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4 SUS e Legislação
Aplicada à Saúde
2
Um sonho sonhado
sozinho é um sonho.
Um sonho sonhado
junto é realidade.
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada
pela Lei no 10.695, de 1o.7.2003)
Dessa forma, o material didático em PDF não pode ser vendido por
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autorização.
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Legislação do
4 SUS e Legislação
Aplicada à Saúde
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Sumário
7
Sistema Único de Saúde
8 (SUS)
Política Nacional de
16 Humanização (PNH)
Política Nacional de
26 Atenção Básica
34 Redes de Atenção à
Saúde
Política Nacional de
38 Promoção à Saúde
42 Segurança do Paciente
46 Bioética
48 Epidemiologia
54 Questões
8
Sistema Único
de Saúde (SUS)
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História do SUS
A reforma no sistema de saúde teve início com o movimento
sanitário em meados da década de 1970, porém se estruturou no
período da redemocratização do país. O movimento sanitário
buscava transformar a assistência à saúde vigente no país, que
era excludente, reivindicava o direito à saúde a todo cidadão, que
as ações de saúde fossem integradas em um único sistema, que
assegurasse o acesso a toda a população em todos os serviços
de saúde, tanto preventivo como curativo; a descentralização
da gestão administrativa e financeira das ações de saúde para
Estados e municípios, e a participação e o controle social das
ações de saúde deveriam ser promovidos pelo Estado.
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
DIRETRIZES DO SUS
A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar
quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à
população de uma determinada área. Esta participação complementar dos serviços privados será
formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público.
A prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as
normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para
seu funcionamento.
Comissões no SUS
É constituída (em nível federal) paritariamente por representantes do Ministério da Saúde (MS),
do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems). Na CIT, são definidas diretrizes, estratégias, programas, projetos
e alocação de recursos do SUS. Tem composição formada por 15 membros, sendo cinco indicados
pelo MS, cinco Conass e cinco pelo Conasems. A representação de estados e municípios é regional,
sendo um representante para cada uma das cinco regiões do País.
É constituída (em nível estadual) paritariamente por representantes da Secretaria Estadual de Saúde
e das Secretarias Municipais de Saúde, indicados pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde
(Cosems). Incluem, obrigatoriamente, o Secretário de Saúde da capital do estado.
A representação dos usuários nos • 50% dos representantes dos demais segmentos, sendo 25%
Conselhos de Saúde e Conferências de gestores ou prestadores se serviços nos SUS e 25% de
será paritária em relação ao conjunto
trabalhadores da saúde.
dos demais segmentos, o que significa
que sempre será a metade do número
de elementos participativos.
Conferências de saúde
Política
Nacional de
Humanização
(PNH)
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A Política Nacional de Humanização lançada em 2003 busca colocar em
prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo
mudanças nos modos de gerir e cuidar ou seja, HumanizaSUS (como também
é conhecida a PNH) , aposta na inclusão de trabalhadores, usuários e gestores
na produção e gestão do cuidado e dos processos de trabalho.
• Princípios
• Métodos
• Diretrizes
• Dispositivos
Por princípio entende-se o que causa ou força a ação, ou que dispara um determinado movimento
no plano das políticas públicas. A PNH, como movimento de mudança dos modelos de atenção e
gestão, possui três princípios a partir dos quais se desdobra enquanto política pública de saúde.
PRINCÍPIOS DA PNH
Indissociabilidade entre Atenção e Gestão • Alteração dos modos de cuidar inseparável da alteração dos
modos de gerir e se apropriar do trabalho
A PNH caminha no sentido da inclusão, nos processos de produção de saúde, dos diferentes
agentes implicados nestes processos. Podemos falar de um “método de tríplice inclusão:
DIRETRIZES DA PHN
Gestão Participativa e Cogestão Deverão ser organizados espaços coletivos de gestão para a
produção de acordos e pactos entre usuários, trabalhadores e
gestores
Defesa dos Direitos dos Usuários Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser
informado sobre sua saúde e de decidir sobre compartilhar ou
não sua dor e alegria com sua rede social
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DIRETRIZES DA PHN
Construção da Memória do SUS que dá Elaboração de uma cartilha, que constará informações
teórico-metodológicas quanto às formas de registro,
certo foto documentação, entrevistas e narrativas, ou seja, uma
cartografia de um Sistema Único de Saúde criado pela
Constituição de 1988
Clínica
Ampliada,
Apoio Matricial
e PTS
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Clínica ampliada
A clínica ampliada é uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização propõe para qualificar
o modo de se fazer saúde. Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde,
da família e da comunidade. É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas
na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o
usuário. A vulnerabilidade e o risco do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo
saber dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a história de quem está sendo cuidado.
Através da escuta, o trabalhador da saúde vai buscar junto ao usuário, os motivos pelos quais ele
adoeceu e como se sente com os sintomas, para compreender a doença e se responsabilizar na
produção de sua saúde. É importante estar atento para os afetos entre os trabalhadores e usuários
buscando a autonomia da pessoa diante do seu tratamento, ao mesmo tempo em que seu caso
é tratado de forma única e singular. Um hipertenso, por exemplo, pode e será cuidado de forma
diferente de outro hipertenso, já que cada caso é um caso. Se o usuário estiver deprimido, isolado,
desempregado, tudo isso interferirá no desenvolvimento da sua doença e precisa ser ouvido pelo
profissional de saúde.
A ampliação da clínica trabalha os danos e os benefícios gerados pelas práticas de saúde, e aposta
nas equipes de diferentes especialidades compartilhando a responsabilidade com os usuários e seu
entorno. O serviço de saúde pode acolher a queixa do usuário mesmo que a fala pareça não ter
relação direta para o diagnóstico e tratamento, pois essa escuta auxilia o próprio usuário a descobrir
os motivos de seu adoecimento, por exemplo.
A Clínica Ampliada propõe então que o profissional de saúde desenvolva a capacidade de ajudar
as pessoas, não só a combater as doenças, mas a transformar-se, de forma que a doença, mesmo
sendo um limite, não a impeça de viver outras coisas na sua vida. Para implantar essa diretriz da
PNH é importante também que sejam discutidas outras orientações ético-políticas, como o Projeto
Terapêutico Singular, Equipe de referência e apoio matricial, cogestão e o acolhimento.
Definição de metas Uma vez que a equipe fez o diagnóstico, ela faz propostas de
curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o sujeito
doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo melhor
• Escolha dos casos para reuniões de PTS: a proposta é de que sejam escolhidos usuários ou famílias
em situações mais graves ou difíceis, na opinião de alguns membros da equipe (qualquer membro
da equipe).
• Reuniões para discussão de PTS: o mais importante no caso deste encontro para a realização do
PTS é o vínculo dos membros da equipe com o usuário e a família. Cada membro da equipe, a partir
dos vínculos que construiu, trará para a reunião aspectos diferentes e poderá também receber
tarefas diferentes, de acordo com a intensidade e a qualidade desse vínculo.
• Tempo de um PTS: o tempo mais dilatado de formulação e acompanhamento do PTS depende da
característica de cada serviço. Serviços com tempo de permanência e vínculo menores farão PTS
com tempos mais curtos.
• PTS e Mudança: quando ainda existem possibilidades de tratamento para uma doença, não é muito
difícil provar que o investimento da equipe de saúde faz diferença no resultado. O encorajamento e
o apoio podem contribuir para evitar uma atitude passiva por parte do usuário.
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Apoio Matricial
Atendimentos e intervenções conjuntas Em situações que exijam atenção É possível ainda que o apoio se
entre o especialista matricial e alguns específica ao núcleo de saber do restrinja à troca de conhecimento e de
profissionais da equipe de referência. apoiador, este pode programar orientações entre equipe e apoiador;
para si mesmo uma série de diálogo sobre alterações na avaliação do
atendimentos ou de intervenções caso e mesmo reorientação de condutas
especializadas, mantendo contato antes adotadas, permanecendo,
com a equipe de referência, que não contudo, o caso sob cuidado da equipe
se descomprometeria com o caso, ao de referência.
contrário, procuraria redefinir um
padrão de seguimento complementar
e compatível ao cuidado oferecido pelo
apoiador diretamente ao paciente, ou à
família ou à comunidade.
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26
Política
Nacional de
Atenção Básica
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A atenção básica é a “porta de entrada” dos
usuários nos sistemas de saúde, capaz de filtrar e A Política Nacional de Atenção Básica
organizar os fluxos de serviços nas redes de saúde considera os termos “Atenção Básica” e
“Atenção Primária à Saúde”, nas atuais
(dos mais simples aos mais complexos) e centro concepções, como termos equivalentes.
de comunicação da Redes de Atenção à Saúde,
coordenadora do cuidado e ordenadora das ações
e serviços disponibilizados na rede. Além disso, é
desenvolvida com alto grau de descentralização e
capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da
vida das pessoas.
Regionalização e • Dos pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção Básica como ponto de comunicação
entre esses
Hierarquização
• Considera-se regiões de saúde como um recorte espacial estratégico para fins
de planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em
determinada localidade, e a hierarquização como forma de organização de pontos de
atenção da RAS entre si, com fluxos e referências estabelecidos
População adscrita População que está presente no território da UBS, de forma a estimular o
desenvolvimento de relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a
população, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do
cuidado e com o objetivo de ser referência para o seu cuidado
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DIRETRIZES DA PNAB CONTEXTUALIZAÇÃO
Cuidado centrado na • Aponta para o desenvolvimento de ações de cuidado de forma singularizada, que
auxilie as pessoas a desenvolverem os conhecimentos, aptidões, competências e a
pessoa confiança necessária para gerir e tomar decisões embasadas sobre sua própria saúde e
seu cuidado de saúde de forma mais efetiva
• Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população,
coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário
Coordenação do cuidado • Elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção
das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção,
responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através
de uma relação horizontal, contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão
compartilhada da atenção integral
Participação da Estimular a participação das pessoas, a orientação comunitária das ações de saúde
na Atenção Básica e a competência cultural no cuidado, como forma de ampliar
comunidade sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e
coletividades do território
Além disso, as ações e serviços devem estar afixados em local visível, próximo a entrada da UBS
contendo:
Equipe de Saúde da Família (eSF) é a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização
da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS. É considerada como estratégia
de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma reorientação do
processo de trabalho com maior potencial de ampliar a resolutividade e impactar na situação de
saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
O número de ACS por equipe pode ser definido conforme a base populacional, critérios demográficos,
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com a definição local.
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COMPOSIÇÃO MÍNIMA DA eSF
Pode-se acrescentar a esta composição: Agentes de combates a endemias (ACE) e profissionais da saúde bucal (de preferência
especialista em saúde da família) e 1 auxiliar ou técnico em saúde bucal
Compete ao NASF-AB:
• Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão
vinculadas;
• Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio
da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre
problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários;
• Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção
conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de
grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, ações intersetoriais, ações de
prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes dentre outros, no
território.
O financiamento da Atenção Básica deve ser tripartite e com detalhamento apresentado pelo Plano
Municipal de Saúde garantido nos instrumentos conforme especificado no Plano Nacional, Estadual
e Municipal de gestão do SUS.
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I - Recursos per capita; que levem em consideração aspectos
sociodemográficos e epidemiológicos;
O recurso per capita será transferido
mensalmente, de forma regular e II - Recursos que estão condicionados à implantação de
automática, do Fundo Nacional de
estratégias e programas da Atenção Básica, tais como os
Saúde aos Fundos Municipais de Saúde
e do Distrito Federal com base num
recursos específicos para os municípios que implantarem, as
valor multiplicado pela população do equipes de Saúde da Família (eSF), as equipes de Atenção Básica
Município. (eAB), as equipes de Saúde Bucal (eSB), de Agentes Comunitários
de Saúde (EACS), dos Núcleos Ampliado de Saúde da Família
e Atenção Básica (Nasf-AB), dos Consultórios na Rua (eCR), de
Saúde da Família Fluviais (eSFF) e Ribeirinhas (eSFR) e Programa
Saúde na Escola e Programa Academia da Saúde;
III - Recursos condicionados à abrangência da oferta de ações
e serviços;
IV - Recursos condicionados ao desempenho dos serviços de
Atenção Básica com parâmetros, aplicação e comparabilidade
nacional, tal como o Programa de Melhoria de Acesso e
Qualidade;
V - Recursos de investimento.
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Redes de
Atenção à
Saúde
35
São arranjos organizativos de ações e serviços
de saúde, de diferentes densidades tecnológicas
que, integradas por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão, buscam garantir
a integralidade do cuidado. As RAS são
sistematizadas para responder a condições
específicas de saúde, por meio de um ciclo completo
de atendimentos, que implica a continuidade e a
integralidade da atenção à saúde nos diferentes Região de Saúde: espaço geográfico
níveis Atenção Primária, Secundária e Terciária. contínuo constituído por agrupamento
de Municípios limítrofes, delimitado
a partir de identidades culturais,
As RAS estarão compreendidas no âmbito de uma Região econômicas e sociais e de redes de
de Saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes comunicação e infraestrutura de
pactuadas nas comissões Intergestores. transportes compartilhados, com a
finalidade de integrar a organização, o
planejamento e a execução de ações e
No quadro abaixo estão presentes os requisitos mínimos de uma serviços de saúde.
Região de Saúde e as portas de entrada no SUS:
• Vigilância em saúde
Rede cegonha
Proteger a saúde da pessoa com deficiência; reabilitar a pessoa com deficiência na sua capacidade
funcional e desempenho humano, contribuindo para a sua inclusão em todas as esferas da vida
social; e prevenir agravos que determinem o aparecimento de deficiências. São esses os propósitos
gerais da Política Nacional da Pessoa com Deficiência, instituída pela Portaria MS/GM nº 1.060, de
5 de junho de 2002.
A política estabelece as orientações gerais para a elaboração de planos, projetos e atividades voltados
à saúde das pessoas com deficiência nos estados, Distrito Federal e municípios. Seu principal objetivo
é propiciar atenção integral à saúde da pessoa com deficiência, desde a atenção básica até a sua
reabilitação, incluindo a concessão de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção, quando se
fizerem necessários.
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental
e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), amplia a concepção de cuidado, não centrando em apenas uma unidade, mas
expandindo as ofertas de atenção ao apontar novos serviços, distribuídos em (07) sete componentes:
Atenção Básica, Atenção Psicossocial Especializada, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção
Hospitalar, Atenção Residencial de Caráter Transitório, Estratégias de Desinstitucionalização
e Reabilitação Psicossocial. Estes componentes são constituídos por um elenco de pontos de
atenção, dentre os quais se destacam os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) em todas as suas
modalidades: CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPS i, CAPS ad e CAPS ad III.
Governança da RAS
Política
Nacional
de Promoção
à Saúde
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A promoção à saúde tem como objetivo promover a qualidade de vida e
reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes
e condicionantes. A publicação em 2006 da Política Nacional de Promoção
da Saúde ratifica o compromisso da atual gestão do Ministério da Saúde na
ampliação e qualificação das ações de promoção da saúde nos serviços e na
gestão do Sistema Único de Saúde. Em 2014 a Política Nacional de Promoção
da Saúde foi redefinida.
SOLIDARIEDADE FELICIDADE
Entendida como as razões que fazem sujeitos e coletivos Autopercepção de satisfação, construída nas relações entre
nutrirem solicitude para com o próximo, nos momentos sujeitos e coletivos, que contribui na capacidade de decidir
de divergências ou dificuldades, construindo visão e metas como aproveitar a vida e como se tornar ator partícipe na
comuns, apoiando a resolução das diferenças, contribuindo construção de projetos e intervenções comuns para superar
para melhorar a vida das pessoas e para formar redes e dificuldades individuais e coletivas a partir do reconhecimento
parcerias de potencialidades
Elemento para a evolução do homem, por meio da interação Reconhece, respeita e explicita as diferenças entre sujeitos
com o outro e seu meio, com a valorização e aperfeiçoamento e coletivos, abrangendo as diversidades étnicas, etárias, de
de aptidões que promovam condições melhores e mais capacidade, de gênero, de orientação sexual, entre territórios e
humanas, construindo práticas pautadas na integralidade do regiões geográficas, dentre outras formas e tipos de diferenças
cuidado e da saúde que influenciam ou interferem nas condições e determinações
da saúde
ÉTICA CORRESPONSABILIDADE
A qual pressupõe condutas, ações e intervenções sustentadas Responsabilidades partilhadas entre pessoas ou coletivo,
pela valorização e defesa da vida, sendo pautadas para o bem onde duas ou mais pessoas compartilham obrigações e/ou
comum, com dignidade e solidariedade compromissos
Necessidade de alcançar repartição equitativa dos bens sociais, Pressupõe ações que garantam o acesso aos benefícios da vida
respeitados os direitos humanos, de modo que as classes em sociedade para todas as pessoas, de forma equânime e
sociais mais desfavorecidas contem com oportunidades de participativa, visando à redução das iniquidades
desenvolvimento
• Autonomia
• Equidade
• Empoderamento
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• Intersetorialidade
Enfrentamento do uso do tabaco e seus Promover, articular e mobilizar ações para redução e controle
do uso do tabaco, incluindo ações educativas, legislativas,
derivados econômicas, ambientais, culturais e sociais
Enfrentamento do uso abusivo de álcool e Promover, articular e mobilizar ações para redução
do consumo abusivo de álcool e outras drogas, com a
outras drogas corresponsabilização e autonomia da população, incluindo
ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais,
culturais e sociais
Promoção da cultura da paz e de direitos Promover, articular e mobilizar ações que estimulem
a convivência, a solidariedade, o respeito à vida e o
humanos fortalecimento de vínculos, para o desenvolvimento de
tecnologias sociais que favoreçam a mediação de conflitos, o
respeito às diversidades e diferenças, garantindo os direitos
humanos e as liberdades fundamentais, articulando a RAS com
as demais redes de proteção social, produzindo informação
qualificada e capaz de gerar intervenções individuais e
coletivas, contribuindo para a redução das violências e para a
cultura de paz
Segurança
do Paciente
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A segurança do paciente pode ser definida como o ato de evitar, prevenir
ou melhorar os resultados adversos ou as lesões originadas no processo de
atendimento médico-hospitalar, uma vez que a segurança do paciente está
relacionada a qualidade dos serviços de saúde. No Brasil historicamente é
necessário destacar dois marcos importantes que mostram o avanço dessa
temática.
• 2004: quando o país se torna um dos Estados signatários da Aliança Mundial para a Segurança do
Paciente, criado pela Organização Mundial da Saúde, visando a socialização dos conhecimentos e
das soluções encontradas, por meio de programas e iniciativas internacionais com recomendações
destinadas a garantir a segurança dos pacientes ao redor do mundo;
• 2013: com o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária, contendo ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e outras
providências, bem como os 6 protocolos básicos de segurança do paciente.
Cultura de segurança
Incidente sem lesão Incidente que atingiu o paciente, mas não o causou dano
• Prevenção de quedas;
• Identificação do paciente;
• Protocolo de segurança na prescrição e de uso de administração
de medicamentos.
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10 passos para a segurança do paciente
1. Identificação do paciente
2. Cuidado limpo e cuidado seguro – higienização das mãos
3. Cateteres e sondas – conexões corretas
4. Cirurgia segura
5. Sangue e hemocomponentes – administração segura
6. Paciente envolvido com sua própria segurança
7. Comunicação efetiva
8. Prevenção de queda
9. Prevenção de úlcera por pressão
10. Segurança na utilização de tecnologia
46
Bioética
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A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e a
Biologia e tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/
bioéticas que surgirão na vida profissional, mas que abrange todas as áreas do
conhecimento com enfoque transdisciplinar e interdisciplinar.
Por isso, falamos que a pessoa é uma totalidade, pois todas essas dimensões juntas compõem a
pessoa. Além disso, após a compreensão desse fundamento (o respeito pela pessoa humana),
podemos utilizar princípios para facilitar o processo de estudo e de decisão sobre os diversos temas
de Bioética. Os princípios facilitam o enfrentamento de questões éticas.
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Epidemiologia
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A epidemiologia é o estudo dos fatores que determinam a frequência e a
distribuição das doenças nas coletividades humanas. A epidemiologia abrange
sobre os problemas de saúde em grupos de pessoas.
ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA
Quando há um aumento Compreende um número de Ocorre com certo número de Aumento repentino do
do número de casos de casos de doença, acima do casos da doença controlados número de casos, dentro de
determinada doença, muito esperado, afetando vários em determinada região limites muito restritos ou de
acima do esperado e não países e continentes uma doença específica
delimitado a uma região
50
Na epidemiologia o entendimento da saúde partirá da definição individual que construirá no conceito
coletivo que está determinado pelo contexto histórico. Os parâmetros utilizados para sua definição
nortearam a criação dos indicadores epidemiológicos.
Indicadores de saúde
Após os cuidados a serem observados quanto à qualidade e cobertura dos dados de saúde, é
preciso transformar esses dados em indicadores que possam servir para comparar o observado em
determinado local com o observado em outros locais ou com o observado em diferentes tempos.
Portanto, a construção de indicadores de saúde é necessária para analisar a situação atual de saúde,
fazer comparações e avaliar mudanças ao longo do tempo.
• Demográficos
• Recursos e coberturas
• Socioeconômicos
• Morbidade
• Mortalidade
Indicadores de morbidade
As medidas de frequência mais comuns de doença são: prevalência e incidência.
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Prevalência
Incidência
Indicadores de mortalidade
Estudos Epidemiológicos
A realização de estudos epidemiológicos é fundamental
para que sejam identificadas as causas ou a etiologia das
doenças e seus fatores de risco. Desta forma, é possível
desenvolver estratégias preventivas que reduzam ou
mesmo eliminem a exposição aos fatores de risco.
A objetivo primordial desses estudos é a redução da
morbidade e mortalidade por agravos ou doenças.
Em consoante a isto, para desenvolver estudos
epidemiológicos é necessário iniciar por um problema de
pesquisa relacionado a uma doença ou agravo em uma
dada população.
Estudos experimentais
Ensaios clínicos são utilizados pela
indústria farmacêutica para investigação
Os estudos experimentais, mais conhecidos como ensaios
e desenvolvimento de medicamentos, clínicos ou estudos de intervenção são prospectivos (do
vacinas para que garanta a eficácia e presente para o futuro) para comparar determinada
segurança. investigação, por exemplo com placebo. Estudos
experimentais são considerados padrão-ouro para testar
eficácia.
53
Estudos observacionais
Descritivo
Analítico
Questões
55
1. Na organização do Sistema Único de Saúde b) Justiça.
(SUS), a Região de Saúde é um espaço geográfico c) Confidencialidade.
contínuo, constituído por grupos de municípios
d) Autonomia.
limítrofes, delimitado a partir de identidades
culturais, econômicas e sociais, com redes de e) Respeito pela pessoa humana.
comunicação e infraestrutura de transportes
compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de 3. De acordo com a Lei nº 8080/1990, o
ações e serviços de saúde. Para ser instituída, Sistema Único de Saúde (SUS) obedece a alguns
uma Região de Saúde deve conter, no mínimo, princípios. Assinale a alternativa incorreta que
as seguintes ações e serviços: apresenta apenas os princípios do Sistema Único
de Saúde.
a) Atenção primária; urgência e emergência;
atenção ambulatorial especializada; atenção a) Proibida a participação da comunidade.
hospitalar; vigilância epidemiológica; vigilância b) Igualdade da assistência à saúde, sem
sanitária. preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
b) Atenção primária; atenção ambulatorial c) Direito à informação, às pessoas assistidas,
especializada; atenção hospitalar; programa sobre sua saúde.
de imunização; atenção psicossocial; unidade
coronariana. d) Preservação da autonomia das pessoas na
defesa de sua integridade física e moral.
c) Atenção primária; vigilância em saúde;
atenção psicossocial; atenção ambulatorial
especializada; urgência e emergência; atenção 4. De acordo com a Lei n. 8.080, de 19 de
hospitalar. setembro de 1990, são ações previstas no campo
d) Urgência e emergência; atenção primária; de atuação do Sistema Único de Saúde, EXCETO,
vigilância em saúde; atenção psicossocial;
sistema de informação em saúde; atenção a) a execução de ações de vigilância em saúde do
hospitalar. trabalhador e de assistência terapêutica integral,
inclusive farmacêutica.
e) Prevenção e promoção da saúde; atenção
primária; atenção ambulatorial especializada; b) a participação na formulação da política e na
urgência e emergência; atenção hospitalar; execução de ações de saneamento básico.
central de regulação de vagas. c) a formulação da política de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação
2. A Bioética (“ética da vida”) é um campo na sua comercialização.
do conhecimento que aborda as possíveis
implicações, positivas ou negativas, dos avanços d) a colaboração na proteção do meio ambiente,
da ciência, assim como trata dos limites e das nele compreendido o do trabalho.
finalidades da intervenção do homem sobre e) a ordenação da formação de recursos humanos
a vida. Qual das alternativas a seguir NÃO na área de saúde.
apresenta um fundamento ou um princípio da
Bioética?
5. Sobre os princípios doutrinários e
a) Beneficência. organizativos do Sistema Único de Saúde
56
(SUS), numere a coluna da direita com base na
informação da coluna da esquerda. a) 1 – 2 – 3 – 4 – 5.
b) 2 – 5 – 4 – 3 – 1.
1. Universalidade
c) 2 – 5 – 3 – 1 – 4.
2. Equidade
d) 2 – 3 – 4 – 5 – 1.
3. Integralidade
e) 1 – 3 – 5 – 4 – 2.
4. Resolubilidade
5. Descentralização
6. O Ministério da Saúde lançou, em 2003, a
( ) É a garantia de atenção à saúde, por parte política nacional de humanização (PNH) com o
do sistema, a todo e qualquer cidadão. Desta intuito de construir uma política de qualificação
forma, o indivíduo passa a ter direito de acesso a do Sistema Único de Saúde (SUS) e colocar em
todos os serviços públicos de saúde, assim como prática seus princípios no cotidiano dos serviços.
àqueles contratados pelo poder público. Para dar consequência às suas pretensões, a
PNH instituiu princípios, método, diretrizes
( ) É o reconhecimento na prática dos serviços
e dispositivos. São dispositivos da PNH, entre
de que cada pessoa é um todo indivisível e
outros:
integrante de uma comunidade; as ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde
a) projeto terapêutico singular e projeto de saúde
formam também um todo indivisível e não
coletiva; acolhimento com classificação de risco;
podem ser compartimentalizadas e as unidades
inclusão dos diferentes sujeitos na produção de
prestadoras de serviço, com seus diversos graus
autonomia.
de complexidade, formam também um todo
indivisível configurando um sistema capaz de b) projeto terapêutico singular e projeto de saúde
prestar assistência integral. coletiva; acolhimento com classificação de risco;
transversalidade de saberes e práticas.
( ) É entendida como uma redistribuição das
responsabilidades quanto às ações e serviços c) projetos cogeridos de ambiência; acolhimento
de saúde entre os vários níveis de governo, a com classificação de risco; indissociabilidade
partir da ideia de que quanto mais perto do fato entre atenção e gestão.
a decisão for tomada, mais chance haverá de
d) projetos cogeridos de ambiência; acolhimento
acerto.
com classificação de risco; programas de
( ) É a exigência de que, quando um indivíduo qualidade de vida e saúde para os trabalhadores
busca o atendimento ou quando surge um da saúde.
problema de impacto coletivo sobre a saúde,
o serviço correspondente esteja capacitado
para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua 7.Dentre as práticas e mudanças ocorridas no
competência. SUS, as novas diretrizes propõem a organização
dos Serviços de Saúde
( ) É assegurar ações e serviços de todos os
níveis de acordo com a complexidade que cada
a) centralizando serviços de baixa e média
caso requeira, more o cidadão onde morar, sem
complexidade.
privilégios e sem barreiras.
b) em redes de Atenção em Saúde.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração
c) com planejamento descendente e ênfase nas
correta na coluna da direita, de cima para baixo.
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políticas nacionais. a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
d) definindo a alta complexidade como porta de b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
entrada dos serviços de saúde.
c) Somente a afirmativa III é verdadeira.
e) aumentando o número de hospitais de
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
pequeno porte em municípios do interior.
e) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.