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RESENHA CRÍTICA:
Trinta anos de Sistema Único de Saúde (SUS)
Balneário Camboriú
2023/2
ANDRESSA MACHADO BARBOSA
RESENHA CRÍTICA:
Trinta anos de Sistema Único de Saúde (SUS)
Balneário Camboriú
2023/2
O texto em questão trata da análise crítica da democratização da atenção à saúde no Brasil,
com foco no Sistema Único de Saúde (SUS). O autor destaca que embora o SUS seja uma
expressão da transição democrática no país, ainda há desafios a serem enfrentados em relação
à democratização da atenção à saúde. Além disso, o autor aponta que a atenção básica
financiada com recursos públicos cresceu exponencialmente, mas o setor privado assistencial
também se expandiu, reduzindo leitos públicos.
O texto também destaca que o SUS não é sinônimo de rede estatal e nem todas as pessoas sem
plano de saúde dependem exclusivamente dele. A "saúde suplementar" não pode ser
compreendida como a totalidade do setor privado, e as informações disponíveis sobre a
produção de serviços ambulatoriais e hospitalares são incompletas. Observa-se uma
especialização de setores para a produção de determinados procedimentos, mas é preciso
examinar com cautela essas informações, já que a atenção ambulatorial pública não é pouco
atraente para os investidores em busca de altas taxas de retorno.
Em suma, o texto traz uma análise crítica da democratização da atenção à saúde no Brasil e
destaca a importância da compreensão da relação entre democracia e democratização na área
da saúde, bem como a busca por estratégias efetivas para promover a desprivatização da
saúde. É fundamental que os profissionais da saúde estejam atentos a essas questões para
promover uma saúde mais inclusiva e efetiva para a população brasileira.
O SUS completa trinta anos de existência e, neste período, enfrentou diversos desafios
relacionados à sua regulamentação, financiamento e gestão. As políticas para a saúde não são
criadas apenas no âmbito do Ministério da Saúde, mas também em outras instâncias de
articulação de demandas e agendas. O atual governo adotou iniciativas regressivas, afetando
ações relativas a demandas identitárias e a segmentos populacionais minoritários. É
importante destacar que a infraestrutura de saúde é praticamente toda de origem privada, o
que evidencia a necessidade de investimentos públicos para garantir o acesso universal à
saúde. O sistema de saúde brasileiro é composto por diversos atores, cada um com seu papel
na construção e implementação das políticas públicas de saúde. O Poder Executivo é
responsável por conceder suporte político e financeiro aos setores privado e filantrópico e a
empresas de planos de saúde. O Poder Legislativo federal é responsável por debater temas
relacionados à assistência à saúde, produção e distribuição de insumos e medicamentos. Já o
Poder Judiciário tem sido um importante ator na garantia do direito à saúde, com diversas
decisões favoráveis a demandas de medicamentos não incorporados pelo SUS e à legitimação
da cobrança do imposto sobre serviços (ISS) de empresas de planos de saúde.