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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES

AVALIAÇÃO ONLINE

ANDREZZA SUELLEN OLIVEIRA LUZ

RECIFE
2019
ANDREZZA SUELLEN OLIVEIRA LUZ

AVALIAÇÃO ONLINE

Resumo científico estruturado realizado


para a disciplina de Saúde Coletiva, do
curso de Nutrição, mediante avaliação da
Unidade I, ministrada pela regente Profª.
Drª. Nara Michelle Moura Soares

RECIFE
2019
INTRODUÇÃO: A saúde é um direito de todos os cidadãos brasileiros e é um dever
do Estado, segundo a Constituição Federal de 1988. Fundamentada por
reivindicações do “movimento sanitarista” após o período conturbado do regime
militar e de inúmeras lutas sociais para garantir o acesso à saúde de forma
universal, assim surgia o SUS - Sistema Único de Saúde na década de 90, baseado
nos princípios da universalidade, equidade e integralidade nos serviços e ações de
saúde. O modelo foi estruturado por diretrizes organizacionais da descentralização,
regionalização, hierarquização e na participação social em todas as esferas de
governo (Federal Estadual e Municipal). Porém na prática, o funcionamento do SUS
ainda não atende a todos esses princípios e diretrizes propostos desde sua criação.
OBJETIVO: Compreender os entraves do gerenciamento do SUS para alcançar o
objetivo previsto desde sua criação e estabelecido na Constituição Federal de 1988.
DESENVOLVIMENTO: A responsabilidade do SUS é compartilhada nas três esferas
de governo. Para viabilidade de seu gerenciamento, alguns princípios
organizacionais foram estruturados. Um deles, a descentralização perpassa a
autonomia desde o nível Federal, Estadual e reconhece o papel municipal, maior
conhecedor das prioridades e demandas de ações e serviços para população da
região já que este atua de modo mais próximo da comunidade. Sobre esses níveis
de gestão, cabe ao governo federal o planejamento, a formulação de políticas
nacionais de saúde e financiar ações e serviços de saúde através dos recursos
adquiridos pelos impostos arrecadados. Enquanto é de responsabilidade do Estado
o repasse de tais verbas federais e fiscalizar a implantação do SUS nos municípios.
A estes últimos cabem a competência de execução direta das ações de saúde.
Outra premissa diz-se à participação popular, Conselhos de Saúde foram criados
para cada ente federativo, ampliando o canal social nas políticas de saúde, tanto em
sua formulação como em sua execução. Ao que parece, há uma discrepância de
funcionamento em toda essa estrutura, atualmente a saúde do Brasil encontra-se
em crise em todas as estruturas do governo, há ausência de médicos em algumas
regiões do país, enquanto sobram leitos e equipamentos em outras, falta de
medicamentos e problemas infra-estruturais nas unidades de saúde impedem o
funcionamento e o atendimento pleno a toda população.
CONCLUSÃO: Acredita-se que a limitação do funcionamento pleno desse sistema
decorre do subfinancimento, pois os recursos destinados para operacionalização
estão aquém das necessidades reais de cada região. Aparentemente o governo
ainda mantém uma prevalência de dominação sobre tomada de decisões de
prioridades e demandas em relação aos discutidos em Conselhos de Saúde. Faz-se
necessário uma maior participação da sociedade e fortalecimento da autonomia e
aprimoramento da construção de um poder popular no intuito de melhorar a
fiscalização e os repasses de verbas e a destinação correta dos recursos. Além
disso, o SUS precisa exercer na prática a coerência dos princípios previstos na sua
criação, ofertar serviços e ações de saúde integrados, para todos, sem preconceitos,
pois há uma falta de padrão da logística de atendimento do SUS em todo território
nacional.

PALAVRAS-CHAVE: Sistema Único de Saúde. Crise na saúde. Saúde coletiva.


Participação popular.

REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde
(SUS): princípios e conquistas. Ministério da Saúde, Secretaria Executiva. Brasília,
2000.

BARROS, Lívia de Melo. Saúde Coletiva. 1º edição. Aracaju: UNIT, 2015. (Série
Bibliográfica).
SANTOS, Isabela Soares. A solução para o SUS não é um Brazilcare. Fundação
Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública. Centro Brasileiro de Estudos de
Saúde. Rio de Janeiro. RECIIS – Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde. 2016 jul.-set.;
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<https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16984/2/4.pdf>
SANTOS, Nelson Rodrigues dos. SUS 30 anos: o início, a caminhada e o rumo.
Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2018, v. 23, n. 6 [Acessado 13 Setembro 2019] ,
pp. 1729-1736. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-
81232018236.06092018>
SILVA, Ilse Gomes. Participação popular nas políticas públicas: a trajetória dos
conselhos de saúde do Sistema Único de Saúde no Brasil. Revista de políticas
públicas. Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas. Universidade Federal
do Maranhão. São Luis, 2004 v. 8, n. 2 . [Acessado 13 Setembro 2019] Disponível
em:< https:// www. periodicoseletronicos. ufma. br / index. php / rppublica / article /
view / 3760 /1828 >

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