RESENHA CRÍTICA

Mikaelly Kuetrim Ribeiro Borges - 12111ODO003 - Turma 93

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma das maiores conquistas da sociedade brasileira,
criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 8.080/90, que
estabelece os princípios e diretrizes do SUS. Ademais, um documento de relevância para a
implementação desse sistema foi o Relatório Final da 8º Conferência Nacional de Saúde, que
ocorreu no ano de 1986. Neste evento a pauta principal era a saúde como direito e a
reformulação do sistema de saúde no Brasil.
Nesse relatório é possível averiguar o desenvolvimento das políticas públicas, ficando
evidente os princípios do SUS que são categorizados em doutrinários, que incluem
universalidade, integralidade e equidade, e em princípios operacionais, que são
hierarquização, regionalização, descentralização e participação social. A universalidade
significa que todos têm direito ao acesso aos serviços de saúde, sem qualquer tipo de
discriminação. A integralidade implica na garantia de cuidados em todas as fases da vida,
desde a prevenção até o tratamento e reabilitação. A equidade busca reduzir as
desigualdades regionais, sociais e econômicas, garantindo que todos tenham acesso aos
mesmos serviços de saúde. A descentralização é um princípio importante, pois busca transferir
responsabilidades para as esferas locais de governo, de forma a garantir uma gestão mais
eficiente e participativa. A participação social é outro princípio fundamental, que envolve a
população na definição das políticas de saúde, na fiscalização e na avaliação dos serviços
oferecidos. Por fim, a hierarquização subdivide os atendimentos conforme a complexidade do
tratamento, e a regionalização busca garantir a melhor utilização dos recursos públicos para
atender às necessidades da população.
Este relatório evidencia a importância dessas diretrizes do SUS, pois orientam a
implementação dos princípios em todas as esferas de governo e em todas as políticas de
saúde. Incluem o fortalecimento da atenção básica, a humanização do atendimento, a
valorização dos profissionais de saúde e o estímulo à produção de conhecimento e tecnologia
em saúde.
No entanto, apesar da existência desses princípios e diretrizes registrados em documentos,
não apenas neste relatório em questão mas em outros arquivos formalizados, ainda existem
muitos desafios a serem enfrentados para garantir na prática um SUS eficiente e de
qualidade para todos os brasileiros. Problemas como a falta de investimento em saúde, a
desigualdade regional e social, a falta de acesso a medicamentos e tratamentos de alta
complexidade, a falta de valorização dos profissionais de saúde e a má gestão dos recursos
públicos ainda precisam ser solucionados.
Para concluir, os princípios e diretrizes do SUS são fundamentais para garantir o acesso
universal e equânime à saúde no Brasil, mas é preciso que esses princípios sejam
implementados de forma efetiva em todas as esferas de governo para que o SUS possa
garantir o direito à saúde para todos os brasileiros.