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O Sistema Único de Saúde (SUS) é o conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e
das fundações mantidas pelo Poder Público.
Há um tempo atrás, a saúde era encarada apenas como a ausência de doenças, o que nos legou um
quadro repleto não só das próprias doenças, como desigualdade, insatisfação dos usuário, exclusão,
baixa qualidade e falta de comprometimento profissional. No entanto, este conceito foi ampliado, ao
serem definidos os elementos condicionantes da saúde, que são:
• Garantia de acesso aos serviços de saúde responsáveis pela promoção, proteção e recuperação da
saúde.
Ou seja, de acordo com a nova concepção de saúde, compreende-se que “os níveis de saúde da
população expressam a organização social e econômica do país".
Juntamente com o conceito ampliado de saúde, o SUS traz consigo dois outros conceitos
importantes: o de sistema e a idéia de unicidade. A idéia de sistema significa um conjunto de várias
instituições, dos três níveis de governo e do setor privado contratado e conveniado, que interagem
para um fim comum. Já na lógica de sistema público, os serviços contratados e conveniados seguem
os mesmos princípios e as mesmas normas do serviço público. Todos os elementos que integram o
sistema referem-se ao mesmo tempo às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de organização, sendo que é
definido como único na Constituição um conjunto de elementos doutrinários e de organização do
sistema de saúde, os princípios da universalização, da eqüidade, da integralidade, da
descentralização e da participação popular.
Podemos entender o SUS da seguinte maneira: um núcleo comum, que concentra os princípios
doutrinários, e uma forma e operacionalização, os princípios organizativos.
Princípios Doutrinários
• Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas
necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a
prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o principio de integralidade
pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.
Princípios Organizativos
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• Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser
criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar
a execução da política de saúde.
A expressão ‘Sistema Único de Saúde’ (SUS) alude em termos conceituais ao formato e aos
processos jurídico-institucionais e administrativos compatíveis com a universalização do direito
à saúdee em termos pragmáticos à rede de instituições – serviços e ações – responsável pela
garantia do acesso aos cuidados e atenção à saúde. Os termos que compõem a expressão ‘SUS’,
espelham positivamente críticas à organização pretérita da assistência médico-hospitalar brasileira.
‘Sistema’, entendido como o conjunto de ações e instituições, que de forma ordenada e articulada
contribuem para uma finalidade comum, qual seja, a perspectiva de ruptura com os esquemas
assistenciais direcionados a segmentos populacionais específicos, quer recortados segundo critérios
socioeconômicos, quer definidos a partir de fundamentos nosológicos.
A primeira e maior novidade do Sistema Único de Saúde é seu conceito de saúde. Esse “conceito
ampliado de saúde”, resultado de um processo de embates teóricos e políticos, como visto
anteriormente, traz consigo um diagnóstico das dificuldades que o setor da saúde enfrentou
historicamente e a certeza de que a reversão deste quadro extrapolava os limites restritos da noção
vigente.
Encarar saúde apenas como ausência de doenças evidenciou um quadro repleto não só das próprias
doenças, como de desigualdades, insatisfação dos usuários, exclusão, baixa qualidade e falta de
comprometimento profissional.
Para enfrentar essa situação era necessário transformar a concepção de saúde, de serviços de
saúde e, até mesmo, de sociedade. Uma coisa era se deparar com a necessidade de abrir unidades,
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contratar profissionais, comprar medicamentos. Outra tarefa é conceber a atenção à saúde como um
projeto que iguala saúde com condições de vida.
Ao lado do conceito ampliado de saúde, o Sistema Único de Saúde traz dois outros conceitos
importantes: o de sistema e a ideia de unicidade. A noção de sistema significa que não estamos
falando de um novo serviço ou órgão público, mas de um conjunto de várias instituições, dos três
níveis de governo e do setor privado contratado e conveniado, que interagem para um fim comum.
Na lógica do sistema público, os serviços contratados e conveniados são seguidos dos mesmos
princípios e das mesmas normas do serviço público. Os elementos integrantes do sistema referem-
se, ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde.
Esse sistema é único, ou seja, deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de organização em todo
país. Mas é preciso compreender bem esta ideia de unicidade. Em um país com tamanha diversidade
cultural, econômica e social como o Brasil, pensar em organizar um sistema sem levar em conta
essas diferenças seria uma temeridade.
O Sistema Único de Saúde pode, então, ser entendido a partir da seguinte imagem: um núcleo
comum (único), que concentra os princípios doutrinários, e uma forma de organização e
operacionalização, os princípios organizativos. A construção do SUS norteia-se, baseado nos seus
preceitos constitucionais, pelas seguintes doutrinas:
• Universalidade: É a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão
(“A saúde é direito de todos e dever do Estado” – Art. 196 da Constituição Federal de 1988).
Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de
saúde, assim como aqueles contratados pelo poder público de saúde, independente de sexo, raça,
renda, ocupação ou outras características sociais ou pessoais. Saúde é direito de cidadania e dever
do Governo: Municipal, Estadual e Federal.
• Equidade: O objetivo da equidade é diminuir desigualdades. Mas isso não significa que a equidade
seja sinônima de igualdade. Apesar de todos terem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e
por isso têm necessidades diferentes. Então, equidade é a garantia a todas as pessoas, em
igualdade de condições, ao acesso às ações e serviços dos diferentes níveis de complexidade do
sistema.
O que determinará as ações será a prioridade epidemiológica e não o favorecimento, investindo mais
onde a carência é maior. Sendo assim, todos terão as mesmas condições de acesso, more o cidadão
onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido
conforme suas necessidades até o limite do que o sistema pode oferecer para todos.
• Integralidade: As ações de promoção, proteção e reabilitação da saúde não podem ser fracionadas,
sendo assim, os serviços de saúde devem reconhecer na prática que: se cada pessoa é um todo
indivisível e integrante de uma comunidade, as ações de promoção, proteção e reabilitação da saúde
também não podem ser compartimentalizadas, assim como as unidades prestadoras de serviço, com
seus diversos graus de complexidade, configuram um sistema capaz de prestar assistência integral.
Ao mesmo tempo, o princípio da integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas
públicas, como forma de assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham
repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.
Para organizar o SUS a partir dos princípios doutrinários apresentados e considerando-se a ideia de
seguridade social e relevância pública existem algumas diretrizes que orientam o processo. Na
verdade, trata-se de formas de concretizar o SUS na prática.
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Deve o acesso da população à rede se dar por intermédio dos serviços de nível primário de atenção,
que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os
serviços de saúde. Os demais deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade
tecnológica. Estes caminhos somam a integralidade da atenção com o controle e a racionalidade dos
gastos no sistema.
A Constituição Federal que é considerada o marco jurídico inicial, onde “nasce o SUS”, traz em seus
artigos 196 ao 200, o “registro do SUS”, o artigo 198 da CF, traz em seu texto as Diretrizes e alguns
dos princípios do SUS, conforme podemos verificar abaixo:
“Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade. ”
Uma vez constituído o SUS, houve a necessidade de regulamentação, o que aconteceu em 1990,
com a promulgação das duas Leis Orgânicas da Saúde (LOS):
1. Lei 8.080/90 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
2. Lei 8.142/90 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da
saúde e dá outras providências.
Os princípios do SUS
“Capítulo II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que
integram o Sistema Único de Saúde - SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas
no artigo 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios.
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serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis
de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo
usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a
orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - Integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.”
Os princípios do sus são cobrados em provas. Muitos certames utilizam em questões a divisão teórica
dos princípios:
Para isso, é preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que se interpõem
entre a população e os serviços.A primeira delas, a barreira jurídica, foi eliminada com a Constituição
Federal de 88, na medida em que universalizou o direito à saúde, e com isso, eliminou a necessidade
do usuário do sistema público colocar-se como trabalhador ou como “indigente”, situações que
condicionavam o acesso aos serviços públicos antes do SUS.
A noção de integralidade diz respeito ao leque de ações possíveis para a promoção da saúde,
prevenção de riscos e agravos e assistência a doentes, implicando a sistematização do conjunto de
práticas que vem sendo desenvolvidas para o enfrentamento dos problemas e o atendimento das
necessidades de saúde. A integralidade é (ou não), um atributo do modelo de atenção, entendendo-
se que um “modelo de atenção integral à saúde” contempla o conjunto de ações de promoção da
saúde, prevenção de riscos e agravos, assistência e recuperação. Um modelo “integral”, portanto, é
aquele que dispõe de estabelecimentos, unidades de prestação de serviços, pessoal capacitado e
recursos necessários, à produção de ações de saúde que vão desde as ações inespecíficas de
promoção da saúde em grupos populacionais definidos, às ações específicas de vigilância ambiental,
sanitária e epidemiológica dirigidas ao controle de riscos e danos, até ações de assistência e
recuperação de indivíduos enfermos, sejam ações para a detecção precoce de doenças, sejam ações
de diagnóstico, tratamento e reabilitação.
O princípio da equidade, mais um dos princípios finalísticos do SUS e, atualmente, o tema central em
todos os debates sobre as reformas dos sistemas de saúde no mundo ocidental. A noção de
equidade diz respeito à necessidade de se “tratar desigualmente os desiguais” de modo a se alcançar
a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social entre os
membros de uma dada sociedade. O ponto de partida da noção de equidade é o reconhecimento da
desigualdade entre as pessoas e os grupos sociais e o reconhecimento de que muitas dessas
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- A regionalização dos serviços implica a delimitação de uma base territorial para o sistema de saúde,
que leva em conta a divisão político- administrativa do país, mas também contempla a delimitação de
espaços territoriais específicos para a organização das ações de saúde, subdivisões ou agregações
do espaço político-administrativo.
- A hierarquização dos serviços, por sua vez, diz respeito à possibilidade de organização das
unidades segundo grau de complexidade tecnológica dos serviços, isto é, o estabelecimento de uma
rede que articula as unidades mais simples às unidades mais complexas, através de um sistema de
referência (SR) e contrarreferência(CR) de usuários e de informações. O processo de
estabelecimento de redes hierarquizadas pode também implicar o estabelecimento de vínculos
específicos entre unidades (de distintos graus de complexidade tecnológica) que prestam serviços de
determinada natureza, como por exemplo, a rede de atendimento a urgências/emergências, ou a rede
de atenção à saúde mental.
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A regionalização no Sistema Único de Saúde constitui estratégia prioritária para garantir o direito à
saúde, reduzir desigualdades sociais e territoriais, promover a equidade e a integralidade da atenção,
racionalizar os gastos, otimizar os recursos e potencializar o processo de descentralização.
A regionalização oferece os meios para melhorar a coordenação e integração do cuidado em saúde e
os custos e proporciona escala mais adequada e maior participação dos cidadãos no processo de
tomada de decisão. Contudo, a regionalização, apesar dos benefícios, apresenta desafios, tais como
as dificuldades para integrar e coordenar as ações e serviços, em diferentes espaços geográficos,
com distintas gestões e gerências para atender as necessidades de saúde e demandas da população
na escala, qualidade e custos adequados. Para isso, requer a existência de sistemas de informação
em tempo real para orientar a tomada de decisão e a busca constante de alternativas para otimizar
recursos e organizar a gestão compartilhada (Brasil,2009).
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II –Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais;
III - participação da comunidade. (Brasil, 1998).
A regionalização deve ser entendida como uma articulação e mobilização municipal que leve em
consideração características geográficas, fluxo de demanda, perfil epidemiológico, oferta de serviços
e, acima de tudo, a vontade política expressa pelos diversos municípios de se consorciar ou
estabelecer qualquer outra relação de caráter cooperativo (BRASIL,1993).
A totalidade das ações e de serviços de atenção à saúde, no âmbito do SUS, deve ser desenvolvida
em um conjunto de estabelecimentos, organizados em rede regionalizada e hierarquizada e
disciplinados segundo subsistemas, um para cada município – o SUS-Municipal – voltado ao
atendimento integral de sua própria população e inserido de forma indissociável no SUS, em suas
abrangências estadual e nacional (BRASIL, 1996).
? Pacto pela Saúde – Item 2, Diretrizes para a Gestão do SUS, Pacto de Gestão, Portaria GM/ MS n.
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399/2006
Objetivos da Regionalização
A atuação do gestor do SUS efetiva-se por meio do exercício das funções gestoras na saúde. As
funções gestoras podem ser definidas como “um conjunto articulado de saberes e práticas de gestão,
necessários para a implementação de políticas na área da saúde” (SOUZA, 2002).
Definir o papel e as atribuições dos gestores do SUS nas três esferas de governo significa identificar
as especificidades da atuação no que diz respeito a cada uma dessas macro funções gestoras, de
forma coerente com a finalidade de atuação do Estado em cada esfera governamental, com os
princípios e os objetivos estratégicos da política de saúde, e para cada campo da atenção na saúde
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Esse processo tem sido orientado pela Legislação do SUS e pelas Normas Operacionais que, ao
longo do tempo, têm definido as competências de cada esfera de governo e as condições
necessárias para que estados e municípios possam assumir suas funções no processo de
implantação do SUS
Para se iniciar a discussão é possível partir de uma definição conceitual dada por Cipriano
Vasconcelos e Dário Pasche (2006), os quais apontam que: “O Sistema Único de Saúde (SUS) é o
arranjo organizacional do Estado brasileiro que dá suporte à efetivação da política de saúde no Brasil,
e traduz em ação os princípios e diretrizes desta política. Compreende um conjunto organizado e
articulado de serviços e ações de saúde, e aglutina o conjunto das organizações públicas de saúde
existentes nos âmbitos municipal, estadual e nacional, e ainda os serviços privados de saúde que o
integram funcionalmente para a prestação de serviços aos usuários do sistema, de forma
complementar, quando contratados ou conveniados para tal fim”
Nasceu na década de oitenta, fruto da reivindicação social da sociedade civil através de movimentos
pela reforma sanitária, sendo institucionalizado quando da promulgação da Constituição Nacional de
1988. É possível dizer que o SUS tem como objetivo integrar e coordenar as ações de saúde nas três
esferas do governo. O artigo 4° da Lei 8.080/90 afirma que: O conjunto de ações e serviços de saúde,
prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta
e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde – SUS.
Em sua concepção, é importante apontar que o SUS são se trata de um sistema de serviços
assistencialistas, mas que visa “articular e coordenar ações promocionais e de prevenção, como as
de cura e reabilitação.” (Ibidem, p. 532).
O SUS traria uma nova concepção de saúde agora ampliada, pois passaria a considerar também
outros fatores que, direta ou indiretamente, estariam associados ao se pensar a saúde e qualidade de
vida como aspectos econômicos, sociais, culturais e biotecnológicos (estes aspectos serão tratados
mais pontualmente no tópico a seguir). Somado a isso, estaria também uma visão integrada das
ações e dos serviços de saúde. Logo, o caráter inovador estaria na criação de condições para a
superação de uma visão de saúde pública que se concentrava na doença.
Assim, o SUS procura ter ações contínuas no sentido da promoção, da proteção, da cura e da
reabilitação. Como apontam Vasconcelos e Pasche (2006, p. 535), “esse princípio orientou a
expansão e qualificação das ações e serviços do SUS que ofertam desde um elenco ampliado de
imunizações até os serviços de reabilitação física e mental, além das ações de promoção da saúde
de caráter nacional intersetorial.” Da mesma forma, a equidade “como princípio complementar ao da
igualdade significa tratar as diferenças em busca da igualdade” (ELIAS, 2008, P. 14). Assim, este
princípio veio ao encontro da questão do acesso aos serviços, acesso muitas vezes prejudicado por
conta da desigualdade social entre os indivíduos. Neste sentido, fala-se em prioridade no acesso às
ações e serviços de saúde por grupos sociais considerados mais vulneráveis do ponto de vista
socioeconômico.
Na obra A saúde como direito e como serviço, Amélia Cohn (1991, p. 25) afirma que: “Constituir,
portanto, a saúde como ‘um direito de todos e dever do Estado’ implica enfrentar questões tais como
a de a população buscar a utilização dos serviços públicos de saúde tendo por referência a sua
proximidade, enquanto para os serviços privados a referência principal consiste em ‘ter direito’. Da
mesma forma, e exatamente porque essas questões remetem à tradição brasileira de direitos sociais
vinculados a um contrato compulsório de caráter contributivo, contrapostos a medidas
assistencialistas aos carentes, a equidade na universalização do direito à saúde está estreitamente
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Para além destes três princípios básicos para se pensar o SUS, é também relevante apontar outro
aspecto como o direito à informação, requisito importante - do ponto de vista democrático - para vida
do cidadão usuário do sistema. É fundamental que as informações acerca da saúde individual e
coletiva sejam divulgadas pelos profissionais da saúde, os quais são assim responsáveis pela
“viabilização deste direito” (VASCONCELOS e PASCHE, 2006, p. 536).
Além dos princípios, do ponto de vista do funcionamento do SUS, deve-se considerar suas diretrizes
organizativas, as quais buscam garantir um melhor funcionamento do sistema, dentre as quais estão:
a descentralização com comando único, a regionalização e hierarquização dos serviços e
participação comunitária.
Outra diretriz muito importante ao SUS e que, certamente, está ligada também a uma mesma raiz
democrática pertinente ao sistema é a participação comunitária e a criação dos conselhos. A
participação comunitária foi assegurada por lei (8.142/1990), o que valoriza a ideia de democracia
participativa. Neste mesmo sentido da valorização do SUS como um patrimônio e responsabilidade
de todos, foram criados em 2006 três pactos: o Pacto pela vida, o Pacto em defesa do SUS e o Pacto
de Gestão do SUS. Do ponto de vista da concepção das políticas para saúde, todos devem ser
considerados.
Por fim, há também uma preocupação com a questão da Integração. “A integração de recursos, de
meios e de pessoal na gestão do sistema é preconizada nas leis e normas como condição básica
para assegurar eficácia e eficiência ao sistema” (Ibidem, p. 537). Da mesma forma, para a além da
compreensão dos princípios e das diretrizes organizativas do SUS, é importante destacar a questão
da racionalização do sistema com vistas ao melhor desempenho e atendimento de seus objetivos.
Logo, o que se pode concluir é que a concepção de um sistema único de saúde e sua
institucionalização por meio da Constituição foram um dos maiores avanços na luta pela construção
de um país mais justo e menos desigual. Se ainda existem problemas no atendimento público da
saúde – e não são poucos, é inegável o fato de que, a despeito disso, o SUS contribuiu para o
fortalecimento da cidadania nacional, uma vez que o direito ao atendimento à saúde é um
importantíssimo direito social.
A lei 8142/90, determina duas formas de participação da população na gestão do Sistema Único de
Saúde – SUS: Conferências de Saúde e Conselhos de Saúde. Conferências de Saúde – no artigo 1º
da 8142/90 parágrafo 1º diz:
– A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4(quatro) anos com a representação dos vários
segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da
política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou,
extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.
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A Resolução nº 333 de 04/11/2003, do Conselho Nacional de Saúde aprova diretrizes para a Criação
, reformulação , estruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde.
A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” traz informações para que você conheça seus direitos
na hora de procurar atendimento de saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de cidadania que
asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado. A Carta
é uma importante ferramenta para que você conheça seus direitos e, assim, ajude o Brasil a ter um
sistema de saúde ainda mais efetivo.
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma
adequada
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios
anteriores sejam cumpridos
É garantido aos cidadãos a participação social no Sistema Único de Saúde na Lei nº8142/90,
configurando o controle social. A participação da população pode se dar de duas formas: nos
Conselhos de Saúde e nas Conferências de Saúde.
O Conselho de Saúde é responsável por denifir as diretrizes norteadoras para elaboração do Plano
de Saúde, aprovar ou reprovar o Plano de Saúde e o Relatório de Gestão, fiscalizar a execução das
Políticas Públicas de saúde além de formular e propor estratégias para a execução destas,
consubstanciar a participação organizada da sociedade na administração da saúde, entre outras
atribuições. O Conselho é composto de forma paritária: 50% usuários (representantes de entidades e
movimentos sociais) e 50% prestadores de serviços, representantes do governo e profissionais de
saúde. A Lei Complementar nº141/12 Art 44 garante ao cidadão que o gestor do SUS de cada ente
da Federação disponibilizará ao Conselho de Saúde um programa permanente de educação em
saúde para qualificar a participação social nas atribuições do Conselho.
As Conferências de Saúde são intâncias colegiadas com a missão de avaliar a situação de saúde e
propor diretrizes para a formulação da política de saúde nos três niveis de governo, as conferências
são abertas para a participação da população. Ocorrem a cada 4 anos.
Com isso temos as ferramentas para participar efetivamente da elaboração/execução das políticas
públicas de saúde, garantindo políticas mais eficazes, eficientes e com maior efetividade para a
população!
Significa a participação da sociedade na elaboração e execução das políticas públicas no Brasil, sua
gestão, controle administrativo-financeiro, monitoramento dos planos e programas de saúde, que se
associa à redemocratização do país.
Refletindo estes movimentos, a Constituição de 1988, por meio da Lei Orgânica da Saúde (Lei No.
8142/90), criou uma nova institucionalidade no poder público, marcada por duas importantes
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O controle social no SUS se dá por meio dos Conselhos de Saúde, em suas diversas modalidades,
como o Conselho Nacional, Conselhos Estaduais, Municipais, Locais, e das Comunidades Indígenas.
E também, em especial, das Conferências de Saúde (Nacionais, Estaduais e Municipais), dentre
outras modalidades.
A relevância dessa participação se justifica na busca da equidade e justiça social e na ideia de que as
decisões em saúde não obedecem necessariamente à uma racionalidade técnica.
Foi criada com o objetivo de participar em conjunto com entidades representativas dos empregados,
empregadores, instituições da sociedade civil e órgãos públicos, direta ou indiretamente responsáveis
pela preservação e recuperação da saúde.
A sua composição não segue a paridade do Conselho de Saúde. Porém deve ser o mais
representativa possível tendo em sua composição as entidades/gestores ligados à política de Saúde
do Trabalhador (Secretárias de Educação, Meio Ambiente, na Saúde, Vigilâncias, CERESTs e outras
áreas que tenham a ver, movimento sindical, empregadores).
Por considerar a área de S.T. como de práticas eminentemente intersetoriais, desde 1990, a Lei Nº
8.142, previu a criação e funcionamento das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador,
CIST, como assessoras dos conselhos de saúde.
O controle social deverá ser exercido na RENAST por meio do controle direto das ações desses
Centros de Referência, pela participação efetiva das organizações dos trabalhadores na definição das
prioridades de intervenção, no acompanhamento da implementação da Política de Saúde do
Trabalhador, na legitimação e no controle da aplicação dos recursos específicos de modo que
assegure que as atividades sejam consoantes com a realidade do sistema produtivo local e das
necessidades dos trabalhadores.
Finalidade e Composição
Tem por finalidade de discutir, propor, acompanhar e avaliar a política de saúde do trabalhador para o
Estado de Mato Grosso e defender o direito do trabalhador, formal ou informal, urbano ou rural,
residente no Estado de Mato Grosso, para que tenha amplo acesso ao Sistema Único de Saúde -
SUS, seja nas ações de prevenção, seja nas de atendimento e reabilitação.
Atualmente, a sua composição está definida na Resolução CES nº 015, de novembro de 2009. São
27 membros titulares e seus respectivos suplentes, sendo: 14 (quatorze) representantes das
Instituições de trabalhadores (as) do Estado de Mato Grosso: Sindicatos Estaduais, Centrais
Estaduais e Federações; 08 (oito) representantes de Instituições Públicas que faz interface no setor
de saúde, trabalho e meio ambiente; 03 (três) representantes de Classe Patronal; e 03 (três)
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Os Conselhos de Saúde são órgãos deliberativos que atuam como espaços participativos
estratégicos na reivindicação, formulação, controle e avaliação da execução das políticas públicas de
saúde. Já as Conferências de Saúde consistem em fóruns públicos que acontecem de quatro em
quatro anos, por meio de discussões realizadas em etapas locais, estaduais e nacional, com a
participação de segmentos sociais representativos do SUS (prestadores, gestores, trabalhadores e
usuários), para avaliar e propor diretrizes para a formulação da política de saúde.
Juntamente com a gestão destas instâncias e de outras redes de articulação em prol da garantia da
participação social, o desafio que se coloca é a criação de uma eficiente rede de informação e
comunicação ao cidadão sobre estes espaços de participação. E mais, do cidadão perceber-se como
ator fundamental na reivindicação pelo direito à saúde.
A participação social no SUS é um princípio doutrinário e está assegurado na Constituição e nas Leis
Orgânicas da Saúde (8.080/90 e 8.142/90).
O Controle Social no SUS é um dos principais instrumentos para promover a democratização da
saúde, propiciando a participação efetiva da sociedade na busca da garantia dos direitos
conquistados constitucionalmente.
Neste contexto, o SUS representa o resultado da política pública de proteção social, universalista e
equitativa, com ampla participação da sociedade na discussão, formulação, gestão e controle da
política pública de saúde, cujos princípios estão definidos na Constituição de 1988.
Promover a gestão participativa no SUS fortalece o incremento das demandas coletivas nas ações de
governo, propiciando espaços coletivos de formulação conjunta das políticas de saúde, criando
sustentação para os programas e políticas propostas, assegurando a inclusão de novos atores
políticos e possibilitando a escuta das necessidades por meio da interlocução com a comunidade,
movimentos sociais e entidades da sociedade, ampliando, desse modo, a esfera pública e conferindo
maior densidade ao processo de redemocratização da sociedade brasileira.
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CONHECIMENTO DO SISTEMA UNICO DE SAÚDE SUS,
ORGANIZAÇÃO E PRINCIPIOS DO SUS, CONTROLE SOCIAL DO SUS
processo, além de promover a equidade, também conduzirá a um espaço de inclusão e diálogo com
grupos populacionais socialmente excluídos.
Vamos falar de Controle Social? Tema constante em provas e que também deve ser pauta de rodas
de conversas entre profissionais de saúde e usuários do SUS.
A saúde tem sido referida como o bem mais precioso de uma nação, sendo responsabilidade de
todos – estado e sociedade. Nessa estrutura, de um lado está a emergência das necessidades da
população em relação à saúde e de outro a intervenção do estado, definindo estratégias de ações em
resposta a essas necessidades, destacando-se, nesse processo, o andamento dos fatos políticos e
econômicos, que ora levam a avanços, ora a retrocessos nas políticas de saúde em nosso país.
O Sistema Único de Saúde é um exemplo desse processo, tendo sido criado em 1988, com a atual
Carta Magna, que até os dias atuais não foi ainda implementado em sua magnitude. Contudo,
estabeleceu o controle social sobre as políticas de saúde, e que somente será possível efetivamente
com a organização popular.
O controle social pode ser entendido como a fiscalização direta da sociedade civil nos processos de
gestão da coisa pública, a apropriação pela sociedade organizada, dos meios e instrumentos de
planejamento, fiscalização e análise das ações e serviços de saúde (CORREIA, 2000).
O controle social traz a possibilidade de a sociedade civil interagir com o governo para estabelecer
prioridades e definir políticas de saúde que atendam às necessidades da população, tendo como
estratégia para sua viabilização os canais de participação institucional, tais como os conselhos de
saúde e as conferências de saúde
A Lei n. 8.142/1990, resultado da luta pela democratização dos serviços de saúde, representa uma
vitória significativa. A partir deste marco legal, foram criados os Conselhos e as Conferências de
Saúde como espaços vitais para o exercício do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS).
Quando conquistamos esses espaços de atuação da sociedade na lei, começou a luta para garanti-
los na prática. Os Conselhos de Saúde foram constituídos para formular, fiscalizar e deliberar sobre
as políticas de saúde. Deliberar acerca das políticas de saúde é uma grande conquista da sociedade.
Garantir a implementação das deliberações é uma disputa permanente em defesa do SUS. É por isso
que a promoção do conhecimento sobre a saúde no País e o papel dos Conselhos de Saúde
implicam no fortalecimento do SUS.
• O Controle Social é uma diretriz e princípio do SUS e sua regulamentação se dá através da Lei
Orgânica da Saúde – 8.142/90. De acordo com a lei em questão, o SUS tem duas instâncias
colegiadas: os conselhos de saúde – em caráter permanente, e as Conferências de Saúde – que, de
forma ordinária, devem acontecer a cada 4 anos em todas as esferas de governo. (SOUZA,2016).
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e sobre as
transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá outras
providências.
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ORGANIZAÇÃO E PRINCIPIOS DO SUS, CONTROLE SOCIAL DO SUS
O controle social é uma diretriz e princípio do SUS. É o mecanismo de participação da comunidade nas ações de
saúde em todas as esferas de governo. De forma institucionalizada temos: os conselhos e as conferências de
saúde.
Art. 1º – O Sistema Único de Saúde – SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as
seguintesinstâncias colegiadas:
I – A Conferência de Saúde, e
II – O Conselho de Saúde.
§ 1º – A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos
sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde
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nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou
pelo Conselho de Saúde.
Importantíssimo sabermos que nós, cidadãos, temos papel relevante na construção das decisões e
no acompanhamento das atividades da administração pública. Isso é democracia. Isso é controle
social. Está previsto na Constituição Federal que todos temos direito à informação, em outras
palavras, os gestores devem prestar contas do que fazem. Isso dá direto ao cidadão de escolher de
quatro em quatro anos em quem vai votar, e também de acompanhar de perto o seu desempenho
durante o mandato.
Quanto mais informado o cidadão, melhores condições este tem de avaliar e apontar falhas nos
processos decisórios dos seus representantes, diminuindo assim a corrupção e os escândalos e
garantindo a lisura e eficiência do sistema. Os conselhos de saúde e os sindicatos são exemplos de
controle social, assim como o Ministério Público, o Poder Legislativo e o Tribunal de Contas.
E é justamente pensando sobre esse aspecto que questionamos a estadualização com posterior
entrega de comando para as OS (Organizações Sociais) dos prontos-socorros dos municípios de
Cuiabá e Várzea Grande. A tomada de decisão foi unilateral, a população não foi consultada, mas
nem por isso vai se tornar passiva. Formou-se um Comite em Defesa do SUS (Sistema Único de
Saúde), que congrega várias entidades, e que em um ato de protesto abraçará o pronto-socorro
municipal de Cuiabá, no dia 9 de novembro, às 9h. Ato este que é um retrato da democracia
participativa. É como disse Palma Filho: “Só as práticas sociais levam à verdadeira cidadania".
Uma das grandes interrogações que paira a mente dos envolvidos no processo é: já que o repasse
de verbas para as OSs é de três vezes o valor da tabela do SUS, porque o município, com o auxílio
do Estado, não assume a gerência e proporciona ao usuário uma saúde de qualidade ao usuário?
Esta é uma dúvida que com certeza gostaríamos de dirimir. Mas nem só de protestos vive a saúde
pública. No dia 28 de outubro comemoramos o Dia do Funcionário Público. Parabéns, principalmente
aos que se dedicam à carreira da saúde pública, e que, ao contrário do que reza o senso comum, há
muitos profissionais comprometidos, apaixonados e que exercem a sua profissão com competência e
orgulho, pensando que o ator principal e foco de todas as suas ações é o usuário.
E também manifesto o meu mais sincero sentimento de agradecimento ao CRO (Conselho Regional
de Odontologia), na pessoa do seu presidente e de sua diretoria, que proporcionaram aos nossos
pares, cirurgiões-dentistas, muitos aliás servidores estaduais e municipais, uma festa de
comemoração pelo 25 em outubro, dia do cirurgião-dentista, cujo presente maior é a cada vez mais
sólida união da classe. Unidos, informados, politizados, podemos contribuir para uma saúde pública
de mais qualidade.
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