais e financeiras até problemas de acesso e
qualidade. Nesta análise, abordaremos a importância das políticas de saúde no
Brasil, os avanços alcançados e os desafios que ainda persistem na busca por
um sistema de saúde mais justo e eficiente.
Para entender melhor a importância das políticas de saúde, seus
desafios e seu contexto histórico, é necessário examinar diferentes períodos e
marcos que moldaram o sistema de saúde brasileiro. As políticas de saúde
desempenham um papel fundamental na proteção e promoção da saúde da
população. No Brasil, as políticas de saúde têm passado por diversas
transformações ao longo dos anos, refletindo a evolução do sistema de saúde
do país e os desafios enfrentados para garantir o direito à saúde para todos os
cidadãos. Elas são essenciais para garantir que todos os cidadãos tenham
acesso a serviços de saúde de qualidade, independentemente de sua condição
socioeconômica.
Além disso, as políticas de saúde também têm um impacto significativo
na redução das desigualdades em saúde, ao direcionar recursos para áreas
carentes e grupos vulneráveis. Um sistema de saúde robusto não só melhora a
qualidade de vida dos cidadãos, mas também contribui para o desenvolvimento
econômico e social do país.
Apesar da importância das políticas de saúde, o Brasil enfrenta uma
série de desafios na área da saúde. Um dos principais desafios é a
desigualdade no acesso aos serviços de saúde. Enquanto algumas regiões do
país têm infraestrutura médica avançada e acesso a uma variedade de
serviços de saúde, outras áreas enfrentam escassez de recursos e falta de
profissionais qualificados. Essa desigualdade é exacerbada pela distribuição
desigual de recursos financeiros entre os estados e municípios.
Outro desafio importante é a qualidade dos serviços de saúde. Muitos
hospitais e clínicas públicas enfrentam problemas de superlotação, falta de
equipamentos e deficiências na prestação de serviços. Além disso, a falta de
investimento em prevenção e promoção da saúde contribui para o aumento das
doenças crônicas e a sobrecarga do sistema de saúde. Além dos desafios
estruturais, o Brasil também enfrenta questões políticas e econômicas que
afetam o setor da saúde. A falta de financiamento adequado, a corrupção e a
instabilidade política podem comprometer a eficácia das políticas de saúde e
minar a confiança da população no sistema de saúde.
O sistema de saúde brasileiro tem suas raízes na era colonial, quando
foram estabelecidas as primeiras instituições de saúde para atender aos
colonizadores europeus. No entanto, foi somente no século XX que o Brasil
começou a desenvolver políticas de saúde mais abrangentes e universalistas.
Um marco importante na história das políticas de saúde no Brasil foi a
criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, por meio da Constituição
Federal. O SUS é um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo e tem
como princípios fundamentais a universalidade, integralidade e equidade. Ele
visa garantir o acesso universal e gratuito aos serviços de saúde para todos os
cidadãos brasileiros.
Desde a sua criação, o SUS tem passado por uma série de reformas e
mudanças para melhorar sua eficiência e eficácia. No entanto, o sistema
enfrenta desafios significativos, incluindo a falta de financiamento adequado, a
má gestão dos recursos e a crescente demanda por serviços de saúde.
Além do subfinanciamento, a desigualdade regional e social é outro
desafio enfrentado pelas políticas de saúde no Brasil. A distribuição desigual de
recursos e serviços de saúde entre as regiões do país contribui para a exclusão
de parte da população de acesso a serviços essenciais, aumentando as
disparidades em saúde. A falta de equidade no sistema de saúde compromete
a universalidade e integralidade do SUS, tornando necessário o
desenvolvimento de estratégias para garantir um atendimento mais equitativo e
acessível a todos.
Outro desafio relevante apresentado no documentário é a gestão e
organização do sistema de saúde, que muitas vezes enfrenta problemas de
burocracia, falta de integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde e
deficiências na prestação de serviços. A melhoria da gestão e a articulação
entre os diferentes atores do sistema de saúde são essenciais para garantir a
eficiência e a qualidade dos serviços prestados, bem como para promover a
integração entre a atenção básica, especializada e de urgência.
Nesse sentido, a expansão da cobertura e a melhoria da qualidade dos
serviços de saúde são também desafios importantes a serem superados. A
ampliação do acesso a serviços de atenção primária, a oferta de medicamentos
essenciais, a redução das filas de espera por consultas e exames, e a melhoria
da infraestrutura das unidades de saúde são algumas das medidas necessárias
para fortalecer o sistema de saúde e garantir um atendimento mais eficiente e
humanizado.
As políticas de saúde desempenham um papel importantíssimo na
promoção do bem-estar da população e na garantia do acesso universal aos
serviços de saúde. No entanto, o Brasil enfrenta uma série de desafios na área
da saúde, incluindo desigualdades no acesso aos serviços, problemas de
qualidade e questões políticas e econômicas. Para superar esses desafios, é
necessário um compromisso contínuo com o fortalecimento do sistema de
saúde, o aumento do investimento em prevenção e promoção da saúde, e a
implementação de políticas que abordem as causas subjacentes das
desigualdades em saúde.

Uma das formas de enfrentar esses desafios é aprimorar a gestão do


sistema de saúde, promovendo a integração entre os diferentes níveis de
atenção à saúde, a articulação entre os serviços de saúde, a descentralização
das ações e a participação da comunidade na tomada de decisões. Uma
gestão eficiente e transparente é fundamental para garantir a efetividade das
políticas de saúde e a melhoria dos serviços prestados à população.
Outra estratégia importante é o fortalecimento da atenção primária à
saúde, considerada a porta de entrada do sistema de saúde e a base para a
organização de uma rede de cuidados integrada e resolutiva. Investir na
ampliação da cobertura da atenção primária, na qualificação dos profissionais
de saúde, na oferta de serviços de qualidade e na promoção de práticas de
saúde preventivas são medidas fundamentais para melhorar a qualidade do
atendimento e reduzir a demanda por serviços hospitalares.

Também podemos perceber segundo o documentário que a promoção


da equidade e o combate às desigualdades em saúde são questões centrais a
serem abordadas nas políticas de saúde. É necessário adotar medidas para
reduzir as disparidades regionais, sociais e de acesso aos serviços de saúde,
garantindo que todos os cidadãos tenham acesso igualitário a serviços de
saúde de qualidade. A promoção da equidade é essencial para garantir a
universalidade e integralidade do SUS, bem como para reduzir as iniquidades
em saúde e promover a justiça social.

A implementação de políticas de saúde baseadas em evidências


científicas, a avaliação constante dos resultados e impactos das políticas
implementadas, e a participação da sociedade civil e dos diferentes atores do
sistema de saúde são elementos-chave para o fortalecimento do sistema de
saúde e a melhoria da qualidade dos serviços prestados. A transparência, a
accountability e a participação democrática são fundamentais para garantir a
efetividade das políticas de saúde e a promoção do direito à saúde para todos.
Aqui cabe enumerar, situações trazidas no documentário que não
mudaram significativamente no SUS desde sua criação até a atualidade.

Desigualdades Regionais:

 Uma das questões persistentes no SUS é a desigualdade regional no


acesso aos serviços de saúde. Desde a sua implementação, as regiões
mais ricas e desenvolvidas do país, como o Sudeste, continuam a ter
melhor infraestrutura de saúde e mais recursos disponíveis do que as
regiões mais pobres, como o Norte e o Nordeste. Isso resulta em
disparidades no acesso aos serviços de saúde e na qualidade do
atendimento entre as diferentes regiões do país.

Falta de Financiamento Adequado:

 A falta de financiamento adequado tem sido uma questão constante no


SUS desde o início. Apesar dos esforços para aumentar o orçamento da
saúde ao longo dos anos, o financiamento do sistema muitas vezes não
é suficiente para atender às crescentes demandas por serviços de
saúde. Isso leva à superlotação de hospitais, falta de medicamentos e
equipamentos e longas filas de espera para consultas e procedimentos
médicos.

Problemas de Gestão e Administração:

 Os problemas de gestão e administração também persistem no SUS. A


burocracia excessiva, a má gestão dos recursos e a corrupção são
alguns dos desafios enfrentados pelo sistema. Isso resulta em
desperdício de recursos, atrasos na entrega de serviços e falta de
transparência na administração dos fundos de saúde.

Falta de Profissionais de Saúde:

 A escassez de profissionais de saúde, especialmente em áreas remotas


e desfavorecidas, é outra questão que não mudou significativamente
desde a implementação do SUS. Embora tenham sido feitos esforços
para aumentar o número de médicos, enfermeiros e outros profissionais
de saúde em todo o país, ainda há uma carência de recursos humanos
em muitas regiões, o que compromete a capacidade do sistema de
atender às necessidades de saúde da população.

Ênfase na Atenção Básica:


 Apesar dos desafios enfrentados pelo SUS, uma característica que
permaneceu consistente ao longo dos anos é a ênfase na atenção
básica à saúde. O SUS foi projetado para priorizar a prevenção e a
promoção da saúde, com o objetivo de evitar doenças e reduzir a
necessidade de tratamento hospitalar. Nesse sentido, os centros de
saúde e as equipes de saúde da família desempenham um papel
fundamental na promoção da saúde e no atendimento às necessidades
básicas da população.

Participação da Sociedade Civil:

 A participação da sociedade civil na gestão e no controle social do SUS


é outro aspecto que permaneceu constante desde sua implementação.
Os conselhos de saúde, compostos por representantes da comunidade,
prestadores de serviços de saúde e governo, têm o papel de fiscalizar a
implementação das políticas de saúde e garantir a participação da
população na tomada de decisões relacionadas ao sistema de saúde.

Enfoque na Universalidade e Integralidade:

 A universalidade e integralidade dos serviços de saúde também são


princípios que continuam a ser valorizados no SUS. Apesar das
dificuldades enfrentadas pelo sistema, o objetivo de garantir o acesso
universal e integral aos serviços de saúde para todos os cidadãos
brasileiros permanece central na política de saúde do país.

Assim sendo, as políticas de saúde desempenham um papel


fundamental na garantia do direito à saúde e na promoção do bem-estar da
população no Brasil. Apesar dos avanços alcançados com a implementação do
SUS e de diversas políticas e programas de saúde, ainda existem desafios
significativos a serem superados para garantir um sistema de saúde mais justo,
eficiente e acessível a todos os brasileiros. A promoção da equidade, a
melhoria da gestão do sistema de saúde, o fortalecimento da atenção primária,
a promoção da saúde e a prevenção de doenças são algumas das estratégias
necessárias para enfrentar esses desafios e garantir a efetividade das políticas
de saúde no Brasil. A saúde é um direito fundamental de todos os cidadãos e
deve ser garantida por meio de políticas públicas eficazes e comprometidas
com o bem-estar e a dignidade de cada indivíduo.

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