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1.

JUSTIFICATIVA

Atualmente se ouve falar muito em inclusão social, que nada mais é do


que buscar aquele que infelizmente é excluído pela sociedade para que
participe de todos os aspectos e dimensões da vida. Segundo Pastore (2007),
as pessoas portadoras de necessidades especiais possuem uma vida muito
sofrida, e afirma que esse sofrimento advém da combinação de suas limitações
com obstáculos criados pela sociedade.

Esta pesquisa vem analisar os desafios acerca do surgimento da


educação inclusiva no Brasil, tendo como foco principal no segundo capítulo a
Educação Especial no município de Paço do Lumiar, onde foi criado através da
SEMED em fevereiro de 2013 a Divisão de Atendimento Educacional
Especializado (DAEE), tendo como perspectiva a concretização de ideais para
garantir e defender direitos de cidadãos que possuem algum tipo de
necessidade especial. Que infelizmente sofrem descriminação que parte do
âmbito social. As análises empreendidas neste artigo, fazem parte de uma
pesquisa esclarecedora referente a educação inclusiva.

A Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência (ONU 2006),


afirma que “a fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver com
autonomia e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os Estados
Partes deverão tomar as medidas apropriadas para assegurar-lhes o acesso,
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao
transporte, à informação e comunicação”

Pensar em uma elaboração de proposta de educação para todos, é


refletir sobre a transformação de currículo escolar. A transformação de uma
sociedade inclusiva exige mudanças de ideias e práticas, e isso quer dizer,
uma nova prática social que apoia e viabilize escolas inclusivas que atendam a
todos, independentes de suas necessidades educacionais específicas.

Assim com esse estudo pretende-se analisar as dificuldades do acesso


a educação inclusiva no município de Paço do Lumiar, na Divisão de
Atendimento Educacional Especializado – DAEE, que atua em defesa dos
direitos de todos os estudantes estarem juntos, aprendendo e participando sem
nenhum tipo de discriminação. Vale ressaltar que, implantar e implementar os

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serviços e programas da Educação Especial constitui-se num processo lento
que demanda uma ampla discussão com toda a sociedade sobre as atuais
concepções e paradigmas que direcionam políticas públicas para esta parcela
da sociedade que, por séculos, teve os seus direitos tolhidos por conta dos
estigmas e preconceitos que eram submetidos.

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2. PROBLEMATIZAÇÃO

No Brasil, até em 1950 não se ouvia falar em Educação Especial. As


escolas de antigamente, não eram para todos. Os alunos que não estavam no
“modelo” esperado de aluno, eram excluídos das escolas comuns e
encaminhados para a Educação Especial. A partir da década de 70, essa
educação começou a ser discutida, foi quando algumas escolas começaram a
aceitar alunos especiais, desde que eles se adaptassem aos planos de ensino
da instituição. Com muitas lutas, organizações e leis que são favoráveis aos
deficientes, surgiu a Educação Inclusiva.

A Educação Inclusiva que vem sendo divulgada por meio da Educação


especial, teve sua origem nos Estados Unidos, por meio de resultados de
movimentos sociais e de pais e alunos com deficiência, que reivindicavam o
acesso de seus filhos com necessidades educacionais especiais as escolas de
qualidades.

A educação Inclusiva ganhou força a partir da declaração de Salamanca


(1994), e no Brasil a partir da Constituição de 1988 e da LDB em 1996, as
transformações foram processadas no âmbito do financiamento, do currículo,
da gestão, da avaliação, da organização pedagógica dos materiais didáticos e
da presença dos instrumentos de comunicação na escola.

É responsável pela socialização, ou seja, dá a oportunidade de uma


pessoa conviver com qualidade na sociedade, viabilizando a integração do
indivíduo com o meio. A Inclusão é um processo de educação onde todos os
alunos, inclusive os que possuem qualquer deficiência, devem ser educados
juntos, com todo o apoio que precisam.

A educação inclusiva se caracteriza com uma política de justiça social


que alcança alunos com necessidades especiais, seja auditiva, mental, visual
entre outras.

O direito ao ensino deve ser dado a todos, não somente a algumas


pessoas da sociedade, mas nem sempre isso acontecia. Muitas escolas não
aceitam alunos seja qual for o tipo de deficiência, tirando deles o direito ao
estudo e a educação. Mas essa realidade vem mudando e o governo brasileiro

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possui alguns planos e metas para conseguir uma educação inclusiva de
qualidade.

A Educação Especial município de Paço do Lumiar cria, através da


SEMED, em fevereiro de 2013 a Divisão de Atendimento Educacional
Especializado – DAEE, de acordo com a lei n° 9.394 de 20 de dezembro 1996,
onde diz que a educação especial é a modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, e afirmado pelo decreto
n 761 de 17 de novembro de 2011, que é gratuito aos estudantes com
deficiências transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação e deve ser oferecido de forma transversal a todos os
níveis etapas e modalidades preferencialmente na rede regular de ensino. A
DAEE trabalha com o intuito de garantir e defender os direitos de todos os
estudantes estarem juntos aprendendo e participando sem nenhum tipo de
discriminação como a visão inclusiva de transformação de ideias e práticas a
fim de implantar e implementar o sistema educacional serviços e programas
numa proposta pedagógica pautada na política nacional de educação especial
na Perspectiva da inclusão.

De acordo com o que afirma a Convenção sobre o Direito das Pessoas


com Deficiência (ONU 2006), “a fim de possibilitar às pessoas com deficiência
viver com autonomia e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os
Estados Partes deverão tomar as medidas apropriadas para assegurar-lhes o
acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio
físico, ao transporte, à informação e comunicação”,

O desafio da inclusão não é somente inserir aluno com necessidades


educacionais específicas matriculados em uma escola regular, mas também,
garantir sua aprendizagem, sociabilidade, disponibilizando serviços e recursos,
bem como orientar os sistemas a responderem a essas necessidades
educacionais específicas.

A DAEE atende todo o público alvo da educação especial: estudantes


com deficiência física, visual, auditiva, intelectual, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superlotação. Mas atualmente no
censo escolar deste ano, informamos 302 estudantes no ensino

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regular/comum. E destes 160 estão e estão sendo atendidos no contra turno
em sala de recurso multifuncional.

A equipe identifica as necessidades do aluno, encaminha para a escola


mais próxima de sua residência, onde segue o padrão normal de matrícula,
obedecendo aos critérios da idade para indicar a série obedecendo as
orientações do setor educacional especializado. O aluno será incluído no
sistema de ensino tradicional segundo os critérios de suas especificidades e
quando necessário, terá o apoio da sala multifuncional, equipada com
mobiliários e materiais didáticos prestando atendimento especializado.

Mas também, a formação para professores da rede convidando a


eficácia dos serviços e das habilidades e estratégias para adequação
participação dos alunos nas atividades escolares promove ainda cursos
debates seminários para os pais e sociedade em geral a fim de desmistificar a
problemática da inclusão e conduzir a reflexões sobre a relação Família escola
e sociedade nas suas diversas tarefas da Educação Especial na Perspectiva
da inclusão lustre

A DAEE de Paço do Lumiar adota práticas que efetivam o direito à


educação para todos. Assume os desafios, entendendo que o fazer acontecer
a inclusão na sala de aula é uma tarefa que deve ser assumida por toda a
equipe, mas que necessita a romper com as barreiras de anos de exclusão,
pois para que cheguemos a uma sociedade justa e que dê oportunidade a
todos, é necessário começar na família e na escola buscando entender,
reconhecer-se no outro, conviver e compreender que somos todos iguais em
nossas diferenças, pois como disse MANTOAN, 2015, “inclusão é o privilégio
de conviver com as diferenças.”

A DAEE tem como objetivo principal a participação dos estudantes com


deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação nas escolas regulares. Garantindo que seja feita a
sua matrícula, onde possa ser acompanhado, por uma equipe interdisciplinar
formada por pedagogo, psicopedagogo, assistente social, fonoaudiólogo,
especialistas em Libras, instrutor de Libras, especialistas em braile e instrutor
de braile, assim identificando a sua necessidade educacional.

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A família desse estudante terá um acompanhamento com a perspectiva
de inclusão dos seus filhos na vida familiar, social e escolar, proporcionando
uma melhor qualidade de vida dele

Os métodos utilizados pela DAEE serão de fundamental importância,


pois irão redirecionar os estudantes públicos alvo da educação especial para
que haja um atendimento que supra todas as necessidades educacionais
especificas, para que tenha sucesso em sua educação estudantil. Como
ambientes em que se encontram, materiais que são utilizados, salas
apropriadas, equipe interdisciplinar e professores.

Resultando no Plano Municipal de Educação – Projeto de Lei nº 012 de


agosto de 2014, em aberturas de 22 salas de recursos multifuncionais para a
ACE (Abertura de Classe Especial), para alunos surdos e classe especial de
autismo, cursos especializados para professores, pais etc. Apesar dessas
conquistas, a inclusão continua em processo de desenvolvimento.

No decorrer do que foi colocado ao longo do trabalho, percebemos que


a inclusão de pessoas com necessidades especiais na educação, faz parte de
um processo que exige o respeito ao próximo, tanto da pessoa que acolhe
esse indivíduo quanto do próprio aluno com necessidade especial. Contudo,
para que de fato essa inclusão venha acontecer é necessário que as
legislações passem a ser levadas rigorosamente a sério e também que a
pessoa atuante nesse processo esteja constantemente em aperfeiçoamento,
podendo dessa forma atender as necessidades desses indivíduos.
Sabe-se, no entanto, que incluir não quer dizer simplesmente colocar o
aluno da educação especial junto aos demais, mas sim buscar e até mesmo
conhecer caminhos que possibilite a inserção dos mesmos na dimensão tanto
educacional e social.
Diante do exposto surgem algumas questões que alimentarão o
processo de pesquisa desse estudo, como:
 Como se dá o primeiro acesso a inclusão do aluno com
deficiência á rede de ensino regular?
 Quais as maiores barreiras deste processo?
 Quem são os atores envolvidos neste processo?

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OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Analisar os desafios da inclusão da pessoa com deficiência no
âmbito educacional na rede de ensino regular no município de Paço
do Lumiar
2.2 Objetivos específicos
 Conhecer o processo de inserção da pessoa com deficiência à
educação na rede de ensino regular de Paço do Lumiar;
 Entender o funcionamento organizacional da DAEE, divisão
responsável por este processo de inserção;
 Estudar as leis que garantem o ingresso do aluno com deficiência
a uma educação integral e regular.

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3. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste estudo serão utilizadas a pesquisa
ATIVIDADES MESES bibliográfica e a
1 2 3 4 5 6 de campo. Na
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA X X X X X pesquisa
ELABORAÇÃO DO PROJETO X X X bibliográfica
ENTREGA DO PROJETO X serão utilizados
COLETA DE DADOS X X X X X X autores com
conhecimento e publicações do tema, bem como artigos, entrevistas e
reportagens publicadas em sites e revistas, na pesquisa de campo, o local a
ser objeto de estudado será a DAEE- Divisão de Atendimento Educacional
Especializado do município de Paço do Lumiar, com coleta de dados,
entrevistas com a equipe da Divisão e visitas às escolas com este público.
O método a ser utilizado será o materialismo dialético com abordagem
da pesquisa qualitativa.

4. CRONOGRAMA

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5. REFERÊNCIAS

A história da Educação Inclusiva no Brasil. Disponível em: <


http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/50748/a-historia-da-
educacao-inclusiva-no-brasil>, acessado 20 de setembro de 2016.

Educação Inclusiva e o Atendimento Educacional Especializado.


Disponível em: <http://www.portal.inep.gov.br/web/educacenso/duvidas-
educação-especial>, acessado 21 de setembro de 2016.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar – O que é? Porquê? Como fazer? –


São Paulo: Summus Editorial,2015.

Revista de Educação do ideau.Vol.5 – Nº12- Dezembro/2010. Disponível em:


<http://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasarti>, acessado 23 de
setembro de 2016.

VASCONCELOS, L. J. M.; SOARES, L. G. P.; SANTOS, I. J. N. C. M.;


SOUSA, L.; BARBOSA, E. M. Os desafios da inclusão no ensino de Paço
do Lumiar. 1º Congresso Internacional de Educação Especial e Inclusiva.
Marília-SP,2015.

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