Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
impasses e alcances
Gestão governamental do
SUS: impasses e alcances
ESTRUTURA, PRINCÍPIOS E COMO FUNCIONA
https://www.band.uol.com.br/noticias/jornal-da-band/ultimas/sus-faz-brasil-liderar-com-o-maior-sistema-publico-de-
transplantes-do-mundo-16617024
7 países com sistema de saúde gratuito
Apesar de poucas pessoas saberem, entre os países com sistema de saúde gratuito,
o Brasil é referência em todo o mundo, no quesito saúde. Apesar de muitas
pessoas não estarem completamente satisfeitas com o nosso sistema público de
saúde, que é o SUS (Sistema Único de Saúde), vale ressaltarmos que é um dos
poucos sistema gratuito tão flexível em todo o mundo. E a razão de muitas vezes
ser um pouco demorado. O fato é, que as pessoas perceberam que as vezes pagar
caro por um sistema de saúde privado, não está compensando, já que a sua
disposição contam com um sistema extremamente eficiente, que disponibiliza
atendimentos clínicos, exames e também cirurgias.
CONSELHOS
Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal),
Comissão Intergestores Tripartite (CIT)
Comissão Intergestores Bipartite (CIB)
Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass)
• Uma nova atenção à saúde a partir da concepção que não compreende a saúde apenas como a
ausência de doença, mas parte do entendimento e qualidade de vida.
• O Sistema propõe uma mudança profunda no modelo de planejar, organizar e gerir as ações e serviços
de saúde.
• O SUS deve desenvolver ações sobre o ambiente e sobre a pessoa destinados à promoção, proteção e
recuperação da saúde, bem como à reabilitação.
• Com qualidades e defeitos, o SUS é reconhecido no país e fora dele como uma política pública
importante e com grande potencial.
• Em 2011, a renomada revista científica internacional The Lancet publicou uma série de artigos com o
intuito de apresentar à comunidade internacional a experiência brasileira, ressaltando que “o Brasil
vive um período de transição, mas encontra-se em uma excelente posição para atingir suas
ambiciosas aspirações, graças ao seu compromisso histórico com a saúde pública e a sua atual força
política e econômica” (Paim, Travassos, Almeida, Bahia & Macinko, 2011, p.1795 ).
Revista Psicologia e Saúde, v. 5, n. 1, jan./jun. 2013, p. 01-09
Expectativa de vida sobe de 76,8 para 77 anos no Brasil
O resultado foi fortemente puxado pelas mulheres. A pesquisa analisou que os homens
nascidos em 2021 podem chegar até os 73,6 anos, enquanto as mulheres que
nasceram neste mesmo ano podem atingir, em média, os 80,5 anos.
25/11/2022
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/expectativa-de-vida-sobe-de-768-para-77-anos-no-brasil-diz-
ibge/#:~:text=Em%20compara%C3%A7%C3%A3o%20a%202020%2C%20a,metodologia%20utilizada%20para%20o%20c%C3%A1lculo.
Controle social na gestão do SUS: aspectos
estruturais, organizativos e estratégicos
Por outro lado, após o Movimento da Reforma Sanitária, o termo “controle social” passou a
ser entendido como a prática de cogestão pública da sociedade, por meio de seus
representantes, sobre as ações estatais (Batagello et al., 2011; Cotta et al., 2009; Duarte
et al., 2012; Oliveira, 2004; Oliveira et al., 2009; Oliveira, Ianni et al., 2013; Shimizu et
al., 2013; Silva et al., 2007)
José Felipe de Freitas Gomes ORCID: https://orcid.org/0000 0001 9096 6930 Fundação Universidade Federal de Rondônia, Brasil
Nathalia Halax Orfão Fundação Universidade Federal de Rondônia, Brasil
Research, Society and Development, v. 11, n. 3, e49911326843, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26843 - 05/03/2022
• Conferências de Saúde são espaços deliberativos institucionalizados e representativos de participação social
(Müller et al., 2014), que objetivam avaliar a situação de saúde da comunidade e formular, propor e deliberar
diretrizes direcionadas ao estabelecimento de políticas públicas neste setor (Coelho, 2012; Miranda et al., 2016;
Shimizu et al., 2009).
• Conselho de Saúde, com sua pluralização da representação, é considerado pilar institucional do SUS, possuindo
natureza paritária, permanente e caráter deliberativo, sendo considerado um espaço público de consolidação da
democracia nas diferentes esferas governamentais (Aciole, 2007; Durán et al., 2014; Oliveira et al., 2013;
Serapioni et al., 2006).
• São mais de 5.600 Conselhos de Saúde no país (Da Silva et al., 2020; Santos et al., 2020), que possuem as
funções de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política pública de saúde, inclusive nos
aspectos econômico-financeiros (Coelho, 2012; Gonçalves et al., 2013; Santos et al., 2020).
• A temática da participação da comunidade, nas diversas instâncias participatórias, tem sido
objeto de interesse de inúmeros estudiosos (Pessoto et al., 2001),
• com pesquisas direcionadas principalmente aos Conselhos de Saúde, as quais têm investigado as
particularidades da dinâmica dessas instâncias de controle social, assim como os entraves que as
mesmas têm enfrentado (Miranda et al., 2016; Rocha et al., 2020).
• torna-se necessário compreender como estão estruturadas e organizadas as instâncias de participação social,
inclusive de que forma e com qual frequência ocorre a capacitação dos diferentes sujeitos coletivos que
integram as arenas de participação, pois considera-se que tais fatores influenciam diretamente na consolidação
da cultura participativa e, consequentemente, no fortalecimento (ou não) do controle social no SUS.
• Descrever as estratégias e periodicidade de capacitação dos conselheiros de saúde nos órgãos colegiados do
SUS.
• Ainda que seja previsto legalmente que, nos Conselhos de Saúde, não é permitida a participação
de membros eleitos do Poder Legislativo, bem como representações do Poder Judiciário e do
Ministério Público (MP), como conselheiros de saúde.(Brasil, 2012), verificou-se que essa diretriz
nem sempre é respeitada, seja pela presença de vereadores exercendo a atribuição de
conselheiros (Cotta et al., 2011) e/ ou devido ao envolvimento direto de representantes políticos
nas instâncias participativas, podendo resultar em inibição do posicionamento crítico dos
conselheiros (Bispo Júnior et al., 2008).
• Os Conselhos de Saúde devem estabelecer integração com instituições do controle externo, tais
como o Tribunal de Contas do Estado e o MP (Moreira et al., 2008; Pacheco et al., 2020; Shimizu
et al., 2009; Zambon et al., 2013), com o propósito de possibilitar a avaliação e o
acompanhamento dos resultados obtidos com as Organizações Sociais de Saúde, através de
comparações entre aquilo que foi previamente estabelecido no contrato de gestão e os
resultados alcançados (Pacheco et al., 2020).
• Em acréscimo, segundo especificado na Constituição Federal de 1988, o MP é um
componente fundamental no monitoramento de programas e recursos de saúde,
proporcionando, assim, a atuação conjunta com os Conselhos de Saúde por meio de
reuniões e debates (Aciole, 2003; Shimizu & Dytz, 2009).
https://conselho.saude.gov.br/apresentacao/apresentacao.htm
PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA GESTÃO PÚBLICA NO SUS
José Dínio Vaz Mendes1, Olímpio J. Nogueira V. Bittar2
1. Médico, especialista em saúde pública, assessor técnico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
2. Médico, professor doutor em administração hospitalar, assessor técnico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Rev. Fac.
Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 16, n. 1, p. 35 - 39, 2014
• Formação e alocação dos médicos e outras treze categorias profissionais de saúde para atender
às necessidades de saúde da população é um grande desafio para o SUS.
• Fixação dos médicos nos pequenos municípios para atuação na atenção primária em saúde e no
Programa de Saúde da Família é uma questão crítica. Estes profissionais são disputados pelos
municípios e mesmo com salários mais altos, muitas desistem do trabalho nestes locais. A
insegurança e isolamento dos profissionais bem como a impossibilidade de aperfeiçoamento
podem ser fatores que inibem sua fixação.
• Adequada supervisão da qualidade do atendimento prestado, a educação continuada e o apoio
clínico e acompanhamento à distância por tecnologias de comunicação e informação, como o
tele eletrocardiograma e tele imagem crônicas (exames eletrocardiográficos e por imagem à
distância), teleoftalmologia (suporte diagnóstico e terapêutico multimodal por internet), a
telemedicina para discussão de casos, entre outros, podem facilitar esta alocação.
• O Brasil pode e deve criar normas que tratem da incorporação tecnológica e suas
consequências para o SUS. Em vários países desenvolvidos, com sistemas universais de
saúde, há preocupação em avaliar e comparar as novas tecnologias, inclusive
medicamentos, e que envolve vários quesitos, como segurança, eficácia, possibilidade
e indicação do uso, uso em saúde pública, custos e medidas de resultados, reflexos
econômicos e éticos.
Exemplos em outros países
• Como exemplos, no Reino Unido , o National Institute, for Health and Clinical Excellence
(Nice) ligado ao National Health Service (NHS), que desenvolve os protocolos dos
procedimentos intervencionistas e avaliações tecnológicas dos fármacos; na Espanha, a
Catalan Office for Health Technology (COHTA), Agência pública ligada ao Serviço de Saúde
Catalã; no Canadá, a Canadian Coordinating Office for Health Technology Assessment
(CCOHTA), focada na utilização de evidências e efetividade clínica e econômica.
Para superar os desafios do SUS é preciso mudar e otimizar práticas do sistema buscando ganhos
de escala e de qualidade. Melhorar a assistência pelo uso de informações e de evidências
científicas, que possam ser compreendidas e utilizadas pelos gestores. Deve-se evitar a
tendência de soluções simplistas para o SUS, com o risco de se repetir o erro já apontado por
H.L. Mencken: “Para cada problema complexo há uma solução simples, elegante e errada.” -
H.L. Mencken
Bye , @luizpascoal1