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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

Acadêmico: SUELLEN DAIANE MATOS ALVES R.A.

Curso: BACHARELADO EM TERAPIA OCUPACIONAL

Disciplina: Saúde Coletiva

Valor da atividade: 4,00 Prazo: 05/05/23

Instruções para Realização da Atividade


1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Esta é uma atividade individual. Caso identificado cópia de colegas, o
trabalho de ambos sofrerá decréscimo de nota;
4. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador,
renomeie (MAPA – SAÚDE COLETIVA) e envie em forma de anexo no
ambiente Studeo (M.A.P.A);
5. Formatação exigida para as respostas desta atividade: documento Word ou
pdf, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12, Espaçamento entre
linhas 1,5, texto justificado;
6. Formatar todo o trabalho, perguntas e respostas;
7. Ao utilizar quaisquer materiais de pesquisa referencie conforme as normas da
ABNT; (Existe um material sobre referências e citações conforme a ABNT
disponível em: Arquivos Gerais no ambiente Studeo);
8. Na Sala do Café do ambiente virtual da disciplina você encontrará
orientações importantes para elaboração desta atividade. Confira!
9. Critérios de avaliação: utilização do template; atendimento ao tema;
constituição dos argumentos e organização das ideias; correção gramatical e
atendimento às normas ABNT.
10. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da
disciplina;
11. O formato da atividade a ser enviada pode ser em pdf ou docx.

Em caso de dúvidas, entre em contato com seu Professor Mediador.

Bons estudos!
A década de 80 foi marcada por movimentos de contestação ao sistema de saúde.
Um evento que marcou a história foi a realização da VIII Conferência de Saúde,
que aconteceu em Março de 1986, presidida pelo médico Sérgio Arouca, contudo,
pela primeira vez, com a participação da comunidade.

A VIII Conferência Nacional de Saúde difundiu a proposta da reforma sanitária,


consagrando um conceito ampliado de saúde e reconhecendo está como direito
universal e dever do Estado.

Em 1988, é promulgada a Constituição da República, denominada Constituição


Cidadã, a qual foi fundamental na definição de ações prioritárias na área de saúde
pública. Vamos relembrar que foi nessa Constituição que ficou estabelecido que “a
saúde é direito de todos e dever do Estado”.

Logo, a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) se deu em 19 de setembro de


1990, por meio da lei 8.080, que “dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes”. De forma geral, essa primeira lei do SUS detalha sobre os
objetivos e diretrizes do SUS. Em seguida, ainda em 1990, foi criada a lei 8.142,
que “dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências”.

Essas duas leis a 8.080/90 e 8.142/90, denominadas “Leis Orgânicas de Saúde”,


foram objeto de muita disputa política e que auxiliaram finalmente na construção
do arcabouço jurídico do Sistema Único de Saúde. Porém, novas lutas ainda
estavam por vir e, claro, inúmeras conquistas também (BRASIL, 1990).

Com base no enunciado, responda as questões “1”, “2”, “3” e “4”.

FURTADO, M. D. D; OLIVEIRA, R. G. Saúde Coletiva. Maringá: UniCesumar, 2019.


[Unidade 1, p. 45-51].
BRASIL. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre a organização do SUS.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
BRASIL. Lei 8142/90 de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da
comunidade no SUS. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm

1) CITE 3 objetivos propostos pela lei 8.080/90.

2) CITE e EXPLIQUE os princípios doutrinários/éticos e organizacionais que regem a


administração pública dos serviços de saúde brasileiro.

3) Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial em cada esfera de


governo, de forma regular e automática por transferência fundo a fundo, e movimentados
sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. De acordo com o artigo 33 da Lei
8.080/90 e o artigo 3° da Lei 8.142/90, APRESENTE os requisitos básicos que os
Municípios, Estados e Distrito Federal deverão apresentar como condição para receber os
recursos financeiros.

4) CITE os órgãos que foram criados como espaços para o exercício do controle social no
SUS e EXPLIQUE suas características de acordo com a lei 8.142/90.

CAMPO DE RESPOSTAS PARA A ATIVIDADE:

1. CITE 3 objetivos propostos pela lei 8.080/90.

R= Alguns objetivos propostos pela lei 8.080/90 são: Identificar e divulgar fatores
condicionantes e determinantes da saúde; formulação de políticas públicas de saúde;
assistência por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
para todo indivíduo, com ações integradas, assistenciais e preventivas. Com o
propósito de promover a saúde e prevenir doenças, articular e coordenar ações e
serviços de saúde.
2. CITE e EXPLIQUE os princípios doutrinários/éticos e organizacionais que regem a
administração pública dos serviços de saúde brasileiro.

R= A administração pública dos serviços de saúde no Brasil é regida por


diversos princípios doutrinários/éticos e organizacionais que visam garantir a eficiência,
efetividade e equidade no acesso aos serviços de saúde.

Princípios doutrinários/éticos dos serviços de saúde são:

Universalidade: O princípio da universalidade implica que todos os indivíduos


devem ter acesso igualitário aos serviços de saúde, ou seja, garante o acesso de toda
a população aos serviços de saúde independentemente de sua situação
socioeconômica, local de residência ou qualquer outra condição.

Integralidade: A integralidade é um princípio que determina que a assistência à


saúde deve ser prestada de forma integrada e abrangente, contemplando ações
preventivas, diagnósticas, terapêuticas e de reabilitação, entre outras. A integralidade
busca atender às necessidades de saúde de forma completa.

Equidade: A equidade é um princípio que busca garantir que os serviços de


saúde sejam distribuídos de forma justa e igualitária, atendendo às necessidades de
todos os cidadãos, busca reduzir as desigualdades no acesso e na utilização dos
serviços de saúde. Garantindo que todos tenham acesso às mesmas oportunidades e
possam usufruir dos serviços de saúde de forma equitativa.

Além desses princípios, a administração pública dos serviços de saúde no Brasil


é regida por diversos princípios organizacionais como:

Regionalização: Essa diretriz diz respeito a uma organização do sistema que


deve focar a noção de território, onde se determinam perfis populacionais, indicadores
epidemiológicos, condições de vida e suporte social, que devem nortear as ações e
serviços de saúde de uma região. Esse é um princípio muito importante. As estratégias
de saúde devem funcionar com uma articulação a serviços de saúde já existentes em
uma região, visando o comando unificado dos mesmos.

Hierarquização: Tem a função de viabilizar a forma de acesso aos serviços de


rede ambulatorial de alta, média e baixa complexidades, dependendo de cada caso, ou
seja, deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a
serviços, considerando a complexidade tecnológica de cada um deles, que façam parte
da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada
região. Portanto, a hierarquização no sentido de reconhecer a complexidade do
processo de trabalho em saúde em seus diversos ambientes, estabelece
fundamentalmente fluxos necessários de organização e orientação da rede de serviços
presentes no SUS orientadas pelo princípio da integralidade.

Resolubilidade: É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento


ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço
correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua
competência; devendo referenciá-lo a outro nível de complexidade quando não for
capaz de dar a devida assistência.

Descentralização: O princípio da descentralização estabelece que a gestão dos


serviços de saúde deve ser descentralizada e regionalizada, ou seja, distribui
competências e responsabilidades entre as esferas de governo (Nível Federal,
Estadual e Municipal) para a gestão do SUS; garantindo maior autonomia para as
esferas estaduais e municipais. Com esse princípio, o município consegue conhecer as
necessidades da região e tem autonomia para implementar medidas, especialmente
nas unidades de saúde, que vão ao encontro das necessidades da sua população.

Participação comunitária: O princípio da participação comunitária preconiza que


a população deve participar ativamente da gestão dos serviços de saúde, através de
conselhos e outras instâncias de participação popular. Formatada com a lei nº
8.142/90, indica que, por meio da efetivação dos conselhos de saúde locais,
municipais, regionais, estaduais e nacional e da realização de conferências de saúde,
o Poder Público e a sociedade buscam formular estratégias e controlar e avaliar toda a
execução da política de saúde das esferas do governo.
Esses princípios estão presentes na Constituição Federal de 1988 e na Lei
Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990), que estabelecem as diretrizes para a
organização do sistema de saúde no Brasil.

3. Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial em cada


esfera de governo, de forma regular e automática por transferência fundo a fundo, e
movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. De acordo com
o artigo 33 da Lei 8.080/90 e o artigo 3° da Lei 8.142/90, APRESENTE os requisitos
básicos que os Municípios, Estados e Distrito Federal deverão apresentar como
condição para receber os recursos financeiros.

R= De acordo com o artigo 33 da lei 8.080/90 inciso 1º No âmbito Federal, os


recursos financeiros, promovidos do Orçamento da Seguridade Social, de outros
Orçamentos da União, e de outras fontes, serão dirigidos pelo Ministério da Saúde, por
meio do Fundo Nacional de Saúde. De modo que o Ministério da Saúde acompanhará,
por meio de sistema de auditoria, a aceitação para a programação aprovada da
aplicação dos recursos repassados para Estados e Municípios. Se constatada má
administração, desvio ou uso indevido dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde
aplicar as medidas previstas em lei.

Visto que os recursos financeiros do SUS são provenientes do Fundo Nacional


de Saúde (FNS), que foi criado em 1969 para aprimorar a gestão dos recursos
destinados às ações e serviços em saúde. Observamos que a transferência de
recursos ocorre de fundo a fundo, ou seja, o Fundo Nacional faz o repasse diretamente
para os fundos municipais, estaduais e do Distrito Federal. A Lei 8.142/90 estabelece
que, para o recebimento desses recursos do FNS para a cobertura das ações e
serviços de saúde, os municípios, os estados e o Distrito Federal devem contar com:
Constituição do Fundo de Saúde; existência do Conselho de Saúde; elaboração do
Plano de Saúde; execução de Relatórios de Gestão; Contrapartida de recursos para a
Saúde no respectivo orçamento e Comissão de elaboração do Plano de Carreira,
Cargos e Salários. Como condição para recebimento.

Se os municípios, estados e o Distrito Federal não atenderem aos requisitos


mínimos para o repasse financeiro por parte do FNS, os recursos dessa esfera serão
administrados pelo Estado ou diretamente pela União.

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